sementes de esperança julho-agosto 2015
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Folha de Oração mensal em comunhão com os Cristãos que sofrem. Saiba mais em: www.fundacao-ais.ptTRANSCRIPT
2 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
Intenções de Oração do Santo Padre
Intenção Geral
Julho | Política e caridadePara que a responsabilidade política seja vivida a todos os níveis como forma alta de caridade.
Agosto | Voluntários ao serviço dos necessitadosPara que quantos trabalham no campo do voluntariado se comprometam com generosi-dade ao serviço dos necessitados.
Intenção Missionária
Julho | Os pobres na América Latina A fim de que os Cristãos na América Latina, diante das desigualdades sociais, possam dar testemunho de amor pelos pobres e contribuir para uma sociedade mais fraterna.
Agosto | Ir ao encontro dos marginalizadosA fim de que, saindo de nós mesmos, saibamos tornar-nos próximos de quantos se encontram nas periferias dos relacionamentos humanos e sociais.
DÁ AOS POLÍTICOS RESPONSABILIDADE NA SUA MISSÃO
Com o Papa Francisco, Pastor e Mestre, queremos pedir-Te Jesus
que a responsabilidade política seja vivida a todos os níveis,
como forma elevada de caridade, que faz brotar a justiça e a comunhão,
o interesse pelos outros, a preocupação com os mais pobres,
o desejo de combater a corrupção indigna e criminosa.
Dá a todos, sobretudo aos que têm a missão de governar,
o dom da sabedoria, a audácia da dignidade vivida a sério,
o desejo de fazer este mundo mais justo e mais fraterno.
Não deixes que suas inteligências se degradem com a ganância do dinheiro,
que os seus corações se fechem às necessidades dos mais pobres.
Que os políticas vivam a sua missão com um espírito humano recto,
sem avareza, sem corrupção, sem idolatrias, sem soberba que degrada.
Que a preocupação pelos outros, como caridade vivida e empenhada,
norteie sempre as suas opções e decisões, e o seu modo de agir.
Dário Pedroso, s.j.
3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
O EXÍLIO CRISTÃO“Todo o tempo que passamos no corpo
é um exílio longe do Senhor” (2 Cor 5,6)
Reflectir
O que S. Paulo nos diz aqui é muito
importante para nós hoje, porque nos
recorda uma verdade fundamental que
corremos muito frequentemente o risco
de esquecer, sobretudo hoje. S. Paulo
diz-nos em todo tempo que habitamos a
casa que é o nosso corpo estamos longe
do Senhor, como se estivéssemos no exí-
lio! Por outras palavras, somos peregrinos
a caminho da nossa pátria, que, por um
lado, não se encontra neste mundo, mas
que, por outro, na fé e nos sacramentos, já
se encontra presente na nossa vida. Neste
sentido, estamos simultaneamente em
exílio e em casa. Se vivermos no Senhor,
na graça de Deus, o nosso corpo, que é
para nós a casa do exílio, torna-se mora-
da de Deus. Por isso, encontramo-nos ao
mesmo tempo tanto em exílio como em
casa. Em casa, porque Deus esta connosco;
no exílio, porque sempre a caminho em
direcção à morada definitiva que é Deus
mesmo, aí onde o nosso coração encontra-
rá o descanso eterno.
A pedagogia litúrgica da Igreja é de uma
enorme sabedoria, porque nos ensina a
viver à luz da eternidade. Cada mês tem
uma determinada espiritualidade. Por
exemplo, Maio é dedicado à memória da
Mãe de Deus, é o mês de Maria; Junho é
dedicado ao Coração de Jesus: “um dos
soldados perfurou-Lhe o lado com uma
lança e logo saiu sangue e água” (Jo
19,34). Junho é o mês do coração!
