secretÁrio municipal de planejamento e …
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SECRETÁRIO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO Simão Cirineu Dias SECRETÁRIO ADJUNTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Eduardo Cassio Beckman Gomes SUPERINTENDENTE DE ÁREA DE APOIO AO EMPREENDORISMO André Luiz Lustosa de Oliveira SUPERINTENDENTE DE ÁREA DE FOMENTO Laura Regina Carneiro SUPERINTENDENTE DE ÁREA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Octávio Augusto Gomes de Figueiredo Soares SUPERINTENDENTE DE ÁREA DE ELAB DE PROGRAMAS E PROJETOS Wilson França Ribeiro Filho
EQUIPE TÉCNICA
André Lopes dos Santos Conceição de Maria Araújo Oliveira Edinolia Collis de Carvalho Ilma Maria Coelho Pires Iran Charles Pereira Belfort José Hélio Melo Barros Jucineia Serêjo Rocha Karla Costa Thomé Maria da Conceição Dominice Duarte Sheila Valeria Chaves dos Santos Waldir Araújo
ESTAGIÁRIOS Bianca Matos Rodrigues (Economia/UFMA) Gustavo Moreno Alves Ribeiro (Economia/UFMA)
APRESENTAÇÃO Éden do Carmo Soares Júnior 1
1 Doutorando em Administração, Mestre em Economia e Economista.
Secretaria Adjunta De Planejamento E Orçamento – SEAPO
Relatório de Acompanhamento Fiscal 6º Bimestre de 2020 /
Secretaria Adjunta de Planejamento e Orçamento – SEAPO. v. 1,
n.2, Dezembro/2020 – São Luís: SEAPO.
Bimestral
ISSN 000 0000
Sumário 1. Apresentação ......................................................................................................................................................... 5
2. Metodologia ............................................................................................................................................................ 7
3. Receita Primária Corrente, aumento na arrecadação de R$ 54,3 milhões. ............. 8
4. Despesa Primária Corrente, Incremento nos Investimentos de R$ 299,62
milhões. ............................................................................................................................................................................11
5. Resultado Primário, Superávit em R$ 26,44 milhões ............................................................13
6. Resultado Primário Comparado, São Luís com terceiro maior superávit ................14
7. Resultado Primário em Relação à Meta LDO 2020 ..................................................................14
8. Restos a pagar, possui inscrição em 2020 de R$667,18 milhões. ...............................16
9. Comparativo de Indicadores entre capitais do Nordeste .....................................................19
10. RESULTADOS ANUALIZADOS ...............................................................................................................20
11. Dados do RGF 3º Quadrimestre de 2020 e comparativo aos exercícios fiscais de
2014 a 2020. Crescimento da Receita e Redução da Dívida. ....................................................20
12. Resultado fiscal comparativo da Dívida Consolidada e Receita Corrente Líquida
entre São luís e outras capitais do Nordeste em 2020. .................................................................21
7.3 - Resultado Fiscal Comparativo do Comprometimento da RCL com a Despesa
Bruta de Pessoal entre São Luís e outras capitais do Nordeste entre 2019 e 2020.
...........................................................................................................................................................................................22
7.4 - Resultado Fiscal Comparativo do Comprometimento da RCL com o Serviço
da Dívida entre São Luís e demais capitais do Nordeste entre 2019 e 2020. ...........24
7.5 – Resultado Fiscal Serviço da Dívida Juros e Amortizações entre 2013 e 2020
até o 6º Bimestre. .................................................................................................................................................25
7.6 – Resultado Fiscal Composição da Dívida Consolidada (%) – (2013-2020)........27
8 - Capacidade de Pagamento – CAPAG ...................................................................................................28
9 – Considerações Finais .....................................................................................................................................30
ANEXO ..............................................................................................................................................................................31
Cálculo de Indicadores ..........................................................................................................................................31
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................34
5
1. Apresentação
A divulgação do resultado do desempenho da economia
brasileira, referente ao ano passado, pelo IBGE, na última quarta-feira, dia
três de março, veio com a aspereza de uma má notícia já aguardada. O
Produto Interno Bruto (PIB) regrediu 4,1% em 2020, sendo esse um dos três
piores resultados da história desde 1901. Conforme o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), o baque foi menos grave somente do que os
tombos de 4,25% em 1981 – período da crise da dívida externa – e de 4,35%
em 1990 – ano do tresloucado confisco da poupança promovido por Collor,
que depois renunciou ao cargo na esteira de um processo de impeachment.
O colapso econômico do ano passado, que é resultado direto da
pandemia da Covid-19, capturou todo o mundo, prostrou negócios, sorveu
empregos, debilitou as finanças públicas – ao criar mais despesas e reduzir a
arrecadação, devido à paralisia econômica – e enfim lançou toda a sociedade
numa crise social histórica. Se analisarmos pela perspectiva dos entes
federativos, a situação mais dramática é das prefeituras, pois essas são a
ponta do dedo da mão estatal, que têm contato mais direto com a sociedade,
prestando serviços essenciais como os de saúde, educação e assistência
social, e têm as contas públicas mais fragilizadas, devido a sua baixa
arrecadação local e dependência crônica de transferência de recursos das
outras esferas. Bem ou mal, o Governo Federal, principal responsável pelas
macropolíticas econômicas de enfrentamento da crise pôde colher recursos
no mercado, via emissão de títulos e endividamento público – que foi
temerosamente ampliado em 20% somente no ano passado – para prestar
auxílios para as parcelas mais carentes da sociedade, ajudar empresas e
socorrer estados e municípios com socorros financeiros. Os Estados têm, em
geral, uma estrutura arrecadatória mais consolidada, menor necessidade de
recursos federais e maior distanciamento dos reclames da população.
