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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2011

NILZA GALVÃO

JOGO: UMA ALTERNATIVA PARA A APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO ELA-BORADO A PARTIR DE SUA PRODUÇÃO

CIANORTE, AGOSTO DE 2011

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APRESENTAÇÃO

A sala de aula é um espaço, segundo Góes (1994), de encontro de diferen-

tes histórias. Sendo assim, cada um passou por determinações sociais diferentes e

isso pode fazer com que alguns alunos apresentem maior facilidade em aprender os

conteúdos escolares e outros menos. Assim é possível verificar em uma sala de

aula, aqueles que para se apropriarem do conhecimento é necessário que se utili -

zem diferentes recursos didáticos. A elaboração de material didático pelo próprio alu-

no, com a mediação do professor, pode ser uma forma de favorecer a aprendiza-

gem.

O uso de materiais diversificados permite ensinar os conteúdos essenciais,

tais como: produção de textos e correção ortográfica, aprimorando a leitura e escrita,

por meio de recursos (jogos), ou seja, com atividades diferenciadas. Para exemplifi-

car, tais atividades podem referir-se a quebra cabeça, cair das letras, palavras cruza-

das, rimas, ditados, advinhas entre outras, diferentes ao cotidiano da sala de aula re-

gular, que neste trabalho serão explicadas posteriormente.

Entendemos que os jogos, assim como os materiais didático-pedagógicos,

não são objetos que trazem um conhecimento por si, ao contrário, eles são alternati-

vas e que podem instigar a curiosidade e a criatividade do aluno, direcionando-os

para os conteúdos a serem aprendidos, no caso dessa pesquisa, a escrita.

Observamos que muitos alunos necessitam de recursos didático-pedagógi-

cos diferenciados para a apropriação do conhecimento, uma vez que sua aprendiza-

gem só se efetiva com maior interação e mediação. A necessidade de se utilizar ma-

teriais diversificados deve ser considerada para que todos aprendam.

Escolhemos trabalhar com alunos de quinta série do ensino fundamental

que frequentam sala de apoio à aprendizagem e que apresentam dificuldades de es-

crita. A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) implantou em 2004 o

Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, com o objetivo de atender às defasagens

de aprendizagem apresentadas pelas crianças dessa série. O programa atende alu-

nos no contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A Lín-

gua Portuguesa tem como objetivo trabalhar as defasagens referentes à aquisição

dos conteúdos de oralidade, leitura e escrita.

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No que se refere ao fazer pedagógico, na sala de apoio à aprendizagem os

conteúdos devem ser trabalhados por meio de atividades diferenciadas, visando su-

perar ou minimizar as dificuldades apresentadas, para que desse modo os alunos

apreendam os conteúdos curriculares propostos na série em curso da sala de aula

regular, diminuindo assim a repetência, evasão e melhorando a qualidade da educa-

ção. O professor regente dessa sala deverá ser graduado na área de Língua Portu-

guesa.

A Sala de Apoio à Aprendizagem está amparada pela: Instrução nº 022/2008

– SUED/SEED, que define os critérios para a abertura da demanda de horas-aula do

suprimento e das atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem-

5ª série do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual. A Resolução nº 371/2008

que revogou as Resoluções nº 208/2004 e nº 3.098/2005, resolve em seu art. 1º cri -

ar as Salas de Apoio à Aprendizagem, a fim de atender os alunos da 5ª série do En-

sino Fundamental, nos estabelecimentos que ofertam esse nível de Ensino, no turno

contrário ao qual estão matriculados. No art. 2º os critérios de abertura das deman-

das do suprimento e atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendiza-

gem, observados na Resolução de Distribuição de Aulas, serão definidas por Instru-

ção Normativa, emitida pela Superintendência da Educação.

Para ingresso na sala de apoio à aprendizagem, segundo instrução de fi -

chas, o aluno faz uma avaliação de leitura, interpretação de texto, exercícios ortográ-

ficos e produção textual. São também analisadas todas as atividades produzidas

pelo aluno no contexto da sala de aula e a utilização dos materiais escolares.

Nesse estudo serão apresentados aos alunos os mais variados gêneros tex-

tuais que circulam socialmente, tais como: notícias, bulas de remédios, receitas, re-

gras de jogos, bilhetes, convites, poesias, entre outros, para que os mesmos tomem

conhecimento. Propusemos a trabalhar com o gênero “notícia” partindo de um traba-

lho de leitura, escrita e reescrita de texto, organizado por meio de uma Unidade Di-

dática.

