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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO REGIONAL DE CURITIBA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
ARTIGO CIENTÍFICO
O PROCESSO DE SELEÇÃO DE DIRETORES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO
PARANÁ E SUA ABORDAGEM NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
PARANAENSE
ANDERCEYA DE FÁTIMA ALFARO CERVI RUTZ
CURITIBA
2011
RESUMO
Este artigo é a produção do material didático pedagógico elaborado no programa
PDE para o processo de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na
Escola com o tema legislação educacional e tem como objetivo possibilitar o estudo
da legislação educacional paranaense que regulamenta o processo de escolha de
diretor escolar das escolas públicas desde o ano de 1983 até a última eleição,
ocorrida em 2008.
Palavras – chave: legislação educacional; gestão escolar; eleição de diretores
SUMMARY
This article is the production of the pedagogical didactic material elaborated in
program PDE for the process of implementation of the Project of Pedagogical
Intervention in the School with the subject educational legislation and has as
objective to make possible the study of the paranaense educational legislation that
regulates the process of choice of pertaining to school director of the public schools
since the year of 1983 until the last election, occured in 2008.
Key-words: educational legislation; pertaining to school management; election of
directors
1. INTRODUÇÃO
A história da eleição para diretores das escolas públicas no estado do Paraná
e as legislações que regulamentam esse processo é marcada por constantes
mudanças, então a necessidade do estudo das leis, deliberações e resoluções para
o acompanhamento de todas as alterações ocorridas como forma de apropriar-se da
realidade política e compreender a finalidade de suas ações.
Com a participação de professores, pedagogos e diretores, pretende-se fazer
um estudo através de leituras e análises de um quadro panorâmico e comparativo
das leis, decretos e resoluções do processo de seleção para escolha de diretores
das escolas públicas do Paraná desde o ano de 1983 até 2008, oportunizando uma
reflexão e discussão sobre o estudo realizado.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 ELEIÇÃO PARA DIRETOR ESCOLAR:
A forma de escolha para diretor nas escolas das redes públicas de ensino
tem sido um assunto muito polêmico e discutido por muitos especialistas da
educação.
No início da década de 80, professores, sindicato e Secretaria de Estado da
Educação promoveram amplos debates sobre o processo de seleção para escolha
de diretor escolar, com o objetivo de aprimorá-lo, tornando-o mais democrático e
atendendo aos interesses e necessidades da comunidade escolar. Dentre as
diferentes formas de provimentos estão a indicação política, concurso público e a
eleição.
A eleição de diretores recebeu muita atenção e destaque nessas discussões
se comparada a outras formas de seleção por favorecer características de gestão
democrática e com maiores possibilidades de participação da comunidade escolar.
De acordo com Paro (2003) a defesa da eleição como critério para escolha de
diretor de escola está fundamentada em seu caráter democrático. Para que a
democratização da sociedade aconteça é preciso que democratize também todas as
instituições que fazem parte dela.
Daí a relevância de se considerar a eleição direta, por parte do
pessoal escolar, alunos e comunidade, como um dos critérios
para escolha do diretor de escola pública. (PARO, 2003, p.26)
Para Carlos Marés,
A eleição para diretor de escola é a mais rica das formas que se apresentam para suprir a necessidade administrativa da existência de um comando dentro da escola, e a que mais favorece a discussão da democracia na escola, porque toda eleição é forma de debate. (MARÉS, 1983, p. 50)
Há os que resistem à eleição por alegar que “não é possível atribuir a
existência da democracia a apenas uma variável, seja ela o concurso, os cursos, ou
menos ainda, a eleição”. (SAMARTINI, 1994, p. 162).
Maria de Lourdes Melo Prais, afirma:
A proposta de eleição do diretor tem sido tomada como
sinônimo da efetivação da democratização escolar, entretanto,
a proposta por si só certamente não garante a democratização
da escola. Pois, independentemente da forma de provimento
do cargo, deve-se considerar prioritariamente a maneira como
será exercida esta função.” (PRAIS, 1990, p. 86)
A eleição como forma de seleção para diretor escolar é o processo que
melhor representa o desenvolvimento da gestão democrática nas escolas públicas,
mas é importante ressaltar que não é o único mecanismo que irá resolver os
problemas da escola. É necessário a participação e o envolvimento de toda
comunidade escolar para o exercício desse modelo de gestão.
