segurança do trab

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Elaborado: Eng°. Civil e de Segurança do Trabalho Fernando A. da S. Fernandes Página 1 PÓS-GRADUAÇÃO SEGURANÇA DO TRABALHO. DISCIPLINA: Introdução a Engenharia de Segurança do Trabalho Prof. Fernando Antonio da Silva Fernandes GRADUAÇÃO: ENGENHEIRO CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO. ESPECIALIZAÇÃO: PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO. ATIVIDADES EXERCIDAS: Coordenador do Curso de Técnico em segurança do Trabalho no ITOP. Professor Titular da disciplina Introdução a Higiene Ocupacional. Professor Titular da disciplina Segurança nas Atividades de Saúde. Professor Titular da disciplina Segurança na Construção Civil. Coordenador da Área de Segurança do Trabalho da ACIP Associação Comercial Empresarial Industrial de Paraíso Paraíso -TO. Professor da Disciplina Segurança no Trabalho-I SENAC Palmas/TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Alpha Arquitetura e Construções Ltda Palmas TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Luman Construções e Incorporações Ltda Palmas - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Vulcanizadora Paraíso em Paraíso do Tocantins - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Reunidas Cristalândia-TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Paraíso em Paraíso do Tocantins - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Milenium em Paraíso do Tocantins - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa JRC Engenharia LTDA em Palmas - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Pedreira Paraíso em Paraíso do Tocantins - TO. Consultor na área de Segurança do Trabalho na Agropecuário JAN S.A em Pium - TO. Coordenador na área de Segurança do Trabalho na JRC Engenharia LTDA em palmas TO. PALMAS-TO 2011

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Page 1: segurança do trab

Elaborado: Eng°. Civil e de Segurança do Trabalho Fernando A. da S. Fernandes Página 1

PÓS-GRADUAÇÃO

SEGURANÇA DO TRABALHO.

DISCIPLINA: Introdução a Engenharia de Segurança do Trabalho

Prof. Fernando Antonio da Silva Fernandes

GRADUAÇÃO: ENGENHEIRO CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO.

ESPECIALIZAÇÃO: PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO.

ATIVIDADES EXERCIDAS:

Coordenador do Curso de Técnico em segurança do Trabalho no ITOP.

Professor Titular da disciplina Introdução a Higiene Ocupacional.

Professor Titular da disciplina Segurança nas Atividades de Saúde.

Professor Titular da disciplina Segurança na Construção Civil.

Coordenador da Área de Segurança do Trabalho da ACIP – Associação Comercial

Empresarial Industrial de Paraíso – Paraíso -TO.

Professor da Disciplina Segurança no Trabalho-I – SENAC – Palmas/TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Alpha Arquitetura e

Construções Ltda – Palmas –TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Luman Construções e

Incorporações Ltda – Palmas - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Vulcanizadora Paraíso em

Paraíso do Tocantins - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Reunidas –

Cristalândia-TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Paraíso em Paraíso

do Tocantins - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Cerâmica Milenium em

Paraíso do Tocantins - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa JRC Engenharia LTDA em

Palmas - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na empresa Pedreira Paraíso em Paraíso

do Tocantins - TO.

Consultor na área de Segurança do Trabalho na Agropecuário JAN S.A em Pium - TO.

Coordenador na área de Segurança do Trabalho na JRC Engenharia LTDA em palmas

– TO.

PALMAS-TO

2011

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Elaborado: Eng°. Civil e de Segurança do Trabalho Fernando A. da S. Fernandes Página 2

PLANO DA DISCIPLINA

EMENTA: A evolução da Engenharia de Segurança do Trabalho. Aspectos econômicos, políticos e

sociais. A história do prevencionismo. Entidades públicas e privadas. A Engenharia de Segurança do

Trabalho no contexto capital-trabalho. O papel e as responsabilidades do Engenheiro de Segurança do

Trabalho. Acidentes: conceituação e classificação. Causas de acidentes: fator pessoal de insegurança, ato

inseguro, condição ambiental de insegurança. Conseqüências do acidente: lesão pessoal e prejuízo

material. Agente do acidente e fonte de lesão. Riscos das principais atividades laborais.

OBJETIVO GERAL: Apresentar aos participantes a História e a Evolução do Prevencionismo, o papel e

a responsabilidade do Engenheiro de Segurança do Trabalho, os riscos das principais atividades laborais,

os riscos e as medidas de controle em Máquinas e Equipamentos, Sistemas de Proteção Coletiva,

Equipamentos de Proteção Individual

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Conhecer a história do trabalho e sua importância nas relações humanas,

2. Estudar e analisar as principais teorias administrativas e sua relação direta com o trabalho,

3. Conhecer os critérios e atividades realizadas no trabalho em equipe,

4. Entender a atividade de todos os profissionais envolvidos na segurança do trabalho.

JUSTIFICATIVA: A Engenharia de Segurança do Trabalho tem se tornando uma das principais

preocupações da sociedade moderna, ao lado da gestão e do controle ambiental. A preservação de

acidentes de todo tipo é parâmetro importante em qualquer projeto ou empreendimento, envolvendo a

redução dos altos custos humanos e materiais, e conseqüente melhoria das condições sociais. Conforme

disposição legal, as empresas devem ter em seus quadros, profissionais de engenharia, arquitetura,

geologia ou agronomia, especializados em engenharia de segurança e higiene do trabalho.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Aulas expositivas com participação individual, debates,

atividades, atividades em grupo e discussão de temas do conteúdo.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:

Trabalho em sala 4,00 Pts,Prova de Avaliação 6,00 pts

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Elaborado: Eng°. Civil e de Segurança do Trabalho Fernando A. da S. Fernandes Página 3

BIBLIOGRAFIA:

APS ASSOCIADOS. Portal gestão sindical. São Paulo, 2007. Disponível em

<http://www.gestaosindical.com.br/saude/materia.asp?idmateria=596>. Acesso em 01 Ago.2007.