Objetivamos o aprimoramento no nível de alfabetização e letramento dos

alunos, para que possam desse modo, familiarizar-se com a escrita convencional,

tornando-se usuários eficazes no seu cotidiano, reconhecendo assim, sua função

social.

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OBJETIVO GERAL

Propor atividades para melhoria na qualidade da escrita dos alunos da sala

de apoio à aprendizagem do Colégio Estadual Primo Manfrinato do período matuti-

no.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Trabalhar jogos que estimulem nos alunos, o gosto e a compreensão sobre os con-

teúdos de escrita em seu dia a dia.

- Proporcionar a aquisição dos conteúdos referentes à produção escrita trabalhados

em sala de aula, de forma diferenciada em sala de apoio à aprendizagem.

- Promover a elaboração de material didático-pedagógico pelo próprio aluno, com a

mediação do professor como uma forma de aprimorar a aprendizagem na produção

escrita.

- Oportunizar aos alunos informações necessárias para conhecerem e valorizarem o

mundo da escrita.

- Estimular a produção textual aprimorando a escrita do educando.

O processo de avaliação será contínuo, constará de atividades de leitura, es-

crita e reescrita de textos e jogos com palavras cruzadas, cair das letras, bingo de

palavras, caça palavras, etc. As atividades podem ser realizadas individualmente ou

coletivamente. Visando alcançar os objetivos propostos, este trabalho se desenvol-

verá em 32 h/a.

Nessa unidade didática será trabalhado o gênero textual “noticia” que veicula

na mídia impressa, por meio de atividades diversificadas, procurando dar ênfase nas

dificuldades encontradas pelo aluno em relação a sua escrita para possível correção

e apropriação da escrita de forma culta.

Gêneros textuais

Gêneros textuais são os diferentes textos que circulam em nossa sociedade;

cada texto possui características próprias como: a estrutura, a linguagem, as condi-

ções de produção, veículo onde circula e o público alvo. Dessa forma, podem

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ser considerados os seguintes exemplos: bilhetes, bulas de remédios, panfletos de

propaganda, receita culinária, provérbios, piadas, contos, lendas, carta pessoal, en-

trevistas, histórias em quadrinhos, discursos políticos ou religiosos, narração de jogo

de futebol, letra de música, entre outros.

Atividades

1- O professor deverá levar para a sala de aula os mais variados tipos de textos que

circulam socialmente.

2- Pedir para que o aluno selecione um ou mais textos que lhe chame a atenção.

3- Solicitar para que o aluno fale o que sabe sobre o texto escolhido.

a) Tipologia de texto.

b) Quais as impressões da leitura?

c) Com que finalidade foi escrito?

d) Como o texto é usado e quem faz uso?

e) Pedir aos alunos que copiem o texto no caderno.

O professor deverá recolher os textos e analisá-los completando a tabela abai-

xo. Os dados coletados servirão de base para intervenção do professor mediante as

dificuldades apresentadas pelos alunos. Esse quadro servirá também como instru-

mento de comparação para verificar o avanço obtido na produção final.

Análise dos aspectos apresentados pelo aluno ao escrever:

Aluno: __________________________________________________________

Análise da escrita quanto:

sim não Precisa melhorar

Postura do aluno

Uso do lápis

Lateralidade

Espaço

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Direção

Ritmo

Erros ortográficos

Fonte: Acervo da autora.

A linguagem escrita e os erros ortográficos

A linguagem escrita é um meio de comunicação, a qual tem uma intenciona-

lidade. Quem escreve, escreve algo para alguém que o lê e sabe o que lhe foi trans-

mitido, porém a interpretação depende muito do leitor. Para tanto, essa escrita deve

ser clara e objetiva. Sabemos que hoje nosso aluno traz vários fatores que influenci-

am na sua aprendizagem e que muitas vezes são dificuldades possíveis de serem

resolvidas na própria escola. Sugerimos que a escola, por ser um espaço apropriado

para ensinar e aprender, resgate estes alunos e propicie o conhecimento necessário,

a fim de inseri-los no mundo social, influenciando e sendo influenciados pelo mes-

mo.

Quanto às dificuldades ortográficas Morais (2006), divide-as em cinco níveis

diferentes e que esses variam de acordo com o nível de escolaridade e frequência.

