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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE
ILMA MARCOLINO MANCINO
PRATICA DE LABORATORIO DE BIOLOGIA “METAMORFOSE DA
BORBOLETA”.
PARANAGUA 2010/2012
ILMA MARCOLINO MANCINO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE
PRATICA DE LABORATORIO DE BIOLOGIA “METAMORFOSE DA
BORBOLETA”.
Artigo científico apresentado como
requisito obrigatório ao programa de
desenvolvimento educacional – PDE
da Secretaria de Estado da Educação
– SEED, turma 2010/2012.
Professor orientador: Dr:.José
Francisco Oliveira Neto.
PARANAGUA 2010/2012
AGRADECIMENTOS
A todas as pessoas que contribuíram e participaram da realização deste trabalho.
O Professor, Doutor e paciente amigo Orientador deste artigo cientifico.
A ARTE DE EDUCAR
Educar é uma arte. Arte que exige o máximo das forças humanas. Arte que exige
amor, muito amor.
Por isso, bem mais que uma transferência de conhecimento, ensinar é uma doação e
um receber constante. É um abrir de novos horizontes no dia a dia. É dar vida a outra
vida.
Vivemos num mundo que caminha velozmente, para um progresso cada vez mais
sofisticado e tenebroso. O homem moderno não se contenta com o que tem com o
que sabe ou com o mínimo que lhe é ensinado.
Daí após dia busca aperfeiçoar-se sempre mais, por isso a grande responsabilidade
dos educadores é manterem-se inovados e vigilantes, no que tange a métodos e
técnicas de ensino-aprendizagem.
Ao professor da área de Biologia, principalmente, pesa nos ombros profunda
responsabilidade, porque recebem nos bancos escolares alunos sedentos, em busca
de coisas novas, prontas para desenvolver suas habilidades... E muitas vezes
devolvemos a sociedade, um adulto incompleto, frustrado.
Urge que sejamos coerentes e dinâmicos na presença e no agir. Devemos transformar
nossas salas de aulas em ambiente de criatividade onde o próprio aluno organize seu
conteúdo de estudo, valendo-se da realidade em que vive.
Não recebemos no curso superior, receitas e métodos novos de ensino, mas sim
oportunidades de renovadas reflexões, sobre os grandes valores da verdadeira
educação e sobre a amplitude de nossa responsabilidade como educadores.
Por isso, sempre que possível, procurarei melhorar muito mais o meu trabalho,
proporcionando ao aluno uma participação ativa e experimental.
Sebastião Gonçalves
PRATICA DE LABORATORIO DE BIOLOGIA “METAMORFOSE DA
BORBOLETA.
Autora: Ilma Marcolino Mancino 1
Orientador: José Francisco de Oliveira Neto 2
RESUMO
O artigo científico trata da importância das aulas práticas e o desafio para
aquele que busca respostas para satisfazer suas curiosidades. Foi pensando
em ir encontro com os interesses dos alunos que escolhi o título: Prática de
Laboratório de Biologia “Metamorfose da Borboleta”. Com as aulas práticas é
possível proporcionar aos alunos dos 2º- ano do ensino médio do Colégio
Estadual “Helena Viana Sundin”, oportunidades de ampliar os conhecimentos
teóricos através da prática, saindo do mundo abstrato para o virtual. Assim
sendo percebemos que as aulas práticas, assim como as teóricas são
fundamentais, mas há necessidade de trabalhar a capacitação dos educandos,
pois muitos não adotam diferentes metodologias exatamente por não
desenvolver o processo teórico-prático. E concluímos que por mais simples que
seja a experiência, ela se torna rica ao revelar contradições entre o
pensamento do aluno, o limite de realidade das hipóteses levantadas e o
conhecimento científico. Em virtude de reconhecermos uma metodologia
apreciada pelos alunos, intenciona-se com essa pesquisa direcionar e
demonstrar de que maneira a prática pode contribuir para o aprendizado mais
motivador e significativo com a redescoberta in vivo do processo de
metamorfose da borboleta da couve, no laboratório de Biologia.
Palavra-chave: pratica de laboratório, metamorfose, aprendizado.