Se olharmos para o desdobramento dos números do PIB veremos uma
agudização da dramaticidade da situação dos municípios. Em 2020, o setor
6
que teve a principal queda foi o de serviços – o maior da economia, que
corresponde a 73% do PIB – com uma contração de 4,5%, o pior resultado
desde o início da série, em 1996. Do segmento de serviços é de onde provém
a matriz que oferece a maior base arrecadatória para as prefeituras – o ISS.
No caso da Prefeitura de São Luís, em 2020, cerca de 16,33% das receitas
correntes vieram do ISS, sendo essa a fonte de 68,10% da arrecadação local
obtida pela municipalidade. Portanto, se os serviços vão mal, fatalmente a
máquina arrecadatória e as finanças municipais estarão abaladas.
E se 2020 já foi um ano dramático, 2021 se prenuncia como a
continuação da tragédia. Levando em consideração a economia como um
todo, o Relatório de Mercado Focus do Banco Central, lançado em cinco de
março, prevê uma expansão do PIB de 3,26% neste ano – essa projeção de
crescimento era de 3,47% quatro semanas atrás. Dessa forma, a impressão é
a de que as perspectivas econômicas estão em franca deterioração. E crescer
3,47%, depois da queda de 4,1%, convenhamos é: “não crescer”. A lentidão
no processo de vacinação no país – essa a única medida eficaz para colocar a
economia no rumo da normalidade –, os sinais contraditórios do Governo
Federal em relação à agenda econômica prometida na campanha de 2018, o
enfraquecimento da posição fiscal da União e a aproximação de um novo ciclo
eleitoral – circunstâncias que reduzem a capacidade de aprovação de medidas
impopulares de restrição fiscal – são ingredientes que turvam o cenário
econômico.
O cofre federal, que prestou ajudas de naturezas diversas para: a
sociedade, o setor privado, os estados e municípios no ano passado, o que
resultou num déficit primário de R$ 743 bilhões em 2020 – ante um saldo
negativa de R$ 95 bilhões em 2019 – não tem mais o mesmo vigor. Sinal disso,
é que o Auxílio Emergencial para as pessoas de baixa renda, que consumiu
R$ 293 bilhões no ano passado, deverá disponibilizar, em 2021, no máximo,
R$ 44 bilhões. A redução do Auxílio Emergencial, um vetor importante de
consumo, que inclusive evitou uma queda maior do PIB, ao impulsionar a
economia, é preocupante, pois seguramente impactará negativamente
7
também na arrecadação municipal. Este próprio relatório prenuncia essa
tendência, ao informar retração na dinâmica de arrecadação dos tributos
locais do quinto para o sexto bimestre. Perda essa seguramente associada ao
decréscimo no valor do Auxílio Emergencial registrado nos últimos quatro
meses de 2020.
Para completar o quadro adverso para as finanças municipais, o apoio
financeiro disponibilizado pela União aos entes subnacionais no ano passado,
que somou R$ 78 bilhões, segundo o Tesouro Nacional, ainda não está em
discussão para 2021. Isto posto, se este novo ano promete ser de muita
gravidade ainda para a economia nacional, mais será para os municípios, que
observam suas receitas próprias decair, suas obrigações permanecerem em
aceleração – especialmente as de saúde – e as ajudas diretas para os
munícipes, como o Auxílio Emergencial, minguarem, conjuntura que,
seguramente, redundará em novas demandas a serem levadas,
primeiramente, aos gestores municipais.
2. Metodologia
O Relatório de Acompanhamento Fiscal - RAF SEPLAN/SEAPO
bimestral tem por finalidade apresentar, de forma analítica, os principais
indicadores fiscais do Município de São Luís a partir de dados extraído do
Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e do Relatório de
Gestão Fiscal (RGF), exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), bem
como, dados das instituições BACEN, STN e SEPLAN/SIOP.
Para tanto, usaremos como metodologia de análise os critérios: “acima
da linha” e “abaixo da linha”, que são métodos avaliativos de desempenho
fiscal, cujo setor público avalia os resultados fiscais a partir das perspectivas
de estoques e fluxos. No critério acima da linha são explicitados os principais
fluxos de receita e despesa, já no critério baixo da linha, será observado o
déficit com base na variação da dívida pública pela ótica do seu
8
financiamento, conhecido como necessidade de financiamento do setor
público (REZENDE,2010).
Para este Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de encerramento do
exercício de 2020, foram analisados os dados fiscais da capital maranhense a
partir dos relatórios RREO e RGF, 6º bimestre e 3º quadrimestre
respectivamente, onde foi verificada além da performance da gestão municipal
para o exercício, o rankeamento da cidade de São Luís em relação a outras
capitais do nordeste nos mais diversos indicadores descritos na lei de
responsabilidade fiscal.
Ressaltamos que na análise não foram inclusas as capitais de Alagoas
(Maceió) e Piauí (Teresina) uma vez que estas não haviam disponibilizados
seus relatórios até o momento da pesquisa, impossibilitando a utilização de
seus dados na análise.
