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S. R.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

MARINHA

INSTITUTO HIDROGRÁFICO

SÍNTESE DAS ATIVIDADES

DO

INSTITUTO HIDROGRÁFICO

EM 2014

LISBOA – PORTUGAL

2015

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Síntese das Atividades2014

Conteúdos

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I. Introdução

II. Enquadramento Estratégico

Missão, visão, valores

Vetores estratégicos

Fatores Críticos de sucesso

Aplicação da metodologia do Balanced Scorecard (BSC)

III. Atividades realizadas

A Segurança da navegação

A Cartografia

As Publicações Náuticas

Os Avisos aos Navegantes

A Segurança e o Assinalamento Marítimo

A caracterização monitorização ambiental do ambiente marinhoe a oceanografia operacional

As redes

Os projetos

A conversão do conhecimento

Projetos de I&D

Aplicações práticas e disponibilização de produtos e serviços

Apoio às atividades militares e organismos da Marinha

A gestão da informação técnico-científica

O desenvolvimento de métodos e processos inovadores

O Sistema de Gestão da Qualidade e Acreditação Laboratorial

A cooperação nacional e internacional

A formação em Hidrografia e Oceanografia

A atividade operacional dos Navios Hidrográficos

IV. A Aposta na Excelência

As 3as Jornadas de Engenharia Científica

O Projeto de Navegabilidade do Douro

O CIM

V. Eventos e visitas de referência

VI. Os Recursos

Recursos Humanos

Recursos Financeiros

Envolvente Económica e Financeira

Financiamento Global do Instituto Hidrográfico

Execução Orçamental

Situação Patrimonial

Síntese Conclusiva

VII. Avaliação Final

VIII. Organização

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Síntese das Atividades2014

I.Introdução

5

O Diretor-geral

José Luís Branco Seabra de MeloContra-almirante

OInstituto Hidrográfico (IH) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 43177, de 22 de setembro de 1960, e

constitui um dos Órgãos da Marinha regulado por legislação orgânica própria. Nesse sentido, fun-

ciona na direta dependência do Chefe do Estado-Maior da Armada, sendo a competência relativa

à definição das orientações estratégicas, bem como ao acompanhamento da sua execução, exercida pelo

Ministro da Defesa Nacional (MDN) em articulação com o Ministro da Educação e Ciência (MEC) e da Minis-

tra da Agricultura e do Mar (MAM).

Instituindo-se como Laboratório do Estado, e dotado de autonomia administrativa e financeira, o IH tem

como missão “assegurar as atividades relacionadas com as ciências e técnicas do Mar, tendo em vista a sua

aplicação na área militar, e contribuir para o desenvolvimento do País nas áreas científicas e de defesa do

ambiente marinho”, que executou durante o ano de 2014, prosseguindo a visão de se manter como um cen-

tro de referência no conhecimento e na investigação do mar.

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II. Enquadramentoestratégico

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Síntese das Atividades2014

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II.Enquadramento estratégico

Na atual conjuntura de fortes restrições orçamentais e deconstrangimentos económicos, e tendo em conta oesforço conseguido nestes últimos anos na modernizaçãode meios e de processos, o IH seguirá, no essencial, parao próximo triénio, uma estratégia de consolidação e deincremento das capacidades existentes, não deixando deprocurar e aproveitar, na área da Investigação e Desen-volvimento (I&D) e na Prestação de Serviços, as oportuni-dades proporcionadas pela envolvente externa.No domínio das capacidades navais oceânicas para ainvestigação do mar espera-se concluir a segunda fasede modernização NRP “D. Carlos I”. O incremento dascapacidades técnicas dos navios, além de contribuí-rem para melhorar o apoio às operações navais, per-mitirão aumentar a qualidade da execução dos váriosprojetos científicos do IH e prosseguir o apoio à comu-nidade científica nacional e ao projeto de extensãoda Plataforma Continental.Para além das responsabilidades de interesse público,nomeadamente no âmbito da cartografia hidrográfica,da segurança da navegação e do apoio à AutoridadeMarítima, o IH continuará a dar prioridade às atividadesde investigação e operacionais de carácter militar, asse-gurando o apoio ambiental às operações e exercíciosnavais, a continuação da caracterização geo-morfoló-gica das rotas seguras de acesso aos principais portosnacionais e a criação de produtos de informação geo-gráfica com finalidade militar.No domínio científico, manter-se-á como prioritá-rio o programa de monitorização ambiental da ZonaEconómica Exclusiva (MONIZEE), essencial para ainvestigação e conhecimento do ambiente marinhonos espaços marítimos de interesse nacional.O IH continuará assim, a assegurar a sua missão de ser-viço público de carácter militar e científico, contri-buindo, com o apoio sempre presente da Marinha, paraa segurança da navegação e para o desenvolvimentocientífico e sustentável do País.

a. Missão, visão, valores

MISSÃO

A missão de uma organização reflete a sua razão de ser,concretizada nas atividades relevantes que desenvolve. Amissão do IH decorre da sua lei orgânica:

«O IH tem por missão fundamental asseguraratividades relacionadas com as ciências e téc-

nicas do mar, tendo em vista a sua aplicaçãona área militar, e contribuir para o desenvol-vimento do País nas áreas científica e dedefesa do ambiente marinho.»

VISÃO

A visão do IH traduz o que a organização pretendeser no futuro, refletindo a sua ambição:

«Ser um centro de referência no conhecimento ena investigação do mar.»

O IH caminha diariamente para se afirmar como um cen-tro de referência no conhecimento e na investigação domar, com projeção nacional e internacional, no quadro deintervenção da Marinha, na segurança da navegação e naproteção do ambiente marinho, contribuindo pro-ativa-mente, como LdE, para o desenvolvimento científico etecnológico do País.

VALORES

w Ética

w Fazer com princípios; contexto de aplicação indi-vidual, organizacional, social e ambiental;

w Excelência

w Fazer melhor; produzir mais, com maior qualidade emenos recursos, superando-nos em permanência;

w Inovação

w Fazer diferente; criar novos produtos/serviços emétodos de trabalho, antecipar as necessida-des/expetativas dos stakeholders;

w Compromisso

w Fazer com dedicação; fazer parte da equipa, identifi-carmo-nos com a organização (e uns com os outros),estar e assumir uma ligação sem reservas.

Numa ótica de gestão de competências, o IH identificatambém um conjunto de competências comportamentaistransversais que todos os trabalhadores devem possuirpara o sucesso da organização. São elas:

wA responsabilidade e compromisso para com o serviço;w O sentido de serviço público;w A orientação para os resultados e qualidade do serviço;w A flexibilidade e disponibilidade para a mudança;

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Síntese das Atividades2014

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w A pró-atividade;w O espírito de equipa e a atitude positiva.

b. Vetores estratégicos

Os Vetores Estratégicos são as áreas prioritárias de atua-ção ligadas ao conceito da visão e que orientam de formatransversal toda atividade. Para o IH, são elas:

wSegurança da Navegação (conceito alargado e multidis-ciplinar) – comporta as atividades de interesse e serviçopúblico desenvolvidas nos espaços marítimos sob juris-dição nacional, com a realização de serviços hidrográfi-cos necessários à produção e atualização de toda a docu-mentação e informação náutica, assim como a suadisponibilização à escala global, na observância das res-ponsabilidades assumidas em convenções internacionais;

wAplicação Militar – área de apoio à atividade operacionale às operações navais. Estas atividades multidisciplinaresdesenvolvem-se, de forma transversal, com o envolvi-mento de todas as unidades funcionais do IH, traduz-seem apoio hidrográfico, cartográfico e meteo-oceanográ-fico e na defesa do meio marinho;

w Investigação Aplicada – área essencial para a inovaçãoe modernização do IH, em particular na sua qualidadede LdE. Congrega a atividade de I&D vocacionada paraas aplicações militares, o apoio às políticas públicasassociadas às ciências do mar e ao conhecimento doambiente marinho e as ações estratégicas preconiza-das na Estratégia Nacional para o Mar;

wDesenvolvimento Sustentável do País – área de valorestratégico nacional. Concorrem para esta área as ativi-dades de monitorização e de caracterização ambientaldo meio marinho, o valor gerado pelo IH para o paíscomo centro agregador de informação e conhecimentodo mar e a vertente de apoio à comunidade científica nasáreas das ciências e tecnologias do mar.

b. Fatores Críticos de sucesso

O cumprimento da missão do IH e a prossecução davisão impõem que – para além do respeito pelos valo-res e princípios que caracterizam a organização – sejaidentificado um conjunto de fatores chave para osucesso estratégico, são eles:

wA orientação para os resultados. A estratégica e os resul-tados devem ser continuamente monitorizados a fim deserem revistos os objetivos, as ações e as metas;

wA eficiência organizacional. Procurar e encontrar soluçõesde melhoria permanente da gestão, da estrutura e dosprocessos, eliminando as ineficiências;

wA gestão dos recursos humanos. Estes recursos desempen-ham um papel fundamental nos resultados. Gerir o pessoalmilitar e civil de forma a potenciar as suas capacidades é umenorme desafio. Há pois que criar um ambiente de equipae de responsabilidade para com o serviço ao mesmo tempoque deverá ser prosseguido um esforço contínuo na for-mação e desenvolvimento de competências;

wO equilíbrio dos vetores de Serviço Público (militar e nãomilitar), de Investigação e de Prestação de Serviços. Esteequilíbrio é fundamental para orientar a gestão e racio-nalizar os meios e os recursos disponíveis;

w Os meios operacionais e recursos financeiros dis-ponibilizados pela Marinha. O apoio financeiro eos meios operacionais navais da Marinha são vitaispara a missão do IH.

c. Aplicação da metodologia do BalancedScorecard (BSC)

i. Mapa Estratégico do IH

O Mapa Estratégico do IH, suportado na metodolo-gia do Balanced Scorecard, desenvolve-se nasseguintes perspetivas de objetivos:

w Valor Público Estratégico (VPE) – Valor gerado paraa sociedade e para o País. Perspetiva que se iden-tifica com a razão de ser do IH (a missão), e porconseguinte com aquilo que pode oferecer;

wFinanceira – Recursos financeiros gerados e consumidos;

w Cliente – Abrangem as necessidades dos clientes(Marinha, Entidades Públicas, Entidades Privadase Cidadãos) em matéria de produtos e serviços, oque estes valorizam e esperam do IH;

w Processos Internos – Organização e métodos detrabalho prioritários que potenciam a satisfaçãodos nossos clientes e o cumprimento da missão;

w Aprendizagem e crescimento – Recursos humanos,infra-estruturas, equipamentos, sistemas e tecnolo-gia indispensáveis ao desenvolvimento da atividade.

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Síntese das Atividades2014

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Responsabilidadee compromissocom o serviço

Orientação para osresultados e quali-dade do serviço

Sentido deserviço público

Flexibilidade edisponibilidadepara a mudança

ValorPúblico

Estratégico(Missão)

LINHAS ESTRATÉGICAS

Segurança da Navegação, Aplicação MilitarInvestigação Aplicada, Desenvolvimento Sustentável

Financeira

Clientes

ProcessosInternos

Aprendizagem& Crescimento

Pró-atividade Espírito de equipae atitude positiva

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Contribuir para a Segurança e o Desenvolvimento Económico e Científico do País

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Consolidar a Sustentabilidadeeconómico-financeira

Melhorar a gestão da informação

técnico-científica

Incrementar a investi-gação científica e odesenvolvimento

tecnológico

Incrementar a disponibilidade dos

meios operacionais edos meios logísticos

Potenciar a gestão dinâmica dos recursos humanos

Modernizar os meios, asinfraestruturas e os sistemas

Consolidar posição rele-vante na caracterização emonitorização do ambi-

ente Marinho e naoceanografia operacional

5Melhorar os produtos eserviços face às neces-

sidades dos clientes

Melhorar a qualidadedos processos e ossistemas de apoio à

decisão

Visão: Ser um centro de referência no conhecimento e na investigação do mar.

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Mapa Estratégico

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10Síntese das Atividades2014

ii. Objetivos Estratégicos (OE)

Perspetiva do Valor Público Estratégico

w OE1: Contribuir para a Segurança e o Desenvolvi-mento Económico e Científico do País, privile-giando as ações que visam a segurança da nave-gação nos espaços marítimos de interesse e sobjurisdição nacional, a defesa e preservação doambiente marinho e a utilização do conhecimentopara aplicação no âmbito militar, científico, eco-nómico e ambiental.

Perspetiva Financeira

w OE2: Consolidar a Sustentabilidade Económico-Financeira, captando e utilizando de forma eficientee eficaz as receitas próprias.

Perspectiva de Clientes

w OE3: Melhorar os produtos e os serviços face àsnecessidades dos clientes, colocando-os à disposi-ção com qualidade e nas condições adequadastendo em vista a sua satisfação.

w OE4: Consolidar a posição relevante na caracteriza-ção e monitorização do ambiente marinho e na ocea-nografia operacional, através do desenvolvimento desistemas de oceanografia operacional e de caracte-rização do ambiente marinho e na disponibilizaçãopública de produtos e dados em tempo real.

w OE5: Incrementar a investigação científica e odesenvolvimento tecnológico, através da partici-pação ativa em projetos multidisciplinares e emparcerias com instituições de reconhecido méritona área científica e tecnológica.

Perspetiva dos Processos Internos

w OE6: Melhorar a qualidade dos processos e os sis-temas de apoio à decisão, consolidando o Sis-tema de Gestão da Qualidade, as competênciasnos ensaios e calibrações e aperfeiçoando méto-dos e instrumentos de gestão.

w OE7: Incrementar a disponibilidade dos meios ope-racionais e dos meios logísticos, indispensáveis aocumprimento das missões.

w OE8: Melhorar a gestão da informação técnico-cien-tífica sobre o ambiente marinho.

Perspetiva da Aprendizagem e Crescimento

w OE9: Potenciar a gestão dinâmica dos RecursosHumanos, procurando dispor de pessoal motivado,com competências e em quantitativo adequado àsnecessidades.

w OE10: Modernizar os meios, as infra-estruturas e ossistemas, a fim de manter as capacidades de inves-tigação, desenvolvimento e inovação do IH.

iii. Linhas de Ação

Para a consecução dos objetivos estratégicos esta-belecem-se as seguintes linhas de ação:

w OE1. Contribuir para a Segurança e o Desenvolvi-mento Económico e Científico do País

(LA1) Contribuir para a Segurança da Navegaçãonos espaços marítimos de interesse e sob jurisdi-ção nacional, através da publicação e disponibili-zação de cartas e publicações náuticas e na pro-mulgação de avisos à navegação e aos navegantes.

(LA2) Definir, no âmbito da “Lei da Cartografia”,as normas e especificações técnicas de produção ereprodução de cartografia hidrográfica e exerceras competências previstas neste diploma relativasà fiscalização, inspeção e homologação das ativi-dades de produção de cartografia hidrográfica.

(LA3) Na defesa e preservação do ambiente, esta-belecer e sistematizar o conhecimento relativo amarés, agitação marítima, correntes, hidrologiae meteorologia náutica.

(LA4) Promover a utilização do conhecimentoexistente para aplicação no âmbito militar,científico, económico e ambiental.

(LA5) Colaborar com outras entidades e organiza-ções com responsabilidades e competências no mar,abordando os assuntos numa ótica multidisciplinar.

(LA6) Promover a afirmação do IH a nível nacio-nal e internacional desenvolvendo iniciativas decooperação/representação e ações de divulga-ção da atividade.

w OE2: Consolidar a Sustentabilidade Económico-Financeira

(LA7) Promover o aumento das receitas com ori-gem em vendas de bens e prestação de serviçosa entidades externas, libertando os meios finan-

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ceiros indispensáveis para cobrir os custos de fun-cionamento, de forma a manter o regime de auto-nomia financeira indispensável para a atuação doIH como Laboratório do Estado.

(LA8) Procurar reduzir, os custos de funciona-mento, em especial os custos fixos com pessoal einstalações.

w OE3: Melhorar os produtos e os serviços face àsnecessidades dos clientes

(LA9) Atender às necessidades e expetativas dosclientes, procurando disponibilizar produtos e ser-viços com qualidade e com condições adequadastendo em vista a sua satisfação.

w OE4: Consolidar a posição relevante na caracteri-zação e monitorização do ambiente marinho e naoceanografia operacional

(LA10) Assegurar a sustentação das redes per-manentes de observação do oceano e a dispo-nibilização pública de produtos e de dados emtempo real.

(LA11) Garantir os meios e recursos necessáriospara o desenvolvimento de sistemas de ocea-nografia operacional e para caracterização doambiente marinho.

wOE5: Incrementar a investigação científica e odesenvolvimento tecnológico

(LA12) Fomentar a participação ativa do IH emprojetos multidisciplinares nacionais e interna-cionais e em parcerias com instituições de reco-nhecido mérito na área científica e tecnológica.

w OE6: Melhorar a qualidade dos processos e os sis-temas de apoio à decisão

(LA13) Promover as ações que contribuam paraa melhoria contínua dos processos, do desem-penho ambiental e da competência técnica nosensaios e calibrações.

w OE7: Incrementar a disponibilidade dos meios ope-racionais e dos meios logísticos

(LA14) Desenvolver as ações tendentes a assegu-rar a máxima disponibilidade das UAM, viaturas,equipamentos científicos e demais instrumentosindispensáveis ao cumprimento das missões.

w OE8: Melhorar a gestão da informação téc-nico-científica

(LA15) Desenvolver instrumentos adequados àgestão eficaz da informação técnico-científicasobre ambiente marinho.

w OE9: Potenciar a gestão dinâmica dos Recur-sos Humanos

(LA16) Dispor de pessoal (militar e civil) moti-vado, com competências e em quantitativo ade-quado às necessidades, garantindo a sua segu-rança e saúde.

w OE10: Modernizar os meios, as infra-estruturas eos sistemas

(LA17) Assegurar as capacidades, investindo namodernização dos meios, das infra-estruturas edos sistemas.

11Síntese das Atividades

2014

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12Síntese das Atividades2014

Objetivos, Indicadores e Medidas

1 O nº de actualizações devido a novos LH inclui as novas edições, novos planos cartográficos e ficheiros AC ou equivalente.2 Este tempo médio refere-se aos ANAV importantes.

INDICADORES MEDIDASOBJETIVOS ESTRATÉGICOS

0E1 – Contribuir para a Segurança e oDesenvolvimento Económico e Científicodo País

OE2 – Consolidar a SustentabilidadeEconómico-Financeira

OE3 – Melhorar os produtos e osserviços face às necessidades dosclientes

OE4 – Consolidar a posição relevantena caracterização e monitorização doambiente marinho e na oceanografiaoperacional

IND1 – Nº de atualizações cartográ-ficas (CN/CEN) com novos levanta-mentos hidrográficos1

IND2 – Tempo médio de promulga-ção de ANAV2

IND3 – Percentagem dos RH afetosàs atividades de Serviço Público eapoio à Marinha

IND4 – Taxa de autonomia financeira

IND5 – Encargos de estrutura (percapita)

IND6 – Índice de satisfação do cliente

IND7 – Percentagem de cobertura dasáreas de caracterização e monitoriza-ção do ambiente marinho costeiro

IND8 – Taxa de utilizadores do ser-viço de dados ambientais em temporeal

M1 – Assegurar a actualização da cobertura cartográfica(náutica e batimétrica) dos espaços marítimos de interessee sob jurisdição nacional.

