sistema financeiro moçambicano

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ÍNDICE INTRODUÇÃO..................................................... 3 1. OBJECTIVO................................................... 4 1.1. Objectivo Geral..........................................4 1.2. Objectivos Específicos...................................4 2. Metodologia................................................. 4 3. REVISÃO DE LITERATURA.......................................5 3.1. Sistema financeiro em Moçambique.........................5 3.1.1. Importância do Sistema Financeiro....................7 3.1.2. Relação entre o Desenvolvimento Financeiro e o Crescimento Económico.......................................7 3.1.3. Mobilidade do Sistema Financeiro.....................8 4. TIPOS DE SISTEMAS FINANCEIROS...............................9 4.1. Análise do Sistema Financeiro Moçambicano................9 4.2. Funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano..........9 4.3. Principal Característica do Sistema Financeiro Moçambicano .............................................................10 4.4. Composição do Sistema Financeiro Moçambicano............10 4.5. Bolsa De Valores Moçambicana............................11 4.6. Mercado Interbancário...................................12 4.7. Spreads Bancários.......................................12 4.7.1. Qualidade da Carteira de Credito....................13 4.7.2. Concentração Bancária...............................13 4.8. Operadores Financeiros..................................13 Conclusão..................................................... 15 Bibliografia.................................................. 16 2

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Autor: Sergio Alfredo Macore / Helldriver Rapper

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Page 1: Sistema Financeiro Moçambicano

ÍNDICE

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................3

1. OBJECTIVO................................................................................................................................4

1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................4

1.2. Objectivos Específicos..........................................................................................................4

2. Metodologia.................................................................................................................................4

3. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................................5

3.1. Sistema financeiro em Moçambique.....................................................................................5

3.1.1. Importância do Sistema Financeiro................................................................................7

3.1.2. Relação entre o Desenvolvimento Financeiro e o Crescimento Económico..................7

3.1.3. Mobilidade do Sistema Financeiro.................................................................................8

4. TIPOS DE SISTEMAS FINANCEIROS....................................................................................9

4.1. Análise do Sistema Financeiro Moçambicano......................................................................9

4.2. Funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano.........................................................9

4.3. Principal Característica do Sistema Financeiro Moçambicano...........................................10

4.4. Composição do Sistema Financeiro Moçambicano............................................................10

4.5. Bolsa De Valores Moçambicana.........................................................................................11

4.6. Mercado Interbancário........................................................................................................12

4.7. Spreads Bancários...............................................................................................................12

4.7.1. Qualidade da Carteira de Credito.................................................................................13

4.7.2. Concentração Bancária.................................................................................................13

4.8. Operadores Financeiros.......................................................................................................13

Conclusão......................................................................................................................................15

Bibliografia....................................................................................................................................16

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Page 2: Sistema Financeiro Moçambicano

INTRODUÇÃO

O presente trabalho, aborda sobre o Sistema Financeiro Moçambicano. Na verdade, passou por

grandes transformações ao longo da história do país. Factores como o abandono da economia

socialista para a economia de mercados, em 1987, e as crises bancários no período de 2000 –

2001, trouxeram a necessidade de uma adaptação rápida de modo a evitar o colapso do sistema

financeiro.

Então, o funcionamento das economias modernas requer sempre maiores investimentos e por

isso as empresas precisam maiores necessidades de capitais que as poupanças das famílias

fornecem através dos mercados financeiros.

Nos anos recentes, a importância do sistema financeiro para o desenvolvimento económico e

social vem ganhando espaço no sentido de que a ampliação do acesso aos mesmos gera impactos

positivos. Além disso, os provedores dos serviços financeiros podem enfrentar constrangimentos

para identificar onde encontrar as oportunidades de investimento que visem a obtenção de mais-

valias sem custos acrescidos na sua actividade diária.

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Page 3: Sistema Financeiro Moçambicano

1. OBJECTIVO

1.1. Objectivo Geral

MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma

visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos

e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese

proposta pelo projecto."

Assim o trabalho tem como objectivo geral:

Abordar de forma sintética sobre o Sistema Financeiro Moçambicano

1.2. Objectivos Específicos

Assim o trabalho tem como objectivos específicos:

Especificar o seu Funcionamento do sistema financeiro;

Analisar a Composição do sistema financeiro em Moçambique;

Identificar o Mercado interbancário em Moçambique;

Apresentar e analisar a bolsa de valores moçambicana.

2. Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método

indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular

para uma questão mais ampla, mais geral.

Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,

partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou

universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é

levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos

baseia-mos.

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Page 4: Sistema Financeiro Moçambicano

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Sistema financeiro em Moçambique

O sistema financeiro moçambicano é robusto e apresenta níveis de solidez acima da média,

considerando os indicadores de crédito mal-parado e o rácio de solvabilidade.

Segundo Álvaro Louveira, funcionário do Banco de Moçambique, o crédito mal-parado reduziu

de 3.1% em 2010 para 2,4 em 2014 e o rácio de solvabilidade transitou de 13 para 18%,

situando-se nos níveis recomendáveis internacionalmente. Moçambique registou um crescimento

do sistema financeiro, ao passar de cinco bancos em 2006, para 18 em 2013, com uma rede

bancária de 45%.

“A evolução do sistema financeiro foi acompanhado por alguma robustez do próprio sistema, se

tomarmos em consideração que o credito mal-parado reduziu de 3.1 em 2006 para 2.4 em 2011,

bem como se tomarmos em consideração que o rácio de solvabilidade transitou de 13 por cento

em 2006 para 18 por cento em 2011, o que é recomendável internacionalmente. Tomando como

base o Comité que é de 8 por cento, podemos dizer que o nosso sistema é de facto robusto”,

explicou.

O Banco de Moçambique considera que, devido à solidez do sistema financeiro, a economia

nacional teve uma certa resistência ao efeito da crise financeira internacional. Apesar dessa

robustez, o sistema financeiro ainda tem desafios por superar ao nível do financiamento bancário

à economia, bem como no que refere a monitização da economia

O nível de monitização da economia passou de 25.6%, no ano 2000 para 42.7, em 2011. Apesar

deste crescimento considerável, o mesmo está abaixo da média da região da Comunidade para o

Desenvolvimento da África Austral (SADC), que é de 68%. A evolução do sistema financeiro foi

acompanhado pelo incremento do financiamento bancário, que passou de 17.3 por cento em

2000 para 29.1 em 2010, estando, mesmo assim, ainda abaixo das médias dos países da SADC e

da África Subsaariana, que se situam nos 45.8% e 89.5%, respectivamente.

Louveira revelou estes dados no encontro de reflexão sobre a “importância da estabilidade

macroeconómica e do sector financeiro no crescimento da economia nacional”, envolvendo

5

Page 5: Sistema Financeiro Moçambicano

Governo, sectores financeiro e privado, instituições académicas, organismos internacionais e

comunicação social, realizado, na cidade da Matola, sob os auspícios do Banco de Moçambique.

Na ocasião, o interlocutor afirmou que o nível de estabilidade macroeconómica de Moçambique

é superior ao da região da SADC, em 0.23 pontos. Estabilidade macroeconómica de

Moçambique é 4.18 pontos, o que, de acordo com Louveira, significa que é relativamente bom.

“O World Economic Forum compila o índice de competitividade global que tem um pilar muito

importante que é do índice de estabilidade macroeconómica. Este índice varia de zero a sete

pontos, isto significa que a medida que nos aproximamos de sete nos aproximamos da

estabilidade macroeconómica”, esclareceu.

Segundo a fonte, comparando com a região da SADC, “o nível de estabilidade económica de

Moçambique é superior em 0.23 pontos. Apesar da África do Sul, Tanzânia, Botswana, Lesotho

e Maurícias terem nível de estabilidade macroeconómica superior em termos de números, pode-

se considerar que Moçambique, do ponto de vista de estabilidade macroeconómica, está alinhado

com os países da SADC, isto segundo os dados registados em 2010”.

Apesar disso, Moçambique ainda precisa resolver algumas questões importantes para que a

estabilidade macroeconómica seja sustentável. Neste momento, o país apresenta uma das taxas

mais baixas do Produto Interno Bruto (PIB) real per capita comparado com o da SADC e da

África Subsaariana.

