simposio sobre minera~ao e , etalurgia h storicas …...a metalurgia do ferro e os artefactos da...

19
SOClEDAD ESPANOLA PARA LA DEFENSA DEL PATRIMONIO GEOL6GTCO Y MINERD o SIMPOSIO SOBRE - E , ETALURGIA H STORICAS NO SUDOESTE EUROPEU 2006

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Page 1: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

SOClEDAD ESPANOLA PARA LA DEFENSA DEL PATRIMONIO GEOL6GTCO YMINERD

o SIMPOSIO SOBRE -MINERA~AO E

ETALURGIA H STORICAS NO SUDOESTE EUROPEU

2006

IN DICE

Nota previa

Conferencias

Historia da la Arqueologia Minera en Espana

Monona Ayarzogrieno SanL

La Explotaci6n de Minerales y Rocas durante La Prehistoria en el

Nordeste Peninsularalgunas evidencias arqueol69icaS en el territor io

del Ebro Final

Margarida Genera iMonells

Comunica~6es

Sec~ao 2 - Minera~ao e Metalurgia na Pre-Hist6ria recente

Explora~6es Mineiras Antigas entre os rios Zezere Tejo e Ocreza

Caros Bacolo

Los Recursos Mineros como Factor de Distribuci6n de las Estelas

Decoradas en el Noroeste de la Provincia de Badajoz

Ignacio QUlnlon Frias

Esler Boixere I Vila

A Meta lurg ia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em

Portugal

Saere do Pome

Introducci6n ala metalu rgia de la Protoh istoria de Gipuzkoa (Euskal

Herria) Es tado de la cues ti6n

onia San Jose 5arllamor(Q

Sec~ao 3 - Minera~ao e Metalurgia na Epoca Romana

Actividade Metalurgica na Cas a de Cantaber

Adrioon De Man

Avance Estudio Arqueol6gico de las labores Romanas en Caries Sa las

(Asturias Espana)

4ngel Villa Vade

Jose Antonio FanJul MOSlelrin

Minera~ao Aurifera no Conventus de Bracara Augusta

Francisco _onde Lemos

Carios Meireles

Resultados Preli rn inares da Interven~ao Arqueologica na Quinta da

Ivanta Valongo

Ricardo Teixeira

Viro( Fonseca

Lidia Boprisea

Liliana Rodngues

9

15

39

~ gtshyIJ a Q UJ

67 VI

I

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141 D A

153 E

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VI laquo I-u laquo

169

185

middot

Contexto Geologico da Mineraliza~ao Aurifera das Explora~6es Romanas de 199

Tres Minas

M ARibelro

A Dana

F Noronha

La Mineria Aurifera Romana en la Sierra del Teleno (Leon - Espana)Nuevos 211

Datos sobre su Ingenieria y Gestion

Ioberro Marias Rodnguel

Deteccion Geofisica de Minados Subterraneos La Intervencion en las Minas 231

Romanas de Lapis Specularis de La Mudarra (Huete - Cuenca)

M Arlandi Rodrigue

M I Berlardez G6mez gt ltJ

I C ullCdo d Monti Cl Q L lord Bordehore w VI F Villaverde Mora

Sec~ao 4 - Minera~ao e Metalurgia na Idade Media

A Fundi~ao Sineira em Portugal da Historia a Investiga~ao 249 Luis Sebastian

Aes Campanum Historia de uma Arte 273 Ricardo Erosun Corres

Um novo Fosso de Fundi~ao de Sinos no Mosteiro de Santa Maria Maior de 293

Pombeiro

Ricardo frosun Corres

Metodos y Tecnicas para la excavacion de un fo so de fundicion de campashy 311 nas

Ricmdo Erasun Corre

La Produccion de Campanas en la Peninsula Iberica en Epoca Medieval 329 y Moderna Contexto Arqueologico de una Actividad Metalurgica

Protoindustrial

Alfredo Morolo Barmiddot 0

Sonia rlJose Sanramarta

VI Sec~ao 5 - Minera~ao e Metalurgia nas Idades Modernas e Comporaneas

~ u laquo Os Complexos Mineiros de Rio de Frades e Regoufe (Arouca Portugal) 353

Memorias da Contemporaneidade

Anr6ni Manuel S P Silva

Manuela C S Rbeiro

Un Programme de Recherches sur les Aluns de la Peninsule Iberique et de 371 lAfrique du Nord

)000 Manvel Diogo

Mounce Picon

Agentes Economicos do Subsector do Volframio em Portugal Continental 381

(1871-1947)

Joao Paulo Aveos Nunes

6

EI Descubrimiento Investi9

Cataluna (1900-1985)

Esrer Boixerell Vila

o Carvao de Moatize -1950

InesMigue

MOciel Sonros

o Impacto Ambiental de b

Portugal e sua Recupera~a(

Wcrikio MacuOcua

A Produ~ao de Minerais ME

Perspectivas Futuras

Jorge Filpe B PIISIt) OUOI rf

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserv

Metalurgico

Los Hornos Morunos para)

Moorish Kilns for Gypsum il

Puche RIQn 0

Mozadiego Martinez 1 F

Jorde BodellOre L

Proyecto y Desarrollo de E

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parql

I Alta Ribagor~a

Roger Mora Lieonall

Claudia Meso VIchez

Morta Piguoguer Ferrando

Marta Vila Rodflguez

J MOlo-Perel6

o Ouro na Regiao do Baixo

Serra das Flores -um Patrirr

Helena Couto

Terea $oeiro

Ferrocarriles Mineros el Pro

Adaluza yen el Alfoz de Ca

Jose Luis Hernando Fernande

EI Patrimonio Minero del F

Tub (Almatret Segria Dep

losep M MOIO-Pe elrj

Sergi Faperra Torre

laume Vilarella Farras

EI Descubrimiento Investigaci6n y Explotaci6n de Bauxitas en

Cataluna (1900-1985)

Ester Hoixereu i Vila

o Carvao de Moatize -1950-1974

In~5Mi9uel

Mouel anl05

o Impacto Ambiental de Explora~6es de Minerais Metalicos em

Portugal e sua Recupera~ao numa Perspectiva GeogrMica

LumCo MacucicuQ

A Produ~ao de Minerais Metltilicos em Portugal -Evolu~ao Recente e

Perspectivas Futuras

Jorge Filipe Baptista Duarte

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserva~ao do Patrim6nio Mineiro e

Metalurgico

Los Hornos Morunos para Yeso de Pezuela de las Torres Madrid

Moorish Kilns for Gypsum in Pezuela de las Torres Madrid

PucheRimt

Mazadego Marrinez I F

Jordcl Bordehore L

Proyecto y Desarrollo de EI Parque Minero de la Comarca de

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parque Geol6gico y Minero de la Comarca de

I Alta Ribagor~a

Hoger Mota Lleonarr

Cloudia Mesa VIchez

MarIO Pigurlguer Ferrando

Marta Vilo Rodriguez

J Mow-Perell6

oOuro na Reg iao do Baixo-Douro (Portugal) da Serra das Banjas a Serra das Flores -um Patrim6nio Natural e Hist6rico a Preservar

Helena Couto

Teresa Soeifo

Ferrocarriles Mineros el Problema del Transporte en la Mineria

Adaluza y en el Alfoz de Cartagena (Espana)

Jose Luis Hernando Fernrlndel

EI Patrimonio Minero del Ferrocarril Minero da la Mina del Tubo 0 del

Tub (Almatret Segria Depresi6n Geol6gica del Ebro)

Josep M MOa Perella

Sergi Falp rra 7i rres

Jaume Vilatella Forr05

395

407

415

423

ilt gtshyJ 0 0 w VI

431 ~ e )

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0 c ~443 ~ -sect ~ 455 ~ ]l

~ 0

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465 8E Vi 0 tv)

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477 laquo

485

i

I

J6ias da Terra - 0 Miner io da Pan asqueira Divulgar para Preservar 501

Pa trim6 nios e Mem6rias

L P6voos

F J A 5 Barriga

A LetCt

e Lopes

MJadlm

IPaivo

$ Medina

Vestig ios de Minera~ao Antiga na Regiao a Sui do Douro entre os Rios 513 Paiva e Arda (Concelhos de Arouca e Castelo de Paiva Portuga l)

