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Publicação mensal setembro de 2014 ano 11 – número 130 IMPRESSO Impresso fechado. Pode ser aberto pela ECT Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul Dnit prevê conclusão das obras da BR-116 até dezembro de 2015 Nova tabela de preços do Sinapi será atualizada de forma permanente Foto Divulgação

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Page 1: Sicepot setembro 2014empresas de construção pesada no Rio Grande do Sul. Desde que o ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva lançou o edi-tal, em festiva solenidade no Gasômetro

Pu bli ca ção men sal setembro de 2014

ano 11 – nú me ro 130

IM PRES SOImpresso fechado.

Pode ser aberto pela ECT

Sin di ca to da In dús triada Cons tru ção de Es tra das,

Pa vi men ta ção e Obrasde Ter ra ple na gem em ge ral

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Dnit prevê conclusão das obras da BR-116 até dezembro de 2015

Nova tabela de preços do Sinapi será atualizada de forma permanente

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Expansão da Trensurb entra na reta final

Paraná Equipamentos S/A

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Foi com muita satisfação que recebe-mos a visita do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ao estado, em 4 de setembro, quando lhe foi relatado o es-tágio dos serviços executados nas obras de duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, e do Contorno de Pelotas.

Conforme o supervisor da unida-de do Dnit de Pelotas, Vladimir Casa, 41,4% das obras foram concluídas e os primeiros trechos devem ser liberados no primeiro semestre de 2015. Com cerca de 3 mil trabalhadores diretos – trata-se do maior empreendimento em execução no estado em número de mão de obra –, as obras de duplicação de uma das mais importantes rodovias do estado se constituem em uma demonstração da qualidade dos serviços das empresas que fazem parte do setor da construção pesada no estado.

É preciso lembrar que as obras de du-plicação da BR-116, no RS, se tornaram uma das maiores dores de cabeça das empresas de construção pesada no Rio Grande do Sul. Desde que o ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva lançou o edi-tal, em festiva solenidade no Gasômetro da capital, em julho de 2010, uma série de entraves afetou irremediavelmente o cronograma de sua conclusão em pelo menos dois anos.

Licitadas somente em dezembro de 2011, as obras, divididas em nove lotes e estimadas em cerca de R$ 1 bilhão, foram suspensas em fevereiro de 2012

pelo TCU, em função dos preços para a compra de aterro e dos que se referem às indenizações de jazidas. Ultrapassada a barreira do TCU, resolvida por acórdão com o Dnit, a ordem de serviço pelo Ministério dos Transportes foi emitida somente em 20 de agosto de 2012. A partir desse momento, entretanto, os consórcios responsáveis pelas obras pas-saram a enfrentar uma nova via-crúcis.

A mobilização das empresas foi ime-diata e efetiva. Aquisição de equipamen-tos e estruturas de canteiros de obras, remanejamento de pessoal e todas as ou-tras medidas administrativas foram ado-tadas para o início forte dos contratos, a fim de garantir a produção necessária para o cumprimento da exigência feita pelo governo na assinatura das ordens de serviço. Entretanto, passados sete me-ses do início dos contratos, os órgãos de meio ambiente Ibama e Iphan não ha-viam liberado nenhuma jazida em toda a extensão do empreendimento, em que a grande maioria dos serviços de terraple-nagem dependia de material para aterro. Os mesmos órgãos não liberaram sequer um canteiro de obras para ser executado, impedindo a correta logística das obras e aumentando significativamente os cus-tos indiretos envolvidos. E para complicar, o TCU, apesar do acórdão que possibi-litou a assinatura dos contratos, tentou novamente embargar a execução em andamento, alegando descumprimento do acórdão original.

Esse exemplo da BR-116 é emblemá-tico para demonstrar o comprometimen-to e a seriedade das empresas do setor no RS. Apesar das inúmeras dificuldades ini-ciais, as construtoras souberam imprimir um ritmo de trabalho que surpreendeu até mesmo o ministro. Mas nem tudo são flores.

É preciso alertar para o fato de que a duplicação da BR-116 corre o risco de ser concluída antes da construção de uma ponte no trecho do lote 6, onde passa o rio Camaquã, que até o mo-mento sequer foi licitada. Um entrave que se repete no Contorno de Pelotas que, apesar do adiantado da obra, ainda não teve licitada a nova ponte do Ca-nal de São Gonçalo. Até hoje, o edital de licitação está no Dnit, em Brasília, aguardando a aprovação. São situações surrealistas que precisam ser resolvidas o mais rápido possível. Caso contrário, as rodovias ficarão totalmente duplicadas exceto nos trechos em que deveria haver duas pontes.

