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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIDADE DIDÁTICA
CONTAR HISTÓRIAS... LAPIDAR MEMÓRIAS
Siqueira Campos
2011
HELENA MARIA DE OLIVEIRA DA SILVA
CONTAR HISTÓRIAS... LAPIDAR MEMÓRIAS
Unidade Didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE da Secretaria de Estado de Educação sob orientação do Professor Doutora Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg
.
Siqueira Campos
2011
A importância do ato de contar histórias já vem sendo analisada e
discutida por muitos estudiosos. É possível que num passado distante, narrar
histórias fosse até uma missão sagrada, realizada somente pelos mais sábios e
experientes. Porém, com o passar do tempo, as pessoas comuns também passaram
a contar histórias, talvez menos míticas e mais próximas de cada povo, com novas
características. São inúmeros os autores que defendem sua relevância no
desenvolvimento do indivíduo.
Malba Tahan (1961, p. 24) disse que, até nossos dias, todos os
povos, civilizados ou não, têm usado a história como veículo de verdades eternas,
como meio de conservação de suas tradições ou da difusão de idéias novas.
Busatto (2003, p. 28) relata que o conto de literatura oral é uma das
mais genuínas expressões culturais da humanidade, mas não é possível afirmar
com certeza quem o criou, pois ele se modifica conforme o meio e momento em que
é narrado. Cada contador, em cada época, vai acrescentando suas emoções, suas
vivências, sua cultura. Quando se fala em contadores de histórias, é impossível não
mencionar alguns nomes ilustres como os de Charles Perrault, os irmãos Jacob e
Wilhelm Grimm, Shakespeare, Katherina Wieckmann, lembrados por Busatto e, no
Brasil, Câmara Cascudo. Segundo a mesma autora, pode-se dizer ainda que Jesus
Cristo também foi um exímio contador de histórias. O conto de tradição oral é um
retrato da magia e do encantamento, uma fantástica criação da mente humana.
A importância do ato de contar histórias é imensa, pois se trata de
uma atitude multidimensional (BUSATTO, 2003, p. 45), e ao contá-las, pode-se
atingir não somente o plano prático, mas também o nível do pensamento, e
sobretudo, as dimensões do mítico-simbólico e do mistério.
Assim, conto histórias para formar leitores; para fazer da diversidade cultural um fato; valorizar as etnias; manter a História viva; para se sentir vivo; para encantar e sensibilizar o ouvinte; para estimular o imaginário; articular o sensível; tocar o coração; alimentar o espírito; resgatar significados para nossa
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
existência e reavivar o sagrado. (BUSATTO, 2003, p. 45).
Também as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná enfatizam a
importância do trabalho com a oralidade em Língua Portuguesa:
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias (...) (PARANÁ, 2008, p. 66)
A prática da contação de histórias no ambiente escolar deve ocorrer
com a observação de alguns procedimentos. Para um preparo prévio do professor, é
importante ater-se às seguintes sugestões:
Comece a contar uma história que lhe traz boa impressão, ou
seja, aquilo que você tem afinidade, que sabe nos mínimos detalhes, que encontre
segurança, que realmente lhe dê algum prazer em contar, porque você algum dia
sentiu este prazer em ouvir ou ler.
A história não necessita ser longa, necessita ter fundamento, ter
corpo, que realmente encante a quem vai ouvir, que seja envolvente, que desperte o
gosto e o prazer de estar ali, ligado a quem está narrando...
Leia várias vezes o mesmo texto, domine-o nos mínimos
detalhes.
Conte a você mesmo, diante de um espelho;
Conte a alguém mais próximo, sem ter vergonha de contar, isso
facilitará a sua presença diante da plateia quando for narrar histórias;
Para ser um bom contador, necessita gostar de ouvir. Peça a
alguém para lhe contar alguma história e perceba, na pessoa do outro, falhas que
você não poderá cometer como: falar muito alto, ou muito baixo, ter tiques
inoportunos como rir quando deverá ter seriedade, (gargalhadas poderão ser dadas
caso necessário), a entonação da voz deve estar de acordo com o que se narra, a
maturidade é primordial, para que passe ao ouvinte a segurança necessária daquilo
que se narra, como: a intensidade da voz conforme a emoção depende muito da
história para saber se existe momento que devemos ter voz mais forte, mais fraca, a
pausa, enfim, saber se colocar em função da história.
Tenha clareza, a boa dicção requer muito treino, evite as
repetições que levam ao cansaço de quem está ouvindo..
Há uma vasta modalidade de se contar uma história, pode-se
utilizar de livros, de flanelógrafo, cartazes, fantoches, desenhos, dobraduras, tecidos,
vestuários, objetos, sonoplastia, máscaras, baú com apetrechos diversos, etc, mas
nunca esquecer que todos esses aparatos são apenas para enriquecer a narrativa,
pois o texto deve estar muito bem ensaiado, memorizado, ao ponto de jamais
esquecer que ele é o centro é o grande protagonista, jamais pensar que o narrador é
o mais importante, é só um portador da voz, mais um aparato em ação e não pensar
que é o artista. O grande carro-chefe é o texto, a história, o conto, enfim, o´”ápice” é
a história.
