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Informativo Epidemiológico Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Microcefalia
Março de 2016Semana Epidemiológica 09 (28/02 a 05/03)*
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do
Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), registrou, até a Semana
Epidemiológica (SE) 09, 1.767 casos suspeitos de Dengue, dos quais 169 foram
confirmados, dentre os confirmados 84 são casos importados (contraídos fora do
Estado) e 85 são autóctones (contraídos no RS).
Os municípios que apresentam autoctonia são: Porto Alegre, Viamão, Guaíba e
Barra do Ribeiro (2ª CRS), Santa Maria (4ª CRS), Ibirubá e Selbach (9ª CRS), Santo
Ângelo (12ª CRS), São Paulo das Missões, Santa Rosa e Tuparendi (14ª CRS),
Chapada (15ª CRS), Panambi, Condor e Ijuí (17ª CRS) e Frederico Westphalen (19ª
CRS).
No ano de 2015 foram notificados um total de 4.067 casos suspeitos de Dengue,
dos quais 1.279 foram confirmados. Dentre os confirmados, 233 (18,2%) são
importados (contraído fora do Estado) e 1.046 (81,8%) são autóctones (contraído no
RS).
O sorotipo circulante no ano de 2015 foi o DENV1.
Em 2016 não há registro de óbitos no Estado. Em 2015 ocorreram dois óbitos
por Dengue. O primeiro em março no município de Santo Ângelo, cujo paciente teve
início dos sintomas na SE11 (15 a 21/03). O segundo óbito ocorreu em abril, com início
de sintomas na SE16 (19 a 25/04), no município de Panambi.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Tabela 1: Casos notificados e confirmados de dengue segundo CRS de residência, RS, 2016*
Regional de Residencia Notificados Confirmados1ª CRS - Porto Alegre 161 102ª CRS - Porto Alegre 595 763ª CRS - Pelotas 40 54ª CRS - Santa Maria 66 45ª CRS - Caxias do Sul 100 126ª CRS - Passo Fundo 76 17ª CRS - Bagé 7 18ª CRS - Cachoeira do Sul 3 09ª CRS - Cruz Alta 56 1010ª CRS - Alegrete 13 111ª CRS - Erechim 14 012ª CRS - Santo Ângelo 121 513ª CRS - Santa Cruz do Sul 10 114ª CRS - Santa Rosa 119 1315ª CRS - Palmeira das Missões 62 516ª CRS - Lajeado 25 217ª CRS - Ijuí 213 1918ª CRS - Osório 39 019ª CRS - Frederico Westphalen 47 4Total 1767 169
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 02/03/2016)*Casos até SE 09
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Dos 169 casos confirmados, 84 são casos autóctones contraídos no Estado. No
estado 187 municípios são infestados pelo Aedes aegypti. (Tabela 2 e figura1).
Tabela 2: Número de casos confirmados por município de residência, CRS, RS, 2016*
Antônio Prado 1 1 Barra do Ribeiro 1 1 Bento Gonçalves 4 4 Bom Jesus 1 1 Cacequi 1 1Campina das Missões 1 1 Canoas 7 7 Caxias do Sul 3 3 Chapada 1 2 3Condor 2 0 2 Constantina 1 1 Cruz Alta 1 1 Dom Pedrito 1 1 Doutor Ricardo 1 1 Engenho Velho 1 1Esteio 1 1Frederico Wesphalen 2 1 3 Garibaldi 1 1 Guaíba 1 1 Ibirubá 1 1 Ijuí 8 2 10 Nova Bassano 1 1 Panambi 2 4 6 Passo Fundo 1 1Pejuçara 1 1 Pelotas 1 1 Porto Alegre 45 26 71 Rio Grande 4 4 Santa Maria** 1 2 4 Santa Rosa 2 2 4 Santo Ângelo 4 1 5Santo Cristo 1 1 São Gabriel 1 1 São Paulo das Missões 2 2Sapucaia do Sul 2 2 Selbach 6 2 8Teutonia 1 1 Três de Maio 1 1 Tuparendi 3 1 4 Vacaria 1 1 Venâncio Aires 1 1 Viamão 3 2Vista Alegre 1 1Total 84 85 169*Casos Confirmados SE 01 a 09
Fonte: SINAN ONLINE-RS (dados preliminares até 02/03/2016)
**Caso Contraído no Município de Ijuí
Casos Confirmados
TotalMunicípio de Residência / RS
Autóctones Importados
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Figura 1: Mapa dos municípios infestados e com casos de Dengue Importados e
Autóctones, RS, 2016.