Nesta etapa, os erros mais graves são aqueles que são cometidos pela utilização de

uma determinada “palavra” ainda não conhecida no campo visual, sem significado

para o aluno e que não poderia ser considerada erro.

Principais dificuldades no nível I Troca de letras fento

babodadatum

ventodadocadatem

Omissão de letras ospital hospital

Adição de letras maapa mapa

Adição de sílaba sasapato sapato

Adição de palavras O cavalo come come capim.come

Aglutinação de palavras atéque até que

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Alterações na seqüência de letras prota porta

Separação indevida de palavras anti gamenteal moçar

antigamentealmoçar

Fonte: Morais. p.127

No nível II os erros que devem ser classificados são:

Fonemas representados por doisgrafemas independentes: “ch ,lh, nh,rr,ss, qu”,

carocolerasadoqeijo

carrocolherassadoqueijo

Confusões que envolvem o “que”,“qui”,”ce” e o “ci

CenteKente

QuenteQuente

Erros que envolvem representaçãodo “g” antes do “e” e do “i”

gerragitarra

guerraguitarra

Omissão do “r” ou do “l” em qualquer uma das combinações: “bl,br,dr,cl,cr,fl,fr,gl, gr,pl,pr,tl,tr”

baçofautapuma

braçoflautapluma

Trocas que ocorrem entre sílabas“al”, e “au”

autopouvo

altopolvo

Substituição do “m” pelo “n” antese “p” e de “b”

bonbacanpo

bombacampo

Substituição de letras maiúsculaspor minúsculas no caso de nomes próprios ou inicio de oração

paulo mora em cianorteo gato bebeu todo o leite.

Paulo – Cianorte.O gato...

Uso indevido de letra maiúscula nomeio da palavra.

enChente enchente

Trocas entre “ça, co,çu, ce , ci”.

beicocamadaçebola

beiçocamadacebola

Fonte: Morais p.129 No nível III acontecem erros de:

Substituição entre as letras“g”(ge,gi)

JeloMájicojiló

GeloMágicojiló

Trocas entre “já, jô, ju” e“ga,go,gu”

jalojoela

galogoela

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Uso de letra “s” para representar o som da letra “c” (em ce, ci)

sedopace

cedopasse

Trocas entre as letras “s” e “z” na representação do som “z”

cazaasar

casaazar

Todas as trocas de letras “x” por qualquer outra letra.

lichofiquisomaxado

lixofixomachado

Erros referentes ao grafema “h” que envolvem omissão ou adição.

otelhontem

hotelontem

Fonte: Morais. p.131

Nível IV - Erros referentes ao obscurecimento de fonemas.

Erros que envolvem as combinações “sc,xc,ns”

piscinaexceçãotransporte

Obscurecimento em vogais duplicadas

álcolzológico

álcoolzoológico

Omissões de semi-vogais em ditongos

caderatesora

cadeiratesoura

Omissões ou uso indevido de acentos

cafesería

caféséria

Obscurecimento do som “l” quando antecedendo a “u”

útimocupa

últimoculpa

Omissões do som “r” que aparece no final dos verbos quando estão no infinitivo

come comer

Fonte: Morais. p.131-133

No nível V - essa dificuldade aparece quando o aluno começa a registrar a

letra, palavra ou frase sem o uso do campo visual. Esses erros são bem parecidos

com os ortográficos. (p.133)

Mediante a tabela acima apresentada por Morais (2006), o professor deverá

analisar quais erros ortográficos o aluno vem apresentando e propor atividades de

correção sem que o aluno se sinta constrangido diante de sua escrita. Para isso,

poderá fazer uso de atividades lúdicas (jogos), tais como:

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Caça- palavras

O professor entregará um rol de palavras para que o aluno encontre-as no

caça-palavras e pinte-as. Vencerá o aluno que encontrar todas as palavras primeiro.

Após, o professor recolhe o rol de palavras e solicita que o aluno copie- as

em seu caderno, escolha cinco delas no rol e forme frases.

W K C U L P A A S D H O M E MF G O J K P A S S R O L P Ç ZO X R C V M E N I N O B A N LC M A P H P M M Q W C A R R OI E Ç O O A R A P E N T E N RG T A Y S S U G U E R R A E AO I O O P S P R C O R P O B FL A A V I A O O B A L T O L CO D E F T D G C H U V A O I JO L M N A O P U L T I M O N QZ R T U L U Z Y O D A H C A M

Fonte: Acervo da autora

Rol de palavras:

Machado – último - neblina – zoológico – luz – magro – chuva – corpo – guerra –

alto osso – passado – farol – pare – carro - coração – hospital – avião – menino –

pássaro – homem – culpa.