Manuel Valerio Figueiredo

Ant6nio Manuel 5 PSIlva

Nota sobre Tres Martelos Mineiros Descobertos na Serra de Valongo 533

Gomalo Amaro

Jose M Branddo

o Escravo Roma no (7) de Pias Alimentar a Hist6ria ou Desmi st ilicar 541

a Cren~a

Jose M Bmnddo

Norhoie Antunes -Ferrella

JoseLNelO

Contribui~ao para a El abora~ao de um Catalogo Gera l dos Artefac tos 555

Arqueol6gicos ligados 11 Minera~ao e Metalurgia Antigas nas

Colec~6es dos Museus Geomineiros do INETI

Jose M Brandoo

Paulo Brave Sliva

Estudio de los Exvotos Ibericos 571 A J CivanlO Redruello

F A COlpus Igles i(J I

F Lara Fernandez

As Mi nas de Ouro Romanas das Serras de Valongo - Uma Visao do seu 581 Interior

n Andre Carvalho

Augusto Monrerro

Lida Baptisra

Tioga Mo teiro

VirorGandfi

Geomining Heritage in the Naturtejo Area Inventory and Tourist 595

Promotion

C Neto de C rvalho

J GOllveia

E(hombino

~ Moreira

o Projecto Rio e 0 Patrim6nio Geo mineiro das Minas da Panasqueira 607

Mario Luis Gaspal Barroquelro

indice de autores 621

8

A Sociedad Espanola

SEDP YM foi fundada el

lt6es preocupadas com 0 P

a Departamento de Engen

Minas da Universidadc Poli

e coordenar actividades rcl

ltao e restauro do Patrimo[

tal tarefa organiza reunio(

promovc visitas a museus [

Tambem colabora com inst

e Mineiro

Essa Sociedade da qu

instituilt6es nacionais a leva

Mineraltao e Metalurgia Hi

Assim constitui-se un

Nacional de Engenharia 1 Patrimonio Arquitect6nico

FLUP e Ciencias-FCUP d~

o planeamento e a execwao

o even to teve lugar

Inaugural as confercncias (

talalt6es da Faculdade de E

tres conferencias a cargo d

paralelas de apresentaltao (

Apos a Sessilo Inaugl

Temponiria sobre a fundi lt1

Sinos do Porto

o primeiro dia terml

Municipal do Porto nos Jar

tiveram oportunidade de vi

No dia 22 ocorreu ext

Cultura 2000 subordinad

Network com a apresenta

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

~I~ -I ~ ~~ -~ rmiddot ~e

-1 _-I - ~ -gt~

17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

m 18 ZHU~ l8OMU

PreeiHlllllCI mamplIm dill itrd

nt tlTTlil ~spomiddotC0l Z~rraquoO I~rm ~~rrw~~~

~ Pedt~

zo~~ )Pt~

00 Z SUI~VH) 1flWllaPJrlllaa

(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

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FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

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do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

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tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

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179

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Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

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Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 2: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

IN DICE

Nota previa

Conferencias

Historia da la Arqueologia Minera en Espana

Monona Ayarzogrieno SanL

La Explotaci6n de Minerales y Rocas durante La Prehistoria en el

Nordeste Peninsularalgunas evidencias arqueol69icaS en el territor io

del Ebro Final

Margarida Genera iMonells

Comunica~6es

Sec~ao 2 - Minera~ao e Metalurgia na Pre-Hist6ria recente

Explora~6es Mineiras Antigas entre os rios Zezere Tejo e Ocreza

Caros Bacolo

Los Recursos Mineros como Factor de Distribuci6n de las Estelas

Decoradas en el Noroeste de la Provincia de Badajoz

Ignacio QUlnlon Frias

Esler Boixere I Vila

A Meta lurg ia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em

Portugal

Saere do Pome

Introducci6n ala metalu rgia de la Protoh istoria de Gipuzkoa (Euskal

Herria) Es tado de la cues ti6n

onia San Jose 5arllamor(Q

Sec~ao 3 - Minera~ao e Metalurgia na Epoca Romana

Actividade Metalurgica na Cas a de Cantaber

Adrioon De Man

Avance Estudio Arqueol6gico de las labores Romanas en Caries Sa las

(Asturias Espana)

4ngel Villa Vade

Jose Antonio FanJul MOSlelrin

Minera~ao Aurifera no Conventus de Bracara Augusta

Francisco _onde Lemos

Carios Meireles

Resultados Preli rn inares da Interven~ao Arqueologica na Quinta da

Ivanta Valongo

Ricardo Teixeira

Viro( Fonseca

Lidia Boprisea

Liliana Rodngues

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Tres Minas

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La Mineria Aurifera Romana en la Sierra del Teleno (Leon - Espana)Nuevos 211

Datos sobre su Ingenieria y Gestion

Ioberro Marias Rodnguel

Deteccion Geofisica de Minados Subterraneos La Intervencion en las Minas 231

Romanas de Lapis Specularis de La Mudarra (Huete - Cuenca)

M Arlandi Rodrigue

M I Berlardez G6mez gt ltJ

I C ullCdo d Monti Cl Q L lord Bordehore w VI F Villaverde Mora

Sec~ao 4 - Minera~ao e Metalurgia na Idade Media

A Fundi~ao Sineira em Portugal da Historia a Investiga~ao 249 Luis Sebastian

Aes Campanum Historia de uma Arte 273 Ricardo Erosun Corres

Um novo Fosso de Fundi~ao de Sinos no Mosteiro de Santa Maria Maior de 293

Pombeiro

Ricardo frosun Corres

Metodos y Tecnicas para la excavacion de un fo so de fundicion de campashy 311 nas

Ricmdo Erasun Corre

La Produccion de Campanas en la Peninsula Iberica en Epoca Medieval 329 y Moderna Contexto Arqueologico de una Actividad Metalurgica

Protoindustrial

Alfredo Morolo Barmiddot 0

Sonia rlJose Sanramarta

VI Sec~ao 5 - Minera~ao e Metalurgia nas Idades Modernas e Comporaneas

~ u laquo Os Complexos Mineiros de Rio de Frades e Regoufe (Arouca Portugal) 353

Memorias da Contemporaneidade

Anr6ni Manuel S P Silva

Manuela C S Rbeiro

Un Programme de Recherches sur les Aluns de la Peninsule Iberique et de 371 lAfrique du Nord

)000 Manvel Diogo

Mounce Picon

Agentes Economicos do Subsector do Volframio em Portugal Continental 381

(1871-1947)

Joao Paulo Aveos Nunes

6

EI Descubrimiento Investi9

Cataluna (1900-1985)

Esrer Boixerell Vila

o Carvao de Moatize -1950

InesMigue

MOciel Sonros

o Impacto Ambiental de b

Portugal e sua Recupera~a(

Wcrikio MacuOcua

A Produ~ao de Minerais ME

Perspectivas Futuras

Jorge Filpe B PIISIt) OUOI rf

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserv

Metalurgico

Los Hornos Morunos para)

Moorish Kilns for Gypsum il

Puche RIQn 0

Mozadiego Martinez 1 F

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Proyecto y Desarrollo de E

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parql

I Alta Ribagor~a

Roger Mora Lieonall

Claudia Meso VIchez

Morta Piguoguer Ferrando

Marta Vila Rodflguez

J MOlo-Perel6

o Ouro na Regiao do Baixo

Serra das Flores -um Patrirr

Helena Couto

Terea $oeiro

Ferrocarriles Mineros el Pro

Adaluza yen el Alfoz de Ca

Jose Luis Hernando Fernande

EI Patrimonio Minero del F

Tub (Almatret Segria Dep

losep M MOIO-Pe elrj

Sergi Faperra Torre

laume Vilarella Farras

EI Descubrimiento Investigaci6n y Explotaci6n de Bauxitas en

Cataluna (1900-1985)

Ester Hoixereu i Vila

o Carvao de Moatize -1950-1974

In~5Mi9uel

Mouel anl05

o Impacto Ambiental de Explora~6es de Minerais Metalicos em

Portugal e sua Recupera~ao numa Perspectiva GeogrMica

LumCo MacucicuQ

A Produ~ao de Minerais Metltilicos em Portugal -Evolu~ao Recente e

Perspectivas Futuras

Jorge Filipe Baptista Duarte

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserva~ao do Patrim6nio Mineiro e

Metalurgico

Los Hornos Morunos para Yeso de Pezuela de las Torres Madrid

Moorish Kilns for Gypsum in Pezuela de las Torres Madrid

PucheRimt

Mazadego Marrinez I F

Jordcl Bordehore L

Proyecto y Desarrollo de EI Parque Minero de la Comarca de

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parque Geol6gico y Minero de la Comarca de

I Alta Ribagor~a

Hoger Mota Lleonarr

Cloudia Mesa VIchez

MarIO Pigurlguer Ferrando

Marta Vilo Rodriguez

J Mow-Perell6

oOuro na Reg iao do Baixo-Douro (Portugal) da Serra das Banjas a Serra das Flores -um Patrim6nio Natural e Hist6rico a Preservar

Helena Couto

Teresa Soeifo

Ferrocarriles Mineros el Problema del Transporte en la Mineria

Adaluza y en el Alfoz de Cartagena (Espana)

Jose Luis Hernando Fernrlndel

EI Patrimonio Minero del Ferrocarril Minero da la Mina del Tubo 0 del

Tub (Almatret Segria Depresi6n Geol6gica del Ebro)

Josep M MOa Perella

Sergi Falp rra 7i rres

Jaume Vilatella Forr05

395

407

415

423

ilt gtshyJ 0 0 w VI

431 ~ e )

UJ ~ -0

0 c ~443 ~ -sect ~ 455 ~ ]l

~ 0

~

~ c

15 ~ 0

465 8E Vi 0 tv)

VI

~ u

477 laquo

485

i

I

J6ias da Terra - 0 Miner io da Pan asqueira Divulgar para Preservar 501

Pa trim6 nios e Mem6rias

L P6voos

F J A 5 Barriga

A LetCt

e Lopes

MJadlm

IPaivo

$ Medina

Vestig ios de Minera~ao Antiga na Regiao a Sui do Douro entre os Rios 513 Paiva e Arda (Concelhos de Arouca e Castelo de Paiva Portuga l)