M2 – Publicar e disponibilizar publicações náuticas.

M3 – Aumentar, como centro difusor, a eficácia e eficiên-cia do sistema de avisos à navegação e avisos aos nave-gantes.

M4 – Estabelecer e sistematizar o conhecimento relativo amarés, agitação marítima, correntes, hidrologia e meteo-rologia náutica

M5 – Melhorar as capacidades ligadas às missões de ser-viço público.

M6 – Apoiar a Marinha em exercícios e operações milita-res navais.

M7 – Operacionalizar as competências estabelecidas noâmbito da “Lei da Cartografia”.

M8 – Apoiar o MDN nos projetos/atividades associados àextensão da Plataforma Continental.

M9 – Incrementar as ações de cooperação nacional e inter-nacional.

M10 – Representar o País nos fora internacionais.

M11 – Incrementar as ações de divulgação

M12 – Assumir a presidência da Comissão Hidrográfica doAtlântico Oriental (CHAtO) no período de 2011-2012, eorganizar, no IH, em 2012 a 12.ª Reunião desta Comissão.

M13- Rentabilizar os meios navais disponibilizados pelaMarinha.

M14 – Rentabilizar a atividade laboratorial.

M15 – Alargar a rede de acordos de licenciamento de infor-mação cartográfica.

M16 – Racionalizar/reduzir gastos gerais (eletricidade,comunicações, água, gás e limpezas).

M17 – Desenvolver a cultura de “orientação para ocliente”.

M18 – Desenvolver produtos/serviços para aplicação noâmbito militar, cientifico, económico e ambiental.

M19 – Implementar a LN “on line”.

M20 – Assegurar a sustentação das redes permanentes deobservação do oceano.

M21 – Assegurar a disponibilização pública de produtos ede dados em tempo real.

M22 – Adquirir equipamentos/sistemas para expandir arede de oceanografia operacional e de caracterização doambiente marinho.

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13Síntese das Atividades

2014

INDICADORES MEDIDASOBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OE5 – Incrementar a investigação cien-tífica e o desenvolvimento tecnológico

OE6 – Melhorar a qualidade dos pro-cessos e os sistemas de apoio à decisão

OE7 – Incrementar a disponibilidade dosmeios operacionais e dos meios logísticos

OE8 – Melhorar a gestão da informaçãotécnico-científica

OE9 – Potenciar a gestão dinâmicados Recursos Humanos

OE10 – Modernizar os meios, as infraes-truturas e os sistemas

IND9 – Nº de trabalhos publicadosem revistas com arbitragem cientí-fica por PhD

IND10 – Percentagem dos RH afetosàs atividades de I&D

IND11 – Taxa de concretização dasoportunidades de melhoria

IND12 – Ganhos atingidos na imple-mentação do SGQ

IND13 –Taxa de disponibilidade média dosequipamentos e sistemas críticos para amissão

IND14 – Taxa de insucesso das missõespor indisponibilidade ou falha dos equi-pamentos e sistemas críticos

IND15 – Taxa de cedência automá-tica de dados

IND16 –Taxa de implementação da dire-tiva INSPIRE3

IND17 – Índice de satisfação dostrabalhadores

IND18 – Índice de qualidade daformação

IND19 – Taxa de trabalhadores quefrequentaram ações de formação

IND20 – Índice de substituição doimobilizado

IND21 – Evolução do investimento

M23 – articipar em projectos científicos nacionais e euro-peus nas áreas multidisciplinares do IH.

M24 – Promover a atividade e o conhecimento científico,pela participação em conferências e pela apresentação decomunicações e publicações.

M25 – Organizar as II Jornadas de Engenharia Hidrográfica.

M26 – Desenvolver o SGQ.

M27 – Implementar o Sistema de Gestão da Segurança eSaúde no Trabalho e o Sistema de Gestão Ambiental.

M28 – Consolidar a exploração do CRM alargando a suaexploração a toda a Direção Técnica.

M29 – Desenvolver o Sistema de Gestão de Manutenção dosequipamentos técnico-científicos.

M30 – Automatizar as estações de monitorização do ambientemarinho.

M31 – Adequar a cedência de dados à Diretiva INSPIRE.

M32 – Disponibilizar via Web produtos de dados em temporeal.

M33 – Elaborar o Plano de Necessidades de Formação2011-2013, prevendo o acesso de todo os trabalhadoresà formação.

M34 – Promover ações de formação avançada, ao nível detécnicos superiores e oficiais, tendo em vista a melhoriada qualidade e o aprofundamento de conhecimentos ecompetências.

M35 – Atualizar o Manual de Funções.

M36 – Desenvolver politica ativa de reafetação de pessoal.

M37 – Promover a realização de iniciativas sociais e cultu-rais junto do pessoal.

M38 – Manter a periodicidade do boletim “Hidromar”.

M39 – Remodelar o Pavilhão das INAZ para reforço dacapacidade técnica e laboratorial.

M40 – Promover a realização da segunda fase de moder-nização do NRP “D. Carlos I”.

M41 – Renovar gradualmente o parque automóvel com aaquisição de três viaturas de apoio.

M42 – Renovar os contratos de licenciamento dos siste-mas de aquisição de dados hidrográficos e de processa-mento cartográfico.

M43 – Criar nas INAZ uma infraestrutura adequada aoarmazenamento temporário de resíduos (requisito do sis-tema de gestão ambiental).

1 Diretiva 2007/2/EC do Parlamento Europeu e do Conselho de 14 de Março de 2007, que estabelece a criação da Infraestrutura Europeia de Informação Geo-gráfica. Esta diretiva visa promover a disponibilização de informação de natureza espacial, utilizável na formulação, implementação e avaliação das políticasambientais da União Europeia. Pretende-se que os cidadãos europeus possam facilmente encontrar através da Internet informação útil em termos de Ambientee outras temáticas, permitindo também que as autoridades públicas beneficiem mais facilmente de informação produzida por outras autoridades públicas.

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III. Atividades realizadas

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15Síntese das Atividades

2014

III.Atividades realizadas

a. A Segurança da navegação

A Segurança da Navegação, conceito alargado e mul-tidisciplinar, consiste numa das linhas estratégicas deatuação do IH, sendo, dessa forma, uma das áreasprioritárias ligadas à visão estratégica.

Em termos conceptuais, a Segurança da Navegaçãoabrange as atividades de interesse e serviço públicodesenvolvidas nos espaços marítimos sob jurisdiçãonacional, como a realização de serviços hidrográficosnecessários à produção e atualização de toda a docu-mentação e informação náutica, assim como a sua dis-ponibilização à escala global, na observância dasresponsabilidades assumidas em convenções internacio-nais. Estas atividades concretizam-se pela publicação edisponibilização de cartas, publicações náuticas, pro-mulgação de avisos aos navegantes e projetos de assi-nalamento marítimo.

Consistindo, por si só, num objetivo primordial, asegurança da Navegação orienta de forma transversaltoda atividade do IH. Ciente da importância deste par-ticular, o IH superou em dois pontos percentuais a

meta estabelecida para 2014, afetando assim 37% derecursos humanos às atividades de serviço público eapoio à Marinha e colaborando assim para o objetivoúltimo da contribuição para a segurança e o desen-volvimento económico e científico do País.

i. A cartografia

É por via da “Lei da Cartografia” que o IH define as nor-mas e especificações técnicas de produção e reproduçãode cartografia hidrográfica e exerce as competências defiscalização, inspeção e homologação das atividades deprodução de cartografia hidrográfica. Em 2014, em com-plemento às responsabilidades de âmbito processual deanálise, aceitação das comunicações prévias e colabora-ção com a Agência para a Modernização Administrativaprevistas neste diploma, o IH exerceu a suas competênciasde autoridade cartográfica, procedendo a trabalhos deatualização nesse campo. Para o efeito, executou várioslevantamentos hidrográficos oceânicos e topo-hidrográfi-cos, identificáveis pelas figuras que se seguem:

Pontos vermelhos: localização dos levantamentos topo-hidrográficos realizados

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O esforço empreendido pela execução dos levanta-mentos hidrográficos e topo-hidrográficos refletiu-senuma taxa de realização de 150% relativamente àmeta estabelecida para 2014; com a informação topo-hidrográfica recolhida procedeu-se à permanente enecessária manutenção e atualização do fólio de car-tas náuticas e Cartas Eletrónicas de Navegação.

Segue-se a listagem das novas cartas, novas edi-ções, novas células CEN e novas edições de CEN pro-duzidas em 2014:

• Novas Cartas:

– 26410, 1.ª Edição, Póvoa do Varzim e Vilado Conde;

– 61E01, 1ª Edição, Oceano Atlântico Norte.

• Novas Edições:

– 26404, 2.ª Edição, Aproximações à Figueirada Foz (Plano do Porto da Figueira da Foz);

– 26302, 2.ª Edição, Porto da Nazaré;– 27M01, 4.ª Edição, Planos de Portos Militares;– 26402, 3.ª Edição, Aproximações a Leixões e

à Barra do Rio Douro;– 26310, 5.ª Edição, Barra e Porto de Portimão.

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A azul: localização/área dos levantamentos hidrográficos ocêanicos realizados pelos navios da classe “D. Carlos I”.

• Novas Células CEN:

– PT528M02, 1ª Edição, Póvoa do Varzima Vila do Conde.

• Novas Edições de CEN:

– PT211101, 3ª Edição, Monte de S. Giana Ayamonte;

– PT231101, 3ª Edição, Arquipélago da Madeira;– PT241101, 2ª Edição, Arquipélago dos Açores;– PT 271101, 3ª Edição, Cabinda à Baía

dos Tigres;– PT324201, 5ª Edição, Vila Praia de Âncora

ao Furadouro;– PT324202, 6ª Edição, Aveiro ao Penedo

da Saudade;– PT426404, 2ª Edição, Aproximações à Figueira

da Foz;– PT526302, 2ª Edição, Porto da Nazaré;– PT526303, 8ª Edição, Baía de Cascais e Barras

do Rio Tejo (Porto de Lisboa);– PT526304, 6ª Edição, Porto de Lisboa (Ribeira

do Jamor ao Terreiro do Trigo);– PT526305, 6ª Edição, Porto de Lisboa (Canal

do Barreiro ao Canal do Montijo);

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Síntese das Atividades2014

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Novas cartas identificadas a azul, novas edições a vermelho

Nova Carta Náutica 2641026410, 1.ª Edição, Póvoa do Varzim e Vila do Conde

– PT528507, 2ª Edição, Porto da Figueira da Foz;– PT627M01, 6ª Edição, Alfeite – Base Naval

de Lisboa;– PT627M05, 2ª Edição, PAN Portimão.

Em termos gerais, realce-se as 25 novas edições decartas náuticas e cartas eletrónicas de navegação.

As seguintes figuras ilustram as novas cartas e novasedições de cartas náuticas de aproximação a portos:

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Síntese das Atividades2014

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Seguem-se as figuras ilustrativas das váriasséries (oceânica, costeira, aproximação a por-tos, portuárias e de grande escala) de CEN rea-

lizadas em 2014 (novas células identificadaspor um retângulo azul, novas edições emretângulo vermelho).

Retângulo azul: novas células de CENRetângulo vermelho: novas edições de CEN

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Retângulo azul: novas células de CENRetângulo vermelho: novas edições de CEN

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Síntese das Atividades2014

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ii. As Publicações Náuticas

A Convenção Internacional para a Salvaguarda da VidaHumana no Mar (Convenção Safety Of Life At Sea -SOLAS) determina que os Estados costeiros são res-ponsáveis pelas Publicações Náuticas adequadas ànavegação nas suas águas de responsabilidade. Cum-prindo esta exigência e compromisso internacional, oIH editou e publicou, em 2014, o Grupo Anual de Avi-sos aos Navegantes e os doze grupos mensais de Avisosaos Navegantes. Foi igualmente publicada a 1ª ediçãodas Cartas de Tempo “Atlântico Norte, Mar do Norte eMediterrâneo Ocidental” e “Atlântico Norte e Medi-terrâneo Ocidental” que consistem na difusão de infor-mação meteorológica via NAVTEX e SAFETYNET, a 10ªedição da Lista de Luzes, Boias, Balizas e Sinais de

Ainda decorrente das responsabilidades conferidas pelaLei da Cartografia, o IH prosseguiu a implementação dosistema único de produção e atualização da cartografiahidrográfica, através da utilização do softwareCARIS HPD,

tendo por suporte a Base de Dados de Produção Carto-gráfica. Este procedimento será integrado no Sistema deGestão da Qualidade.

O CARIS-HPD (Hydrographic Production Data-base) é uma solução inovadora da empresaCanadiana CARIS, utilizada pelo Instituto Hidro-gráfico para a gestão dos dados cartográficos epara a produção da cartografia hidrográfica. Osistema HPD gere os dados e os vários produ-tos cartográficos em ambiente de Base deDados (BD), com arquitetura Oracle. Este sis-tema permite o acesso aos dados por múltiplosutilizadores em simultâneo, para a gestão eprodução dos vários produtos cartográficos,possibilitando que cada objeto do mundo realseja apenas modelado por um objeto na BD,apesar de poder estar representado em diver-sos produtos. Os dados que são armazenadosna BD fonte encontram-se dispostos de formaintegrada e contínua, estando sempre disponí-veis para atualização e manutenção, sendodepois extraídos por áreas geográficas paraserem utilizados na produção de diversos pro-

O CARIS − HPD

dutos do mesmo género ou diferentes entre si(Cartas Eletrónicas da Navegação, Cartas Náu-ticas em papel, etc.) e em várias escalas. Poroutro lado, vários formatos de ficheiros (rasterou vector) podem ser visualizados diretamenteno HPD como ficheiros externos, sem teremque ser importados para a Base de Dados fonte.O modelo de dados utilizado pelo HPD estrutura-sesegundo a norma S-57 da Organização HidrográficaInternacional (OHI).A vantagem da produção dacartografia através do sistema HPD em relação aossistemas de produção da cartografia tradicionalreside principalmente na sua capacidade para geriros dados de forma contínua; no facto da mesmainformação existente na BD fonte poder ser utili-zada em simultâneo por múltiplos utilizadores; e,ainda por apenas requerer que a atualização decada objeto seja efetuada uma vez na BD fonte,apesar de poder estar representado em diversosprodutos diferentes.

Nevoeiro, a 6ª edição da Lista de Radioajudas e Servi-ços e a 3ª edição do Sistema de Balizagem Marítima.Foram, igualmente disponibilizadas em vários formatosas Tabelas de Marés para os portos nacionais (vol. I) epara os portos dos Países Africanos de Língua OficialPortuguesa e território de Macau (vol. II).

De referir ainda a publicação de 414 correções adiversas publicações náuticas − Catálogo de Cartase Publicações (9), Lista de Luzes, Boias, Balizas eSinais de Nevoeiro Volume I (95), Lista de Radio-ajudas e Serviços, Volume I (5), Tabela de Marés I(18) e II (5) e volumes I (112) e II (170) do Roteiro doArquipélago dos Açores.

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Síntese das Atividades2014

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ANAVNET (http://anavnet.hidrografico.pt/)

iii. Os Avisos aos Navegantes

A promulgação dos Avisos aos Navegantes consistenuma das linhas de ação fundamentais para a con-tribuição da segurança da navegação nos espaços

marítimos de interesse e sob jurisdição nacional.Nesse sentido, o IH colabora com o Centro de Ope-rações Marítimas, entidade responsável pela pro-mulgação de avisos por NAVTEX, supervisionando eapoiando o serviço.

No que respeita ao serviço ANAVNET, o IH empreen-deu um esforço no sentido da dinamização domesmo, implementando melhorias recomendadaspelos próprios utilizadores do serviço e garantiu asua utilização pelas capitanias afetas à AutoridadeMarítima Nacional.

iv. A Segurança e o Assinalamento Marítimo

No âmbito da sua missão de segurança da navega-ção, o IH elabora ou emite pareceres sobre projetosde Assinalamento Marítimo − que podem incluir olevantamento hidrográfico das áreas a sinalizar, olevantamento a sonar de varrimento lateral paraidentificação de obstáculos submarinos, o desenhode canais de navegação e áreas de manobra, a tipi-ficação e localização de marcas de sinalização marí-tima, a definição da característica das marcas, a

especificação técnica de equipamentos, o apoiotécnico na aquisição de equipamentos e o acompa-nhamento da sua instalação − e que constituem umafase incontornável da aprovação pelas autoridadescompetentes para a realização de obra marítimasou a instalação de estruturas no mar.

Em 2014 foram elaborados dois projetos (para aBaía do Seixal e para a implantação de uma boia derecolha de dados oceanográficos a sul de Sesimbra)e emitidos 22 pareceres sobre projetos de assinala-mento marítimo, para além de vários outros pare-ceres igualmente relacionados com a segurançamarítima (definição de áreas de segurança e fun-deadouros, comentários a publicações, manuais efolhetos, estudos sobre ajudas à navegação, etc.).

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b. A caraterização e monitorização ambiental do ambiente marinho ea oceanografia operacional

A monitorização ambiental consiste no processo deestudo sistemático e continuado de fenómenos ambien-tais e artificiais que incidem sobre um determinado localou elemento. O Instituto Hidrográfico possui a compe-tência técnica e os meios operacionais para assegurarplenamente a monitorização ambiental e a previsão ope-racional em áreas costeiras e oceânicas. Para este efeitodispõe de equipas multidisciplinares especializadas nosdomínios da hidrografia, da oceanografia física e químicae da geologia e geofísica marinhas. Esta capacidade inte-grada permite a realização de estudos da evolução dabatimetria e do regime de agitação marítima, marés ecorrentes oceânicas, bem como a caracterização dossedimentos e sua dinâmica. Possibilita, igualmente, amedição de parâmetros físicos e químicos da água domar, assim como de variáveis meteorológicas costeiras eoceânicas. Através da valorização da informação ine-rente à combinação de diferentes parâmetros ambien-tais e da utilização de diversos modelos numéricos, éefetuada a previsão meteo-oceanográfica adaptada avárias escalas geográficas.

Nesse sentido, e prosseguindo o objetivo de conso-lidação da posição relevante na caracterização emonitorização do ambiente marinho e na oceano-grafia operacional, o IH alcançou uma taxa de 77%de cobertura das áreas de caracterização e moni-torização do ambiente marinho costeiro, superandoa meta inicial determinada de 70%, através damanutenção e melhoramento das extensas redesmaregráficas e costeiras de que dispõe.

i. As redes

É através das estações das diversas redes que são fei-tas observações da força e direção do vento, tempe-ratura do ar, humidade relativa, pressão atmosférica,radiação solar e pluviosidade, em intervalos regularesde curta duração. Os dados acumulados são acedidose recuperados remotamente a partir do IH, alimen-tando uma base de dados. Qualquer das estações éobjeto de uma operação anual de manutenção pre-ventiva, com substituição dos sensores.