- ARAÚJO, N. M. C. Custos da implantação do PCMAT na ponta do lápis. São Paulo: Fundacentro , 2002.

- ARAÚJO, G. M. Normas regulamentadoras comentadas. 4.ed. ver.ampl. e atual. Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde

Consultoria, 2003/2004. v.1 e 2.

- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Cartilha do trabalhador de enfermagem. Saúde, segurança e boas

condições de trabalho. Rio de Janeiro, 2006.

- ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. Reforço às legislações. 2007. Disponível em

<http://www.apm.org.br/aberto/noticias_conteudo.aspx?id=4324>. Acesso em 03 Jul.2007.

- ATLAS. Manuais de legislação: segurança e medicina do trabalho. 54. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

- BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho & gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2001.

- BRASIL. Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispões sobre o Plano de Benefícios da Previdência Social e dá outras

providências. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v.55, p.461-493, jul./set. 1992b.

- BRASIL. Decreto nº. 611, de 21 de julho de 1992. Dá nova redação ao regulamento dos Benefícios da Previdência Social.

Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v.56, p.488, jul./set. 1992a. - BRASIL, M. V. B.; STEFFENS, F.;

LORENZO, D. O perfil do acidentado com material biológico no Hospital de Pronto Socorro. Rev. Hosp. Pronto Socorro, v.

47, n.1, p. 26-33, 2001.

- BULHÕES, I. Riscos do trabalho de Enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca; 1998. medidas de precaução padrão: relato

de experiência. Rev Machado AA. Risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em profissionais da saúde.

Rev Saúde Pública 1992; 26(1):54-6.

- CASTRO, H. A.; ROCHA, L. F.; SOALHEIRO, M. Ações de vigilância dos ambientes de trabalho versus ações de vigilância

em saúde da população exposta ao ruído - estudo do impacto ambiental e ocupacional. Santa Catarina, 2005. I Simpósio

Nacional de Vigilância em Saúde do Trabalhador.

- MINISTÉRIO DO TRABALHO. Segurança e medicina do trabalho: Lei n. 6.514, de 22 dezembro de 1977, normas

regulamentadoras (NR) aprovadas pela Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978. São Paulo: Atlas, 1997. - MINISTERIO DO

TRABALHO E EMPREGO. Portal fundacentro. Disponível em <http://www.fundacentro.gov.br/start/default.asp?D=CTN>.

Acesso em 03 Jul. 2007. - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Segurança e saúde no trabalho. Disponível em

<http://www.mte.gov.br/seg_sau/grupos_gtnr32_regimento.asp>. Acesso em 03 Ago.2007.

RODRIGUES, Marcus Vinicius. Ações para a qualidade: GEIQ, gestão integrada para a qualidade :

padrão seis sigma, classe mundial. Rio de Janeiro: Qualitymark, c2004. 234 p.

VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 1999. 171p.

WAHRLICH, Beatriz M. de Souza (Beatriz Marques de Souza),. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS.

Uma analise das teorias de organização /. 5. ed. rev. E aum. - Rio de Janeiro : Editora da Fundação

Getulio Vargas, 1986. 237p. -(Cadernos de Administração Publica; 42)

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Elaborado: Eng°. Civil e de Segurança do Trabalho Fernando A. da S. Fernandes Página 4

INTRODUÇÃO

UM POUCO DE HISTÓRIA DA LUTA PELA SAÚDE NO BRASIL

A luta dos trabalhadores pela saúde no Brasil é anterior até mesmo à industrialização do país no

início do século XX. Antes, porém, os trabalhadores lutavam por direitos considerados atualmente

como básicos, mas que só foram alcançados graças a muita luta, como:

Descanso semanal remunerado;

Jornada semanal de 48 horas de trabalho;

Igualdade de direitos para a mulher trabalhadora;

Assistência médica e aposentadoria;

Indenização por acidente de trabalho.

Com o aumento da industrialização do país a partir da década de 50, surgem os primeiros médicos

de empresa, com a responsabilidade de manter nas linhas de produção os trabalhadores mais

saudáveis, afastando aqueles que sofriam de algum mal ou um acidente.

No entanto, nesta época, pouco ou quase nada se fazia em termos de prevenção e, a única

preocupação real era a perda de tempo e os prejuízos causados pelos acidentes ao empregador.

Já nos anos 60, começaram a se sobressair os conceitos de prevenção e higiene ocupacional, que

ganharam um impulso maior com a classificação do Brasil como “Campeão Mundial de Acidentes de

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Trabalho”, no início dos anos 70, em plena Ditadura Militar. Assim mesmo, o país só veio a ter uma

legislação ampla e articulada, voltada para a prevenção, apenas no final dos anos 70, após forte

desgaste da imagem do país a nível internacional e da opinião pública nacional.

Desta forma, durante todos estes anos, a questão da prevenção dos acidentes (e em raríssimas

situações, das doenças profissionais), foi tratada no âmbito do Ministério do Trabalho (em algumas

épocas, Ministério do Trabalho e Previdência Social), já que a lógica predominante era a do

desenvolvimento do capitalismo no país, baseado na industrialização crescente e nos paradigmas

conceituais do *Taylorismo e do **Fordismo.

*Teylorismo: palavra originada a partir dos estudos de Taylor, no qual buscou uma organização científica do trabalho enfatizando tempos e métodos para alcançar o máximo de produção com o mínimo de custos. **Fordismo: Ford seguidor de Taylorciente da importância do consumo em massa, lançou princípios para agilizar a produção, reduzir custos e tempo de produção.

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL

Somente a partir do final dos anos 80 os conceitos de saúde do trabalhador começam a ganhar

espaço na sociedade brasileira, graças à forte influência da chamada Medicina Social Latina na

formação de profissionais de medicina e, à movimentação de alguns sindicalistas a favor de

melhores condições de trabalho, incentivados pela experiência positiva do movimento sindical

italiano, cuja influência teve papel decisivo para o desenvolvimento das primeiras ações articuladas

dos sindicatos brasileiros neste campo.