Jamais improvise uma história, isso poderá causar a você
narrador, a grande frustração de se perder no decorrer da história, o nervosismo e a
falta de argumentos poderão levá-lo ao esquecimento, e a torná-lo incapaz de
recomeçar esse trabalho tão encantador.
É necessário sugerir também que, para não haver interrupção no
momento da história, e assim prejudicar o andamento da ação proposta, a
professora pendure um aviso na porta: “Contando histórias”.
Deve ainda, antes de contar a história, propor uma atividade de
relaxamento para os educandos acostumarem-se a ouvir o outro e exercitar a
imaginação.
Uma atividade bastante interessante para relaxamento é a
“Passeando pelo arco-íris”, retirada do livro Toc-toc...Plim! Plim! Lidando com as
emoções, de Virgolin, Fleith e Neves-Pereira:
* Feche os olhos, respire profundamente e relaxe o corpo. * Vamos embarcar em um arco-íris e fazer uma linda viagem
“Contando Histórias”
pelo mundo das cores. Procure estar atento às sensações que surgirem e a todas as imagens que se formarem na sua mente, enquanto viajamos pelo mundo das cores.
Imagine que, de repente, você ganhe um lindo par de asas, assim como os anjos. De posse dessas asas você pode voar bem alto, para o meio das nuvens. Você está voando agora.Está se sentindo leve... feliz... tranquilo... Bem na sua frente aparece um arco-íris. Ele é tão bonito e suas cores tão vibrantes que você não resiste e...mergulha nele, bem na cor vermelha. Agora tudo em volta de você é puro vermelho, forte, grandioso. Observe bem esse espaço vermelho onde você está agora. O que você sente? A cor vermelha lembra... . Como é estar no vermelho? Continue andando por esse mundo vermelho... Preste atenção, pois o vermelho está se transformando... Você está mudando de faixa no arco-íris . Agora tudo está ficando ... laranja. Que sensações essa cor lhe transmite? Qual o sentimento de estar no laranja? Pense em alguns objetos ou coisas que tenham essa cor. Olhe para suas mãos. Você tem um pincel na mão neste momento. O que você pintaria de laranja? O laranja é engraçado e divertido. Brinque na faixa laranja do arco-íris... Ao seu lado, eis que surge uma lata de tinta, aberta. Você pega o pincel e mergulha na lata ... Quando o retira , vê que ele está molhado de tinta amarela. Tudo agora é amarelo. Você mudou novamente de faixa no arco-íris. Observe o amarelo. Veja como é forte essa cor. Como você se sente em um mundo amarelo? Quais são seus pensamentos? Qual é a coisa mais amarela que você conhece? Quais os sentimentos que são amarelos? Que animais deveriam ser amarelos? Mais uma vez tudo começa a mudar de cor. Olhe bem à sua volta e veja a nova cor que chega. È o ... verde. Quais são os sentimentos verde? E o gosto do verde qual é? Como você se sente em um espaço totalmente verde? A cor verde acalma, traz o silêncio. Nesse momento a calma toma conta do local onde você está. Bem devagar, você percebe que está mudando de faixa no arco-íris, novamente. O verde vai embora e dá espaço para o ... azul. Que delícia... Que tranqüilidade... Agora você entende por que as pessoas falam “está tudo azul”! Que emoções você sente neste mundo azul? Que pessoas você acha que deveriam morar em um mundo azul? Que objeto, coisa, elemento ou ser, que são azuis, você mais gosta de olhar? O azul começa a se transformar. Nova cor está chegando. Sua viagem pelo arco-íris continua. O mundo começa a ficar ... roxo. O roxo é a cor surge quando misturamos o azul com o vermelho. È uma cor forte, vibrante, com cara de ... Se você um rosto para a cor roxa, como ele seria? Quais são os seus sentimentos na faixa roxa do arco-íris? Quais seriam seus pensamentos? O roxo começa a se modificar. Você vai conhecer agora a última faixa do arco-íris. É como se as gotinhas brancas começassem a cair na faixa roxa e ela se transformasse em... lilás. O lilás é tão clarinho, que às vezes se confunde com o branco. Você está nessa faixa lilás. O que você sente? Que pensamentos chegam a sua mente? Qual a sua emoção nesse momento? Qual é a cara do lilás? Quem é lilás? Que objetos
a cor lilás lhe faz lembrar?
