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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA˝ CENTRO DE EDUCA˙ˆO DA UNIVALI TIJUCAS CURSO DE ADMINISTRA˙ˆO PEDRO JOˆO DE SOUZA JNIOR SISTEMA DE GESTˆO DE ESTOQUES DA EMPRESA BELLOPISO COM. E MAT. DE CONSTRU˙ˆO- ME. Tijucas 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI � TIJUCAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PEDRO JOÃO DE SOUZA JÚNIOR

SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUES DA EMPRESA

BELLOPISO COM. E MAT. DE CONSTRUÇÃO- ME.

Tijucas 2007

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PEDRO JOÃO DE SOUZA JÚNIOR

SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUES DA EMPRESA

BELLOPISO COM. E MAT. DE CONSTRUÇÃO- ME.

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí � Tijucas Orientador: Prof. Sergio Luiz Curti, M. Sc.

Tijucas 2007

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O mais valioso de todos os talentos é aquele de nunca usar duas palavras

... quando uma basta. Thomas Jefferson

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Agradeço primeiramente a Deus pela

saúde e disposição a mim designado...

Aos meus pais Pedro e Renata que me

ensinaram e me ensinam diariamente, os

princípios básicos da vida...

As minhas insubstituíveis irmãs Gaby e

Jana que me idolatram e me fazem sentir-me

importante...

A minha fonte inspiradora, minha

namorada, amiga e conselheira, Karen por estar

do meu lado, me indicando sempre o caminho

certo a seguir...

Aos meus amigos, Karla e Jorge, ele por

ajudar no projeto, ela por deixá-lo ajudar.

Aos meus gurus e confidentes, Pedro e

Vilson, pessoas com as quais tive e tenho o

privilegio de trabalhar.

Ao meu orientador, Profº Sérgio Luis

Curti, pessoa fantástica, que com todo seu

carisma e conhecimento, me fez enxergar muito

alem do que poderia imaginar.

Enfim, a todos que de uma maneira ou de

outra contribuíram para que mais essa etapa da

minha vida fosse vencida...

Meu muito Obrigado!

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do Estagiário

Pedro João de Souza Júnior

b) Área de Estágio

Administração de Materiais

c) Professor Responsável por Estágios

Profª. Jaqueline Fátima Cardoso, M. Sc.

d) Supervisor de campo

Vilson Natalio Silvino

e) Orientador de Estágio

Profº Sérgio Luiz Curti, M. Sc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Bellopiso Comercio de Materiais de Construção- ME.

b) Endereço

Rua: Coronel Buchelle nº. 629� Centro � Tijucas � SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administração de Materiais

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Vilson Natalio Silvino - Diretor Presidente

f) Carimbo e visto da empresa

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Bellopiso Com. de Mat. de Construção- ME. Rua: Coronel Buchelle nº. 629

Centro � Tijucas/SC

Cep: 88200-000

Fone: (48) 3263-0888

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

TIJUCAS � SC, 06 de NOVEMBRO de 2007.

A Bellopiso Com. de Mat. de Construção- ME. pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí � UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o

Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado,

pelo acadêmico Pedro João de Souza Júnior.

____________________________

Vilson Natalio Silvino

Diretor Presidente

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RESUMO

Diante as dificuldades que a economia global impõe as organizações, exigindo das

empresas cada vez mais um comprometimento com a qualidade total nos produtos e

serviços oferecidos ao mercado, a empresa Bellopiso se sentiu na obrigação de

acompanhar as exigências dos consumidores. Tendo em vista a necessidade de

obter vantagens competitivas, que lhe favoreçam perante seus concorrentes. Por

intermédio do estagiário realizou-se uma pesquisa, tendo como objetivo principal,

analisar o processo de gestão de estoques da empresa. A Bellopiso conta com uma

estrutura capacitada para fornecer a seus clientes a mais diversa linha de pisos e

revestimentos cerâmicos, tão como complementos para banheiros em geral, mas

esse serviço é comprometido pelas diversas dificuldades encontradas na sua gestão

de estoque. O sistema de informações possui inúmeras ferramentas capazes de

fornecer suporte para a gestão de estoques, mas isso é pouco utilizada pela

organização. Tendo esses problemas como parâmetro e conhecendo todo o

processo administrativo da empresa, o acadêmico procurou ao longo do trabalho,

pesquisar diversos autores que pudessem não só auxiliar na resolução dos

problemas, mas também apresentar a organização novos conceitos, tanto de

controles de estoques como de mercado. Essas melhorias propostas irão beneficiar

a empresa como um todo.

Palavras chave: Gestão de estoques, Vantagem competitiva, Sistema de

Informação.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO____________________________________________ 11 1.1 Objetivo

Geral______________________________________________Erro! Indicador não definido.

1.2 Objetivos Específicos______________________________________ 11 1.2 Justificativa_____________________________________________

Erro! Indicador não definido. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA________________________________

Erro! Indicador não definido. 2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ____________ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.1.1 Compras ________________________________ Erro! Indicador não definido. 2.1.2 Just in Time ______________________________ Erro! Indicador não definido. 2.1.3 Controle de Estoque ______________________________________________ 15 2.1.4 Razões para manter estoques _____________________________________ 16 2.1.5 Políticas de Estoque ______________________________________________ 17 2.1.6 Níveis de Estoque _________________________ Erro! Indicador não definido.

2.1.6.1 Ponto de Pedido____________________________________________ Erro! Indicador não definido.

2.1.6.2 Estoque Reserva ____________________________________________ 18 2.1.7 Gestão de Estoques e seus objetivos ________ Erro! Indicador não definido. 2.1.8 Sistema ABC de controle de estoques _______ Erro! Indicador não definido. 2.1.9 Custos de Estoque _______________________________________________ 20 2.1.10 Custos de Pedidos _______________________________________________ 20 2.1.11 Custos de Armazenagem _________________________________________ 21 2.1.12 Custos por falta de estoque _______________________________________ 21 2.1.13 Armazenagem ___________________________________________________ 22 2.1.14 Operações de Almoxarifado _______________________________________ 23 2.1.14.1 Localização de Materiais _____________________________________ 23 2.1.14.2 Sistema de Estocagem Fixa ___________________________________ 23 2.1.14.3 Sistemas de Estocagem Livre _________________________________ 24 2.1.15 Classificação e Codificações de Materiais ___________________________ 25 2.1.16 Inventário Físico _________________________________________________ 25 2.2 SISTEMAS E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ___________________________ 27 2.2.1 Dados __________________________________________________________ 27 2.2.2 Informação ______________________________________________________ 27 2.2.3 Sistemas ________________________________________________________ 28 2.2.4 Sistemas de Informação __________________________________________ 28 2.2.5 Tecnologia da Informação _________________________________________ 32 2.2.6 ERP (Sistemas de Gestão Integrada) _______________________________ 32

3 MÉTODO __________________________________________________ 34

3.1 DELINEAMENTO DO TRABALHO ___________________________________ 34 3.2 POPULAÇÃO_________________________________________________ 34 3.3 COLETA DE DADOS ____________________________________________ 34 3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS _______________________________ 35

4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ____________________________ 36

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4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA ________________________________________ 36 4.2 FORNECEDORES ______________________________________________ 37 4.3 CLIENTES ___________________________________________________ 38

5 RESULTADO DA PESQUISA __________________________________ 38

5.1 DEPARTAMENTO DE COMPRAS ___________________________________ 38 5.2 SETOR DE ESTOQUE __________________________________________ 39 5.3 DIAGNÓSTICO ATUAL __________________________________________ 41 5.4 PROPOSTAS DE MELHORIAS NO MODELO DE CONTROLE DE ESTOQUE. ______ 43 5.4.1 Sistema de Informação: __________________________________________ 43 5.4.1. Estoque Mínimo ____________________________________________ 43 5.4.1.2 Classificação ABC __________________________________________ 45 5.4.1.3 Just in time ________________________________________________ 51 5.4.2 Inventário físico: _________________________________________________ 52 5.4.3 Controle de estoque _____________________________________________ 53 5.4.4 Distribuição física ________________________________________________ 53 5.4.5 Descarga de Material: ____________________________________________ 54 5.4.6 Layout e espaço físico do estoque _________________________________ 54 5.4.7 Reposição de mercadoria ________________________________________ 54

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS __________________________________ 56

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ____________________________ 58

8 ANEXOS ____________________ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

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1 INTRODUÇÃO

No estágio atual que se encontra a economia, o mercado esta cada vez mais

competitivo, aumentando consideravelmente a facilidade e os tipos de produtos

nacionais e importados que chegam ao consumidor final. A concorrência e a

competitividade com a elevada oferta de produtos têm motivado a falência de muitas

empresas logo nos primeiros anos de vida.

Por esses motivos as empresas têm buscado alternativas para reduzir custos,

procurando soluções que possam oferecer subsídios para superar as adversidades

do mercado.

Diante deste contexto a gestão de estoque, quando bem elaborada, torna-se

uma ferramenta fundamental para a administração das empresas. Através da

formulação da estratégia de estoques as informações serão precisas e oportunas,

com intuito de reduzir ao máximo, custos e desperdícios provenientes do

armazenamento e estocagem dos produtos.