A questão da volatilidade da variação dos níveis de preço em Moçambique, comparativamente

aos demais países da SADC e d África Subsaariana deve merecer atenção das autoridades

moçambicanas. “Esta situação é causada pelo comportamento do metical que é mais volátil que

outras moedas da região da SADC” frisou. Por outro lado, existe o problema das exportações

nacionais que sempre foram inferiores em relação às importações, situação que contribui para a

deterioração da balança comercial.

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Page 6: Sistema Financeiro Moçambicano

3.1.1. Importância do Sistema Financeiro

O sistema financeiro joga um papel multidimensional no processo de desenvolvimento

económico porque a interacção dos agentes económicos na actividade económica envolve custos

de informação ou de transacção resultados das imperfeições dos mercados, os quais devem ser

minimizados.

Para o efeito, é importante a existência de intermediários financeiros. A presença de

intermediários financeiros contribui para mitigar os problemas decorrentes dos custos de

transacção e de informação, um facto que concorre para influenciar as decisões de poupança e de

investimentos, e, por via disso, o crescimento económico.

Os intermediários financeiros podem influenciar o crescimento através dos seguintes canais:

Redução dos custos de aquisição e processamento de informação, e portanto,

melhoramento da alocação de recursos para as famílias;

Fortalecimento do acompanhamento das operações das empresas, o que pode, por um

lado, reduzir os níveis de racionamento de crédito, e, por outro, facilitar o fluxo de

recursos dos aforradores para os investidores;

Diversificação do risco, um facto que pode induzir os aforradores a direccionar a sua

carteira de investimentos para projectos com retornos esperados elevados;

Mobilização de poupanças individuais com vista a aprofundar o processo de crescimento

económico, um facto que permite fazer melhor uso das economias de escala;

Uso da moeda como um meio mais eficaz no processo das trocas, permitindo que os

custos de transacção sejam reduzidos, promovendo dessa forma uma maior

especialização, inovação e crescimento económico (Mishkin, 2000, Bencivenga e Smith,

1993; La Fuente e Marin, 1996, Devereux e Smith, 1994; e Obstfeld, 1994).

3.1.2. Relação entre o Desenvolvimento Financeiro e o Crescimento Económico

As correntes de pensamento económico tradicionais são conflituantes quanto ao impacto do

sistema financeiro no crescimento económico. Os economistas do desenvolvimento como Meier

e Seers (1984) e Lucas (1988) não dão primazia ao papel do sistema financeiro no processo de

crescimento económico e baseiam as suas hipóteses na teoria neoclássica defendida por Fama

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Page 7: Sistema Financeiro Moçambicano

(1970). Esta teoria assume que os mercados são perfeitos e eficientes, e que os agentes

económicos agem de forma racional.

Merton (1988), Gurley e Shaw (1955) e McKinnon (1973) consideram sem fundamento dissociar

o sistema financeiro do processo de crescimento económico, com base na visão schumpeteriana

do processo de desenvolvimento que relaciona a liberalização financeira com as taxas de juro e

essas com o investimento ou poupança. Esta visão é defendida por Levine (2005), Beck et al.

(2000), Demirguç-Kunt e Maksimovic (1998), e Rajan e Zingales (1998).

Fora daqueles debates, a literatura financeira notabilizou-se nas análises do impacto das finanças

na distribuição do rendimento e no alívio à pobreza. Todavia, existe alguma literatura recente

que aponta para o fraco contributo das finanças na distribuição do rendimento e na redução da

pobreza, particularmente, para as pequenas empresas e famílias pobres (Beck et al., 2005 e Beck

et al., 2007).

De acordo com Galor e Moav (2004), desde que se eliminem os factores que restringem o SF,

particularmente o acesso ao crédito, o sistema financeiro pode catapultar o aumento da eficiência

na alocação de capital e a redução da desigualdade no rendimento, gerando fluxos de capital com

retornos de investimento elevados para os pobres.

3.1.3. Mobilidade do Sistema Financeiro

Evidentemente, tendo em conta que os Sistemas Financeiros mudam constantemente, de modo a

responder a procura do público, ao desenvolvimento de novas tecnologias e as mudanças nas leis

e regulamentações. A competição nos mercados financeiros força os sistemas financeiros a

responder as necessidades do público desenvolvendo melhores e mais convenientes serviços

financeiros.

Enfim, o Sistema Financeiro pode ser definido como sendo o conjunto de instituições da

economia que auxiliam o encontro dos agentes que possuem poupanças, agentes superavitários,

com os que necessitam de recursos, cujo principal objectivo é permitir o movimento de fundos

emprestáveis entre eles.