Manuel Valerio Figueiredo

Ant6nio Manuel 5 PSIlva

Nota sobre Tres Martelos Mineiros Descobertos na Serra de Valongo 533

Gomalo Amaro

Jose M Branddo

o Escravo Roma no (7) de Pias Alimentar a Hist6ria ou Desmi st ilicar 541

a Cren~a

Jose M Bmnddo

Norhoie Antunes -Ferrella

JoseLNelO

Contribui~ao para a El abora~ao de um Catalogo Gera l dos Artefac tos 555

Arqueol6gicos ligados 11 Minera~ao e Metalurgia Antigas nas

Colec~6es dos Museus Geomineiros do INETI

Jose M Brandoo

Paulo Brave Sliva

Estudio de los Exvotos Ibericos 571 A J CivanlO Redruello

F A COlpus Igles i(J I

F Lara Fernandez

As Mi nas de Ouro Romanas das Serras de Valongo - Uma Visao do seu 581 Interior

n Andre Carvalho

Augusto Monrerro

Lida Baptisra

Tioga Mo teiro

VirorGandfi

Geomining Heritage in the Naturtejo Area Inventory and Tourist 595

Promotion

C Neto de C rvalho

J GOllveia

E(hombino

~ Moreira

o Projecto Rio e 0 Patrim6nio Geo mineiro das Minas da Panasqueira 607

Mario Luis Gaspal Barroquelro

indice de autores 621

8

A Sociedad Espanola

SEDP YM foi fundada el

lt6es preocupadas com 0 P

a Departamento de Engen

Minas da Universidadc Poli

e coordenar actividades rcl

ltao e restauro do Patrimo[

tal tarefa organiza reunio(

promovc visitas a museus [

Tambem colabora com inst

e Mineiro

Essa Sociedade da qu

instituilt6es nacionais a leva

Mineraltao e Metalurgia Hi

Assim constitui-se un

Nacional de Engenharia 1 Patrimonio Arquitect6nico

FLUP e Ciencias-FCUP d~

o planeamento e a execwao

o even to teve lugar

Inaugural as confercncias (

talalt6es da Faculdade de E

tres conferencias a cargo d

paralelas de apresentaltao (

Apos a Sessilo Inaugl

Temponiria sobre a fundi lt1

Sinos do Porto

o primeiro dia terml

Municipal do Porto nos Jar

tiveram oportunidade de vi

No dia 22 ocorreu ext

Cultura 2000 subordinad

Network com a apresenta

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

~I~ -I ~ ~~ -~ rmiddot ~e

-1 _-I - ~ -gt~

17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

m 18 ZHU~ l8OMU

PreeiHlllllCI mamplIm dill itrd

nt tlTTlil ~spomiddotC0l Z~rraquoO I~rm ~~rrw~~~

~ Pedt~

zo~~ )Pt~

00 Z SUI~VH) 1flWllaPJrlllaa

(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

l

designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

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territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

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gicos em geral

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VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

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Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

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179

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partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

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Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

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Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 3: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

middot

Contexto Geologico da Mineraliza~ao Aurifera das Explora~6es Romanas de 199

Tres Minas

M ARibelro

A Dana

F Noronha

La Mineria Aurifera Romana en la Sierra del Teleno (Leon - Espana)Nuevos 211

Datos sobre su Ingenieria y Gestion

Ioberro Marias Rodnguel

Deteccion Geofisica de Minados Subterraneos La Intervencion en las Minas 231

Romanas de Lapis Specularis de La Mudarra (Huete - Cuenca)

M Arlandi Rodrigue

M I Berlardez G6mez gt ltJ

I C ullCdo d Monti Cl Q L lord Bordehore w VI F Villaverde Mora

Sec~ao 4 - Minera~ao e Metalurgia na Idade Media

A Fundi~ao Sineira em Portugal da Historia a Investiga~ao 249 Luis Sebastian

Aes Campanum Historia de uma Arte 273 Ricardo Erosun Corres

Um novo Fosso de Fundi~ao de Sinos no Mosteiro de Santa Maria Maior de 293

Pombeiro

Ricardo frosun Corres

Metodos y Tecnicas para la excavacion de un fo so de fundicion de campashy 311 nas

Ricmdo Erasun Corre

La Produccion de Campanas en la Peninsula Iberica en Epoca Medieval 329 y Moderna Contexto Arqueologico de una Actividad Metalurgica

Protoindustrial

Alfredo Morolo Barmiddot 0

Sonia rlJose Sanramarta

VI Sec~ao 5 - Minera~ao e Metalurgia nas Idades Modernas e Comporaneas

~ u laquo Os Complexos Mineiros de Rio de Frades e Regoufe (Arouca Portugal) 353

Memorias da Contemporaneidade

Anr6ni Manuel S P Silva

Manuela C S Rbeiro

Un Programme de Recherches sur les Aluns de la Peninsule Iberique et de 371 lAfrique du Nord

)000 Manvel Diogo

Mounce Picon

Agentes Economicos do Subsector do Volframio em Portugal Continental 381

(1871-1947)

Joao Paulo Aveos Nunes

6

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Cataluna (1900-1985)

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EI Descubrimiento Investigaci6n y Explotaci6n de Bauxitas en

Cataluna (1900-1985)

Ester Hoixereu i Vila

o Carvao de Moatize -1950-1974

In~5Mi9uel

Mouel anl05

o Impacto Ambiental de Explora~6es de Minerais Metalicos em

Portugal e sua Recupera~ao numa Perspectiva GeogrMica

LumCo MacucicuQ

A Produ~ao de Minerais Metltilicos em Portugal -Evolu~ao Recente e

Perspectivas Futuras

Jorge Filipe Baptista Duarte

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserva~ao do Patrim6nio Mineiro e

Metalurgico

Los Hornos Morunos para Yeso de Pezuela de las Torres Madrid

Moorish Kilns for Gypsum in Pezuela de las Torres Madrid

PucheRimt

Mazadego Marrinez I F

Jordcl Bordehore L

Proyecto y Desarrollo de EI Parque Minero de la Comarca de

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parque Geol6gico y Minero de la Comarca de

I Alta Ribagor~a

Hoger Mota Lleonarr

Cloudia Mesa VIchez

MarIO Pigurlguer Ferrando

Marta Vilo Rodriguez

J Mow-Perell6

oOuro na Reg iao do Baixo-Douro (Portugal) da Serra das Banjas a Serra das Flores -um Patrim6nio Natural e Hist6rico a Preservar

Helena Couto

Teresa Soeifo

Ferrocarriles Mineros el Problema del Transporte en la Mineria

Adaluza y en el Alfoz de Cartagena (Espana)

Jose Luis Hernando Fernrlndel

EI Patrimonio Minero del Ferrocarril Minero da la Mina del Tubo 0 del

Tub (Almatret Segria Depresi6n Geol6gica del Ebro)

Josep M MOa Perella

Sergi Falp rra 7i rres

Jaume Vilatella Forr05

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A LetCt

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IPaivo

$ Medina

Vestig ios de Minera~ao Antiga na Regiao a Sui do Douro entre os Rios 513 Paiva e Arda (Concelhos de Arouca e Castelo de Paiva Portuga l)

Manuel Valerio Figueiredo

Ant6nio Manuel 5 PSIlva

Nota sobre Tres Martelos Mineiros Descobertos na Serra de Valongo 533

Gomalo Amaro

Jose M Branddo

o Escravo Roma no (7) de Pias Alimentar a Hist6ria ou Desmi st ilicar 541

a Cren~a

Jose M Bmnddo

Norhoie Antunes -Ferrella

JoseLNelO

Contribui~ao para a El abora~ao de um Catalogo Gera l dos Artefac tos 555

Arqueol6gicos ligados 11 Minera~ao e Metalurgia Antigas nas

Colec~6es dos Museus Geomineiros do INETI

Jose M Brandoo

Paulo Brave Sliva

Estudio de los Exvotos Ibericos 571 A J CivanlO Redruello

F A COlpus Igles i(J I

F Lara Fernandez

As Mi nas de Ouro Romanas das Serras de Valongo - Uma Visao do seu 581 Interior

n Andre Carvalho

Augusto Monrerro

Lida Baptisra

Tioga Mo teiro

VirorGandfi

Geomining Heritage in the Naturtejo Area Inventory and Tourist 595

Promotion

C Neto de C rvalho

J GOllveia

E(hombino

~ Moreira

o Projecto Rio e 0 Patrim6nio Geo mineiro das Minas da Panasqueira 607

Mario Luis Gaspal Barroquelro

indice de autores 621

8

A Sociedad Espanola

SEDP YM foi fundada el

lt6es preocupadas com 0 P

a Departamento de Engen

Minas da Universidadc Poli

e coordenar actividades rcl

ltao e restauro do Patrimo[

tal tarefa organiza reunio(

promovc visitas a museus [

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Essa Sociedade da qu

instituilt6es nacionais a leva

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Nacional de Engenharia 1 Patrimonio Arquitect6nico

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talalt6es da Faculdade de E

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paralelas de apresentaltao (

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Sinos do Porto

o primeiro dia terml

Municipal do Porto nos Jar

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No dia 22 ocorreu ext

Cultura 2000 subordinad

Network com a apresenta

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

~I~ -I ~ ~~ -~ rmiddot ~e

-1 _-I - ~ -gt~

17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

m 18 ZHU~ l8OMU

PreeiHlllllCI mamplIm dill itrd

nt tlTTlil ~spomiddotC0l Z~rraquoO I~rm ~~rrw~~~

~ Pedt~

zo~~ )Pt~

00 Z SUI~VH) 1flWllaPJrlllaa

(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

l

designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

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Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