Através da definição da gestão de estoques, a empresa Bellopiso Comércio e

Materiais de Construção Ltda. necessita urgentemente encontrar mecanismos de

modo a consolidar seu espaço no mercado, adotando estratégias que proporcionem

maior competitividade.

Desta forma, o presente trabalho tem por finalidade levantar e identificar os

principais problemas existentes no atual processo de controle de estoques adotado

na empresa, propondo eventuais adequações e melhorias.

1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho consiste em levantar e analisar o processo de

controle de estoque adotado na empresa Bellopiso Comércio e Materiais de

Construção Ltda.

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1.2 Objetivos Específicos

- Realizar a revisão da literatura atual referente ao assunto;

- Realizar um levantamento da atual gestão de estoque da empresa;

- Analisar rotinas utilizadas na movimentação de materiais;

- Identificar e avaliar pontos fortes e fracos existentes na gestão de estoque;

- Apresentar propostas com eventuais melhorias e contribuições para a gestão de

estoques;

1.3 Justificativa

A empresa Bellopiso Materiais de Construção-ME, encontra-se em uma fase

de expansão de suas vendas, e isso tem proporcionado um aumento significativo no

giro dos produtos em estoque, esse projeto por sua vez tem a finalidade de facilitar a

rotina diária dos processos realizados nessa área.

Os processos e rotinas da empresa foram pesquisados e levantados junto a

vários autores, que proporcionaram uma sustentação teórica sobre o assunto.

Como o acadêmico é responsável por esta área da empresa, as informações

serão coletadas de forma mais objetiva e facilitada, tendo em vista o interesse das

partes envolvidas, tanto do acadêmico quanto da gerência da empresa.

Este trabalho será de grande valia, para o aprendizado do acadêmico, pelo

interesse no conteúdo e afinidade com área.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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2.1 Administração de Materiais

Em um mercado onde as empresas sofrem com a concorrência cada dia mais

constante e que os custos e gastos com manutenção de materiais, precisam estar

minimizado, o setor de materiais conquistou status de grande aliado dos gestores de

empresas, pois é nessa área que se encontram grande parte do capital das

organizações.

De acordo com Dias (1995:11) �O importante é otimizar o investimento em

estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle,

minimizando as necessidades de capital para o estoque�.

O objetivo principal da administração de materiais é disponibilizar o produto

certo, no local físico certo, no momento certo e com custo mínimo.

Segundo Ballou (1993:61) �A importância da boa administração de materiais

pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão disponíveis no

instante correto para atender as necessidades de produção ou operação�.

A organização que não observa na administração de materiais uma

importante aliada na redução de custos, não possui um futuro dos mais promissores,

pois nunca obterá com clareza a real situação dos estoques.

2.1.1 Compras

O processo de compra ao contrário do que acham a maioria das pessoas

leigas nesse assunto, não são de exclusiva responsabilidade do setor de compras

da empresa. Comprar bem e de forma segura e eficaz, exige o apoio de todos que

estão inseridos no contexto da organização.

Segundo Arnold (1999:207) �Escolher o material certo exige insumos dos

departamento de marketing, engenharia, produção e compras. As quantidades e a

entrega de marecadorias finalizadas são estabelecidas pelas necessidades do

mercado. No entanto, o Planejamento e Controle de Produção (MPC-Manufacturing

Planning and Control) deve decidir quando pedir quais materias-primas, de modo

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que a demanda do mercado possa ser satisfeita. O setor de compras fica então

responsavel por colocar os pedidos e garantir qua as mercadorias cheguem

pontualmente.�

O processo de compra é muito extenso e abrange muitas atividades não só

aquelas ligadas com o armazenamento e movimentação.

Viana (2000) descreve as seguintes etapas existentes no ato de comprar.

a) Determinação do que, de quanto e de quando comprar;

b) Estudo dos fornecedores e verificação de sua capacidade técnica relacionando-

os para consulta;

c) Promoção de concorrência, para a seleção do fornecedor vencedor:

d) Fechamento do pedido, mediante autorização de fornecimento ou contrato;

e) Acompanhamento ativo entre o período que decore entre o pedido e a entrega;

f) Encerramento do processo, após recebimento do material, controle da qualidade

e da quantidade.

Pozo (2002), afirma que duas atividades influenciam significamente a

eficiência do fluxo de bens, a primeira seria a seleção de fornecedores, sua escolha

depende do preço da qualidade da continuidade e da sua localização a outra seria a

colocação de pedidos em determinado fornecedor, que precisa ser feito com

extrema responsabilidade, pois qualquer falha no processo pode ocasionar custos

logísticos desnecessários.

Seguindo a mesma linha de raciocínio Dias (1993:260) �A seleção de

fornecedores é considerada igualmente ponto-chave do processo de compras. A

potencialidade do fornecedor deve ser verificada, assim como suas instalações e

seus produtos, e isso é importante�

2.1.2 Just in Time

O Just in Time tem por finalidade principal reduzir estoques, parte do principio

que só se deve suprir produtos quando os mesmos são necessários.

Dias (1995:144) cita alguns objetivos do just in time:

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Minimização dos prazos de fabricação dos produtos finais, mantendo-se

inventário mínimo;

Redução contínua dos níveis de inventario através do enfrentamento dos

problemas da manufatura;

Redução dos tempos de preparação de maquinas a fim de flexibilizar a produção;

Reduzir ao mínimo o tamanho dos lotes fabricados, buscando sempre o lote igual

à unidade;

Liberação para a produção através do conceito de puxar estoques, ao invés de

empurrar em antecipação a demanda;

Flexibilidade da manufatura pela produção dos tamanhos dos lotes, tempos de

preparação e tempo de processo.

Quando as necessidades ou o tempo de reposição não são verdadeiramente

conhecidos, trabalha-se com uma maior quantidade de tempo e ou de produtos,

gerando assim estoques extras nos depósitos.

2.1.3 Controle de Estoque

O controle de estoque é hoje em dia umas das mais importantes ferramentas

utilizadas para alcançar os tão desejados lucros de uma organização. É através do

controle de estoque que a empresa conhece todas as mercadorias disponíveis em

seu espaço físico, podendo observar assim, por exemplo, quais os produtos que

estão armazenados há muito tempo e quais giram com mais facilidade.

Segundo Dias (1995:14) �O estoque é necessário para que o processo de

produção-vendas da empresa opere com um número mínimo de preocupações e

desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e

produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de

estoque e o investimento financeiro envolvido�.

Os produtos, depois de certo tempo no estoque, podem se tornar obsoletos, e

com um controle de estoques apurado, a empresa pode detectar esses fatos com

antecedência.

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Ballou (1993) fala de como é importante o controle de estoque no composto

logístico de uma organização, pois podem absorver 25 a 40% dos custos totais,

representando uma grande parte do capital da empresa.

A inoperância desse controle pode gerar alguns sintomas que Dias (1995:21)

descreve como:

Periódicas e grandes dilatações dos prazos de entrega para os produtos

acabados e dos tempos de reposição de matéria-prima;

Quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante;

Elevação do número de cancelamentos de pedidos ou mesmo devoluções de

produtos acabados;

Variação excessiva da quantidade a ser produzida;

Produção parada freqüentemente por falta de material;

Falta de espaço para armazenamento;

Baixa rotação de estoques, obsoletismo em demasia.

2.1.4 Razões para manter estoques

O mercado seria perfeito se pudéssemos prever com antecedência suas

necessidades, e se a oferta e demanda caminhassem juntas, tornando assim a

manutenção do estoque desnecessária. Mas é de conhecimento de todos que é

impossível prever as necessidades do mercado futuro e que os produtos e matérias

primas nem sempre estão disponíveis a qualquer momento. Por esses fatos é que

se deve acumular estoque para suprir as necessidades do mercado e garantir a

disponibilidade dos produtos e matérias primas.

Ballou (1993) destaca algumas finalidades dos estoques: Melhora o nível dos

serviços, pois quando se mantém estoque, os produtos ficam disponíveis com mais

facilidades, atendendo assim os possíveis clientes que necessitam dos produtos

imediatamente. Protege contra alteração nos preços. Os preços dos produtos

alteram de acordo com a oferta e demanda do mesmo, os estoques têm a

capacidade de adiantar-se perante esses aumentos, permitindo adquirir assim, um

produto com um preço de custo menor. Defende contra oscilações na demanda ou

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no tempo de ressuprimento, garantindo a disponibilidade do produto através do

estoque adicional que é agregado aos estoques regulares a fim de suprir eventuais

problemas com reposição dos produtos ou de matérias primas ocorrida no seu local

de origem.

Segundo Martins (2000:152) �Os estoques devem funcionar como elemento

regulador do fluxo de materiais nas empresas, isto é, como a velocidade com que

chegam à empresa é diferente da velocidade com que saem (ou são consumidos),

há a necessidade de certa quantidade de materiais, que ora aumenta ora diminui,

amortecendo as variações�.

Apesar de todos os benefícios que os estoques proporcionam para a

organização, mantê-los tornou-se uma tarefa árdua, pois seus custos são cada vez

mais elevados, e o desafio é minimizar o investimento em estoque, sem que isso

afete diretamente seu nível de serviço.

2.1.5 Políticas de Estoque

São metas traçadas pela direção da organização, para o departamento de

controle de estoque, a fim de fixar parâmetros que possam mensurar a eficiência do

departamento tão qual da organização.

