sistema nervoso central
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFaculdade de Medicina
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Sebastião Margarida
Maputo, Dezembro de 2014
Sumário
Embriologia do sistema nervoso Conceito do sistema nervoso Classificação do sistema nervoso Neuroanatomia Fisiologia do sistema nervoso central Referências bibliográficas
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
O estudo do desenvolvimento embrionário do sistema nervoso é importante, pois permite entender muitos aspectos da anatomia.
ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO
Durante a evolução os primeiros neurônios surgiram na superfície externa dos organismos, fato significante visto a função primordial do sistema nervoso de relacionar o animal com o meio ambiente.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Neurulação- processo envolvido na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para formar o tubo neural.
A formação do tubo neural começa no início da 4ª semana (22º a 23º dia) e termina no final da 4ª semana, quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal (posterior).
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Na embriologia temos três folhetos embrionários:ENDODERMEMESODERMEECTODERME
ECTODERME - Camada exterior de um embrião em desenvolvimento /
camada que está em contato com o meio externo.Camada que dá origem a epiderme e seus anexos,
encéfalo e medula espinhal. CAMADA QUE DÁ ORIGEM AO SISTEMA NERVOSO
PROCESSO DE ORIGEM DO SN1°) Espessamento do Ectoderme, formando a PLACA NEURAL
2°) A placa neural cresce, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado SULCO NEURAL 3°) O Sulco neural se aprofunda formando a GOTEIRA NEURAL 4°) Os lábios da goteira neural se fundem para formar o TUBO NEURAL.
O ectoderme não diferenciado se fecha sobre o tubo neural. No ponto em que o ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem - se células que formam de cada lado, uma lâmina longitudinal, denominada CRISTA NEURAL.
PROCESSO DE ORIGEM DO SN
PROCESSO DE ORIGEM DO SN
Día 18 → invaginação da placa neural formando um sulco neural mediano, com as pregas neurais de ambos lados (proeminentes na região cefálica – primeiros sinais de desenvolvimento do encéfalo).
Fim da terceira semana → aproximação das pregas, que começam a fundir-se.
PROCESSO DE ORIGEM DO SN
CRISTA NEURAL TUBO NEURAL
Dá origem a elementos do Sistema Nervoso Periférico
Dá origem a elementos do Sistema Nervoso Central
CRISTA NEURAL As cristas neurais são contínuas no sentido crânio-caudal.
Elas se dividem dando origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais. Neles se diferenciam os neurônios sensitivos e pseudo-unipolares.
Várias células da crista neural migram e vão dar origem a células em tecidos situados longe do SNC.
Elementos derivados da crista neural: Gânglios sensitivos Gânglios do sistema nervoso autônomo Medula da glândula supra-renal Paragânglios Melanócitos Células de Schwann Anfícitos e células C da tireóide
TUBO NEURALO fechamento da goteira neural e concomitantemente a fusão do ectoderme é um processo que se inicia no meio da goteira e é mais lento nas extremidades.
Assim, permanece nas extremidades cranial e caudal do embrião, dois orifícios que são as últimas partes do Sistema Nervoso a se fecharem.
São denominados:
Neuróporo Rostral
Neuróporo Caudal
TUBO NEURAL - PAREDESO crescimento das paredes do tubo neural não é uniforme, dando origem às seguintes formações:
Duas lâminas alares
Duas lâminas basais
Uma lâmina do assoalho
Uma lâmina do tecto
TUBO NEURAL - PAREDESOs derivados destas formações, obedecem a uma disposição topográfica e funcional no adulto:
LÂMINAS ALARES = Derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados á sensibilidade.
LÂMINAS BASAIS = Derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados á motricidade
TUBO NEURAL - PAREDESSULCO LIMITANTE = Separa as formações motoras
das formações sensitivas. As áreas próximas a este sulco relacionam-se com a inervação das vísceras; as mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos esqueléticos e formações cutâneas).
LÂMINA DO TECTO = Em algumas áreas do SN permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela corióide e dos plexos corióides.
LÂMINA DO ASSOALHO = A lâmina em algumas áreas
permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo.
DILATAÇÃO DO TUBO NEURALDesde o início de sua formação o calibre do Tubo Neural não é uniforme.
A parte cranial que dá origem ao encéfalo do adulto torna-se dilatada e constitui o ENCÉFALO PRIMITIVO OU ARQUENCÉFALO.