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Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

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partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

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Doutoramento Universidade do Minho Braga

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Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

ACTA

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Page 4: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

EI Descubrimiento Investigaci6n y Explotaci6n de Bauxitas en

Cataluna (1900-1985)

Ester Hoixereu i Vila

o Carvao de Moatize -1950-1974

In~5Mi9uel

Mouel anl05

o Impacto Ambiental de Explora~6es de Minerais Metalicos em

Portugal e sua Recupera~ao numa Perspectiva GeogrMica

LumCo MacucicuQ

A Produ~ao de Minerais Metltilicos em Portugal -Evolu~ao Recente e

Perspectivas Futuras

Jorge Filipe Baptista Duarte

Sec~ao 6 - Recupera~ao e Conserva~ao do Patrim6nio Mineiro e

Metalurgico

Los Hornos Morunos para Yeso de Pezuela de las Torres Madrid

Moorish Kilns for Gypsum in Pezuela de las Torres Madrid

PucheRimt

Mazadego Marrinez I F

Jordcl Bordehore L

Proyecto y Desarrollo de EI Parque Minero de la Comarca de

Riotinto

Jose M Manrecon

Puesta en Marcha dei Parque Geol6gico y Minero de la Comarca de

I Alta Ribagor~a

Hoger Mota Lleonarr

Cloudia Mesa VIchez

MarIO Pigurlguer Ferrando

Marta Vilo Rodriguez

J Mow-Perell6

oOuro na Reg iao do Baixo-Douro (Portugal) da Serra das Banjas a Serra das Flores -um Patrim6nio Natural e Hist6rico a Preservar

Helena Couto

Teresa Soeifo

Ferrocarriles Mineros el Problema del Transporte en la Mineria

Adaluza y en el Alfoz de Cartagena (Espana)

Jose Luis Hernando Fernrlndel

EI Patrimonio Minero del Ferrocarril Minero da la Mina del Tubo 0 del

Tub (Almatret Segria Depresi6n Geol6gica del Ebro)

Josep M MOa Perella

Sergi Falp rra 7i rres

Jaume Vilatella Forr05

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$ Medina

Vestig ios de Minera~ao Antiga na Regiao a Sui do Douro entre os Rios 513 Paiva e Arda (Concelhos de Arouca e Castelo de Paiva Portuga l)

Manuel Valerio Figueiredo

Ant6nio Manuel 5 PSIlva

Nota sobre Tres Martelos Mineiros Descobertos na Serra de Valongo 533

Gomalo Amaro

Jose M Branddo

o Escravo Roma no (7) de Pias Alimentar a Hist6ria ou Desmi st ilicar 541

a Cren~a

Jose M Bmnddo

Norhoie Antunes -Ferrella

JoseLNelO

Contribui~ao para a El abora~ao de um Catalogo Gera l dos Artefac tos 555

Arqueol6gicos ligados 11 Minera~ao e Metalurgia Antigas nas

Colec~6es dos Museus Geomineiros do INETI

Jose M Brandoo

Paulo Brave Sliva

Estudio de los Exvotos Ibericos 571 A J CivanlO Redruello

F A COlpus Igles i(J I

F Lara Fernandez

As Mi nas de Ouro Romanas das Serras de Valongo - Uma Visao do seu 581 Interior

n Andre Carvalho

Augusto Monrerro

Lida Baptisra

Tioga Mo teiro

VirorGandfi

Geomining Heritage in the Naturtejo Area Inventory and Tourist 595

Promotion

C Neto de C rvalho

J GOllveia

E(hombino

~ Moreira

o Projecto Rio e 0 Patrim6nio Geo mineiro das Minas da Panasqueira 607

Mario Luis Gaspal Barroquelro

indice de autores 621

8

A Sociedad Espanola

SEDP YM foi fundada el

lt6es preocupadas com 0 P

a Departamento de Engen

Minas da Universidadc Poli

e coordenar actividades rcl

ltao e restauro do Patrimo[

tal tarefa organiza reunio(

promovc visitas a museus [

Tambem colabora com inst

e Mineiro

Essa Sociedade da qu

instituilt6es nacionais a leva

Mineraltao e Metalurgia Hi

Assim constitui-se un

Nacional de Engenharia 1 Patrimonio Arquitect6nico

FLUP e Ciencias-FCUP d~

o planeamento e a execwao

o even to teve lugar

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talalt6es da Faculdade de E

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paralelas de apresentaltao (

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Temponiria sobre a fundi lt1

Sinos do Porto

o primeiro dia terml

Municipal do Porto nos Jar

tiveram oportunidade de vi

No dia 22 ocorreu ext

Cultura 2000 subordinad

Network com a apresenta

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

~I~ -I ~ ~~ -~ rmiddot ~e

-1 _-I - ~ -gt~

17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

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Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

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Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

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179

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ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

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Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

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- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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I

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Pa trim6 nios e Mem6rias

L P6voos

F J A 5 Barriga

A LetCt

e Lopes

MJadlm

IPaivo

$ Medina

Vestig ios de Minera~ao Antiga na Regiao a Sui do Douro entre os Rios 513 Paiva e Arda (Concelhos de Arouca e Castelo de Paiva Portuga l)

Manuel Valerio Figueiredo

Ant6nio Manuel 5 PSIlva

Nota sobre Tres Martelos Mineiros Descobertos na Serra de Valongo 533

Gomalo Amaro

Jose M Branddo

o Escravo Roma no (7) de Pias Alimentar a Hist6ria ou Desmi st ilicar 541

a Cren~a

Jose M Bmnddo

Norhoie Antunes -Ferrella

JoseLNelO

Contribui~ao para a El abora~ao de um Catalogo Gera l dos Artefac tos 555

Arqueol6gicos ligados 11 Minera~ao e Metalurgia Antigas nas

Colec~6es dos Museus Geomineiros do INETI

Jose M Brandoo

Paulo Brave Sliva

Estudio de los Exvotos Ibericos 571 A J CivanlO Redruello

F A COlpus Igles i(J I

F Lara Fernandez

As Mi nas de Ouro Romanas das Serras de Valongo - Uma Visao do seu 581 Interior

n Andre Carvalho

Augusto Monrerro

Lida Baptisra

Tioga Mo teiro

VirorGandfi

Geomining Heritage in the Naturtejo Area Inventory and Tourist 595

Promotion

C Neto de C rvalho

J GOllveia

E(hombino

~ Moreira

o Projecto Rio e 0 Patrim6nio Geo mineiro das Minas da Panasqueira 607

Mario Luis Gaspal Barroquelro

indice de autores 621

8

A Sociedad Espanola

SEDP YM foi fundada el

lt6es preocupadas com 0 P

a Departamento de Engen

Minas da Universidadc Poli

e coordenar actividades rcl

ltao e restauro do Patrimo[

tal tarefa organiza reunio(

promovc visitas a museus [

Tambem colabora com inst

e Mineiro

Essa Sociedade da qu

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Mineraltao e Metalurgia Hi

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tiveram oportunidade de vi

No dia 22 ocorreu ext

Cultura 2000 subordinad

Network com a apresenta

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

~I~ -I ~ ~~ -~ rmiddot ~e

-1 _-I - ~ -gt~

17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

m 18 ZHU~ l8OMU

PreeiHlllllCI mamplIm dill itrd

nt tlTTlil ~spomiddotC0l Z~rraquoO I~rm ~~rrw~~~

~ Pedt~

zo~~ )Pt~

00 Z SUI~VH) 1flWllaPJrlllaa

(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

l

designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

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Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

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179

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Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 6: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

MIN ER ACAo AURiFERA NO CONVENTUS DE BRACARA AUGUSTA

Lemos F 5 Meireies CAP H

Universidade do MinhoUnldade de ArqueologiaAvenida Central nO 394710 - Braga

Lema uaumuminhopt

Instituto Nacional de Engenhari3 Tecnologia e Inovacao Departamento de Geologia

Apartado 1089 4466-956 S Mamede de Infesta

caflosmei rel~ineti pt

RESUMO

N3 numerosa bibliografia acerca do conventus d Bracara Augusta um aspecto que tem sido meshy

nDs trarado ea mineraltao em especial a aurffera Sobre este t ma existem abundantes referencias

nas parce1ares e normalmente incluidas em projectos de i nvest ig a ~ao que incidem sobre 0 povoashy

nlentoNao existe urn q adro de conjunto equivalente aunida e politi a e administrarivada epoca

lomana que abrange grande parte do Norte de Portugal e as zonas merid lonai das provincias de

Ou ense Pontevedr A actividade mlneira aurffera foi um vector fundamenta l 11 organizaltao

do rerrit6rio do conventus como alias de todo 0 Noroeste Peninsular Com ase na bibliografia

jisponivel e em uabalho de campo ja e possi el estabelecer e apresentar urn mapa das frentes e

exploraltao de ouro Pretende-se assim con lribulr para 0 avanlto dos conhecim mos sobr uma

unidade geografica estruturante na f list6ria do Noroeste durante as ultlmos dais mi lenios

ABSTRACT

1here is a large amount of bibliography about the Bracara Augusta conventus But the roman gold

mines subject is less studie Beside there re no strucLUred projects 0 the roman gold mines

belongin to the space of the conventus today divided b tween Galicia (south of Ourense and