3. Receita Primária Corrente, aumento na arrecadação de R$ 54,3 milhões.
Da análise das receitas correntes foi constatado o aumento de R$ 54,26
milhões, em valores nominais, do 5º para o 6º bimestre. O resultado indica
que houve recuperação de 9,8%, entre os períodos, que pela análise de
desempenho, a recuperação se deu a partir da melhora na arrecadação de
impostos, contribuições, transferências, entre outras receitas dessa categoria
econômica; destaque para as receitas patrimoniais, cujo aumento foi de
809,6% em relação ao quinto bimestre, justificada principalmente pela cessão
do direito de operacionalização de pagamentos, ou seja, “venda da folha”
ocorrida em agosto. Ressalta-se ainda que o exercício de 2020 fechou com
excesso de arrecadação de 2,73% ou R$ 95,7 milhões, mas que comparada
ao exercício fiscal de 2019, o aumento foi significativo, cresceu 9,4% ou R$
9
286,3 milhões, refletindo nas contas de resultado primário, nominal e nas
despesas inscritas em restos a pagar.
Gráfico 1: Variação das receitas primárias por natureza no 6ºbim.
Fonte: RREO 2º-6º Bim PMSLZ Elaboração do autor
12
0,8
5
10
5,6
2
10
9,9
5 18
0,0
6
16
6,1
5
17
9,5
25
,88
23
,28
14
,87
26
,39
23
,05
29
,39
36
7
32
2,1
1
32
5,9
6
43
1,7
6
35
7,4
6
38
9,6
51
5,9
8
45
1,0
5
45
4,8
7
70
7,7
9
55
2,1
7
60
6,4
3
0
100
200
300
400
500
600
700
800
1 º B I M E S T RE
2 º B I M E S T RE
3 º B I M E S T RE
4 º B I M E S T RE
5 º B I M E S T RE
6 º B I M E S T RE
Impostos, Taxas e Cont. de Melhoria Contribuições
Transf. Correntes Receita Primária Total
10
Tabela 01: Análise Comparativa das Contas do Balanço Orçamentário 2020/2019
RECEITAS REALIZADAS 1º
BIMESTRE 2º
BIMESTRE 3º
BIMESTRE 4º
BIMESTRE 5º
BIMESTRE 6º
BIMESTRE Acum 2020
Acum 2019
DIFERENÇA (R$) 2020-2019
VARIAÇÃO (%)
2020/2019
CORRENTE
IMPOSTOS TAXAS E CONT. MELHORIAS
120,9 105,6 110,0 180,1 166,1 179,5 862,1 810,2 51,9 6,4%
Impostos 114,8 101,9 108,7 177,8 162,0 176,0 841,1 788,4 52,7 6,7%
Taxas 6,0 3,7 1,3 2,3 4,2 3,5 21,0 21,8 -0,8 -3,7%
CONTRIBUICOES 25,9 23,3 14,9 26,4 23,1 29,4 142,9 144,1 -1,2 -0,8%
Contribuicões Sociais 11,9 11,8 5,1 16,3 10,7 16,8 72,5 70,1 2,4 3,4%
Contribuição para Custeio do S.I.Pública
14,0 11,5 9,7 10,1 12,4 12,6 70,4 73,96 -3,6 -4,8%
RECEITA PATRIMONIAL 5,4 3,7 9,9 67,1 1,7 15,6 103,4 47,4 56,0 118,1%
Exploração Patrim. Imobiliário do Estado
0,1 0,0 0,0 0,2 0,1 0,1 0,5 0,6 -0,1 -19,2%
Valores Mobiliários 5,3 3,7 9,9 6,9 1,6 15,5 42,9 46,6 -3,8 -8,1%
Demais Receitas Patrimoniais 0,0 0,0 0,0 60,0 0,0 0,0 60,0 0,2 59,9 33639,8%
TRANSFERENCIAS CORRENTES 367,0 322,1 326,0 431,8 357,5 389,6 2193,9 2011,0 182,9 9,1%
Transferências União e suas Entidades 161,0 171,3 194,3 266,5 190,8 220,8 1204,8 1042,6 162,2 15,6%
Transf.dos Estados, DF e suas Entidades
107,0 93,2 74,9 105,1 106,1 106,3 592,6 582,9 9,7 1,7%
Transf. Convênios Instituições Privadas 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,3 0,0%
Transferências de Outras Instit. Públicas
98,7 57,6 56,8 60,2 60,6 62,4 396,3 385,5 10,8 2,8%
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 4,8 3,5 3,9 12,1 7,7 10,1 42,1 45,3 -3,3 -7,2%
Multas Administ., Contratuais e Judiciais
2,6 2,0 1,3 2,7 2,2 2,4 13,2 16,9 -3,7 -21,8%
Demais Receitas Correntes 2,1 1,5 2,6 9,4 5,6 7,7 28,9 28,4 0,4 1,5%
TOTAL 3344,4 3058,0 286,3 9,4% Fonte: RREO 6º Bimestre/2020/2019
11
4. Despesa Primária Corrente, Incremento nos Investimentos de R$ 299,62
milhões.
De um modo geral a prefeitura de São Luís ficou com baixo nível de eficiência
pelo indicador execução das despesas pelo critério liquidação, ou seja, do que
estava autorizado na lei orçamentária anual (LOA/2020), apenas 82,6% foi
liquidado, conforme determina o manual de demonstrativo fiscais para apuração
do déficit orçamentário no último bimestre, a fim de que se verifique os inscritos
em restos a pagar e a disponibilidade de caixa.