Esta breve descrição história reflete singularmente como se deu a transição do modelo

da chamada Saúde Ocupacional para o modelo da Saúde do Trabalhador.

O modelo da "Saúde Ocupacional"; é aquele que caracteriza o Serviço Especializado em Segurança e

Medicina do Trabalho (SESMT) das empresas, normalmente denominado de:

· Departamento Médico;

· Departamento de Segurança Industrial;

· Serviço de Saúde Ocupacional;

· Setor Médico;

· Medicina do Trabalho;

· Segurança do Trabalho;

· Outros.

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Todas essas ações devem ser elaboradas por uma equipe habilita conforme define a NR-4 em seu Item 4.4 (Médico do

Trabalho, Engenheiro do Trabalho, Técnicos de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e

Aux. de Enfermagem no Trabalho”; cada profissional com seu registro devida legalizado, os técnicos do Trabalho

devem ter registro na DRT de sua região e Engenheiros de Segurança do Trabalho filiados ao CREA.

Saúde Ocupacional é uma obrigatoriedade que o Ministério do Trabalho impôs a todas as empresas, visando observar e

resguardar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Mas essa legislação não é somente mais um custo que as empresas devem tabular ao fim do mês, Saúde Ocupacional é

um benefício tanto para o empregado, quanto para o empregador.

Ao proporcionar aos funcionários de uma empresa um ambiente qualificado e sadio para a realização de suas tarefas, a

empresa recebe um funcionário que estará mais motivado a produzir, e em seu trabalho não haverá influências

ambientais para interromper sua produção.

Com uma avaliação clínica especializada na saúde do trabalhador, é possível constatar se o candidato à vaga está em

totais condições para exercer as funções que se dispõe, ou se após um período de afastamento o funcionário está

realmente apto a voltar às atividades, e até mesmo verificar se a condição física do funcionário é qualificada para exercer

novas funções. Deve-se, com uma periodicidade relevante a cada função analisar as condições da saúde de cada

trabalhador, e ao fim da parceria entre empresa e funcionário, verificar se a saúde dele continua da mesma forma com a

qual foi contratado. Todos esses exames servem para acompanhar a saúde dos trabalhadores e para resguardar a

empresa em eventuais solicitações legais.

Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de suas instalações, tomando sempre medidas

necessárias para colocar seus empregados o mais distante possível de Riscos “Físicos, Químicos, Biológicos e

Ergonômicos”.

Para saber realmente quais são esses riscos, deve-se realizar uma vistoria com profissionais especializados em Segurança

do Trabalho, esses profissionais levantarão quais os riscos existentes em todos os ambientes de sua empresa, e indicarão

ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de acidentes, estas ações vão desde mudança de lay-out da empresa até

utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI e Equipamento s de Proteção Coletivas – EPC´s.

Segurança do Trabalho

Algumas empresas ainda não dão a devida importância à Segurança do Trabalho, implementando somente por ser

obrigatório por lei. Na maioria das vezes, a empresa age assim por não saber o quanto a Segurança do Trabalho é eficaz

em reduzir os gastos e evitar problemas para a empresa.

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Resumidamente, a definição de Segurança do Trabalho “É o conjunto de medidas de prevenção que são

adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger

a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador”.

O acidente de trabalho “É aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão

corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalho”. Tais acidentes não se resumem somente ao acidente que acontece quando se está na

empresa, mas também quando se está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho, quando se

está em viagem a serviço da empresa e quando ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.

Casos de doenças provocadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições do trabalho também são tratados como

acidentes de trabalho.

Os acidentes de trabalho acontecem principalmente por duas causas. A primeira delas é conhecida como “Ato Inseguro -

E abrange todo ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de

segurança.. A segunda causa é a “Condição insegura que engloba a condição do ambiente de trabalho que oferece

perigo e ou risco ao trabalhador”. Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os

acidentes e as doenças ocupacionais. Além destes benefícios diretos, faz com que a empresa se organize, aumentando a

produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho.

Acidente do Trabalho

É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

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Processo de Ganho

A melhor maneira de minimizar os custos da empresa é investir na prevenção de acidentes do trabalho, este deve ser o

objetivo dos profissionais em segurança do trabalho Prevenção, Antecipação. Muitos empresários têm a idéia errônea

que devem diminuir seus investimentos em equipamentos de proteção individual, contratação de pessoal de segurança

do trabalho e medidas de segurança, esquecendo-se que acidentes podem trazer inúmeros prejuízos à empresa, pois

geram encargos com advogados, perdas de tempo, de materiais e de produção e principalmente a perda da motivação

da equipe. Tais prejuízos são tão inoportunos que podem levar a empresa até mesmo à falência.

Por tais motivos, todas as empresas devem dar valor à Segurança do Trabalho, mantendo-a sempre em mente.

Administrando palestras e seminários periodicamente a seus funcionários para conscientizá-los desta importância e

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ensiná-los a prevenir acidentes. Tais medidas ajudarão a tornar a empresa mais eficiente, segura, organizada, produtiva

e lucrativa. Onde uma vida não tem valor que pague.

O RESPONSÁVEL PELO ATO INSEGURO

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LEGISLAÇÃO A legislação Brasileira sobre acidentes de trabalho sofreu importantes modificações ao longo dos anos. A primeira lei a

respeito surgiu em 1919 e considerava o conceito de “risco profissional” como um risco natural à atividade profissional

exercida. Essa legislação previa a comunicação do acidente de trabalho à autoridade policial e o pagamento de

indenização ao trabalhador ou à sua família, calculada de acordo com a gravidade das seqüelas do acidente.