A parte caudal que dá origem á medula do adulto permanece de calibre uniforme e constitui a MEDULA PRIMITIVA DO EMBRIÃO
Embriologia
Formação do encéfalo:
Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos. A fusão das pregas neurais da região cefálica e o fechamento do
neuróporo rostral formam as três vesículas encefálicas primárias, estas formam:
encéfalo anterior (prosencéfalo) encéfalo médio (mesencéfalo) encéfalo posterior (rombencéfalo)
Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias: encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e
diencéfalo encéfalo médio → não se divide- encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo)
Hipófise (4º semana)
DILATAÇÃO DO TUBO NEURAL
Cérebro
Mesencéfalo
Cerebelo
Ponte
Bulbo
CAVIDADE DO TUBO NEURAL A luz do tubo neural permanece no SN do adulto sofrendo, em
algumas partes, várias modificações.
A luz da medula primitiva forma, no adulto: O Canal Central da Medula.
A cavidade dilatada do Rombencéfalo forma: O IV Ventrículo;
A cavidade do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo, forma: O III Ventrículo.
CAVIDADE DO TUBO NEURAL A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o:
Aqueduto Cerebral (Aqueduto de Sylvius) que une o III ao IV Ventrículo
A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado: Os ventrículos laterais, unidos ao III Ventrículo pelos dois
forames interventriculares.
Todas estas cavidades são revestidas por epitélio denominado epêndima e com exceção do canal central da medula, contêm o líquido cérebro-espinhal ou liquor.
Mielinização das fibras nervosas
Na medula, as bainhas de mielina começam a formar-se durante o final do período fetal e continuam a formar-se durante o primeiro ano pós-natal.
As bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas situadas na medula, são sintetizadas por oligodendrócitos.
Nas fibras nervosas periféricas são formadas pelas células de Schwann (originárias da crista neural)
Com 20 semanas as fibras periféricas tornam-se esbranquiçadas, pelo depósito de mielina.
As raízes motoras mielinizam-se antes das sensitivas.
Formação da medula espinhal
Espessamento das paredes do tubo neural na região caudal ao 4º par de somitos.
O canal neural do tubo neural converte-se no sistema de ventrículos do encéfalo e no canal central da medula espinhal.
As células neuroepiteliais constituem a zona ventricular (camada ependimária) que dá origem aos neurônios e células macrogliais. Posteriormente, se diferenciam em células ependimárias e formam o epêndima que reveste o canal central da medula.
Formação das meninges da medula espinhal
O mesênquima que envolve o tubo neural se condensa formando uma membrana chamada meninge (membrana) primitiva:
A camada externa se espessa, formando a dura-máter. A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges.
Células da crista neural se misturam às leptomeninges. Dentro das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que coalescem e formam o espaço subaracnóide.
O LCR começa a formar-se durante a quinta semana.
Conceito
Sistema Nervoso:É um conjunto de órgão responsáveis
pela coordenação e integração dos demais sistema orgânicos, relacionado o organismo com as variações do meio externo e controlando o funcionamento visceral.
FUNÇÕES BÁSICAS
Função Integradora => Coordenação das funções do vários órgãos (↑Pressão arterial→↑Filtração Renal e ↓Freq. Respirat.)
Função Sensorial => Sensações gerais e especiais.
Função Motora => Contrações musculares voluntárias ou Involuntárias
Função Adaptativa => Adaptação ao meio ambiente (sudorese, calafrio, salivação)
Vascularizacação cerebralO sistema nervoso exige para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigénio.
A interrupção do suprimento sanguineo cerebral por poucos minutos pode levar a lesões irreversiveis pois como se sabe as celulas nervosas nao se regeneram.
O encefalo é vascularizado por dois sistemas: vertebro-basilar (artérias vertebrais) (100-200 ml/min), e carotideo ( art. Carotida interna) (600-700ml/min)
Na base do cranio estas formam o polígono de willis de onde saem as artérias cerebrais
As artérias vertebrais se anostomosam originando artéria basilar
Vascularizacação cerebral
Drenagem venosaDrenagem venosa é dividida em: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo, que drenam para os seios da dura máter de onde o sangue converge para as veias jugulares internas.
