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SIMBOLISMO 1896 - 1902
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Em uma época que, sob o pretexto naturalista, a arte foi reduzida somente a uma imitação do contorno exterior das coisas, os simbolistas voltam a ensinar aos jovens que as coisas também têm alma, alma da qual os olhos humanos não captam mais do que o invólucro, o véu, a máscara.
O Simbolismo define-se assim pelo anti-intelectualismo. Propõe a poesia pura, não racionalizada, que use imagens e não conceitos. É uma poesia difícil, hermética, misteriosa, que destrói a poética tradicional.
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Inimiga do ensinamento, da declamação, da falsa sensibilidade, da descrição objetiva, a poesia simbolista procura vestir a Idéia de uma forma sensível.
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Os simbolistas retomam a subjetividade da arte romântica com outro sentido. Os românticos desvendavam apenas a primeira camada da vida interior, onde se localizavam vivências quase sempre de ordem sentimental. Os simbolistas vão mais longe, descendo até os limites do subconsciente e mesmo do inconsciente. Este fato explica o caráter ilógico ou o clima de delírio de grande parte de sues poemas, como no fragmento de Cruz e Sousa:
Cristais diluídos de clarões álacres,Desejos, vibrações, ânsias, alentos,Fulvas vitórias, triunfamentos acres,Os mais estranhos estremecimentos
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"A música antes de qualquer coisa."
A música é obrigatória, como nesta espécie de receita poética de Cruz e Sousa:
Derrama luz e cânticos e poemasNo verso e torna-o musical e doce
Como se o coração, nessas supremasEstrofes, puro e diluído fosse.
Mesmo a morte, na obra do simbolista brasileiro, possui uma terrível musicalidade:
A música da Morte, a nebulosa,Estranha, imensa música sombria,
Passa a tremer pela minh'alma e friaGela, fica a tremer, maravilhosa...
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CRUZ E SOUZA
OBRAS PRINCIPAIS: Broquéis (1893) - Missal (1893) - Evocações (1899) - Faróis (1900) Últimos sonetos (1905) A obra de Cruz e Sousa é a mais brasileira de um movimento que foi, entre nós, essencialmente europeu. Nela opera-se uma tentativa de síntese entre formas de expressão prestigiadas na Europa e o drama espiritual de um homem atormentado social e filosoficamente. O resultado passa, às vezes, por poemas obscuros, mas na maioria dos casos, a densidade lírica e dramática do "Cisne Negro" atinge um nível só comparável ao dos grandes simbolistas franceses. O primeiro aspecto que percebemos em sua poética é a linguagem renovadora.
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A musicalidade se dá através de aliterações. Sejam em v:
Vozes veladas, veludosas vozes,volúpias dos violões, vozes veladasvagam nos velhos vórtices* velozes
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas*...
.
Sejam em m:
Mudas epilepsias, mudas, mudas, mudas epilepsias
Masturbações mentais, fundas, agudas negras nevrostenias*.
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TEMA DE CRUZ E SOUZA
A obsessão pela cor branca O erotismo e sua sublimação
O sofrimento da condição negra A espiritualização
Se caminhares para a direita, baterás e esbarrarás ansioso, aflito, numa parede horrendamente incomensurável de Egoísmos e Preconceitos! Se caminhares para a esquerda, outra parede, de Ciências e Críticas, mais alta do que a primeira. Se caminhares para a frente, ainda nova parede, feita de Despeito e Impotências, tremenda, de granito, broncamente se elevará do alto! Se caminhares, enfim, para trás, há ainda uma derradeira parede, fechando tudo, fechando tudo - horrível! - parede de Imbecilidade e Ignorância, te deixará n'um frio espasmo de terror absoluto. (...) E as estranhas paredes hão de subir - longas, negras, terríficas! Hão de subir, subir, subir mudas, silenciosas, até as Estrelas, deixando-te para sempre perdidamente alucinado e emparedado dentro do teu Sonho...