Em 1972, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) iniciou o programa de formação de especialistas e técnicos em

medicina e segurança do trabalho, tendo sido publicada uma portaria que obrigava as empresas a criar serviços médicos

para os empregados, dependendo do tamanho e do risco da empresa. Essa portaria ministerial tinha como base à

recomendação nº 112 da organização internacional do trabalho (OIT), de 1959, que foi o primeiro instrumento

internacional em que foram definidos de maneira precisa e objetiva as funções, a organização e os meios de ação dos

serviços de medicina do trabalho, servindo como base para as diretrizes de outras instituições científicas.

Em 1978, o MTE aprovou as normas relativas à segurança e à medicina do trabalho. Por meio dessas normas

estabeleceu-se, segundo critérios de risco e número de empregados das empresas, a obrigatoriedade de serviços e

programas responsáveis pelas questões relativas à saúde e segurança no ambiente de trabalho.

Os serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT), segundo a NR-04, são

responsáveis por aplicar os conhecimentos específicos de engenharia de segurança e medicina do trabalho, de forma a

reduzir ou até eliminar os riscos à saúde do trabalhador. Além disso, são responsáveis tecnicamente pela orientação

quanto ao cumprimento das normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho.

As comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA) têm os objetivos de conhecer as condições de risco nos

ambientes de trabalho, solicitar medidas para reduzir e até eliminar os riscos existentes e promover as normas de

segurança e saúde dos trabalhadores, conforme descrito na NR-05.

Os “Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)”, conforme descrito na NR-07, têm como objetivos

a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores, baseando-se em um caráter de prevenção, rastreamento e

diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados com o trabalho, além da constatação de casos de doença

profissional ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Todos os dados obtidos nos exames médicos e as

conclusões diagnósticas devem ser registrados em prontuário clínico individual e mantidos os registros por período

mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador.

Os “Programas de Prevenção de riscos ambientais (PPRA)” na NR-09 devem incluir o reconhecimento dos riscos

ambientais (físicos, químicos e biológicos) existentes nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à

saúde do trabalhador, bem como a implantação de medidas de controle.

A legislação sobre acidentes de trabalho atualmente em vigor é de 1991 e foi regulamentada em 1992. Acidente de

trabalho é definido como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesão corporal

ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução da capacidade, permanente ou temporária, para o

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trabalho. Para efeitos previdenciários, equiparam-se ao acidente de trabalho a doença profissional (aquela produzida ou

desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade), a doença do trabalho (aquela que é

adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona

diretamente) e o acidente de trajeto (sofrido no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa) (BRASIL,

1991 e 1992).

A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA As NR´s foram criadas e ampliadas para a manutenção de condições seguras, bem como potencializar o ambiente de

trabalho para a redução, ou até mesmo eliminar os riscos existentes, como é o caso da NR-5. Que estabelece a

obrigatoriedade da elaboração e implementação do PCMSO completando a NR-7, que objetiva a promoção e

preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores (BRASIL, 1997).

A NR-9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração de um PPRA no trabalho e a implementação por parte de todos os

empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, visando preservação da saúde e a

integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação e do reconhecimento, avaliação e conseqüentemente controle

da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração

a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, complementando o PPRA. Ressalta o Ministério do Trabalho

(1997), a realização do exercício laboral, o uso de EPI, representando um recurso utilizado para minimizar os riscos que

estão expostos os trabalhadores.

A NR-15 relaciona-se com a exposição dos agentes insalubres encontrados na atividade laboral, refere ao grau de

insalubridade existente no ambiente. (BRASIL, 1991). A implementação da NR-17 (ergonomia), contribuí no processo de

trabalho, modificando e atuando nas adaptações e condições de trabalho, como nas características psicológicas dos

trabalhadores, proporcionando conforto, segurança e desempenho eficiente (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1997).

Em breve teremos a NR 35 que abordará a “Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho”. Esta norma esta buscando uma

gestão integrada, com visão abrangente. Olhando para o conjunto de riscos e fazendo diferenciações conforme o

tamanho das empresas e as complexidades existentes. As empresas sem riscos significativos, como um escritório de

contabilidade ou um pequeno comércio, terão o PCMSO simplificado e devem ter a comunicação dos riscos. Para as que

possuem SESMT, coloca-se um programa de gestão com aspectos mínimos a serem cumpridos como política,

planejamento, implementação, avaliação de resultados. Se a empresa já tem um programa mais completo, não precisará

instituir outro. Basta fazer um demonstrativo do que possui. Já as organizações que não têm a obrigatoriedade de

constituir SESMT, mas apresentam riscos relevantes precisarão construir um programa que contemple todos os riscos. A

NR 35 teve como fontes o modelo de gestão de SST da OIT, a ISO 31000 de gestão de risco, a OHSAS 18001, a BS 8800

BSI da Inglaterra e a Diretiva Europeia de Avaliação e Controle de Riscos para a Pequena e Média Empresa. A questão do

controle é enfatizada na norma e são apresentadas definições sobre risco e fonte de risco. Também há esclarecimentos

sobre a relação entre contratante e contratada, mostrando quando a empresa primária deve ter ações de controle sobre

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os funcionários terceirizados. "A idéia é desburocratizar e romper com a cultura do papel com um controle efetivo dos

riscos“. Fonte: Revista Proteção.

Higiene Ocupacional

Visa à prevenção da doença ocupacional por meio da Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle dos agentes

ambientais. Em senso amplo, a atuação da higiene ocupacional prevê uma intervenção deliberada no ambiente de

trabalho como forma de prevenção da doença. Sua ação no ambiente é complementada pela atuação da medicina

ocupacional, cujo foco está predominantemente no indivíduo.

Antecipar

Trabalhar, com equipes de projeto, modificações ou ampliações (Se possível antes da execução), visando à detecção

precoce de fatores de risco ligados a agentes ambientais e adotando opções de projeto que favoreçam sua eliminação

ou controle;

Conhecer

Conhecer todos os processos produtivos e identificar os riscos em cada um dele para ter conhecimento prévio dos

agentes do ambiente de trabalho;

Avaliar

Verificar se um risco pode ou não afetar a saúde do trabalhador exposto;

Controlar

Utilizar técnicas de engenharia em segurança do trabalho para eliminação ou minimizar o risco.