Segundo Pozo (2002:35) �A função de planejar e controlar estoque são fator

primordial numa boa administração do processo produtivo. Preocupa-se com os

problemas quantitativos e financeiros dos materiais, sejam eles matérias-primas,

materiais auxiliares, materiais em processo ou produtos acabados. Cabe a esse

setor o controle das disponibilidades e das necessidades totais do processo

produtivo, envolvendo não só os almoxarifados de matérias-primas e auxiliares,

como também os intermediários e os produtos acabados".

São padrões pré-estabelecidos, que servem de parâmetro para que os

objetivos possam ser alcançados com sucesso.

Segundo Dias (1995:21) �Estas políticas são diretrizes que, de maneira geral,

são as seguintes�:

a) metas de empresa quanto a tempo de entregas dos produtos ao cliente;

b) definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a

serem estocados neles;

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c) até que níveis deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa das

vendas ou uma alteração de consumo;

d) até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo compra

antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para

obter desconto, e

e) definição da rotatividade dos estoques.�

2.1.6 Níveis de Estoque

2.1.6.1 Ponto de Pedido

É uma quantidade em que quando o estoque virtual alcançá-lo deverá ser

reposto o material, sendo que a quantidade do saldo em estoque suportara o

consumo durante o tempo de reposição.

Sendo assim, pode-se constatar que determinados produtos do estoque

necessitam de novos suprimentos quando o seu estoque atingir o ponto de pedido,

ou seja, quando o saldo disponível atingir níveis abaixo da quantidade chamada de

ponto de pedido.

2.1.6.2 Estoque Reserva

Quando informamos o estoque reserva, temos uma importantíssima

ferramenta para administração do estoque.

Estoque reserva é a quantidade mínima que deve se manter em estoque, que

tem como finalidade suprir eventuais atrasos no suprimento, para que não afete

diretamente o processo produtivo da organização, podemos citar algumas situações

onde podem ocorrer esses problemas.

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Oscilação no consumo;

Diferenças no inventario;

Produtos divergentes do solicitado pelo consumidor;

Problemas na produção, rejeição de um lote;

2.1.7 Gestão de Estoques e seus objetivos

A gestão de estoques se resume a uma extensa quantidade de ações, que

fornecem ao administrador a possibilidade de verificação sobre a utilização do seu

estoque, sua localização, manuseio e controle.

Segundo Viana (2000:42), �A atividade gestão visa ao gerenciamento dos

estoques por meio de técnica que permitam manter o equilíbrio com o consumo,

definindo parâmetros e níveis de ressuprimento e acompanhando sua evolução�.

Originalmente, a gestão de estoque foi vista somente como uma forma de

reduzir custos com aquisição e gestão de materiais. No entanto, de acordo com

Ching (1999), atualmente as organizações estão voltadas para as necessidades dos

clientes e a gestão de estoques passou a ser vista dentro do contexto de todo o

negócio, sendo parte das atividades de planejamento das organizações.

De acordo com Ching (1999), os objetivos da gestão de estoque são planejar

o estoque, as quantidades de materiais que entram e saem as épocas em que

ocorrem as entradas e saídas, o tempo em que decorre entre essas épocas e os

pontos de pedido de materiais. Sendo assim o objetivo fundamental é a busca do

equilíbrio entre o estoque e o consumo, que só será conseguido através das

seguintes funções:

Calcular o estoque mínimo;

Calcular o estoque Máximo;

Calcular o lote de suprimento;

Receber material do fornecedor;

Manter registro de estoque atualizado;

Emitir solicitação de compra quando atingir o ponto de ressuprimento;

Identificar o material e armazená-lo;

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Conservar o material em condições adequadas;

Entregar o material em condições adequadas;

Entregar o material mediante requisição;

Atualizar a ficha de estoque e guardar a documentação de movimentação do

material;

Organizar o almoxarifado e manter sua organização.

2.1.8 Sistema ABC de controle de estoques

O sistema ABC de controle de estoques é uma ferramenta utilizada para

controlar os estoques, dividindo os itens por classes, sendo que os itens de classe A,

são os mais importantes para os estoques, os de classe B, são os intermediários e

os de classe C, são os de menor importância.

Conforme Dias (1995:85) �a curva ABC é um importante instrumento para o

administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e

tratamento adequados quanto à administração".

Segundo Slack (1999) a classificação é a seguinte forma:

Itens classe A são aqueles 20 % de itens de alto valor que representam cerca de

80% do valor total do estoque.

Itens classe B são aqueles de valor mediano, usualmente os seguintes 30% dos

itens que representam cerca de 10% do valor total.

Itens classe C são aqueles itens de baixo valor que, apesar de compreender

cerca de 50% do total de tipos de itens estocados, provavelmente somente

representam cerca de 10% do valor total de itens estocados.

2.1.9 Custos de Estoque

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Sempre que é necessário armazenar produtos, procura-se levar em conta

também os custos que essa armazenagem pode proporcionar a organização.

Conforme Dias (1993) existem duas variáveis que aumentam esses custos,

grandes quantidades e o tempo de permanência do produto em estoque, segundo

ele, grandes quantidades só poderão ser movimentadas com um grande auxilio de

pessoal ou com forte ajuda de equipamentos.

Custo de estoque pode ser dividido em algumas categorias:

2.1.10 Custos de Pedidos

Custos de pedidos são aqueles relacionados à emissão de um pedido,

quando se faz necessário que um pedido seja emitido o mesmo gera uma serie de

custos fixos e variáveis, esses custos fixos são relacionados aos salários pagos aos

profissionais que exercem essa função, os custos variáveis são os gastos com

formulários e despesas de envio dos pedidos. Dessa forma não levasse em conta a

quantidade solicitada em um pedido, mais sim a quantidade de vezes no ano que foi

feito o requerimento do pedido.

De acordo com Arnold (1999:276) �O custo anual com pedido depende do

número de pedidos emitidos em um ano. Pode ser reduzido se a cada pedido forem

requisitadas mais unidades, o que resulta na emissão de menos pedidos. Entretanto,

isso aumenta o nível do estoque e também o custo anual com a manutenção do

estoque".

2.1.11 Custos de Armazenagem

Custos de armazenagem são os custos provenientes da manutenção de uma

determinada quantidade de produto no estoque em um período de tempo. Despesas

de armazenamento e movimentação, despesas com pessoal, seguro e

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equipamentos, são alguns fatores determinantes para a mensuração desse custo. O

custo de armazenagem é determinado também pela quantidade mantida em

estoque, quanto maior for a quantidade de produtos armazenados, maior será o

custo.

Segundo Dias (1995:48), �custo de armazenagem é a soma de: custos de

capital, custos de seguro, custos de transportes, custos de obsolescência, custos de

despesas diversas. Podemos, então, concluir que o custo de armazenagem é

composto de uma parte fixa, isto é, independe da quantidade de material e de outra

variável".

2.1.12 Custos por falta de estoque

Os custos que vimos acima, apesar de alavancar prejuízos para empresa,

não interferem diretamente no atendimento ao cliente, mais o atraso de entrega em

determinada venda por falta de mercadoria, podem proporcionar gastos irreparáveis

para a organização.

De acordo com Arnold (1999:276) �Um esvaziamento de estoque pode ser

potencialmente caro por causa dos custos de pedidos não atendidos, de vendas

perdidas e de clientes possivelmente perdidos�.

Dias (1993) reafirma que podemos determinar os custos de falta de estoque

da seguinte maneira:

Por meio de lucros cessantes, devidos à incapacidade de fornecer. Perdas de

lucros, com cancelamento de pedidos;

Por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição com

materiais de terceiros;

Por meio de custos causados com o não cumprimento dos prazos contratuais

como multas e bloqueio de reajustes;

Por meio de �quebra de imagem� da empresa, e em conseqüência beneficiado o

concorrente.

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23

2.1.13 Armazenagem

Toda e qualquer empresa precisa armazenar seus produtos, até que eles

possam ser vendidos, a armazenagem é um componente indispensável dentro da

logística organizacional. Afirmando essa tese Kotler (1999) justifica que a

armazenagem passa a ser necessária, porque os ciclos de produção e

principalmente de consumo variam com grande facilidade.

De acordo com Martins (2000:315) �os estoques têm de estar nos lugares

certos, ter o tamanho certo, proteger de forma adequada seu conteúdo e permitir

entregas e colocação eficientes nas prateleiras�.

Os pontos estratégicos além de facilitar a entrega das mercadorias, diminuem

o custo de armazenagem, as empresas podem optar por depósitos que armazenam

os produtos por médios e longos períodos, e ou centros de distribuição, que alem de

armazenar os produtos os coloca em movimento.

Dias (1995), ratifica que, um processo de armazenagem adequado, no

estoque de matéria-prima, peças em processamento e produtos acabados, diminui e

muito os custos operacionais, melhora a qualidade dos produtos e acelera o ritmo de

trabalho da organização.

Com tudo, não existe, no entanto um modelo padrão para uma armazenagem

perfeita, isso varia muito de uma organização para a outra, dependendo muito das

características do seu produto cada uma e do objetivo proposto.