* Agora sua viagem pelo arco-íris chegou ao fim. Escorregue nele, como se fosse um enorme escorregador colorido, e chegue na Terra. Põe os pés no chão e observe a sua frente. * Há um objeto no final do arco-íris. Ele é seu. Pegue-o e vá embora. * Lentamente, abra os olhos e mexendo o corpo , bem devagar e em silêncio. * Procure se lembrar de todas as sensações que você teve em seu arco-íris e, faça um desenho do que mais gostou em sua experiência e o que encontro no final do arco-íris. Depois compartilhe essa experiência com alguém. * Procure na natureza as cores do arco-íris. Registre esses dados com fotos ou com os próprios objetos/elementos que você encontrar. (VIRGOLIN; FLEITH; NEVES PEREIRA, 2004, p. 77-78)
Outra sugestão de atividade de relaxamento bastante enriquecedora
é a seguinte, retirada do mesmo livro:
* Sentado ou deitado, procure uma posição confortável para seu corpo. * Feche os olhos e passeie pelo seu corpo com sua mente. Observe cada parte do seu corpo com muita atenção. * Tente identificar se há alguma parte do seu corpo que esteja incomodada, tensa ou dolorida. Se houver, preste atenção nesta parte e converse mentalmente com ela, pedindo-lhe que relaxe, que se solte completamente. Sinta que seu corpo lhe obedece mansamente e que a tensão começa a sumir. Você sente o corpo cada vez mais pesado, como se fosse afundar no chão. Quando sentir que seu corpo se aquietou, esqueça- o. * Observe agora sua respiração. Como ela se apresenta? Lenta ou apressada? Com que parte do seu corpo você respira? Em que local você percebe sua respiração? Ponha sua mão direita no local do seu corpo onde você respira. Fique assim por uns instantes. * Agora, ponha sua mão direita na sua barriga, um pouquinho abaixo do umbigo. Traga sua respiração para este local. Sinta o ar empurrando sua barriga para cima quando você inspira e para baixo quando expira. Respire 10 vezes pela barriga, imaginando cada número à medida que inspira e expira: um, dois, três, quatro... Quando completar a contagem, esqueça sua respiração que permanece na barriga. * Com o corpo e a respiração bem calminhos e suaves, fique quieto por um tempinho. Se surgirem pensamentos na sua mente, deixe que eles entrem e saiam. Apenas observe.
* Aos pouquinhos, quando der vontade, comece a mexer com seu corpo suavemente, abrindo os olhos e levantando-se. Tudo isso bem devagar, em silêncio e com muita calma. (VIRGOLIN; FLEITH; NEVES PEREIRA, 2004, p. 63)
Ao iniciar o momento da contação de história, a escola tem que
saber que neste ambiente a contação de história é algo muito sério, que a
interrupção causaria muito desconforto ao narrador e aos ouvintes, mas, para que
isso seja real, deve-se propor um colóquio, por parte do professor-narrador, com
seus colegas e os demais alunos desse estabelecimento.
Para facilitar este colóquio, a sugestão é que o professor-narrador
passe por todas as turmas, contando-lhes uma história e pedindo a colaboração,
bem como a participação nos eventos em que a contação de história estiver
presente. Assim acontecerá a empatia entre professor-narrador e toda a escola.
Mesmo se, com todo este trabalho que a escola esteja envolvida
para colaborar com o projeto de contação de histórias, ainda o professor for
interrompido com a presença de alguém muito insensível, ele deve continuar
narrando, com gestos deve pedir que a pessoa entre, ou então fingir que a presença
dele não está lhe causando desconforto. O professor deve continuar, jamais deixar-
se interromper, pois permanecendo no controle da situação, a pessoa ou sairá da
sala ou se juntará à platéia. Caso ainda a pessoa insista, o professor deve fazer um
sinal com as mãos, pedindo para aguardar.
Antes de iniciar a contação de histórias, num círculo, o narrador
deve ter um diálogo com seus alunos sobre a importância de contar histórias. A
seriedade do momento e a colaboração são fundamentais para que tudo esteja e
saia a contento.
Deve falar algo sobre cada história a ser narrada, principalmente
quando necessitar da colaboração dos ouvintes, ou seja, quando eles também serão
protagonistas da história. Se durante alguma história, for interrompido com uma
COMO LIDAR COM AS INTERRUPÇÕES
pergunta sobre a narração, deve dar uma resposta a contentar o ouvinte, mas
sempre fazendo um liame, ou seja, estabelecendo uma contextualização entre a
“pergunta e a narrativa”, nunca se perdendo durante uma interrupção. Por isso é que
a história deve estar incorporada aos propósitos do narrador, para que se possa
fazer desta interrupção algo a mais para a contação.
Para que o projeto se desenvolva a contento, seria interessante que
o professor observasse as seguintes sugestões:
Propor aos alunos que tenham um diálogo com o núcleo familiar
sobre a importância da contação de histórias.
Saber deles, se em suas famílias há contadores de histórias. E
quais histórias são as mais contadas.