Etapas da Gestão

Diagnóstico inicial para conhecer as características da empresa, dos trabalhadores e dos ambientes de trabalho;

Mapeamento dos processos de produção e atividades relacionadas, para conhecimento de suas principais

etapas;

Avaliação dos riscos para identificar as fontes de perigo e estimar os riscos a elas associados;

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Identificação de requisitos legais e outros para verificar a situação da empresa em relação ao cumprimento da

legislação e de acordos ou contratos firmados;

Definição dos objetivos e metas, para que a direção da empresa estabeleça a onde quer chegar em relação à

saúde no trabalho;

Controle operacional, medição e monitoramento, para estabelecer o ciclo básico de gerenciamento de saúde e

Segurança no Trabalho, constituído pelos seguintes passos: reconhecimento, antecipação, avaliação, prevenção

e controle;

Tratamento de desvios, incidentes, acidentes, doenças, ações emergenciais, corretivas e preventivas, para

garantir que a gestão de saúde e segurança no trabalho está implementada e mantida na empresa.

Doença Profissional

É desencadeada pelo exercício do trabalho a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo

ministério do trabalho e da previdência social. Estas doenças estão relacionadas pela portaria n° 23/11/1964 do

Ministério do Trabalho.

Também podem ser conceituada como: Doenças que se origina do exercício de determinada profissão por ação lenta e

continuada e podem ser comprovada pela relação causa-efeito.Ex: Trabalhador com artrose (Coluna) por trabalhar

sentado 20 anos; Doenças causadas pelo Arsênio, Mercúrio, Cloro, Benzeno Manganês, fósforo, Chumbo e seus

compostos; Doenças causadas por radiações, inalações de poeiras Doenças causadas por agentes biológicos.

Doença do Trabalho

Assim entendida e adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com

ele se relacione.

Ex: Torneiro que trabalha com torno e sofre as conseqüências do ruído provocado por lixadeira na oficina.

Risco Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas. Os riscos podem ser

eliminados ou controlados Risco também pode ser “Perigo ou possibilidade de perigo”.

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Classificação dos Riscos Profissionais Os riscos profissionais decorrem de:

a) Riscos Ambientais – Condição precária do ambiente de trabalho;

b) Riscos Operacionais – Maneira de se processar as diversas atividades profissionais;

c) Riscos Comportamentais – Comportamento indevido dos trabalhadores que se consideram imunes aos

acidentes.

Qual a importância de conhecer o risco ? Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações

interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou

riscos de acidentes, podem comprometer a VIDA do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões

imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.

É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos locais de trabalho não quer dizer que,

obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de diversos fatores,

como a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição

da pessoa. Entretanto, na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos, o que existem são micro ou

pequenas empresas.

Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de

trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.

Avaliação do Risco É o processo de estimar a magnitude dos riscos existentes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável.

Formas de avaliar o Risco Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, existem duas modalidades

básicas de avaliação.

Qualitativa

Quantitativa

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Avaliação “Qualitativa”,- Conhecida como preliminar: a sua Identificação; a determinação e localização das possíveis

fontes geradoras; a identificação das possíveis trajetorias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente do

trabalho; a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos ; a caracterização das

atividades e do tipo de exposição; a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possíveis

comprometimento da saúde decorrente do trabalho; os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados,

disponiveis na literatura técnica; a descrição das medidas de controle já existentes (NR-9 Item 9.3.3);

Exemplo de avaliação Qualitativa: Ocorrendo o vazamento em um botijão de gás de cozinha, o sentido do olfato imediatamente nos auxilia na identificação

do risco.

A mais simples forma de avaliação ambiental é a qualitativa. Na avaliação qualitativa, utiliza-se apenas a sensibilidade do avaliador para identificar o risco existente no local de trabalho.

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Avaliação “Quantitativa” - Para medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle dos riscos, dimensionar a exposição do trabalhador (NR-9 Item 9.3.4) Exemplo de avaliação Quantitativa: Para avaliar o calor produzido num forno utilizam-se termômetros específicos; para avaliar o nível de ruído de uma máquina, utilizam-se medidores de pressão sonora.

Termômetro de Globo

Perigo Situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.

Perigo de Acidente É o Risco não controlado, que deixa a eminência de em qualquer momento haver o contato entre o trabalhador e a fonte possível de gerar lesão. Ex: Máquina sem proteção é um Perigo.

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Agentes Ambientais São fatores que desencadeiam as doenças profissionais e podem ser classificadas segundo sua natureza e forma com que atuam no organismo humano

Classificação:

Riscos BIOLÓGICOS;

Riscos QUÍMICOS;

Riscos FÍSICOS;

Riscos ERGONOMICO.

Riscos Biológicos São microorganismo causadores de doenças, com os quais pode o trabalhador entrar em contato, vírus, bactérias,

fungos, bacilios são exemplos de microorganismo aos quais freqüentemente ficam expostos: Médicos, enfermeiros,

funcionários de hospitais, laboratórios de analise biológica, lixeiros, açougueiros, lavradores, tratadores de gado,

trabalhadores de curtume e estação de tratamento de esgoto. Entre inumeras doenças temos a turbeculose, a

brucelose, o tétano, a malária, a febre tifóide, a febre amarela, hepatite.

Controles Para controle do pessoal exposto aos agentes biologicos, as medidas preventivas mais usuais são:

Vacinação

Esterilização;

Rigorosa hiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;

Equipamento de proteção individual;

Ventilação adequada;

Controle médico permanente.

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RISCOS QUÍMICOS É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos

físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química inclui, desde irritação na pele e

olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os

danos à saúde pode advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos

tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas,

doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.

Agente de Riscos Químicos - Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que

possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas,

nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo

organismo através da pele ou por ingestão.