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Unidade básica do sistema nervoso
Apresenta: => corpo celular => prolongamentos celulares:
a. dendritos: prolongamentos curtosb. axônio (fibra nervosa)
NEURÔNIOS
Existem algumas diferenças entre Axônios e Dendritos
Axônios Leva informação do
corpo celular Superfície lisa
Normalmente apenas 1 por célula
Sem ribossomos Pode ser recobertos
com mielina Ramifica longe do corpo
celular
Dendritos Traz informação para o
corpo celular Superfície irregular
(espinhas dendríticas) Muitos dendritos por
célula Tem ribossomos Sem recobrimento de
mielina Ramificam perto do
corpo celular
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Direção do impulso nervoso
NEURÔNIOS
Sentido do Impulso: DENDRITO CORPO CELULAR AXÔNIO
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BAINHA DE MIELINA
Bainha de mielina: é uma membrana de tecido gorduroso que envolve as fibras nervosas agindo como meio isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. (120 m/s).
Bainha de mielina
Corpo celular – núcleo e maioria das organelas citoplasmáticas
Dendritos – ramificações do corpo celular. Função: captar estímulos
Axônio – maior prolongamento. Presença de vesículas com neurotransmissores na porção terminal
Bainha de Mielina – células de Schwann que se enrolam no axônio. Isolante elétrico
Nódulo de Ranvier – regiões do axônio não recobertas por bainha
NEURÔNIO- classificação
Aunipolar (n. Sensitivos)
bipolar (n. sensitivos)
multipolar (n. Motores)
Quanto à posição:
NEURÔNIO AFERENTE:Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo.
NEURÔNIO EFERENTE:Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula).
NEURÔNIO DE ASSOCIAÇÃO:Faz a união entre os dois tipos anteriores.O corpo celular deste está sempre dentro do SNC.
Quanto à anatomia:
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Quanto à velocidade de condução
TIPO A => Grande calibre mielinizadas: Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) Gama => dor e frio
TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA.
TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA.
NEURÔNIOS- classificação
Quanto maior o calibre → Maior a velocidade de condução
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• São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição.• Não produzem potencial de ação.
ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismoMACRÓGLIA CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos Ventrículos cerebrais e do canal espinhal
OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielinaMICRÓGLIA HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza
CÉLULAS DA GLIA
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CÉLULAS DA GLIA
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São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras (Músculo ou Glândula).
SINAPSES
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QUANTO A LOCALIZAÇÃO.• CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal• PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras
QUANTO A FUNÇÃO• EXCITATÓRIAS• INIBITÓRIAS
QUANTO AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS• AXO-SOMÁTICA• AXO-DENDRÍTICA
• AXO-AXÔNICA• DENDRO-DENDRÍTICAS• AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA
SINAPSES
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São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra
pós-sináptica.
CLASSE I .......... Acetil colina
Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares)CLASSE II .....................................Adrenalina (medula da adrenal e cérebro) Dopamina Serotonina (TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA)
GABACLASSE III ...............AMINOÁCIDOS Glicina Glutamato
CLASSE IV ............................ PEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS, HIPOFISÁRIOS, DE AÇÃO INTESTINAL E CEREBRAL e OUTROS
NEUROTRANSMISSORES
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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
POTENCIAL DE REPOUSOé o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa.
é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os seus gradientes de concentração
-75 mV
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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
POTENCIAL DE AÇÃODESPOLARIZAÇÃO
REPOLARIZAÇÃO
HIPERPOLARIZAÇÃO
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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
PROPAGAÇÃO DO IMPULSO
Condução do impulso nervoso
Sentido: dendrito corpo celular axônioEstado de repouso: neurônio polarizado
Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular
Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio
Na+
K+
Condução do impulso nervoso
Na presença de estímulo – despolarização da membrana, aumento de permeabilidade da membrana pelo Na+ e entrada deste no axônio
Na+
K+
- - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - -+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +
+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +
Condução do impulso nervoso
Re-polarização da membrana: aumento de permeabilidade da membrana pelo K+ e saída deste no axônio
Na+
K+
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +
Condução do impulso nervoso
Bomba de Na+ e K+: restabelece as concentrações de Na+ e K+ dentro e fora do axônio após a passagem do impulso – transporte ativo
Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular
Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio
Na+
K+
Tipos de condução
Contínua: o impulso passa por toda extensão do axônio. Ocorre em neurônios sem bainha de mielina e é mais lenta.
Saltatória: ocorre em neurônios com bainha de mielina, há despolarização da membrana apenas nos nódulos de Ranvier. É mais rápida
Sinapses
Interneuronais: neurônio – neurônio
Neuromusculares: neurônio – músculo
Neuroglandulares: neurônio – célula glandular
Neurotransmissores estão presentes em vesículas na terminação do axônio.
Chegada do impulso na terminação resulta na liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica
Os neurotransmissores atingem o outro neurônio desencadeando impulso nervoso
Condução do impulso
Cérebro Encéfalo Cerebelo Bulbo ou med
oblonga Tronco encefálico Ponte Mesencéfalo
SNCMedula espinhal
SN Cranianos
Nervos Espinhais
SNP Terminações nervosas Sensitivos
Gânglios Motores viscerais
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO-CRITÉRIO ANATÔMICO
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO:
Critério morfológico:
Sistema Nervoso Central (SNC):
É a parte do sistema nervoso situado dentro da caixa craniana e no canal vertebral.
Analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de resposta ou gera respostas espontâneas.
Sistema Nervoso Periférico (SNP): É aparte do sistema nervoso situada fora da caixa craniana e do
canal vertebral interligando o SNC a todas as regiões do corpo
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
Critério Funcional:
Sistema Nervoso Somático (SNS) Relacionado com as variações do meio
externo.
Sistema Nervoso Visceral (SNV) Relacionado com as variações do meio
interno.
Estrutura e constituição do SNC
Substância cinzenta : áreas contendo os corpo celulares (neurônios)
Substância branca: áreas contendo as fibras nervosas envolvidas por bainha de mielina
Cavidades do SNC
Canal ependimário (medula espinhal)
Ventrículos encefálicos: Dois ventrículos
laterais III ventrículo
(diencéfalo) aqueduto cerebral
(mesencéfalo) IV ventrículo (ponte e
bulbo)
Giros e sulcos
Corpo caloso
Septo pelúcido
Fórnix
Cavidades do SNC
Envoltórios do SNC (Meninges)
São membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SNC dentro das caixas ósseas.
Dura-máter: ( mais externa e forma um saco fechado)
espinhal (l folheto) encefálica (2 folheto)
Aracnóide (média) Pia-máter (mais interna e responsável pela
forma do SNC)
Envoltórios do SNC (Meninges)
Espaços:Epidural ( entre dura-mater e o osso –
contem veias)Sub-dural (entre a dura-mater e
aracnoide - virtual) Sub-aracnoídeo: contém o líquido
cefalorraquidiano (LCR)
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
Liquido incolor, inodoro, insípido de origem plasmática produzido nos ventrículo encefálico que circula no espaço sub-aracnoídeo protegendo o SNC.
Volume circulante: 150 ml
Volume produzido diariamente: 500 ml
Circulação: ventrículos encefálico – espaço subaracnoídeo – granulações aracnoídeas - seios da dura-máter
Medula espinhal: É uma massa nervosa com forma cilíndrica.
Liga o encéfalo aos nervos espinhais
Relacionada com os atos reflexos – respostas rápidas sem participação do encéfalo.
Inicia-se no bulbo próximo a origem aparente do nervo hipoglosso (XII par) e a origem do I par de nervos espinhais (C1).
Apresenta duas dilatações:
Intumescência cervical: (C5 a T3) é maior; onde saem os nervos que formam o plexo braquial.
Intumescência lombar:Intumescência lombar: (L4 a S3) onde saem os nervos que formam o plexo lombo-sacral.
Medula espinhal
Seu termino ocorre (T12, L1 ou L2) em forma de cone denominado cone medular
Cauda eqüina: são as raízes dos últimos nervos espinhais.
Funções:
Reflexos do pescoço para baixo;
DELA IRRADIAM –SE 31 PARES DE NERVOS ESPINHAIS
Passagem de informações sensitivas (chegam ao córtex) e ordens motoras da parte somática para comandar o corpo.
CérebroParte mais desenvolvida do encéfalo
Relacionado com o pensamento, memória, fala, inteligência, sentidos, emoções.
Hemisfério direito: criatividade e habilidades artísticas
Hemisfério esquerdo: habilidades analíticas e matemáticas
Cérebro
Compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo.
São separados por uma fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso.
A superfície do cérebro apresenta várias saliências arredondadas denominadas giros separados por sulcos.
Todavia, os locais de deteminadas fissuras e sulcos são constantes o suficiente para servirem de pontos de referência através dos quais cada hemisfério pode ser dividido em lobos: frontal, parietal, temporal e occipital e lobo da insula.
Cérebro
Sulco longitudinal do cérebro é uma depressão profunda que se estende até o corpo caloso, na região central do cérebro. Ela se dirige anterior e posteriormente, dividindo o cérebro em hemisférico direito e esquerdo.
Dois giros se situam paralelamente ao sulco central: um anterior a ele, o giro pré-cental (Área motora) e outro posterior, o giro pós-central (Área Sensitiva)
Cérebro
CÉREBRO- Corte Sagital
CORPO CALOSO
HIPÓFISE
HIPOTÁLAMO
TÁLAMO
PONTE
MEDULACEREBELO
Em coordenação regulam várias atividades do corpoO hipotálamo detecta alterações no corpo, libera neurotransmissores que atuam na hipófise que produz hormônios
Tronco cerebral
http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp#divisao
Situação: Na frente do cerebelo apoiado na parte basilar do osso occipital; está preso ao cerebelo por três pares de pedúnculos (feixes de fibras).
São eles: Pedúnculo cerebelar inferior (bulbo ao cerebelo),
Pedúnculo cerebelar médio (ponte ao cerebelo),
Pedúnculo cerebelar superior (mesencéfalo ao cerebelo).
Tronco cerebral- Medula oblonga
Pirâmides: elevações na região anterior do bulbo formada por fibras descendentes (motricidade voluntária).
Decussação das pirâmides: 75% a 90% das fibras que descem pelas pirâmides, cruzam o lado oposto (explicando o comando oposto dos lados).
Olivas: na face lateral do bulbo; é a substância cinzenta; os neurônios são envolvidos com atividade motora repetitiva (motricidade involuntária).
Tronco cerebral- Medula oblonga
Origina 5 nervos cranianos VIII (vestibulococlear) IX (glossofaríngeo) X (vago) XI (acessório) XII (hipoglosso)
Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas:
Frequencia cardíaca (centro cárdio inibitório) Frequencia respiratoria (centro respiratório) Pressão arterial (centro vasomotor) Reflexos de salivação, Tosse Espirro Ato de engolir.
Tronco cerebral- PONTE
Formada por inúmeras fibras de disposição transversal;
Sulco basilar (depressão no meio da ponte, onde repousa a artéria basilar);
Local de emergência dos nervos V (trigêmeo) VI (abducente) VII (facial)
Tronco cerebral- MESENCÉFALO
Feixes de fibras que ligam o córtex a centros subcorticais (abaixo do córtex);
Possui o pedúnculo cerebral
É um centro importante para os movimentos do olho e audição com virada da cabeça.
Com fibras ascendentes e descendentes de tratos.
Local de emergência dos nervos cranianos III oculomotor e IV troclear
Tronco cerebral
Funções: (resumo)
localizado o centro respiratório, o vasomotor, centro do vômito;
Controla o nosso sentido de alerta;
Passagem de inúmeras fibras ascendentes.
Conexão com 10 pares de nervos cranianos
CerebeloSituação: posteriormente ao tronco cerebral, repousa na fossa craniana posterior, dentro da fossa cerebelar.
Constituição:
Vermis: estrutura ímpar central mediana;
Movimentos do pescoço, ombro, quadril
Dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo).
Movimentos do MMSS e MMII
CerebeloFunções:Controle motor (indireto): tônus muscular, postura, coordenação motora, equilíbrio, marcha, aprendizagem motora repetitiva;
Função sensorial é inconsciente
O control é homolateral
Mantém a ordem do córtex.
Assume todo movimento que precisa ser mantido após iniciado
Movimento de partida = córtexMovimento automatizado = cerebelo (não gera, mantém)
Diencéfalo
Situado entre o mesencéfalo e o telencéfalo.
Divisão: Tálamo: Hipotálamo: Epitálamo: Subtálamo:
Diencéfalo
Tálamo
•Localizado Superior e anteriormente;•Duas massas ovóides de substância cinzenta;
Funcoes:
•Sensibilidade•Motricidade: núcleos ventrais anterior e lateral: pálido, cerebelo corticais•Comportamento emocional: núcleos anteriores e dorso medial
Diencéfalo
Hipotálamo
Inferior e anterior;
É o centro de controle do SNA,
Faz parte do sistema límbico (emoções);
possui a hipófise, que é dividida em adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior).
Controle da atividade visceral – homeostase do meio interno (controle do SNA, temperatura corporal, emoções, sono, vigília, fome, sede, diurese)
Diencéfalo
Epitálamo: superior e posterior; produz hormônio (melatonina) que age sobre o ritmo circadiano (relógio biológico), e influenciada pela luz, inibe a maturação das gônadas – Glândula pineal, e contém os Núcleos habenulares
Subtálamo: área de transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo (possui núcleos motores). Controle da atividade motora subconsciente.
Sistema límbico
EstruturaComponentes corticais
Giro do cíngulo, giro parahipocampal, hipocampo
Componentes subcorticais Corpo amigdalóide, área septal, nucleos mamilares,
núcleos anteriores do tálamo e habenulares
FunçõesControle de emoçõesRegulação do SNAOrganização memória e aprendizagem
Sistema límbico
Núcleos da base
Núcleos da base: claustrum, N. caudado, N. lentiforme, e Accumbens
Organização Striatum ou neo-estriado: Nucleo caudado + Putamen Paleo estriado: Globo pálido Impulsos aferentes neoestriado paleoestriado
impulsos eferentes Corpo estriado ventral: neoestriado + accumbens:
conexões limbicas: comportamento emocional Corpo estriado dorsal; motor
Núcleos da base
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N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R
São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior
N E U R O N I O M O T O R I N F E R I O RÉ o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas.
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R vs I N F E R I O R
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Eles se dividem em 3 subgrupos
O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior.
PIRAMIDAL Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido
EXTRAPIRAMIDAL Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente.
CEREBELO Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta.Permite o planejamento e a execução dos movimentosÉ responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R
PIRAMIDAL
EXTRAPIRAMIDAL
CEREBELO
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•TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais.
-TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça.
-TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários.
***lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada (Hemiparesia)
S I S T E M A P I R A M I D A L
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-TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na formacao reticular localizada na medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo.
- TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo.OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional.
-TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical.É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento.
- TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais.
S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L
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Pode ser dividido em 3 Partes:
VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares
ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações posturais) e o tonus muscular.
CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros, estando relacionado com os movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos.
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R- C E R E B E L O
Formação reticular
É um conjunto de células e fibras nervosas que possuem características próprias, de agregação difusa, e que ocupam toda região central do tronco encefálico, do bulbo ao mesencéfalo.
É um importante centro de integração do sistema sensitivo – motor e de percepção.
Núcleos da formação reticular
São núcleos de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas dispostas em direções quase totalmente localizadas na parte central do tronco encefálico .
1. Núcleos da Rafe
2. Locus Ceruleus
3. Substância cinzenta periaquedutal
4. Área tegmentar ventral
Características dos núcleos da formação reticular
Núcleos da Rafe: conjunto de oito núcleos contendo neurônios ricos em serotonina . É o principal desencadeador do sono .
Locus Ceruleus: é um núcleo pontino situado logo abaixo da área de mesmo nome no assoalho do IV ventrículo . Apresenta células ricas em noradrenalina. É responsável pelo sono REM.
Substância cinzenta periaquedutal ( central ): corresponde a substância cinzenta que circunda o arqueduto cerebral e é importante na regulação da dor
. Área tegmentar ventral: situada na parte ventral do tegmento do
mesencéfalo, medialmente à substância negra, contém neurônios ricos em dopamina .
Funções dos núcleos da formação reticular
A formação reticular influencia quase todos os setores do SNC.
Controle da atividade eletro-cortical (sono e vigília)
Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA) : projeta-se no córtex cerebral e sobre ele tem uma função ativadora, mantendo e controlando a vigília . *Regulação do Sono
Controle da motricidade somática Controle Neuroendócrino (hipófise) Integração de reflexos (centro
respiratório e vaso motor)
*Reflexo do vômito
*Reflexo respiratório
*Reflexo vasomotor
Funções dos núcleos da formação reticular
Referencias bibliográficas
GUYTON & HALL, Tratado de fisiologia Médica, 11ª edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2006. cap 45. pág
Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Básica. 7ª ed. Saunders – Elsevier; 2008
NETTER, Frank H, Atlas de anatomia Humana, 3ª edição, Porto Alegre, Artmed, 2003