Ponteve raj and the North of Portugal The gold mining was a comprehensive aspect of the terrishy

tollal strucLUre of the Bracara Augusta conventus like in all the roman Iberian NW Today wlrh the

suppor t of the available bibliography and the results of terrain work it is alreauy possible TO draw a

map on rhe gold mines sitesThis p er goal Is to contribute to the advan e of the knowledge abou t

ageographical entity (Galaecia) that structured NW Iberian History in the last two mille niums

169

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

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17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

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Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

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173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

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Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

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gicos em geral

Almeida C A Ferreir

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VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

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Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

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Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

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do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

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179

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Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

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Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 7: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

INTRODU~Ao

Os estudos da romanizarao no Noroeste de Portugal e na Galiza tiveram urn

desenvolvimento tardio devido a estratcgias da investigarao peninsular que por

economia discursiva e motivar6es ideologicas pretendiam embora sem dados conshy

sistentes que a finisterra peninsular nunca se tinha integrado no universo classico

Nas tres ultimas decadas do seculo XX os projectos de estudo de Bracara Augusta de LIlCliJAugusti de Tongobriga da rede via ria antiga e de povoamento evidenciaram

uma realidade muito diferente Existe contudo urn dominio pouco invcstigado no

quadro da Callaecia a cxplorarao sistematica dos abundantes recursos metaliferos

Na Callaecia ha que distinguir entre os dois conventus 0 lucense e 0 bracarense

Para uma investigarao rna is adequada e imperioso desfazer as fronteiras medievas e

comemporaneas estudando 0 territorio tal como se encontrava organizado na epoca

Na verdade 0 efeito cruzado das fronteiras contemporaneas e da hist6ria dos estudos

reflecte-se negativamente nos mapas de sintese Mesmo na cartografia mais recenshy

te (Domergue 1991 Sanchez-Palencia 2000) os mapas sugerem como epicentro da

minerarao a Asturia Augustana Minas como as das serras da Padrela e de Valongo

parecem rnarginais De facto a faixa litoral atlantica teve uma expressiva relevancia

mineira Para corrigir as distorr6es cnecessario regressar aos quadros politico admishy

nistrativos coevos ou seja aos territorios conventuais

ENQUADRAMENTO GEOLOGICO REGIONAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

A maior parte das rochas pre - Mesozoicas da Europa constitui urn extenso

cinturao orogenico de 3000 km de comprimento por 800 km de largura resultante da

convergencia e colisao no final do Paleoz6ico ha aproximadamente 300 Ma de dois

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17 1

super-continenshy

tes (Laurussia e

Gondwana)

Figura 1 -

Esquema gera do Orogeno VariSCO

Europeu segunshy

do Franke (1989)

In Geologia de

Espana 2004

gtshyl Cl o w Vl

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

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(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

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Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

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Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

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Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

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Etnografia

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tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

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trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

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180

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- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

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- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 8: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

As idades destas formacoes abarcam desde 0 Proterozoico ao Carbonifero

Apresentam-se deformadas metamorfizadas e intruidas por granitoides ante

Permicos Esta cordilheira apresenta a particularidade de na sua extremidade sushy

doeste na Peninsula Iberica definir uma curvatura designada por Arco Ibero -

Armoricano e cujo nucleo ou charneira de rotacao se situa nas Asturias (fig I)

E na Peninsula Iberica que aflora 0 designado Macico Iberico que constitui

a seccao mais completa em toda a Europa deste orogeno varisco Uma das suas

particularidades e a de apresentar uma certa zonografia estabelecida em funcao de

caracteristicas distintas estratigraficas estruturais metamorficas magmaticas e

tambem metalogcnicas Lotze (1945) foi 0 primeiro a chamar a atencao para esta parshy

ticularidade definindo no lvlacico Iberica seis zonas respectivamente de norte para

sui Cantabrica Asturico - Ocidental Leonesa Galaico - Castelhana Lusitano -

Akudiana Ossa - Morena e Sui Portuguesa (fig 2 A) Basicamente e a sua zonografia

que com algumas modificaC6es importantes vern sendo seguida desde entao Com

Julivert et at (1972) a juncao das zonas Galaico - Castelhana e Lusitano - Alcudiana

deu origem aactual Zona Centro Iberica (fig2 B)

m 18 ZHU~ l8OMU

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zo~~ )Pt~

00 Z SUI~VH) 1flWllaPJrlllaa

(A) (B)

Figura 2 - Zonogra fia da Cadeia VarisC3 do Maci 0 Iberico (A) - Proposta original de Lotze (1945)

(B) - Proposla segu ndo Julivert et 01 (1 972)

Mais recentemente pelas suas particularidades estruturais e metamorficas

a Zona Galiza -Tras-os-Montes com os seus dois dominios (complexos aloe tones e

complexo xistento) e definitivamente individualizada a partir daZona Centro Iberica

(Farias et aI 1987 Arenas et aI 1988) Actualmente a Zona Centro Iberica e tamshy

bem subdividida em dois dominios Olho-de-Sapo e Complexo Xisto - Grauvaquico

(fig3)middot Para 0 objectivo deste trabalho importa sobretudo realcar as Zonas Centro

172

Iberica e Galiza - Tras-os-J

abrange apenas estas duas z(

Assim sendo na Zona

za-se pela presenca significat

idade Cambrico superior a (

cia metassedimentar sobrej

intruida por granitos sintec

alto grau As dobras sao gera

o dominio do Comple

pel a presenca de metassedirr esta sequencia de xistos e gr

se uma sequencia variada d

Carbonifero Esta sequencia

quer pos-tectonicos 0 met

contacto das intrusoes granl

soco cadomiano

Quanto aZona Galiza

ser formada por diversas un evolucao tectonometarnorfi(

lar constituindo urn conjun

toe tones da Centro Iberica

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

zoc-Q-a ~~oeo_~

b) 0 00 d MHbIIIdu 11 ~IQa- IItoSJ

gt0 laltWn f1 ~ 1UanIkiC~~ q OOIMIIO ~IIIIiO4O (PutdIlIDHI

173

Figura 3 - Uil iclades

geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

zona de gqhamellltll OJO ~ Amiddot~~middot~ IAQtgtshycmiddot_ O- IuI -A~ E y ~ tI~ OMonllOn(I middot~ H middot~-OIMY tMlIIrM I bull Jubullbullmiddotmiddottraquo1dIcI PerrNv 00 CNUlIb

OetJlOImenIoamp ft~ D )

JFIIh-tlfin-~-~ IfIhI~IIIIanI

Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

rio para a galeria as arcias POt

terminado tempo 0 trabalhc

rante 0 inverno e retomado 11

profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

Coulaquoo do Monte Furado mint

Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

media bacia do Tua

Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

ckwerk de filoes de quartzo

de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

pais controlos tectonicos da

orientacao N80E esquerdo~

NI20-I30E dextros (area de

das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

l

l

designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

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Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

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Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 9: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

Iberica e Galiza - Tras-os-Montes pois que 0 territorio da antiga Bracara Augusta

abrange apenas estas duas zonas geoestruturais Assim sendo na Zona Centro Iberica 0 Dominio do Olho-de-Sapo caracterishy

za-se pela presen~a significativa nos nucleos de antiformas de gneisses glandulares de

idade Cambrico superior a Ordovicico inferior (Forma~ao Olho de Sapo) A sequenshy

cia metassedimentar sobrejacente abrangendo desde 0 Ordovicico ao Devonico e

intruida por granitos sintectonicos Apresenta areas de metamorfismo regional de

alto grau As dobras sao geralmente deitadas com vergencia para nordeste

o dominio do Complexo Xisto Grauvaquico caracteriza-se fundamentalmente

pela presen~a de metassedimentos de idade Cambrica Em discordancia angular com

esta sequencia de xistos e grauvaques subjacente ocorre 0 Ordovicico inferior Segueshy gtshysc uma sequencia variada de metassedimentos que abrange desde 0 Ordovicico ao 0 Cl wCarbonifero Esta sequencia Paleozoica e instrufda quer por granitos sintectonicos Vl

quer pos-tectonicos 0 metamorfismo regional e de baixo grau excepto nas orlas de

contacto das intrus6es graniticas Nalguns locais ocorrem escassos afloramentos do soco cadomiano

Quanto aZona Galiza - Tras-os-Montes uma sua particularidade e0 facto de

ser tormada por diversas unidades tectonoestratigraficas de origens diversas e com

evolu~ao tectonometamorfica distinta e que ocorrem somente no noroeste peninsushy

lar constituindo urn conjunto de mantos aloctoncs carrcados sobre os terrenos aushy

toctoncs da Centro Iberica

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173

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geo-estrururais do Madro

Iberica (in Geologia de Espana 2004) corn

auaptalt6es de Farias et

01 (1987) Quesada (1991)

Gonzalez Clavijo (1 997)

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AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

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Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

dro mais apertado 0 esporlio nea de modo que 0 curso do

a montante e da qual sc consshy

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continua Tendo em conta as

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Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

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Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

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pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

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desceu 0 desmonte pequcnl

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abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

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) Apresen

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de filoes subverticais (c) de (

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A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

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Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 10: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

)