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ALPHONSUS DE GUIMARAENS (1870-1921)
Mineiro, passado quase toda a sua vida nas cidades barrocas e decadentes da região aurífera, Alphonsus de Guimarães sofreu as influências ambientais dessas cidades, povoadas apenas, no dizer de Roger Bastide, "de sons e sinos, de velhas deslizando pelos becos silenciosos, de vultos que se escondem à sombra das muralhas. Cidades de brumas, conhecendo as mesmas existências cinzentas e os mesmos fantasmas noturnos: donzelas solitárias, vestidas de luar." Sua poesia gira em torno de pouco assuntos:
a morte da amada a religiosidade litúrgica
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ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeuBanhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...
E, no desvario seuNa torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...
E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar
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Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeuBanhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...
E, no desvario seuNa torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...
E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar
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"Não há nada mais belo que algo que não serve para nada...".
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Movimento literário de origem francesa, deu-se na década de 60, através da revista Parnase contemporain, dirigida por Théophile Gautier, e representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo.Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas, uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da Antiguidade clássica.
ORIGEM
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CARACTERÍSTICAS Cultivado na França e no Brasil,
Apresenta:
uma postura anti-romântica, ou seja, uma espécie de reação contra os excessos emotivos do Romantismo,uma forma de negação ao individualismo ultra-romântico, considerado pouco objetivo e ridiculamente sentimental,
assuntos universais inspirados na Antigüidade Clássica e no Renascimento (fonte de inspiração) e também é uma espécie de oposição ao Romantismo, que era voltado ao medievalismo.
Valorização da objetividade temática, da impassibilidade e a impessoalidade, passam a encarar a poesia como um exercício da arte pela arte, ou seja, o culto à forma na busca de atingir a perfeição.
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Poesia com vocabulário refinado, geralmente na ordem indireta, que retrata episódios históricos, fenômenos da natureza e que descreve de forma pormenorizada objetos decorativos como vasos e bibelôs.
Devido ao conceito da arte pela arte, ou seja, a arte só serve para criar beleza, e do distanciamento dos problemas morais, sociais, políticos e religiosos essa poesia tornou-se fria e totalmente alienada.
Em total oposição ao amor espiritual e à mulher idealizada pelos Românticos, os Parnasianos cultivaram o amor mais carnal e a mulher passou a ser vista como um ser concreto. Vênus, a deusa da beleza na mitologia grega, por ser pagã, passou a ser considerada o modelo ideal da figura feminina.
Característica mais marcante é o culto à forma.
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Olavo Bilac foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.
Ele já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Rui Minharro na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (2002) e Carlos Alberto Riccelli no filme "Brasília 18%" (2006).
Raimundo Corrêa
Alberto de Oliveira
Olavo Bilac
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ALBERTO DE OLIVEIRA(1857-1937)
POESIA DESCRITIVA
IMPASSIVIDADE O CULTO DA ARTE
PELA ARTE A EXALTAÇÃO DA
ANTIGÜIDADE CLÁSSICA
PERFEIÇÃO FORMAL MÉTRICA RÍGIDA LINGUAGEM
EXTREMAMENTE TRABALHADA
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Vaso ChinêsEstranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa.
Alberto de Oliveira
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RAIMUNDO CORREIA(1859 – 1911)
TEMAS TÍPICOS DA ESTÉTICA PARNASIANA: A NATUREZA, A PERFEIÇÃO FORMAL, A CULTURA CLÁSSICA
POESIA FILOSÓFICA, DE MEDITAÇÃO, MARCADA PELA DESILUÇÃO E POR UM FORTE PESSIMISMO
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MAL SECRETOSe a cólera que espuma, a dor que moraN'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devoraO coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agoraNos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigoGuarda um atroz, recôndito* inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"
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OLAVO BILAC(1865-1918)
AUTOR DA LETRA DO HINO À BANDEIRA
TEMAS: O AMOR, O CULTO À PÁTRIA, A ADMIRAÇÃO PELO TRABALHO E PELO PROGRESSO, O CULTO AO SACRIFÍCIO E AO HEROÍSMO, A DOR DA SAUDADE, A TENTAÇÃO DO PECADO
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LÍNGUA PORTUGUESA
Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!