Muitos místicos no passado, entre eles
S. Boaventura, S. Bernardo de Claraval e
o Servo de Deus P. Dehon, se questiona-
ram cheios de admiração: que mistério se
encontra escondido no Coração ferido de
Jesus? E a resposta que encontraram foi
esta: o Lado de Jesus foi aberto, para que
INTENÇÃO NACIONAL
Viver o tempo com os olhos na eternidade.
4 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
pela ferida visível pudéssemos contemplar
a ferida invisível do amor!
A espiritualidade do Coração de Jesus
mostra-nos o que significa morrer por
amor e ensina-nos a contemplar o amor
com os olhos do coração, de um amor que
nos precede e no qual se encontra a ori-
gem do nosso ser, do nosso viver,
O Coração de Jesus prometeu a Santa
Margarida Maria, no séc. XVII, uma espe-
cial protecção a quem fizesse as primeiras
sextas-feiras durante nove meses segui-
dos: que se confessasse, participasse na
Santa Missa e comungasse em espírito de
reparação pelos pecados cometidos contra
o Sagrado Coração de Jesus, e dedicasse
trinta minutos à meditação do mistério da
paixão do Senhor. A quem fizesse isto, o
Coração de Jesus prometia uma especial
assistência na hora da morte.
Vivemos num tempo em que as pessoas
morrem sozinhas, nas camas dos hospi-
tais ou das casas para a terceira idade. A
morte é reprimida e dela se afastam as
crianças, como se isso fosse traumatizan-
te. Por outro lado, diz-se que os nossos
contemporâneos não têm medo da morte;
na realidade, não é da morte que os nos-
sos contemporâneos têm medo, mas do
sofrimento que a precede e acompanha.
Por isso, muitos desejam uma morte em
que sofram o menos possível. Mas haverá
sofrimento maior do que aquele em que
nos sentimos sozinhos e abandonados?
Por isso, é urgente que cada um de nós
disponha de tempo para os outros, para
si e para Deus; que sejamos capazes de
“perder tempo” neste sentido. Porque se o
fizermos, se tivermos tempo para os outros
e para Deus, nem que seja um hora por
mês, nas primeiras sextas-feiras, e uma
hora por semana, na Missa ao domingo, o
Senhor, que hoje se sente sozinho, esque-
cido e abandonado, promete que estará
connosco naquela hora em que mais nin-
guém nos poderá fazer companhia!
P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj
Assistente Espiritual da Fundação AIS
Reflectir
5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
O sexto país mais povoado do mundo – 196 milhões de habitantes – e o segundo país com a maior população muçulmana a seguir à Indonésia, o Paquistão não pára de oscilar, desde a sua independência em 1947, entre uma democracia instável e
ditaduras militares tornando-se gradual-mente o ninho dos islâmicos. Sofrendo regularmente com a instabilidade do seu vizinho afegão, o país vive, desde o fim dos anos noventa, a contas com uma insurreição talibã originária das regiões
O ataque, pelos talibãs, a 16 de Dezembro, a uma escola em Peshawar e que
provocou a morte de 141 pessoas das quais 132 eram crianças, foi uma enor-
me tragédia. O Paquistão mergulha todos os dias e cada vez mais na violência,
e as condenações da classe política não mudam nada.