No detalhamento da natureza das despesas como as de pessoal e encargos e
de investimentos, estas apresentaram as maiores variações: 50% e 163%
respectivamente. A justificativa seu deu pelo pagamento do décimo terceiro
salário para despesa com pessoal e encargos e para as despesas com
investimentos a continuidade do programa São Luís em obras. Ressaltando que
os investimentos visam o retorno socioeconômico por meio do efeito
multiplicador a partir dos gastos do governo, sendo melhor perceptível quando
analisado de forma Per Capita que foi de R$ 3,99 por cidadão ludovicense no 1º
bimestre para R$ 333,01 no 6º bimestre, configurando um aumento de mais de
8200% no potencial de gastos per capita. Caracterizam gastos com
investimentos iniciativas como manutenção e ampliação da infraestrutura
urbana R$ 97, 8 milhões; projetos que envolvem manutenção e melhorias dos
serviços de fornecimento de drenagem, água e esgoto R$ 40 milhões;
Aprimoramento da iluminação pública R$ 6,91 milhões. Abaixo o Investimento
per capita e o gráfico das variações da despesa primária no 6º bimestre.
12
Gráfico 2: Evolução do Investimento Per Capita (R$)
Fonte: RREO 2º-6º Bim PMSLZ Elaboração do autor
Gráfico 3: Variação das despesas primárias por natureza no 6ºbim
Fonte: RREO 2º-6º Bim PMSLZ Elaboração do autor
3,99
28,1543,72
110,78
171,92
333,01
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
18
4,8
5
26
3,6
9
14
8,3
8
36
7,3
6
24
3,9
2
36
7,4
3
4,4
2 26
,79
17
,27
74
,37
67
,81
17
8,6
4
56
,45
13
1,7
3 16
7,7
2
15
3,6
0
21
9,4
0
41
9,7
4
13
9,9
8
29
5,1
2
20
7,5
9
21
5,9
5
22
7,1
4 26
4,7
9
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
1 º B I M E S T R E
2 º B I M E S T R E 3 º B I M E S T R E 4 º B I M E S T R E 5 º B I M E S T R E 6 º B I M E S T R E
Desp. com Pessoal e Encargos Soc. Investimentos
Outras Despesas Correntes Restos a Pagar
13
5. Resultado Primário, Superávit em R$ 26,44 milhões
Ao analisar os dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
(RREO) até o 6º bimestre, foi possível constatar que, embora o resultado primário
tenha apresentado superávit, houve uma redução do mesmo em relação ao
bimestre anterior. O superávit foi de R$ 26,44 milhões contra R$ 326,96 milhões
no 5º bimestre, representando um impacto negativo de R$ 300,52 milhões. A
redução se explica por um aumento em todas as despesas em relação ao
bimestre anterior de modo que o bom desempenho observado na arrecadação
não foi o suficiente para compensar o crescimento das despesas, que são
justificadas por meio do pagamento de 13º salário e também pelo já citado
aumento no investimento público devido à uma intensificação do programa São
Luís Em. Obras nos últimos meses do ano. No gráfico abaixo, a composição das
receitas e despesas primárias por período no resultado primário até o 6º
bimestre.
Gráfico 4: Composição do Resultado Primário por Período e Natureza até o 6ºbim
120,85367,05
184,85 56,45 139,98 130,28105,62
322,11
263,69
131,73295,12
1,85109,95
325,96
148,38
167,72
207,59
213,01
180,06
431,76
367,36
153,60
215,95
317,12166,15
357,46
243,92
219,40
227,14326,96179,50
389,60
367,43
419,74
264,79
26,44
0,00
500,00
1000,00
1500,00
2000,00
2500,00
Impostos, Taxase Contribuições
de Melhoria
TransferênciasCorrentes
Despesa comPessoal e
Encargos Sociais
Outras DespesasCorrentes
Restos a Pagar ResultadoPrimário -
Acima da linha
1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre 5º bimestre 6º bimestre
14
6. Resultado Primário Comparado, São Luís com terceiro maior superávit
Quando comparamos o Resultado Primário entre as capitais da região
nordeste, São Luís demonstra um bom desempenho, sendo o terceiro melhor
resultado primário da região estando R$ 93,57 milhões acima da média.
Gráfico 5: Comparativo do resultado primário de São Luís-MA com demais capitais da Região
Nordeste
Fonte: FINBRA RREO 6º Bim Tesouro Nacional Elaboração do autor
7. Resultado Primário em Relação à Meta LDO 2020
Em relação à meta LDO 2020, o resultado primário foi pífio. Houve
discrepância significativa entre o que foi planejado e o realizado em pelo menos
878%, que pode ter sido causado pelo superdimensionamento da meta para esse
indicador, bem como pelo cenário de pandemia do Sars-Cov-2 (COVID-19), que
-334,87
-503,73
130,12
26,44
414,96
-125,97 -76,88
-67,13
-600
-400
-200
0
200
400
600
Salv
ado
r -
BA
Fo
rtal
eza
- C
E
Ara
caju
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São
Lu
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MA
João
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- P
B
Nat
al -
RN
Rec
ife
- P
E
Valor (milhões de reais) Média
15
mobilizou a condução de receitas e despesas extra orçamentárias de caráter
emergencial, sendo possível destacar no âmbito das receitas a obtenção de
recursos de média e alta complexidade, transferência de recursos do SUS e os
recursos oriundos de emendas federais destinados ao Bloco de Custeio das
Ações e Serviços Públicos de Saúde para a COVID-19. Transferências advindas
do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) também impactaram
positivamente nas receitas públicas. No âmbito das despesas o impacto também
foi de magnitude praticamente similar, uma vez que a pandemia levou a um
aumento de contratações no setor da saúde por meio de seletivos emergenciais,
expansão da infraestrutura de saúde e aquisição de equipamentos. Abaixo a
demonstração comparativa do que foi planejado para 2020 com o que foi
efetivamente realizado:
Gráfico 6: Comparativo do Resultado Primário Planejado na meta da LDO com o que foi realizado
em 2020 (Em milhões de reais)
Fonte: RREO 2º-6º Bim. Lei de Diretrizes Orçamentárias 2020 PMSLZ Elaboração do autor