* Ilma Marcolino MancinoProfessora do Estado do ParanáLicenciado em Biologia; Especialista em Biologia E-mail: [email protected]
** José Francisco de Oliveira Neto Professor – Fafipar Doutor em Biologia
E-mail: [email protected]
ABSTRACT
The scientific article deals with the importance of the practical lessons and the
challenge for that it searchs answers to satisfy them its curiosidades. It was
thinking about going of meeting with the interests of the pupils who I chose the
heading: Practical of Laboratory of Biology “Metamorphosis of the Butterfly”.
With the practical lessons Helena is possible to provide to the pupils of 2º- year
of the average education of the State College “Viana Sundin”, chances to
extend the theoretical knowledge through the practical one, leaving the abstract
world for the virtual one. Thus being we perceive that the practical lessons, as
well as the theoreticians are basic, but has necessity to work in the qualification
of the educandos, therefore many accurately do not adopt different
methodologies for not developing the theoretician-practical process. E we
conclude that for simpler than either the experience, it if it becomes rich when
disclosing contradictions between the thought of the pupil, the limit of reality of
the raised hypotheses and the scientific knowledge. In virtue to recognize a
methodology appreciated for the pupils, intenciona with this research to direct
and to demonstrate how the practical one can contribute for the significant
learning motivador and with redescoberta in alive of the process of
metamorphosis of the butterfly of the borecole, in the laboratory of Biology.
Word-key: it practises of laboratory, metamorphosis, learning.
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INTRODUÇÃO
A importância das aulas práticas em Biologia é despertar maior interesse aos
alunos do ensino médio, para uma aula de qualidade. Com as aulas práticas é
possível proporcionar aos estudantes, oportunidades de ampliar os
conhecimentos teóricos através da prática, saindo do conhecimento didático -
pedagógico e tecnológico para o real. A escola deve planejar prática de
participação como: aulas de campo e laboratório com diversas metodologias,
de forma a provocar processos de tomada de consciência adequada à
realidade dos nossos alunos.
Entretanto é necessário criar as condições concretas para que mudanças
ocorram e alcancem a melhoria da qualidade de ensino, incentivando as aulas
práticas. Uma parcela significativa das informações na disciplina de Biologia é
obtida por meio da observação direta e investigação dos fenômenos ou por
meio de observação de figuras, modelos, dentre outros. (PCN, 2002a) A
concepção da Prática de Laboratório em Biologia proposta pelo PCN é de
suma importância para o desenvolvimento do aluno, pois busca a
aprendizagem não apenas por meios didáticos - teórico, mas também, através
de diferentes metodologias de aulas práticas. (PCN, 2002 b) Caberá também
ao professor saber desempenhar o papel desafiador; manter vivo o interesse
do aluno em continuar a buscar novos conceitos e estratégias de uso desses
conceitos, incentivando as relações sociais de modo que os alunos possam
aprender uns com os outros e trabalhar em grupo. Libâneo (1994) afirma:
“É necessário reafirmar que todo estudo é sempre precedido do trabalho do professor: a incentivação para o estudo; a reaplicação da matéria; a orientação sobre os procedimentos para resolver tarefas e problemas; as exigências quanto à precisão e profundidade do estudo, entre outros fatores. É necessário que seja fonte de auto-satisfação para o aluno, de modo que ele sinta que está progredindo, animando-se para novas aprendizagens”.
Em virtude de reconhecermos uma metodologia apreciada pelos alunos,
intenciona-se com essa pesquisa direcionar e demonstrar de que maneira a
prática pode contribuir para o aprendizado mais motivador e significativo com a
redescoberta in vivo do processo de metamorfose da borboleta da couve no
laboratório de Biologia. Assim sendo, percebemos que as aulas práticas, assim
como as teóricas, são fundamentais, mas há necessidade de trabalhar na
capacitação dos educando, pois muitos não adotam diferentes metodologias
exatamente por não desenvolverem o processo teórico-prático e concluímos
que por mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao revelar
contradições entre o pensamento do aluno, o limite de realidade das hipóteses
levantadas e o conhecimento científico. Neste contexto, justifica-se a aplicação
deste projeto no laboratório de Biologia por meio de atividades práticas, que
devem ser garantidas como um ensino-aprendizagem motivador, pois permitirá
aos nossos alunos, comparar diversas fontes de informações adquiridas e
compará-las com o real.