Identificação dos Produtos Químicos - Ao lidar com produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do

rótulo, no recipiente ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde (R) que ele oferece e à

medidas de segurança para o trabalho (S). Por exemplo: um produto químico X tem R-34 e S-10, isto significa que ele é

um produto que provoca queimaduras e que deve ser mantido úmido. Portanto, conhecer a classificação, torna-se

possível obter-se informações quanto a forma correta de manipular, estocar, transportar e descartar os resíduos do

produto. Referente ao transporte, observar, também, a forma como foi acondicionado e embalado e adotar os mesmos

cuidados para realizá-lo com segurança

Formas dos Riscos Químicos – Divide-se em três formas.

Solida:

a) Mineral – Ex: Sílica Livre e Cristalizada, Asbesto (Amianto);

b) Vegetal – Ex: Algodão, Bagaço de cana;

c) Animal – Pelo, Couro de Animais.

Liquida

a) Ácidos – Ex: Ácido sulfúrico;

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b) Solventes – Ex: Thinner

Gasosa

a) Gases – Ex: monóxido de carbono;

b) Vapores – Ex: Vapor de gasolina.

Vias de Penetração.

Respiratória (Inalação) – É a contaminação resultante do processo de respiração. É a que oferece maior, pois a maioria

dos agentes encontra-se em forma de gases, vapores e poeiras, sendo absorvido na respiração, durante 8 horas de

trabalho, este respira em média 8 m³ de ar. Ex: cloro

Cutânea (Pele) – Diversos compostos possuem propriedade de penetração através da pele intacta, produzindo

intoxicação no organismo. Ex: Inseticidas, praguicidas e benzeno.

Digestiva – E forma de penetração através do aparelho digestivo. Exista a intoxicação devido a muitos locais, ainda existir

o hábito de se comer, beber e fumar no ambiente de trabalho. O que agrava ainda é o fato pela falsa crença que o leite

possui propriedades de desintoxicante, devendo ser ingerido durante o trabalho. Outro fator que aumenta as chances de

intoxicação por esta via de penetração no organismo é falta de instalações adequadas para higiene pessoal, alem de

pouco cuidado em higiene das roupas

Mecanismo de Eliminação.

Os contaminantes no interior do organismo podem ser metabolizados formando outros que são eliminados, ou são

eliminados sem sofrer alterações. Normalmente os contaminantes são expelidos pela urina e fezes, porem a eliminação

também é possível pelo suor. Existem contaminantes, contudo, que podem permanecer indefinidamente no organismo.

Limites de Tolerância.

A presença de agentes Químicos, no ambiente de trabalho oferece um risco a saúde dos trabalhadores. Entretanto, o

fato de estarem expostos não implica, obrigatóriamente que este trabalhador venha a contrair uma doença do trabalho.

Para causar danos a saúde eles tem que estar acima de uma determinada concentração ou intensidade, e que o tempo

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de exposição a esta concentração ou intensidade seja suficiente para uma atuação nociva deste agente sobre o ser

humano. Limites de Tolerância são considerados para que o trabalho possa ficar exposto durante a sua atividade laboral,

atualmente está em vigor a portaria 3.214/78 do Ministério do trabalho, que fixa limites e ainda os anexos 11 e 12 de

sua NR 15 Operações Insalubres

Riscos Físicos São representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde dos

trabalhadores, como: ruídos , vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade;

a) Ruído - (Anexo-I NR 15) – O ruído elevado é o mais frequente na indústria, mais nem sempre é considerado com o

respeito que merece. As vibrações do som, quando em frequência e intensidade muito altas, vem ferir o aparelho

auditivo, levando mensagens desagradáveis para o cerebro que responderá pela dor ou sensação de desconforto,

conforme os níveis. Para avaliar a capacidade auditiva de uma pessoa utiliza-se a Audiometria. (Verificar na NR 15

Anexo-I). Algumas conseguências do ruído para o trabalhador:

Diminuição da audição, problemas com o sono, diminuição da atividade sexual, cansaço, irritação, dores de cabeça,

aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo etc...

b) Vibrações – São frequentes nas atividades profissionais, podem ser divididas em duas categorias:

Vibrações Localizadas – Provenientes de operações com ferramentas manuais, elétricas ou pneumáticas, que poderão ao

longo prazo, produzir alterações nas articulações das mãos, braços e ainda osteoporose (Perda da substância ossea);

Vibrações de Corpo Inteiro – Estão expostos, por exemplo, operadores de grandes máquinas, motoristas de caminhões e

tratores, e poderão produzir problemas na coluna vertebral, dores lombares, além de lesões nos rins e lesões

circulatórias.

c) Temperaturas Externas – Calor : Devido aos processos industriais que liberam grandes quantidades de energia

calórica, os problemas com o calor é maior que com o frio. As condições climáticas do nosso pais agravam ainda mais a

situação e o calor intenso é responsável por uma série de problemas que afetam a saúde e o rendimento do trabalhador.

Entre os principais a insolação, a desidratação e as câimbras do calor. Frio – Encontrado nas industrias onde existe

câmaras frigoríficas. É comump enregelamento dos membros, hipotermia (Queda de temperatura do corpo), alem de

lesões na epiderme do trabalhador.

d) Radiações ionizantes – São provenientes de materiais radiativos (Produzem a ionização nos materiais sobre os quais

incidem, isto é, produzem a subdivisão de particulas inicialmente neutras em particulas eletricamente carregadas), como

é o caso dos raios Alfa, beta e Gama ou são são produzidos artificialmente, como é caso do raio “X”. Os raios Alfa e Beta

tem menor poder de penetração no organismo e, portanto oference menor risco. Os raios “X” e Gama possui alto poder

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de penetração, e entre os males que produzem anemia, a leucemia, o câncer e também alterações genéticas que

poderão comprometer fisicamente gerações futuras.

e) Radiações Não Ionizantes – São ondas de natureza eletromagnéticas sendo as principais para nosso assunto, as

microondas, radiação infra vermelha (fornos, fusão de metais), radiação ultravioleta (luz solar, lâmpadas, solda elétrica,

ultravioletas), raios laser, etc. Os problemas mais comuns, são queimaduras, superaquecimento dos orgãos internos,

lesões nos olhos.

f) Pressões Anormais – são encontradas em trabalhos submersos ou abaixo do lençol freático. Neste caso utiliza-se

pressões elevadas para expulsar a água do compartimento de trabalho, neste condição o trabalhador esta exposto a

pressões atmosféricas acima do normal. Ex: mergulhadores e trabalhos em tubulões a ar comprimido.