R$ 258.588.010,00
R$ 26.441.294,14
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
P L A N E J A D O R E A L I Z A D O
16
8. Restos a pagar, total de inscritos em 2020, de R$667,18 milhões.
As despesas inscritas em Restos a Pagar em 2020 foram 17,14% menor
do que as inscritas em 2019, resultado este alcançado em grande parte pelas
ações promovidas pelo Decreto nº 55.243, de 24 de junho de 2020, que
estabeleceu metas para inscrições e cancelamentos de Restos a Pagar no
exercício de 2020.É importante destacar já há pedido de cancelamento dos
inscritos em restos a pagar prescritos de forma quinquenal conforme ofício nº
0161/2020 GAB/SEPLAN encaminhado à Controladoria Geral do Município
(CGM).
Os órgãos de administração indireta que apresentaram menor redução
dos restos a pagar, sobretudo no último bimestre: os Fundo de Capacitação e
Desenvolvimento de Recursos Humanos com variação de 5909% e Instituto
Municipal de Paisagem Urbana com variação de 281%; dentre os órgãos da
administração direta, estão: Fundo Municipal de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino com variação de 2%, Recurso sob a Supervisão da
SEMFAZ com variação de 28%, além da Secretaria de Projetos Especiais com
variação de 4%.
Gráfico 7: Resultado com Restos a Pagar comparativo bimestral
Fonte: RREO 1º- 6º Bim e previsões, Elaboração do autor.
17
Cabe destacar ainda que o resultado difere exponencialmente comparado à
média e as outras capitais do Nordeste, apresentando uma variação de 108% em
relação à Natal – RN, segunda capital com Saldo de Restos a pagar mais alto.
Gráfico 8: Restos a Pagar comparado a outras capitais do Nordeste
Fonte: dados do Finbra/STN, Elaboração do Autor.
Os Restos a Pagar Pagos no 6º bimestre se mantiveram próximos à média,
não amenizando, assim, o impacto do aumento da inscrição dos restos a pagar.
43,1714,02 4,55
667,18
12,32
320,3
176,92
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Salv
ado
r -
BA
Fo
rtal
eza
- C
E
Ara
caju
- S
E
São
Lu
ís -
MA
João
Pes
soa
- P
B
Nat
al -
RN
RESTOS A PAGAR MÉDIA
18
Gráfico 9: Restos a Pagar pagos comparado a outras capitais do Nordeste
Fonte: Finbra/STN, Elaboração do Autor.
Gráfico 10: Restos a Pagar pagos comparativo bimestre
Fonte: RREO 1º- 6º Bim e previsões, Elaboração do autor.
330,28 328,47
43,87
264,79222,81
271,41
110,19
243,605
0
50
100
150
200
250
300
350
Salv
ado
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BA
Fo
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E
Ara
caju
- S
E
São
Lu
ís -
MA
João
Pes
soa
- P
B
Nat
al -
RN
Rec
ife
- P
E
RESTOS A PAGAR PAGOS MÉDIA
19
9. Comparativo de Indicadores entre capitais do Nordeste
A geração de Receita Própria por Transferência Intergovernamental mede a
capacidade da prefeitura de gerar receitas oriundas de tributação e de
contribuição econômica para cada Real de transferências intergovernamentais.
Quanto menor é o valor do indicador, maior é a dependência das transferências
intergovernamentais. A tabela 1 mostra que São Luís figura entre os municípios
da região Nordeste com maior grau de dependência de transferências
intergovernamentais. O Endividamento Bruto mede o percentual entre receita
orçamentária e operações de crédito, precatórios, obrigações a pagar em
circulação, obrigações legais e tributárias. O Resultado Fiscal mede o percentual
que a prefeitura conseguiu economizar ou que gastou a mais frente à receita
total, um valor positivo no indicador mostra que a prefeitura gastou a mais, um
valor negativo indica uma economia.
Tabela 1: Comparativo de Indicadores entre capitais do NE
Fonte: Finbra/STN 2020; Portais da Transparência. Elaboração do autor
20
10. RESULTADOS ANUALIZADOS
11. Dados do RGF 3º Quadrimestre de 2020 e comparativo aos exercícios
fiscais de 2014 a 2020. Crescimento da Receita e Redução da Dívida.
A Receita Corrente Líquida (RCL) e a Dívida Consolidada Líquida (DCL) são
indicadores que nos mostram a magnitude da Dívida Consolidada
proporcionalmente à realidade das receitas do município de São Luís. No período
de 2016 a 2018, a capital maranhense vivenciou um crescimento do
endividamento, conforme observado no gráfico 11. Entretanto, a trajetória passa
por uma mudança a partir de 2019, quando até o final de 2020, a relação
DCL/RCL cai 35,4%, com um grande peso dos bons resultados fiscais nos
últimos meses de 2019 e ao longo do ano de 2020.