De outra parte, o Dnit precisa agilizar os empenhos para os meses de outubro, novembro e dezembro, o que é estimado em cerca de R$ 150 milhões. Somente assim poderá ser mantida a continuida-de normal das obras de duplicação da BR-116 e confirmado o prazo de conclu-são previsto pelo poder público.

Nelson Sperb NetoPresidente do SICEPOT-RS

Pra ça Os val do Cruz, no 15 – cj. 141490.038-900 - Por to Ale gre/RSFo ne: (51)3228-3677Fax: (51)3228-5239E-mail: di re to [email protected]

Pu bli ca ção men sal

Um alerta para os entraves nas obras do Contorno e da BR-116

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Con se lho Fis calTi tu la res Alexandre César Beck de Souza Everton Andreetta Roberto Leitão dos SantosSu plen tes Carlos Englert Carlos Alves Mees Renan Schaeffer da Silva De le ga dos – Re pre sen tan tes jun to à FIERGSTi tu la res Humberto César Busnello Ricardo Lins Portella NunesSu plen tes André Loiferman Paulo Eduardo Nunes Ponte

Pre si den te Nelson Sperb Neto Vice-Presidente Cylon Fernandes Rosa NetoDi re tor Ad mi nis tra ti vo-Fi nan cei ro Nilto Scapin Di re to res Exe cu ti vos Aloísio Milesi Caetano Alfredo Silva Pinheiro Edgar Hernandes Candia Jandir dos Santos Ribas Julio Carlos Comin Odilon Alberto Menezes Ricardo Lins Portella Nunes Valdir Turra Carpenedo

Pro du ção e Edi ção Matita Perê Editora Ltda. Av. Chicago, 92 Fone (51) 3392-7932 Editor – Milton Wells [email protected]

Edi to ra ção La vo ro C&M Fo ne (51) 3407-5844 Ti ra gem: mil exem pla res

EDI TO RIAL

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No mês de setembro, a Car-penedo e Cia. Ltda., com sede em Santa Rosa, completou 50 anos de atividade. Fundada em 1º de setembro de 1964, ini-ciou suas atividades realizando extração e beneficiamento de pedras para construção civil, bem como blocos de concreto. Nos anos seguintes agregou em suas atividades revenda de materiais de construção.

Em janeiro de 1978, in-gressou no quadro social o empresário Valdir Turra Car-penedo, que permanece até os dias de hoje, como diretor--presidente. A partir deste ano a empresa aumentou o por-tfólio de atividades, atuando em saneamento, terraplana-gem e pavimentação.

Diversificou sua carteira de clientes e hoje tem como prin-cipais clientes Dnit, Daer, pre-feituras municipais, John Deere, AGCO e construtoras ligadas aos setores habitacionais.

Além das atividades de in-fraestrutura para terceiros, a Carpenedo e Cia. Ltda. desen-volve atividades de loteamen-tos de imóveis próprios e de terceiros.

Participam como sócios da empresa, além de seu diretor-pre-sidente, seus filhos Lucas, Mateus e Tiago Dinon Carpenedo.

Buscando permanente-mente a melhoria da qualida-de de seus serviços, a empresa possui, desde o ano 2000, a certificação ISO 9001-2008.

Sua estrutura operacional funciona na Rua Palmeira, nº 345, em Santa Rosa, em área de 18,9 mil m², onde estão si-tuadas a administração e a ma-nutenção dos equipamentos.

Em sua filial de Santa Ro-sa, possui uma unidade de britagem para 300m³ de bri-ta por hora, bem como usina de solos, usina de CBUQ com capacidade de 120 toneladas por hora, onde também estão instalados os laboratórios que dão suporte às suas obras.

A Carpenedo e Cia. Ltda. possui completa e moderna li-nha de veículos e equipamen-tos rodoviários que lhe garante a execução das obras nos prazos contratados.