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Page 8: Sistema Financeiro Moçambicano

4. TIPOS DE SISTEMAS FINANCEIROS

Sistema de Mercado de Capitais;

Sistema de Crédito Privado Bancário e;

Sistema de Crédito Público Bancário.

4.1. Análise do Sistema Financeiro Moçambicano

Moçambique como a maioria dos países em vias de desenvolvimento tem o sistema financeiro

pouco desenvolvido, poucos operadores e instrumentos financeiros para suportar a actividade

económica. Os operadores financeiros principais, no sistema moçambicano, são os bancos

comerciais e portanto a estabilidade deste sistema depende crucialmente do funcionamento

eficiente e eficaz dos bancos comerciais. As crises do passado demonstraram que a eficiência de

um banco comercial pode ameaçar a estabilidade do sistema financeiro.

Moçambique, assim como grande parte do continente africano esteve, ate o ano de 1975, sob o

regime colonialista. A 25 de Junho de 1975 conquista a independência, transformando-se numa

república popular, como um regime de partido único, ate Novembro de 1990, data da entrada em

vigor da constituição que instaurou o regime democrático multipartidário e um sistema de

economia de Mercado.

4.2. Funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano

A criação de um estado baseado nos princípios do socialismo, levaram a criação de uma

economia planificada ou centralizada.

Neste sentido, no sector financeiro foram tomadas medidas que centralizaram o controlo, sendo

que foram intervencionadas as seguintes instituições:

Instituto de Credito de Moçambique;

Monte Pio de Moçambique;

Banco Nacional Ultramarino (que funcionava como uma apresentação oficial do banco

de Portugal);

Bano Pinto & Sotto Maior.O Banco Nacional Ultramarino (BNU) transformou-se em

Banco de Moçambique (BM) e;

O Instituto de Credito de Moçambique em Banco Popular de Desenvolvimento (BPD),

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Page 9: Sistema Financeiro Moçambicano

4.3. Principal Característica do Sistema Financeiro Moçambicano

1) Do período da colonização, apenas o Banco Standard & Totta não sofreu intervenção.

Deste modo, ate 1989 a principal característica do sistema financeiro moçambicano era o

número reduzido de bancos comerciais (apenas três) e, cerca de 95% do negócio bancário

representados pelos bancos controlados pelo Estado.

2) Actualmente, dadas as características predominantes do sistema financeiro moçambicano,

põe-se dizer que este é baseado no modelo alemão, isto é, baseado do crédito bancário

privado. Sendo que, o mercado de capitais moçambicano é ainda muito pouco

desenvolvido.

3) A abertura da bolsa de valores moçambicana só se deu em finais de 1999, resultante das

reformas financeiras no país. Não obstante as modificações registadas no sector bancário

moçambicano, este é ainda considerado relativamente pequeno – existem 12 bancos

comerciais, 11 agências cooperativas e, 58 operador de micro crédito (2006).

4.4. Composição do Sistema Financeiro Moçambicano

Assim como bastante concentrado, a maior instituição possui 40% dos activos totais da banca e

os 90% dos activos e passivos da banca é possuído por apenas seis instituições nomeadamente:

ABC, BA, BCI Fomento, Millennium BIM, BIM e Standard Bank.

Os bancos em Moçambique, são considerados rentáveis e bem capitalizados, no entanto estão

muito vulneráveis face ao risco de crédito no país. Os indicadores de rentabilidade escolhidos

para avaliar a performance do sector são os lucros líquidos, ROAA e OAE. O lucro líquido

demonstra o retorno positivo de um investimento feito pela empresa, após a dedução da despesas

operacionais e não operacionais.

O ROAA (RAA) é um indicador financeiro que mostra, em percentagem, como os activos

lucrativos da empresa estão a gerar receitas e mostra como a empresa é rentável antes da

alavancagem financeira.

É muito usado para comprar o desempenho das instituições financeiras (como os bancos), porque

a maioria dos activos bancários terá um valor contabilístico que esta perto dos seus valores de

mercado.

