semana 1
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Semana 1
Caso 1 Claudionor, Alex e Adalberto, com unidade de vontade e desígnios
no dia 05 de março de 2010, por volta das 23h, mediante o arrombamento
do cadeado do portão e da fechaduraDos fatos narrados Claudionor, Alex
e Adalberto foram denunciados pela suposta prática do delito tipificado
no art.155, §§1º e 4º, I e IV, do Código Penal. Inconformados, impetraram
Habeas Corpus com pedido de liminar com vistas ao trancamento da
ação penal sob o argumento de atipicidade de conduta face à incidência
do princípio da insignificância. Ante o exposto, com base nos estudos
realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada:
a) A capitulação da conduta constante na denúncia está correta?
a capitulação constante na denuncia não esta correta porque
o parágrafo 1º que diz respeito a causa de aumento de pena somente
se enquadra no caput do artigo 155 do CP, porque as formas qualificadas
já possuem uma carga elevada da pena abstrata. Assim a capitulação
correta do delito é constante no artigo 155 parágrafo 4 incisos 1 e 4 do CP.
b) a ordem de habeas corpus deve ser concedida?
em primeiro lugar devemos compreender o que significa essa expressão habeas corpus:
“corpo livre” trata-se de um remédio constitucional que tem assento no artigo 5 inciso 68 da CRFB.
Serve esse writ para coibir a coação ou a ameaça da liberdade individual.
Não se aplica apenas nas prisões mas também serve para aniquilar ações
penais ilegais. A rigor o MP promove a ação penal publica visando a aplicação
punitiva do estado e cabe a defesa minimizar os impactos da sanção.
O STJ juntamente com o STF firmaram entendimento no que tange ao principio
da insignificância como sendo um preceito que reúne 4 condições essenciais
para ser aplicado: 1 – a mínima ofensividade da conduta / 2 – a inexistência de
periculosidade social do ato / 3 – reduzido grau de reprobabilidade
do comportamento / 4 – inexpressividade da lesão provocada. Diante
do exposto não há como concluir pela viabilidade do reconhecimento da atipicidade
da conduta tendo em vista a demonstração de audácia dos agentes
Semana 2
Caso 1Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e
desígnios, no dia 20 de dezembro de 2009, por volta das 20h, mediante
grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si
um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía
do estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o
veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos
reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford,
placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes
foram presos em flagrante.
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos,
6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime
fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP)
duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma
tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e formação de
quadrilha armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes.
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso
de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da majorante
do parágrafo único do art.288, do Código Penal sob o argumento de
configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento da continuidade
delitiva entre os delitos e não concurso material, como fôra aplicado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema
responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos
deverão ser julgados procedentes
a) Devemos levar em consideração que inexiste formação de quadrilha
com 3 elementos segundo artigo 288 CP que exige um concurso necessário
de agentes, assim sendo não deve se ler levado em conta a quadrilha ou bando.
b) em relação ao reconhecimento do continuidade delitiva entre os delitos
e não o concurso material, o pedido não deve prosperar pois consoante
entendimento firmado pelo STF “ não basta que haja similitude entre as
condições objetivas.(tempo, lugar, modo de execução e outras similares)
, para a caracterização da continuidade delitiva. È necessário que entre
essas condições haja uma ligação, um liame, de tal modo a
evidenciar-se de plano, terem sido os crimes subseqüentes continuação do primeiro