2.2 HISTÓRICO DO PROCESSO DE ELEIÇÃO PARA DIRETOR ESCOLAR NO
PARANÁ
No Paraná a escolha do diretor pelo voto ocorreu em meados de 1983
garantindo que a comunidade escolar participasse do processo, porém com a
existência de uma lista tríplice, permanecendo a escolha entre os três candidatos
mais votados, cabendo à Secretaria Estadual da Educação indicar e nomear o
diretor escolar, também previa que o diretor nomeado indicaria os diretores
auxiliares conforme o porte do estabelecimento e o mandato seria de dois anos.
No ano de 1984 a seleção dos diretores escolares aconteceu mediante
eleição direta com os votos da comunidade escolar. O mandato era de dois anos e
podiam concorrer os professores ou especialistas do Quadro Próprio do Magistério
(QPM) ou Quadro Único do Poder Executivo (QUPE) em exercício no
estabelecimento de ensino. Era proibido ao diretor ser reeleito pela terceira vez
consecutiva.
Em fevereiro de 1993, o governador impõe o processo de consulta para
escolha dos diretores onde o parágrafo 2º do artigo 7º estabelece que a consulta só
seja válida se 50% dos eleitores enumerados no inciso III (pais e mães de alunos)
tiverem dela participado, caso não ocorra o quórum, o Secretário é quem escolhe o
diretor. Neste ano muitas escolas deixam de eleger seus diretores que passam a ser
escolhidos pelo Secretário.
Em 1997, repete-se o mesmo processo pelo voto direto, mas prorrogando o
mandato até 2000. Neste mesmo ano, houve uma mudança no processo de escolha
do diretor: o candidato era escolhido por meio de um colégio eleitoral, mediante
entrevista expondo suas idéias e propostas. Esse processo teve um mandato curto,
de 2000 a 2001.
Então, no ano de 2001, constituiu-se um novo modelo de escolha do diretor,
onde os candidatos numa primeira fase teriam que realizar uma prova escrita, de
caráter eliminatório, de conhecimentos gerais e noções de gestão pedagógica e
administrativa. Na segunda fase, a realização da votação secreta pela comunidade
escolar dos candidatos aprovados na primeira fase. A proposta exigia no mínimo
dois candidatos inscritos por escola para realização da prova de conhecimento.
Também houve neste ano a participação dos funcionários dos Núcleos Regionais de
Educação como eleitores votantes no processo de escolha de diretores. O mandato
estipulado era de três anos, permitindo uma recondução consecutiva e duas
alternadas.
No ano de 2003 a escolha para diretores escolares foi mediante consulta à
comunidade escolar. Uma das mudanças realizadas nesse processo foi a
composição de uma Comissão Eleitoral em cada Estabelecimento de Ensino,
composta por dois representantes de cada segmento da comunidade escolar, eleitos
por seus pares para responsabilizar-se pela execução do processo de consulta.
Tanto os votos dos professores e funcionários como os dos alunos e pais tinham o
mesmo valor. Poderiam votar somente os representantes dos segmentos da
comunidade escolar. A gestão do diretor e diretor auxiliar era de dois anos, sendo
admitida apenas duas reconduções consecutivas.
Em 2006 foi aprovada a nova lei que alterou o mandato para três. Os
professores e funcionários candidatos ao cargo de diretor escolar deverão pertencer
ao Quadro Próprio do Magistério, ao Quadro Único de Pessoal ou ao Quadro Próprio
do Poder Executivo.
Na última eleição, em 2008, houve pouca alteração na legislação: poderão
participar do processo de consulta como candidato os servidores readaptados,
professores PDE 2008 que estiverem cursando o primeiro ano do programa e os
contratados pelo Regime Especial – PSS em 2008, desde que tenham sido
aprovados nos Concurso Públicos de 2004 ou 2007.