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 02/03/2016)
Analisando o histograma (Gráfico 1) dos casos notificados de Dengue em 2015
(até a 26ª Semana Epidemiológica) e os casos até a 9ª semana epidemiológica (SE) de
2016 observa-se que nas primeiras SE deste ano houve um aumento de notificações
de 6,1 vezes a mais quando comparado ao ano anterior. Esse cenário nos indica
possivelmente uma maior sensibilidade da rede de atenção para notificação do agravo
e/ou uma maior circulação viral.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Gráfico 1. Casos notificados de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2015 e 2016 (até SE09)
23 31 27 18 18 30 31 45 66
157
255 256
316
456405
273251
209
153 14289
61 6333 27 21
172148 167
189 190
310348
223
20
050
100150200250300350400450500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Notificado 2015 Notificado 2016
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 02/03/2016)
No histograma a seguir (Gráfico 2) referente aos casos confirmados, observa-se
que nas nove primeiras SE do ano de 2016 foram confirmados 169 casos. Já em 2015
os casos confirmados ocorreram após a 3ª SE. A curva de casos confirmados em 2015
teve início crescente a partir da 8ª SE registrando o pico máximo de casos na 15ª SE.
Gráfico 2. Casos confirmados de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2015 e 2016 (até SE09)
0 0 1 4 0 2 8 8 925
81
114126 134
203
145
113
90 88
28 2415 9 8 6 2
21 17 24 28 26 26 198 0
0
50
100
150
200
250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Confirmado 2015 Confirmado 2016
Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 02/03/2016)
No Rio Grande do Sul a faixa etária com maior número de casos confirmados foi
dos 20 aos 49 anos (52,7%) e o sexo feminino foi o que obteve o maior numero de
casos confirmados (53,8%), como mostra a Tabela 3.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Tabela 3. Distribuição dos casos confirmados de Dengue por Semana Epidemiológica
de início de sintomas, RS, por faixa etária e sexo (até SE09).
Masculino Feminino TotalMenor de 1 ano 0 0 01 a 4 anos 1 2 35 a 9 anos 2 1 310 a 14 anos 6 4 1015 a 19 anos 8 9 1720 a 29 anos 12 15 2730 a 39 anos 23 15 3840 a 49 anos 10 14 2450 a 59 anos 5 14 1960 a 69 anos 9 12 2170 a 79 anos 2 3 580 anos e mais 0 2 2Total 78 91 169
Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 02/03/2016)
Segundo o Ministério da Saúde, em uma análise das incidências (número de
casos/100 mil hab.) dos casos de Dengue por região demonstra incremento em 2015
em todas as regiões do país. Os números de casos de Dengue no RS parecem
acompanhar essa tendência. Numa série histórica de 2011 a 2016 da SE1 até a SE09
de cada ano, observa-se maior número de casos notificados em 2016 seguidos dos
anos de 2013 e 2011 (Gráfico 3). Em relação ao número de casos confirmados o ano
de 2016 já apresenta o maior número de confirmações seguido dos anos de 2013 e
2011.