Esta contação de história faz parte do cotidiano? Ou raramente
se conta? Ou ainda necessita de algum motivo, tais como, reunião familiar, ou
alguma reunião específica? Se não há contação de história, quais os motivos?
Aos que não são agraciados com contadores como seus pais,
avós, tios ou alguém mais próximo, pode ser proposto que eles mesmos sejam os
contadores, movendo assim o desejo dos mais velhos a buscarem na memória as
histórias da família.
Neste momento, pode-se pedir aos alunos que fiquem bem à
vontade, que se sintam coparticipantes deste projeto, que venham somar ideias e
ideais, que sejam eles os grandes protagonistas desta viagem ao fantástico mundo
da contação de histórias.
Abaixo segue uma sugestão de história a ser narrada no início
do projeto. Ela tem como objetivo resgatar a sensibilidade e valores dos laços
familiares em nosso desenvolvimento social-cultural e afetivo, desvendando assim a
importância de termos nossos familiares para podermos afirmar nossa
personalidade, nossa conduta, e acima de tudo para tirarmos nossas máscaras
sociais e sermos “nós” em todos os aspectos, mostrando realmente aquilo que
somos, o que temos e o que desejamos alcançar como objetivos próprios de seres
APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
humanos, em busca desta autoafirmação de nossa realidade, seja ela real ou
apenas uma grande utopia. Ao término da história, entrega-se uma florzinha branca
com fitas amarelas, onde se escreve NEOQEAV. Ao mesmo tempo, a critério do
professor, pode-se entregar uma bala ou um bombom e em cada entrega deve-se
dizer NEOQEAV, que significa: Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você:
A história que vou contar é a história do meu avô, quando ele era muito jovem, foi passear na praça e conheceu minha avó, então mandou para ela rosas brancas com fitas amarelas escritas NEOQEAV, e vovó amou, se apaixonou, então começaram a namorar e resolveram se casar. No dia do casamento, vovô mandou para vovó rosas brancas com fitas amarelas escrito NEOQEAV, e vovó apaixonou, então vovó, pegou um pedaço um papel em branco e escreveu NEOQEAV, e colocou no bolso do vovô, na hora em que vovô foi colocar o paletó para casar, viu que havia algo no seu bolso, então pegou e lá estava escrito NEOQEAV,, vovô amou, se casaram, aí resolveram ter filhos e quando vovó foi para o hospital para ter o seu primeiro bebê, vovô mandou rosas brancas com fitas amarelas escrita NEOQEAV, e vovó se apaixonou, e vovô fez isso no segundo e no terceiro filho. Sempre que vovó ia fazer bolos ou pães, quando pegava a lata de farinha e abria, lá estava escrito NEOQEAV, então seus bolos ficavam mais gostosos, pois eram feitos com muito amor. Mas como é o curso da vida vovó ficou doente e veio a falecer , então vovô colocou em seu túmulo uma coroa de rosas brancas com fitas amarelas escrito NEOQEAV. Mas como é o curso da vida, eu também tive a minha primeira decepção de amor e fui até a casa de vovô e lá estava ele sentado em sua cadeira de balanço, eu fui e sentei ao seu lado e contei para ele a minha primeira decepção de amor, ele me disse: - Dê NEOQEAV, a ele, aí eu disse: - mas eu não sei o que significa NEOQEAV, só sei que é uma tradição em nossa família, pois o senhor falava para vovó, para nós, fazia várias brincadeiras com NEOQEAV para nós,mas eu não sei o que significa, foi aí que vovô olhou bem dentro dos meus olhos e disse:- Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você! (ANÔNIMO, 2011)
NEOQEAV
O grande fascínio da contação de histórias é que ela exerce uma
mobilização nas pessoas que contam e nas que seriamente as ouvem. Ela nunca
acaba após o final feliz ou trágico, continua viva em nossa mente, latejando ideias,
fazendo-se alimento para a nossa imaginação, dando-nos força para nos tornarmos
mais criativos, e aos ouvintes aptos à espontaneidade, a se tornarem protagonistas.
Esse fruir de ideias vai dando espaço ao imaginário, ao fantástico mundo do faz-de-
conta, ou mesmo do próprio-mundo da arte do viver e conviver. São atividades
enriquecedoras para o desenvolvimento intelectual, afetivo e moral, relacionadas aos
conflitos das histórias ouvidas e vivenciadas em nosso cotidiano.
Seguem algumas sugestões de atividades:
1) História do meu nome
Segundo Prieto, em Quer ouvir uma história? (1999, p. 13), quando
nascemos, chegamos ao mundo cercado de histórias, é quase como se deixasse a
barriga da mãe e fosse envolto numa rede de histórias, começando pela história do
próprio nome.
O nome é parte muito importante da nossa vida. A maioria das
pessoas tem uma história a contar sobre seu nome: por exemplo: quem o escolheu?