2.1.14 Operações de Almoxarifado

2.1.14.1 Localização de Materiais

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De acordo com Dias (1995:174), �O objetivo de um sistema de localização de

materiais deverá ser estabelecer os meios necessários à perfeita identificação da

localização dos materiais estocados sob a responsabilidade do almoxarifado�.

Existem varias formas e métodos que podem ser usados para que o

endereçamento dos produtos possa ser efetuado com sucesso, em muitos casos

podem ser utilizados simbologias, números e letras em formas de códigos, conforme

a figura 1.

Figura 1

1 2 3 4 5 6 7

A

B

C Fonte: Dias (1995:175)

Segundo Dias (1995), esse método pode ocasionar uma grande perda de

espaço no armazenamento, pois nem sempre a quantidade a ser armazenada se

encaixa no lugar determinado por possuir maior quantidade, e por sua vez em outro

corredor ou prateleiras podem possuir espaços vazios por falta de produto.

2.1.14.2 Sistema de Estocagem Fixa

O sistema de estocagem fixa são aquelas áreas reservadas especificamente

para um determinado tipo material, estabelecendo assim o critério de

armazenamento, só podem ser armazenados nesses locais os produtos pré

estabelecidos.

Segundo Dias (1993:188) � Com esse sistema corre-se um risco muito grande

de desperdício de áreas de armazenagem; em virtude do fluxo intenso de entrada e

saída de materiais; dentro de um depósito pode ocorrer falta de determinado

material, assim como excesso de outro�.

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Quando os excessos acontecem o material passa a ser armazenado no

corredor, dificultando assim o deslocamento de pessoas e veículos, por outro lado

podem ocorrer situações onde a garagem de armazenamento estará vazia, havendo

assim um desperdicio de espaço fisíco.

2.1.14.3 Sistemas de Estocagem Livre

Ao contrário do sistema anterior, esse sistema não possui locais fixos de

armazenagem, os materiais vão sendo armazenados conforme a disponibilidade do

espaço físico do estoque. A mesma unidade pode ser armazenada em locais

diferentes ao mesmo tempo.

Afirma Dias (1995:176), �O único inconveniente deste sistema é o perfeito

método de controle que deve existir sobre o endereçamento, sob o risco de possuir

material em estoque perdido que somente será descoberto ao acaso ou na

execução do inventário�.

Por esse motivo o método exige o maximo de informação necessária sobre a

localização do produto depois que armazenado, pois qualquer falha que ocorra

nesse processo, afetará sua localização.

De acordo com Arnold (1999), que nomeia esse estoque como sendo de

localização flutuante, afirma que quando esse metodo é utilizado, faz se necessario

o uso de um sistema computadorizado, que localiza locais livres para o

armazenamento e encaminha o responsavel pela retirada da mercadoria pra a

atender o cliente, mantendo assim em seus registros, todas informações de

movimentação do produto e o responsável por fazê-la.

2.1.15 Classificação e Codificações de Materiais

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Conforme Dias (1995), a classificação de materiais tem como tem como

objetivo definir uma catalogação, especificação, normalização, padronização e

codificação dos materiais existentes no estoque.

A classificação deve ser feita seguindo alguns métodos utilizados para que os

produtos sejam encontrados com facilidade, devem ser separados por peso, tipo,

uso, etc.

Dias (1995:177), afirma ainda que, �Classificar material, em outras palavras,

significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a

semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na

qualidade�.

A partir de uma classificação bem estruturada e dentro dos padrões pré-

estabelecidos, é que a empresa passa ter condições de implantar uma codificação

que apresente um resultado satisfatório.

De acordo com Viana (2000), a codificação é uma representação por meio de

um conjunto de símbolos alfanuméricos ou até mesmo numéricos, quem tem por

finalidade ordenar os materiais da empresa, fornecendo a cada um deles um

determinado conjunto de caracteres, esses códigos muitas vezes substituem os

nomes dos produtos, facilitando assim o uso de sistemas automatizados no controle

do estoque.

Em seu livro, Vianna (2000) indica alguns objetivos da codificação:

Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e

compras;

Evitar a duplicidade de itens no estoque;

Permitir as atividades de gestão de estoques e compras;

Facilitar a padronização de materiais;

Facilitar o controle de contábil dos estoques.

2.1.16 Inventário Físico

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Uma empresa no mínimo estruturada nos moldes modernos possui em sua

administração de materiais, políticas e procedimentos previamente definidos, que

dentre suas obrigações, necessita estar precisa em seus registros de estoque.

O inventario físico consiste na contagem física dos itens de estoque, com o

objetivo de manter sempre atualizadas as informações quantitativas dos materiais

armazenados.

Dias (1995), classifica os inventários como:

Inventários Gerais: que abrangem todos os itens de uma só vez, geralmente

feito ao final de cada ano e com duração prolongada;

Inventários Rotativos: que é feito durante o ano, com um numero menor de

produtos por vez.

Já Martins (2000), os classifica como sendo, inventario periódico e inventario

rotativo.

Figura 2: Modelo de ficha de inventario

Código:

Descrição Unidade

Local

Código

Descrição Unidade 3º contagem

Local

Visto Conferido

Código

Descrição Unidade 2º contagem

Local

Visto Conferido

Código

Descrição Unidade 1º contagem

Local

Visto Conferido

Fonte: Dias (1995:182)

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2.2 Sistemas e Tecnologia da informação

2.2.1 Dados

Os dados são fatos não trabalhados, que tem a capacidade de, após

processados, nos fornecer informações indispensáveis para a tomada de decisão

organizacional e sendo assim, requer um cuidado todo especial em sua coleta.

Segundo Melo (1999:30) �dado é a expressão logica de um fato isolado�

Conforme O`Brien (2004:142) �os dados podem ser organizados logicamente

em caractéres, campos, registros e banco de dados, tal como a escrita pode ser

organizada em letras, palavras, sentenças, parágrafos e documentos�.

Os dados, quando agrupados e tratados tornam-se informações precisas e

valiosas sobre a organização.

2.2.2 Informação

Informação nada mais é que um conjunto de dados processados e

organizados, a fim de oferecer sustentação sobre um fato, sendo bastante utilizado

na tomada de decisões das organizações.

De acordo com Stair e Reynolds (1999:4) �Informação é uma coleção de fatos

organizados de modo que adquirem um valor adicional além do valor dos próprios

fatos�.

Para se tornar valiosa a informação necessita possuir algumas caracteristicas

importantes: ser precisa, completa e chegar em tempo hábil nas mãos de quem

possa interessar.

A informação é útil apenas quando produzida no momento certo, com dados

precisos e que atendam as necessidades dos usuários.

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Conforme Oliveira (1997), Informação é qualquer espécie de conhecimento ou

mensagem que pode ser usada para aperfeiçoar ou tornar possível uma decisão ou

ação.

Pode se afirmar que a informação é o diferencial nas organizações, gerando

assim uma vantagem competitiva.

Segundo Stair e Reynolds (1999) o valor da informação depende muito de

como ela auxilia os tomadores de decisão à alcançar metas dentro da organização,

pode ser considerado a partir do tempo que se leva para tomar a decisão ou pelo

valor que a empresa lucra com a mesma.

2.2.3 Sistemas

Sistema podemos descrever como sendo diversas partes, que atuam entre si,

afim de realizar uma certa atividade.

Conforme Melo (1999:21) �Conceitua-se sistema como sendo um conjunto de

elementos, ou de componentes que mantêm relações entre si.

Quando esses elementos são unidos, formam um sistema integrado, onde

todas as informações, tomadas de decisões e controles, visualizam um unico

objetivo.

De acordo com O`Brien (2004:17), �Um sistema é um grupo de componentes

inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum, recebendo

insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação�.

Seguindo o mesmo raciocínio Oliveira (1993:23) afirma que �Sistema é um

conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um

todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função�.

O sistema tornou-se peça fundamental no exercício das funções

administrativas, não só para atingir os objetivos fixados, mas para ser considerado

um produto diferenciado e assim satisfazer as necessidades de quem utiliza-lo.

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2.2.4 Sistemas de Informação

Nos dias atuais onde as dificuldades apresentadas no mercado são de forte

impacto nas organizações, é preciso que se transforme uma enorme quantidade de

dados em imformações precisas e oportunas, a fim de facilitar a gestão da empresa.

Sistemas de Informação são conjuntos de procedimentos e normas da

empresa, que estabelecem uma estrutura formal, com a finalidade de relatar

processos diversos, buscando auxiliar os componentes da organização no dia a dia.

De acordo com Laudon e Laudon, (1996) um sistema de informações pode

ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes interligados que

coleta, processa, armazena e distribui informações, afim de controlar e subsidiar a

tomada de decisões.

Figura 3: Evolução dos propósitos de Informação e dos Sitemas de Informação

PERÍODO CONCEITO DE INFORMAÇÃO IMPORTÂNCIA

Anos 50 Requisito Burocrático necessários. Redução do custo de processamento de muitos papéis

Anos 60 e 70 Suporte aos propósitos gerais Auxiliar no gerenciamento de diversas tarefas da organização

Anos 70 e 80 Controle do gerenciamento da

organização Auxiliar e acelerar os processos de tomada

de decisão

Anos 90 Vantagem competitiva Garantir a sobrevivência e prosperidade da organização.

Fonte: Laudon e Laudon (1996:44).