Gráfico 11: Resultado Nominal Abaixo da Linha – Milhões de R$
2071,02
2215,29
2438,83
2437,11
2641,152991,88
3275,36
375,09
550,84 593,99 658,96 716,15608,30 573,04
18,1%
24,9%
24,4%
27,0% 27,1%
20,3%
17,5%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
0,00
500,00
1000,00
1500,00
2000,00
2500,00
3000,00
3500,00
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Receita Corrente Líquida (RCL) Dívida Consolidada Líquida (DCL) % DCL/RCL
21
Fonte: Finbra RREO/STN; Elaboração do autor
12. Resultado fiscal comparativo da Dívida Consolidada e Receita Corrente
Líquida entre São luís e outras capitais do Nordeste em 2020.
O ranking de endividamento mostra o nível de endividamento das capitais
do Nordeste no ano de 2020. O gráfico 12 mostra São Luís sendo uma das menos
endividadas entre as capitais do Nordeste, apresentando um resultado
semelhante ao de 2019 (27,1%). De acordo com a Receita Corrente Líquida
apresentada no gráfico 13, a capital adquiriu uma receita próxima ao previsto,
porém abaixo da média regional.
Gráfico 12: % do DC sobre a RCL ajustada
Fonte: dados do RREO/STN; Elaboração do Autor.
29,06%
36,29%
23,50% 27,37%
18,80%
31,16%
36,46%
29,03%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Salv
ado
r -
BA
Fo
rtal
eza
- C
E
Ara
caju
- S
E
São
Lu
ís -
MA
João
Pes
soa
- P
B
Nat
al -
RN
Rec
ife
- P
E% do DC sobre a RCL ajustada MÉDIA
22
Gráfico 13: Receita Corrente Líquida (RCL)
Fonte: dados do RREO/STN; Elaboração do Autor.
7.3 - Resultado Fiscal Comparativo do Comprometimento da RCL com a
Despesa Bruta de Pessoal entre São Luís e outras capitais do Nordeste entre
2019 e 2020.
Os gráficos comparativos entre os anos de 2019 e 2020 apontam uma
redução do comprometimento da Receita Corrente Líquida com a Despesa Bruta
de Pessoal da capital maranhense.
6,93
7,72
1,9
3,44
2,52,9
5,76
6,57,11
1,92
3,28
2,32 2,44
4,85
4,06
4,45
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Sa
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SE
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A
Joã
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esso
a -
PB
Nata
l -
RN
Recife
- P
E
Previsão 2020 Total (útimos 12 meses) Média Média Prevista
23
Gráfico 14: Comprometimento do RCL com a Despesa Bruta de Pessoal - 2019
Fonte: dados do RREO/STN; Elaboração do Autor.
Gráfico 15: Comprometimento do RCL com a Despesa Bruta de Pessoal - 2020
Fonte: dados do RREO/STN; Elaboração do Autor.
55,19% 48,39% 55,27%61,30%
49,15% 57,01%
63,96%58,12%
56,05%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Sã
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Nata
l -
RN
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ceió
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PB
Recife
- P
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Ara
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- C
E
Participação relativa da Despesa Bruta de Pessoal - 2019 Média
52,24% 46,79% 58,06% 50,08% 57,17%62,00% 60,30%
55,23%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
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Joã
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E
Participação relativa da Despesa Bruta de Pessoal - 2020 Média
24
7.4 - Resultado Fiscal Comparativo do Comprometimento da RCL com o
Serviço da Dívida entre São Luís e demais capitais do Nordeste entre 2019 e
2020.
Os gráficos comparativos entre 2019 e 2020 apontam uma expansão do
comprometimento da Receita Corrente Líquida com o Serviço da Dívida em São
Luís.
Gráfico 16: Comprometimento do RCL com o Serviço da Dívida - 2019
Fonte: dados do RGF/STN; Elaboração do Autor.
1,31% 1,61% 1,25% 1,14%
2,63%
2,02%
1,66%
0,00%
0,50%
1,00%
1,50%
2,00%
2,50%
3,00%
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PB
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Te
resin
a -
PI
Participação relativa do Serviço da Dívida - 2019 Média
25
Gráfico 17: Comprometimento do RCL com o Serviço da Dívida - 2020
Fonte: dados do RGF/STN; Elaboração do Autor.
7.5 – Resultado Fiscal Serviço da Dívida Juros e Amortizações entre 2013 e
2020 até o 6º Bimestre.
De 2013 a 2017 os juros e encargos da dívida foram crescendo em
participação dentro do serviço da dívida enquanto as amortizações foram
decrescendo. Essa tendência começou a mudar a partir de 2018, quando a
prefeitura passou a pagar mais suas amortizações e reduzir pagamento de juros,
consequência direta de uma maior adimplência com relação à dívida. O Gráfico
18 demonstra a proporção dos juros e das amortizações dentro do serviço da
dívida. O Gráfico 19 ilustra a crescente dos Juros e das Amortizações, bem como
o crescimento do serviço da dívida propriamente dito.