Gráfico 3. Comparativo dos casos de Dengue segundo classificação, RS, 2011 a 2016 (até SE09)
509
194
529300 289
1767
44 23145
36 32169
17 3 54 27 8 84
0200400600800
100012001400160018002000
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Notificados
Confirmados
Autóctones
Linear (Notificados)
Tendênciacrescente de casos notificados
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 02/03/2016)
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Febre Chikungunya
A Febre Chikungunya (CHIKV) é uma doença viral transmitida a partir da picada
da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Pode causar doença aguda, subaguda
e crônica.
A fase aguda é caracterizada por febre de início repentino (acima de 39°C) e dor
articular intensa. Pode ainda incluir: cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea,
vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite com duração de 3-10 dias.
A fase subaguda é caracterizada pela recaída dos sinais e sintomas ocorridos
na fase aguda (após os primeiros 10 dias), incluindo poliartrite distal, exacerbação da
dor nas articulações e ossos e tenossinovite hipertrófica subaguda nos punhos e
tornozelos. Em alguns casos desenvolvem distúrbios vasculares periféricos (síndrome
de Raynaud), sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza. Em geral esse quadro
tem duração entre dois e três meses após o início da doença.
Já a fase crônica possui as mesmas características da fase subaguda, com
persistência dos sinais e sintomas por mais de três meses e que pode se estender,
com menor frequência, por anos. Em geral, mantém-se a artralgia inflamatória nas
mesmas articulações afetadas anteriormente.
Em 2013 teve início a transmissão autóctone da Febre Chikungunya em vários
países do Caribe. Em 2014 foram confirmados os primeiros casos autóctones no Brasil
e atualmente já ocorre nas Américas, África, Europa, Ásia e Oceania.
Em 2015, até a SE 52, foram notificados no Brasil 20.661 casos autóctones
suspeitos da doença. Destes, 7.823 foram confirmados, sendo 560 por critério
laboratorial e 7.263 por critério clínico-epidemiológico; 10.420 continuam em
investigação. Foram registrados três óbitos por febre chikungunya no Brasil, sendo dois
no estado da Bahia e um em Sergipe. Conforme investigações, esses óbitos ocorreram
em indivíduos com idade avançada – 85, 83 e 75 anos – e com histórico de doenças
crônicas preexistentes. Dados do Boletim Epidemiológico - Volume 47 - nº 03 - 2016 -
Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até
a Semana Epidemiológica 52, 2015 .
O Rio Grande do Sul ainda não apresenta autoctonia de Febre Chikungunya.
Em 2015 foram notificados 81 casos suspeitos. Desses, seis casos foram confirmados
por critério clínico-laboratorial, sendo esses de Bento Gonçalves, Erechim, Novo
Hamburgo e Rio Grande, todos casos importados, com histórico recente de viagem
para Bahia, Pernambuco e Maranhão.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Em 2016 já foram notificados 93 casos de suspeitos de Febre Chikungunya e
um caso confirmado importado este residente em Santa Maria e com viagem para o
estado do Pernambuco. Totalizando 174 casos notificados entre 2015 e 2016 no Rio
Grande do Sul.
Quadro 1. Distribuição dos casos de Febre de Chikungunya notificados por município
de residência no ano de 2016* (até a 9ª Semana Epidemiológica)
Alvorada 3Bom Retiro do Sul 1Cachoeirinha 1Canoas 12 2Capivari do Sul 1Caxias do Sul 2 2Chapada 3Charqueadas 1Erechim 4Estrela 1Farroupilha 2Gravataí 1Jaguari 1Lajeado 4Marau 1Novo Hamburgo 7Panambi 1Passo Fundo 8 1Portão 1Porto Alegre 17 4Santa Maria** 1 1Santa Rosa 2 1São Borja 3São Leopoldo 1Teutonia 7 1Torres 1Viamão 1Vila Flores 1 1Total 89 12
Maceio - AL 1Recife - PE 1Município Ignorado 2 2Total 4 2Fonte: SINAN NET*Dados preliminares até 02/03/2016 **Casos Confirmados Importados
Confirmados** Descartados
Municípios de Residência / RSNotificados
Municípios de Residência de outro Estado / Município Ignorado Notificados
2016
Confirmados** Descartados
2016
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
Febre do Zika Vírus
A Febre do Zika Vírus (ZIKAV) é uma doença viral aguda, transmitida por
vetores, tais como Aedes aegypti, semelhante ao vírus da Dengue e da Febre
Chikungunya.
É caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente,
hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça.
Apresenta evolução benigna, autolimitada e os sintomas geralmente desaparecem
espontaneamente após 3-7 dias. Não há registro de mortes e a taxa de hospitalização
é potencialmente baixa.
Recentemente, foi observada uma possível relação, entre a infecção do ZIKAV e
síndrome de Guillain-Barré (SGB), e a ocorrência de casos de microcefalia,
principalmente no nordeste do Brasil em locais com circulação simultânea do vírus da
dengue. Em decorrência da situação epidemiológica o Ministério da Saúde declarou
Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.
O ZIKAV foi identificado desde 1968, mas em 2007 foi registrado um surto pela
doença na Ilha Yap (Micronésia) e entre 2013-2014 na Polinésia Francesa. Somente a
partir de 2007 que a Organização Mundial da Saúde reconhece o potencial epidêmico
do Zika Vírus.
No Brasil, desde outubro de 2014 estão sendo notificados casos de síndrome
febril exantemática nos estados nordestinos, descartados para dengue, sarampo e
rubéola. Foi confirmada transmissão autóctone de febre pelo vírus Zika no país a partir
de abril de 2015.
Até o momento, 22 Unidades da Federação confirmaram laboratorialmente
autoctonia da doença. Na SE 05/2016, a Organização Pan Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde confirmou a circulação do vírus Zika em 33
países de três Continentes. Segundo a OMS, além dos 33 países com casos
autóctones já reportados no período entre 2015 e 2016, há indicação de circulação viral
em outras seis nações: Gabão, na África, Indonésia, Tailândia, Cambodja, Filipinas e
Malásia, na Ásia. Ainda ressalta que pelo menos cinco países das Américas já
registraram aumento de casos de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) desde o início do
surto de zika: Brasil, Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
O Rio Grande do Sul não apresenta autoctonia da doença. Em 2015, foram
notificados 31 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus e nenhum caso confirmado.
Desses, três casos ocorreram em gestantes e foram descartados laboratorialmente.
Até a 9ª SE de 2016 foram notificados 120 casos suspeitos de Febre pelo Zika
Vírus e um caso confirmado importado, este residente em Porto Alegre e com viagem
para a cidade de Macelândia no Mato Grosso. Apenas cinco gestantes (com feto sem
alteração no Sistema Nervoso Central) foram notificadas em 2016 com a suspeita da
doença, três estão aguardando resultado laboratorial do exame e duas gestantes que
já foi descartada laboratorialmente para Zika Vírus.
Quadro 2. Distribuição dos casos de Febre de Zika Vírus notificados por município de
residência no ano de 2016 (até a SE09).
Alvorada 3Bom Jesus 1Bom Retiro do Sul 1Braga 1Campinas do Sul 1 1Campo Bom 2Campinas do Sul 1Canoas 9 1Chapada 1Dezesseis de Novembro 2Dom Pedrito 1 1Engenho Velho 2Erechim 2Estância Velha 1 1Esteio 2Estrela 1Farroupilha 1Gravataí 2 1Guarani das Missões 1 1Itaqui 2Ivoti 1Lajeado 4Mato Queimado 1Novo Hamburgo 8 2Palmeira das Missões 2 1Portão 1Porto Alegre** 40 1 3Rondinha 1Santo Ângelo 2Santo Cristo 4 4São Borja 5 1Taquara 2 2Teutonia 2 1Torres 1Tramandaí 1Três Chachoeiras 1Viamão 1Total 114 1 20
Belo Horizonte 1Guaratinga - BA 1 1Recife - PE 1Niteroi - RJ 1Rio de Janeiro - RJ 1Município Ignorado 2 2Total 6 3Fonte: SINAN NET
*Dados preliminares até 24/02/2016 **Casos Confirmados Importados
Notificados
Notificados
2016
Descartados
2016
DescartadosConfirmados**
Municípios de Residência / RS
Municípios de Residência de outro Estado / Município Ignorado
Confirmados**
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
O baixo registro dos casos em 2015 no RS pode ter sido decorrente da
orientação do Ministério da Saúde em notificar apenas os casos confirmados da
doença. A partir de dezembro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde/Centro
Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul determina que todos os casos
suspeitos de ZIKAV devam ser notificados.