Conforme Rezende (2003:60) �Todo sistema, usando ou não recursos de

tecnologia da informação, que manipula e gera informação pode ser genericamente

considerado Sistema de Informação�.

De acordo com Manãs (2004:2) �Um sistema de informação permite mostrar

em que ponto tomar decisões, para permitir maior agilidade e flexibilidade da

empresa para ser mais competente diante da concorrência�.

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Gerentes

Diretores e Assessores

SIG

SIE

SIO Sistemas de informações

operacionais

Sistemas de informações Gerenciais

Rezende (2003), cita alguns benefícios que o uso do Sistema de Informação

geram as organizações:

Suporte a tomada de decisão;

Agrega valor aos produtos;

Melhor serviço e vantagem competitiva;

Produtos de melhor qualidade;

Gera oportunidades de negócios e o aumento da rentabilidade;

Carga de trabalho reduzida;

Grande controle de operações;

Turban (2005), apresenta um esquema representativo da classificação dos

sistemas de informação quanto a natureza das atividades suportadas.

Figura 4: Pirâmide dos niveis de sistema da organização

Fonte: Turban (1996:53)

Os sistemas de informações operacionais (SIO), servem como suporte aos

sitemas de informações gerenciais e os de suporte de decisão. Esta categoria

possui como uma das suas principais características a geração de relatórios de

controle em um nível de informação bastante detalhado e minucioso.

Conforme O´Brien (2004:29) �O papel dos sistemas de apoio às operações de

uma empresa é eficientemente processar transações, controlar processos

Operadores e Gerentes de linha

Sistemas de informações executivas e Sistema de apoio à decisão

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industriais, apoiar comunicações e colaboração e atualizar bancos de dados da

empresa�.

Sistemas de informações gerenciais (SIG), são geralmente direcionados

para o fornecimento de informações aos os gerentes em um nível mais analítico,

com relatórios mais consolidados dos que os operacionais, podendo resumir as

operações diarias em relatórios simples e objetivos.

De acordo com Stair e Reynolds (2002:18) �Um sistema de informação

gerencial (SIG) abrange uma coleção organizada de pessoas, procedimetos,

software, banco de dados e dispositivos que fornecem informação rotineira aos

gentes e tomadores de decisão�.

Os sistemas de informações executivas e sistemas de apoio a decisão (SIE), fornecem informações estratégicas ao corpo diretivo da organização para a

tomada de decisão. Os usuários desses sistemas precisam diariamente estabelecer

rumos para a organização, ajustando-a às necessidades que o mercado impoem,

buscando utilizar de melhor maneira possivel essa ferramenta.

Segundo Stair e Reynolds (2002:19) �Os sistemas de suporte à decisão são

usados onde o problema é complexo e a informação necesária para a melhor

decisão é difícil de se obter e de se usar�.

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Figura 5: Caracteristicas dos processos decisórios

TIPOS S.I HORIZONTE DE TEMPO NIVEL DE DETALHAMENTO CARACTERÍSTICAS GERAIS EXEMPLOS

Corpo Técnico

O P E R A C I O N A L

Curto; Responsável pelas

atividades do dia-a-dia; Preocupadas com as

decisões e planos de amanhã.

Consolida as informações das atividades diárias;

Necessidades de dados bem detalhados

Suporte as atividades operacionais que tradicionalmente são proces. de transações, relatórios rotineiros e suporte à decisões repetitivas;

As fontes de informação normalmente internas;

Escopo reduzido.

Tarefas automatizadas que são essenciais para as operações das empresas e são de natureza rotineira

Ex. Folha de pagamento, Contabilidade;

Sistema de processamento de transação (TPS).

ente nível Médio

T Á T I C O

Intermediário; Mantém uma

perspectiva a prazo médio;

Preocupados com decisões e planos dos próximos meses;

Funções de controle e organização.

Consolida as informações do nível "Operacional"

Necessita de dados sumarizados.

Suporte as atividades de controle, organização e planejamento;

Fonte de informação interna; Escopo mais amplo; Suporte através de rel. de

exceção ao invés de "stress de informações";

Rel."Ad Hoc" com informações não disponíveis nos rel. tradicionais

análise comparativa

Suporte dos gerentes funcionais que estão envolvidos com decisões de características táticas;

Sistema de informações gerenciais ( MIS).

Execut. e asses. de topo

E S T R A T É G I C O

longo; Mantém uma

perspectiva a longo prazo;

Preocupação com o planejamento dos próximos meses, anos ou mesmo décadas.

Consolida as informações do nível tático.

Suporte ao planej. De longo prazo;

Decisões normalmente mudam a maneira como os negócios são conduzidos;

Mapeiam as ações dos concorrentes ou mudanças significativas que altera o ambiente da organização;

Fontes internas / externas. Previsões de cenários.

Suporte aos execut. De topo, preocupados com decisões estratégicas a longo prazo;

Sistema de informações executivas (EIS).

Fonte: Elaborado pelo estagiário, a partir de dados secundários.

2.2.5 Tecnologia da Informação

Pode ser compreendida como a convergência natural entre a informática e as

telecomunicações, um complexo tecnologico para gerar informação, tornando mais

eficaz a captura, tratamento, armazenamento e disseminação da informação.

Conforme Turban (2005), tecnologia da informação pode ser compreendida

como um lado tecnológico de um sistema de informação.

Pode ser definida como um conjunto que agrega todas as atividades e

soluções providas por recursos de computação. São recursos não humanos que se

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dedicam ao armazenamento, processamento e comunicação da informação,

organizados a fim de executar uma tarefa.

Segundo Stair e Reynolds (1999:62) �Empregar tecnologia de informação e

aumentar a capacidade de processamento pode elevar a produtividade dos

empregados, expandir oportunidades de negócios e permitir mais flexibilidade�.

Para Rezende (2003:76) �Tecnologia da Informação pode ser todo e qualquer

dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e ou informações, tanto de forma

sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada ao produto, quer esteja aplicada no

processo�.

A tecnologia da informação possui alguns componentes como hardware,

software, sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações, que

interagem um com os outros através de redes e dependem do recurso humano, que

mesmo não fazendo parte do conceito, sem ele a tecnologia não teria funcionalidade

e utilidade.

2.2.6 ERP (Sistemas de Gestão Integrada)

Podemos definir ERP como uma arquitetura de software que facilita o fluxo de

informações entre todas as atividades de uma organização, como fabricação,

logística, finanças e recursos humanos. Geralmente, é composto por um banco de

dados único, que opera em uma plataforma comum, interagindo com um conjunto de

aplicações.

De acordo com Slack (2002), os sistemas de ERP, integram as decisões e a

base de dados dos departamentos, assim uma decisão de um setor, pode influenciar

nos sistemas de planejamento e controle de toda organização.

O ERP emprega tecnologia cliente/servidor. Isto significa que o usuário do

sistema (cliente) roda uma aplicação, que acessa as informações de uma base de

dados única (servidor). O banco de dados interage com todos os aplicativos do

sistema. Desta forma, elimina-se a redundância de informações e redigitação de

dados, o que assegura a integridade das informações obtidas. É apresentado uma

base de dados central interagindo com os vários módulos de uma arquitetura ERP,

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dentro de uma visão logística de administração de recursos, estando numa

extremidade os clientes e noutra os fornecedores.

Podemos enumerar alguns motivos que levam as empresas a usarem o ERP

Permanecer competitivas

Melhorar a produtividade

Melhorar a qualidade

Melhorar os serviços prestados aos clientes

Reduzir custos, estoques

Melhorar o planejamento e alocação de recursos

O ERP automatiza as tarefas do processo, facilitando e agilizando todos os

procedimentos, fornecendo dados precisos e exatos, nos estoques facilita no

controle, no agregamento de lotes, no armazenamento do material e na distribuição.

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3 MÉTODO

Neste capítulo o acadêmico apresenta assuntos referentes aos métodos

utilizados para o desenvolvimento do estágio, através do delineamento do trabalho,

população, coleta de dados, tratamento e análise dos dados.

3.1 Delineamento do Trabalho

Este trabalho caracteriza-se por ser uma Avaliação Formativa, pois tem a

finalidade de criar subsídios às melhorias na gestão de estoque da empresa

Bellopiso Comércio e Materiais de Construção-ME.

Avaliação formativa, segundo Roesch (1996), tem o objetivo de melhorar

efetivamente um programa, ou um plano na empresa, acompanhando a sua

implementação.

A abordagem adotada corresponde à qualitativa, que é a abordagem mais

apropriada no uso da avaliação formativa.

3.2 População

A população corresponde a todos os funcionários da empresa Bellopiso, tanto

os da matriz, como os da filial e também seus pontos de vendas.

3.3 Coleta de dados

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Os dados coletados foram de fontes primárias e secundárias. Fontes

primárias são aquelas coletadas pela primeira vez, que neste caso serão

conseguidas através de observação por fonte do acadêmico dos processos que são

realizados na empresa, as fontes secundarias são coletadas através de documentos

já existentes na empresa com intuito de agregar informações as entrevista.

3.4 Tratamento e análise dos dados

Os dados coletados na pesquisa serão analisados de maneira qualitativa,

tendo em vista o pequeno porte da empresa e a maior percepção sobre as respostas

obtidas nos questionários.