PAQUISTÃO A INTOLERÂNCIA E O SEU CORTEJO DE HORRORES
Superfície796.100 Km2
População196 milhões
CapitalIslamabad
Religiões
Muçulmanos: 96,5 %
Cristãos: 1,6 %
Católicos: 1,6%
Protestantes: 1,1%
Hindus: 1,9 %
Línguas Oficiais
Urdu
Inglês
Paquistão
OceanoÍndico
• China• China
• Paquistão• Paquistão
• Afeganistão• Afeganistão
• Turcomenistão• Turcomenistão• Tajiquistão• Tajiquistão
• Usbequistão• Usbequistão
• Irão• Irão
• Índia
6 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
tribais do noroeste do país, que o exército paquistanês tenta, em vão, erradicar. Mas os numerosos ataques terroristas destes últimos anos, dos quais a tragédia de 16 de Dezembro que provocou a morte de 132 crianças, provam até que ponto a insurreição está longe de ser domina-da. No dia a seguir a este massacre, D. Joseph Coutts, presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, testemunhava à AIS: “A partir de agora eles (os talibãs) não recuarão diante de nada. Temos pela frente pessoas que não têm consciência. O seu ódio é, pura e simplesmente, cego.” Afirmando que o ataque a Peshawar era a resposta dos talibãs às infracções come-tidas pelo exército paquistanês na região de Khyber e do Waziristão do Norte, perto da fronteira afegã, D. Coutts explica: “Os talibãs estão desejosos de mostrar (ao exército) que podem atingir os filhos (dos militares) e toda a sua família.” No entanto, para o Arcebispo, o massacre de Peshawar não é um sinal do crescimento
do poder militar dos talibãs. “Não penso que se trate de uma demonstração de for-ça. É mais provável que se trate de uma última tentativa de mostrar o que podem fazer.” Última tentativa ou não? Para Shuja Nawaz, especialista do Paquistão e do exército libanês, este atentado é, sem dúvida, “uma clara vingança dos talibãs contra os militares”. Para evitar outras tentativas, seria necessário, segundo o especialista, uma estratégia conjunta de militares e civis. “O país não conseguiu implementar uma política civil estrutu-rada de informação e de penetração nas redes islâmicas”, explica numa entrevista ao Figaro, em 17 de Dezembro. “Civis e militares devem unir-se para mudar, em profundidade, o cenário político a fim de eliminar, em conjunto, o terrorismo.”
OraçãoPara que a paz volte a reinar no Paquistão e a população possa viver em harmonia e livre do terrorismo, nós Te pedimos Senhor!
O último ataque
dos talibãs custou
a vida a trinta e
seis crianças.
Paquistão
7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
O perigo das leis sobre a blasfémia
A este contexto terrorista acresce a criminalidade financeira, a corrupção e o tráfico de estupefacientes. E, também, a violência da intolerância religiosa que gangrena o país. Ninguém esquece o martírio de Shahzad Masih e Shama Bibi, um jovem casal cristão acusado de blas-fémia e queimado vivo pelos islâmicos, em Novembro último. O primeiro-ministro Nawaz Sharif tinha então pedido “firme-za” na aplicação da lei a fim de “punir os que têm responsabilidade neste acto”. Duvida-se, todavia, da sinceridade das medidas tomadas.
No seu relatório bianual sobre a liber-dade religiosa, a AIS apontava o dedo ao Paquistão colocando-o entre os vinte paí-ses onde a intolerância religiosa é a mais pesada. Todavia, o fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, (1876-1948), pretendia uma república certamente islâmica, mas com respeito e liberdade
de culto para as minorias cristãs, hindus e sikhs. A mudança aconteceu nos anos oitenta, com a administração do general Zia-ul-Hak, que introduziu elementos da sharia. A partir desse momento, um incessante confronto opôs os partidários de um Estado laico, apoiado por uma elite moderna, educada e uma parte das forças armadas, aos fundamentalistas islâmicos que desejavam impor um Estado islâmi-co. Hoje, apesar da Constituição garantir liberdade religiosa total, de um modo geral, na estrutura constitucional, jurídica e política do país, as minorias religiosas não são tratadas como cidadãos com os mesmos direitos. O Islão é a religião do Estado e a sharia é livremente aplicada em alguns distritos.
Os Cristãos representam 1,6 % da popula-ção paquistanesa. Não são novos no cená-rio paquistanês uma vez que S. Tomás teria passado, no ano 52, perto de Islamabad, a actual capital. Todavia, não são geralmente bem aceites e têm muita dificuldade em
O aniversário
do Profeta
Maomé
nas ruas de
Karachi.