Tendo em vista a grande circulação de doenças com transmissão relacionada ao
vetor Aedes aegypti e sua alta infestação no país, orienta-se para as pessoas que
apresentaram alguns dos sinais e sintomas sugestivos de Dengue, Febre Chikungunya
ou Febre do Zika Vírus e que viajaram recentemente para áreas endêmicas,
procurarem atendimento médico em uma unidade de saúde mais próxima de sua
residência. Como medidas preventivas recomendam-se o uso de repelentes e a
Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul conta com a mobilização e participação de
cada pessoa combate ao mosquito transmissor destas doenças.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
VIGILÂNCIA DE MICROCEFALIAS E/OU ALTERAÇÕES DO SNC
Neste documento constam as informações epidemiológicas referentes à micro-
cefalia e/ou alterações do SNC, previstas nas definições vigentes no “Protocolo de Vigi-
lância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia – Versão 1.3/2016”, disponível no site
www.saude.gov.br/svs. O objetivo geral desta vigilância é descrever o padrão epidemi-
ológico de ocorrência de microcefalias relacionadas às infecções congênitas no territó-
rio nacional.
Desde a implantação da vigilância de microcefalia e/ou alterações do SNC o Rio
Grande do Sul vem buscando fomentar junto aos profissionais de saúde o registro/noti-
ficação dos casos que atendem os protocolos vigentes.
Por meio de busca ativa em prontuários, registro de eventos de saúde pública
(RESP), declaração de nascido vivo (DNV) do SINASC e outras fontes de captação, o
estado do RS, desde o final de outubro de 2015 até a SE 9 de 2016 recebeu 43 notifi-
cações compatíveis com as definições atuais do Protocolo do Ministério da Saúde e um
óbito de recém nascido descartado clinico e epidemiológico, classificados conforme a
tabela abaixo.
Tabela 1. Distribuição dos casos Notificados de acordo com Protocolo da Microcefalia
segundo a classificação, RS, 2015/2016 (até a SE09).
Classificação NºNotificados 43Confirmados 1Descartados 16Em investigação 26
Fonte: RESP-Microcefalia (dados preliminares até 02/03/2016)
Importante ressaltar que a microcefalia não é notificação compulsória, sendo an-
tes captada apenas no Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (SINASC) por oca-
sião do nascimento.
Com a declaração da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional –
ESPIN pelo Ministério da Saúde – MS, por meio da Portaria nº 1.813, de 11 de novem-
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)
bro de 2015, em razão de alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil,
acredita-se que ocorreu um aumento na sensibilidade dos profissionais de saúde.
Considerando uma prevalência de 2/10.000 NV a 12/10.000 NV (CDC), o nº es-
perado de casos de microcefalia no RS seria de 29 a 172 casos ao ano;
A investigação dos casos é complexa e exige uma série de exames e avaliações
por especialistas o que está em andamento na Rede de Atenção do estado.
O RS não registra, no momento, circulação autóctone de Zika Vírus. Os casos
em investigação até o presente não apresentam nenhuma evidência de associação ao
Zika Vírus, sendo considerados dentro do esperado para o RS levando em considera-
ção estimativa do CDC.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 09 de 2016 (03/01 a 05/03/16)