Por quê? Ele tem algum significado? Procure saber a história do seu nome e a relate
abaixo:
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SUGESTÕES DE ATIVIDADES
História do meu nome
2) Palanquinho:
O palanquinho funciona como um atrativo, onde os alunos, ao
subirem nele, deixam no chão os medos, as frustrações e a insegurança. Mas, para
eles sentirem que vão deixar estes sentimentos ali no chão, necessita que o
professor-narrador faça um comentário a respeito deste “deixar no chão”. Lembre-se
que tudo deve ser de maneira bem espontânea.
3) A dramatização:
Pode-se iniciar dramatizando em grupo e depois no coletivo. Neste
dramatizar, eles vão se colocando cada um num papel com o qual tem mais
afinidade, ou pode ser escolhido aquele que mais se sobressaiu no relato.
Para enriquecer ainda mais o desenvolvimento do aluno, para que a
história continue agindo como fio condutor de criação e recriação, oportunizando a
afirmação do caráter, da personalidade, e da conduta afetiva, pode-se utilizar, além
da dramatização, os desenhos, recortes, modelagem, dobradura, textos orais e
escritos, brincadeiras, as maquetes, entre outras possibilidades.
4) Contação de história coletiva:
Esta modalidade de contação de história abrange um grupo seleto,
Palanquinho
A dramatização
Contação de história coletiva
ou seja, todos teriam oportunidade de selecionar seu grupo, principalmente
buscando aqueles com os quais têm mais afinidade. Em outro momento, pode-se
formar grupos mais heterogêneos, buscando-se preservar as diferenças de
comportamento e de pensar.
Um exercício muito bom é que em ambos os grupos, primeiro
contem a mesma história uns para os outros, percebendo-se contou melhor, então
essa criança passará a contar para todo o grupo maior.
5) História recontada:
Cada aluno escolhe uma história como, por exemplo, “Os 3
porquinhos”, e sai contando para as pessoas como uma grande fofoca. Ou
transforme a história em um texto jornalístico, como a história da Chapeuzinho
Vermelho, onde seriam narrados fatos como a vovó morar sozinha, tão idosa, sem
vizinhos, e a mãe mandar sua filha pequena levar doces, remédios à pobre senhora,
o perigo que a menina correria no caminho para a casa da avó. Neste contexto,
ressaltar a importância da família, mãe, sogra, genro, nora, netos e bisnetos, pois
todos têm sua parcela de responsabilidade na construção familiar, desmistificando
ideias de conflitos familiares. Essas observações são artimanhas que ajudam a
soltar a imaginação.
6) Conto de Malba Tahan:
O professor deve dizer aos alunos que irão ouvir um conto de Malba
Tahan, iniciando por perguntar se alguém já ouviu falar sobre ele, que obras suas
são mais famosas, enfim, explorar muitas curiosidades sobre esse grande contador
de histórias, que revolucionou a literatura de maneira curiosa, fazendo-se conhecer
História recontada
C Conto de Malba Tahan
pelo seu pseudônimo. Pode ainda perguntar sobre a origem deste nome e o porquê
o autor o adotou.
Pode-se propor que os alunos procurem um espaço na sala para se
deitar, cada um procura a melhor forma de se acomodar, que fechem os olhos,
respirem profundamente e, aos poucos, bem calmamente, sintam as batidas do
coração. Em seguida, pode-se colocar um CD do conto Uma fábula sobre a fábula
(2009).
Após ouvir o conto, o professor organiza os alunos em duplas,
pedindo-lhes que leiam silenciosamente o texto. Caso tenham dificuldades na
compreensão do sentido de algumas palavras, devem ser orientados a consultar o
dicionário.
A seguir, as duplas podem responder às questões:
a) O que vocês sabem sobre a verdade? E o que diz o grão-vizir sobre a verdade? ____________________________________________________________________________________________________ b) E a acusação, o que vocês têm a dizer sobre ela? E o que o sultão fala sobre a acusação? ____________________________________________________________________________________________________ c) Quem conseguiu autorização do grão-vizir para entrar no palácio? Por quê? ____________________________________________________________________________________________________ (MADI, 2009, p. 22)
7) Versões distintas de um mesmo conto:
O propósito é de possibilitar aos ouvintes de histórias as várias
versões de um mesmo conto. Deve-se iniciar dialogando se alguém já ouviu outra
versão de algum conto, ao mesmo tempo esclarecendo que o nosso país por ser
Versões distintas de um mesmo conto
muito rico culturalmente, um conto pode ter o mesmo conteúdo, mas dependendo da
região ele é conhecido com títulos diferentes. Neste caso, o conto “Bicho de palha”,
“Capa de junco” e “Pele de asno”, são o mesmo conto, mas com títulos diferentes,
porque foram trazidos da França e da Inglaterra, e então ganharam três versões
distintas. A partir do momento que se torna folclore brasileiro, passa a ter
características brasileiras.