D. Coutts,
Arcebispo
de Karachi,
fundou a
primeira
rádio católica
do país.
Paquistão
8 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
Paquistão
aceder aos altos cargos executivos, admi-nistrativos e políticos. Na sua maior parte vivem em bairros da lata e são alvo de numerosos atentados. A comunidade cristã é igualmente vítima de conversões força-das, sobretudo as mulheres.
Para além disso, as leis “sobre a blas-fémia”, limitam a liberdade religiosa na vida quotidiana. Isso pode ir até ao ponto de “justificar” a morte, como acon-teceu com um casal cristão, linchado em Novembro último. Apesar dos apelos lan-çados, desde há muitos anos, a favor da revogação destas leis, nenhum partido político ousou jamais tocar no assunto. E compreende-se porquê. Alguns perde-ram a vida, como o governador muçul-mano do Punjabe, Salman Taseer, que tinha defendido publicamente Asia Bibi, condenada à morte em Novembro de 2010 em virtude de uma lei controversa sobre a blasfémia e hoje a aguardar a sua libertação, ou o ministro das Minorias, Shahbaz Bhatti, católico.
OraçãoPara que se respeite a liberdade religiosa no Paquistão e a lei da blasfémia seja abolida, nós Te pedimos Senhor!
Good News RadioFace a este cenário sombrio surgem
alguns laivos de esperança, como a inau-guração, no fim de Novembro de 2014, da Good News Radio (Rádio Boa Nova), a pri-meira rádio católica nascida no Paquistão. Lançada pelo Arcebispo de Karachi, D. Joseph Coutts, a Good News Radio tem por missão explicar os ensinamentos da Igreja e discutir teologia, ao mesmo tem-po que comenta as questões sociais e a actualidade. “Esperamos que as pessoas recebam em todo o país uma mensagem de esperança para melhorar a sua vida segundo os valores da paz, do amor e da harmonia”, comentou D. Coutts.
E depois há Malala. O ícone mundial do combate para a educação das raparigas. Jovem muçulmana, Malala Yousafzai tornou-se célebre em 2009 graças ao seu
A presença
de cristãos
no Paquistão
remonta à
época de S.
Tomás.
Emoção e
oração pelo
casal cristão
queimado por
“blasfémia”.
9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
blog no qual contava a vida no Paquistão sob o domínio dos talibãs e denunciava os ataques contra a educação das raparigas. Aos 15 anos é vítima de uma agressão dos talibãs, mas as duas balas na cabeça não vão, todavia, pará-la. Mais do que nunca, continua o seu combate. Em Outubro de 2013, recebe do Parlamento Europeu o prémio Sakharov para a liberdade de espí-rito e a 10 de Dezembro de 2014, em Oslo, o Prémio Nobel da Paz. Malala declarou o seu empenhamento na luta até ao dia em que vir “todas as crianças na escola”.
É importante assinalar que outras vozes corajosas se levantam a favor da liberdade. Nem todos os paquistaneses estão de acordo com a radicalização da sociedade e desenvol-vem-se grupos de diálogo inter-religioso.
Finalmente, parece que vários simpati-zantes dos talibãs ficaram indignados com os últimos massacres de crianças. Se se desviarem deste tipo de violência e esco-lherem uma outra via, então o sangue dos inocentes não terá sido derramado em vão.
OraçãoPara que a educação consiga mudar a mentalidade das novas gerações e, assim, a sociedade paquistanesa se torne mais tolerante e aberta ao Cristianismo, nós Te pedimos Senhor!
Paquistão
O Islão é a
religião de
Estado e por
isso a sharia
é aplicada.
As jovens
cristãs são
o alvo dos
islâmicos.
