segundo reinado

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SEGUNDO REINADO professoralu.historia @gmail.com

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SEGUNDO REINADO [email protected]

ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I

"Meu querido filho, e meu imperador. Muito lhe agradeço a carta que me escreveu, eu mal a pude ler porque as lágrimas eram tantas que me impediam a ver; agora que me acho, apesar de tudo, um pouco mais descansado, faço esta para lhe agradecer a sua, e para certificar-lhe que enquanto vida tiver as saudades jamais se extinguirão em meu dilacerado coração. Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem na sua educação, e conte que o mundo o há de admirar, e que me hei de encher de ufania por ter um filho digno da pátria. Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, o que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz. Adeus, meu amado filho, receba a benção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.”

D. Pedro IBordo da Nau Warspite12 de abril de 1831

PERÍODO REGENCIAL1831-1840

Disputas entre Liberais e Conservadores

“Tudo farinha do mesmo saco”

Liberais mais autonomia político-administrativa

Conservadores centralização política

CENTRALIZAÇÃO X FEDERALISMO

REVOLTAS REGENCIAISCabanagemBalaidaMalêsSabinada

Farroupilha – ricos (negociação)

Pobres

(violência)

GOLPE DA MAIORIDADE

“Queremos Pedro II,embora não tenha idade.A Nação dispensa a leiE viva a maioridade”!!

O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande e disperso. (Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz, As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91)

SEGUNDO REINADO1840-1889

Café – salvação econômica

Consolidação da unidade nacional pela força

POLÍTICA INTERNA NO SEGUNDO REINADOAs “eleições do cacete”O revezamento entre os partidos Liberal e Conservador no poder.Reforma do Código Criminal, tornando mais duras as penalidades contra a subversão política;Volta do Conselho de Estado;Renda exigida para ser eleitor foi dobrada.“Nada mais saquarema do que um luzia no poder!”

REVOLTAS LIBERAIS (SP E MG)1842• Onda de revoltas ocorrida

após a deposição do Ministério Liberal formado nas “eleições do cacete”

• sufocadas pelo governo imperial sob o comando do Barão (futuro Duque) de Caxias.

REVOLUÇÃO PRAIEIRA -PE1848

Inspirada pelas revoluções europeias de 1848, conhecidas como “Primavera dos Povos”, criaram o Partido da Praia, tendo no Jornal Diário Novo o veículo de difusão de suas ideias;

Pregavam:Fim do voto censitário;Liberdade de imprensa;Garantia de trabalho para os brasileiros;Extinção do poder Moderador e do Senado Vitalício

PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS

• Ilusão de poder para as elites

• D.Pedro II no controle de todas as decisões políticas

ERA DA CONCILIAÇÃO

1853: Ministério da ConciliaçãoFunção: reunir liberais e conservadores, criando aparente alternância de poder (somente1% da população podia votar)

Evitar que lutas entre liberais e conservadores enfraquecessem o poder imperial.

PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS Implantado em 1847;

Poder Moderador continuou existindo.

D. Pedro – nomear e demitir Conselho de Ministros (Primeiro-Ministro); dissolver a Câmara dos Deputados, convocar novas eleições

POLÍTICA EXTERNA Características básicas: Momentos de acomodação e de conflitos aos interesses ingleses;Choque políticos e militares com os países platinos (Argentina, Uruguai e Paraguai)

POLÍTICA EXTERNATarifa Alves Branco (1844)• Aumento da tarifa sobre produtos

importados;• Aumento da indústria no Brasil

Questão Christie (1861 – 1863)Rompimento de relações diplomáticas com a Inglaterra:• Problema da escravidão;• Incidentes com navios e oficiais

ingleses

AS VISÕES DE UMA GUERRA- Guerra do Paraguai (1864-1870)- Diferentes visões (e versões) ao

longo do tempo- 1ª visão: Brasil herói – Solano Lopez

vilão- 2ª visão: Paraguai representava

perigo para o imperialismo inglês na América do Sul

- 3º visão: Ambições brasileiras (e argentinas) como causa principal do conflito

DIFERENTES VISÕES DE UMA MESMA GUERRA

Voluntários da Pátria Solano Lopez Interesses ingleses

Diversos aspectos da Guerra do Paraguai: - sua contribuição na formação da

identidade brasileira- a forma como os soldados foram

recebidos ao voltar para o Brasil- influência do conflito na luta por

cidadania e contra a escravidão.

EXPANSÃO CAFEEIRA

Café não precisava de: capital elevado; Técnica e mão-de-obra especializada;

CAFÉ E MODERNIZAÇÃO CONSERVADORAsaldo positivo na balança comercial;substituição parcial do trabalho escravo pelo assalariado;modernização dos meios de transporte (ferrovias);expansão da rede bancária e do crédito agrícola;modernização dos portos de Santos e Rio de Janeiro;dinamização do comércio.

1850 – Lei de Terras:

Regulamentar a propriedade da terra, problema que se estendia desde as sesmarias;Impedir o acesso à terra por outra via que não fosse a compra.

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃOMauá fundou fábricas de fundição, construiu estradas de ferro, navios...

A concorrência britânica, favorecida pela tarifa Silva Ferraz (1860) - reduziu as taxas de importação sobre máquinas, ferramentas e ferragens. O imposto sobre a importação de navios caiu de 60% para 5%. A postura retrógrada da aristocracia rural brasileira contrária aos benefícios que Mauá trazia para o Brasil, levaram-no à falência, em 1883.