2.3 QUADROS COMPARATIVOS DA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
PARANAENSE NO PROCESSO DE ESCOLHA DE DIRETOR ESCOLAR
2.3.1 QUADRO DAS LEIS EDUCACIONAIS PARANAENSES
LEI 7961/84 LEI 14231/03 LEI 15329/06
Eleição direta Consulta à comunidade Consulta à comunidade
Candidatos pertencentes ao
QPM ou QUPE em exercício
no estabelecimento de
ensino.
Candidatos pertencentes ao
QPM, QUP, QUPE, ou que
mantenham vínculo com o
estado sob a sigla TF57,
TF58 e CLAD e ter no
mínimo 90 dias em exercício
no estabelecimento de
ensino.
Candidatos pertencentes ao
QPM, QUP ou QUPE e ter
no mínimo 90 dias em
exercício no estabelecimento
de ensino.
Mandato de dois anos,
admitida uma recondução
consecutiva.
Gestão de dois anos,
admitida duas reconduções
consecutivas.
Gestão de três anos,
admitida duas reconduções
consecutivas.
Aptos a votar nos
estabelecimentos de ensino:
professores ou especialistas
do QPM ou QUPE ;
funcionários estatutários ou
celetista ; alunos do 1º grau
supletivo e 2º grau regular;
pai ou mãe ou representante
de aluno.
Aptos a votar nos
estabelecimentos de ensino:
professores e especialista de
educação; funcionários;
responsável pelo aluno
menor de 16 anos; alunos do
Ensino Médio e Educação
Profissionalizante; alunos do
Ensino Fundamental com 16
anos completos.
Aptos a votar nos
estabelecimentos de ensino:
professores; funcionários;
responsável pelo aluno
menor de 16 anos; alunos do
Ensino Médio e Educação
Profissionalizante; alunos do
Ensino Fundamental com 16
anos completos.
Excetuam-se da presente lei
os estabelecimentos de
ensino que contar com
menos de três professores;
às escolas agrícolas com
regime de internato; às
escolas que funcionam em
prédios privados, cedidos ou
alocados de instituições
religiosas ou civis.
Nestes casos o diretor será
de exclusiva escolha do
Secretário de Estado da
Educação.
Excetuam-se da presente lei
os estabelecimentos de
ensino em regimes especiais,
regidos nos termos dos
convênios celebrados com a
Secretaria de Estado da
Educação, os que funcionam
em prédios privados, cedidos
ou alocados de instituições
religiosas, os da Polícia
Militar do Estado do Paraná e
o Colégio Estadual do
Paraná.
“Excetuam-se da presente lei
os Estabelecimentos de
Excetuam-se da presente lei
os estabelecimentos de
ensino em regimes especiais,
regidos nos termos dos
convênios celebrados com a
Secretaria de Estado da
Educação, os que funcionam
em prédios privados, cedidos
ou alocados de instituições
religiosas, os da Polícia
Militar do Estado do Paraná e
o Colégio Estadual do
Paraná.
“Excetuam-se da presente lei
os Estabelecimentos de
Ensino regidos nos termos
dos convênios celebrados
com a Secretaria de Estado
da Educação, os que
funcionam em prédios
privados, cedidos ou
alocados de instituições
religiosas e os da Polícia
Militar do Estado do Paraná.”
(Redação alterada pela Lei
16538 de 30/06/2010)
Nos Estabelecimentos de
Ensino que funcionam em
parceria com a Secretaria de
Estado da Justiça/
Departamento Penitenciário e
com a Secretaria de Estado
do Emprego, Trabalho e
Promoção Social/Instituto de
Ação Social do Paraná
haverá processo de seleção
para diretores, obedecendo
critérios próprios,
estabelecidos em Resolução
Secretarial.
Designação de uma
Comissão Eleitoral, composta
por dois representantes do
segmento de representantes
legais dos alunos; dois de
professores; dois de
especialistas da educação;
dois de funcionários; e dois
de alunos; eleitos por seus
pares, em assembléias
convocadas pela direção,
especificamente para este
fim.