Riscos Ergonômicos

A palavra ergonomia, cada vez mais familiar e de uso corrente, deriva de duas palavras gregas, ergos (trabalho) e nomos

(estudo), significa «os costumes, hábitos e leis do trabalho» e foi inventada porque houve necessidade de uma palavra

que exprimisse o estudo cientifico do homem e do seu trabalho.

Segundo Araújo (2003), a ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do ser humano ao trabalho procurando adaptar

as condições de trabalho às características físicas e limitações individuais do ser humano. E afirma que as pessoas são

diferentes em altura, estruturas ósseas e musculares, algumas são mais fortes e com capacidade diferenciada para

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suportar o stress físico e mental. Estes fatos básicos não podem ser alterados e devem ser utilizados como base para o

planejamento das condições de trabalho.

Conhecida comumente como estudo científico da relação entre o homem e seus ambientes de trabalho, a ergonomia

tem alguns objetivos básicos que são: possibilitar o conforto ao indivíduo e proporcionar a prevenção de acidentes e do

aparecimento de patologias específicas para determinado tipo de trabalho.

Merece atenção especial uma boa parte dos problemas de postura que a grande maioria das pessoas adquire ao longo

de suas vidas durante o trabalho, como por exemplo, os esforços repetitivos. Qual seria então a solução? O ideal seria

que todos os móveis do escritório de sua casa e todo qualquer equipamento usado no nosso dia-a-dia passassem por

estudo e adequação ergonômica, antes mesmo de serem adquiridos.

São constantes os estudos feitos a respeito da relação do homem com o ambiente de trabalho, o conforto ou mesmo

horas de descanso. Ambos são de grande importância, mas, poucas pessoas prestam atenção nestes detalhes. A

ergonomia vem justamente estudar estas medidas de conforto, a fim de produzir um melhor rendimento no trabalho,

prevenir acidentes e proporcionar uma maior satisfação do trabalhador.

Controle - É uma ação que visa eliminar/controlar o risco ou quando isso não é possível, reduzir a níveis aceitáveis o risco

na execução de uma determinada etapa do trabalho, seja através da adoção de materiais, ferramentas, equipamentos

ou metodologia apropriada.

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REGRAS E NÍVEL DE SEGURANÇA

Quanto maior o nível de segurança, menor a necessidade de regras para garanti-la.

Ênfase em regras e regulamentos indica concepção de acidente como infração, evoluindo para

responsabilização do acidentado.

PPRA - (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS) Cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela NR-9 da Portaria 3.214/78, apesar de seu caráter multidisciplinar, é

considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional que deve ser implementado nas empresas de forma

articulada com um programa médico o PCMSO.

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, estão obrigadas a

elaborar e implementar o PPRA, que tem como objetivo a prevenção e o controle da exposição ocupacional aos riscos

ambientais, isto é, a prevenção e o controle dos riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho. A

NR-9 descreve as etapas a serem cumpridas no desenvolvimento do programa, com itens que compõem o

reconhecimento dos riscos, os limites de tolerância adotados a cada avaliação e os conceitos que envolvem as medidas

de controle. A norma detalha, ainda, a obrigatoriedade da existência de um cronograma que indique claramente os

prazos para o desenvolvimento das diversas etapas para o cumprimento das metas estabelecidas.

Um aspecto importante deste programa é que ele pode ser elaborado dentro dos conceitos mais modernos de

gerenciamento e gestão, em que o empregador tem autonomia suficiente para, com responsabilidade, adotar um

conjunto de medidas e ações que considere necessárias para garantir a saúde e a integridade física dos seus

trabalhadores. A elaboração, implementação e avaliação do PPRA podem ser feitas por qualquer pessoa, ou equipe de

pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na norma. Além disso, cabe à própria

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empresa estabelecer as estratégias e as metodologias que serão utilizadas para o desenvolvimento das ações, bem como

a forma de registro, manutenção e divulgação dos dados gerados no desenvolvimento do programa.

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, e sua abrangência e

profundidade dependem das características dos riscos existentes no local de trabalho e das respectivas necessidades de

controle.

A NR-9 estabelece as diretrizes gerais e os parâmetros mínimos a serem observados na execução do programa, porém,

os mesmos podem ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Procurando garantir a efetiva

implementação do PPRA, a norma estabelece que a empresa deve adotar mecanismos de avaliação que permitam

verificar o cumprimento das etapas, das ações e das metas previstas, garantindo aos trabalhadores o direito à

informação e à participação no planejamento e no acompanhamento da execução do programa.

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PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) O PCMSO, cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela NR-7 da Portaria 3.214/78, é um programa médico de caráter de

prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho.

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de sua atividade, estão obrigadas a

elaborar e implementar o PCMSO, que deve ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores,

especialmente os riscos identificados nas avaliações previstas no PPRA. Entre suas diretrizes, uma das mais importantes

é aquela que estabelece que o PCMSO deva considerar as questões incidentes tanto sobre o indivíduo como sobre a

coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico. A norma estabelece, ainda, o prazo e

a periodicidade para a realização das avaliações clínicas, assim como define os critérios para a execução e interpretação

dos exames médicos complementares (os indicadores biológicos).

Na elaboração do PCMSO, o mínimo requerido é um estudo prévio para reconhecimento dos riscos ocupacionais

existentes na empresa, por intermédio de visitas aos locais de trabalho, baseando-se nas informações contidas no PPRA.