Carpenedo e Cia. Ltda. completou em setembro 50 anos de atividades

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INFORME PUBLICITÁRIO

Estrutura operacional da empresa está localizada em Santa Rosa, onde funciona a administração e a manutenção dos equipamentos

Completa e moderna linha de veículos e equipamentos rodoviários garante a execução de obras nos prazos contratados

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Casa destacou também as ações de desapropriações ao longo da rodovia, mencionan-do que 260 processos já foram acordados com os proprietários; 130 estão ajuizados; e outros 245 ainda serão convocados pa-

ra audiências com a Justiça Fe-deral. A taxa de sucesso nessas negociações é de praticamente 100%. Em todo o trecho, es-tá prevista a construção de 27 pontes, viadutos e passarelas. Cinco estão em fase final de

Com a visita do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ao estado, em 4 de se-tembro, foi confirmada para o final de 2015 a conclusão das obras de duplicação da rodovia BR-116, de 211 quilômetros, entre Guaíba e Pelotas.

O supervisor da unidade do Dnit de Pelotas, Vladimir Casa, apresentou números relativos ao percentual de serviços executa-dos e o cronograma financeiro dos nove lotes de obras e do Contorno de Pelotas. “A duplica-ção atingiu 41,4% de conclusão e os primeiros trechos devem ser liberados no primeiro semestre de 2015”, destacou.

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Obras de duplicação da BR-116 serão concluídas até dezembro de 2015

INFRAESTRUTURA

Supervisor da unidade do Dnit de Pelotas, Vladimir Casa, apresentou números relativos ao percentual de serviços executados

obras. A obra foi orçada em quase R$ 900 milhões.

O ministro afirmou que foi possível constatar a evolução da obra. “A eficiência e a velocida-de na execução fazem toda a diferença se levarmos em conta

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Empresas responsáveis por cada lote da duplicação e respectivo estágio das obras: • Lote 1 - km 300,54 ao km 325,00 - Construtora Constran -20%• Lote 2 - km 325,00 ao km 351,34 - Construtora Constran - 30%• Lote 3 - km 351,34 ao km 373,22 - Construtora Ivaí - 40%• Lote 4 - km 373,22 ao km 397,20 - Consórcio Trier/CTESA - 40%• Lote 5 - km 397,20 ao km 422,30 - Consórcio Brasília Guaíba/Ribas - 40%• Lote 6 - km 422,30 ao km 448,50 - Consórcio Pelotense/CC- 20%• Lote 7 - km 448,50 ao km 470,10 - Construtora Sultepa - 30%• Lote 8 - km 470,10 ao km 489,00 - Construtora SBS- 50%• Lote 9 - km 489,00 ao km 511,76 - Consórcio MAC/Tardelli - 50%

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Durante visita ao esta-do do ministro dos Trans-portes, Paulo Sérgio Passos, em 4 de setembro, a Free Way se tornou a primeira concessionária de rodovia federal a firmar um ter-mo aditivo no contrato de concessão. O termo inclui uma obra não prevista no programa inicial mediante a aprovação de aporte de capital ou prorrogação do prazo de concessão. O valor para realização da obra é de R$ 160 milhões e contem-pla 19 quilômetros de faixa adicional, entre os quilôme-tros 94 e o 75 da rodovia, em ambos os sentidos.

Além disso, estão pre-

vistos um viaduto junto à Avenida João Moreira Ma-ciel, uma alça de acesso à Avenida Ernesto Neuge-bauer, ambos em Porto Alegre; e duas novas alças de acesso à ERS-118, em Gravataí. Todo o trecho em que for implantada a quarta faixa terá ilumina-ção. As obras na quarta faixa se iniciaram em maio deste ano e a previsão é de que os trabalhos se-jam concluídos no final de 2015.

A Free Way compreen-de os 96 quilômetros da BR-290 entre as cidades de Osório e de Porto Alegre. No ano passado a Triunfo

Concepa começou a au-mentar a capacidade de parte da rodovia de três para quatro faixas.

A Triunfo Concepa ad-ministra 121 quilômetros de rodovias, que contam com três praças de pedá-gios, sendo duas unidire-cionais (km 19 - Santo An-tônio da Patrulha e km 110 - Eldorado do Sul) e uma bidirecional (km 77-Grava-taí). Primeira concessão ro-doviária federal do estado, a Free Way detém contrato de 20 anos, o qual é su-pervisionado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até julho de 2017.

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Passos libera aporte para quarta faixa da Free Way

À esquerda, o diretor-presidente da Triunfo Concepa, Thiago Vitorello, acompanha o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, na visita à obra da quarta faixa da Free Way

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a importância dessa duplicação”, observou.

Passos ressaltou ainda que a ade-quação da BR-116/RS é estratégica para o país. “Ela faz parte da con-formação de um corredor de grande capacidade e que vai proporcionar maior desenvolvimento ao Rio Grande do Sul”, disse, citando também os tra-balhos no Contorno de Pelotas e BR-392 até o município de Rio Grande.