Ensino regidos nos termos
dos convênios celebrados
com a Secretaria de Estado
da Educação, os que
funcionam em prédios
privados, cedidos ou
alocados de instituições
religiosas e os da Polícia
Militar do Estado do Paraná.”
(Redação alterada pela Lei
16538 de 30/06/2010)
Nos Estabelecimentos de
Ensino que funcionam em
parceria com a Secretaria de
Estado da Justiça/
Departamento Penitenciário e
com a Secretaria de Estado
do Emprego, Trabalho e
Promoção Social/Instituto de
Ação Social do Paraná
haverá processo de seleção
para diretores, obedecendo
critérios próprios,
estabelecidos em Resolução
Secretarial.
Designação de uma
Comissão Eleitoral, composta
por dois representantes do
segmento de representantes
legais dos alunos, quatro de
professores, sendo dois da
equipe pedagógica e dois
docentes, dois de
funcionários e dois de alunos,
eleitos por seus pares, em
assembléias convocadas
pela direção, especificamente
para este fim.
Em caso de vacância das
funções de diretor , caberá ao
Secretário de Estado da
Educação designar outro,
para a complementação do
mandato.
Em caso de vacância do
diretor, o diretor auxiliar será
designado como diretor e
completará a gestão.
Em caso de vacância do
diretor, o diretor auxiliar será
designado como diretor e
completará a gestão.
Quórum mínimo de
comparecimento de, pelo
menos, a maioria simples dos
votantes para validar o
processo.
Quórum mínimo de
comparecimento de pelo
menos 35% dos votantes
para validar o processo.
Quórum mínimo de
comparecimento de pelo
menos 35% dos votantes
para validar o processo.
O diretor eleito, indiciado em
sindicância, processos ou
inquérito policial poderá ser
afastado de suas funções ou
ter seu mandato extinto pelo
Secretário de Estado da
Educação.
O diretor ou diretor auxiliar
poderão ser destituídos da
função pelo Secretário de
Estado da Educação quando
condenados por sentença
criminal ou em processos
administrativos, ou a
pedido da comunidade
escolar, mediante votação
em plebiscito.
O diretor ou diretor auxiliar
poderão ser destituídos da
função pelo Secretário de
Estado da Educação quando
condenados por sentença
criminal ou em processos
administrativos, ou a
pedido da comunidade
escolar, mediante votação
em plebiscito.
FONTE: DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PARANÁ
2.3.2 QUADRO DOS DECRETOS
DECRETO 455/83 DECRETO 849/91 DECRETO 2099/93 DECRETO 4313/01
Eleição direta: lista
tríplice – escolha
feita pelo Secretário
de Estado da
Educação dos três
nomes mais votados
Consulta à
comunidade
Consulta à
comunidade
Duas fases: prova
escrita de caráter
eliminatório e
votação direta para
os candidatos aptos
na primeira fase
Mandato de dois
anos e uma
recondução
consecutiva
Mandato de dois
anos
Mandato de dois
anos
Mandato de três
anos, uma
recondução
consecutiva e duas
alternadas
Candidatos:
pertencentes ao
QPM ou QUPE
lotados e em
Candidatos:
professores ou
especialistas em
educação da rede
Candidatos:
professores ou
especialistas em
educação da rede
Candidatos: servidor
estatutário ou
celetista da rede
estadual de
exercício no
estabelecimento de
ensino
pública estadual.
Na hipótese de haver
apenas um
candidato, seu nome
será apresentado ao
Secretário de Estado
da Educação
pública estadual.
Na hipótese de haver
apenas um
candidato, seu nome
será apresentado ao
Secretário de Estado
da Educação
educação com
formação plena em
nível superior, com
no mínimo dois anos
de efetivo exercício
na rede
Votantes:
professores e
especialistas
referidos no item
anterior, demais
funcionários
estatutário e
celetistas, alunos do
2º grau, pai ou mãe
de aluno
Votantes:
professores,
especialistas e
demais servidores
em exercício no
estabelecimento,
alunos maiores de 16
anos do ensino
fundamental, médio e
supletivo, pai, mãe
ou responsável pelo
aluno
Votantes:
professores,
especialistas e
demais servidores
em exercício no
estabelecimento,
alunos maiores de 16
anos do ensino
fundamental, médio e
supletivo, pai, mãe
ou responsável pelo
aluno
Votantes: servidores
lotados no
estabelecimento de
ensino; alunos
maiores de 16 anos,
pai, mãe ou
responsável pelo
aluno; profissionais
dos Núcleos
Regionais de
Educação (NRE)
responsável pelo
estabelecimento de
ensino
Peso dos votos do
segmento família
será de 5; o dos
profissionais da
escola será 3; e o
dos profissionais dos
NREs será 2.