A atividade de caça-palavras pode ser utilizada quantas vezes forem neces-

sárias, desde que o aluno não sinta desinteresse ou perca o gosto pela atividade.

A proposta acima é apenas uma, entre muitas outras que podem ser utiliza-

das como recursos didático-pedagógicos. Vale ressaltar que, com a utilização de di-

ferentes tipos de jogos, as dificuldades de escrita apresentadas pelo aluno poderão

ser minimizadas.

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Jogos

Jogos são recursos os quais o professor, como mediador, poderá usar para

auxiliar o aluno no seu processo ensino-aprendizagem, a se apropriar dos conteú-

dos em defasagem, melhorando assim o seu conhecimento para que possa acom-

panhar os conteúdos curriculares no seu tempo/espaço de aprendizagem. De modo

particular, tal recurso pode contribuir de forma mais eficaz em relação ao distúrbio

específico de escrita. (KISHIMOTO, 2005)

Sendo assim, apontamos o jogo em duas dimensões: “O jogo com sua fun-

ção lúdica de propiciar diversão, prazer e mesmo desprazer ao ser escolhido de for-

ma voluntária e o jogo com sua função educativa, aquele que ensina, completando o

saber, o conhecimento e a descoberta do mundo pela criança.” (CAMPAGNE, 1989,

apud KISHIMOTO, 1992. p 28).

Ensinar por meio do brincar com jogos é desenvolver o raciocínio lógico.

Para Vygotsky, (apud DIAS, 2005, p.51), a imaginação em ação ou brinquedo é a

primeira possibilidade de ação da criança numa esfera cognitiva que lhe permite ul-

trapassar a dimensão perceptiva motora do comportamento.

A criança colocada diante de situação lúdica aprende a estrutura lógica pre-

sente. A inserção do jogo nos processos de ensino aprendizagem propõe ao aluno

adquirir novas descobertas, desenvolve e enriquece seu raciocínio lógico de forma

prazerosa, rompendo assim a cultura de que estudar língua é algo difícil.

No processo ensino-aprendizagem há atividades lúdicas e jogos que visam

alcançar diversos objetivos. Ressaltamos que por meio destes, as crianças são ca-

pazes de trabalhar em grupo, socializando-se e adquirindo novos conhecimentos, fa-

zendo uma relação dos conteúdos da sala de aula regular em sala de apoio à apren-

dizagem de forma interdisciplinar. Todas as demais disciplinas fazem uso e necessi-

tam da escrita para construir os seus conhecimentos e o jogo proporciona uma ativi-

dade mais prazerosa e real. Para tal, o professor deve procurar oferecer aos seus

alunos jogos os mais variados possíveis, a fim de que tenham condições de execu-

tá-los, registrando-os.

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Atividades

Apresentar o jogo cair das letras, onde o aluno irá observar que contém uma

frase ou um texto na atividade. Ex: O que é o que é? Advinha se puder! Essa ativi -

dade é apenas um exemplo, podendo ser utilizadas frases que contenham outras di-

ficuldades ortográficas.

O CAIR DAS LETRAS

C A O C T E I E B ÉN A S S O E R A P EN Ã O - O R M - - E - A - - T B M - - O

Fonte: Acervo da autora.

Nessa atividade, o aluno irá procurar nos quadrados acima qual letra poderá

ser utilizada e deverá colocá-la no quadrado abaixo que está vazio. As letras de

cada coluna caem juntas ao quadrado diretamente abaixo delas, mas não necessari-

amente na ordem em que estão, formando assim uma frase.

Jogo que auxilia na construção de frases e textos.

O professor deverá recortar os retângulos entregando-os aos alunos. As pe-

ças deverão conter letras, sílabas e palavras. Pedir aos alunos que montem as pe-

ças formando frase. Após montadas as peças, solicitar que faça a leitura da frase

que construiu e comentar a que gênero pode pertencer à frase formada.

Copiar em seu caderno.

Vencerá quem montar primeiro a frase na carteira.

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Siga corretamente o modo deUsar, não desaparecendo os sintomasprocure orientação Médica.

Fonte: Bula de remédio.

Repetir a atividade, entregando tiras de frases e pedir para o aluno montar texto.