AS MINERALlZAlt6ES AURiFERAS NO ANTIGO TERRITORIO DE BRACARA AUGUSTANO

No que respeita as mineralizalaquooes de ouro que ocorrcm nestas duas zonas geoshy

estruturais e vasta a bibliografia que reallaquoa 0 forte controlo estrutural que joga urn

papel importante na remobilizalaquoao e na concentralaquoao economica destas mineralizashy

laquooes (Gouanvic et al 1981 Courrioux et al 1986 Meireles e Carvalho 1992 Noronha

e Ramos 1993 Pereira et ai 1993 Pereira e Meire1es 1998 Nogueira e Noronha

1998) Sem se pretender ser exaustivo pois 0 estudo metalogenico nao esta no ambito

deste trabalho sao fundamentalmente as estruturas tectonicas geradas durante as

orogenias varisca precoces (cisalhamentos das fases D e D) e tardi varisca (falhas NIoE-zoE) que desempenham 0 principal papel no controlo destas mineralizalaquo6es gtshylgt 0 o (fig 4)W 111

Figura 4 - Esbo~o estrutural

das Zonas Centro Iberica e Gallza

TrAs-os-Montes LEGENDA

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Alem disso constata-se que as diferentes associalaquooes de metais a que 0 ouro

esta associado podem ser tambem fortemente condicionadas pelo contexto litologico

(Meireles 1991 Meireles e Carvalho 1992 Noronha e Ramos 1993) De facto na sershy

ra das Banjas (anticlinal de Valongo) ha evidencias c1aras comprovadas de concenshy

tralaquooes singeneticas de ouro em sedimentos pelfticos de cor mais escuras finamcnte

bandados com indicios vulcanogenicos e de camadas negras com materia organica

intercalados nos quartzitos arenigianos (Couto 1993 Couto et al 20 03)

Como se pode constatar (fig 5) no territorio do Conventus de Bracara Augusta

embora haja actividade mineira emplacers (jazidas secundarias) particularmente sigshy

nificativas no sector de Ourense a exploralaquoao mineira incidiu fundamentalmente nos

jazigos primarios de ouro quer em filoes quartzosos endogranfticos quer em filoes

de quartzo c brechas tectonicas ferriferas nos metassedimentos encaixantes em esshy

174

pecial nas unidades parautoc

tones destacam-se as forma~

A) EXPLORAltOES I

Nao e facil detectar ve~ teamento das areias fluviais

areias transportadas pelos ril

No rio Coura ha um local des

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rio para a galeria as arcias POt

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profundo no qual se deposita

continua Tendo em conta as

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Ha numerosos vestigios ~

pleistocenicos de genese fluvia

Lima e Minho Neste texto n

arrastre que se observam nas

(fig 5 ponto 14) Pouco profun

rio Tamega e seus afluentes D

tirem varios povoados nas su

de ouro seria relevante justifi(

terminal do rio Lima na margt

pleistocenicas (fig5 ponto 5)

diversos vestfgios de trabalhos

tes incluem-se tanto no ambitc

como no de Tude ambas sedes do conventus de Bracara Auglst~

ralaquoao de Pinheiro Velho a nor

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

J 76

de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

a civitas dos Baniensium (LeI

com capital em S Juzenda

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Outra zona mineira au

Passos tendo como povoad

ploracao sejam discretas ha

pode ser observado com nit

profunda vein trench resultar

A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

das Freitas (Almeida 1970 T

inllmeros vestigios cle miner

clo rio Terva (afluente do Ti

desceu 0 desmonte pequcnl

levo galerias (umas de extr2

abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

cico de Chaves Trata-se de relativamente aD

) Apresen

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de filoes subverticais (c) de (

cao macroscopica 0 quartzo milonitizacao a arsenopirit

Poco das Freitas proximo d

orientacao N120-130E Nurr

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das Freitas)

A par dos distritos mil

antiga na zona leste do COllt

se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

Pablo Macia]G de Peinado M e Rodriguez-Fernandez 1R 1988 Caracteristicas geologicas y significado de los dominios que componen la Zona de Galicia - Tras-osshyMontes II Congr Geot Espana Simposios 75-84

Argote Jeronimo Contador de 1732-1747 Mem6rias pard a Hist6ria Ecclesidstica

do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

Etnografia

Courrioux G Gagny C amp Gouanvic Y 1986 Analyse des structures cishysaillantes dans des granites syntectoniques de Galice (NW de Espagne) Bol Geot y Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993 As mineralizaroes de Sb-All da regiao Durico - Beira Fac

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tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 11: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

pecial nas unidades parautoctones e aloctone inferior Nos metassedimentos autocshy

tones destacam-se as formalt6es ordovfcicas da estrutura anticlinal de Valongo

A) EXPLORAcOES MINEIRAS ROMANAS - JAZIDAS SECUNDARIAS

AREIAS ALUVIONARES RECENTES

Nao e faci detectar vestfgios de uma actividade tao move como 0 simples bashy

teamento das areias fluviais Todavia em alguns casos a percentagem de metais nas

areias transportadas pelos rios justificou a organizaltao de urn sistema permanente

No rio Coura ha urn local designado por Coulto do Monte Furado onde num meanshy~ gtshydro rna is apertado 0 esporao rochoso (xistos) foi cortado por uma galeria subterrashy Cl o Wnea de modo que 0 curso do rio podia ser controlado graltas a uma represa erguida III

a montante e da qual se conservam vestigios (fig 5 ponto 6) Desviado 0 caudal do

rio para a gale ria as areias pod iam ser exploradas de forma intensiva durante urn deshy

tcrminado tempo 0 trabalho deveria ser realizado sazonalmente interrompido dushy

rante 0 inverno e retomado no periodo de estiagem Na propria galeria ha urn polto

profundo no qual se depositavam areias 0 que coloca a hipotese de uma actividade

continua Tendo em conta as formalt6es cortadas pelo rio Coura recolhia111-se no

Coulto do Monte Furado minerios de DurO e de estanho

I DEPOSITOS PLEISTOCENICOS

Ha numerosos vestigios de exploralt6es mineiras romanas de ouro em depositos

pleistocenicos de genese fluvial designadamente nas bacias dos rios Douro Tamega

Lima e Minho Neste texto referimos apenas alguns principiando peas cortas de

arrastre que se observam nas zonas de Chaves em Outeiro Seco e Outeiro Ivlachado

(fig 5 ponto 14) Pouco profundas estas cortas resultam do des1110nte dos terraltos do

rio Tamega e seus afluentes Distinguem-se bern nos ortofotomapas 0 facto de exisshy

tirem varios povoados nas suas imedialt6es leva-nos a considerar que a quantidade III

~ de ouro seria relevante justificando assentamentos permanentes Tambern no curso u

laquo

terminal do rio Lima na margem esquerda em Vila Mou foram exploradas formalt6es

pleistocenicas (fig5 ponto 5) Nos trechos final e medio do rio Minho conhecem-se

diversos vestigios de trabalhos mineiros em formalt6es de genese fluvial Estas frenshy

tes incluem-se tanto no ambito do territorio de Auria (Ourense) (fig5 pontos 12 e 13)

como no de Tude ambas sedes de civitates e dois dos principais aglomerados urbanos do conventus de Bracara Augusta No extremo nordeste do COllVentllS regista-se a exploshy

raltao de Pinheiro Velho a norte de Vinhais (fig5 ponto 18)

175 middot

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

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de muralhas bern como vcst

~~ ao Em nosso entendcr cst(

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A nordeste destes doi~

situa-se outra zona mal ava

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abrange uma vasta area mine

e a oeste pelo Corgo clo Vicl

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) Apresen

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se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

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do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

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Ciencias Univ Porto 607 p (2 vols) Couto HM Roger G amp Sodre Borges 2003 Minas das Banjas contribushy

tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

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Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 12: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

B) JAZIDAS PRIMARIAS

o Conventus de Bracara Augusta sao numerosas as jazidas primarias destacanshy

do-se os distritos mineiros da Serra da Padrela (Campo de Jales e Trcs Minas) e da

Serra do Valongo (Fojo das Pombas) No actual territorio galego a area a norte de

Carballino (fig5 ponto II) e impressionante pela intensa mineracao antiga de Duro

e estanho

Quanto as Serras do Valongo e da Padrela (Almeida 1970 Almeida I973 Castro

I960 e I963 Lencastre I966 XTahl 1986 I988 e I989) considerando 0 facto de serem

complexos mineiros ja parcialmente estudados destacaremos apenas 0 seguinte a

circunstiincia de terem sido distritos mineiros autonomos urn entre a civitas de Cale

e a de Tongobriga 0 outro entre a civitas de Aquae fltlaviae a norte e a suI a civitas com

sede na area de Constantim de Pan6ias a elevaeia percentagem de ouro por tonelada

a cronologia do inicio da actividade mineira que e possivel datar da dinastia Julioshy

Claudiana (Tiberio ou mesmo Augusto) a prosperidade destes territorios que atrashy

iram imigrantes vindos de Clunia e de outras zonas do Noroeste 0 facto de estarem

directamente ligados a Bracara Augllsta atraves da Via XVII (Serra da Padrela) e da

Via XVI (Serra de Valongo)

Reconhecimentos ultimamente efectuados permitiram descobrir novas exploshy

racoes auriferas e reavaliar outras mal conhecidas

) ZONA ORIENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

De acordo com os indicadores disponiveis ha em Tras-os-Montes Ocidental

ou seja na faixa interior e leste do conventus para alem da Serra da Padrela outras

tre relevantes zonas mineiras Macedinho - Vila Verde - S Salvador (concelhos

de Mirandela e Vila Flor) Serra de Passos (contrafortes meridionais) (concelho de