Vacância: caberá ao
Secretário de Estado
da Educação
designar outro para
complementação do
mandato
Vacância: caberá ao
Secretário de Estado
da Educação
designar outro
temporariamente até
realização de nova
consulta
Vacância: caberá ao
Secretário de Estado
da Educação
designar outro
temporariamente até
realização de nova
consulta
Vacância: caberá a
Secretaria de Estado
da Educação
designar novo diretor,
que terá direito de
indicar seus
auxiliares
Validação da
consulta mediante
participação de pelo
menos 50% dos
votantes.
Excepcionalmente,
no exercício de 1991,
Validação da
consulta mediante
participação de pelo
menos 50% dos
votantes.
Validação da
votação: quando o
número de votantes
de alunos e pais de
alunos for, no
mínimo, 50% mais 1
(um) do total de
representantes desse
segmento; a soma
dos votos brancos e
a participação foi de
30%.
nulos for inferior a
50% do total de
votos;
Estabelecimentos de
ensino que contar
com menos de quatro
professores ou
especialistas, o
diretor será escolhido
pelo Secretário de
Estado da Educação.
Em caso de
inexistência de
candidatos ou falta
de quórum, a escolha
ficará a critério do
Secretário de Estado
da Educação
Em caso de
inexistência de
candidatos ou falta
de quórum, a escolha
ficará a critério do
Secretário de Estado
da Educação
Nos
estabelecimentos de
ensino que o
processo de votação
for considerável
inválido, será da
SEED a atribuição de
definir outro processo
de escolha do diretor,
podendo, inclusive
diretamente designá-
lo
Os três candidatos
mais votados que
participarão da lista
tríplice deverão
encaminhar ao
Inspetor Auxiliar de
Ensino uma
declaração de
aquiescência a
exercer a direção,
Curriculum Vitae e
um Programa de
trabalho de gestão.
O diretor deverá,
obrigatoriamente,
participar de
processos de
capacitação,
definidos pela SEED
O diretor deverá,
obrigatoriamente,
participar de
processos de
capacitação,
definidos pela SEED.
O não
aproveitamento será
motivo para a
destituição do diretor
O diretor, durante o
exercício da função,
será avaliado
periodicamente
através de
procedimentos e
parâmetros
estabelecidos pela
Secretaria de Estado
da Educação
O diretor nomeado
indicará os diretores
auxiliares
A qualquer tempo
poderá o Secretário
de Estado da
Educação destituir o
diretor por
conveniência da
administração
O vice-diretor será
indicado pelo diretor
eleito devendo ter
sido considerado
apto na prova escrita
FONTE: DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PARANÁ
2.3.3 QUADRO DAS RESOLUÇÕES
RESOLUÇÃO 3846/87 RESOLUÇÃO 4202/08
Secretaria de Estado da Educação:
Coordenação Geral
Secretaria de Estado da Educação:
Coordenação Geral
Núcleo Regional de Educação: coordenar e
supervisionar as ações das respectivas
Inspetorias, dando todo apoio para a perfeita
divulgação e consecução do processo
eleitoral
Comissão dos Núcleos Regionais:
representados por cinco servidores públicos
estáveis e presidida por um deles – divulgar e
acompanhar o processo de consulta,
designar, coordenar e supervisionar os
Prepostos
Inspetoria Estadual de Educação: determinar
ao diretor em exercício ou a quem estiver
respondendo pela unidade escolar adoção de
providências preconizadas pela instrução
3846/87 e pela Lei Estadual 7961/84,
prestando todo apoio necessário, a fim de
assegurar seu fiel cumprimento
Preposto: preferencialmente o Documentador
Escolar do Município ou outro servidor
público - determinar e orientar ao Diretor e a
Comissão Eleitoral a adoção das providências
necessárias para a perfeita execução do
processo de consulta, a fim de assegurar o
fiel cumprimento da resolução 4202/08 e da
Lei 14231/03, alterada pela Lei Estadual
15329/06
Comissão Eleitoral : um representante do
corpo docente escolhido em assembleia; um
representante do corpo discente ( Presidente
do Grêmio Estudantil); um representante dos
pais (Presidente da Associação de Pais e
Mestres); um representante de funcionários –
divulgar, planejar, supervisionar e executar o
processo eleitoral no estabelecimento de
ensino
Comissão Eleitoral: representantes dos
seguintes segmentos que serão eleitos entre