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Page 10: Sistema Financeiro Moçambicano

O ROAE (ROE) é um indicador, também financeiro, percentual que se refere a capacidade de

uma empresa agregar valor a ela mesma utilizando os seus próprios recursos, ou seja, o quanto

esta consegue crescer usando os seus recursos próprios. Por esta razão este é visto como um dos

mais dos importantes rácios financeiros.

4.5. Bolsa De Valores Moçambicana

Como e pode observar, o sector bancário moçambicano vem registando melhorias consideráveis

no que se refere a rentabilidade do sector bancário em Moçambique.

No ano de 2006, o sector registou um ponto máximo de lucros líquidos de 2.302.806 milhares de

meticais, o que representou um crescimento de aproximadamente 145% em relação ao ano

anterior de 2005 (940.581 milhões). Como se pode observar na tabela, em 2000 o sector

apresenta resultados negativos decorrentes da grave crise bancária que se abateu no país. Este

resultado negativo foi particularmente afectado pelo avultado prejuízo do BA face ao

saneamento da sua carteira de crédito que reduziu substancialmente a margem de juros do

balanço.

Ainda em 2001 o resultado se apresenta negativo, sendo ainda da crise bancária no ano anterior,

no entanto apresenta uma melhoria de 43 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Este

resultado negativo decorre da constituição de provisões, resultantes da limpeza das carteiras de

crédito dos bancos envolvidos na crise bancária.

No ano de 2003, o sector apresentou lucros positivos (474.322), ainda que menores que em 2002

(548.303), apresentando uma variação negativa de 13,49%. Esta queda nos resultados foi

causada principalmente pela redução significativa das taxas de juro activas, redução mais uma

vez dos activos de risco com maior retorno na estrutura dos activos remunerados, e a estabilidade

do metical fase ao dólar no mesmo ano.

Quanto aos indicadores financeiros ROA e ROE, estes também tem vindo a registar

crescimentos, reflectindo a melhoria da rentabilidade do sistema bancário moçambicano.

Mais uma vez para o ano de 2000, que tendo um resultado líquido bastante deteriorado

apresenta, deste modo os valores de ROA e ROE negativos (-9,32 e – 55,61) o que indica uma

ineficiente alocução dos recursos nos bancos de Moçambique na altura.

11

Page 11: Sistema Financeiro Moçambicano

O ano de 2001 apresenta também valores negativos decorrentes da reestruturação ao sector

bancário que se fez sentir nesse ano, que visava transformar um sector fragilizado para um sector

caracteriza por uma maior solidez, controle e eficiente supervisão bancária. Apesar de durante o

ano de 2002, estes indicadores terem registado melhorias.

Em 2003 registou-se um ligeiro de crescimento, sendo este atribuído, de uma forma geral as

reduções das taxas de juros visto que estes foram investidos uma taxa de torno menor que no ano

anterior. Não obstante o facto de o sector apresentar graus de rentabilidade considerados

elevados, ainda se considera que apresenta valores baixos dos níveis apresentados por alguns

países da região.

4.6. Mercado Interbancário

O objectivo do governo quando da liberação financeira de promover a expansão das operações

de credito, e deste modo através da entrada de novo agente no mercado resultasse numa redução

nos spreads bancário bem como nas taxas de juros.

O quadro dos indicadores de performance, demonstra a evolução da oferta de crédito no pais, no

período em análise, o que permite tirar algumas conclusões no que diz respeito ao papel dos

bancos comerciais na oferta de crédito. O crédito concedido pelo sistema financeiro tem tido um

comportamento relativamente heterogéneo desde o início da década em análise.

Ate finais de 2004, o crédito total concedido a economia registou taxas de crescimento modestas,

próximo do zero, ocorrendo numa altura de preferência pelo crédito em moeda estrangeira em

detrimento dos financiamentos em meticais. A introdução do aviso nº 5/2005 reduziu a

exposição dos bancos e credores em cobertura de riscos adequada neste caso cambial

observando-se um crescimento progressivo do crédito concedido em moeda nacional, e o inverso

na moeda externa.

4.7. Spreads Bancários

Os Spreads representam a diferença entre a taxa de aplicação nas operações de empréstimos e

nas taxas de captação de recursos pelas instituições financeiras.