Outra sugestão é a leitura do conto “O compadre da Morte”, de
Câmara Cascudo, e o livro Contos de “Enganar a Morte”, de Ricardo Azevedo.
Esses dois contos são diferentes, mas com algumas semelhanças, e a partir deles,
com os alunos em duplas, recriarão o seu conto sobre como enganariam a morte.
8) Contos diversos:
Várias sugestões de leitura podem ser recomendadas: os contos das
edições especiais da Revista Nova Escola (Contos para crianças e adolescentes,
volumes 1 e 2, s.d.), destacando-se no segundo volume a parábola “O Caso do
espelho”, de Ricardo Azevedo, seguido de plano de aula (p 62), que pode ser
explorado pelo professor.
O conto “Fungo”, de Eva Furnari, da Revista Na Ponta do Lápis
(2007, p. 10-11), é uma sugestão riquíssima de leitura, que vai auxiliar os alunos a
produzirem textos, ajudando o FUNGO a refazer sua amizade com a Lú, uma das
personagens. Assim, estarão escrevendo e reestruturando texto de uma maneira
bastante lúdica.
Outra possibilidade é o trabalho com o conto “Aquilo”, de Ricardo
Azevedo, também presente na Revista Nova Escola. Neste conto, Ricardo Azevedo
quis ressaltar a importância dos vários olhares sobre um determinado assunto.
Explorando as várias vertentes de interpretação, considere-se que todos os alunos
podem opinar, imaginar, criar e abusar do mundo imaginário, levando-os a refletir
sobre a importância da liberdade de expressão, de dar sugestões. Ao mesmo tempo,
lembrar aos alunos que na década de 60, no Brasil, houve um grupo militar em
comum acordo entre os três poderes, que criou regras de imposição que proibiam as
C Contos diversos
pessoas de manifestarem opiniões que fossem contrárias ao poder político da
época. Àqueles que ousavam desrespeitar a lei, eram aplicadas as mais severas
punições, como o exílio, torturas e até a morte.
Diante disso, levá-los a perceber o momento privilegiado que hoje se
tem de serem “livres para pensar e sonhar”. Para isso, podem ser apresentados
documentários sobre a época da ditadura militar, bem como as músicas de protesto
que causaram o exílio de grandes nomes da MPB.
Outra maneira para trabalhar esse texto é propor que cada um o leia
com atenção e formem grupos de três pessoas para discutir sobre as várias
possibilidades de pensamento que o texto proporciona ao leitor. Também a questão
do preconceito (tão comum no cotidiano escolar) pode ser discutida e refletida.
De Flávia Saravy, pode-se escolher o conto “Doce de Tereza”. No
primeiro momento, é possível trabalhar o duplo sentido da expressão “Doce de
Tereza”, levando os alunos a refletir como é Tereza, uma pessoa doce, amável, e ao
mesmo tempo, falar da culinária de Tereza, sua especialidade em fazer os doces,
que deram a ela subsídios econômicos para criar seus sete filhos, os mesmos que a
deixariam na solidão da velhice, nos seus 96 anos de vida.
Após essa reflexão, adentrar mais ao assunto que os levará a
pensar sobre como é formada sua árvore genealógica. Resgatar com eles, através
de histórias vividas, aquelas que podem ser saboreadas, como as batatas doces na
taipa do fogão à lenha, o leite tirado quentinho da vaca e bebido lá mesmo no curral,
as broas de cará. Essas bobices de infância que foram criando laços afetivos entre
pais, filhos e netos.
Refletir com eles sobre as fases da vida, aquela quando somos
repletos de vigor físico, na qual tudo nos é possível, e a chegada da velhice. Dizer-
lhes que só não envelhece quem morre ainda jovem; despertar neles a importância e
a graça de envelhecer, levá-los a ter um novo olhar para cada pessoa idosa,
descobrindo nela uma enciclopédia de valores, de ideias e ideais. Se uma pessoa
chegar, como Tereza, aos 96 anos, é sem dúvida uma grande dádiva.
Falar de Tereza sem lembrar sua solidão é uma injustiça. Portanto é
importante levá-los a refletir sobre quantas Terezas estão mergulhadas na solidão,
mesmo vivendo com seus familiares, principalmente no que se refere aos netos, que
por mil razões, mostram indiferença aos seus avós, não criando ou não valorizando
os laços afetivos. Vão abandonando aquelas mãos que gostariam de afagá-los, de
abraçar seus corpos ainda cheirosos pelo vigor da mocidade.
9) Histórias em CD:
Estas histórias são um aparato muito interessante, porque
proporcionam aos alunos ouvirem outros timbres de voz, aquela que foi “premiada”
para estar ali, talvez pela doçura, pela firmeza, pela sensualidade, ou simplesmente
por ser clara, nítida, que todos passam ouvir e compreender.