No Rio Grande do Sul, a BR-116 é a principal via de acesso ao sul do estado e ao Porto do Rio Grande. A ex-tensão total da obra vai beneficiar 11 municípios de forma direta: Guaíba, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Tapes, Sentinela do Sul, Arambaré, Ca-maquã, Cristal, São Lourenço do Sul, Turuçu e Pelotas.

“O principal objetivo da dupli-cação é aumentar a capacidade de veículos, trazendo melhorias para a rodovia que atualmente está satu-rada pelo volume de tráfego, prin-cipalmente de caminhões. Além de prevenir acidentes com prejuízos ma-teriais e riscos à vida, a realização do empreendimento ainda é justificada pela importância socioeconômica pa-ra a região, uma vez que proporciona locomoção rápida e segura de pessoas e bens entre as cidades envolvidas”, avaliou o ministro.

Contorno de PelotasDois anos depois do começo

das obras, a duplicação dos 23 qui-lômetros do Contorno de Pelotas, entre a BR-116 e a BR-392, atingiu 66,23% de conclusão, segundo dados do Dnit. Desse total, trechos que totalizam sete quilômetros de pista principal e nove quilômetros de pista lateral já estão asfaltados. O lote 1-A será finalizado em abril de 2015 e o lote 1-B, até setembro do próximo ano.

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INFRAESTRUTURA

Com o objetivo de apro-ximar a tabela de preços do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) à rea-lidade do mercado, a Caixa Econômica Federal (CEF) está revisando a base técnica do sis-tema. A ideia é ouvir as cons-trutoras de várias regiões do país que enfrentam dificulda-des em função de seus custos, e desenvolver um processo de aprimoramento de uma forma transparente e ampla divulga-ção. Foi o que declarou Tatia-na Thomé de Oliveira, gerente executiva do Sinapi, em semi-nário organizado pela COP/CBIC, em 26 de agosto, na sede do Sinduscon-RS.

O novo banco de informa-ções irá conter em torno de 7 mil referências, que incluirão serviços que empregam tecno-logias mais recentes e novos insumos. Atualmente o siste-ma apresenta perto de 3,5 mil composições de serviços que são publicadas mensalmente na internet. As novas composições serão incorporadas ao Sinapi ao longo dos cinco anos do traba-lho de aferição, trazendo me-lhorias imediatas ao sistema, com a atualização e ampliação de referências sugeridas.

“O contrato com a Fun-dação para o Desenvolvimen-to Tecnológico da Engenharia (FDTE), parceira da Caixa no processo, encerra-se no final de 2017. Porém, o sistema

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Porto Alegre foi a segunda capital, depois de Belo Horizonte, a conhecer o trabalho que está sendo realizado pela Caixa

Nova tabela de preços do Sinapi será atualizada de forma permanente

estará em permanente atuali-zação para acompanhar a di-nâmica do mercado”, afirmou Tatiana.

NovidadesA revisão do Sinapi apre-

senta as seguintes novidades: catálogos de composições ana-líticas (atualizado em fevereiro de 2014); consulta pública (to-dos os grupos aferidos ficam 60 dias em consulta pública para serem finalizados); cader-nos técnicos das composições aferidas; relação das composi-ções aferidas; e manual de me-todologias e conceitos.

No primeiro ano do traba-lho, coordenado pelo professor Ubiraci de Souza, foi desenvol-vida a metodologia de aferição e realizado estudo-piloto com três grupos de serviços para validação dessa metodologia. Nesta fase foram aferidas qua-se 500 composições. O contra-to com a FDTE prevê a aferição de 5 mil composições, divi-didas em três lotes: habita-ção, fundação e estruturas; instalações hidrossanitárias e elétricas; saneamento e infra-estrutura urbana.

As composições são estuda-das por grupos de serviços dis-

poníveis por 60 dias para con-sulta pública. Após esse prazo, a Caixa incorpora as contribui-ções e prepara as composições para inserção no Sinapi.

Ao final de cada estudo a FDTE entrega para a Caixa a composição de serviço pronta, com caderno técnico explicativo dos seus itens, critérios de aferi-ção, modo de execução do ser-viço, critérios de quantificação e normas técnicas empregadas. A Caixa valida tecnicamente o tra-balho, adapta as composições fazendo as combinações com as referências auxiliares, elabo-ra orientações de uso das refe-

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rências, padroniza os cadernos técnicos, publica em consulta pública, analisa contribuições, responde a questionamentos e cadastra as composições no Sinapi. “Apenas após todo esse processo, as composições pas-sam a ser referências oficiais do sistema”, afirma Tatiana.