Com base neste reconhecimento de riscos, deve ser estabelecido um conjunto de exames clínicos e complementares

específicos para cada grupo de trabalhadores da empresa, utilizando-se de conhecimentos científicos atualizados e em

conformidade com a boa prática médica. O nível de complexidade do PCMSO depende basicamente dos riscos existentes

em cada empresa, das exigências físicas e psíquicas das atividades desenvolvidas e das características biopsicofisiológicas

de cada população trabalhadora. A norma estabelece as diretrizes gerais e os parâmetros mínimos a serem observados

na execução do programa, podendo os mesmos, ser ampliados pela negociação coletiva de trabalho.

O PCMSO deve ser coordenado por um médico, com especialização em medicina do trabalho, que será o responsável

pela execução do programa. Ao empregador, por sua vez, compete garantir a elaboração e efetiva implementação do

PCMSO, tanto quanto zelar pela sua eficácia. A NR-7 determina que o programa deverá obedecer a um planejamento em

que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.

O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo

avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o

planejamento para o ano seguinte.

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Insalubridade e Periculosidade A insalubridade é uma gratificação instituída por lei. O que se compensa com esta gratificação é o risco, ou seja, a

possibilidade de dano de vida ou à saúde daqueles que executam determinados trabalhos classificados como insalubres

e/ou perigosos. A gratificação por risco de vida e saúde não cobre o dano efetivo que o trabalhador venha suportar no

serviço. Essa gratificação visa compensar, apenas, a possibilidade de dano, vale dizer, o risco de vida em si mesmo, e não

a morte, a doença ou a lesão ocasionada pelo trabalho. Para os trabalhadores regidos pela CLT (Artigo 189), consideram-

se “Atividades ou operações insalubres, aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os

empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixadas em razão da natureza e da intensidade do

agente e do tempo de exposição a seus efeitos”. De acordo com a NR15 (portaria 3214/08/06/78- MTE), que contém 14

anexos, são consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: Acima dos limites de tolerância

prevista nos anexos números 1 e 2 (ruído contínuo, intermitente ou de impacto), 3 (exposição ao calor), 5 (radiações

ionizantes - determinados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear/CNEN), 11(agentes químicos) 12 poeiras minerais.

Nas atividades mencionadas nos anexos de números 6 (trabalho em condições hiperbáricas), 13 (relação de atividades

envolvendo agentes químicos), 14 (agentes biológicos). Para as atividades comprovadas através de laudo de inspeção

local constantes dos anexos números 7 (radiações não ionizantes), 8 (vibrações), 9 (frio), 10 (umidade). No ANEXO 14 DA

NR15 – AGENTES BIOLÓGICOS - contém uma relação de atividades que envolvem agentes biológicos cuja insalubridade é

determinada por avaliação qualitativa em grau máximo e médio:

Insalubridade de grau máximo Trabalhos ou operações, em contato permanente, com “pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem

como objetos de seu uso, não previamente esterilizados; carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e

dejeções de animais portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); esgotos

(galerias e tanques); e lixo urbano (coleta e industrialização)".

Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infectocontagiante, em:

hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados

aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos

que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados); hospitais, ambulatórios, postos de

vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal

que tenha contato com tais animais); contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e

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outros produtos; gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);

cemitérios (exumação de corpos); estábulos e cavalariças; e resíduos de animais deteriorados.”

É importante destacar que os adicionais de insalubridade, periculosidade e a gratificação de raios X não são acumuláveis,

devendo o trabalhador optar por um deles, quando tiver direito a mais de um adicional. A percepção deste adicional

cessa com eliminação das condições ou riscos que deram causa a sua concessão.

Para os trabalhadores regidos pela CLT, em seu Art.192 que determina a percepção do adicional “ o exercício de trabalho

em condições insalubres acima dos limites estabelecidos pelo Ministério do

Trabalho e Emprego asseguram a percepção de adicional da insalubridade, incidente sobre o salário mínimo, segundo a

classificação dos graus de insalubridade o que equivale a:

40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo”;

Desta maneira os trabalhadores regidos pela CLT, expostos aos agentes biológicos, receberão segundo as atividades

relacionadas no anexo 14, da NR-15, o percentual de 20% e 40% para os graus médio e máximo, respectivamente.

Conforme esta NR, no caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, é apenas considerado o de grau mais

elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade, para os trabalhadores de ambos os regimes, é caracterizada através de

avaliação pericial que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador e determinará a cessação do pagamento

do adicional respectivo.

Conforme o artigo 191 da CLT e o item 15.4 da NR15, a eliminação e neutralização da insalubridade ocorrerá: • “com a

adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; • com a

utilização de equipamento de proteção individual”. O direito à percepção do adicional de insalubridade não é

incorporável aos proventos de aposentadoria.

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NORMAS REGULAMENTADORAS

NR1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

NR2 - INSPEÇÃO PRÉVIA

NR3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO

NR4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO

TRABALHO - SESMT

NR5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA

NR6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

NR7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO

NR8 - EDIFICAÇÕES

NR9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA

NR10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

NR11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

NR12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

NR13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

NR14 - FORNOS

NR15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

NR16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

NR17 - ERGONOMIA

NR18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

NR19 - EXPLOSIVOS

NR20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

NR21 - TRABALHO A CÉU ABERTO

NR22 - TRABALHOS SUBTERRÂNEOS

NR23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

NR24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

NR25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS

NR26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

NR27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO

TRABALHO E EMPREGO

NR28- FISCALIZAÇÃOE PENALIDADES

NR29- TRABALHO PORTUÁRIO

NR30-TRABALHO AGUAVIÁRIO

NR31-TRABALHOS NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E

AQUICULTURA.

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NR32-TRABALHOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

NR33- ESPAÇOS CONFINADOS

NR34- CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSNTRUÇÃO E REPARO

NAVAL.

MUITO OBRIGADO ATÉ A PRÓXIMA

FIM