A evolução dos spreads bancários demonstra um comportamento irregular, sendo que no ano de

2002 atinge-se ao pico mais alto com 9,86%. Isso pode ser justificado pelo facto de que as

12

Page 12: Sistema Financeiro Moçambicano

medidas restritivas em relação a política monetária terem-se traduzido numa dedução de liquidez

resultando num crescimento nas taxas de juros activas

As taxas de empréstimo a 180 dias acresceram 5pp e as de 1 ano em 2pp, tendo como

consequência o crescimento dos spreads bancários, visto ainda que as taxas de juros passivas

(depósitos) sofreram duas descidas ao longo do mesmo ano. Por sua vez, a queda mais acentuada

nos spreads ocorre em 2004 (5,47%), tendo como justificação a tendência decrescente das taxas

de juro activas conjugadas com um período de estabilidade do Metical e baixa inflamação

No entanto apesar de ter registado um decrescimento considerável os spreads bancários ainda são

considerados elevados, mesmo para níveis regionais.

4.7.1. Qualidade da Carteira de Credito

De modo a avaliar a qualidade da carteira de crédito dos bancos comerciais, foi escolhido o rácio

credito vencido e/ou duvidoso/credito total (%), que demonstra da quantidade do credito

oferecido à economia moçambicana, qual é o volume que se torna credito moroso.

4.7.2. Concentração Bancária

O sistema bancário moçambicano é ainda considerado muito pequeno e bastante concentrado

mesmo não obstante a reformas impostas ao sector, decorrentes tanto da liberalização financeira

bem como da crise bancária. Logo após a liberalização financeira, o sector bancário registou uma

abertura a investimentos estrangeiros, ficando no entanto, os maiores bancos comerciais (na

altura) dos pais – BCM e o BPD – propriedade maioritárias em 1996 e 1997 respectivamente.

Segundo estatísticas até Dezembro de 2006 operadores financeiros no país:

4.8. Operadores Financeiros Bancos comerciais;

Agencias Cooperativas;

Casas de Câmbio;

Entidades habilitadas ao exer. De Funções de crédito;

Operadores de micro-credito;

Representação de inst. De cred. c/ sede no estrang;

Sociedades de Admn. de Compras em Grupo;

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Page 13: Sistema Financeiro Moçambicano

Sociedades de Gestão de Capitais de risco;

Sociedades de Investimento;

Sociedades de Locação Financeira.

Mesmo que o número de operadores financeiros tenha registado acréscimos, cerca de 80% do

território nacional não possui qualquer agência bancária. Demonstrando a bancarização da

economia moçambicana nas zonas rurais onde demonstra a distribuição de agências, reforçando

o argumento de que não obstantes os esforços, a economia moçambicana é ainda pouco

bancarizado.

14

Page 14: Sistema Financeiro Moçambicano

Conclusão

O trabalho, concluso de uma forma efectiva na aquisição de um conhecimento a cerca do

Sistema Financeiros Moçambicano que é constituído por intermediários financeiros cuja

principal função é mover os recursos dos agentes superavitários para os agentes tomadores de

empréstimos.

Enfim, embora os sistemas financeiros de todo o mundo tenham se desenvolvido de modo

diferente, tornando-se mais complexos ou com enfoque num determinado tipo de mercado, o

mercado bancários é sem duvida um dos principais pilares de todos os sistemas financeiros.

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Page 15: Sistema Financeiro Moçambicano

Bibliografia

Abreu, M. et all. (2012), Economia monetária e financeira

Andrezo, A.F e Lima, IS. (2002), Mercado Financeiro.

http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2011/IESE_Des2011_8.ExpSer. Acesso em 30

de Setembro de 2015, pelas 21h:33min.

http://pt.scribd.com/doc/56709340/Sistema-Financeiro-em-Mocambique. Acesso em 02 de

Outubro de 2015, pelas 13h:20min.

http://www.bancomoc.mz/Apresent.aspx?id=A&ling=pt. Acesso em 03 de Outubro de 2015,

pelas 10h:00min.

Nome: Sérgio Alfredo Macore / 22.02.1992

Naturalidade: Cabo Delgado – Pemba – Moçambique

Contactos: +258 826677547 ou +258 846458829

Formado em: Gestão de Empresas / Gestão Financeira

E-mail: [email protected] / [email protected]

Facebook: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo Macore

Twitter: @HelldriverTLG

Instituição de ensino: Universidade Pedagogica Nampula – Faculdade = ESCOG.

Boa sorte para você…….

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