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PANORAMA HISTÓRICO DO ENSINO DE BIOLOGIA E AS AULAS
PRÁTICAS DE LABORATÓRIO.
Segundo Krasilchik, embora a importância das aulas práticas seja amplamente
reconhecida; na realidade formam uma parcela muito pequena nos cursos de
Biologia porque, segundo os professores, não há tempo suficiente para a
preparação de materiais e falta-lhes segurança para controlar a classe,
conhecimentos para organizar experiências e não dispõem de equipamentos e
instalações adequadas. Mesmo admitindo que alguns fatores mencionados
possam ser limitantes, nenhum deles justificam ausência de trabalhos práticos
em cursos de Biologia.
Um pequeno número de atividades interessantes e desafiadoras para o aluno
já será suficiente para suprir as necessidades básicas desse componente
essencial na sua formação. Os jovens são incentivados a relacionar os fatos às
soluções de problemas, dando-lhes oportunidades de identificar questões para
investigação, elaborar hipóteses e planejar experimentos para testá-los,
organizar e interpretar dados e, a partir deles, fazer generalizações e
inferências.
Por outro lado, tão prejudicial como não dar aulas práticas é fazê-las de forma
desorganizada, em que os estudantes sem orientação, não sabem como
proceder, ficando com uma visão deformada do significado da experimentação
no trabalho científico.
Para Capeletto (1992), é preciso que o professor deixe o aluno bem à vontade
para desenvolver todas as etapas de uma investigação científica, até onde for
possível. A descoberta é a principal finalidade de uma aula de laboratório de
Biologia. A sensação da descoberta aprimora o sentido de observação e
incentiva a curiosidade dos alunos. Sendo assim, a importância da
problematização dos temas abordados é essencial para que os estudantes
sejam instigados a investigar e sejam orientados em suas observações,
promovendo a melhoria qualitativa no processo de ensino aprendizagem
propondo uma aula prática de laboratório, e interação no ensino de Biologia.
FUNDAMENTAÇÃO.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Biologia para Educação Básica
(DCE-B, 2006), uma aula experimental, seja ela de manipulação de material ou
demonstrativa, também representa importante recurso de ensino. Para
promover a aprendizagem, não é preciso um aparato experimental sofisticado,
mas sim uma organização apropriada, seguida de discussão e análise. A
execução destes passos possibilita a observação de fenômenos biológicos, a
troca de informações entre os grupos que participam da aula e, portanto, a
emergência de interpretações.
Segundo Krasilchik (1994), os experimentos desempenham funções únicas,
permitem que os alunos tenham contato direto com fenômenos, manipulando
os materiais e equipamentos e também observando organismos microscópicos
e macroscópicos in vivo e no desenvolvimento do espírito crítico com o
exercício de método científico. O cidadão seria preparado para pensar lógica e
criticamente e assim, seria capaz de tomar decisões com base em informações
e dados. Como instrumento de transformação dos mecanismos de reprodução
social, a aula experimental torna-se um espaço de organização, discussão e
reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. Os experimentos são o
ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a
percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula, de modo a levar
os alunos a aproximarem teoria e prática e, ao mesmo tempo, permitir que o
professor perceba as dúvidas de seus alunos. A atividade escolhida para a
análise e discussão desse presente artigo de intervenção é a “metamorfose
da borboleta”. A escolha desse tema se justifica por se tratar de um tema
cotidiano para os estudantes e envolve múltiplos conteúdos abordados no
ensino de Biologia.