1,65% 1,08%
0,74%
1,85%2,02%
1,10%
2,70%
1,59%
0,00%
0,50%
1,00%
1,50%
2,00%
2,50%
3,00%
Sã
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A
Sa
lva
do
r -
BA
Nata
l -
RN
Joã
o P
esso
a -
PB
Recife
- P
E
Ara
ca
ju -
SE
Fo
rta
leza
- C
E
Participação relativa do Serviço da Dívida - 2020 Média
26
Gráfico 18: Serviço da Dívida com Juros e Amortizações
Fonte: Finbra RGF/STN; Elaboração do autor
Gráfico 19: Crescimento do Serviço da Dívida em valores absolutos
Fonte: Finbra RGF/STN; Elaboração do autor
6,0
2% 1
5,8
8%
19
,49
% 29
,02
%
29
,80
%
24
,45
%
25
,19
%
27
,56
%
93
,98
%
84
,12
%
80
,51
%
70
,98
%
70
,20
%
75
,55
%
74
,81
%
72
,44
%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8 2 0 1 9 2 0 2 0
Juros e Encargos da Dívida (%) Amortizações da Dívida (%)
1,726,08
10,56
18,99 19,86 21,1824,57
28,7626,77
32,21
43,6446,45
46,79
65,4572,98
75,58
28,48
38,29
54,20
65,44 66,65
86,63
97,55
104,34
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Juros e Encargos da Dívida Amortizações da Dívida Serviço da Dívida (Total)
27
7.6 – Resultado Fiscal Composição da Dívida Consolidada (%) – (2013-2020)
Considerando que o município não possui obrigações em dívida mobiliária e
em outras dívidas que não sejam dívidas contratuais e os precatórios, o gráfico
20 ilustra na prática, somente estas últimas. Embora os elementos da
composição da DC encontrem leves variações entre 2013 e 2020 (principalmente
em 2016), no geral, a composição da dívida segue sempre numa tendência
constante. O Gráfico 20 ilustra a composição da Dívida Consolidada entre 2013
e 2020.
Gráfico 20: Composição da Dívida Consolidada (%) – (2013-2020)
Fonte: Finbra RGF/STN; Elaboração do autor
92,96% 97,19% 96,71%89,57% 93,55% 94,12% 90,88% 95,10%
7,04% 2,81% 3,29%10,43% 6,45% 5,88% 9,12% 4,90%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8 2 0 1 9 2 0 2 0
Dívida Mobiliária (%) Dívida Contratual (%)
Precatórios à partir de 05/05/2000 (%) Demais Dívidas (%)
28
8 - Capacidade de Pagamento – CAPAG
A capacidade de pagamento funciona como garantia para Estados e
Municípios na contratação de crédito, atribuindo notas pelos indicadores de
endividamento, poupança e liquidez. Essa apuração é utilizada para o
enquadramento da situação fiscal, atribuindo a possibilidade de contratação de
crédito a entes com nota CAPAG A ou B, seguindo o esquema de enquadramento
da tabela abaixo:
Fonte: STN / Tesourotransparente
A figura a seguir mostra o CAPAG de São Luís em 2019 e 2020, bem como
uma projeção em diferentes cenários para o ano de 2021.
▪ Como o indicador de endividamento refere - se a um estoque que está sendo acumulado há muitas décadas e seu ajuste requer esforços de
longo prazo, por mais que o ente tenha uma situação boa de curto/médio prazo (caixa líquida e poupança positivos), ele não
poderia contratar nenhuma operação de crédito garantida
Indicador de Poupança
A B (nova coluna)
C
Indicador de liquidez
A C A C A C
Indi cador de endivi dament o
A A C B C C C
B B C B C C C
C B C B C C D
Faixa Sinalização
DC < 60% A
60% < DC < 150% B
DC > 150% C
Indicador de Endividamento
Faixa Sinalização
PC < 90 % A
90% < PC < 95 % B
PC > 95 % C
Indicador de Poupança
Faixa Sinalização
IL < 1 A
IL > 1 C
Indicador de Liquidez
Ind
icad
or
de
en
div
ida
men
to
29
Fonte: STN/Tesourotransparente
•Endividamento = 24,26 ; Nota A•Poupança = 90,89% ; Nota B•Liquidez = 110,61% ; Nota C
2019
•Endividamento = 27,37% ; Nota A•Poupança = 87,66% ; Nota B•Liquidez = 107,29% ; Nota C
2020
•Endividamento = 26,21% ; Nota A•Poupança = 90,17% ; Nota B•Liquidez = 71,38% ; Nota A
2021 - Cenário Referência
•Endividamento = 22,27% ; Nota A•Poupança = 83,45% ; Nota A•Liquidez = 47,00% ; Nota A
2021 - Cenário Otimista
•Endividamento = 30,62% ; Nota A•Poupança = 97,61% ; Nota B•Liquidez = 120,47% ; Nota C
2021 - Cenário Pessimista
30
9 – Considerações Finais
Para o sexto relatório bimestral de acompanhamento fiscal, nossas
considerações finais são de um cenário fiscal oscilante, que apresenta resultados
positivos, porém com uma variação menor em relação aos dois bimestres
anteriores nas contas primária e nominal. O resultado primário do sexto
bimestre foi o segundo menor resultado do ano, atrás apenas do resultado do 2º
bimestre, com um superávit de R$ 26 milhões e, embora positivo, não fornece
garantia de sustentabilidade na aplicação de políticas públicas, como é possível
ver no estoque de endividamento, que ainda é deficitário, cujo resultado até o 6º
bimestre, medido pelo resultado nominal abaixo da linha, nos mostra que houve
um aumento do endividamento (DCL/RCL) de 7,23% no 5º bimestre para 27,3%
no 6º bimestre.
Entretanto, mesmo com as dificuldades de um cenário atípico por conta da
pandemia do COVID-19, o governo municipal se manteve firme na sua política
pública de gastos públicos, intensificando-a na reta final do ano, com ações e
serviços públicos de saúde e o já mencionado programa São Luís em Obras, o
que revela uma gestão pública voltada a cumprir suas políticas públicas
(alocativa e distributiva) e ao mesmo tempo, aplicando medidas anticíclicas de
combate aos efeitos da crise sanitária sobre a economia.