Biscoito doce.2 - xícaras de chá de maisena;1 ½ - xícara de chá de farinha de trigo;1 - xícara de margarina;1 - xícara de açúcar2 - ovos3 - colheres de sopa de coco ralado.Modo de fazer:Misture todos os ingredientes em uma vasilha.Amasse bem e faça pequenas bolinhas.Coloque em uma assadeira untada e deixe certa distância entre elas.Achate ligeiramente com um garfo.Leve ao forno aquecido com temperatura média, por 10 minutos.Sirva de preferência após esfriar. Que delícia!

Fonte: Receita caseira

O aluno receberá as tiras das frases distribuídas pelo professor. Deverá

montar em cima de sua carteira o texto. Relatar que tipo de texto é.

Copiar o texto em seu caderno ou folha sulfite, organizando a receita de for-

ma correta, observando sua estrutura. Vence quem conseguir montar corretamente

a receita e terminar primeiro.

Nessa cópia e montagem da receita, o professor fará as intervenções quanto

à legibilidade na escrita, ortografia e estrutura textual.

Quebra-cabeça

Outra sugestão de jogo para correção ortográfica pode ser o quebra-cabeça.

O professor poderá montá-lo utilizando palavras com erros ortográficos mais fre-

quentes ou as que os alunos tenham dúvidas para escrever. Para elaborar essa ati-

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vidade, primeiramente o professor deverá conhecer a escrita dos alunos e suas difi-

culdades, selecionando assim as palavras que necessitam de correção.

a) Nessa atividade, pode-se dividir a turma em grupos.

b) Entregar aos grupos uma série de palavras recortadas ao meio, com traçados de

recortes diferentes, de maneira a formarem um quebra cabeça. Todos os grupos re-

ceberão cópias das mesmas palavras.

Vence o grupo que montar primeiro o quebra-cabeça corretamente.

c) Copiar as palavras no caderno.

d) Formar frases utilizando essas palavras de forma contextualizada, podendo o pro-

fessor indicar duas, três ou até mais palavras que deverão ser usadas na mesma

frase.

Dando continuidade ao trabalho proposto, enfocaremos o gênero “noticia”,

iniciando com uma pesquisa sobre o nível de conhecimento dos alunos sobre esse

gênero.

Segundo Cagliari (2008), a produção de um texto escrito envolve problemas

específicos de estruturação do discurso, de coesão , de argumentação , de

organização das idéias e escolha das palavras, do objetivo e do destinatário do

texto. Por exemplo, escrever um bilhete é diferente de escrever uma noticia. Cada

texto tem sua estrutura própria, sua função e todos os gêneros precisam ser

trabalhados na escola. (p.122)

Reconhecimento do gênero textual

Com o propósito de conhecer o que o aluno já sabe sobre essa tipologia

textual, questiona-se:

* O que são noticias?

* Onde podemos encontrá-las?

* Quem as produz?

* Por que elas são produzidas?

* Para quem?

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Características do Gênero

O professor deverá apresentar o gênero escolhido, fazendo circular alguns

textos pela sala de aula, explicando características do gênero notícia impressa, para

auxiliá-los no encaminhamento do trabalho.

Notícia

Notícia é uma forma de divulgar um acontecimento por meios jornalísticos.

É a matéria-prima do Jornal, normalmente reconhecida como algum dado ou evento

socialmente importante que merece ser publicado em um jornal. Estes, podem ser

fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais ou outros. Geralmente a

notícia tem conotação negativa, como acidentes, tragédias, guerras,etc. As notícias

têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram

noticiadas previamente por nenhum veículo de comunicação. Um jornal é composto

de notícias.

Fonte: (br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070417013818...)

Notícia: Cobre apenas um fato. Começa geralmente com o nome da cidade

do fato divulgado e deve ser relatada de forma mais neutra possível, não devendo

conter opiniões. A notícia deve ter, um titulo, uma introdução e o seu

desenvolvimento.

Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:

Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas.

Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, maior interesse a

notícia gera, porque implica diretamente na vida do leitor.

Tamanho: independente da extensão do texto, a notícia sempre atrai a atenção do

público leitor .

Relevância: a notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa.

Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao leitor.

Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres,

correspondentes, agências de notícias e assessorias de imprensa ou por conhecidos

de jornalistas que fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes

no anonimato, pelo telefone ou por e-mail.