De acordo com Lopes e Rosso (2005), os Lepidópteros, apresentam um ciclo
de vida que se inicia com a fase de ovos, sendo que as fêmeas chegam a
ovipôr em torno de 1000 ovos de onde sairão as larvas. Em seguida estas
passarão a se alimentar das folhas por mais ou menos três semanas, se
fixando em um determinado local, onde passam por várias transformações
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(entre 5 (cinco) a 6 (seis) mudas), permitindo seu crescimento e, em seguida
formam-se as pupas (chamadas de crisálidas), concluindo a grande
transformação denominada de Metamorfose. Os insetos que realizam a
metamorfose completa são denominados holometábolos. Essa experimentação
abrange conteúdos como: embriologia (ciclos de vida), ecologia (adaptação,
partilha de recursos e dispersão), zoologia (estudo do filo Arthropoda, ecdise),
potencial econômico (bicho da seda), controle biológico (pragas), genética
(variabilidade genética, fenótipo) e evolução. Segundo os PCN‟s:
[...] ao tratar os processos biológicos, a experimentação pode contribuir para o estudo da biodiversidade a partir de um conceito mais amplo. Nesse caso a Biologia abrange um universo conceitual que se fundamenta na concepção evolutiva e entende os seres vivos além do contexto da classificação e do funcionamento de suas estruturas orgânicas. Esses conhecimentos biológicos envolvem as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade genética, e podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o real, nas aulas experimentais.A Biologia passa a ter, na prática, uma metodologia que procura envolver o conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no meio, na relação homem e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais.Nesse contexto as aulas experimentais podem significar uma crítica ao positivismo lógico e apontar soluções para a construção racional do conhecimento científico em sala de aula, sem dissociar as implicações desse conhecimento para o homem.Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas das teóricas. Como partem de um processo de ensino pensado e estruturado pelo professor, elas não estão restritas ao laboratório.Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de memorização direta, comportamentalista e liberal. Parte-se do pressuposto de que a teoria crítica deve assegurar a relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos. (DCE-BIOLOGIA, 2006)
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Durante a pesquisa não foram encontradas publicações que relacionassem
laboratório didático e alunos do ensino médio. Isso influenciou na análise dos
resultados fazendo com os mesmos apresentassem algumas limitações, pois
não houve uma fundamentação teórica específica sobre esse assunto. Apesar
disso, consegui observar com essa pesquisa que, para o público do 2º- ano do
ensino médio, as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta para
despertar o interesse dos alunos em aprender. Muitos desses alunos,
diferentes das crianças, trabalham durante o dia e chegam, na maioria das
vezes, cansados na sala de aula. Mesmo sendo importante para o seu
aprendizado, uma aula expositiva, na qual o professor explica oralmente e
utiliza o quadro, às vezes soa desanimadora para estes alunos. Propor aulas
práticas gerou curiosidade e um sentimento de satisfação nos mesmos. Além
disso, a pesquisa mostrou que as aulas práticas não precisam
necessariamente contemplar experimentos no laboratório. Muitos dos
componentes que os alunos julgam ser importantes nesse local (como
microscópios, lupas e outros materiais didáticos) não precisam estar
necessariamente nesse ambiente. Pode-se criar um ambiente com esses
materiais em um espaço separado na sala de aula, proporcionando o contato
com os mesmos aos alunos das escolas que não dispõem de um laboratório.
Convém ressaltar que, quando o acesso ao laboratório é possível, o professor
pode desenvolver práticas interessantes nesse ambiente. Isto desperta nos
alunos do ensino médio um interesse especial, como se fosse possível ampliar
seus horizontes e infiltrar-se no mundo científico, bem diferente da rotina da
sala de aula na qual estão acostumados a estudar. O laboratório de ciências no
ensino médio constitui um espaço diferente do laboratório de pesquisa, mas
seus equipamentos simples permitem que os alunos realizem investigações
iniciais que os auxiliam na resolução de suas dúvidas. Os cartazes específicos,
microscópios ou materiais biológicos fixados em exposição, quando existem,
despertam o interesse da maioria dos alunos. A observação de materiais
biológicos raras vezes parece provocar desconforto nos mesmos e sim grandes
curiosidade inclusive a “metamorfose da borboleta”. Ao concluir este trabalho
também possibilitou uma reflexão objetiva e mais crítica sobre a prática
pedagógica em relação aos alunos, ampliando assim, sua habilidade em
elaborar atividades práticas cada vez mais construtivas. Esse trabalho
aumentou o seu embasamento teórico em relação às atividades práticas no
ensino médio, uma relação que não havia sido encontrada na literatura.