Os resultados motivarão as propostas de melhorias na gestão de estoque, em

função da revisão da literatura realizada no presente trabalho.

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4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A Bellopiso Comércio de Materiais de Construção Ltda. é uma empresa que

comercializa pisos, revestimentos cerâmicos, rejuntes, argamassas, louças

sanitárias e móveis para banheiro em geral.

4.1 Histórico da empresa

A Empresa Bellopiso iniciou suas atividades em 1997, usando PISOBELLO

como nome fantasia e tendo como sócios Emilio Nilo Assini e Vilson Natalio Silvino,

instalou-se na Rua Coronel Buchele nº. 619, no centro de Tijucas.

O inicio foi bastante complicado, os sócios não obtinham recursos financeiros

para alavancar os negócios, mas possuíam um vasto conhecimento sobre os

produtos que iriam comercializar, além de uma enorme vontade de alcançar os

objetivos que tinham sido traçados. O conhecimento foi adquirido através da

experiência que obtiveram quando exerciam as mais diversas funções em algumas

empresas onde atuaram e nos mais variados cursos que tiveram oportunidade de

participar.

Sem possuir um local onde pudessem dar inicio as atividades, sentiram a

necessidade de alugar um imóvel, comprometendo assim grande parte dos recursos

disponíveis em caixa. O espaço físico era pequeno e, por esse motivo, o estoque era

inexistente. Mas com grande empenho dos sócios e com ajuda de um funcionário,

que era responsável por todo trabalho braçal, as vendas começaram a evoluir.

Em 1999, surgiu a oportunidade de adquirir um terreno, que pertencia a igreja

matriz de Tijucas, por coincidência localizado bem próximo a loja. As obras para a

construção da nova sede da empresa começaram no ano seguinte, tendo a

inauguração da primeira parte ocorrida no segundo semestre do ano de 2000.

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Com aumento das vendas e com a necessidade de expandir os negócios da

empresa, abriram sua primeira filial na cidade de Porto Belo, com inauguração no

ano de 2002.

A segunda parte da matriz começou a ser construída e nessa fase da obra foi

dada uma atenção especial a área de estoque, com a construção de dois galpões

que pudessem armazenar, com segurança, todos os produtos que começaram a ser

adquiridos. Para que todo trabalho de venda não fosse prejudicado e os clientes

pudessem receber suas mercadorias em tempo hábil, a frota de veículos também

recebeu atenção especial, a aquisição de caminhões e empilhadeira contribuíram,

em muito, para que as entregas fossem agilizadas.

Contando com duas lojas próprias, e uma franquia situada na cidade de

Brusque, o volume de mercadoria em estoque começou a aumentar

consideravelmente, e, para atender melhor seus clientes, mais funcionários foram

contratados e mais veículos foram adquiridos para que a demanda de mercadoria

fosse efetuada com agilidade e segurança. Hoje a empresa conta com 15 (quinze)

colaboradores, 7 (sete) deles funcionários da expedição, conta também com uma

frota que possui 2 (dois) caminhões, 2 (dois) automóveis, 1 (um) empilhadeira e 3

(três) motocicletas, motocicletas essas utilizadas especificamente para venda

externa.

A empresa ainda possui um sistema de informação integrado que foi

implantado em meados de 2007, capaz de interligar todas as lojas e auxiliar na

tarefa de controlar e armazenar as mercadorias, fornecendo dados instantâneos.

Mesmo com toda essa estrutura a empresa ainda mostra certa dificuldade no

controle e armazenamento de materiais, quebras e não conformidades na retirada

de mercadorias dificultam o processo de controle de estoque, sendo esse um dos

maiores problemas encontrados na organização.

4.2 Fornecedores

A Bellopiso trabalha com cerca de oitenta empresas que fornecem os itens

para a venda, além dos materiais necessários para o funcionamento da empresa,

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como material para escritório, produtos de limpeza, combustíveis etc. Esses

fornecedores estão instalados em todo território nacional, com uma grande

concentração de empresas no interior do estado de São Paulo.

São fornecedores que, na sua grande maioria, possuem um vínculo estreito

com a organização, pois fornecem mercadoria há bastante tempo e muitos vêem a

Bellopiso como sendo seu principal cliente, não só pela quantidade de mercadoria

que compra, mas também pela forma que conduz o pagamento das mesmas.

4.3 Clientes

A Bellopiso conta hoje com uma carteira de aproximadamente 2500 clientes

cadastrados. Grande parte desses clientes são das cidades de Tijucas, Canelinha,

São João Batista, Porto Belo, Itapema e Bombinhas e Brusque.

São clientes com poder econômico variado. A empresa atende, ainda desde

grandes empresas como a Construtora e Incorporadora Talita, que necessitam de

uma variada quantidade de produtos, com valores financeiramente elevados até

pessoas físicas com menor capacidade de compra.

Uma grande dificuldade encontrada pela organização nesses últimos tempos,

é a enorme concorrência imposta pelos materiais de construção, como os pisos e

revestimentos cerâmicos que fazem parte de finalização da obra. O cliente que

comprou todo seu material nas lojas especializadas, já possui certo vinculo com o

mesmo, não tendo assim interesse em adquirir os produtos de outro fornecedor.

5 Resultados da Pesquisa

5.1 Departamento de compras

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Os representantes das empresas que fornecem os produtos visitam a sede da

Bellopiso, geralmente a cada quinze dias, eles são atendidos pelo setor de compras,

que com base no relatório de estoque nº. 01 (pauta de produtos em estoque/ saldo

negativo), é feito a compra da mercadoria, respeitando os preços que constam na

tabela de preços arquivada na empresa, quando o produto oferecido nunca constou

no estoque da empresa, uma amostra é requisitada e é feito uma pesquisa com

todos os vendedores, observando assim sua aceitação, se o produto passar por

aprovação e a negociação ocorrer dentro e esperado o mesmo é adquirido e passa

a fazer parte do mix de produtos disponibilizados no estoque.

Alguns pedidos de compras são feitos através de ligações para os

representantes, sempre requisitando o envio da cópia através de fax ou por e-mail

para o devido arquivamento na empresa, essas cópias de pedido são arquivadas em

uma pasta de pedidos pendentes. Quando os produtos chegam, suas notas fiscais

são confrontadas com esses pedidos, se a nota fiscal estiver de acordo com o

pedido, o produto é descarregado, se por ventura algum item da nota não atender as

expectativas propostas no pedido, o representante do mesmo é acionado para que

resolva essas pendências.

Assim que liberado, o produto é armazenado, quando se trata de pisos e

revestimentos cerâmicos, a tonalidade, o calibre e o lote de fabricação são

recolhidos nas caixas do produto, suas notas fiscais são lançadas e esses dados

são informados no sistema.

5.2 Setor de Estoque

Como podemos observar no item anterior, os produtos são armazenados,

tendo suas especificações informadas no sistema de informação da empresa,

caracterizando assim seus lotes, que facilitam no controle, durante separação do

produto para carregamento, o produto é descarregado e armazenado nos pontos

pré-determinados, sempre armazenados com outros produtos do mesmo fornecedor,

Ex: Portobello carga pesada white é armazenado com o Portobello carga pesada

grafite. Procura-se agrupar todas as referências de um fabricante no mesmo local, o

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que nem sempre é possível, pelo excesso de produtos desse fabricante em um

determinado período tempo.

Conforme a data de entrega, combinada com o cliente no dia em que o

pedido de venda é efetuado ou com solicitação feita posteriormente pelo cliente, são

gerados os comprovantes de entrega, esses comprovantes nada mais são que

ordens de carregamento, que possuem os dados dos clientes, quantidade e os lotes

dos produtos a serem separados. Segue em anexo 01 o espelho da venda e o

comprovante de entrega.

Eles podem ser impressos em duas situações, quando o cliente adquiri o

produto e o leva na hora ou quando o cliente faz o pedido e agenda sua entrega,

utilizando os veículos da empresa. Quando o cliente faz a compra e retira a

mercadoria, o comprovante de entrega é impresso na hora, sendo repassado

imediatamente para operador de empilhadeira, havendo assim sua coleta quase que

instantânea do produto. Quando é estipulada uma data de entrega futura no pedido

de venda, os comprovantes de entregas são impressos no dia anterior, para que

haja tempo hábil para a separação de carga, essas entregas procuram respeitar as

rotas pré-estabelecidas.

As rotas são definidas da seguinte maneira: nas segundas, sextas feiras e

sábados são feitas as entregas de mercadorias nas cidades de Tijucas à Nova

Trento e Governador Celso Ramos à Florianópolis; nas terças e quintas feiras são

feitas as entregas para o litoral, na cidade de Itapema à Itajaí e Porto Belo à

Bombinhas e nas quartas-feiras são feitas as entregas da cidade de Brusque.

A programação pode ser alterada conforme a necessidade do cliente, mas é

solicitado que se faça um fechamento de carga, procurando agregar um volume de

entregas para que o caminhão não viaje com pouca mercadoria, evitando assim

gastos desnecessários com combustível, alimentação, depreciação dos veículos.

O operador de empilhadeira recebe os comprovantes de entrega do dia

seguinte e dá início ao processo de separação das mercadorias, procurando

estabelecer uma ordem que não prejudique as ações na hora da descarga do

caminhão. Geralmente no final do dia, os caminhões são carregados com a ajuda de

seus motoristas e ajudantes, para que no dia seguinte, logo no primeiro horário

possa iniciar o processo de entrega.