TransparênciaTatiana informou que a Cai-

xa tem buscado dar transpa-rência ao processo, divulgando a metodologia e resultados obtidos em uma série de apre-sentações aos profissionais do setor da construção civil. “Rea-lizamos apresentações para os órgãos de controle, empresá-rios, filiais de desenvolvimen-to urbano da Caixa, sempre recebendo e incorporando as sugestões recebidas para me-lhoria do trabalho.”

Para o diretor-executivo do Sicepot-RS, Ricardo Portella, o clima diferenciado do sul do país, em que predominam as chuvas no inverno, afeta sobre-maneira a produtividade das empresas, o que deveria ser le-

vado em conta na nova planilha de aferição de custos no estado.

Porto Alegre foi a segunda capital, depois de Belo Hori-zonte, a conhecer o trabalho que está sendo realizado pela Caixa. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a As-sociação Paulista de Empreitei-ros de Obras Públicas (APEOP) e o Sindicato da Construção (Sinduscon) constituíram co-mitê técnico para acompanhar o processo. Da mesma forma, os órgãos de controle têm par-ticipado de discussões técnicas com a Caixa sobre o tema, contribuindo para a melhoria do processo. “As composições do Sinapi estarão sempre su-jeitas a críticas e alterações, mesmo depois de finalizado o período de consulta pública”, ressaltou Tatiana.

As informações do Sina-pi são públicas e podem ser acessadas no site da Caixa Eco-nômica Federal. Além desses dados, as instituições públicas podem firmar convênio com o banco para ter acesso a funcio-nalidades adicionais.

O Sinapi foi implantado em 1969 pelo BNH (Banco Nacional da Habitação), com o objetivo de oferecer ao setor de construção civil informações referentes ao acompanhamento dos custos e índices. Em 1994, o Conselho Curador do FGTS determinou ao agente opera-dor, Caixa Econômica Federal, a uniformização dos procedimen-tos das áreas de engenharia, em âmbito nacional, para projetos lastreados com aquele recurso. Assim, a Caixa remodelou o Sinapi, ampliando sua área de utilização para habitação, sane-amento, infraestrutura urbana e rural, desportos, dentre outros empreendimentos.

A manutenção de sua ba-se técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção compete ao IBGE e à Caixa.

As séries mensais de cus-tos e índices Sinapi referem-se ao custo do metro quadrado de construção no canteiro de obras considerando-se os materiais e a mão de obra (aos salários são acrescidos os encargos sociais totalizando 122,82%). Não estão incluí-das as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, administração, financiamen-tos, equipamentos mecânicos (elevadores, compactadores, exaustores, ar condicionado e outros). Também não estão envolvidos os lucros da cons-trutora e da incorporadora.

O Sinapi calcula custos para projetos residenciais e comerciais. Para tanto, são re-lacionados os serviços desen-volvidos durante a execução de uma obra. Conhecendo-se os materiais e suas respecti-vas quantidades, bem como a mão de obra e o tempo necessário para realização de cada serviço (composições técnicas), é possível, tendo-se

os preços e salários, calcular o seu custo. Somando-se os custos de todos os serviços determina-se o custo total de construção relativo a cada projeto. Um mesmo serviço pode ser executado segundo diferentes especificações que atendem a quatro padrões de acabamento: alto, normal, baixo e mínimo.

Os projetos, relação de serviços, especificações e composições técnicas consti-tuem a base técnica de enge-nharia do Sistema.

A partir da ponderação dos custos de projetos resi-denciais no padrão normal de acabamento, são calculados os custos médios para cada Unidade da Federação (UF). Ponderando-se os custos das UFs são determinados os cus-tos regionais e, a partir destes, o custo nacional. Estes custos dão origem aos índices por UF, Região e Brasil.

Desde sua implantação as séries de custos e índices sofre-ram várias descontinuidades, ora devido às atualizações das referências técnicas do Sistema, ora devido aos planos econômi-cos. A série mais atual tem início em janeiro/99 (base dezembro. 98 = 100) incorporando as mais recentes modificações re-alizadas pela Caixa na base téc-nica de engenharia do Sinapi, destacando-se: novo conjunto de projetos, atualização na re-lação dos serviços e respecti-vas medições, especificações e composições técnicas.