Conversões e casamentos forçadosTodos os anos mais de 1.000 raparigas (das quais 2/3 são cristãs e 1/3 hindus) são rap-tadas, convertidas à força ao Islão e obri-gadas a casar com um muçulmano, revela o Movimento para a Solidariedade e Paz (MSP) do qual faz parte a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão. São números que estão largamente subava-liados, prossegue o documento, dado que “um grande número de casos não é objec-to de queixa”. A maior parte das raparigas cristãs raptadas, com idades entre os 15 e os 20 anos, são oriundas de famílias pobres da província do Punjabe, onde se encontra a maioria dos dois milhões de cristãos do país.
10 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
Oração
É impossível viver sem sinais, sem símbolos. São setas orien-tadoras nas estradas da vida. O Escapulário do Carmo é um sinal aprovado pela Igreja como manifestação extrema de amor a Maria, de confiança filial nela e do compromisso de imitar a sua vida. A palavra “Escapulário” indica uma vesti-menta que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo assumiu um significado simbólico: o de carregar a cruz de cada dia, como os discípulos e seguidores de Jesus. Em algumas Ordens religiosas, como no Carmo, o Escapulário tornou-se um sinal da sua identidade e vida. O seu uso é um poderoso meio de afervorar os que vivem em estado de graça e de converter os pecadores.
No dia 16 de Julho de 1251, enquanto São Simão Stock rezava, a Virgem apareceu-lhe, trazen-do o Escapulário nas mãos, e entregou-lho, dizendo estas confortadoras palavras: “Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salva-ção, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre”. A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus. Ao usar sempre o Escapulário, estamos a fazer uma oração silenciosa, permanente e confiante a Nossa Mãe Santíssima para que não nos desampare nunca.
O Escapulário do Carmo não é um sinal de protecção mágica ou um amuleto; uma garantia auto-mática de salvação; ou uma dispensa de viver as exigências da vida cristã. Não basta, portanto, trazê-lo ao pescoço e dizer: “Estou salvo!” É preciso usar o Escapulário com recta intenção, receber os sacramentos, estar aberto a Deus e à sua vontade, e professar uma especial devoção à Santíssima Virgem. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
O ESCAPULÁRIO DO CARMO, UM SINAL MARIANO
11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Oração
Nossa Senhora, a melhor de todas as mães, quer para seus devotos filhos não somente os benefícios espirituais, mas também os temporais. Assim, quem traz o seu Escapulário recebe d’Ela uma protecção materna especial nos perigos da vida quotidiana.
O Escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote ou uma pessoa autorizada. Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez. Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo ou por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Virgem Maria. Uma vez recebi-do, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme. Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora. Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um Escapulário já benzido por algum sacerdote.
É muito significativo que na sua última aparição em Fátima, no dia 13 de Outubro de 1917, o dia do milagre do sol, a Virgem tenha aparecido vestida com o hábito carmelita e com o Escapulário na mão.
Ó Senhora do Carmo, revestido(a) do vosso Escapulário, eu vos peço que ele seja para mim sinal da vossa maternal protecção, em todas as necessidades, nos perigos e nas aflições da vida.
Acompanhai-me com a vossa intercessão, para que eu possa crescer na Fé, Esperança e Caridade, seguindo Jesus e praticando a Sua Palavra.
Ajudai-me, ó Mãe querida, para que, levando com devoção o vosso santo Escapulário, mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele, na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna. Ámen.
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO CARMO
12 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
2015 - Ano da Vida Consagrada
A Congregação das Irmãs de Nossa Senhora
da Caridade do Bom Pastor, mais conhecida
por Congregação do Bom Pastor, existe
na Igreja e no mundo desde 1835. Foi fun-
dada por Santa Maria Eufrásia Pelletier,
Religiosa da Ordem de Nossa Senhora da
Caridade do Refúgio, para onde entrou a
20 de Outubro de 1814, jovem de 18 anos.
Este nome de BOM PASTOR condensa em
si o Carisma, a Missão e a Espiritualidade.
O Bom Pastor que conhece, guarda, ali-
menta, cuida e procura uma pessoa que se
perdeu, é o modelo proposto a cada Irmã
do Bom Pastor, a cada Colaborador/a ou
Amigo/a que nela trabalhe.
CARISMAO Carisma é esta graça dada à Fundadora
e comunicada a cada Irmã do Bom Pastor:
compreender, acreditar e fazer a experiên-
cia do ardente amor de Deus pela humani-
dade, revelado na Encarnação de Seu Filho
e traduzido pela palavra “Misericórdia”
que quer dizer: “o coração inclinado
sobre a miséria.”
CONGREGAÇÃO NOSSA SENHORA DA CARIDADE DO BOM PASTOR
13Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
2015 - Ano da Vida Consagrada
ESPIRITUALIDADE
A Espiritualidade centrada na Pessoa de
Jesus Cristo, o Salvador e o Bom Pastor que
dá a vida por cada uma de nós, leva-nos a:
amar com ternura a imagem de Deus em
cada pessoa, seguindo o exemplo de Jesus
que sempre acolheu a fraqueza humana.
MISSÃOImpelidas por esta Misericórdia de Jesus
o Bom Pastor, a Congregação tem por
especial Missão: acolher e acompanhar
jovens e mulheres, com ou sem filhos,
excluídas e/ou em situação de risco, e
ir ao encontro de pessoas e famílias em
idênticas situações, como colaboradoras
da Missão Redentora da Igreja.
PRESENÇA NO MUNDOActualmente, a Congregação encontra-se
presente em mais de 74 Países, com cerca
de 3.776 membros em 516 comunidades.
É também uma organização não-gover-
namental, (ONG) com estatuto consultivo
especial, no Conselho económico e social
(ECOSOC) das Nações Unidas, no combate
ao tráfico de crianças e mulheres.
EM PORTUGAL Em Portugal somos cerca de 98 Irmãs
e 70 Leigos, da União dos Amigos da
Congregação de Nossa Senhora da Caridade
do Bom Pastor. Realizamos acções con-
cretas em favor das crianças, mulheres e
famílias às quais somos enviadas. Estamos
inseridas em 13 comunidades no continen-
te e nas ilhas. Vivemos fraternalmente em
comunidades, enraizadas na oração, no
14 Sementes de Esperança | Julho - Agosto 15
perdão e na reconciliação, privilegiamos e
aprofundamos a dimensão eucarística da
nossa vida.
Dos nossos Apostolados concretos fazem
parte: lares de acolhimento, para jovens
em situação de perigo; lares para mães
adolescentes e com filhos; vítimas de vio-
lência doméstica e exclusão social; serviço
paroquial e evangelização; intervenção
familiar; visita aos doentes; organizações
não-governamentais; trabalho em rede e
parcerias; visitas a prisões; e inserções em
bairros sociais.
2015 - Ano da Vida Consagrada
CONTACTOS
Rua Veloso Salgado nº 35 - 1600-216 Lisboa
Tel: 217 968 900
Email: [email protected]
Facebook: Irmãs do Bom Pastor (comunidade)
Site da Província Portuguesa: www.bom-pastor.org
Site internacional: www.buonpastoreint.org
15Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Actualidade
Senhor Jesus Cristo, em Vosso nome, e com o poder do Vosso Sangue Precioso, selamos cada pessoa, facto ou acontecimento através dos quais o inimigo nos queira prejudicar.
Com o poder do Sangue de Jesus, selamos toda a potência destruidora no ar, na terra, na água, no fogo, abaixo da terra, nos abismos do inferno e no mundo no qual hoje nos moveremos.
Com o poder do Sangue de Jesus, rompemos toda a interferência e acção do Maligno. Pedimos-vos, Senhor, que envieis aos nossos lares e locais de trabalho a Santíssima Virgem Maria acompanhada de São Miguel, São Gabriel, São Rafael e toda a sua corte de Santos Anjos.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos a nossa casa, todos os que a habitam (nomear cada um), as pessoas que o Senhor a ela enviará, assim como todos os ali-
mentos e os bens que generosamente nos concede para o nosso sustento.