Ouvir CDs é bom, porque se pode retornar a algum trecho mais
atraente, que mais chamou a atenção do grupo.
10) Círculo da palavra:
Trata-se de uma atividade proposta por Cléo Busatto, em seu livro
Práticas de oralidade na sala de aula. Segundo a autora, esta tarefa auxilia:
* a expressar-se de diferentes maneiras: linguagem formal/coloquial; * na observação e narração do que se viu; * no uso adequado dos adjetivos (2010, p. 34)
Para desenvolvê-la, o professor vai precisar de que as crianças se
coloquem numa roda. Em seguida, seriam desenvolvidos os seguintes
procedimentos:
* Diariamente, lembre da importância em estar atento ao momento presente. Estimule esta atitude nas crianças e instigue-as a ver, de fato, as coisas que acontecem no seu dia a dia: na ida à escola, na ida à padaria, na ação e reação das pessoas. * Quer um exemplo? È comum a gente encontrar com
H Histórias em CD
Círculo da palavra
cachorros na rua. Porem, quantas vezes os observamos com olhos atentos, a ponto de descrever, com detalhes,a sua ação? Quantas vezes percebemos a sua forma de andar, se anda rápido ou devagar, se corre; se olha para os lados antes de atravessar a rua; a expressão de seu olhar quando nos observa; alias, percebemos que ele parou de nos olhar? E a ação de um catador de papel? De um varredor de rua? A expressão das pessoas enquanto espera o semáforo ficar verde para elas? O movimento das folhas de uma árvore? As nuvens passeando no céu? Como as crianças brincam? Como a mãe realiza uma tarefa de casa? Como é minha atuação no cotidiano, ao tomar banho, ao comer? Percebo o que faço ou faço tudo sem perceber? * A capacidade de observação atenta permite uma descrição detalhada do que foi observado. Isto amplia e redimensiona o fato, o ato, a coisa. Ítalo Calvino (1991) insistia nos exercícios de descrição para ampliar o imaginário. * Vamos verificar duas falas, sobre a observação de um cachorro, que se encontra na rua. Uma coisa é dizer: “Eu estava vindo para a escola e um cachorro me seguiu.” Outra, bem diferente, é: “Eu estava vindo para a escola e um cachorro, amarelo, pequeno, magro, mas com olhos mansos, chegou perto de mim e começou a me acompanhar. Quando eu parava no semáforo, ele também parava. Sentava ao meu lado direito e ficava olhando para mim, com olhos pedintes, que pareciam dizer, „posso lhe acompanhar?‟ de repente, ele viu outro cachorro que vinha na sua direção. Começaram a se cheirar e ele seguiu o amigo. Ainda olhou para atrás , na minha direção. Parou um instante, trocamos olhares, e eu disse, „vai‟. E eles viraram a esquina e sumiram de vista.” * Faça a roda e abra espaço para que as crianças relatem o que viram. Observe quem observa mais, narra com mais precisão, com imagens precisas e claras. Isto se consegue com exercício. Apresente a possibilidade de pensar por imagens. Peça para que narrem como se estivessem vendo um filme daquela situação. * Acompanhe a construção de texto que está se formando, o uso adequado dos conectivos e da pontuação, dos fenômenos prosódicos que imprimem a vida à narrativa. (BUSATTO, 2010, p. 34-35)
11) A caixa de histórias (de tudo sobra um pouco):
Caixa de histórias
(de tudo sobra um pouco)
Trata-se de mais uma atividade proposta por Busatto, que pode
auxiliar o aluno “no prazer de ler antes de ser alfabetizado; no uso do objeto como
sensibilizador para criação de narrativas” (2010, p. 76)
O professor precisará de uma caixa contendo vários objetos que
possam sugerir narrativas, além de manter as crianças dispostas num círculo. Em
seguida, desenvolveria os seguintes procedimentos:
* escolha uma caixa de tamanho médio, como uma caixa de sapato. Forre com papel especial e transforme-a num objeto lindo, colorido, uma caixa que dê prazer em olhar, que à primeira vista instigue o aluno a pensar o que pode ter dentro dela. * nela coloque vários objetos. Sugiro que sejam pequenos. Coisas como bichinhos de plástico (desses de festa de aniversário), apito, boneco, carro, lápis, papel colorido, linha, bola, pedra, pena, enfim, o que você deduzir que pode suscitar uma narrativa. Mude de objetos frequentemente. * na roda, a caixa gira. Pode haver um jogo para passar a caixa, como aquela brincadeira: “Minha mãe mandou escolher essa daqui, mas como sou teimoso escolhi esse daqui.” * a criança escolhida pela caixa tira de dentro dela, sem olhar, um objeto e cria uma narrativa a partir dele.