1. Rede Maregráfica

As estações da rede maregráfica nacional a cargo doInstituto Hidrográfico estão localizadas atualmente emViana do Castelo, Leixões, Cantareira, Aveiro, Figueirada Foz, Peniche, Lisboa, Sesimbra, Setúbal/Tróia,Sines, Vila Real de Santo António, Funchal, Caniçal,Vila do Porto, Ponta Delgada e Lajes das Flores. Derealçar que foram automatizadas (com capacidade decomunicação e lançamento de informação para a basede dados sem intervenção humana) as estações deAngra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores), Horta (Ilhado Faial, Açores) e Lajes das Flores (Ilha das Flores,Açores). Para o efeito, estas estações foram equipa-das com marégrafos de radar Vega com a capacidadede aquisição de dados de altura de maré minuto aminuto. Foram ainda instaladas estações maregráficasem TGL, TEDP e Terminal Norte para renovação dasconcordâncias na Ria de Aveiro.

2. Rede Meteorológica Costeira

A gestão da rede de observações meteorológicas cos-teiras no território nacional concretizou-se pela manu-tenção em funcionamento dos polos da redemeteorológica costeira do IH, nomeadamente: Vianado Castelo (ETAR da Areosa), Ferrel (Praia d’El Rei) eTavira (IPIMAR), tendo sido assegurada a validação dosdados adquiridos.

ii. Os projetos

De entre os diversos projetos de monitorização domeio marinho e investigação científica, destacam-seos projetos MONICAN − Monitorização do Canhão daNazaré, RAIA.co − Observatório Oceânico da MargemIbérica, TRADE − Trans-regional RADars for Environ-mental applications e SIMOC − Sistema de Monitori-zação de Correntes Costeiras. Todos estes projetosintegram o programa de monitorização ambiental daZona Económica Exclusiva (ZEE), o MONIZEE.

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Síntese das Atividades2014

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1. MONICAN − O conhecimento da circulação profunda esuperficial junto aos canhões submarinos, especial-mente na área da Nazaré, alberga vital importânciapara a sustentação das atividades económicas locais, econtribui para um melhor entendimento das altera-ções climáticas globais. Assim, a compreensão das inte-rações entre o oceano, a biosfera e a geosfera, osfenómenos naturais que daí advêm, bem como dasdecorrentes alterações ambientais, constitui o princi-pal desafio do projeto MONICAN. Este projeto man-tém-se como desígnio interno concretizado pelaimplementação de um sistema de monitorização emtempo quase real na área do canhão submarino daNazaré, e de sistemas de previsão para essa área ezona adjacente, permitindo assim melhorar as previ-sões oceanográficas e os seus efeitos nas populações eeconomia, minimizar os efeitos dos desastres naturais,melhorar a segurança e eficiência das operações marí-timas, reduzir os riscos da saúde pública, proteger maiseficazmente e restabelecer a "saúde" dos ecossistemasmarinhos e sustentar os recursos vivos marinhos. Noâmbito deste projeto, em 2014, em complemento àsregulares campanhas de manutenção (substituição depainéis solares e baterias, boias, etc.), efetuaram-seainda experiências adicionais de desenvolvimento demacroalgas em colaboração com a Faculdade de Enge-nharia da Universidade do Porto e com a empresa Sea-weeds Energy Solutions, utilizando as boias integrantesdo sistema geral de monitorização do MONIZEE. Tam-bém foi feita a articulação do sistema MONICAN com oprojeto JERICO_NEXT, projeto europeu para a criaçãode uma infraestrutura de rede para os observatórioscosteiros, com início previsto para Setembro de 2015.

2. RAIA.co − O projeto RAIA visa estabelecer um sis-tema de monitorização, em tempo quase real, naárea transfronteiriça norte de Portugal e Espanha(Galiza), ampliando assim a monitorização ambien-tal da área marítima, colmatando as graves lacunasde informação existentes, desenvolvendo planos degestão e estudando potencialidades de desenvolvi-mento futuras. A investigação e os produtos desen-volvidos neste projeto contribuirão para umaabordagem inovadora da gestão e da conservaçãoda área marítima, com consequências positivas nosplanos ambiental, económico e social. Em 2014,continuou-se a disseminação de previsões opera-cionais de agitação marítima para todas as áreasselecionadas, e iniciaram-se as simulações de cir-

culação litoral com batimetrias analíticas. Omodelo esteve operacional para toda a área desdeo Golfo da Biscaia ao Golfo de Cádis permitindo,entre outros, o início das previsões de agitaçãomarítima para as aproximações dos portos de Vianado Castelo, Vila do Conde e Póvoa do Varzim. Foramtambém desenvolvidos produtos para o turismo eatividades náuticas (previsões de agitação marítimapara o surf e kitesurf).

3. TRADE e TRADE 2 − utilização da tecnologia radarHF para a medição de correntes costeiras super-ficiais. Este projeto de monitorização ambientalestá intimamente ligado às atribuições do IH noâmbito da Defesa e do Serviço Público. É assim,que, a partir da instalação de um sistema de RadarHF associado ao sistema espanhol dos Puertos delEstado e do desenvolvimento desta tecnologia demedição da agitação marítima e as correntes super-ficiais, em tempo quasi-real, conseguir-se-á acobertura total da costa algarvia, permitindo, entreoutros, a sua aplicação imediata nos modelos deprevisão − com grande benefício para as missõesSAR −, a defesa contra ameaça de minas, umamaior efetividade no combate à poluição e na iden-tificação de responsáveis, o desenvolvimento deoperações em águas costeiras, a gestão litoral e odesenvolvimento da modelação em águas costeiras.

Atualmente, a zona do sotavento algarvio já se encon-tra coberta por uma antena instalada em Monte Gor-doe outra em Mázagon, Huelva − Espanha. Com acolaboração da CCDR − Algarve foi conseguido, no pri-meiro trimestre de 2014, o reforço financeiro neces-sário para a instalação de uma antena radar adicionalno farol de Alfanzina, estendendo assim a rede deradares para a zona do barlavento.

Projeto TRADE

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3. SIMOC − Sistema de Monitorização Operacionalde Correntes Costeiras − Relativamente ao pro-jeto SIMOC, as estações radar HF estiveram opera-cionais na área de Lisboa, onde apresentaram bonsresultados, permitindo a determinação de corren-tes de superfície numa área que se estende docabo Raso ao cabo Espichel.

4. Programa Vigilância da Qualidade do Meio Marinho −

Ainda no relativo à monitorização ambiental, refira-se a

ação do IH no programa de vigilância da qualidade do

c. A conversão do conhecimento

meio marinho nas principais zonas de interesse nacional,

no âmbito do qual foram efetuadas seis colheitas de

amostras de água, na área de influência da boia ondó-

grafo do projeto MEDITGIB (pertencente à rede de boias

do IH), e realizadas análises de parâmetros físico-quí-

micos, com vista à caraterização ambiental da área

referidas. Para determinados parâmetros pretende-se

também comparar os valores das análises laboratoriais

com os dados recolhidos pelas boias, para efeitos de

calibração e validação de sensores.

O conhecimento acumulado do passado e o obtido nasinúmeras campanhas e atividades do IH é continua-mente trabalhado para benefício da Marinha e do País,sendo modelado em aplicações práticas utilizadas pos-teriormente pelo próprio IH nos projetos científicosem curso e pelos diversos públicos do IH em atividadesde ordem económica, social e militar, etc.

i. Projetos de I&D

Em adição aos projetos científicos de monitoriza-ção ambiental, já referidos anteriormente, outrossão desenvolvidos que versam sobre objetivos dife-rentes mas igualmente pertinentes para o desen-volvimento económico, científico e tecnológico dePortugal. É com base nesse objetivo que o IH afetou21% dos recursos humanos para este propósito,superando a meta definida para 2014 (20%).

1. SEPLAT − O programa “Cartografia Sedimentar daPlataforma Continental Portuguesa” foi iniciadoem 1974 com financiamento integral da Marinha.Pretende-se com este programa o conhecimento ecartografia sistemática dos depósitos sedimenta-res da extensão oceânica do território nacional.Baseado na amostragem regular e análise poste-rior de amostras do fundo marinho, este programatem permitido o desenvolvimento de inúmerosprojetos de menor dimensão e tem focado aspe-tos específicos do ecossistema marinho. Após a 1ªedição das Folhas Sedimentológicas (Folhas SED),o programa restruturou-se de forma a responderàs novas solicitações da comunidade civil. Em

2014 continuou-se a recuperação de dados e deinformação histórica e informação analógica, pro-cedendo-se posteriormente à sua validação eintrodução nas bases de dados do IH. Com basenestes dados decorre a revisão do desenho dasmanchas de rocha das Folhas SED.

2. SEDMAR (SEDimentary cover of the MadeiraARchipelago) − Este projeto visa cartografar osdepósitos sedimentares do Arquipélago da Madeirae mapear os ecossistemas marinhos do territórionacional, no que concerne à natureza dos fundos,inventariação dos recursos marinhos e qualidadedo ecossistema da plataforma e vertente conti-nental do arquipélago da Madeira. Em 2014 foi rea-lizada a segunda campanha para aquisição dedados de multifeixe e de sub-bottom profiler nazona coberta pelo programa. A missão, realizada abordo do NRP Almirante Gago Coutinho, decorreuentre os dias 26 de abril e 11 de maio, na vertenteenvolvente das ilhas da Madeira, Desertas e Porto

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Santo. Uma vez terminada a missão, iniciou-se oprocessamento dos dados adquiridos, tendo emvista a interpretação geomorfológica e a carateri-zação remota do tipo de substrato a partir da retro-dispersão do sinal acústico. Os dados das sondagensrealizadas pelo IH na zona insular das Desertasforam reprocessados e analisados, para determinara intensidade do sinal retrodisperso. A análise geo-morfológica realizada no modelo digital de terrenopermitiu individualizar diferentes unidades morfo-lógicas e, juntamente com a informação retiradado backscatter, está na base do planeamento daaquisição de novos dados, a obter em próximacampanha oceanográfica.

3. SeaDataNet e SeaDataNet2 − O projeto SEADANET2(segunda fase do projeto SEADATANET) pretende pro-videnciar acesso aos dados de observação na área dosoceanos, a partir de sistemas distribuídos e ligados emrede e através de padrões comuns de processamento,divulgação e comunicação, garantindo assim o desen-volvimento de um sistema eficiente de gestão dedados, para assegurar a longevidade e a manutençãodo acesso aos mesmos. Este projeto entrou no seuúltimo ano, tendo-se prosseguido as atividades deter-minadas pelas diretivas do projeto, sendo elas, espe-cificamente, a manutenção da extensão IHPT da rededenominada Download Manager, a preparação dedados, metadados e produtos, a disponibilização dosdados mediante o acesso a um descarregador de dadoscomum e a atualização dos restantes catálogos deinformação e meta-informação.

4. EMODnet − European Marine Observation andData Network

O EMODnet, rede de dados e observação marí-tima, consiste numa rede de organizações apoia-das pela política marítima da União Europeia.Estas instituições trabalham em conjunto para aobservação, o processamento de dados de acordocom padrões internacionais e a disponibilizaçãolivre desses dados. Esta filosofia de coleta única eutilização múltipla beneficia todos os utilizadoresde dados marítimos, incluindo decisores políticos,cientistas, indústria privada e públicos em geral.O EMODnet providencia o acesso a dados maríti-mos europeus através de sete portais temáticos:

A participação do IH neste projeto prosseguiu-seno âmbito da batimetria com o acompanhamentoda construção do modelo digital de terreno dasregiões marinhas europeias, validando e harmoni-zando a qualidade dos conjuntos de dados bati-métricos selecionados na construção do referidomodelo. Ainda neste âmbito, o IH manteve a res-

• Batimetria • Biologia

• Geologia

• Química • Física

• Habitatsmarinhos

• AtividadesHumanas

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ponsabilidade de coordenação da região da Maca-ronésia, nomeadamente com a compilação dedados batimétricos provenientes das instituiçõesparceiras no projeto, validação e harmonizaçãoda qualidade desses dados e construção domodelo digital de terreno regional.

No âmbito da segunda fase do desenvolvimentodo Pilot Portal for Chemistry, o IH prosseguiu acompilação da informação relativa a campanhasoceanográficas decorridas entre 2001 e 2011,tendo sido atualizada a informação de dados emetadados de nutrientes e clorofilas e submetidaainda a informação referente a metais e poluen-tes orgânicos persistentes. Deu-se ainda início àcriação de fichas de dados e metadados referen-tes à informação existente para águas costeiras ede transição no período entre 2002 e 2004.

5. HERMIONE − O projeto HERMIONE visa o estudoda dinâmica do canhão submarino da Nazaré edos seus impactos nos ecossistemas marinhosprofundos. Visa, igualmente a compreensão dadinâmica na margem continental Atlântica deMarrocos assim como o estudo dos principais pro-cessos oceanográficos do Banco de Gorringe,tendo sempre em vista o conhecimento dos pro-cessos de dinâmica sedimentar que ocorrem nes-tes ambientes. Em 2014 foi dada continuidade àinterpretação dos dados, amostras e informaçõescolhidas na área do Canhão da Nazaré e na mar-gem continental atlântica marroquina, sendoque os resultados mais relevantes desta inter-pretação foram objeto de apresentações e pre-paração de artigos científicos. De realçar que acolaboração institucional no âmbito do proces-samento dos dados recolhidos em 2013 na mar-gem continental de Marrocos foi marcada pelaparticipação de um elemento do Instituto Hidro-gráfico numa missão conduzida pela Universi-dade de Ghent (Bélgica).

6. B2C (Beach to Canyon) − O projeto de investi-gação “Processos de Transferência SedimentarPraia-Canhão“ tem como objetivo compreendere quantificar a dinâmica dos sedimentos costei-ros na zona litoral onde se insere a cabeceira docanhão da Nazaré e compreender os processosde captura dos sedimentos litorais e sua transfe-rência para o mar profundo.

Em 2014 fez-se a manutenção do sistema devídeo-monitorização no Sítio da Nazaré cujo sis-tema foi verificado periodicamente a intervalosregulares. Também foi efetuado o processamentodos dados adquiridos nas campanhas periódicas demorfometria e colheita de sedimentos na praia doNorte e baía da Nazaré realizadas nos anos tran-satos assim como das amostras colhidas e dosdados acústicos adquiridos durante a experiênciade traçadores, realizada de 11 a 15 de setembrode 2013. Recorde-se que esta experiência preten-deu efetuar a quantificação da deriva litoral napraia do Norte e a transposição do promontórioda Nazaré dos sedimentos em transporte, para ointerior da baía. Todas as amostras colhidas foramfotografadas em laboratório e processadas paradeterminação da concentração do sedimento tra-çador e avaliação da granulometria sedimentarpor métodos fotográficos.

Refira-se, ainda, que o projeto B2C enquadra váriasações de formação avançada (doutoramento), emcurso na FCUL e no IH, no âmbito das quais forampreparadas varias publicações científicas.

7. Plataforma dos Açores − O conhecimento dosníveis e reatividade de metais (arsénio, cádmio,cobre e níquel) bem como dos processos biogeo-químicos nos sedimentos e a avaliação da impor-tância das trocas de metais entre o sedimento e aágua na plataforma dos Açores é o objetivo finaldeste projeto, coordenado pelo IH em parceriacom a Universidade de Aveiro e a Estrutura de Mis-são para a Extensão da Plataforma Continental. Oprograma manteve-se operacional e serviu desuporte a uma tese de doutoramento em Química,em parceria com a Universidade de Aveiro.

Projeto − B2C

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ii. Aplicações práticas e disponibilização deprodutos e serviços

O IH utiliza e converte o conhecimento que detémnas áreas das ciências do mar em vários produtos eserviços, que disponibiliza aos seus vários clientes.Em complemento a esta ação, são apresentadasanualmente várias aplicações práticas e/ou açõesdesenvolvidas com o objetivo exclusivo de melhoraresses produtos e serviços face à evolução naturaldas necessidade dos clientes.

1. Venda de bens e prestações de serviços

Para além dos projetos de assinalamento marítimo,já referidos anteriormente, o IH prestou ainda ser-viços no âmbito da cedência de dados e informaçãocientífica nas áreas da Hidrografia, Oceanografia,Química, Geologia Marinha e Segurança da Navega-ção a entidades públicas, privadas ou cidadãos,registando-se, entre outros, em 2014, 280 cedên-cias de dados efetivas e 404 respostas com elabo-ração de propostas de fornecimento de dados.

Na sequência dos contratos estabelecidos, o IH efe-tuou ainda:

w A monitorização da qualidade das águas e sedi-mentos na zona envolvente à Central de Trata-mento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) daVALORSUL. Para acompanhamento da evolução doestado da qualidade do meio adjacente à central,efetuou-se a medição de parâmetros físico-quími-cos para a caraterização de possíveis impactos dasua atividade no estuário do rio Tejo e realizaram-se quatro campanhas de monitorização físico-quí-mica para a colheita de águas superficiais (32amostras), duas campanhas para a colheita deáguas subterrâneas (8 amostras) e uma campanhapara a recolha de sedimentos (4 amostras).

w A caraterização físico-química dos sedimentos ver-ticais, na sequência do contrato para levanta-mento topo-hidrográfico e caracterização físico-química sedimentar no âmbito do projeto dedragagens de manutenção junto dos cais de VilaFranca de Xira e Alhandra;

w Os levantamentos hidrográficos da barra sul doTejo e Bugio no âmbito do protocolo com a Admi-nistração do Porto de Lisboa (APL);

w Os levantamentos topo-hidrográficos em Faro/Olhãoe Portimão na sequência da solicitação da Adminis-tração do Porto de Sines e Algarve (APS);

w Os levantamentos topo-hidrográficos iniciais dos caisde Vila Franca de Xira e Alhandra no âmbito do con-trato com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira;

w Diversos levantamentos hidrográficos nas áreassudoeste do Cabo de São Vicente e na zona de fra-tura Maxwell no âmbito da solicitação da Estrutura deMissão para a Extensão da Plataforma Continental;

w O levantamento sísmico na zona adjacente à Tra-faria por solicitação da APL;

w Duas campanhas de amostragem de sedimentos noporto de Sines e área adjacente, previstas no pro-jeto MAPSI (da responsabilidade da Universidadede Évora/CIEMAR), a pedido da APS;

w Trinta e seis reparações e certificações em bancode provas de agulhas magnéticas;

w Uma peritagem a equipamentos de navegação porsolicitação da Policia Judiciária;

w Análises granulométricas em 4 amostras de sedi-mentos por solicitação do Laboratório de Análisesdo Instituto Superior Técnico;

w 343 análises e ensaios sedimentológicos requisita-dos ao laboratório, dos quais 251 são análises gra-nulométricas, 225 para difração de Rx, 4 micro-

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granulometria, 208 ensaios para determinação dadensidade de partículas e teor em água e 10 decarbono orgânico dissolvido;

w Análises laboratoriais para a quantificação devários parâmetros ambientais para a entidade pri-vada LABELEC − Estudos, Desenvolvimento e Ativi-dades Laboratoriais, S.A.;

w 635 amostras recebidas que deram origem à realizaçãode 7507 ensaios, dos quais 498 são ensaios físico-quí-micos, 46 determinações de pigmentos fotossintéticos,3930 ensaios de nutrientes e compostos inorgânicos, 816de metais pesados, 955 de hidrocarbonetos, 515 decompostos organoclorados e 747 são ensaios relativosa processos de acidentes de poluição.

w Sete calibrações em equipamentos oceanográficosno âmbito de dois processos relativos à Faculdadede Ciências e ao CIIMAR Madeira;

w Produção de serviços de artes gráficas para o exte-rior, com realce para a Revista da Armada.