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Para iniciar o relato de uma notícia, deve -se começar na maioria das vezes,

com o nome da cidade (local) em que ocorreu o fato e necessita de responder às

seguintes indagações:

• "O quê?" - O fato ocorrido.

• "Quem?" - O personagem envolvido.

• "Quando?" - O momento do fato.

• "Onde?" - O local do fato.

• "Como?" - O modo como o fato ocorreu.

• "Por quê?" - A causa do fato.

O professor deverá levar para a sala de aula algumas noticias, para que os

alunos possam lê-las e manuseá-las, verificando se respondem as indagações, além

de observar sua estrutura textual.

Atividade - 1

Na intenção de analisar realmente se os alunos compreenderam o que é o

gênero “noticia”, o professor deverá solicitar que tragam, para a próxima aula, um

exemplo de notícia recortada de jornal com a referência, isto é, o nome do Jornal

onde foi recortada a notícia e sua data de publicação.

Para a execução dessa atividade é importante que o professor deixe bem

claro o que é o gênero notícia, pois os alunos poderão confundir com outras informa-

ções trazidas pelo jornal, como reportagem ou anúncios. Neste caso, o professor de-

verá ter conhecimento dos demais gêneros textuais antes de ir para a sala de aula e

esclarecer as diferenças de um texto do outro, dando ênfase à estrutura da notícia.

Atividade - 2

Partindo do princípio de que o aluno já conheceu o que é uma notícia,

consegue perceber sua estrutura textual, o professor deverá propor aos alunos que

recordem de um fato ocorrido na cidade que lhes chamou a atenção. Solicitar que

produzam uma noticia, mesmo que imperfeita, para saber quais os aspectos desse

genêro será necessário trabalhar mais.

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Fazer uma produção escrita coletiva com os alunos, tendo o professor como

escriba, para que todos possam participar e trocar experiências e por meio dessa

escrita, adquiram melhor domínio do gênero estudado.

Como continuidade das atividades, o aluno deverá fazer uma produção

individual. A partir dessa escrita, o professor fará as intervenções necessárias de

revisão e reescrita do texto. Para não ficar massante e exaustivo para o aluno,

nessa correção o professor poderá utilizar de jogos como recurso lúdico e

prazeroso, sem perder de vista o objetivo proposto. No final das intervenções,

solicitar que o aluno produza uma notícia (texto) contendo sua estrutura e ortografia

melhorada.

Após essa produção textual final, o professor fará uma comparação da

primeira escrita do aluno com a atual, para análise dos avanços obtidos pelo

trabalho realizado em sala de aula.

Aluno: __________________________________________________________

Análise da escri-ta quanto:

sim não Precisa melhorar

Postura do aluno

Uso do lápis

Lateralidade

Espaço

Direção

Ritmo

Erros ortográfi-cos

Fonte: Acervo da autora

Sugerimos alguns jogos que poderão contribuir no processo ensino-

aprendizagem para a melhoria na qualidade da escrita do aluno, porém, isso não

exime o professor a fazer uso de sua criatividade e criar os mais diversos recursos

didático–pedagógicos necessários para que seus alunos aprendam a escrever.

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Sugestões de jogos

- Caça-palavras;

- dominó de letras;

- palavras cruzadas;

- Jogo das histórias;

- jogo de cartazes;

- gincana;

- soletrando;

- forca;

- jogo de perguntas;

- corre cutia;

- jogo de cartas;

- jogo online ou computador;

- jogo das cores;

- jogo da velha;

- caça – palavras,

- boole,

- olha a orotgrafia,

- iguaizinhas,

- quartetos de três.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros CurricularesNacionais. Língua Portuguesa: Ensino de primeira a quarta série. 1997

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização&linguística. São Paulo: Scipione.2008.

DOLZ, Joaquim. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem: Campinas. S.P. Mercado Letras, 2010.

ELKONIM. Daniel B. Psicologia do jogo. São Paulo: Wmfmartinsfontes: 2009.

INFANTE, U. Texto: Leitura e escritas. São Paulo: Scipione, 2000.

KISHIMOTO, T.M. Jogos, brinquedos, brincadeiras e a Educação. São Paulo: Cortez, 2005.

LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática. 2007

MORAIS, Antonio Manuel Pamplona. Distúrbios da Aprendizagem - umaabordagem psicopedagógica. –São Paulo: Edicon, 2006.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares daEducação - DCEs, 2008.

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