O recebimento das notas fiscais de entrada acontece sem horário específico,

conforme a necessidade da mercadoria, se o produto está sendo preterido para

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alguma entrega com caráter de urgência, a descarga é feita imediatamente, mas se

o produto não está sendo aguardado para atender nenhum pedido de venda, sua

descarga é feita conforme disponibilidade do operador, dando-se preferência para o

atendimento aos clientes.

Alguns produtos são armazenados em locais específicos, respeitando suas

características, procurando facilitar sua localização e armazenamento.

As faixas decorativas e os filetes são armazenados em uma sala. Esses

produtos, assim como os pisos, são agrupados por fabricantes e conseqüentemente

por referência. A sala contém algumas prateleiras que são apropriadas para o

armazenamento desses tipos de produtos.

Os móveis para banheiro são armazenados em outra área fechada. Esses

produtos geralmente são encaixotados, o que diminui freqüentemente o risco de

danificar o material.

Os vasos sanitários, pias e colunas são armazenados em um andar superior e

a movimentação desse material é feita com o auxilio da empilhadeira.

5.3 Diagnóstico da Situação Atual

A Bellopiso possui um sistema integrado de informações, que facilita o

controle de estoque e fornece um bom suporte para a gestão de estoques. Nem

todos os recursos do sistema, entretanto, são utilizados, pois a gestão de estoque é

feita sem que haja fundamentação nos relatórios fornecidos pelo sistema.

Abaixo segue detalhadamente alguns desses problemas:

Classificação ABC: as ferramentas atuais para gestão de estoques não

estão levando em consideração a importância e o custo dos materiais adquiridos,

não há nenhum tipo de classificação que permita identificar quais produtos

necessitam atenção e tratamento adequado.

Controle de estoque: existem muitas divergências entre as quantidades

constantes no sistema versus o �físico� no almoxarifado. A falta de mercadoria

ocorre por quebras não contabilizadas, as caixas contêm rigorosamente varias

peças, quando qualquer uma dessas peças quebram, a caixa passa a ficar

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incompleta, e com a repetição desses fatos a caixa fica cada vez com menos

quantidade de peças, diminuindo sua quantidade no físico mais não no sistema.

Acontece também por erros na hora da separação da mercadoria, pois o

operador separa e carrega o caminhão, mas em nenhum momento é feito a

conferência da mercadoria por outra pessoa. Os motoristas também não têm o

hábito de conferir as tonalidades, calibres e data de fabricação, só observam o

código do produto e sua quantidade.

Reposição de mercadoria: o reabastecimento do estoque é feito conforme a

demanda, e a compra da mercadoria de acordo com a necessidade do cliente. Este

processo se repete continuamente e o fracionamento das compras eleva o custo dos

produtos, além de prejudicar o prazo de entrega decorrente dos atrasos que possam

ocorrer no recebimento da mercadoria.

Estoque mínimo: como não existe um controle de estoque mínimo, a falta de

mercadoria é constante, o sistema até fornece subsídios para que esse controle seja

feito, mas ele não é exercido em nenhum momento.

Inventário físico: o inventário não tem prazo pré-definido para acontecer,

ocorre quando da identificação de uma extrema necessidade. A grande quantidade

de lotes de cada produto dificulta muito sua contagem, os funcionários não são

treinados para esse tipo de serviço, o que dificulta seu processo.

Abaixo segue detalhadamente outros problemas de ordem geral:

Distribuição física: a agilidade na separação de mercadoria é geralmente

comprometida, pois os itens não são armazenados por referências dos produtos e

por diversas vezes é necessário que se retirem muitos paletes até que se encontre a

referência desejada, Não existe nenhuma sinalização nos boxes, o que dificulta a

localização da mercadoria.

Manuseio e armazenamento do produto: o manuseio e armazenamento

das mercadorias são feitos com o auxilio de uma empilhadeira. As mercadorias são

acondicionadas em paletes, sendo armazenado um sobre o outro até que alcance

uma altura adequada. O palete depois que retirado algumas caixas, encontra-se

com a camada incompleta, o que dificulta o armazenamento, pois a colocação de

outros paletes em cima fica comprometida.

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Descarga de material: Assim que a descarga do produto é feita, a

mercadoria é colocada no meio do corredor de passagem da empilhadeira, o que

dificulta sua própria locomoção, o constante manuseio dos paletes e a falta de

atenção do operador, ocasionam muitas quebras e perdas dos produtos.

Layout e espaço físico do estoque: nunca houve em nenhum momento um

estudo mais apropriado para o armazenamento das mercadorias, elas simplesmente

chegam e são armazenadas de qualquer modo, a alteração constante da quantidade

no estoque requer mudanças diárias nas localizações desses produtos que quase

nunca são feitas.

Controle de amostras: quando um produto novo chega ao depósito, uma

caixa é retirada do palete fornecendo assim as amostras necessárias para a

exposição nas lojas, existe também uma prateleira para onde são designadas três

peças dessa mesma caixa. Essa prateleira serve para agilizar o atendimento aos

clientes, quando da necessidade de novas amostras. Apesar de existir um relatório

de retirada de peças fixado na prateleira, esse controle simplesmente não funciona,

por falta de comprometimento do profissional que efetua a retirada, o que prejudica

todo o processo. As faixas decorativas, que são utilizadas para amostra nas lojas,

são retiradas sem nenhum controle o que proporciona um erro de quantidades

existentes no estoque.

Demora no recebimento de mercadoria: A empresa possui basicamente um

parceiro, que é responsável por 95 % das coletas feitas nas cerâmicas. Por ser uma

única empresa que realiza quase todo esse serviço, existe uma acomodação do

mesmo o que ocasiona certa demora na retirada e no transporte da mercadoria até o

depósito da loja, atrasando assim atendimento aos clientes da Bellopiso.

5.4 Propostas de melhorias no modelo de controle de estoque.

Conforme diagnóstico realizado na administração de materiais da empresa

BELLOPISO, observou-se a possibilidade de propormos algumas melhorias, que se

aceitas e utilizadas pela empresa, ajudarão consideravelmente no desafio de

mantermos a organização e acurácia do estoque.

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Seguem abaixo as melhorias propostas, alocadas por itens, o que facilita sua

compreensão, e nos mostra detalhadamente em que devemos nos concentrar.

5.4.1 Sistema de Informação:

O sistema de informação da empresa BELLOPISO, possui atualmente

diversas funções capazes de auxiliar no processo de controle de estoque, mas por

diversos motivos, essas funções não são utilizadas.

Essa não utilização plena do sistema de informação acarreta, como já

apresentado uma série de prejuízos para empresa, pois o controle e qualificação dos

itens mantidos em estoque dependem muito desses relatórios.

Vejamos a seguir os parâmetros que o sistema de informação da empresa

possui, e que deveriam ser melhor utilizados.

5.4.1.1 Estoque Mínimo

Existem atualmente alguns modelos de cálculos, que podemos utilizar para

chegarmos a um estoque mínimo de um produto. O acadêmico, no entanto preferiu a

utilização dessa fórmula, que é considerada simples, mas atende as necessidades

momentâneas da organização.

Formula: E.Mn = C x K Onde: E.Mn = estoque mínimo

C = consumo médio mensal

K = fator de segurança arbitrário com qual se deseja garantia

contra um risco de ruptura.

Segundo Dias (1995:66) �o fator K, como foi dito é arbitrário; ele é

proporcional ao grau de atendimento desejado para o item�.

Por exemplo: se quisermos que determinado produto tenha um grau de

atendimento de 90 %, ou seja, queremos uma garantia de que somente em 10% das

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vezes o estoque desse produto esteja à zero; sabendo que o consumo mensal é de

240 metros quadrados, o estoque mínimo será:

Quantidade de produto vendido em um período.

Fonte: Desenvolvido pelo estagiário, dados primários.

E.Mn = 240 x 0.9

E.Mn= 216 metros

Com base no relatório do faturamento nº. 02 �produtos vendidos em um

período� anexo 1, que mostra a quantidade de um determinado produto consumido

em um determinado período de tempo, teremos o consumo mensal de cada produto

e conseqüentemente a média de consumo mensal de cada produto.

Depois de aplicarmos a fórmula, saberemos exatamente qual a quantidade

necessária que devemos manter em estoque de cada um dos produtos

comercializados pela empresa.

O segundo passo é alterarmos o cadastro dos produtos, informando o

estoque mínimo encontrado e assim efetuarmos as compras dos produtos de

maneira que garanta o funcionamento do processo de venda, sem eventuais

contratempos.

5.4.1.2 Classificação ABC

Existem alguns itens no estoque que possuem um valor agregado superior

aos demais, e seu processo operacional é considerado crítico, é uma pequena fatia

Produto Acro 437 45x45 Mês Quant. Vendida Julho 198 mts

Agosto 280 mts Setembro 242 mts

Média 240 mts

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de produtos que interferem muito nos custos e lucros da organização e por esse

motivo devem receber maior atenção, pois requerem maiores investimentos.