No âmbito da prestação de apoio técnico e colaboraçãocom a Esquadra e com a comunidade científica nacionalassociada ao estudo do mar, refira-se ainda a manuten-ção de quatro boias ondógrafo da Universidade dos Aço-res e a manutenção de duas boias ondógrafo da APRAM.

2. Outras aplicações

O IH desenvolveu, em 2014, várias aplicações ino-vadoras para a utilização do mar em segurança pelosseus vários públicos.

App do Instituto Hidrográfico no Google Play:

w Desde finais de março 2014 que é disponibilizada umaaplicação, de nome “Hidrográfico”, disponível paraplataformas Android, que permite aceder aos produ-tos da série “Qual é a tua onda?”, nos quais se inse-rem previsões para apoio à náutica de recreio e àsembarcações de arte-xávega, ao surf, às praias e àprática de portos e suas aproximações.

Catálogo online de Cartas Eletrónicas de Navegação:

w O Instituto Hidrográfico disponibiliza um catálogo interativoem mapa, com cobertura mundial, contendo os metada-dos das cartas eletrónicas de navegação produzidas, ou emfase de produção. O catálogo, feito em parceria com o con-sórcio International Centre for Electronic NavigationalCharts (IC-ENC), está disponível em http://websig.hidro-grafico.pt/website/icenc/viewer.htm. Este serviço onlinepossibilita a qualquer utilizador a realização de pesquisas,a obtenção de informação sobre cadacarta (última atua-lização, escala, edição, nome, número, entre outroselementos) e a seleção de uma carta, ou um conjuntode cartas, utilizando ferramentas interativas. Sema-nalmente, o IC-ENC envia uma atualização da infor-mação que, após processada pelo IH, permite a atua-lização do serviço existente no portal da internet.Salienta-se que esta parceria, para desenvolvimentodeste projeto, comemora este ano uma década.

http://websig.hidrografico.pt/website/icenc/viewer.htm

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A Marinha, através do Instituto Hidrográfico, desenvolveu a plataforma de informação meteo-oceanográfica − METOCMIL, para o apoio às operações militares e marítimas. De forma sim-ples e interativa, o utilizador tem acesso a previsões meteorológicas e oceanográficas deelevada resolução e rigor, da escala global às escalas regionais e litorais, bem como a dia-gramas de impacto de missão para diferentes tipos de operações (navais, submarinas, aérease terrestres) e a observações do oceano em tempo real.O projeto METOCMIL contempla também o desenvolvimento de novas capacidades de difusãoda informação meteo-oceanográfica via rede de comunicações radio militar e através deaplicações smartphone. Esta capacidade militar está ser valorizada na construção de pro-dutos derivados de âmbito civil que visam o apoio ao desenvolvimento nacional da econo-mia do mar.

O PROJETO METOCMIL

Carta Náutica com código de resposta rápida:

w Em 2014 foi desenvolvido o sistema que permitirá,a partir de qualquer tablet ou smartphone comacesso à internet, obter a informação necessáriapara a atualização das cartas náuticas. Este sistemabaseia-se na leitura, pelo dispositivo móvel, doQRcode impresso nas margens de cada carta, quepermitirá ao utilizador aceder diretamente, atravésdo serviço ANAVNET disponível no portal do InstitutoHidrográfico, à informação dos Avisos aos Naveg-antes em vigor, necessários para manter atualizadaa Carta Náutica correspondente. Esta funcionali-dade irá ser, progressivamente, disponibilizada emtodas as cartas náuticas do fólio nacional.

Nova funcionalidade “Avisos de Atualização dosDocumentos Náuticos”, tendo por objetivo facili-tar a correção de cartas e publicações náuticas,

permitindo que os clientes, ao aderir a este serviçogratuito, recebam, via e-mail, uma informaçãosobre os Avisos aos Navegantes que afetam as car-tas e publicações náuticas que adquiriram.

Como órgão integrante da Marinha, o IH apoia a ati-vidade da Esquadra através das suas competênciasem várias áreas. Refira-se, nesse âmbito, em 2014,a dinamização de produtos e serviços para apoio àatividade da Marinha e da Autoridade Marítima, deque é exemplo o serviço de apoio geo-meteo-ocea-

nográfico METOCMIL Light View (apoio ambiental àForça usando os meios de radiodifusão existentes abordo), que deu, aliás, origem ao serviço “Qual é atua onda?”, este já como serviço público gratuitode previsão das condições da agitação marítima.

iii. Apoio às atividades militares e organismos da Marinha

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Fusão dos parâmetros meteorológicos, cobertura nebulosa e precipi-tação, de modo a facilitar a interpretação do estado do tempo

Agitação marítima disseminada através da ferramenta METOCMILLight View

Produtos de apoio a desembarques anfíbios Dados das boias ondógrafo

Ainda no campo da oceanografia militar e no respetivoapoio técnico às operações navais da Marinha e da NATO,em áreas de interesse nacional, foi prestado apoio emdiversos exercícios nacionais (INSTREX 14, REALTHAW14,FIRESAREX14, PRONTEX14 e LUSITANO14), aos navios daMarinha em missão SAR e de combate à poluição marinha,na sequência de pedidos do Comando Naval e de diversosórgãos da Autoridade Marítima e às diferentes missõeslevadas a cabo pelo NRP TRIDENTE e NRP SUBARPÃO.

No campo internacional, o IH também prestou apoiooperacional a missões (ACTIVE ENDEAVOUR14, FRON-TEX14, NAFO14 e FRACABRAL) e exercícios internacio-nais (SAHARAN/OBANGAME14, FELINO14, HOTBLADE14).Tanto para apoio a missões nacionais como internacionaisforam cedidos dados relativos a perfis climatológicos detemperatura e velocidade de propagação do som naágua para as áreas geográficas das operações.

Ainda para apoio às atividades da Marinha, foram rea-lizados diversos levantamentos topo-hidrográficos eelaborados produtos cartográficos específicos combase na cartografia hidrográfica oficial e de cartas deinstrução e foi, como sempre, disponibilizado apoio noaprontamento e sustentação de operações, missões eviagens, através do fornecimento de cartas e publica-ções náuticas corrigidas, e de instrumentos/equipa-mentos de navegação e meteorológicos.

Refira-se ainda que, no apoio operacional à Marinhapara deteção e localização de objetos submersos, oslevantamentos de campo com os sistemas de sonar depesquisa lateral, Remote Operated Vehicle (ROV) emagnetómetro, foram assegurados sob coordenaçãoda Equipa Hidrográfica de Intervenção Rápida. Nesseâmbito, em 2014, há a destacar a busca e deteção deavioneta acidentada ao largo da Baleeira.

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O Instituto Hidrográfico, enquanto serviço hidrográfico nacional, é responsável pela pro-dução e atualização da cartografia hidrográfica oficial, assumindo também funções de segu-rança da navegação, em caso de desastre ou de catástrofes naturais, para avaliação de áreasrestritas ou interditas à navegação e de eventuais intervenções para a manutenção da nave-gabilidade e da acessibilidade aos portos. Nos últimos anos ocorreram várias situações deemergência em que o IH foi chamado a colaborar. Através da experiência obtida e das liçõesaprendidas nessas operações, foi criada uma Equipa Hidrográfica de Intervenção Rápida(EHIR), com formação, treino e prontidão para intervenção eficiente e eficaz em diversassituações. A EHIR, coordenada pelo chefe da Brigada Hidrográfica, é gerada a partir dosrecursos existentes e constitui a componente operacional do IH para intervenções inopinadasem situações de catástrofe natural ou de emergência e no apoio às operações navais,requerendo, assim, uma elevada prontidão. Esta equipa não tem uma constituição fixa,adapta-se às necessidades específicas de cada missão.

A EQUIPA HIDROGRÁFICA DE INTERVENÇÃO RÁPIDA

No âmbito das atividades de apoio externo, foramgarantidos a emissão de pareceres técnicos associa-dos a projetos marítimos submetidos a aprovação porparte da Autoridade Marítima Nacional e a inspeção,aferição, regulação e certificação de equipamentos einstrumentos náuticos a bordo nos navios da Esquadra.

O IH exerceu ainda consultoria técnico-científica parao projeto da NATO Defence Against Terrorism − Pro-gramme of Work (Harbour Protection) e realizou estu-dos de caracterização ambiental e de ensaios paraalimentação e validação do SAFEPORT (projeto rela-cionado com a informação ambiental − formatos deentrada e saída de dados, caracterização de parâmet-ros ambientais, importância destes parâmetros parao desempenho dos sensores, etc.).

Foi também realizada pelo IH em 2014 a manutençãoda caraterização ambiental para apoio a operaçõesmilitares navais, nomeadamente o desenvolvimento

de produtos ambientais para apoio à guerra de minas(desenho de produtos, desenvolvimento e ensaio demetodologias) nas aproximações aos portos nacionaise a respetiva produção de conteúdos para o roteirode guerra de minas, para os quais foram realizadosexercícios para treino e manutenção da opera-cionalidade dos sistemas, e adquiridos dados sobre anatureza dos fundos e a mobilidade dos sedimentosno interior do estuário do Tejo e plataforma adja-cente. Finalmente, as capacidades do IH no apoio àMarinha e à Autoridade Marítima Nacional, englo-baram ainda, entre outros, a realização de análiseslaboratoriais e a emissão de pareceres técnicos, noâmbito da caracterização de incidentes de poluiçãoatravés da realização de peritagens em 14 amostrasde produto poluente e na análise a oito amostras deágua para determinação de hidrocarbonetos, nutri-entes, pH e clorofilas, relacionadas com três poten-ciais acidentes de poluição.

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e. O desenvolvimento de métodos e processos inovadores

A gestão da informação reveste-se de particularimportância no IH. Assim, para proceder ao objetivo demelhoria contínua dessa gestão, o IH aumentou para 96%o seu resultado na taxa de cedência automática dedados, apresentando assim uma taxa de realização anualde 101,1% sendo que todas as atividades desenvolvidasno âmbito da gestão de dados técnico-científicos,integradas na infraestrutura transversal IDAMAR, obede-

ceram às instruções decorrentes da Diretiva INSPIRE.Nesse particular, o IH obteve uma taxa de realização de100% no objetivo de implementação a 90% da diretiva.

Foram realizadas tarefas diversificadas de melhoramentoe aperfeiçoamento das aplicações que recorrem às basesde dados estabelecidas em ORACLE e prosseguiu-se como desenvolvimento das áreas de geofísica, hidrologia edas bases de dados oceanográficos.

d. A gestão da informação técnico-científica

A gestão dos dados técnico-científicos obtidos pela componente observacional e produzidos pelacomponente previsional dos vários projetos científicos, é efetuada no IH por sistemas de informaçãogeográfica (SIG) sobre o ambiente marinho, desenvolvidos especificamente para o efeito. Estes SIGstêm sido estabelecidos sobre a chamada Infraestrutura de dados geoespaciais do ambiente marinho(IDAMAR) acervo de informação de dados ambientais que o IH detém e que é único no país no respei-tante a parâmetros físico-químicos, geomorfológicos e hidrodinâmicos. Esta infraestrutura encontra-se em desenvolvimento no enquadramento da Diretiva-quadro “INSPIRE” (Infraestrutura deInformação Geográfica na Comunidade Europeia).

O IDAMAR

O desenvolvimento de técnicas, metodologias, aplicaçõese produtos inovadores, com o intuito de rentabilizar ouincrementar as valências e capacidades do IH tem sido,desde sempre, um marco na atividade corrente. Em 2014registaram-se diversos projetos e serviços que beneficia-ram deste esforço contínuo de implementação de méto-dos e técnicas inovadoras, tendo o IH superado a sua metaem 25%.

Estas iniciativas estratégicas concretizaram-se em váriasáreas do conhecimento tais como na oceanografia, noâmbito da qual foram desenvolvidos produtos e serviçosadicionais da série “Qual é a tua onda?”, para promoçãoda utilização segura das zonas balneares, e aumentada acapacidade de cálculo científico, permitindo o aperfei-çoamento e disseminação de novos produtos operacionais

e o desenvolvimento de novas áreas geográficas e parâ-metros ambientais na ferramenta METOCMIL Light View.

Num esforço conjunto de várias áreas científicas do IH foitambém iniciado um projeto de investigação avançadaem oceanografia para o qual se realizaram estudos decaracterização da concentração e dinâmica de partículasem suspensão recorrendo a vários sistemas de mediçãoacústica da coluna de água (ADCP, LISST) e posterior cali-bração com amostras de sedimentos em suspensão.

Na área da cartografia, desenvolveu-se uma nova ferramentapara planeamento de amostragem sedimentar (através daexploração dos dados do backscatter, adquiridos durante oslevantamentos com sistema multifeixe, para classificaçãoremota do tipo de fundos) e melhorou-se a interligação entre asferramentas de processamento dos dados batimétricos e as de

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produção cartográfica pela integração da ferramenta CARIS BaseEditor na construção de isobatimétricas para a representaçãocartográfica, tendo em conta a contínua implementação dasegunda geração da cartografia assistida por computador−− Hydrographic Production Database (CARIS-HPD). Nesteâmbito, para melhorar a integração e permitir a gestão ade-quada dos dados batimétricos, dando resposta às necessidadesatuais e garantindo uma evolução contínua, foi adquirido umsistema de Base de Dados CARIS Bathy DataBase.

As atualizações de procedimentos e reforço de capacida-des na área laboratorial também foram numerosas, regis-tando-se, entre outros, o desenvolvimento de novosprocedimentos que permitiram aumentar os produtoslaboratoriais no que se refere à caraterização do ambientemarinho. Neste âmbito foi adquirido e implementado ofuncionamento de um sistema de medição da deformaçãotriaxial que permitirá ampliar os ensaios sedimentológicospara a área da geotécnica submarinha. Foi igualmentecontinuado o desenvolvimento da técnica de análise decarbono orgânico dissolvido (DOC) e Carbono OrgânicoTotal (NPOC) em águas estuarinas e oceânicas, proce-dendo-se ainda à revisão e atualização dos procedimen-tos escritos para a aquisição de dados e processamentonos levantamentos com sonar de pesquisa lateral, mag-

netómetro e ROV. Foram também revistos os documentostécnicos e preparados procedimentos e instruções de tra-balho para a entrada e receção de amostras de sedimen-tos em laboratório (logging), análise composicional dasareias (fração leve e pesada), determinação dos limitesde Atterberg, preparação de provetes para análise dadeformação triaxial e desareamento de água.

As capacidades laboratoriais e analíticas do Laboratóriode Química Marinha foram rentabilizadas pela revisão eatualização de todos os métodos de ensaio para determi-nação de PAHs e compostos organoclorados nas matrizeságua, sedimento e biota e pela implementação de umnovo método de ensaio na matriz sedimento (mercúrio),como método alternativo ao método de rotina.

Refira-se ainda a implementação do Sistema de GestãoInnovWay®, com vista à gestão integrada digital de diver-sos requisitos da norma 17025:2005, nomeadamente noque respeita a documentação, equipamentos e avaliaçãode fornecimentos, assim como a segunda fase do Sistemade Gestão Laboratorial − LabWay-LIMS®, com a respetivadiminuição progressiva da carga existente de registos empapel, por criação de registos digitais e armazenamentona referida aplicação.

f. O sistema de Gestão da Qualidade e Acreditação Laboratorial

A manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade(SGQ) e Acreditação Laboratorial (AdL), e a sua con-solidação representam uma das prioridades da atua-ção do IH considerando a sua relevância tanto paraa melhoria contínua dos processos internos como oaumento da satisfação dos clientes. A monitoriza-ção dos processos definidos no âmbito do Sistemade Gestão da Qualidade e Acreditação Laboratorialé incessantemente executada, assegurando a ope-ração e controlo destes através do estabelecimentode objetivos e indicadores que permitem o acom-panhamento do desempenho respetivo. Duranteesse controlo são identificadas oportunidades demelhoria que devem, posteriormente, ser concre-tizadas para melhoramento do próprio sistema. Em2014, a taxa de concretização das oportunidades demelhoria chegou aos 93.8%, reflexo do esforçoempreendido neste sentido. A consolidação do SGQcontemplou, igualmente, a realização de auditorias

internas e externas (estas realizadas pela APCER eIPAC), tendo sido verificada a conformidade dosrequisitos praticados, o que permitiu confirmar aadequação dos objetivos com a Política da Quali-dade.

Neste âmbito:

w O Laboratório de Calibração participou num ensaiobilateral com o laboratório de referência metrológicada Holanda, tendo tido um resultado satisfatório;

wForam implementadas novas técnicas laboratoriais paracaracterização geotécnica dos sedimentos e garantido ofuncionamento do Laboratório de Sedimentologia, em con-dições de rotina, aplicando os procedimentos aprovadose os requisitos normativos associados à acreditação de téc-nicas de análises de sedimentos marinhos que estão acre-ditadas pela NP EN 17025:2005 (granulométrica, deter-minação do teor de Carbono, determinação do teor emágua e determinação da densidade de partículas);

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w Os Laboratórios de Sedimentologia e QuímicaMarinha participaram em vários exercícios inter-laboratoriais (EIL) com laboratórios congéneres,de forma a validar as técnicas e procedimentosinternos utilizados nas análises acreditadas(QUASIMEME, RELACRE e AQUASHECK). A parti-cipação nestes EIL permitiu aferir a qualidadesdos resultados para a totalidade dos métodosacreditados, tal como definido pela norma daacreditação, assim como incluir outros métodosde ensaios que se pretendem acreditar nos pró-ximos ciclos de acreditação.

g. A cooperação nacional e internacional

Sendo um organismo público multidisciplinar, o IH cola-bora com vários outros organismos tanto nacionaiscomo internacionais, prosseguindo o objetivo de garan-tia de serviço público e apoio à comunidade.

No campo nacional, o IH manteve, em 2014, aassessoria ao Tribunal Marítimo de Lisboa nas áreasde hidrografia e navegação, a participação em gru-pos de trabalho para a implementação da DiretivaQuadro de Estratégia Marinha e para a utilização,na Administração Pública, de produtos de observa-ção da Terra, a colaboração com a Polícia Judiciá-ria e com entidades diversas no esclarecimento dequestões relacionadas com a área da navegação ecálculos de deriva relativos a investigações crimi-nais e o apoio à Autoridade Marítima Nacional nasbuscas por aeronave em incidentes e em cálculosda deriva provável de objetos ou em acidentes compessoas no mar. No âmbito do protocolo de coope-ração assente no projeto hidrocartAFRICA, paraconstituição de uma base de dados partilhada decartas históricas de África, foi estabelecida umacolaboração com o Centro de Estudos Geográficosda Universidade de Lisboa e o Instituto Geográficodo Exército.

Enquanto Laboratório de Estado e instituição cien-tífica, o IH colabora com diferentes universidades einstitutos, quer nacionais quer estrangeiros, noâmbito de trabalhos realizados para finalização delicenciaturas, mestrados ou doutoramentos, tendorespondido em 2014 a vários pedidos de cedência

de dados, acolhido um mestrando (FCUL) e onzeestágios curriculares. Foram estabelecidos protoco-los de estágio com a ENSTA Bretagne − École Natio-nale Supérieure de Techniques Avancées Bretagne −− França, o Instituto Superior de Ciências Sociais ePoliticas, a Ciência Viva, a Faculdade Ciências daUniversidade de Lisboa, entre outros.

O IH desenvolve igualmente inúmeras ações e par-ticipações em grupos de trabalho de projetos comprojeção internacional, de entre as quais se desta-caram as seguintes em 2014:

wPara o projeto EUROGOOS, são de realçar a manu-tenção da disponibilização de dados provenientes dasboias multiparâmetro e de marégrafos, em tempoquase real, para os parâmetros acordados com ocoordenador da área de gestão de dados para o pro-jeto IBI-ROOS e a coorganização da 7ª ConferênciaEuroGOOS, entre 28 e 30 de outubro juntamente como Secretariado da EuroGOOS. Esta conferência, quese realizou nas instalações da Fundação Calouste Gul-benkian, teve por tema a Oceanografia operacionalpara o desenvolvimento sustentável da economia domar e acolheu 215 pessoas oriundas de 25 países,representando 103 instituições. A conferência per-mitiu identificar novos serviços operacionais e méto-dos de interação com os utilizadores, com ênfase nocrescimento económico sustentado, destacar osdesafios de monitorização e previsão do estado bio-geoquímico dos mares e oceanos e priorizar a Inves-tigação, Desenvolvimento e Tecnologias (IDT) neces-

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Realce-se também, a participação na 15ª Reuniãodo Comité Diretor do IC-ENC − International Cen-tre for Electronic Navigational Charts − que decor-reu em Haia, de 9 a 10 de setembro e na qualestiveram presentes representantes dos serviçoshidrográficos nacionais de 22 países. Na reuniãodiscutiram-se temas relacionados com a missãoúltima desta organização que, através da coope-ração regional, visa a criação de uma base dedados de cartas eletrónicas de navegação coerentee consistente, com cobertura e disponibilização anível mundial através do controlo de qualidade

sárias, colocando ênfase nas necessidades das dire-tivas europeias relevantes (Diretiva-Quadro Estraté-gia Marinha (DQEM) e a sua implementação regional),e desenvolver novas estratégias e planos para inicia-tivas chave europeias, tais como o Copernicus MarineService e as suas ligações com os programas globaisde observação dos oceanos (GOOS − Global OceanObserving System).

Durante a semana da conferência foram apresentadas90 comunicações orais e 77 pósteres tendo decorridono Instituto Hidrográfico reuniões de trabalho de pro-jetos internacionais e de instituições com interessesna área da Oceanografia Operacional.

Particiantes da 7ª Conferência EuroGOOS

independente, verificação da consistência dasCEN, e na administração e manutenção da base dedados CEN, com cartografia atualizada prove-niente dos países membros. As cerca de 5 000 CEN,existentes na base de dados do IC-ENC, são dispo-nibilizadas às entidades autorizadas e competen-tes para a sua distribuição e comercialização.

A participação em organizações militares internacio-nais reveste-se, naturalmente, de particular impor-tância, sendo por isso de salientar a participação naNATO através da reunião anual do MILOC Panel Mee-ting e da conferência geográfica para a implementaçãoda política Geoespacial da NATO, local onde são apre-sentados os projetos científicos e a visão futura destaorganização política e militar para estas questões.

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O esforço para a salvaguarda da navegação e da vida do mar coloca-se também no palcointernacional, já que da missão do IH decorre a execução de múltiplos projetos, alguns dosquais desenvolvidos em parceria com instituições estrangeiras. Portugal é membro fundador da Organização Hidrográfica Internacional (OHI), pelo que o IHrepresenta o País junto daquela organização. A OHI, estabelecida em 1921 pela ConvençãoHidrográfica Internacional visa, entre outros, apoiar a coordenação das atividades dos servi-ços hidrográficos nacionais e a uniformidade das cartas e documentos náuticos produzidos,incrementar a adoção de métodos de levantamento hidrográfico confiáveis e eficientes e odesenvolvimento das ciências na área da Hidrografia e das técnicas de oceanografia descritiva. O representante oficial de cada Estado Membro na OHI é geralmente apelidado de “Hidró-grafo Nacional”, sendo que todos os Hidrógrafos Nacionais, em consonância com os seusstaffs, reúnem-se de cinco em cinco anos, no Mónaco, para a Conferência Hidrográfica Inter-nacional. A Conferência analisa os desenvolvimentos conseguidos pela Organização e adotaos planos de ação para os cinco anos seguintes. Cada Estado Membro da OHI participa numa ou em várias Comissões Hidrográficas Regionais.O IH é representante de Portugal na Comissão Hidrográfica Regional do Atlântico Oriental(CHAtO) e na Comissão Hidrográfica da África Austral e Ilhas (CHAAI/SAIHC). A CHAtO englobaos países costeiros do Atlântico Oriental membros da Organização Hidrográfica Internacio-nal. São, assim, membros da CHAtO Portugal, Camarões, França, Espanha, Marrocos e a Nigé-ria. Não sendo membros da OHI mas pretendendo cooperar nas atividades da Comissão, oBenim, Cabo Verde, a República do Congo, a Costa do Marfim, a Guiné, a Guiné-Bissau, aMauritânia, o Senegal e o Togo são, desta forma, Membros Associados. A presidência daCHAtO é rotativa entre os seus membros: desde setembro de 2014 a presidência é assumidapor Marrocos. Portugal é membro associado da Comissão Hidrográfica da África Austral e Ilhas(CHAAI/SAIHC), devido às responsabilidades cartográficas que ainda tem na região. A SAIHC,que foi criada em 29 de agosto de 1996, tem como países membros França, Maurícia, Moçam-bique, Noruega, África do Sul e Reino Unido e como membros associados Angola, Comores,Madagáscar, Malawi, Namíbia, Portugal, Quénia, Seychelles e Tanzânia.

A OHI E AS COMISSÕES HIDROGRÁFICAS REGIONAIS

De particular relevância revestiram-se as participaçõesnas conferências das Comissões Hidrográficas Regionais daOrganização Hidrográfica Internacional (OHI): a XIª Con-ferência da Comissão Hidrográfica da África Austral e Ilhas(CHAAI/SAIHC), e a XIIIª Conferência da Comissão Hidro-gráfica do Atlântico Oriental (CHAtO/EAtHC). De entremuitos assuntos debatidos e acordos estabelecidos nodecorrer destas conferências ligados à hidrografia e à car-tografia náutica das regiões respetivas, tomam-se açõesno campo da produção de cartas internacionais (CartasINT) e da edificação de capacidades hidrográficas nospaíses onde o seu estado de desenvolvimento é limitado.

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A OHI organizou a sua 5.ª Conferência HidrográficaInternacional Extraordinária no Mónaco em outubro.A conferência consiste num evento da máximaimportância para a hidrografia e cartografia mun-diais, visto que reúne delegações de todos os EstadosMembros, observadores de estados não-membros,representantes de diversas organizações internacio-nais e não-governamentais e observadores da indús-tria. Foram debatidos e votados diversos assuntosrelacionados com a estratégia da organização, o seuorçamento e o programa de atividades para 2015.Portugal foi representado pela delegação do IH que,em complemento com voz ativa na assembleia daOHI, participou ainda nas várias sessões técnicas eem reuniões com outras delegações.

No âmbito da cooperação internacional, o IH tem, demomento, em vigor, protocolos de cooperação com váriospaíses, que se concretizaram em várias ações em 2014, deentre as quais seguem as mais significativas:

− No âmbito do protocolo de cooperação científica assi-nado entre o IH e o seu homólogo francês, o SHOM (Ser-vice hydrographique et océanographique de la Marine),deu-se continuidade ao projeto bilateral de modelaçãooperacional da circulação da margem continental ibé-rica, com a prossecução da instalação do modelo ope-racional de circulação oceânica (HYCOM) no sistema decálculo do IH. A colaboração estendeu-se ainda com oembarque de uma equipa do Instituto Hidrográfico nonavio francês “Pourquoi-pas?”para participar na cam-panha oceanográfica que decorreu entre o Golfo deCádis e o Estreito de Gibraltar, no âmbito do projetoMEDIterranean Tide GIBraltar − MEDITGIB. Esta missãoteve como objetivo a operacionalização de um sistemade previsão da circulação oceânica ao largo da PenínsulaIbérica (desde o Golfo da Biscaia até ao Estreito de

Gibraltar) efetuando o estudo e a caracterização dofluxo de água mediterrânica, com origem no Estreito eque escoa aprisionado ao longo da vertente continen-tal Ibérica. Este estudo permitirá validar os resultadosdo sistema de previsão, nomeadamente a corretarepresentação deste processo oceanográfico. Esta mis-são foi levada a cabo pelo navio hidro-oceanográficoAlmirante Gago Coutinho;

− O IH tem igualmente um projeto de colaboraçãohidrográfica com o Instituto Hidrográfico de laMarina de Espanha. No quadro desse protocolo, foirealizado um exercício hidrográfico conjunto queenvolveu dois navios hidrográficos de Espanha e umde Portugal com o objetivo de comparar a capaci-dade hidrográfica dos respetivos sistemas sondadoresmultifeixe, partilhar metodologias e procedimentosno âmbito do processamento dos dados batimétricose intensificar a colaboração entre os Institutos Hidro-gráficos de Portugal e de Espanha;

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38Síntese das Atividades2014

− Finalmente, um dos pontos altos da cooperação inter-nacional de âmbito técnico-militar levada a cabo peloIH consistiu na realização de um levantamento topo-hidrográfico na baía de Ana Chaves em São Tomé e Prín-cipe. A cooperação técnico-militar com a RepúblicaDemocrática de São Tomé e Príncipe contemplou assimum trabalho topo-hidrográfico, para publicação de umacarta náutica com informação atualizada num sistemade coordenadas compatível com os atuais sistemas denavegação e com a localização dos diversos navios nau-fragados, que por si só constituem grave perigo para anavegação, em substituição da CN 393 “Portos de Fer-não Dias e de Ana Chaves”, cuja última edição ocorreuem 1972.

h. A formação em Hidrografia e Oceanografia

i. A atividade operacional dos Navios Hidrográficos

Em adição à sua missão multidisciplinar de Defesa ede execução de Políticas Públicas Marítimas, o IHcomporta ainda uma importante componente deformação profissional. A Escola de Hidrografia eOceanografia (EHO) é uma Escola do Sistema deFormação Profissional da Marinha (SFPM), dedicadoà formação dos oficiais e sargentos da Armada etécnicos civis necessários às atividades da Hidro-grafia e da Oceanografia, ou que, relacionadas comestas, interessem à Marinha e ao País. Trata-se daúnica escola do País que ministra cursos de hidro-grafia acreditados pela Organização HidrográficaInternacional (OHI), pela Federação Internacionalde Geómetras (FIG) e pela International Cartograp-

1. Resumo da atividade

A atividade operacional naval do IH foi asseguradapelos quatro navios hidrográficos: NRP D. Carlos I,NRP Almirante Gago Coutinho, NRP Andrómeda eNRP Auriga (NH), tendo respondido às necessidadesoperacionais determinadas pelo Comando Naval eàs manifestadas no quadro dos projetos de investi-gação e desenvolvimento na área das ciências domar em curso. Registaram-se 226 dias de missão,

mais seis do que no ano transato. Mantendo-se arelevância das missões dedicadas à atividade do IHe do projeto da Estrutura de Missão para a Extensãoda Plataforma Continental, que ocuparam 69% daatividade operacional, releva-se também o númerosignificativo no apoio a operações navais e da auto-ridade marítima, no total de 53 dias, cuja distri-buição global está plasmada abaixo.

hic Association (ICA), sendo, por isso, um elementofundamental do posicionamento nacional e inter-nacional do IH.Em 2014, foi lecionado e concluído o curso de espe-cialização de oficiais em hidrografia, acreditado inter-nacionalmente com a Categoria A da OHI/FIG/ICA. Ostrês Oficiais da classe de Marinha e três alunos civisexternos à Marinha que concluíram com aproveita-mento o curso, adquiriram competências técnicas quelhes permitem exercer as suas atividades no InstitutoHidrográfico, em universidades dedicadas às ciênciasdo mar, administrações portuárias e empresas deconstrução ou consultoria que realizem trabalhos dehidráulica marítima ou fluvial.

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39Síntese das Atividades

2014

Tipo de missão D. Carlos I AlmiranteGago Coutinho Andrómeda Auriga

Apoio à Comunidade Científica (protocolo entre o IH e a FCT) 0 5 0 0

Operações navais e da autoridade marítima 22 20 0 11

Atividade IH 13 57 29 29

Apoio EMEPC 0 27 0 0

Representação naval 3 0 0 4

Treino e provas 6 0 0 0

Total 44 109 29 44

Tabela I – Dias de missão, por classe de navios, e por tipo de missão

2. NRP D. Carlos I

O NRP D. Carlos I é um navio hidrográfico que asse-gura, no âmbito das missões da Marinha, atividadesrelacionadas com as ciências e técnicas do mar tendoem vista a sua aplicação na área militar, em projetoscientíficos e na proteção do ambiente marinho. Àsemelhança do outro navio hidrográfico da mesmaclasse, o NRP Almirante Gago Coutinho, o NRP D. Car-los I constitui-se ainda como um instrumento de ele-vado potencial para a cooperação internacional, sejano âmbito europeu, seja com a África Lusófona. Equi-pado com o estado de arte da tecnologia, assumemespecial destaque os sistemas de hidrografia e deoceanografia. As capacidades instaladas fazem do NRPD. Carlos I uma plataforma aberta para a investigaçãocientífica, permitindo a utilização, de forma inte-

grada, das tecnologias ao serviço da Marinha e dacomunidade científica nacional e internacional. A pro-cura de soluções que envolvam os sistemas do naviocom outras infraestruturas de Ciência e Tecnologiapotenciará a sua utilização e será um dos caminhospara permitir a aproximação da sociedade ao estudodo mar, expandindo e alargando o conhecimento dasextensões marítimas de interesse nacional.

Em 2014, o NRP D. Carlos I esteve empenhado em váriasatividades (missão MONICAN/RAIA, apoio Rapid Envi-ronmental Assessment ao exercício naval da MarinhaINSTREX, missões de apoio à esquadra e representaçãonaval). Este navio esteve ainda envolvido na campanhaREPSOL (Algarve), através do fundeamento/recolha deamarrações correntométricas, com a respetiva recolhade dados e manutenção de equipamentos.

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40Síntese das Atividades2014

3. NRP Almirante Gago Coutinho

A aplicação da tecnologia moderna ao Oceano é fun-damental para a aquisição de conhecimentos científi-cos que permitam compreendê-lo melhor. Tal como oNRP D. Carlos I, o NRP Almirante Gago Coutinho dispõede capacidades necessárias para os desafios colocadosàs Ciências do Mar. Medições in situ, pelos navios ocea-nográficos, são essenciais na determinação da batime-tria do fundo do mar e da estrutura subjacente, namodelação das correntes, no transporte de sedimentose na avaliação dos parâmetros físico-químicos da água.O conhecimento do Oceano obriga ao desenvolvimentode projetos que utilizem, de uma forma integrada,conhecimentos nos diversos domínios das ciências domar. O navio permite o envolvimento em projetos cien-tíficos multidisciplinares, nos quais o Instituto Hidro-gráfico participa, em cooperação com universidades ecentros de investigação nacionais e internacionais. Ascampanhas realizadas pelo navio na implementação ena manutenção de uma rede de boias multiparâmetrona costa oeste de Portugal continental, no âmbito deprojetos científicos como o MONICAN (Monitorização doCanhão da Nazaré) ou o RAIA (Observatório Oceânicoda Margem Ibérica), são um bom exemplo do empregodo navio em atividades de Investigação e Desenvolvi-mento (I&D). Estes projetos de monitorização e de

caraterização ambientais das águas nacionais disponi-bilizam on-line, e em contínuo, uma grande e impor-tante variedade de parâmetros oceanográficos emeteorológicos, e permitem alimentar diversos mode-los e produtos de previsão ambiental, como os de agi-tação e de circulação marítimas.

O NRP Almirante Gago Coutinho esteve empenhadoem diversas missões, dais quais se destacam a mis-são de apoio ao treino e certificação em operaçõesde mergulho profundo dos Destacamento de Mer-gulhadores da Marinha (DMS), a segunda campanhado programa SEDMAR, a campanha REPSOL, a cola-boração com o Instituto Hidrográfico da MarinhaEspanhola, e a campanha da Estrutura de Missãopara a Extensão da Plataforma Continental 2014,que decorreu no Algarve e ao largo do Arquipélagodo Açores, com a operação do ROV Luso, prosse-guindo a recolha de dados para consolidação daproposta nacional de Extensão da Plataforma Con-tinental. Realça-se também a missão MEDITGIB, noEstreito de Gibraltar, e o levantamento hidrográ-fico, com recurso a sistemas multifeixe, na costaVicentina, entre os 200 e os 1 500 m, para a Fun-dação da Faculdade de Ciências de Lisboa.

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41Síntese das Atividades

2014

4. NRP Andrómeda

Tal como o outro navio hidrográfico da mesma classe - oNRP Auriga − o NRP Andrómeda é uma plataforma versá-til e económica, de capacidade científica que varia con-soante os equipamentos instalados. Assim, encontra-sepreparado para uma rápida adaptação de equipamentosespecíficos, dispondo de capacidade operacional que per-mite potenciar a exploração de novos sistemas segundouma forma integrada. A área de operação do NRP Andró-meda é junto à costa, normalmente em Portugal Conti-nental e no arquipélago da Madeira, embora já tenhaefetuado missões no estrangeiro, designadamente emEspanha e em Cabo Verde.

Com boa capacidade de manobra e elevada versati-lidade, o navio tem vindo a realizar numerosas mis-sões, para estudos de impacto ambiental, engenhariacosteira e portuária, reconhecimento hidrográfico,ensaios de equipamentos científicos, deteção deobjetos e apoio a operações navais.

Da atividade do NRP Andrómeda em 2014, salienta-se a missão ROVEX/SONAREX/LEVIDREX, ao largo deCascais, a missão SEDIMENTEX/COREX, no rio Tejo eao largo deste e ainda o fundeamento no rio Tejo,de uma boia (hidroboia) da empresa MRA Instru-mentação, no âmbito da terceira edição das Jorna-das de Engenharia Hidrográfica.

5. NRP Auriga

No apoio às operações navais, o navio serve de plata-forma de observação de parâmetros físico-químicos ehidrodinâmicos, fundamentais para alimentar e vali-dar os modelos de previsão oceanográfica no âmbitoda circulação oceânica e da acústica submarina. Ainformação derivada corresponde a uma ferramentaútil na tomada de decisões táticas e operacionais, per-mitindo o uso otimizado de meios, de sensores e dearmas em função das condições ambientais existen-tes no teatro de operações. O emprego do NRP Aurigano apoio às operações navais compreende também aGuerra de Minas, executando o navio levantamentosdos acessos e das aproximações dos portos tendo emvista a definição das rotas mais adequadas perante umcenário de ameaça de minas. Estes levantamentospermitem, por outro lado, obter uma caracterizaçãoambiental de referência das áreas cobertas, o queaumenta a probabilidade de sucesso em ações debusca e de localização de eventuais minas ou de obje-tos a investigar.

Em 2014, o NRP Auriga efetuou a missão SISMEX, aolargo de Lisboa. Foram fundeadas/recolhidas asboias ODAS de Sines e de Faro e foi recolhida ahidroboia anteriormente colocada pelo NRP Andró-meda, no rio Tejo. O navio esteve igualmente envol-vido no exercício Recognized Environmental Picture(REP), ao largo de Sesimbra, dando apoio às opera-ções com o NRP Arpão e com as restantes entidadesenvolvidas. Efetuou ainda uma missão de apoio àatividade do IH, com a recolha de dados hidrográfi-cos, amostras de sedimentos, dados de correntes esísmica ligeira, na bacia hidrográfica do Tejo.

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IV. A Aposta na exelência

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43Síntese das Atividades

2014

As primeiras Jornadas de Engenharia Hidrográficacoincidiram com o cinquentenário do Instituto Hidro-gráfico, enquanto entidade de investigação ligada aomar. Nessa altura, as Jornadas revelaram-se como umfórum técnico-científico nacional privilegiado que,reuniu investigadores e técnicos, não só da área Hidro-grafia, como de todas as restantes áreas de investiga-ção que com ela interagem. 2014 viu a realização daterceira edição das Jornadas. De novo, na semana emque se assinala o Dia Mundial da Hidrografia, dias 24a 25 de junho, a comunidade nacional ligada aoestudo do mar teve oportunidade de se reunir, discu-tir e trocar experiências diversas. A centena de tra-balhos apresentados, que quase duplicaram os 60 dasprimeiras jornadas, atestam o crescente interessedesta ação. Foram abordados, entre outros, o tema“Difusão pela comunidade marítima de informaçãovital para a navegação”, tendo como objetivo des-crever e divulgar a utilidade e as funcionalidades daaplicação ANAVNET, bem como das várias Bases deDados criadas no IH contendo informação vital para anavegação. Estes produtos oferecem um cada vezmaior e mais expedito apoio aos navegantes, atravésde um Web-Service permanentemente disponível aopúblico, ou através da solicitação ao Instituto Hidro-gráfico da cedência dos dados desejados, permitindoque os utilizadores acedam de uma forma rápida eexpedita à Informação de Segurança Marítima corres-pondente à área onde naveguem, aumentando-seassim, de forma significativa, a segurança da navega-ção nas águas territoriais de Portugal.

Foram três dias de grande atividade, em que quaseduas centenas de participantes se dividiram e cir-cularam entre os auditórios dedicados às apresen-tações orais e a sala onde estavam expostas ascomunicações em painel, tendo ainda tido a opor-tunidade de visitar a Base Hidrográfica da Azi-nheira, onde contactaram com a componenteinstrumental. Além da comunidade científica, esti-veram presentes investigadores e técnicos do Brasil,de Espanha e da Noruega, aumentando a interna-

IV.A aposta na exelência

cionalidade do evento. Adicionalmente, o volumedas ACTAS das jornadas, distribuído em formato delivro a todos os participantes, ficou disponível aopúblico em geral, sendo um testemunho da quali-dade científica dos trabalhos apresentados. A reali-zação das 3as Jornada foi possível, do ponto de vistafinanceiro, pelo apoio da KRONSBERG MARITIME, daCARIS, da ESRI PORTUGAL e da QUALITAS REMOS,presentes desde o início e a que nesta edição sejuntaram a CCDR − TRADE 2, a EDP Renováveis e aMRA Instrumentação.

Está aberto o caminho para a realização das 4as em2016 que, apesar dos constrangimentos que todosconhecemos, e temos presentes, se espera ter umsucesso não inferior às anteriores edições.

Os participantes nas Jornadas no primeiro dia de trabalhos.

Momento de jazz com a Banda da Armada durante um intervalo de almoço.

a. As 3as Jornadas de Engenharia Hidrográfica

Em complemento aos inúmeros projetos e ações levados a cabo, realçam-se outrospela sua relevância tanto interna como externa ao IH.

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44Síntese das Atividades2014

Em 2014 foram lançadas as fundações para o pro-jeto de navegabilidade do Rio Douro. Iniciaram-se, desta forma, os trabalhos de preparação paraa assinatura de um acordo com o Instituto daMobilidade e dos Transportes, I.P., em 2015, quecontemple também a elaboração de um projetode assinalamento fluvial, adequado aos requisitos

A explicação sobre a instrumentação da rede de monitorização,durante a visita às instalações da Base Hidrográfica no Seixal.

Centro de Instrumentação Marítima.

A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Dra. BertaCabral, na cerimónia de encerramento das jornadas.

b. O Projeto de Navegabilidade do Douro

Em 2014 concluiu-se a edificação do Centro de Instru-mentação Marítima (CIM), tendo-se conseguido a com-pleta operacionalização desta capacidade em outubrode 2014. Este CIM tem como principal objetivo a cen-tralização da manutenção de equipamentos, sensorese sistemas eletrónicos técnico-científicos do IH numsó organismo, constituindo uma capacidade única anível nacional.

c. O CIM

identificados como indispensáveis para uma nave-gação em segurança, um estudo para implemen-tação de um sistema de observação e difusão emtempo real, da altura da água instantânea, bemcomo um estudo de monitorização e melhoria doposicionamento GPS Diferencial, ao longo da ViaNavegável do Douro.

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V. Eventos e visitas de referência

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46Síntese das Atividades2014

VEventos e visitas de referência

Visita do Chefe do Estado-maiorda Armada e Autoridade MarítimaNacional

O Almirante Chefe do Estado-Maior daArmada e Autoridade Marítima Nacionalrealizou uma visita oficial ao InstitutoHidrográfico no dia 09 de Janeiro

Seminário sobre o apoio Geo--Meteo-Oceanográficoàs Operações Navais

O Instituto Hidrográfico realizou, nodia 28 de janeiro de 2014, o semináriosobre aplicações de apoio Geo-Meteo--Oceanográfico às Operações Navais eMarítimas, onde estiveram presentesintervenientes da Marinha, daAutoridade Marítima Nacional, doExército e da Força Aérea, convidadosnacionais e estrangeiros,representantes da AutoridadeNacional da Proteção Civil, bem comocolaboradores do IH

Dia do Hidrógrafo

O Instituto Hidrográfico realizou, nodia 14 de fevereiro, uma sessãoinserida nas comemorações do Dia doHidrógrafo, onde estiveram presentesoficiais generais, antigos hidrógrafos,bem como colaboradores do IH

JANEIRO

FEVEREIRO

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47Síntese das Atividades

2014

Visita da Delegação Portuguesada Comissão de Limites

Portugal-Espanha

O Presidente da Delegação Portuguesada Comissão de Limites Portugal--Espanha, senhor Embaixador Rui

Lopes Aleixo, acompanhado daConselheira Técnica, Dra. Manuela da

Câmara Falcão, visitou o InstitutoHidrográfico, no dia 17 de fevereiro,tendo sido foi recebido pelo Diretor-

geral do Instituto Hidrográfico,Contra-almirante António da Silva

Ribeiro

Visita do Cursode Promoção a Oficial General

No âmbito da componente formativacomum e conjunta, um grupo de

Auditores do Curso de Promoção aOficial General (CPOG) 2013-2014, do

Instituto de Estudos SuperioresMilitares, visitou o Instituto

Hidrográfico, no dia 27 de Fevereiro

Visita do Diretordo Instituto Hidrográfico da Marinha

de Espanha

O Diretor do Instituto Hidrográfico daMarinha de Espanha (IHM), Capitão-de-

mar-e-guerra José Ramón Fernández deMesa y Temboury, acompanhado por uma

delegação do IHM, visitou o InstitutoHidrográfico, em Lisboa, de 18 a 20 de

março. Esta visita, permitiu a análise deprogramas técnicos de interesse mútuo,nas áreas da hidrografia, da cartografia

náutica e da oceanografia

MARÇO

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48Síntese das Atividades2014

Assinatura do protocolode cooperação entre o IHe a New Sigma Holding

Realizou-se no dia 24 de março de2014, no Instituto Hidrográfico, aassinatura do Protocolo de Cooperaçãoentre o Instituto Hidrográfico e a NewSigma Holding, Lda. O protocolo visa odesenvolvimento de atividades deinteresse comum na área geográficasob soberania da República deMoçambique e a operacionalizaçãoatravés da celebração de acordosentre as partes

Cerimónia de Inauguraçãodo Centro de InstrumentaçãoMarítimaFoi inaugurado, no dia 6 de maio de 2014, oCentro de Instrumentação Marítima (CIM)do Instituto Hidrográfico, sediado na BaseHidrográfica na Azinheira, no Seixal. Acerimónia de inauguração foi presidida porS. Exa o Ministro da Defesa Nacional, Dr.José Pedro Aguiar-Branco, acompanhadopelo Chefe do Estado-Maior da Armada eAutoridade Marítima Nacional, AlmiranteMacieira Fragoso, e pelo Diretor-geral doInstituto Hidrográfico, Contra-almiranteAntónio da Silva Ribeiro

MAIO

Seminário “Obras Marítimas eProteção da Orla Costeira”

No Instituto Hidrográfico a decorreu, a 29de abril, em Lisboa, o semináriosubordinado ao tema “Obras Marítimas eProteção da Orla Costeira”, com o objetivode proporcionar uma oportunidade dereflexão, partilha do conhecimento e dedebate, sobre o contributo da Hidrografiapara as obras marítimas, a sua importânciapara a proteção da orla costeira e a relaçãoentre estas áreas e as questões ambientaisque lhes estejam associadas

ABRIL

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49Síntese das Atividades

2014

Visita do Diretor-geraldo Serviço Hidrográfico Australiano

O Instituto Hidrográfico recebeu avisita do Diretor-geral do Serviço

Hidrográfico Australiano CommodoreBrett K Brace, no dia 12 de maio

Visita dos Auditores do Cursode Promoção a Oficial General

2013/2014

Os Oficiais Auditores do Curso de Promoçãoa Oficial General 2013/2014 − da classe de

Marinha − sendo 6 de nacionalidadeportuguesa, um do Brasil e um de Angola,

acompanhados pelo CALM Valente dosSantos, Diretor do Curso e pelo Capitão-de-

-mar-e-guerra Ferreira Seuanes,Coordenador da Área de Ensino Específico da

Marinha do Instituto de Estudos SuperioresMilitares, visitaram no dia 23 de maio a Base

Hidrográfica, no Seixal

Tomada de Possedo Diretor-geral

Realizou-se no dia 30 de junho de 2014, nasInstalações do Convento das Trinas, a

cerimónia de tomada de posse do Diretor--geral do Instituto Hidrográfico, Contra-

almirante José Luís Branco Seabra de Melo,que veio render o Vice-almirante António

Manuel Fernandes da Silva Ribeiro

JUNHO

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50Síntese das Atividades2014

Feira Internacional de Luanda

O Instituto Hidrográfico participou pelasegunda vez consecutiva na FeiraInternacional de Luanda − FILDA, de 22 a 29de julho, em parceria com a SociedadeNacional de Desenvolvimento e Investimento,Lda. (SONADI)

Visita do Instituto NacionalHidrografia e Navegação deMoçambique ao IH

No âmbito de uma colaboração luso--moçambicana, o InstitutoHidrográfico recebeu, no dia 7 dejulho, a visita de uma Delegação,constituída pela Engenheira LauraChirindza, Chefe do Departamento daSinalização Marítima, pelo DoutorEnoque Macie, Chefe doDepartamento de Administração eFinanças do Instituto Nacional deHidrografia e Navegação (INAHINA), epelo Comandante Oliveira Santos daDireção de Faróis

Visita oficial do Chefe do Estado--maior da Marinha Francesa

O Chefe do Estado-maior da MarinhaFrancesa, Almirante Bernard Rogel,visitou o Instituto Hidrográfico no dia18 de julho de 2014, tendo sidorecebido à chegada pelo AlmiranteChefe do Estado-maior da Armada eAutoridade Marítima Nacional,Almirante Macieira Fragoso e peloDiretor-geral do IH, Contra-almiranteSeabra de Melo

JULHO

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51Síntese das Atividades

2014

Visita do Embaixador de França

O Embaixador da República Francesaem Portugal, Jean-François Blarel,acompanhado do Adido de Defesa,

Capitão de mar--e-guerra François Escarras, visitou o

Instituto Hidrográfico, no dia 11 desetembro, onde foi recebido pelo

Diretor-geral do InstitutoHidrográfico, Contra-

-almirante José Luis Branco Seabra deMelo

Instituto Hidrográfico distinguidocom o “Prémio Co-Inovação”

No âmbito do evento “Q-DayConference” organizado pela Quidgest,

realizado em 18 de setembro naCulturgest, o Instituto Hidrográfico foi

distinguido com o “Prémio Co--Inovação”, na categoria “Modernizaçãoda Administração Pública”, prémio que

visa reconhecer os clientes que maiscontribuem para o processo de

inovação e melhoria contínua dassoluções tecnológicas disponibilizadas

por aquela entidade

Visita dos antigos Diretores-geraisao IH

No dia 26 de setembro, o InstitutoHidrográfico recebeu a visita dos

antigos Diretores-gerais destainstituição, no âmbito das

comemorações do seu54.º aniversário

SETEMBRO

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52Síntese das Atividades2014

Visita da delegação do InstitutoMarítimo Portuário da Repúblicada Guiné Bissau

Decorreu, de 17 a 20 de novembro, noInstituto Hidrográfico, a visita detrabalho de uma delegação do InstitutoMarítimo Portuário (IMP) da GuinéBissau, constituída pelo Presidente doConselho de Administração,Comandante Carlos da Silva, pelo 1.ºvogal do Conselho de Administração,Joaquim Amaro Mustaffe e pelo 2.ºvogal do Conselho de Administração,Jocias Valdemar Forbes Teixeira

Visita dos consultorese investigadores nacionaise estrangeiros do projeto “NewChallenges of the Atlantic”

No dia 5 de novembro, o InstitutoHidrográfico recebeu a visita dosconsultores e investigadores,nacionais e estrangeiros, do projeto“New Challenges of the Atlantic”

Comemoração do Dia da Unidade

O Instituto Hidrográfico comemorou,no dia 3 de outubro, o Dia daUnidade, reunindo militares,militarizados e trabalhadores civisnum ambiente de saudávelconfraternização a assinalar mais umano de vida deste órgão da Marinha

OUTUBRO

NOVEMBRO

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VI. Os Recursos

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54Síntese das Atividades2014

A estrutura de recursos humanos do Instituto Hidro-gráfico engloba pessoal militar disponibilizado eremunerado pela Marinha, e pessoal civil cuja ges-tão e remuneração é da completa responsabilidadedo IH. Para a realização da sua missão, o IH contouem 2014 com a colaboração de 181 militares, qua-tro militarizados e 132 civis.

No último biénio, entre entradas por consolidaçãode mobilidade, por consolidação de cedência deinteresse público e saídas por mobilidade interna,por procedimentos concursais e por rescisões demútuo acordo, registou-se uma redução no Mapa dePessoal de 11 trabalhadores.

Em termos de formação, o IH assegura aos seus cola-boradores formação profissional, avançada e espe-cializada, conforme as necessidades definidas pelosprocedimentos internos conducentes ao Plano de For-mação, cuja estrutura está sustentada no Diagnósticode Necessidades de Formação. Esta ação é funda-mental para garantir a manutenção e aperfeiçoa-mento das qualificações, das competências e daprontidão do pessoal do IH e das Brigadas.

Assim, foram asseguradas ações de formação avan-çada ao nível de Doutoramentos, Mestrados e Pós-Graduações, nos quais se incluíram:

wDoutoramento em Geotécnica Marinha, na Univer-sidade Nova de Lisboa;

wMestrado em Contabilidade e Finanças, na EscolaSuperior de Ciências Empresariais, do InstitutoPolitécnico de Setúbal;

wMestrado em Modulação Estatística e Análise deDados, na Universidade de Évora;

wMestrado do curso de Engenharia Geográfica, naFaculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa;

wDoutoramento em Geologia Ambiental (Área Dinâ-mica Sedimentar Estuarina), na Faculdade de Ciên-cias, da Universidade de Lisboa;

wDoutoramento em Geologia Ambiental (Área Dinâ-mica Sedimentar em Sistemas de Canhões), naFaculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa;

wMestrado em Geociências, na Faculdade de Ciên-cias, da Universidade de Lisboa;

a. Recursos Humanos

wMestrado em Engenharia Informática (Sistemas deInformação), na Faculdade de Ciências, da Uni-versidade de Lisboa;

wMestrado em Engenharia Química e Bioquímica, naFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universi-dade Nova de Lisboa.

Foi igualmente prestado apoio aos estágios finais docurso de Engenheiro Hidrógrafo, frequentados pordois oficiais, que terminaram os seus mestrados noestrangeiro e foram realizados os estágios de for-mação especializada e/ou curriculares nas áreas deGeologia Marinha, Química e Poluição do Meio Mari-nho, Oceanografia, Hidrografia, Centro de DadosTécnico-científicos, Brigada Hidrográfica, Departa-mento de Qualidade, Relações Externas e Imagem,Escola de Hidrografia e Oceanografia, com a dura-ção mínima de um mês e máxima de doze meses.

Estes estágios permitem o contacto com as váriasáreas de atuação do IH, possibilitando, não só aaquisição de alguns conhecimentos teóricos funda-mentais, como também a sua aplicação prática.

Realce-se ainda a colaboração de dezasseis bolsei-ros afetos a projetos de I&D.

Evolução das existências de Recursos Humanos(valores a 31 dezembro)

ANO 2012 2013 2014

PESSOAL − TOTAL

MILITARES E MILITARIZADOS 170 165 185

CIVIS 144 143 132

MILITARES E MILITARIZADOS

Oficiais 51 51 59

Sargentos 39 40 43

Praças 76 70 79

Militarizados 4 4 4

CIVIS

Investigadores 1 1 1

Informáticos 11 12 12

Técnicos Superiores 58 57 59

Assistentes Técnicos 54 53 41

Assistentes Operacionais 20 20 19

VIOs Recursos

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55Síntese das Atividades

2014

b. Recursos Financeiros

i. Envolvente Económica e Financeira

Em 2014, o IH continuou a aperfeiçoar os métodose práticas de gestão, designadamente no que con-cerne à gestão estratégica e respetivo instrumentode apoio (“Balance Scorecard”), no Sistema de Ges-tão da Qualidade e no Controlo de Custos, como ins-trumentos de apoio à gestão que orientam ecorrigem as decisões, e facilitam a avaliação e aresponsabilização nos vários escalões dando conti-nuidade ao esforço de modernização e otimizaçãoda sua gestão, de forma a aplicar com racionali-dade, rigor e disciplina os recursos existentes, cadavez mais escassos.

No plano da legislação e orientações, a atividadefinanceira do IH seguiu o enquadramento institucio-nal consagrado na sua Lei Orgânica, na Diretiva dePolítica Naval 2011 (DPN2011), na Diretiva Setorial dasCiências do Mar de 2011 e no Plano Estratégico 2011-2013 ainda vigentes em 2014, regendo-se ainda pelosseguintes diplomas que regulamentam:

wO Regime da Administração Financeira do Estado(Lei de bases da contabilidade pública e legislaçãocomplementar; Lei de enquadramento orçamen-tal; Lei de organização e processo do Tribunal deContas; Regime de Tesouraria do Estado; Códigodos Contratos Públicos; Plano Oficial de Contabili-dade Pública; Normas de Cadastro Inventário deBens do Estado);

wO Programa do Governo;

wA Lei das Grandes Opções do Plano;

w A Lei do Orçamento do Estado e a legislação eregulamentação complementar que orientam orespetivo planeamento e execução (decreto-lei deexecução orçamental e circulares da Direção-Geraldo Orçamento);

wLei dos Compromissos e pagamentos em atraso;

wLei das reduções remuneratórias temporárias e ascondições da sua reversão;

wA Lei de Programação Militar (LPM);

w O Programa de Ajustamento Económico e Financeiro.

ii. Financiamento Global do Instituto Hidrográfico

A estrutura do financiamento do IH assenta em doisgrandes blocos: o orçamento privativo e o financia-mento indireto da Marinha.

O orçamento privativo engloba o Orçamento de Fun-cionamento (OF) e o Investimento do Plano (PIDDAC),estando o primeiro direcionado para o suporte da ati-vidade corrente e encargos da estrutura e o segundodedicado exclusivamente ao investimento.

O financiamento indireto da Marinha é realizadoatravés de verbas inscritas no Orçamento da Mari-nha e encontra-se plasmado nas peças contabilísti-cas do IH através do registo dos custos e proveitosrespetivos, não tendo impacto ao nível orçamentale de fluxos de caixa.

No financiamento indireto incluem-se:

wDespesas com o pessoal militar em serviço no IH;

w Despesas com a operação dos Navios Hidrográficos (NH);

w Investimento inscrito na Lei de Programação Mili-tar (Capacidade Oceanográfica e Hidrográfica) e noorçamento de funcionamento da Marinha.

Orçamento de funcionamento

€6.274.702

LPM/ Inv OM

€352.212

€ 4.300.000

Investimento do Plano € 157.093

Financiamento total

€ 13.466.062

Orçamento privativo

€6.431.795 (48%)

Financiamento indirecto

€7.034.267(52%)

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56Síntese das Atividades2014

FinanciamentoIndireto52,2%

O.F.46,6%

PIDDAC46,6%

Os encargos globais da atividade do IH ascenderam, em2014, a cerca de 13,4 milhões de euros, sendo 52,2%suportados através do financiamento indireto da Mari-nha e o restante através do seu orçamento privativo.

O financiamento indireto em 2014 contempla a desa-gregação apresentada no quadro e gráfico seguinte,assumindo particular importância a componente rela-tiva a encargos com o pessoal militar a prestar serviçono IH, a operação dos NH’s utilizados pelo IH na suaatividade, bem como o financiamento via LPM, supor-tadas pelo Orçamento de Marinha.

Financiamento Indireto

Despesas com Pessoal 4.359.325 €

Aquisição de Bens e Serviços/Operação NH’s 1.931.780 €

Investimento (LPM) 743.162 €

Total 7.034.267 €

Investimento(LPM)11%

Aquisição Bens e ServiçosOperação NH’s

27%

Despesascom Pessoal

62%

Encargoscom Pessoal

58%

Investimento12%

Aquisição de Bense Serviços

30%

AgregadoAno

2010 2011 2012 2013 2014

Pessoal 8.953.625 € 7.989.639 € 7.131.055 € 7.864.726 € 7.876.820 €

Aquisição de Bens e Serviços 2.488.953 € 2.152.001 € 4.585.259 € 4.365.984 € 4.018.577 €

Investimento 1.072.964 € 1.168.634 € 1.018.622 € 3.002.710 € 1.570.665 €

Custo Global 12.515.542 € 11.310.274 € 12.734.936 € 15.233.420 € 13.466.062 €

Evolução dos Encargos Globais da Atividade por Agregado

Distribuição dos Encargos da Atividade por Agregado em2014

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57Síntese das Atividades

2014

Orçamento Corrigido Executado Tx. Exec.

Rendimentos de Propriedade 920.000,00 € 885.449,67 € 96,2%

Transferências Correntes 1.384.166,00 € 258.471,61 € 18,7%

Funcionamento Venda de Bens e Serviços 6.386.690,00 € 5.068.337,34 € 88,1%

Outras Receitas Correntes 5.000,00 € 0,00 € 0,0%

Reposições não abatidas 15.000,00 € 162,73 € 1,1%

Saldos da gerência anterior 226.612,00 € 226.609,75 € 99,9%

Sub-total 8.937.468,00 € 6.439.031,10 € 72%

Receitas de Capital 157.827,00 € 157.092,87 € 99,5%

PIDDAC Sub-total 157.827,00 € 157.092,87 € 99,5%

Total 9.095.295,00 € 6.596.123,97 € 72,5%

Orçamento Privativo 2014 − Receita

Os custos com pessoal, englobando o OF e o financia-mento indireto da Marinha, representam cerca de 58%dos encargos globais, aumentando, em percentagem,7% face a 2013. Em termos de valor global, registou-se um incremento residual, em relação a 2013 decerca € 12.000,00.

A despesa inerente aos encargos com a aquisição debens e serviços sofreu uma diminuição de cerca de €350.000,00 face ao ano transato representando, noentanto, um aumento percentual de 1% relativamenteao total de encargos. Esta diminuição deve-se essen-cialmente à redução de atividade do IH, inerente aonecessário equilíbrio entre orçamentos de receita edespesa, impostos pelo regime de autonomia admi-nistrativa e financeira.

Pela natureza da atividade do IH, assente numa fortecomponente científica e tecnológica, o investimento é umelemento de vital importância, sendo um vetor funda-mental da alocação de recursos por parte da Direção doIH. Em 2014, registou-se uma acentuada redução dos valo-res de investimento verificados em 2013, na ordem dos

50%, principalmente devido à redução também de 50% dofinanciamento disponibilizado pela LPM. Paralelamente,inerente a uma redução das vendas e prestação de servi-ços no âmbito do Orçamento Privativo do IH, foi tambémnecessário reduzir os montantes disponíveis para investi-mento nesta Fonte de Financiamento, assegurando-se osencargos de funcionamento. Mesmo com esta conjuntura,o investimento situou-se acima dos valores alcançados noperíodo de 2010-2012, representando 12% do total dosencargos globais.

iii. Execução Orçamental

O facto de o IH ter autonomia administrativa e finan-ceira e consequentemente ter que gerar receitas pró-prias que permitam cobrir, no mínimo, dois terços dototal da despesa, obriga a um equilíbrio permanenteentre o orçamento de receita e de despesa.

Relativamente à execução orçamental do orçamentoprivativo, efetua-se uma abordagem separada dascomponentes de receita e de despesa.

A taxa de execução global da receita foi de 72,5%.Este valor situa-se abaixo do verificado em 2013,facto que decorre essencialmente da diminuição dareceita arrecada pela prestação de serviços exter-nos. Concorre também para esta análise, a não con-cretização de importantes projetos de Investigação& Desenvolvimento financiados através da UniãoEuropeia, cuja orçamentação inicial era na ordemde 1 milhão de euros. No entanto, apesar das ocor-

rências acima referidas, a taxa de execução globalda receita situou-se acima dos valores alcançadosem 2012 (64,8%).

No tocante à distribuição das receitas, constatou-seque a “Venda de Bens e Serviços” representa 77%do total da receita cobrada, surgindo em segundolugar os “Rendimentos de Propriedade” (13%). Emrelação às “Transferências Correntes” associadas aoressarcimento de despesas no âmbito dos projetos

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58Síntese das Atividades2014

Orçamento Corrigido Executado Tx. Exec.

Pessoal 3.983.673,00 € 3.517.494,51 € 88,3%

Aquisição de Bens e Serviços 2.147.426,00 € 1.721.247,67 € 80,2%

Funcionamento Transferências Correntes 256.800,00 € 212.660,23 € 82,8%

Outras Despesas Correntes 335.960,00 € 152.889,15 € 45,15%

Investimento 1.661.766,00 € 670.410,29 € 40,3%

Sub-total 8.385.625,00 € 6.274.701,85 € 75,0%

Investimento 157.827,00 € 157.092,87 € 99,5%

PIDDAC Sub-total 157.827,00 € 157.092,87 € 99,5%

Total 8.543.452,00 € 6.431.794,72 € 75,3%

Orçamento privativo 2014 − Despesa

Distribuição da Receita em 2014

Rendimentos de Propriedade

Transferências Correntes

Venda de Bens e Serviços

Outras Receitas Correntes

13%

2%4%

4%

77%

Na análise da execução da despesa importa realçarque esta está condicionada pela receita efetiva-mente cobrada.

Em termos de taxa de execução global, acompa-nhou a tendência da execução de receita, cifrando-se abaixo dos valores executados no ano anterior,passando de uma taxa de execução de 82% para75%. No entanto salienta-se que estes valoresencontram-se acima dos verificados em 2012 (68%).

Em termos comparativos com 2013 considera-seimportante referir as seguintes variações:

w Diminuição de cerca de € 20.000,00 no agrupamento dedespesas de “Pessoal”, decorrente da passagem à apo-

sentação de 6 funcionários e de se terem concretizado2 rescisões, com reflexos a partir de 01 de Janeiro;

wDiminuição de 62% no valor de “Outras DespesasCorrentes”, facto que se justifica pela ausência deliquidações extraordinárias de imposto;

w Diminuição significativa do valor de “Investimento”em relação à execução global, decorrente da impos-sibilidade de afetação de recurso financeiros, face àdiminuição de receita arrecadada.

Destaca-se ainda um outro fator que afetou direta-mente a execução da despesa em 2014, designada-mente a transição de saldos. Apesar de ter sidoautorizada a integração dos saldos de anos anteriores

de Investigação e Desenvolvimento, realça-se umaumento de cerca de 75% face ao verificado no anoanterior, correspondendo a 4% do total da receita.O Decreto-Lei de Execução Orçamental para 2014

autorizou a transição dos saldos relativos a fundoseuropeus e a receitas próprias, tendo estas compo-nentes integrado o OF do IH com a classificação de“Saldos da Gerência Anterior”.

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Pessoal

Aquisição de Bens e Serviços

Transferências Correntes

10%2%3%

27%

3%

55%

iv. Situação Patrimonial

O Balanço

A análise imediata dos números constantes doBalanço, evidencia três aspetos essenciais.

a. O peso significativo do Imobilizado, represen-tando cerca de 60% do Ativo;

b. A reduzida expressão patrimonial das Existências,indicador que caracteriza organizações presta-doras de serviços;

Ativo Fundos Próprios

Bens de Domínio Público 7.874.002,22 € Património 9.745.429,37 €

Imobilizações Corpóreas Líquidas 1.666.280,54 € Reservas 3.655.998,44 €

Existências 255.916,55 € Resultados Transitados 1.004.939,29 €

Dívidas de terceiros − Curto prazo 1.262.701,11 € Resultado Líquido 91.491,28 €

Conta Tesouro, depósitos e caixa 180.193,99 € Total dos Fundos Próprios 14.497.858,38 €

Acréscimos e Diferimentos 4.586.378,46 € Passivo

Dívidas a terceiros − Curto prazo 219.161,28 €

Acréscimos e Diferimentos 1.108.453,21 €

Total do Passivo 1.327.614,49 €

Total 15.825.472,87 € Total 15.825.472,87 €

Balanço(referido a 31 de Dezembro de 2014)

Orçamento privativo 2014 − Despesa

no OF de 2014, com reflexos ao nível da receita, a suautilização na componente de despesa não foi autori-zada no que concerne à Fonte de FinanciamentoReceitas Próprias. Na componente de FinanciamentoComunitários, verificou-se a sua autorização em des-pesa, através de crédito especial. A não autorizaçãoda utilização dos saldos de anos anteriores em des-pesa vai prejudicar o orçamento de funcionamento do

IH, com sérios impactos nos recursos financeiros dis-poníveis para assegurar o financiamento dos encargosfixos e do investimento.Analisando em detalhe a distribuição da despesa, salienta-se o aumento do agregado “Pessoal” (acréscimo de 7%) ea redução dos agregados “Outras Despesas Correntes”(4%) e “Investimento (7%), decorrente da redução totalda despesa.

59Síntese das Atividades

2014

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Síntese das Atividades2014

60

Demonstração de Resultados

A Demonstração de Resultados evidencia, do pontode vista económico, os custos e os proveitos da ati-vidade do IH. O peso do financiamento indireto da

Marinha na estrutura financeira do IH é represen-tado nos valores significativos contabilizados emOutros Custos e Perdas Operacionais e Outros Pro-veitos e Ganhos Operacionais.

Custos e Perdas Proveitos e Ganhos

Custo Merc. Vendidas e Consumidas 120.225,46 € Vendas de Mercadorias 1.629,88 €

Fornecimentos e Serviços Externos 1.659.836,82 € Vendas de Produtos 53.295,51 €

Custos com o Pessoal 3.517.494,51 € Prestações de Serviços 4.752.479,21 €

Transferências Correntes 212.659,79 € Impostos e Taxas 0,00 €

Amortizações do Exercício 1.333.546,30 € Variação da Produção -249.860,55 €

Outros Custos e Perdas Operacionais 5.195.851,72 € Proveitos Suplementares 889.548,38 €

Custos e Perdas Financeiros 4.912,68 € Transferências e Subsídios Correntes 258.471,61 €

Custos e Perdas Extraordinários 56.514,83 € Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 6.133.223,50 €

Proveitos e Ganhos Financeiros 884,54 €

Resultado Líquido do Exercício 91.491,28 € Proveitos e Ganhos Extraordinários 352.861,31 €

Total 12.192.533,39 € Total 12.192.533,39 €

Demonstração de Resultados

Resumo

Resultados Operacionais - 200.827,06 €

Resultados Financeiros -4.028,14 €

Resultados Extraordinários -204.855,20 €

Resultado Líquido do Exercício 91.491,28 €

v. Síntese Conclusiva

O Instituto Hidrográfico apresenta uma situaçãofinanceira e patrimonial equilibrada, no respeitointegral dos normativos legais.

Em termos patrimoniais a situação é sólida e ade-quada à atividade desenvolvida, refletindo a boaaplicação dos recursos financeiros. O exercício de2014 é per si a demonstração da solidez da estru-tura financeira do IH.

O financiamento indireto da Marinha continua aconstituir um fator crítico para o desempenho damissão do IH.

Não obstante a difícil conjuntura económica efinanceira, o IH apresenta uma estrutura de custoscorretamente dimensionada para o cabal cumpri-mento da sua missão, sendo necessário manter apermanente monitorização das receitas e despesase continuar a promover o aumento das receitas pró-prias, seja na prestação de serviços, por via damaior oferta dos seus produtos, serviços e forma-ção, com o intuito de alargar o seu mercado e a suacarteira de clientes, seja na procura de novos pro-jetos de investigação e desenvolvimento.

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VII. Avaliação Final

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O Diretor-geral

José Luís Branco Seabra de MeloContra-almirante

Em 2014, e apesar dos constrangimentos provoca-

dos pela conjuntura económica e financeira, foi

possível ao IH cumprir a missão e prosseguir com a

estratégia definida, acautelando, na execução das

atividades, o sempre desejável equilíbrio entre as

vertentes de ação militar, de serviço público e cien-

tífica, respondendo com eficácia e qualidade às

atribuições que lhe estão cometidas como órgão da

Marinha e como Laboratório do Estado dedicado à

investigação e desenvolvimento cientifico e tecno-

lógico do País, no âmbito das ciências e as técnicas

do mar.

Foram impulsionados projetos de dimensão interna-

cional, de que são reflexo o levantamento hidrográ-

fico executado no âmbito da cooperação com a CPLP

em São Tomé e Príncipe − essencial para a atualização

da cartografia desse país −, e as 3asJornadas de Enge-

nharia Hidrográfica, que constituem já um marco nos

fora técnico-científicos científicos nacionais e inter-

nacionais das ciências e técnicas do mar nacional, e

ainda projetos de grande relevância nacional tais como

o projeto de navegabilidade do Douro, que não só

reforçará o entendimento das valências e capacidades

multidisciplinares do IH junto do público em geral

como terá o devido e necessário retorno financeiro.

A constante aposta tecnológica de vanguarda,

processo transversal às várias vertentes desta

casa, teve os seus frutos em 2014 pela criação de

novos produtos e melhoramento de processos,

sempre em vista o aumento da satisfação dos

clientes internos e externos e o acompanhamento

das mais recentes tecnologias ao dispor. Acredi-

taram-se novos processos laboratoriais, disponi-

bilizaram-se novas aplicações para plataformas

móveis, aumentaram-se e melhoraram-se os pro-

dutos e serviços de apoio à Marinha, à comuni-

dade científica (pela gestão e disponibilização

dos dados recolhidos nos vários projetos) e ao

público em geral e consolidou-se a posição de

relevo na monitorização ambiental da nossa Zona

Económica Exclusiva, entre muitas outras ações,

não fosse a multidisciplinariedade um dos pontos

fortes do Instituto Hidrográfico.

Todos estes projetos e ações demonstram o alcance

desta casa na missão última de garantia de serviço

público, de defesa nacional, e prossecução de políti-

cas públicas marítimas para as quais concorre mercê

do empenho, dedicação e profissionalismo de todos

os trabalhadores do IH, sem os quais a execução de

toda esta atividade não teria sido possível. Os recur-

sos humanos do IH são, sem dúvida alguma, a sua

principal força motriz, sendo, por isso, neles que é

feito o principal esforço de valorização permanente.

Realço, finalmente, o apoio imprescindível da Mari-

nha que continua a assumir vital relevância no

desempenho da missão deste Instituto sendo, jun-

tamente com o Instituto Hidrográfico, sempre de

relevância extrema nas ciências e técnicas do Mar.

Síntese das Atividades2014

62

VIIAvaliação final

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VIII. Organização

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64Síntese das Atividades2014

VIIIOrganização

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Missões das unidades orgânicas

1. Direção-geral

1.1. Diretor-geral

O Diretor-geral é o órgão que assegura a gestão da ati-vidade global do IH e a sua representação. No âmbitodas suas competências, incumbe ao Diretor-geral:

a) Dirigir e coordenar os serviços operativos téc-nicos e científicos e os serviços de apoio téc-nico, administrativo e financeiro;

b) Assegurar a representação do País nas orga-nizações internacionais da especialidade;

c) Assegurar a coordenação nacional dos avi-sos aos navegantes;

d) Autorizar, em exclusividade, a edição, pro-mulgação e cancelamento das cartas maríti-mas e demais documentos náuticos nacionaisdas águas territoriais e outras com interessecartográfico nacional;

e) Assegurar a emissão dos pareceres que este-jam no âmbito das atribuições do IH.

O Diretor-geral dispõe de autoridade técnicasobre todos os órgãos da Marinha nos domíniosdos levantamentos hidrográficos e da cartogra-fia náutica e, quando aplicável, da segurançada navegação, dos métodos e material de nave-gação, da oceanografia física, da geologia mari-nha e da oceanografia química.

1.2. Departamento da Qualidade e Inovação

Compete ao Departamento da Qualidade e Ino-vação apoiar o Diretor-geral na definição dosobjetivos e da política para a qualidade no IH,assegurando os procedimentos relativos ao pla-neamento, implementação e desenvolvimentodas atividades neste âmbito, nomeadamente:

a) Implementar, gerir e dinamizar o sistema daqualidade, em colaboração com as diferen-tes áreas envolvidas;

b) Gerir e manter atualizada a documentaçãodo sistema da qualidade;

c) Participar e promover auditorias ao sistema,acompanhando a implementação das açõescorretivas e preventivas;

d) Assegurar a implementação, coordenação edesenvolvimento, com as áreas envolvidas, dosistema da acreditação dos ensaios laboratoriais.

1.3. Escola de Hidrografia e Oceanografia

No âmbito da atividade de formação que lheestá cometida, incumbe à Escola de Hidrogra-fia e Oceanografia (EHO), designadamente:

a) Planear todas as ações de formação, elabo-rando e propondo os respetivos programas;

b) Promover e assegurar a realização de cur-sos e ações de formação de acordo com osprogramas aprovados;

c) Analisar as ações de formação ministradasem estabelecimentos de ensino nacionais ouestrangeiros que se revistam de interessepara o IH.

2. Direção Técnica

Compete ao Diretor Técnico (DT) o planeamento,a organização, a designação de pessoal, a dire-ção e controlo das atividades técnicas e científi-cas do Instituto Hidrográfico (IH).

2.1. Divisão de Navegação

À Divisão de Navegação incumbe fornecer a infor-mação vital para a segurança da navegação, atra-vés da promulgação dos avisos aos navegantes,supervisionar a promulgação dos avisos à navega-ção, promover e realizar estudos de desenvolvi-mento e aplicação dos métodos e sistemas denavegação, elaborar projetos de assinalamentomarítimo, publicar documentos náuticos e proce-der à reparação e certificação de instrumentos eequipamentos de navegação.

2.2. Divisão de Hidrografia

À Divisão de Hidrografia incumbe promover e rea-lizar estudos, planear e executar trabalhos, nosdomínios da geodesia, topografia, hidrografia ecartografia a fim de produzir a representação car-tográfica da forma e natureza do fundo do marnas águas marítimas interiores, territoriais e ZEEportuguesas, bem como noutras áreas de inte-resse nacional, incluindo a sua relação com aparte emersa da litosfera adjacente.

65Síntese das Atividades

2014

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66Síntese das Atividades2014

2.3. Divisão de Oceanografia

À Divisão de Oceanografia incumbe contribuirpara o conhecimento oceanográfico dos estuá-rios, águas territoriais e zona económica exclu-siva (ZEE) portuguesas, bem como de outrasáreas de interesse nacional, promovendo erealizando estudos e trabalhos teóricos e expe-rimentais nos domínios da dinâmica de fluidos,termodinâmica e acústica submarina.

2.4. Divisão de Química e Poluição do Meio Marinho

À Divisão de Química e Poluição do Meio Marinho (QP)incumbe promover e realizar estudos e trabalhosdestinados a ampliar o conhecimento da química daágua do mar e da poluição do meio marinho nascosta, estuários, águas territoriais e ZEE portugue-sas, e em outras áreas de interesse nacional.

2.5. Divisão de Geologia Marinha

À Divisão de Geologia Marinha (GM) incumbe contri-buir para o conhecimento geológico das costas, dosestuários, águas territoriais e zona económica exclu-siva (ZEE) portuguesas, bem como de outras áreasde interesse nacional, promovendo e realizandoestudos e trabalhos teóricos e experimentais nosdomínios da geologia marinha, da cartografia sedi-mentar e dinâmica sedimentar.

2.6. Centro de Dados Técnico-Científicos

Ao Centro de Dados Técnico-Científicos (CD)incumbe administrar todas as componentes da basede dados técnico-científicos do IH, assegurando acoordenação das atividades que, no âmbito dasdivisões e serviços, equipas de investigação, mis-sões e brigadas, se exercem sobre a respetiva com-ponente ou com ela estão relacionadas.

3. Direção dos Serviços Administrativos e Financeiros

Compete ao Diretor dos Serviços Administrati-vos e Financeiros assegurar a organização, oplaneamento, a coordenação e o controlo dasatividades relativas à gestão administrativa,financeira, patrimonial e comercial do IH.

3.1. Serviço de Finanças e Contabilidade

Ao Serviço de Finanças e Contabilidade incumbeassegurar os procedimentos de natureza execu-tiva indispensáveis ao desenvolvimento do sis-tema contabilístico e à gestão financeira do IH.

3.2. Serviço de Aprovisionamento e Património

Compete ao Serviço de Aprovisionamento ePatrimónio assegurar os procedimentos denatureza executiva necessários à gestão admi-nistrativa e patrimonial do IH.

3.3. Serviço de Marketing e Apoio ao Cliente

Compete ao Serviço de Marketing e Apoio aoCliente assegurar os procedimentos de natu-reza executiva, necessários à comercializaçãodos bens e serviços, realizados no âmbito daatividade do IH, bem como a execução doPlano de Marketing e Divulgação aprovado.

3.4. Gabinete de Controlo de Gestão

Ao Gabinete de Controlo de Gestão (CG)incumbe assegurar os procedimentos de natu-reza executiva necessários ao acompanhamentoda evolução dos custos e proveitos das ativida-des do Instituto Hidrográfico e ao acompanha-mento dos indicadores do Balanced Scorecard.

4. Direção dos Serviços de Apoio

Compete ao Diretor dos Serviços de Apoio (DA),a organização, o planeamento, a coordenaçãoe execução das atividades de apoio ao funcio-namento do Instituto Hidrográfico (IH), a segu-rança e a conservação das instalações.

4.1. Serviço de Pessoal

Ao Serviço de Pessoal incumbe assegurar asações de apoio à gestão do pessoal militar quepresta serviço no IH e do pessoal do QPCIH ecoordenar os meios adequados à sua assistênciamédica e medicamentosa.

4.2. Serviço de Infraestruturas e Transportes

Ao Serviço de Infraestruturas e Transportesincumbe assegurar a manutenção e segurançadas instalações, das viaturas e das embarcaçõesatribuídas ao IH, bem como a manutenção dosequipamentos elétricos e mecânicos e o apoiode campo nas suas missões.

4.3. Centro de Instrumentação Marítima

Ao Centro de Instrumentação Marítima incumbeassegurar a guarda, manutenção, calibração e acolaboração no treino relativo à operação dos sis-temas e equipamentos técnico-científicos adquiri-dos e em uso no IH.

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4.4. Serviço de Informática

Ao Serviço de Informática incumbe promovero desenvolvimento tecnológico e apoio técnicoà atividade do IH na área das tecnologias dainformação e comunicação (TIC).

4.5. Gabinete Jurídico

Compete ao Gabinete Jurídico colaborar comos demais órgãos e setores do IH, conferindoapoio jurídico em matérias da sua competên-cia, nomeadamente:

a) Pronunciar-se sobre aspetos de naturezajurídica suscitados no âmbito das atribui-ções do IH, mediante a elaboração de pare-ceres e informações;

b) Colaborar na elaboração de contratos, acor-dos e protocolos, e outra documentaçãopassível de comprometer institucional-mente o IH;

c) Acompanhar os processos de cedência deinformação, promovendo as medidas ade-quadas à defesa dos direitos de autor do Ins-tituto Hidrográfico;

d) Acompanhar os processos graciosos e con-tenciosos, que envolvam o Instituto Hidro-gráfico, junto das entidades responsáveispela sua instrução;

e) Prestar, sob solicitação, o apoio jurídiconecessário nos processos de aquisição debens e serviços e contratação de pessoal;

f) Proceder à organização e instrução de pro-cessos de natureza disciplinar e de acidentesde serviço;

g) Promover a instrução de processos de con-traordenações.

4.6. Secretaria Central

À Secretaria Central (SC) incumbe assegurar agestão do expediente com o exterior e o ser-viço da Ordem do Instituto Hidrográfico.

5. Direção dos Serviços de Documentação

Compete ao Diretor dos Serviços de Documenta-ção assegurar a direção, o planeamento, a coor-denação e o controlo da execução das atividadesdo Serviço de Artes Gráficas, do Serviço de Docu-mentação e Informação e do Serviço de RelaçõesExternas e Imagem.

5.1. Serviço de Documentação e Informação (DI)

Ao Serviço de Documentação e Informaçãoincumbe assegurar a existência e a difusãointerna da informação científica e técnicapara as atividades do IH promovendo asações de divulgação.

5.2. Serviço de Relações Externas e Imagem (RE)

Compete ao Serviço de Relações Externas eImagem apoiar o Diretor de Documentação emtodas as atividades de divulgação e represen-tação nacional e internacional, em que o IHeste esteja envolvido; Organizar os atos rela-tivos às obrigações protocolares, cerimónias eatos oficiais do IH; Apoiar a participação do IHem seminários, exposições, feiras, reuniões ououtros eventos similares; Promover a realiza-ção de programas de atividades sociais, cultu-rais e recreativas, dirigidas aos funcionários doIH; Documentar as atividades do Instituto emsuporte audiovisual e apoiar na sua utilização,bem como na preparação de produtos de divul-gação das atividades ou nos seus resultados.Gerir e garantir a atualização dos conteúdosnos portais da intranet e internet do IH.

5.3. Serviço de Artes Gráficas

Ao Serviço de Artes Gráficas incumbe promovere executar todos os trabalhos de impressão eaprontamento de cartas náuticas oficiais, decartas para fins especiais e de outros docu-mentos e publicações inerentes às atividadesdo IH ou solicitados por organismos públicos ouprivados, nacionais ou estrangeiros.

6. Missões e Brigadas Hidrográficas

Às missões e brigadas hidrográficas (BH) incumbeexecutar, no mar ou em terra, os estudos e tra-balhos hidrográficos e oceanográficos que foremdeterminados pelo Diretor-geral.

7. Núcleos de Investigação

Compete aos Núcleos de Investigação desen-volver e promover a realização de projetos deinvestigação científico em áreas ou domíniosde ciência e técnicas do mar.

67Síntese das Atividades

2014

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Organização

DIREÇÃO GERAL

DIRETOR-GERAL: José Luis Branco Seabra de Melo, Contra-almirante DEPARTAMENTO DA QUALIDADE E INOVAÇÃO: Maria do Pilar Costa Serrão Franco Correia Pestana da Silva, Técnica Superior

ESCOLA DE HIDROGRAFIA E OCEANOGRAFIA Diretor Técnico-Pedagógico: José Mesquita Onofre, Capitão-de-fragata

DIREÇÃO TÉCNICADiretor Fernando Freitas Artilheiro, capitão-de-mar-e-guerra

CENTRO DE DADOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS CHEFE: Rui Miguel Pinto da Silva Reino Batista, Capitão-tenente

DIVISÃO DE GEOLOGIA MARINHA CHEFE: Aurora da Conceição Coutinho Rodrigues Bizarro, Investigadora Auxiliar DIVISÃO DE HIDROGRAFIA CHEFE: Leonel Pereira Manteigas, Capitão-de-fragata DIVISÃO DE NAVEGAÇÃO CHEFE: Nuno Manuel Gomes Sousa Rodrigues, capitão-de-fragata DIVISÃO DE OCEANOGRAFIA CHEFE: António da Costa Neves dos Santos Martinho, Capitão-de-fragataDIVISÃO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO CHEFE: Carla Palma, Técnica Superior

DIREÇÃO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS DIRETOR: Luís Miguel Pereira Gonçalves, capitão-de-fragata

SERVIÇO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE CHEFE: Jorge Sousa Machado, Capitão-tenente SERVIÇO DE APROVISIONAMENTO E PATRIMÓNIOCHEFE: Tiago Martins Valverde, Segundo-tenente SERVIÇO DE MARKETING E APOIO AO CLIENTECHEFE: Sandra Daniela Cardoso Leite Pinho, Técnica Superior GABINETE DE CONTROLO DE GESTÃOCHEFE: Joana de Gusmão Brites Moita Constantino, Técnica Superior

DIREÇÃO DOS SERVIÇOS DE APOIO DIRETOR: Nuno António Cavalheiro Pires Rodrigues, Capitão-de-mar-e-guerra

SERVIÇO DE PESSOAL CHEFE: Rui Manuel Gonçalves Paulo, Técnico Superior SERVIÇO DE INFRAESTRURAS E TRANSPORTESCHEFE: José Pereira Cavaco, Capitão-de-fragata CENTRO DE INSTRUMENTAÇÃO MARÍTIMA CHEFE: José Pereira Cavaco, Capitão-de-fragata SERVIÇO DE INFORMÁTICA CHEFE: Castro Veloso, Primeiro-tenente GABINETE JURÍDICOMarta Sofia Jorge dos Santos Juvandes, Técnica Superior

DIREÇÃO DOS SERVIÇOS DE DOCUMENTAÇÃOCHEFE: António Jorge Peixoto Miguel, Capitão-de-mar-e-guerra SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃOCHEFE: Milton César Pereira da Silva, Técnico SuperiorSERVIÇO DE RELAÇÕES EXTERNAS E IMAGEMCHEFE: António Jorge Peixoto Miguel, Capitão-de-mar-e-guerra SERVIÇO DE ARTES GRÁFICASCHEFE: Tânia Soeiro Amaral, Segundo-tenente

AGRUPAMENTO DE NAVIOS HIDROGRÁFICOSCOMANDANTE: José Moreira Pinto, Capitão-de-fragata

BRIGADA HIDROGRÁFICA N.º 1 CHEFE: João Paulo Delgado Vicente, Capitão-de-fragata

BRIGADA HIDROGRÁFICA N.º 2 CHEFE: João Paulo Delgado Vicente, Capitão-de-fragata

68Síntese das Atividades2014

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69Síntese das Atividades

2014

Siglas e abreviaturas utilizadas

AD Serviço Administrativo

ADCP Acoustic Doppler Current Profiler

AG Serviço de Artes Gráficas

AM Autoridade Marítima

AML Aditional military layer

BH Brigada Hidrográfica

CCDR Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

CD Centro de Dados Técnico-científicos

CEN Carta Eletrónica de Navegação

CEOH Curso de Especialização de Oficiais emHidrografia (Nível A)

CG Gabinete de Controlo de Gestão

CIM Centro de Instrumentação Marítima

DA Direção dos Serviços de Apoio

DEEPCO Condutas sedimentares profundas da margemoeste portuguesa − Deep Marine Conduits onthe weste portuguese margin

DG Direção-Geral

DGPS Differencial Global Positioning System

DI Serviço de Documentação e Informação

DT Direção Técnica

DYNCOSTAL Physical and biogeochemical dynamics ofcoastal countercurrents

ECOIS Contribuições Estuarinas para a Dinâmica daPlataforma Interna − Estuarine contributionto inner shelf dynamics

EHO Escola de Hidrografia e Oceanografia

FC Serviço de Finanças e Contabilidade

FCT Fundação para a Ciência e a Tecnologia

FCUL Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

FP Secção de Contabilidade Pública

GLOSS Global Level of the Ocean Sea Surface

GM Divisão de Geologia Marinha

GOOS Global Oceanographic Observing System

HERMES Hotspot Ecosystem Research on the Marginsof European Seas

HI Divisão de Hidrografia

IH Instituto Hidrográfico

LdE Laboratório de Estado

LTH Levantamento topo-hidrográfico

MC Serviço de Marketing a Apoio ao Cliente

MMHS/MM Military Message Handling System − RelayMilitary Message Relay

MPIH Mapa do Pessoal do Instituto Hidrográfico

NICC Corrente Costeira Noroeste Ibérico − North-west Iberian Coastal Current

NUACE Blind Underwater Acoustic Channel Estimation

NV Divisão de Navegação

OC Divisão de Oceanografia

PNO Publicação Náutica Oficial

POCUS Estudo da Costa Oceânica Portuguesa comDados de Deteção Remota − Study the Portu-guese Oceanic Coastal zone Using remote Sen-sing data

POPEI Paleoprodutividade oceânica e alteraçõesambientais de alta resolução

QP Divisão de Química e Poluição do Meio Marinho

RADAR Radio Detection and Ranging

REA Rapid Environmental Assessment

RE Serviço de Relações Externas e Imagem

SANEST Saneamento do Costa do Estoril, S.A.

SE Serviço de Eletrotecnia

SED Folha da Cartografia de Sedimentos

SEPLAT Programa SEdimentologia da PLATaforma

SG Serviço Geral

SGQ Sistema de Gestão da Qualidade

SI Serviço de Informática

SIG Sistemas de Informação Geográfica

SIGAI Sistema de Informação de Gestão de Audito-rias e Inspeções

SIGAMAR Sistema de Informação de Gestão de Audito-rias e Inspeções Sistema de informação geo-gráfica sobre o ambiente marinho

SP Serviço de Pessoal

SPOTIWAVE HotSPOTs of internal WAVE activity off Iberiarevealed by multissensor remote satelliteobservation

ZEE Zona Económica Exclusiva

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Síntese das Atividades2014

70

TítuloSíntese das Atividades 2014

EdiçãoInstituto Hidrográfico

Redação e coordenaçãoTeresa Sanches

FotografiaInstituto Hidrográfico

FotocomposiçãoCristina Martins

Impressão e acabamentoInstituto Hidrográfico

ISBN: 978-989-705-091-6

Depósito Legal: 398531/15

© Copyright Instituto Hidrográfico 2015Proibida a reprodução parcial ou total em Portugal e no estrangeiro

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