Mirandela) e 0 Vale Superior do rio Terva (Concelho de Boticas)

No conjunto de Macedinho - Vila Verde - S Salvador sao numerosos os vestishy

Vl gios de exploracao de filoes de quartzo pelo metodo designado por PHnio como aura ~ u canalicum ou seja 0 desmonte em extensao e profundidade do veio Urn dos exemplos laquo

mais evidentes dessa tccnica encontra-se nos contrafortes da Serra da Luz 0 DUro foi

explorado num extenso conjunto de filoes paralelos com orientacao NIO-20E que sc

cstendem desde 0 pequeno bat6lito de gran ito moscovitico de Pedra Luz ate a aldeia

de Macedinho numa extensao d~ I5 km

Outros extensos desIllontes do f1esmo tipo foram assinalados nas cartas I25 000 do SCE e podem observar-se na freguesia na S Salvador (Vila Flor) Em numeroshy

sus pontos a sui de MacediflhQ notarn-se galerias de profundidade variavel sem que

seja possivel afirmar-se se foram frentes de exploracao ou apenas de prospeccao De

Macedinho conservam-se as [Uinas de urn povoado mineiro defendido por uma linha

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de muralhas bern como vcst

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situa-se outra zona mal ava

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se coloca por ora a hipotes

refer i-los no presente trabal

de Bracara Augusta junto ac

como vicus e que se chama

expressivos vestigios de min

xistosos Tais vestfgios ja fo

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

middotmiddotmiddotmiddot 178

territorio Cada urn destes ve restantes Estudos de conjur vectores sao forrosamente p do urbanismo da rede viari (j

aconselham que 0 estudo dm do pois que se trata de urn Vf

desta regiao do Imperio ROlli

o substrato geologico mente complexo Estacompll directa na diversidade das ti~

gicos em geral

Almeida C A Ferreir

J ales e Tres Minas (Tras-osshy

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P

FKlein E Marqufnezj N Pablo MaciaJG de Peinadc

geologicas y significado de 101

Montes II Congr Geo Espaii

Argote Jeronimo Cant do Arcebispado Primaz de Brag

Castro Luis de Albu( Trabalhos do Servifo de Foment

--(1963) - Tres Minas -

Etnografia

Courrioux G Gagny saillantes dans des granites s

Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

Couto HM Roger (

tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

Domergue Claude 19

Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

Pablo Macia]G de Peinado M e Rodriguez-Fernandez 1R 1988 Caracteristicas geologicas y significado de los dominios que componen la Zona de Galicia - Tras-osshyMontes II Congr Geot Espana Simposios 75-84

Argote Jeronimo Contador de 1732-1747 Mem6rias pard a Hist6ria Ecclesidstica

do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

Etnografia

Courrioux G Gagny C amp Gouanvic Y 1986 Analyse des structures cishysaillantes dans des granites syntectoniques de Galice (NW de Espagne) Bol Geot y Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993 As mineralizaroes de Sb-All da regiao Durico - Beira Fac

Ciencias Univ Porto 607 p (2 vols) Couto HM Roger G amp Sodre Borges 2003 Minas das Banjas contribushy

tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

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Page 13: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

de muralhas bern como vestigios de uma represa e de urn possivel tanque de decantashy

ao Em nosso entender este conjunto formava urn distrito mineiro autonomo entre

a civitas dos Baniensium (Lemos 1993) e uma segunda civitas de nome desconhecido com capital em S Juzenda ou em Pinetum (Vale de Telhas) abrangendo a zona da

media bacia do Tua

Outra zona mineira autonoma ocupava a as vertentes meridionais da Serra de

Passos tendo como povoado central Lamas de Orelhao Embora as frentes de exshy

ploraiio sejam discretas ha pelo menos urn local em que 0 metodo de allra callicuum

pode ser observado com nitidez Na Fraga da Gralheira distingue-se uma extensa e

profunda vein trench resultante do desmonte integral de urn filiio de quartzo

A nordeste destes dois complexos mineiros e de Campo de Jales-Tres Minas

situa-se outra zona mal avaliada normalmente referida na bibliografia como Polto

das Freitas (Almeida 1970 Tranoy 1981) De facto 0 Polto das Freitas eapenas urn dos

inumeros vestfgios de mineraltao antiga que se distribuem ao longo do Vale Superior

do rio Terva (afluente do Tamega) Lagoas que tcstemunham a profundidade a que

desceu 0 desmonte pequenos desfiladeiros alteralt6es substanciais no perfil do reshy

leva galerias (umas de extracltao e outras de exploraltao) 0 Vale Superior do Terva

abrange uma vasta area mineira limitada a leste pelo filao N20-30E da Serra do Ferro

e a oeste pelo Corgo do Vidoeiro A mineralizaltao e endogranitica situada no mashy

(ilto de Chaves Trata-se de um granito de grao medio de duas micas sintectonico

relativamente a Dj Apresenta-se muito alterado 0 que facilitou a exploraltao do stoshy

ckwerk de fil6es de quartzo Pela forma das cortas haveria dois conjuntos principais

de filoes subverticais (I) de direcltao N60-70E e (2) de direcltiio N20E Pela observashy

ao macroscopica 0 quartzo dos fil6es e cinzento e apresenta sinais de cataclase eou

miloniti zaltao a arsenopirite ocorre no encosto dos fil6es Dois Km para oeste do

Polto das Freitas proximo da aldeia da Nogueira destaca-se urn outro open pit com a

orientaltao NI2o-130E Numa extensao de 15 km ocorrem exemplos dos ues princishy

pais controlos tectonicos das mineralizalt6es audferas 0 cisalhamentos DJD com J

orientaltao N80E esquerdos (no caso de Gralhas - Montalcgre) os seus conjugados

NI20-130E dextros (area de Nogueira) e as estruturas tardi-va riscas N20-30E (Poco

das Freitas)

A par dos distritos mineiros supra descritos ha outros vestigios de mineracao

antiga na zona leste do conventus sobre os quais ainda pouco se sabe pelo que nao se coloca por ora a hipotese de serem territorios autonomos CQDVem no entanto

referi-los no presente trabalho Urn deles situa-se no extremo sudeste do territorio

de Bracara Augusta junto ao rio Douro proxima de urn povoado que c1assificamos

como v icus e que se chamava Tiria (Lemos 1993) ProximQ de Tiria conservam-se

expressivos vestigios de mineraltao antiga pequenos circos de desmonte em relevos

xistosos Tais vestigios ja foram citados no seculo XVIII (Argote 1732-1747) sendo

177

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

via ria planeada e adaptada it geografia da reorganizarao polftica e administrativa do

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Couto HM 1993middot AJ Ciencias Univ Porto 607 p (2

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tos para 0 conhecimento do (UNL) Lisboa nO esp V CD

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Romaine Collection de IEco

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

Pablo Macia]G de Peinado M e Rodriguez-Fernandez 1R 1988 Caracteristicas geologicas y significado de los dominios que componen la Zona de Galicia - Tras-osshyMontes II Congr Geot Espana Simposios 75-84

Argote Jeronimo Contador de 1732-1747 Mem6rias pard a Hist6ria Ecclesidstica

do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

Etnografia

Courrioux G Gagny C amp Gouanvic Y 1986 Analyse des structures cishysaillantes dans des granites syntectoniques de Galice (NW de Espagne) Bol Geot y Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993 As mineralizaroes de Sb-All da regiao Durico - Beira Fac

Ciencias Univ Porto 607 p (2 vols) Couto HM Roger G amp Sodre Borges 2003 Minas das Banjas contribushy

tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

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Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

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Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

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Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

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180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

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3[-56 - (1989) -Resultados d

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WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

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designados como Covas Outra zona onde foram descobertos indicios de minerarao estes ineditos situa-se no concelho de Montalegre no altiplano que se abre entre os contra fortes meridionais da Serra do Larouco e a Serra do Leiranque Na freguesia de Gralhas foram identificadas pelo menos tres frentes de minerarao antiga uma delas com uma profulldidade mais de dez metros com urn assinalavel manto de material resultante do desmonte Estas exploraroes estao quase todas orientadas N70-80E Junto it principal frente recolhem-se fragmentos de ceramicas de construrao e doshymestica romanas bern como fragmentos de mos 0 que nao deixa qualquer duvida sobre a cronologia dos trabalhos mineiros Embora a distfmcia entre Gralhas e 0 Vale do Terva seja pequena (cerca de 15 km) julgamos que este conjunro seria autonomo

I ZONA OCIOENTAL DO CONVENTUS BRACARAUGUSTANUS

Na zona ocidental do conventus de Bracara Augusta 0 numero de conjuntos e sishy

tios mineiros associados a jazidas primarias tambem e assinalltivel 0 rna is conhecido eo distrito mineiro da Serra de Valongo sobre 0 qual ha numerosos trabalhos Outro conjunto sobre 0 qual a bibliografia e escassa situa-se em Marrancos no concelho de Vila Verde onde foram explorados filoes de quartzo pelo metodo de aura caniculum