seus pares: dois professores, dois
professores pedagogos, dois funcionários,
dois alunos votantes, dois representantes
legais dos alunos não-votantes – divulgar,
planejar, organizar e executar o processo
eleitoral no estabelecimento de ensino
Disposições Gerais: na data da realização
das eleições ficam suspensas as aulas; o
diretor sendo reeleito, realizará uma
Assembleia Geral à comunidade escolar para
apresentar relatório técnico-pedagógico e
prestação de contas da gestão anterior; o
professor ou especialista, em afastamento
sem vencimentos, não participará das
eleições
Disposições Gerais: os servidores que
estiverem em licença sem vencimentos ou à
disposição de outros Órgãos, voluntários ou
permissionários sem vínculo com a SEED,
não poderão votar nem ser votados; o
candidato deverá afastar-se de suas
atividades no estabelecimento onde concorre,
nas 48 (quarenta e oito) horas que
antecedem ao dia da consulta e também no
dia da votação
FONTE: DIÀRIO OFICIAL DO ESTADO DO PARANÁ
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como a legislação educacional que regulamenta o processo de seleção de
diretores escolares muitas vezes é desconhecida pelos profissionais da escola,
pretende-se com este trabalho de implementação abordar o tema e realizar
discussões, observando o que determina a lei.
Esta proposta será realizada com professores, pedagogos e direção e visa no
decorrer deste estudo através de encontros, debates e discussões possíveis
alterações nestas legislações para uma melhoria deste processo de seleção de
diretores escolares da rede pública estadual que será concluída através de um artigo
final com todos os resultados apresentados durante a implementação deste material
didático.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. CURY, C. R. J. Legislação educacional brasileira. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. MARÉS, Carlos. Eleição de diretores e democracia na escola. Ande, São Paulo, 1983. PARANÁ. Constituição Estadual do Paraná. Curitiba, PR: Casa Civil, 1989. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Decreto-lei n. 455, de13 de abril de 1983. Diário Oficial do Estado do Paraná Curitiba, n. 1518, p. 1, 19 de abril de 1983. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Lei n. 7961, de 21 de novembro de 1984. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 1914, p. 1, 23 de novembro de 1984. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução n. 3846, de29 de setembro de 1987. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 2621, p. 26, 27, 28, 29, 02 de outubro de 1987. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Decreto n. 849, de 31 de outubro de 1991. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 3631, p. 5, 31 de outubro de 1991. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Decreto n. 2099, de 10 de fevereiro de 1993. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 3949, p. 3, 10 de fevereiro de 1993. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Decreto n. 4313, de 27 de junho de 2001. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 6016, 28 de junho de 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Lei n. 14231, de 26 de novembro de 2003. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n.6615, p. 1, 27 de novembro de 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Lei n. 15329, 15 de dezembro de 2006. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 7371, 15 de dezembro de 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução n. 4202, de 16 de setembro de 2008. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, n. 7824, 09 de outubro de 2008. PARO, V. H. Eleição de diretores: a escola pública experimenta a democracia. São Paulo: Xamã, 2003. PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 1997. PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola pública. Campinas: Papirus, 1990. SAMARTINI, Luci Silva. Direito de voz: a participação de pais e alunos na gestão da escola pública de 1º e 2º graus – perspectivas. 1994. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo.