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SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS
SEMMA
2ª Edição, Águas Lindas de Goiás – GO, 2015.
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SEMMA
COORDENAÇÃO
Secretaria Municipal de Meio Ambiente Lúcio Mauro Rodrigues Secretário Secretaria Municipal de Educação Silvério Corrêa dos Santos Secretário
EQUIPE TÉCNICA Janaína Nunes de Araújo Santos Bióloga e Perita Ambiental Analista Ambiental Secretaria de Municipal Meio Ambiente Leandro Gomes de Sousa Eng.º Ambiental Analista Ambiental Secretaria Municipal de Meio Ambiente Taynara Camilo de Macedo Eng.ª Agrônoma Analista Ambiental Secretaria de Municipal Meio Ambiente Alberto Damião L. de Souza Assessor para assuntos pedagógicos Secretaria Municipal de Educação
ESCOLAS PARTICIPANTES Escola Municipal Antonio Luiz Gonzaga Francisca Ferreira da Silva Escola Municipal Kennedy Marisol de Matos Garcia Escola Municipal Itamaracá Chayene Lelis Florêncio Escola Municipal Padre Lúcio Eliane Pereira da Silva Almeida Escola Municipal Maristela Regina James Pereira dos Santos Escola Municipal Maria do Livramento Janice José Araujo Escola Municipal Camargo II José Flavio Leite Nóbrega Escola Municipal Senador Emival Liadia Oliveira Araujo Escola Municipal Ednalda Guedes Lucimar Soares da Silva Escola Municipal Acelina Alves Márcia Regina Neres Escola Municipal Coimbra Maria Rosilene Alves Escola Municipal Meg Luz Neide Martins Gonzaga Escola Municipal Erika Flavia Quezia Alves Fernandes de Melo Escola Municipal Jardim Querência Suely Martins Soares Escola Municipal Perola II Valdevino Gomes da Silva Escola Municipal Roberto Alves Yone de Miranda Castro Escola Municipal Jardim América Zélia Maria Macedo Vaz Escola Municipal Ana Lucia Oliveira da Silva Natalícia Maria Pereira Leite Instituto Federal de Ciência de Tecnologia do Estado de Goiás – Campus IFG
COLABORAÇÃO
Instituto Franciscano Ambiental Internacional Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças – CNPH
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INDICE
1. INTRODUÇÃO..................................................................................01
2. CONTEXTO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO.......................................02
3. O QUE É RECICLÁGEM?.................................................................07
4. PORQUE RECICLAR?......................................................................08
5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM DOS RESÍDUOS..............11
6. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS........................14
7. COLETA SELETIVA..........................................................................19
8. DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS COLETADOS NO PROGRAMA...21
9. BOAS PRATICAS NO ÂMBITO ESCOLAR......................................21
10. ATIVIDADES SUGERIDAS...............................................................22
11. LEVANTAMENTO DE DADOS.........................................................24
ANEXO
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 1
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1 - INTRODUÇÃO
O Brasil, desde o seu descobrimento sempre foi notado por sua
incrível beleza e pela exuberância de sua fauna e flora, que com o passar do
tempo serviu de inspiração para obras de arte e estudos científicos sobre essa
imensa diversidade. Ao longo da história transformou-se de um país
essencialmente rural para um país urbano-rural em que a maioria da população
se deslocou do interior para as cidades, ocasionando assim um grande
crescimento populacional nas grandes cidades, como nas áreas circundantes a
elas.
Por conta deste grande crescimento, foi acentuada a preocupação
com a manutenção e a utilização dos recursos naturais, renováveis e não
renováveis, dos quais o Brasil dispõe. Foi inserido no contexto de políticas
sociais, o viés ambiental tendo um de seus alicerces na Constituição Federal
de 1.988, em seu artigo 225, em que institui:
“o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida”, atribuindo ao Estado em seu
§ 1º inciso VI, o dever de “promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para preservação do
meio ambiente”.1
Iniciativas no âmbito legislativo foram instituídas de modo que
atendesse a esses intentos, dentre estas, esta a Lei 12.305, de 2 de Agosto de
2010, na qual ficou instituída a “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, que
retrata de maneira ampla as diversas ferramentas para a destinação de
resíduos sólidos produzidos nos centros urbanos e rurais, com todas as suas
1 Artigo 225§ 1, Constituição Federal de 1.988;
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peculiaridades inerentes, bem como as diretrizes para as leis municipais de
resíduos sólidos.
Algumas das ferramentas apontadas nesta lei são: a coleta seletiva
de resíduos sólidos, reciclagem e a educação ambiental, sendo essas
premissas da Lei municipal nº 1021/12, na qual foi instituída a Política
Municipal de Resíduos Sólidos e estabelece as diretrizes para a elaboração do
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos;
Segundo a Lei 12.305/10, RECICLAGEM consiste no processo
de transformação dos resíduos sólidos em suas propriedades físicas, físico-
químicas ou biológicas com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes2. Segundo a Lei 9.795/99, que dispõem sobre a Educação
Ambiental e institui a Politica Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências.
"Entendem-se por educação ambiental os processos por
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a
qualidade de vida e sua sustentabilidade."3
Coleta seletiva segundo a Lei 12.305/10 é caracterizada pela coleta
de resíduos sólidos previamente segregados conforme a sua constituição ou
composição.4
Os conceitos abordados possuem entre si uma ligação de
reciprocidade já que para o perfeito andamento do programa é necessário que
2 Lei nacional n°12.305/10- Politica Nacional de Resíduos Sólidos; 3 Lei 9.795/99 Dispõe sobre a educação ambiental e institui a Politica Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências; 4 Lei nacional n° 12.305/10 – Politica Nacional de Resíduos Sólidos;
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todos sejam desenvolvidos de maneira satisfatória. As ferramentas de
aplicação da Lei 1021/12, são as bases para a criação do trabalho com
educação ambiental no município de Águas Lindas de Goiás- GO, Ficando,
instituído na Lei 1021/12, Art. 40 § 1º:
“Caberá á Secretaria Municipal de Educação, em
conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente,
administrar o programa de Educação Ambiental em todas
as escolas do Município, podendo para tanto, firmar
parcerias com organizações não governamentais
incluindo associações de pais, mestres e grêmios
estudantis.”5
Tendo em vista que a coleta seletiva e a reciclagem são os produtos
obtidos quando a educação ambiental é desenvolvida, considerando assim a
interdisciplinaridade e a multiplicidade de frentes de trabalho. A educação
ambiental deve ser trabalhada de maneira sistêmica e cíclica nas escolas, de
modo que interligue as disciplinas presentes nas grades curriculares com foco
na conscientização dos alunos, visualizando de maneira ampla, as interações
dos saberes aprendidos, que irão favorecer de maneira direta a melhora na
vida social, ambiental e econômica de todos os envolvidos.
Para a aplicação da referida lei foi criado o Programa Educação Ambiental nas Escolas, no qual serão trabalhadas de maneira integrada as
frentes de educação ambiental nas escolas diretamente com os professores e
alunos, a coleta seletiva e a reciclagem dos materiais recolhidos com a
colaboração da cooperativa dos catadores.
5 Lei municipal n° 1021/12 – Institui a Politica Municipal de Resíduos Sólidos e estabelece as diretrizes para elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
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2 - CONTEXTO AMBIENTAL DO MUNICIPIO
A cidade de Águas Lindas
de Goiás-GO foi criada por força
da Lei nº 12.797 de 27 de
dezembro de 1995, no qual
“Dispõe sobre a criação do Município
de Águas Lindas de Goiás e dá outras
providências.”6
Foram estabelecidos os
limites atuais do município, que até
então era distrito da cidade de
Santo Antônio do Descoberto – GO.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
no censo divulgado de 2010, descreveu que para o ano de 2014, a população
estimada de Águas Lindas de Goiás, seria de 182.526 habitantes, com área de
unidade territorial de 188, 385 Km²; Densidade demográfica (hab/Km²) 846,02.
O município possui duas unidades de conservação (UCs) em seu
território, registradas por lei sendo estas: Área de Proteção Ambiental da Bacia
do Rio Descoberto – APARD, instituída pelo Decreto nº 88.940, de 07 de
Novembro de 1983, no qual
“Dispõe sobre a criação das Áreas de Proteção Ambiental
das Bacias dos Rios São Bartolomeu e Descoberto, e dá
outras providências.” 7
6 Lei nº 12.797 de 27 de dezembro de 1995, no qual “Dispõe sobre a criação do Município de Águas Lindas de Goiás e dá outras providências.” 7 Decreto nº 88.940, de 07 de Novembro de 1983, no qual “Dispõe sobre a criação das Áreas de Proteção Ambiental das Bacias dos Rios São Bartolomeu e Descoberto, e dá outras providências.”
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Possui área total de 41.064 ha. Estando dividido entre os estados de Brasília e
Goiás, sendo a porcentagem por municípios a seguinte: Águas Lindas de
Goiás: 15%, Padre Bernardo: 5%%,Brazlândia: 67% ,Ceilândia: 10% e
Taguatinga: 7%.
A outra unidade de conservação existente no município é o Parque
Estadual do Descoberto – PED, instituído pelo Decreto nº 6.188, de 30 de
Junho 2005. Onde,
“Cria o Parque Estadual do Descoberto e dá outras
providências.” 8
Localizado inteiramente no município de Águas Lindas de Goiás – GO possui
extensão territorial de 1.935,6 hectares.
As (UCs) foram criadas com o objetivo de preservar o bioma Cerrado,
presente na área, bem como a proteção dos corpos hídricos que compõe a
barragem do rio Descoberto que segundo a Companhia de Saneamento
Ambiental do Distrito Federal (CAESB) as cidades beneficiadas pelo
abastecimento de água são Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Águas
Claras, Samambaia, Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Gama, Santa
Maria, Núcleo Bandeirante, Park Way, Guará e Candangolândia, com vazão
média de 4.451 l/s.9
Ambas UCs possuem em sua extensão faixas de Cerrado, Mata de
Galeria; Cerrado Típico, Vereda, Campo Limpo, Campos de Murundus, Campo
Sujo e Campo Rupestre.
Ressaltando que segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) o
Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de
2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional.
8 Instituído pelo Decreto nº 6.188, de 30 de Junho 2005. Onde “Cria o Parque Estadual do Descoberto e dá outras providências.” 9 CAESB: http://www.caesb.df.gov.br/agua/unidades-de-tratamento8.html
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Considerado como um hotspots mundial de biodiversidade, o Cerrado
apresenta extrema abundância de espécies endêmicas. Do ponto de vista da
diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais
rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas.
Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna
compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200 espécies),
répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados.10
3 - O QUE É RECICLAGEM?
O ato de transformar algo que perdeu a sua utilidade inicial em outra
com aplicabilidade diferente da pensada originalmente, é um comportamento
que acompanhou a humanidade ao longo de sua evolução, sendo comum no
dia a dia das sociedades familiares como, por exemplo: a transformação do
óleo vegetal utilizado no preparo de alimentos para a formação de produção
como sabão, detergente, glicerina e biodiesel. Observando a transformação
física de um resíduo que inicialmente seria descartado no meio ambiente,
causando danos graves ao meio ambiente e contaminando os corpos hídricos,
será utilizado com nova finalidade, contribuindo de maneira direta para o
equilíbrio ambiental e para a economia dos agentes inseridos. Vários foram os setores beneficiados por essas medidas, como por
exemplo, a coleta de materiais recicláveis feito pelas cooperativas de catadores
que além do ganho ambiental de resíduos que deixam de poluir a natureza,
ocorre o ganho econômico e social em decorrência da venda dos produtos
obtidos após a reciclagem destes resíduos.
São vastos os conhecimentos aplicados nesta vertente para utilizar,
reutilizar e manter os recursos renováveis e não renováveis do país. O termo 10 Ministério do Meio Ambiente - 2010
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reciclagem passou a ser mais difundido nas últimas décadas do século XX,
onde a preocupação ambiental tomou proporções mundiais, sendo o conceito
mais difundido nacionalmente o estabelecido pela Lei nº 12.305 de 02 de
Agosto de 2010. O ato de reciclar e reutilizar tornou-se ferramenta necessária
para as cidades brasileiras, com aumento populacional ocorreram grandes
benefícios para a sociedade como a geração de empregos e renda, melhora
nas condições de saúde, educação e expectativa de vida, no entanto, por outro
lado com esse grande número de habitantes é inevitável o aumento no resíduo
produzido, que nem sempre recebe a destinação correta.
Para a correta destinação destes resíduos, algumas ferramentas
devem ser aplicadas como:
Educação ambiental: “entende-se por Educação Ambiental
os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade.”11
Coleta seletiva: “Trata-se de um tipo de tratamento dado ao
resíduo, que começa na fonte geradora com a segregação ou
separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos; em
seguida com a sua disposição para a sua destinação, que
poderá ser disposta na porta de sua residência,
estabelecimento comercial ou indústria, para posterior coleta
porta-a-porta realizada pelo poder público ou por catadores, por
entrega voluntária a pontos de entrega voluntária ou a
cooperativas de catadores.”12
11; Lei 9.795/99 Dispõe sobre a educação ambiental e institui a Politica Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências; 12Ministério do Meio Ambiente (MMA)– Cidades Sustentáveis, 2010
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Reciclagem: “processo de transformação dos resíduos sólidos
que envolve a alteração de suas propriedades físicas,
físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em
insumos ou novos produtos, observadas as condições e os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes.”13
Portanto, para o crescimento ambiental de uma sociedade, devem
ser observados os princípios da sustentabilidade com o objetivo que atenda as
necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades. Sendo de extrema
importância a participação de todos para que o objetivo maior de preservação
do meio ambiente seja alcançado.
4 - POR QUE RECICLAR?
O ato de reciclar reflete diretamente a preocupação do indivíduo com
o futuro do ambiente em que está inserido, evidenciado pela necessidade de
agir localmente e pensar globalmente, já que o resultado obtido em lugares
pontuais reflete em todo o contexto global. A reciclagem gera economia de
matérias-primas, água e energia. Acrescentando diretamente a geração de
emprego e renda.
Medidas simples que podem ser aplicadas para fazer a mudança no
cenário ambiental, são baseadas nos 3Rs:
REDUZIR: Aderir a produtos que não tenham muitas embalagens, por
exemplo dar preferência a embalagens que usem refil;
RECICLAR: Reaproveitar o material para outra finalidade, por exemplo,
utilizar potes de vidro para armazenar materiais de escritório e etc;
13Lei nacional n° 12.305/10 – Politica Nacional de Resíduos Sólidos;
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REUTILIZAR: Dar utilidade para um produto que poderia vir a ser
resíduo, criando novas aplicações, por exemplo: a reforma de móveis e
eletro domésticos.14
A indústria da reciclagem de PET no Brasil é uma das mais
desenvolvidas no mundo. Conta com alto índice de reciclagem e uma enorme
gama de aplicações para os materiais reciclados criando uma demanda
constante e garantida.
Segundo a Associação da Indústria Brasileira de Produção de PET
(ABIPET), 2014 o Brasil é recordista mundial em reciclagem de latas de
alumínio (89% em 2003, contra 50% em 1993). A reciclagem de papel subiu de
38,8% em 93 para 43,9% em 2002. 15
A reciclagem é uma atividade de extrema importância que além do
caráter ambiental inerente, aumenta o ciclo de vida e de utilização de materiais
sendo uma forte geradora de divisas para o país.
3.1 Doenças que podem ser evitadas pela separação correta do lixo
Os resíduos produzidos pela sociedade quando não armazenados
e/ou destinados corretamente, podem ocasionar danos diretos ao meio
ambiente, como a poluição e contaminação do solo e dos lençóis freáticos.
Desta forma a população é prejudicada em decorrência do aumento na
incidência de pragas urbanas tais como: baratas, ratos, escorpiões, moscas
ocasionando o aumento da incidência de doenças. Esses agentes atraídos aos setores urbanos devido ao acúmulo e/ou
armazenamento incorreto de resíduos orgânicos ou não, em terrenos baldios e
nos quintais das casas, proporciona o aumento da população desses agentes e
algumas das doenças relacionadas são: a febre tifóide, peste bubônica, tifo,
14Ministério do Meio Ambiente (MMA), Responsabilidade Social – Principio dos 3Rs; 15Associação da Indústria Brasileira de Produção de PET (ABIPET), - 9° Censo - 2014
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dengue, chicungunha, leptospirose, além de alergias, infecções intestinais e
outras doenças.
A diminuição nestas situações pode ser obtida a partir da mudança
de atitude, cada cidadão para que aja de forma consciente, como por exemplo
separando seus resíduos em orgânico, reciclável e não reciclável. O orgânico e
o não reciclável podem ser direcionados aos aterros controlados enquanto que
os recicláveis devem ser enviados a um local adequado para reaproveitamento.
3.2 Inserção Social dos catadores
Os catadores de materiais recicláveis são grandes parceiros para a
promoção da reciclagem. Atuam há muito tempo, mesmo antes da
institucionalização da coleta seletiva. Exercendo atividade de extrema
relevância que permite a classificação e a destinação correta dos resíduos,
possibilitando a economia de recursos naturais e a geração de renda oriunda
dos resíduos reciclados. Cabendo ao Estado:
Lei 1021/12 Art. 6, III “Incentivo a criação e no
desenvolvimento de cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis.”
Segundo o MMA, no Brasil, a estimativa é de que existam 600 mil
catadores de materiais recicláveis, que, além de garantir o sustento de suas
famílias com a separação dos resíduos, prestam um importante serviço
ambiental para toda a sociedade, na medida em que são os maiores
responsáveis pela reciclagem no país.
A atividade de separação destes resíduos exercida pelos catadores,
influência diretamente na diminuição nos gastos públicos com o sistema de
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limpeza pública, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, diminui a demanda
por recursos naturais, e fomenta a cadeia produtiva das indústrias recicladoras
com geração de trabalho e renda. Tornando-se uma parceria produtiva para
todos envolvidos.
3.3 Preservação do meio ambiente
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas
(SEBRAE), o Brasil gera diariamente 183 mil toneladas de resíduos sólidos. O
trabalho de coleta feito pelos catadores possibilita um número maior de
resíduos a serem reciclados e diminui diretamente os impactos que estes
materiais causariam na natureza, com a decorrente diminuição da utilização de
insumos como petróleo, água e energia, tendo em vista que a energia gasta
para a retirada destas matérias primas da natureza é maior do que para reciclá-
las.
5 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM DO RESÍDUO
O resíduo é classificado conforme a sua origem. Com base nesta
classificação é possível identificar se é ou não reciclável.
Lixo Público: Gerado nas vias públicas, repartições públicas, limpeza de áreas
de feiras livres e córregos. Lixo Domiciliar: Gerado das atividades residenciais, sendo composto por uma
grande quantidade de matéria orgânica. Exemplos: restos de alimentos,
produtos deteriorados, revistas, embalagens, papel higiênico, entre outros.
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Lixo Comercial: Gerado pelas diferentes atividades comerciais e de serviços,
como por exemplo, lojas, supermercados, bancos, hotéis, restaurantes e bares.
Em sua composição estão objetos como papéis, plásticos, restos de alimentos
e embalagens.
Lixo dos Serviços de Saúde: Gerado das atividades desenvolvidas em
hospitais, postos de saúde, clínicas, laboratórios, ambulatórios, consultórios
odontológicos, farmácias e clínicas veterinárias. Sua composição é bem
variada – resíduos sépticos, seringas, agulhas, bisturis, ampolas, materiais
radioativos, etc. Esse lixo deve ter destinação e tratamento exclusivo, pois, em
contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico, poderão ser
vetores de várias doenças.
Obs.: Nos resíduos originados nos serviços de saúde devem ser manipulados por pessoas e empresas especializadas para a correta destinação. Lixo Industrial: Gerado pelos diversos segmentos do setor industrial. Sua
composição varia de acordo com o tipo de indústria, podendo ser formado por
cinzas, lodos, resíduos alcalinos ou ácidos, papéis, plásticos, metais, vidros,
cerâmica, borracha, madeira, entre ouros. Conforme o segmento industrial, os
resíduos gerados se enquadram em outras classificações, como, por exemplo,
lixo especial.
Obs.: os resíduos industriais que possuam algum grau de periculosidade devem ser destinados conforme a legislação vigente.
Lixo Especial: Gerado por resíduos da algumas atividades industriais. Sua
composição é diversificada – embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, etc.
Esses resíduos devem receber tratamento, manipulação e transporte
específico.
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Obs. Para tais resíduos se aplica a logística reversa, na qual o comércio ou indústria que os vende é responsável por sua coleta após á utilização, bem como destinação final correta.
Lixo Radioativo: Resíduo resultante de rejeitos radioativos, composto de
urânio enriquecido com isótopo atômico 235. Esse lixo é extremamente
perigoso, havendo, portanto, a necessidade de ser enterrado em local com a
devida estrutura de tratamento e segurança.
Lixo Espacial: Lixos oriundos de objetos lançados pelo homem no espaço.
Composto por peças de foguetes e satélites artificiais.16
Com base na classificação feita em relação à origem também se fez
necessária a classificação segundo o grau de periculosidade do resíduo, sendo
instituída pela Associação Nacional de Normas Técnicas (ABNT),
NBR10004/2004.
a) Resíduos de Classe I – Perigosos: O resíduo é classificado como
Classe I se apresentar risco à saúde pública e risco ao meio ambiente. Nesta
classificação encontram-se os resíduos gerados nos serviços de saúde.
Possuem característica de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade.
b) Resíduos Classe II – Não Perigosos (II A – não inertes e II B –
inertes);
b.1) Resíduos classe II A – Não inertes: resíduos sólidos ou
misturas de resíduos sólidos que não se enquadram na classe I – perigosos ou
na classe II;
B – inertes, podendo ter propriedades como combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade em água.
16Plano Nacional de Resíduos Sólidos- Versão Preliminar, 2010;
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b.2) Resíduos classe II B – Inertes: resíduos sólidos ou misturas de
resíduos sólidos que, quando amostrados e submetidos a um contato dinâmico
estático com a água destilada ou deionizada à temperatura ambiente, não
apresentem nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspectos
cor,turbidez, dureza e sabor.17
6 - CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS
A destinação final dos materiais a serem trabalhados, é feita com
base em suas características físicas e químicas, que serão determinantes para
a sua classificação final como sendo reciclável. Pode ser transformado em
outro bem e não reciclável. Materiais que por conta de sua utilização anterior
não podem ser utilizados para a reciclagem, vale ressaltar que:
- Reciclável é diferente de reciclado: Reciclável indica que o material pode
ser transformado em outro novo material. Reciclado indica que o material já foi
transformado. Algumas vezes, o material que foi reciclado pode sofrer o
processo de reciclagem novamente. Certos materiais, embora recicláveis, não
são aproveitados devido ao custo do processo ou à falta de mercado para o
produto resultante.18
- Reciclar é diferente de separar: Reciclar consiste em transformar materiais
já usados em outros novos, por meio de processo industrial ou artesanal.
Separar é deixar fora do lixo tudo que pode ser reaproveitado ou reciclado. A
separação ou triagem do lixo pode ser feita em casa, na escola ou na empresa.
17Associação Nacional de Normas Técnicas (ABNT), NBR10004/2004- Classificação de Resíduos Sólidos; 18Secretaria de Meio Ambiente do Estado São Paulo – Projeto de Educação Ambiental nas Escolas – 2ª Edição 2013;
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 15
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É importante lembrar que a separação dos materiais de nada adianta se eles
não forem coletados separadamente e encaminhados para a reciclagem
5.1 - Classificação dos materiais, quanto à destinação:
CUIDADOS ESPECIAIS (PAPÉIS): Devem estar secos, limpos (sem gordura,
restos de comida, graxa), de preferência não amassados. As caixas de papelão
devem estar desmontadas por uma questão de otimização do espaço no
armazenamento.19
Tabela 1: diferenciação entre os papeis recicláveis e não recicláveis.
Obs.: * - produto que pode ser reciclado dependendo de tecnologia especifica; ** - produto que seu descarte deve ser feito com base na logística reversa,
19 www.lixo.org.br<classifcaçãoderesiduos>
PAPEL
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
FOLHAS E APARAS DE PAPEL ADESIVOS JORNAIS ETIQUETAS LIVROS FITA CREPE
CAIXAS DE PAPELÃO PAPEL CARBONO REVISTAS FOTOGRAFIAS
FORMULÁRIOS PAPEL TOALHA CARTOLINAS PAPEL HIGIÊNICO
RASCUNHOS ESCRITOS PAPÉIS ENGORDURADOS FOTO CÓPIAS PAPÉIS METALIZADOS
FOLHETOS PAPÉIS PARAFINADOS IMPRESSOS EM GERAL PAPÉIS PLASTIFICADOS
TETRA PAK GUARDANAPOS
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CUIDADOS ESPECIAIS (METAL): Devem estar limpos e se possível, reduzidos a um menor volume.20 Tabela 2: diferenciação entre os metais recicláveis e não recicláveis.
Obs.: * - produto que pode ser reciclado dependendo de tecnologia especifica; ** - produto cujo descarte deve ser feito com base na logística reversa,
CUIDADOS ESPECIAIS (PLÁSTICO): Potes e frascos limpos, sem resíduos
para evitar animais transmissores de doenças próximos ao local de
armazenamento.21
Tabela 3: diferenciação entre os plásticos recicláveis e não recicláveis
.Obs.: * - produto que pode ser reciclado dependendo de tecnologia especifica; ** - produto cujo descarte deve ser feito com base na logística reversa,
20www.lixo.org.br<classifcaçãoderesíduos> 21www.lixo.org.br<classifcaçaoderesiduos>
METAL
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
LATAS DE ALUMINIO CLIPES * LATAS DE AÇO, SARDINHA E MOLHO DE
TOMATE GRAMPOS * FERRAGENS ESPONJA DE AÇO
CANOS LATAS DE TINTA OU VENENO ** ESQUADRILHAS PILHAS**
ARAME BATERIAS**
PLÁSTICO
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
TAMPAS DE GARRAFAS CABO DE PANELA POTES DE ALIMENTOS TOMADAS
GARRAFAS PET ADESIVOS GARRAFAS DE ÁGUA MINERAL ESPUMA
RECIPIENTES DE LIMPEZA TECLADO DE COMPUTADOR * HIGIENE ACRILICOS *
PVC SACOS PLÁSTICOS
BRINQUEDOS BALDES
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CUIDADOS ESPECIAIS (VIDRO): Devem estar limpos e sem resíduos. Podem
estar inteiros ou quebrados. Se quebrados devem estar embalados em papel
grosso (jornal ou craft).22
Obs.: * - produto que pode ser reciclado dependendo de tecnologia especifica; ** - produto cujo descarte deve ser feito com base na logística reversa,
5.2 - Tempo de decomposição:
Obs.: O tempo de decomposição descrito acima varia conforme a fonte consultada, em decorrência da situação climática a qual o material em questão foi submetido.23
22www.lixo.org.br<classficaaoderesiduos> 23Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2012.
VIDRO
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
POTES DE VIDRO ESPELHOS COPOS LÂMPADAS **
GARRAFAS CERÂMICA EMBALAGENS DE MOLHO PORCELANA
FRASCOS DE VIDRO CRISTAL AMPOLAS DE MEDICAMENTO **
PAPEL DE 3 Á 6 MESESPANOS DE 6 MÊS A 1 ANO
FILTRO DE CIGARRO MAIS DE 5 ANOSMADEIRA PINTADA MAIS DE 15 AANOS
NAILON MAIS DE 20 ANOSMETAL MAIS DE 100 ANOS
ALUMINIO MAIS DE 200 ANOSPLÁSTICO MAIS DE 400 ANOS
VIDRO MAIS DE 1.000 ANOSBORRACHA INDETERMINADO
TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS RESIDUOS
Tabela 5: tempo de decomposição dos resíduos,
Tabela 4: diferenciação entre os vidros recicláveis e não recicláveis.
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5.3 – Curiosidades:
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012.
5.4 - O que não pode ser reciclado:
Alguns materiais uma vez utilizados dependendo das
características físicas e químicas, como também a sua destinação
original quando foi fabricado podem não ser reutilizados e/ou
reciclados, podendo ser, em decorrência de falta de tecnologia
local para a reciclagem deste resíduo ou a falta de mercado consumidor destes
itens como, por exemplo: fraldas descartáveis, esponja de aço, lâmpadas entre
outros.
5.5 - Materiais cuja destinação deve ser em locais específicos:
Certos tipos de materiais como baterias e pilhas
possuem em seu interior elementos químicos que não são
biodegradáveis, fato este que as tornam poluidoras tóxicas ao
meio ambiente. Seu descarte deve ser feito separadamente do
01 tonelada de papel reciclado evita o corte de 15 a 20 árvores, economiza 50% de energia
elétrica e 10 mil m³ de água.
01 tonelada de alumínio reciclado evita a extração de 05 toneladas de minério. 100 toneladas
de aço reciclado poupam 27 kWh de energia elétrica e 05 árvores usadas como carvão no
processamento de minério de ferro.
100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 01 tonelada de petróleo.
01 tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia.
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lixo orgânico e do reciclável. As pilhas e baterias devem ser acondicionadas
separadamente de modo que seja evitado que elas amassem, rompam ou
entrem em contado direto com a água e o solo.
Esses materiais devem ser destinados aos fabricantes que devido à
periculosidade ambiental de seus produtos são responsáveis pela logística
reversa, ou seja, receber de volta o produto vendido e dar a destinação final
correta a ele após a sua utilização.
7 - COLETA SELETIVA
O conceito de coleta seletiva é definido como coleta de resíduos
sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição,
consistindo em um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, como:
papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos. Previamente separados na fonte
geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados.
A coleta seletiva e a reciclagem de resíduo têm um papel muito
importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-
primas que foram retiradas da natureza e que após a sua transformação e/ou
adequação no sistema de reciclagem pode ser reinserida na cadeia produtiva,
sendo benéfica pra todos os envolvidos, de maneira que a educação ambiental
da população, em consonância com a coleta seletiva e a reciclagem, todos os
agentes envolvidos são beneficiados pela diminuição dos resíduos deixados
nas ruas e terrenos baldios; no decréscimo no índice de poluição ambiental e
visual; na diminuição dos casos de doenças correlacionadas ao acúmulo de
resíduos em recipientes descartados.
Além dos importantes aspectos ambientais citados, a melhora nos
setores econômicos e sociais também é evidente, tendo em vista que os
materiais coletados das ruas favorecerá, a participação popular na mudança de
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 20
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atitude das comunidades em que estão inseridas, bem como a melhoria
econômica decorrente dos produtos obtidos através das materiais separados
para a reciclagem feito pelas cooperativas.
O sistema de cores para a classificação dos resíduos, estabelecido
pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 275 de
25 de Abril de 2001, ficando instituído o padrão:
Fonte: CONAMA nº 275 de 25 de Abril de 2001,
A classificação por cores dos resíduos coletados visa facilitar a
identificação por parte dos moradores na hora da separação de seus resíduos, bem como a facilitar o trabalho das equipes na hora da coleta.
Modelos de lixeiras com a separação por cores CONAMA nº 275/01:
A separação correta dos materiais
possibilita a sua correta destinação
e possível reciclagem.
AZUL PAPEL/PAPELÃO LARANJA RESIDUOS PERIGOSOS
VERMELHO PLÁSTICO BRANCO RESIDUOS AMBULATORIAISE DE SERVIÇOS DE SAÚDE
VERDE VIDROROXO RESIDUOS RADIOATIVOS
AMARELO METALMARROM RESIDUOS ORGÂNICOS
PRETO MADEIRACINZA RESIDUO GERAL NÃO RECICLÁVEL,
, MISTURADO OU CONTAMINADONÃO PASSIVÉL DE SEMPARAÇÃO.
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 21
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Outra alternativa para a coleta é a separação simples do lixo
orgânico e o reciclável feita por lixeiras comuns destinada a materiais
recicláveis.
Imagens fonte: www.lixo.org.br<classificaçãoderesiduos>
Obs. A escolha do tipo de lixeira a ser utilizado na separação dos resíduos, deve ser com base na situação do local onde este procedimento esta sendo implementado.
8 - DESTINAÇÃO DOS RESIDUOS COLETADOS NO PROGRAMA
A destinação final do material separado levará em conta a sua
classificação quanto aos critérios de reciclável ou não reciclável, A destinação
dos materiais pode ser feita em:
7.1 Centro de triagem: materiais previamente separados na coleta
seletiva.
7.2 Aterro controlado: materiais não apropriados para a reciclagem.
9 - BOAS PRATICAS NO ÂMBITO ESCOLAR As boas praticas no ambiente escolar consistem na mudança simples de
hábitos cotidianos que interferem como a diminuição de utilização de produtos
industrializados que possuam muitas embalagens não reaproveitáveis, dando
lugar a produtos e alimentos menos industrializados.
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 22
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Essas adaptações do cotidiano das escolas podem ser estendidas a outros
setores como:
- Utilização de copos para uso cotidiano, diminuindo assim a utilização
de copos descartáveis;
- Colocação nos Bags de coleta, as caixas que transportam a merenda
escolar;
- Colocação nos Bags das embalagens de lanches dos alunos e
professores descritas neste programa como sendo recicláveis;
- Impressão de atividades quando possível em frente e verso;
- Não lançar nas ruas água proveniente de atividade domésticas e/ou
comerciais e quando necessário comunicar os órgãos competentes sobre a
ocorrência do mesmo.
10 - ATIVIDADES SUGERIDAS
Para o aproveitamento de espaços vazios nas escolas algumas
atividades podem ser desenvolvidas tais como:
8.1 Compostagem: Consiste na "reciclagem dos resíduos
orgânicos": é uma técnica que permite a transformação de restos orgânicos
(sobras de frutas e legumes e alimentos em geral, podas de jardim, etc) em
adubo. É um processo biológico que acelera a decomposição do material
orgânico, tendo como produto final o composto orgânico.
A compostagem é uma forma de recuperar os nutrientes dos
resíduos orgânicos e levá-los de volta ao ciclo natural, enriquecendo o solo
para agricultura ou jardinagem. Além disso, é uma maneira de reduzir o volume
de lixo produzido pela sociedade, destinando corretamente um resíduo que se
acumularia nos lixões e aterros gerando mau-cheiro e a liberação de gás
metano. 24
8.2 Plantio de árvores: Plantio de espécies nativas do cerrado, trás
grande beneficio ao meio ambiente de forma geral, tendo em vista que as
24 Ministério do Meio Ambiente, 2014.
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 23
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árvores trabalham diretamente na ciclagem de nutrientes no solo, trabalhando
a estruturação física, evitando a ocorrência e erosões e auxiliando a
microfauna do solo, mantendo o equilíbrio ecológico, além a ação fundamental
de retirada de CO² (gás carbônico) da atmosfera e transformá-lo em O¹
(oxigênio), sendo este fundamental para a vida na Terra.
Ressaltando que, para o plantio de árvores os critérios como espécie,
localização e clima devem ser observados.
8.3 Hortas: implantação de hortas orgânicas, que visa pela
condução sustentável da produção no que condiz a utilização de insumos
químicos que podem ser possivelmente tóxicos ao meio ambiente e a saúde
humana. O cultivo orgânico trabalha de maneira integrada o aspecto ambiental,
evitando a utilização de insumos químicos e priorizando a utilização técnicas
naturais e com menor impacto físico, químico e biológico ao ecossistema, o
econômico, o produto orgânico em decorrência da maior mão de obra utilizada
no seu cultivo o valor agregado junto ao consumido final se torna maior e o viés
social tendo em vista que uma grande parcela dos produtores de orgânicos são
do sistema familiar de produção, beneficiando diretamente a fixação de destas
famílias a propriedade rural.
Obs.: para o correto dimensionamento de tais atividades deve ser procurado o apoio técnico do profissional da área.
8.4 Visitas ao centro de triagem
As visitas ao centro de triagem do Instituto Francisco Ambiental
Internacional, é uma forma de complementar o ciclo ou atividade educacional
ambiental iniciada na escola e complementada no centro de triagem, sempre
por um educador ambiental que tem por objetivo:
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 24
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a) Despertar a conscientização a respeito do cuidado com meio ambiente e da
importância de sua preservação, assim como a necessidade do
reaproveitamento do lixo por meio da coleta seletiva;
b) Compreender e caracterizar a educação ambiental com suas tendências e
necessidades específicas do município;
c) Trabalhar interdisciplinarmente educação ambiental como espaço de
formação dos novos cidadãos com sistema;
- Refletir sobre educação ambiental e tudo o que possa remeter à prática da
reciclagem como gesto de cidadania;
- Desenvolver as expressões artísticas, as habilidades manuais e despertar a
criatividade por meio das artes com os produtos recicláveis;
- Aplicação prática de métodos pedagógicos, distribuição de cartilhas e jogos
para a formação e integração do aluno com o meio em que vive;
- Realizar visita ao Centro de Triagem para formação teórica e prática sobre o
processo de triagem dos resíduos sólidos;25
11 - LEVANTAMENTO DE DADOS
Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), a média nacional de
produção de lixo por pessoa em 2013 foi de 1,041/kg/hab/dia e a média do
estado de Goiás foi de 0,955 kg/hab/dia.26
Para a criação da estimativa de produção de resíduos nas escolas
participantes do programa Educação Ambiental nas Escolas - EAE, foi
utilizado o valor médio de 0,150 kg/aluno/dia. Este valor foi adotado com base
25Fragmento do Projeto “Reciclando Consciência” – IFRAI,2015. 26Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE),2013.
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 25
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faixa etária dos alunos de 4 a 11 anos e média 4 de horas diárias, esta média
adotada pode ser alterada havendo necessidade.
9.1 Quantidade de coletores
A estimativa foi realizada com base na produção diária por aluno de 0,150
kg/aluno/dia e na quantidade de alunos que a escola possui no total.
9.2 Dias de coleta
Os dias para a coleta seletiva nas escolas serão definidos conforme a
adaptação das mesmas a rotina de recebimento de resíduos por parte dos
alunos.
0,150 kg/aluno/dia
Quantidade Alunos Produção média Semana Kg/Escola/dia 5 dias
100 15 75 150 22,5 112,5 200 30 150 250 37,5 187,5 300 45 225 350 52,5 262,5 400 60 300 450 67,5 337,5 500 75 375 550 82,5 412,5 600 90 450 650 97,5 487,5 700 105 525 750 112,5 562,5 800 120 600
A tabela abaixo representa a estimativa de produção de resíduos dia/escola
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. 26
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9.3 Registros de dados
Na escola
Os dados dos projetos desenvolvidos pela escola com base no
Educação Ambiental nas Escolas - EAE ,devem ser armazenados pelos
professores e diretores em documentos como: diários de presença, planos de
aula, atas de reunião e relatório fotográfico, estando de maneira organizada e
clara, de modo que ofereça informações precisas sobre as atividades
desenvolvidas neste âmbito pela escola, tais como: quantidade de horas
trabalhadas em sala de aula voltadas para os temas abordados neste projeto,
atividades e projetos desenvolvidos e os resultados obtidos.
Na cooperativa dos catadores
Os dados da coleta seletiva realizado pela cooperativa de catadores
de Águas Lindas de Goiás – GO, nas escolas municipais atendidas pelo
programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, serão entregues
semanalmente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Programa Educação Ambiental nas Escolas – EAE, 2ª Edição, 2015. .
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ANEXO
RELATÓRIO SEMANAL DE COLETA SELETIVA COOPERATIVA
RELATÓRIO N°_____/2015.
NOME DA ESCOLA:_____________________________________________________________
ENDEREÇO:__________________________________________________________
TOTAL COLETADO NA ESCOLA SEMANALMENTE kg: _______________________
DESCRIÇÃO GERAL DO MATERIAL
COLETADO:___________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Águas Lindas de Goiás – GO, ______de ___________________de ________.
______________________________________________ Assinatura do responsável pelo preenchimento
DADOS DA COLETA
SEG. TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
kg kg kg kg kg kg