Conforme Novaes (1994) o capital investido em estoque e os custos

operacionais podem ser diminuídos, se diferenciarmos a atenção dada aos itens

estocados e compreendermos que nem todos os itens merecem o mesmo cuidado

ou a mesma disponibilidade para satisfazer clientes.

O objetivo é dividir esses itens em categorias, o que nos possibilita uma

melhor definição dos critérios de controle dos produtos.

Esse método de classificação tem como finalidade direcionar atenção

gerencial para os produtos mais importantes e que geram maiores benefícios para a

organização.

Conforme anexo 2, �Relação dos produtos adquiridos nos meses 07,08 e 09

do ano de 2007�, segue abaixo a classificação ABC dos produtos.

Quadro de classificação ABC

Classe Itens % Valor % A 18,8 60,28 B 24,4 29,77 C 56,8 9,95

Fonte: Elaborado pelo estagiário, dados primários.

Fonte: Elaborado pelo estagiário, dados primários.

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Com base nesses números, podemos afirmar que 18,8 % dos produtos da

empresa Bellopiso se enquadram na classificação A, esses produtos são

responsáveis por 60,28 % do valor total gasto em aquisição de mercadorias, deve se

então com base nesses números iniciar um trabalho visando diminuir a quantidade

desses produtos em estoque.

5.4.1.3 Just in time

Com a utilização do método just-in-time, que tem como finalidade diminuir os

custos de manutenção do estoque, novos produtos são recebidos, somente quando

o último item do estoque for utilizado, o que reduz a quantidade dos produtos

armazenados ao Maximo.

Ficou constatado através do relatório de curva ABC, que estão inseridos na

classe A, quatro produtos de um mesmo fornecedor, que representam 14,16 % do

valor dos produtos da referida classificação. Conforme tabela abaixo:

Parte do relatório de produtos: fornecedor Ceramfix

itens Nome UN Qtde. Vlr. Unt. Vlr. Total Acum.

% valor % prod.

1 REJUNTE CERAMFIX 5 KG KG 18805 R$ 0,95 R$ 17.864,75 R$ 17.864,75 6,24% 0,3%

4 ARGAMASSA COMUM CERAMFIX KG 46600 R$ 0,23 R$ 10.718,00 R$ 28.582,75 9,98% 1,4%

9 ARGAMASSA ESPECIAL CERAMFIX KG 12400 R$ 0,55 R$ 6.820,00 R$ 35.402,75 12,36% 3,1%

18 ARGAMASSA AC III CERAMFIX KG 5000 R$ 1,03 R$ 5.150,00 R$ 40.552,75 14,16% 6,2%

Fonte: Elaborado pelo estagiário, dados primários.

Esses produtos representam trimensalmente uma fatia considerável dos

custos com produtos adquiridos pela empresa, por ser tratar de produtos estáveis no

mercado que não sofrem oscilações de consumo.

Um contrato de parceria com a empresa fornecedora, especificando as datas,

os valores e as quantidades a serem entregues trarão benefícios incalculáveis para

a Bellopiso, ao contrário do que acontece atualmente, onde as compras desses

produtos são fracionadas em pequenas quantidades, solicitadas a cada três dias.

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A negociação de grandes quantidades com entregas fracionadas pelo

fornecedor tende a diminuir o custo unitário do produto, além de garantir o

reabastecimento em tempo pré-estabelecido, evitando atrasos na solicitação da

mercadoria.

Apesar desse método se mostrar eficaz na maioria dos casos, a necessidade

de cooperação por parte dos fornecedores e transportadoras se torna indispensável,

pois qualquer problema referente ao atraso de mercadoria prejudica a aquisição

momentânea de materiais.

5.4.2 Inventário físico:

Todo controle que será proposto a seguir, depende fundamentalmente da

contagem do estoque atual, como os processos diários de entrega de materiais aos

clientes não pode ser comprometido, a contagem do estoque precisa ser feita por

partes, de forma gradual. Os produtos de um determinado fabricante serão

colocados no pátio, e os paletes passarão por um rigoroso processo de

acondicionamento. Os lotes que possuírem poucas quantidades serão aglomerados

em um único palete, diminuindo assim a quantidade de paletes e facilitando seu

empilhamento.

Será feito um relatório contendo todas as especificações dos produtos e suas

quantidades. Esse relatório, em forma de cartaz, será colocado no palete para que o

produto seja localizado com mais facilidade. A conferência é feita através de um

relatório que contém a pauta de produtos em seguida os acertos serão lançados no

sistema.

Essa contagem física do estoque passará a ser feita regularmente a cada 90

(noventa) dias, com intuito de minimizar os erros de inventário.

5.4.3 Controle de quebras

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Serão criadas fichas de controle chamadas de baixa por quebra, essas fichas

serão preenchidas pelo operador de empilhadeira ou pelo responsável pela quebra

da mercadoria, e serão entregues para o responsável geral do estoque, que ficará

encarregado de efetuar imediatamente os ajustes necessários no sistema.

Todo produto antes de ser entregue para o cliente final, passará por uma

rigorosa conferência, a responsabilidade dessa conferência será do motorista que,

de posse das ordens de carregamento, poderá encontrar falhas na separação das

mercadorias. Eventuais erros serão comunicados ao operador e o mesmo resolverá

o problema imediatamente, o motorista depois de efetuar a entrega da mercadoria,

assinará a ordem de carregamento se responsabilizando totalmente pela entrega

que acabará de fazer.

Um importante treinamento fará com que todos os funcionários se adaptem

rapidamente as exigências da organização, e passem a compreender o processo de

controle como um todo.

A simples mudança de rotina tende a comprometer todos os funcionários em

busca do objetivo de manter o estoque com acurácia elevada

5.4.4 Distribuição física

Todos os produtos do mesmo fabricante deverão ser armazenados em uma

única área. Serão alocados em cada garagem, um número mínimo de referências,

estabelecendo como primeiro critério, o armazenamento dos produtos que possuem

grandes quantidades, e em seguida, completando a garagem com os de menor

quantidade, facilitando assim sua localização.

Quando da chegada de novos produtos, os mesmos devem ser armazenados

no interior das garagens, de forma que não atrapalhem a localização dos produtos

de menor quantidade que serão armazenados em seguida, nas mesmas garagens.

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5.4.5 Descarga de Material

A descarga da mercadoria deverá ser feita imediatamente desde que não

atrapalhe o atendimento ao cliente, depois que ela for efetuada, uma pessoa

responsável fará sua conferência, informando na segunda via da nota fiscal as

especificações dos produtos. O operador armazenará imediatamente o produto nas

garagens pré-definidas, evitando assim falta de espaço físico nos corredores de

movimentação da empilhadeira.

5.4.6 Layout e espaço físico do estoque

O layout do estoque deverá sofrer alterações constantemente, isso se dará

pelo grande fluxo de entrada e saída de materiais e conforme a quantidade de

produtos de um mesmo fabricante, a movimentação dos produtos será efetuada com

intenção de armazenar o máximo de produtos em um mínimo espaço físico, os

produtos serão deslocados para outras garagens conforme a necessidade.

As louças e conjuntos para banheiro serão armazenados em prateleiras e

separados por referência, o que facilita muito a localização da mercadoria.

5.4.7 Reposição de mercadoria

A reposição de mercadorias deve ocorrer não só pela necessidade de atender

o cliente, mas também com vistas á diminuir os custos dos produtos comprados,

pois na negociação com o fornecedor, quanto maior a quantidade de mercadoria

solicitada, menor é o valor unitário do produto.

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Deste modo, as compras serão feitas respeitando o critério de estoque

mínimo, este critério analisa a pauta de produtos e em forma de relatório identifica

todos os itens que possuem quantidades consideradas insuficientes para atender

uma demanda futura, diminuindo assim, as compras fracionadas o que favorece o

poder de negociação com os fornecedores, tendo em vista a grande quantidade de

produtos orçados.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As grandes transformações que o mercado atravessa nos dias atuais,

induzem as organizações a reverem seus processos de trabalho, procurando

incessantemente a redução de custos, mas para que esse objetivo possa ser

alcançado novos modelos e grandes controles precisam ser utilizados.

O gerenciamento eficaz do controle de estoque é de suma importância para

qualquer organização, que deseja ser destaque no mercado global, mesmo porque

nos dias de hoje, o diferencial muitas vezes não é mais encontrado no produto e sim

no serviço prestado através dele.

Esse projeto que teve como objetivo analisar o processo de controle estoque

da empresa Bellopiso, através de uma pesquisa consistente do acadêmico e de seu

conhecimento nesse setor da organização, serve de parâmetro para futuros

trabalhos que possam vir a resolver novos problemas encontrados em outras

organizações.

É de fundamental importância que a organização invista constantemente em

aperfeiçoamentos para os seus colaboradores, já que é de conhecimento de todos,

que o diferencial do mundo moderno está nas pessoas.

É preciso ressaltar também, a satisfação e orgulho por ter recebido a

oportunidade de realizar esse estagio, levo a certeza de que muitas das propostas

aqui sugeridas serão úteis para o futuro da Organização.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8 ANEXOS

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8.1 Anexo 1

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8.2 Anexo 2

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Pedro João de Souza Júnior

Estagiário

Vilson Natalio Silvino

Supervisor de campo

Sergio Luiz Curti

Orientador de estágio

Prof. Jaqueline Fátima Cardoso

Coordenador de Estágios