Assim, este trabalho pôde contribuir para a minha formação como professora
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de BIOLOGIA, principalmente para o ensino médio e o interesse sobre
diferentes temas da pesquisa educacional aumentou. Este trabalho espera,
portanto contribuir para que novas investigações a respeito da metamorfose da
borboleta ocorram e possam ser desenvolvidos no ensino médio.
Conseqüentemente, foi levantada uma série de questões a respeito das aulas
práticas. Através dos pontos não abordados, foram percebidas lacunas que
permitem a elaboração de trabalhos posteriores.
A prática de laboratório ocorreu no Colégio Estadual Helena Viana Sundin –
EFM, município de Paranaguá, no período de 18/10/2011 a 30/11/2011, com
dez alunos do 2º- ano do Ensino Médio.
Conclui-se: iniciou-se com a coleta das folhas de couve onde se encontrava
os ovos da borboleta “Ascia monuste” (Godort), levando até no laboratório de
ciências, onde foram colocadas dentro de recipiente transparente para que
fossem observadas diariamente pelos alunos, juntamente com a educadora
fazendo as anotações necessárias. Mais ou menos quatro dias após a coleta
os ovos sofreram modificações, afunilaram, mudando de forma e eclodiram,
lagartas minúsculas nasceram e começaram uma nova vida, ainda muito
pequenas se alimentaram, pois as folhas apareceram com falhas. A partir do
quinto dia houve a necessidade de colocar folhas novas de couve, servindo
assim para a alimentação dos novos seres, pois a não troca das folhas poderia
ocorrer à eliminação das mesmas. As lagartas foram crescendo
milimetricamente a cada dia, o que motivou os educandos na observação.
Após uma semana mediram cerca de doze milímetros, com doze dias, nossas
lagartas atingiram um tamanho que algumas chegaram medir quinze
milímetros, aí foram para outro recipiente, devido à grande movimentação das
mesmas. São lagartas escuras e muito gulosas e, nesse momento já
apresentavam fios sedosos o qual contribuiu para a formação de seu casulo,
ou seja, a casinha onde a lagarta ficou por uns dias até a sua transformação
em borboleta. A metamorfose ocorreu com sucesso.
A prática continua o recipiente onde os casulos ficaram foram fechados com
gases e posto em um lugar bem ventilado fazendo a limpeza diariamente, sem
esquecer-se de alimentá-los. Com quatorze dias de expectativa, ocorreu que
as lagartas de mais ou menos quatro a cinco centímetros deixaram de se
alimentar e se ausentaram do grupo ficando em posição vertical no recipiente
onde permaneceu por mais alguns dias até se transformar em borboleta.
Durante o estagio que durou três dias, a lagarta diferenciou sua aparência,
passando de cor escura para uma cor mais clara e na seqüência formou uma
casinha a qual conhecemos por crisálida ou pupa, ali permaneceu por uma
semana, mudando de cores, no inicio bem clarinha e depois uma cor escura
até transformar-se em borboleta. Finalmente a grande surpresa ocorreu,
entorne de vinte e oito dias de prática no laboratório a transformação
aconteceu: nasceram as belas borboletas de cores amarelas claras com
marrons em detalhes nas bordas das asas. Deixaram seu casulo e ficaram por
alguns minutos abobados no recipiente, até se sentirem fortes suficientes para
pegarem vôo. O encerramento ocorreu com um grande seminário entre os
educandos, discutindo a prática executada como um todo proporcionando
assim a avaliação final do bimestre.
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REFERÊNCIAS
ASTI VERA, Armando, 1914-1972. Metodologia da Pesquisa Científica; tradução, Maria Helena Guedes Crespo e Beatriz Marques Magalhães. Porto Alegre, Globo, 1979.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN. Brasil, 1998.
_______. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica.Curitiba, 2006.
CAPELETTO, A. Biologia e Educação Ambiental: roteiros de trabalho.Editora Ática, 1992. p. 224.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
LIBÂNEO. Nossa Gramática: teoria e prática...Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara.18 ed. São Paulo: Atual, 1994.
LOPES & ROSSO, S. e S. Biologia Volume Único. Sônia Lopes e Sergio Rosso. Ed. FNDE, São Paulo-SP, 2005.