31
ANEXO
Cálculo de Indicadores
Para a obtenção dos indicadores da Tabela 1, no item 6, foram utilizadas
fórmulas que incluem variáveis que podem ser extraídas de informações do
RREO e RGF, bem como informações de contagem populacional do ente a ser
analisado (União, Estado ou Município), tais indicadores visam medir a
eficiência fiscal do ente e também atendem a uma exigência da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
* - “/” indica uma divisão.
• CAPACIDADE DE POUPAR
Mede o quanto da Receita Corrente sobrou o faltou, após a cobertura
das despesas correntes e da amortização dos juros da dívida.
(Receita Corrente – Deduções da Receita Corrente) + (Despesa Corrente
– Despesa Corrente Intraorçamentária) / (Receitas Correntes –
Deduções da Receita Corrente)
• DESPESA PER CAPITA COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Mede o quanto o município gasta, em média, na prestação de serviços
públicos por cada habitante.
(Pessoal - Pessoal Intraorçamentária) + (Outras Despesas Correntes –
Outras Intraorçamentária) / População CENSO IBGE 2010
• ENDIVIDAMENTO BRUTO
32
Mede o quanto os empréstimos representam da Receita Corrente
Líquida do município.
(Empréstimos a Curto e Longo Prazo + Obrigações Trabalhistas,
Previdenciárias, Assistenciais e Fiscais Longo Prazo + Fornecedores
Longo Prazo) x 100 / Receita Corrente Líquida
• INVESTIMENTO PER CAPITA
Calcula o Investimento Médio por Cidadão.
(Investimento – Investimento Intraorçamentário) + (Inversões
Financeiras – Inversões Intraorçamentárias) / População CENSO
IBGE 2010
• RECEITA TRIBUTÁRIA PER CAPITA
Calcula o quanto o município arrecada de tributos (impostos, taxas e
contribuições de melhoria) para cada habitante
Receita Tributária / População CENSO IBGE 2010
• RESULTADO FISCAL
Mede o quanto a diferença entre receitas e despesas representa da
receita total. Se o resultado é negativo, as despesas superaram as
receitas.
(Receita Total – Receita Total Intraorçamentária) – (Despesa Total
Empenhada – Despesa Total Intraorçamentária) x 100 / Receita Total
– Receita Intraorçamentária
33
• GERAÇÃO DE RECEITA PRÓPRIA X TRANSFERÊNCIAS
INTERGOVERNAMENTAIS
Mede o quanto o município arrecada de receitas geradas pela própria
prefeitura para cada real recebido em transferências
intergovernamentais. Quanto menor o indicador, maior é a
dependência do município em relação a recursos externos.
Receita Tributária + Contribuições + Receita Patrimonial + Receita de
Serviços + Outras Receitas Correntes / Transferências Correntes
Intergovernamentais – Deduções da Receita Corrente
• VINCULAÇÃO DA RECEITA CORRENTE
Mede a parcela da receita corrente cuja destinação é definida em leis
e/ou convênios. Quanto menor o indicador, menor é a liberdade do
gestor municipal em decidir a alocação dos recursos.
(Montante Vinculado à Educação + Montante Vinculado à Saúde +
Despesa com Pessoal + Demais Vinculações) * 100 / Receita Corrente
Líquida
34
REFERÊNCIAS
BRASIL. Sinconfi – Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: <
https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf >. Acesso em: fevereiro de 2021. BRASIL. Sinconfi – Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: <
https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/pages/public/consulta_finbra_rgf/finbra_rgf_list.jsf>. Acesso em: fevereiro de 2021. DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE).
Boletim de Situação Fiscal. GIAMBIAGI, Fábio. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil – 5ª ed. – GEN
Atlas – São Paulo,
PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE ARACAJU. Disponível em: <
https://transparencia.aracaju.se.gov.br/>. Acesso em: fevereiro de 2021.
PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE FORTALEZA. Disponível em: <
https://cearatransparente.ce.gov.br/portal-da-transparencia. Acesso em:
fevereiro de 2021. PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE JOÃO PESSOA. Disponível em: <
https://transparencia.joaopessoa.pb.gov.br/>. Acesso em: fevereiro de 2021. PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE NATAL. Disponível em: <
https://www.natal.rn.gov.br/transparencia/#/>. Acesso em: fevereiro de 2021.
PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE RECIFE. Disponível em: <
http://transparencia.recife.pe.gov.br/codigos/web/geral/home.php>. Acesso em: fevereiro de 2021.
PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE SALVADOR. Disponível em:<
http://www.transparencia.salvador.ba.gov.br/>. Acesso em: fevereiro de 2021. PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DE SÃO LUÍS. Disponível em:<
http://transparencia.saoluis.ma.gov.br/>. Acesso em: fevereiro de 2021. PORTAL MEU MUNICÍPIO. Disponível em:< https://meumunicipio.org.br/>.
Acesso em: fevereiro de 2021.
REZENDE, Fernando – FINANÇAS PÚBLICAS. 2ª Edição, 2010. Atlas.
35
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. Ministério da Fazenda. Manual de Demonstrativos Fiscais: aplicado à União e aos Estados, Distrito Federal e Municípios – 10ª ed. – Brasília, 2019.
SENADO FEDERAL. www.senado.leg/ifi