Todas essas atividades são, sem dúvida, estimulantes à criatividade
e ao desenvolvimento do ser humano – humanizado. Porém, é importante ressaltar
que cada ser humano é único e cada um tem “seu tempo”; uns alunos se lançam às
atividades com toda empolgação, outros demoram um pouco mais. Haverá ainda
aqueles que continuarão sempre encasulados,mas o importante é que cada um seja
respeitado e valorizado na sua individualidade e no seu modo particular de perceber
ou descobrir o encantamento dos momentos da contação de história.
Após a conclusão das atividades propostas, será realizado um
“Sarau” de contação de histórias, onde os alunos colocarão em prática o que
puderam vivenciar durante este projeto de pesquisa. O intuito deste “Sarau” será
AVALIAÇÃO
apenas possibilitar-lhes o enfrentamento de uma platéia para que eles se sintam
aptos a interagir consigo mesmos e com os colegas. Tal atividade é riquíssima no
sentido de incentivar o aluno a mostrar sua fala, seu poder criativo na voz, na
expressão facial e corporal.
Ao final destas atividades, cada aluno construirá o seu portifólio,
contendo perguntas, reflexões, sugestões, e atividades elaboradas individualmente,
compreendendo que a oralidade é uma arte, é um modo de pensar, ver, sentir, agir e
imaginar, em que se percebe o fluir da vida para a arte e o refluir da arte para a vida.
Acredita-se que o portifólio será de suma importância na elaboração
de nossas considerações finais sobre a comunidade a qual pertencemos, buscando
resgatar o passado, vivenciar o presente e almejar um futuro mais promissor.
SUGESTÕES DE HISTÓRIAS: SITES E LIVROS
Aos professores seguem títulos de sugestões de excelentes histórias
a serem contadas ou lidas pra os educandos:
SITES:
A menina que queria ser bruxa – de Giselda Laporte Nicolelis
http://tiapaulaeducadora.blogspot.com
A Sacola de Couro - Conto coreano www.leiabrasil.org.br
Yasul – Malba Tahan http://www.edmoatividadesbiblicas.blogspot.com
Minha vida querida – Malba Tahan www.portaldafamilia.org
O galo Ló (esta atividade tem a colaboração dos alunos).
http://www.sugestoesescolaresdiversas.blogspot.com
SUGESTÕES DE HISTÓRIAS
LIVROS:
Contos de amor rasgados – Marina Colasanti. Rio de Janeiro: Rocco, 1986
Contos tradicionais do Brasil de Câmara Cascudo. São Paulo: Global,2003
Estórias de bichos – Rubem Alves. São Paulo: Loyola, 1993
Longe como o meu querer. Marina Colasanti. São Paulo: Ática, 2004
O castelo amarelo – Malba Tahan
A arte de ler e contar historias. Malba Tahan, 1957
O homem que contava histórias. Rosane Pamplona. São Paulo: Brinque – Book.
2005
Olhos de ver. Tatiana Belinky. São Paulo: Moderna, 1995
O príncipe feliz e outros contos de Oscar Wilde. Texto em português Paulo
Mendes Campos; Rio de Janeiro: Ediouro, 2005
Sabedoria em parábola. Professor Felipe de Aquino, Lorena: Cléofas, 2006.
Se eu fosse aquilo. Ricardo Azevedo. São Paulo: Ática, 2002
Uma Ideia toda azul. Mariana Colasanti. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979
Venha ver o pôr-do-sol. Ligia Fagundes Telles, São Paulo: Ática, 2007
ANÔNIMO. Neoqeav. Disponível em http://www.bilibio.com.br . Acesso em 10/08/11.
AZEVEDO, Ricardo. “O Caso do espelho”. Revista Nova Escola (Contos para
crianças e adolescentes, volumes 1 e 2. São Paulo Editora Abril, s.d.
______ . “Aquilo”. Revista Nova Escola. São Paulo Editora Abril, Ed. 169, jan/fev-
2004.
BUSATTO, Cléo. Práticas de oralidade na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2010.
_______ . Contar & encantar. Petrópolis (RJ): Vozes, 2003.
REFERÊNCIAS
FURNARI, Eva. “Fungo”. Revista Na Ponta do Lápis. São Paulo: CENPEC, ano III,
nº 5, abril, 2007.
MADI, Sonia (coord.). Uma fábula sobre a fábula. Revista Na Ponta do Lápis. São
Paulo: CENPEC, ano v, nº 12, dez. 2009.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.
PRIETO, Heloisa. Quer ouvir uma história? São Paulo: Angra, 1999
TAHAN, Malba. A arte de ler e contar histórias. Rio de Janeiro: Conquista,1961. 3ª
edição
VIRGOLIN; SLETH; NEVES PEREIRA. Toc, Toc...Plim, Plim! Lidando com as
emoções, Brincando com o pensamento através da criatividade, São Paulo: Ed.
Papirus, 2004.