Proximo do litoral de acordo com varios autores a chamada Lagoa Negra no conshycelho da Povoa de Varzim sera outro testemunho de antigas actividades mineiras Na Serra da No e da Padela que dividem as bacias do Neiva e do Lima ha referenshycias a minerarao antiga dispersa (Maciel 2003) Na margem esquerda do rio Lima ha tambern ocorrencias antigas provavelmente auriferas nas venentes da Serra de Arga (Lima e Gomes 1998) Em boa verdade toda a zona envolventc desta serra esta por estudar quer a drenada pelos afluentes do rio Lima quer a que se insere na bacia hidrografica do Coura nao faltando os toponimos revcladores como Covas

Na bacia hidrografica do rio Minho que fazia pane do conventus de Bracara

Augusta ou seja na parte do seu curso a juzante da confluencia do SiI destacam-se dois nueleos Urn na provincia de Pontevedra outra no territorio de Ourense No

territorio de Ourcnse na zona conhecida como 0 Carballino conserva-se urn amplo nueleo de jazidas primarias exploradas na epoca romana Pela sua extensao e possivel que este nueleo no extrema norte do conventus de Bracara Augusta constituisse urn distrito mineiro autonomo embora ligado aAttria

CONSIDERAltOES FINAlS

A maquina territorial romana consolidou 0 seu domfnio atravcs de urn compleshyxo sistema de alianras com os populi e castella da explorarao intensiva dos recursos (ex minerarao) de modelos e equipamentos urbanos (novas cidades) de uma rede

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gicos em geral

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territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

Pablo Macia]G de Peinado M e Rodriguez-Fernandez 1R 1988 Caracteristicas geologicas y significado de los dominios que componen la Zona de Galicia - Tras-osshyMontes II Congr Geot Espana Simposios 75-84

Argote Jeronimo Contador de 1732-1747 Mem6rias pard a Hist6ria Ecclesidstica

do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

Etnografia

Courrioux G Gagny C amp Gouanvic Y 1986 Analyse des structures cishysaillantes dans des granites syntectoniques de Galice (NW de Espagne) Bol Geot y Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993 As mineralizaroes de Sb-All da regiao Durico - Beira Fac

Ciencias Univ Porto 607 p (2 vols) Couto HM Roger G amp Sodre Borges 2003 Minas das Banjas contribushy

tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

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Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

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Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

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3[-56 - (1989) -Resultados d

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WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

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Page 15: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

territorio Cada urn destes vectores so pode ser analisado e ponderado em fun~ao dos restantes Estudos de conjunto que se fundamentem apenas em dois ou tres desses vectores sao for~osamente parcelares ou limitados Os recentes avan~os no estudo do urbanismo da rede via ria da historia da reorganiza~ao politic a e administrativa aconselham que 0 estudo dos aproveitamentos dos recursos minerais seja aprofundashydo pois que se trata de urn vector sem 0 qual nao e possivel compreender a estrutura

desta regiao do Imperio Romano ou seja da Gallaecia

o substrato geologico deste Conventus como se constata revela-se extremashy

mente complexo Esta complexidade geologica (Iitologica e estrutural) tern expressao directa na diversidade das tipologias dos seus jazigos minerais e dos materiais geoloshy

gicos em geral

BIBLIOGRAFIA

Almeida C A Ferreira de 1973 Aspectos da minera~ao romana de DurO em Jales e Tres Minas (Tras-os-Montes) Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia

Coimbra 553-562 Almeida Fernando de 1970 Minas de Ouro na Gallaecia Portuguesa Legio

VII Gemina Leon 287-302 Arenas R Farias P Gallastegui G Gil Ibarguchi ]IGonzalez Lodeiro

FKlein E Marquinez] Martin Parra 1M Martiinez Catalan]R Ortega E

Pablo Macia]G de Peinado M e Rodriguez-Fernandez 1R 1988 Caracteristicas geologicas y significado de los dominios que componen la Zona de Galicia - Tras-osshyMontes II Congr Geot Espana Simposios 75-84

Argote Jeronimo Contador de 1732-1747 Mem6rias pard a Hist6ria Ecclesidstica

do Arcebispado Primaz de Braga Braga 5 volumes Castro Luis de Albuquerque e 1960 Lucernas mineiras EstlldoJ Notas e

Tmbahos do Serviro de Fomento Mineiro 14 (3-4) Porto 281-292 --(1963) - Tres Minas -Arqueologia Mineira Actas do Congrerso Internacional de

Etnografia

Courrioux G Gagny C amp Gouanvic Y 1986 Analyse des structures cishysaillantes dans des granites syntectoniques de Galice (NW de Espagne) Bol Geot y Minero XCVII-VI 47-66

Couto HM 1993 As mineralizaroes de Sb-All da regiao Durico - Beira Fac

Ciencias Univ Porto 607 p (2 vols) Couto HM Roger G amp Sodre Borges 2003 Minas das Banjas contribushy

tos para 0 conhecimento do Ordovicico do anticlinal de Valongo Ciencias da Terra

(UNL) Lisboa nO esp V CD-ROM C28-C31 Domergue Claude 1991 Les Mines de La Pininsule lbirique dans tAntiquiti

Romaine Collection de IEcole Francaise de Rome 127 Roma

179

Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

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Farias P Gallastegui G Gonzalez Lodeiro F Marquinez] Martin Parra LM Martinez Catalan]R Pablo Macia]G e Rodriguez Fernandez LR 198]shyAportaciones al conocimento de la litoestratigrafia y estructura de Galicia Central

Mus Lab Min Geol Pac Cicncim Univ Porto Mem Ndeg I 4II-431 Geologia de Espana Vera ]A (Ed Principal) Sociedad Geol6gica de Espana

Instituto Geologico y Minero de Espana 2004884 p Gomes C L amp Gaspar 0 1992 Mineralizar6es filonianas associadas a cisashy

Ihamentos pos-pegmatoides do campo aplito-pegmatitico de Arga-Minho Comun

Servo Geo Port t i8 fase I 31-4i Gouanvic Y Courrioux G amp Ovejero G 1981 Controle strut ural de la reshy

partition des indices dor filoniens du nord-ouest de la Peninsule IberiqueCuad Geo

Iberica Madrid 353-36i Lemos F S 1993 0 Povoamento Romano de Trds-os-Montes Oriental Dissertafiio de

Doutoramento Universidade do Minho Braga

Lima MFL amp Gomes CAL 1998 Locais de interesse para a Arqueologia Mineira do Alto Minho (N de Portugal) Estado ac tual- metodos de caracterizarao

e estrategias de aproveitamento Cad Lab Xeol Laxe Coruna Vol 23 89-99 Lotze F 1945 Zur Gliederung der Varisziden der Iberischen Meseta Geotekt

Forsch 6 78-92 (traduzido para 0 espanhol Observaciones respecto a la division de

los variscides de la Meseta Iberica Publ extrangeras sobre geologia de Espana 1950

5149-166) Maciel Tarcisio 2003 0 POvoamento Proto-Histririco do Vale do Neiva Rio Neiva

Associarao para a Defesa do Ambiente Esposende Meireles c 1991 Sintese sobre os modelos metalogenicos das oco[[(~ncias de

ouro em Portugal Relatririo interno apresentado no ambito do concurso interno para assisshytente de investigafiio da DGGM 42 p

Meireles C amp Carvalho] H 1992 Proposta de enquadramento metalogenico das ocorrencias de Au em Portugal Abstract ampposter in XIV Reun de Xeol Min NO Peninsulclr Coruna

Nogueira P amp Noronha F 1998 Mineralizar6es auriferas da regiao de Vila Verde Urn modelo metalogenetico Actas do V Congresso Nacional de Geologia

Comunic lnst Geol Mineiro t 84 fasc 2 Lisboa F23-F26 Noronha F amp Ramos] 1993 Mineralizar6es auriferas primarias no nOrte de

Portugal Algumas reflex6es Cuad Lab Xeo Laxe 18 133-146 Pereira pound amp Meireles C 1998 Metais preciosos em Portugal Situarao da inshy

vestigarao geol6gica ~ mineira Est Notas e Trab Inst Geo Mineiro tomo 40 3-34 Pereira poundS Ribeiro A amp Meireles c 1993 Cisalhamentos hercinicos e conshy

trolo das mineralizar6es na Zona Centro Iberica em Portugal Cuad Lab Xeo Laxe Coruna nO 18 89-JI9

Sanchez-Palencia Ramos Fj 2000 Las Medulas (Leon) Un paisage cultural en la Asturia A ugustana Instituto Leones de Cultura Leon

180

Wahljurgen1986R das minas de ouro romtlllas de

- (1988) -Tres Minas Bereich des Romischen G~

3[-56 - (1989) -Resultados d

zona da minerarao romana

WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

- (1988) -Tres Minas Vorbericht Uber Die Archaologischen Untersuchungen im Bereich des Romischen Goldbergwerks 1986-87 Madrider Mitteilungen 29 Madrid 3[-56

- (1989) -Resultados das pesquisas arqueoJogicas efectuadas em 1988 e 1989 na zona da minera~ao romana de Tres Minas deJales (Relatorio dactilografado)

181

ACTA

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WahlJurgen 1986 Resultados daspesquisas arqueolOgicas do 4886 a roII86 na zona das minas de ouro romanas de Tres Minas (Relatorio dactilografado)

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Page 19: SIMPOSIO SOBRE MINERA~AO E , ETALURGIA H STORICAS …...A Metalurgia do Ferro e os Artefactos da Pre-Hist6ria Recente em Portugal . Sa/ere do Pome . Introducci6n ala metalurgia de

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