Como o poder do Sangue de Jesus, lacramos terra, portas, janelas, objectos, paredes e pisos, o ar que respiramos e na fé colocamos um círculo do Vosso Sangue ao redor de toda a nossa família.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos os lugares onde vamos estar nes-te dia e as pessoas, empresas e instituições com quem vamos tratar.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos o nosso trabalho material e espi-ritual, os negócios da nossa família, os veículos, as estradas, os ares, as
ruas e qualquer meio de transporte que haveremos de utilizar.
Com o Vosso Preciosíssimo Sangue, lacramos os actos, as mentes e os corações da nossa Pátria a fim de que a Vossa paz e o Vosso Coração por fim nela reinem.
Nós Vos agradecemos, Senhor, pelo Vosso Preciosíssimo Sangue, pelo qual nós fomos salvos e preservados de todo mal. Ámen.
PEREGRINAÇÃO NACIONALA Fundação AIS tem a honra de convidar todos os seus amigos e benfeitores a participarem na Peregrinação Nacional que terá lugar no jardim da casa das Irmãs da Aliança de Santa Maria, em Fátima, dia 13 de Setembro (Domingo).
DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO: 31 de Agosto de 2015 NOTA: O almoço será partilhado. No final, haverá uma colecta para apoiar e agradecer às Irmãs o acolhimento.Informamos também que há alguns quartos disponíveis na Domus Carmeli para a noite de 12-13 de Setembro.Caso esteja interessado, por favor, entre em contacto connosco:
Tel. 21 754 40 00 (de 2ª a 6ª feira, das 09h00 às 18h00) ou [email protected] Queremos celebrar consigo. Este convite é extensível aos seus familiares e amigos.CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA NESTE DIA ESPECIAL!
CONSAGRAÇÃO AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS
“’Nesta pergunta de Nossa Senhora – diz a Irmã Lúcia – vejo como Deus respeita o dom da liber-dade que nos deu e não força a que aceitemos uma Missão especial, que Ele queira confiar-nos.’ Assim procedeu com Nossa Senhora, mandando-Lhe o Anjo a perguntar se aceitava ser Mãe do Messias. É a imensa delicadeza com que Deus trata as Suas humildes criaturas e respeita os dons com que as favoreceu. Não quer ser servido por força, mas por amor, porque Deus é amor e só o que se faz por amor a Ele e ao próximo por Ele é que Lhe agrada e por Ele é aceite e tem valor na Sua presença. (…)
Tal como os pastorinhos, assim nós devemos colabo-rar também para completarmos o que ainda falta da grande obra redentora.”
256 páginas
QUEREIS OFERECER-VOS A DEUS?
TRua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOAel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304
[email protected] • www.fundacao-ais.pt
SEMENTES DE ESPERANÇA - Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
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REDACÇÃO E EDIÇÃO
FONTEFOTOS
CAPAPERIODICIDADE
IMPRESSÃOPAGINAÇÃO
DEPÓSITO LEGALISSN
Fundação AIS Catarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix LunguL’Église dans le monde – AIS França© AIS; © Magdalena Wolnik
A Assunção de Nossa Senhora11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/122182-3928
Isento de registo na ERC ao abrigo do Dec. Reg. 8/99 de 9/6 art.º 12 n.º 1 A
O P. Luís Kondor deixou-nos, como testa-mento espiritual, a sua interpretação daqui-lo que Nossa Senhora transmitiu aos três Pastorinhos, na Cova da Iria, e posteriormen-te à Ir. Lúcia. Para ele, o núcleo da Mensagem de Fátima é a exigência da reparação.
Destaque
Escapuláriodo Carmo
Cód. LI054€ 10,00
OFERTA