Para a realização destes cál-culos, a rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção e salários das categorias profis-sionais, junto, respectivamen-te, a estabelecimentos comer-ciais, industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da Federação.

Sistema foi implantado pelo BNH em 1969

Representantes de empresas do estado acompanharam a apresentação da Caixa no auditório do Sinduscon-RS

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Expansão da Trensurb entra na reta final

Série K Transmissão hidráulica inteligen-

te. A transmissão das carregadeiras da série K passa a ser hidrostática (na série anterior era powershift), gerenciando de forma inteligente a potência dos equipamentos. Com ela é possível ter controle independente da rotação do motor e velocidade das rodas, com modulação no pedal esquerdo da máquina.

“O pedal esquerdo, que na série H com transmissão powershift era freio, nessa máquina é um modula-dor. Quando você desloca a máquina acima de 13 km/h, o motor maior é desacoplado e trabalha só com o motor menor, que desempenha mais velocidade no equipamento. Nas ve-locidades mais baixas os dois motores trabalham juntos, isso permite que a máquina tenha muito mais torque do que a anterior”, explica Cera.

Todos os sistemas da nova carre-gadeira são independentes, com uma bomba dedicada para cada parte fun-cional, como a direção, o ventilador e o freio. Isso reduz o desperdício de po-tência, aumenta a eficiência do consu-mo de combustível e aprimoramento do desempenho multifuncional.

“Se a caçamba está carregada em deslocamento e o operador mover o braço, o próprio sistema da máquina entende onde é preciso mandar o flu-xo. Você nunca vai sentir uma sensa-ção de frear a máquina quando levan-ta o braço, porque o modo eletrônico faz a dosagem correta do sistema.”

A transmissão possui quatro fai-xas de velocidade e um limitador

que permite ao operador ajustar a velocidade máxima de solo em até 1 km/h, além do sistema de controle de tração que permite ajustar a rotação das rodas, diminuindo a possibilida-de de patinar, mantendo a tração e, consequentemente, diminuindo o desgaste dos pneus.

Todas as velocidades, que o espe-cialista frisa não serem marchas, co-meçam do zero e com a mesma faixa de torque e potência. O que altera é a velocidade final que se atinge. O operador pode escolher com qual deseja operar.

“Nós indicamos utilizar a primeira para o ajuste fino de velocidade e ro-tação independente, para aplicações mais específicas como a vassoura, por exemplo. Em segunda, o carregamen-to de caminhão. Terceira para o trans-porte de carga, com o caminhão um pouco mais distante. Quarta é deslo-camento, você atinge 40km/h e um dos motores é desligado. O controle independente de velocidade é feito pelo pedal esquerdo, dois terços dele é modulador, não freio. A máquina consegue parar dentro dessa faixa sem acionar o freio, a luz indica o pon-to em que a máquina já está parando e aciona as luzes de parada. Isso gera menos desgaste dos discos de freio.” A economia com o fluido de trans-missão chega a 87% com o sistema hidrostático. O aumento no intervalo de troca do fluido e filtro hidráulico passa de 1mil para 2mil horas.

Caçamba RenovadaA caçamba da máquina, peça-

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Paraná Equipamentos S/A-chave para a realização eficiente de operações, na série K possui um novo desenho com base e maior ângulo de abertura e de retenção, o que facili-ta a penetração do material e retém melhor a carga. Os ciclos de levanta-mento são mais rápidos, com a dis-tância menor entre o eixo da máquina há menor consumo de combustível. Outra novidade são os posicionado-res eletrônicos que permitem colocar a caçamba a uma distância entre 25 e 35 mm do solo enquanto coleta material. Isso desgasta menos os ma-teriais como bordas e dentes. Além disso, o sistema hidráulico eletrôni-co faz com que a abertura e fecha-mento da caçamba, posicionamento na altura do solo e levantamento do braço sejam amortecidos. “Na série K a caçamba chega lentamente ao fim do curso. Isso garante eternidade da estrutura metálica, bem como os ci-lindros e válvulas que sofrem menos impacto durante a operação. Há me-nos desgaste da caçamba e sistema hidráulico do equipamento”, explica o especialista de produtos da Caterpillar, Rodrigo Cera.

Braço “Z”O novo braço das carregadeiras é

no formato “Z”, o que garante o le-vantamento paralelo e manipulação de material a qualquer altura sem perder força de desagregação. A no-va articulação permite que o engate rápido seja utilizado de forma con-tínua sem sofrer desgastes, além do uso de outros modelos de caçamba e ferramentas pinadas.