sistema nervoso central

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Medicina SISTEMA NERVOSO CENTRAL Sebastião Margarida Maputo, Dezembro de 2014

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Page 1: Sistema nervoso central

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFaculdade de Medicina

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Sebastião Margarida

Maputo, Dezembro de 2014

Page 2: Sistema nervoso central

Sumário

Embriologia do sistema nervoso Conceito do sistema nervoso Classificação do sistema nervoso Neuroanatomia Fisiologia do sistema nervoso central Referências bibliográficas

Page 3: Sistema nervoso central

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

O estudo do desenvolvimento embrionário do sistema nervoso é importante, pois permite entender muitos aspectos da anatomia.

ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO

Durante a evolução os primeiros neurônios surgiram na superfície externa dos organismos, fato significante visto a função primordial do sistema nervoso de relacionar o animal com o meio ambiente.

Page 4: Sistema nervoso central

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

Neurulação- processo envolvido na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para formar o tubo neural.

A formação do tubo neural começa no início da 4ª semana (22º a 23º dia) e termina no final da 4ª semana, quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal (posterior).

Page 5: Sistema nervoso central

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

Na embriologia temos três folhetos embrionários:ENDODERMEMESODERMEECTODERME

ECTODERME - Camada exterior de um embrião em desenvolvimento /

camada que está em contato com o meio externo.Camada que dá origem a epiderme e seus anexos,

encéfalo e medula espinhal.  CAMADA QUE DÁ ORIGEM AO SISTEMA NERVOSO

Page 6: Sistema nervoso central

PROCESSO DE ORIGEM DO SN1°) Espessamento do Ectoderme, formando a PLACA NEURAL  

2°) A placa neural cresce, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado SULCO NEURAL  3°) O Sulco neural se aprofunda formando a GOTEIRA NEURAL  4°) Os lábios da goteira neural se fundem para formar o TUBO NEURAL.

O ectoderme não diferenciado se fecha sobre o tubo neural. No ponto em que o ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem - se células que formam de cada lado, uma lâmina longitudinal, denominada CRISTA NEURAL.

Page 7: Sistema nervoso central

PROCESSO DE ORIGEM DO SN

Page 8: Sistema nervoso central

PROCESSO DE ORIGEM DO SN

Día 18 → invaginação da placa neural formando um sulco neural mediano, com as pregas neurais de ambos lados (proeminentes na região cefálica – primeiros sinais de desenvolvimento do encéfalo).

Fim da terceira semana → aproximação das pregas, que começam a fundir-se.

Page 9: Sistema nervoso central

PROCESSO DE ORIGEM DO SN

CRISTA NEURAL TUBO NEURAL

Dá origem a elementos do Sistema Nervoso Periférico

Dá origem a elementos do Sistema Nervoso Central

Page 10: Sistema nervoso central

CRISTA NEURAL As cristas neurais são contínuas no sentido crânio-caudal.

Elas se dividem dando origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais. Neles se diferenciam os neurônios sensitivos e pseudo-unipolares.

Várias células da crista neural migram e vão dar origem a células em tecidos situados longe do SNC.

Elementos derivados da crista neural: Gânglios sensitivos Gânglios do sistema nervoso autônomo Medula da glândula supra-renal Paragânglios Melanócitos Células de Schwann Anfícitos e células C da tireóide

Page 11: Sistema nervoso central

TUBO NEURALO fechamento da goteira neural e concomitantemente a fusão do ectoderme é um processo que se inicia no meio da goteira e é mais lento nas extremidades.

Assim, permanece nas extremidades cranial e caudal do embrião, dois orifícios que são as últimas partes do Sistema Nervoso a se fecharem.

São denominados:

Neuróporo Rostral

Neuróporo Caudal

Page 12: Sistema nervoso central

TUBO NEURAL - PAREDESO crescimento das paredes do tubo neural não é uniforme, dando origem às seguintes formações:

Duas lâminas alares

Duas lâminas basais

Uma lâmina do assoalho

Uma lâmina do tecto

Page 13: Sistema nervoso central

TUBO NEURAL - PAREDESOs derivados destas formações, obedecem a uma disposição topográfica e funcional no adulto:

LÂMINAS ALARES = Derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados á sensibilidade.

LÂMINAS BASAIS = Derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados á motricidade

Page 14: Sistema nervoso central

TUBO NEURAL - PAREDESSULCO LIMITANTE = Separa as formações motoras

das formações sensitivas. As áreas próximas a este sulco relacionam-se com a inervação das vísceras; as mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos esqueléticos e formações cutâneas).

LÂMINA DO TECTO = Em algumas áreas do SN permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela corióide e dos plexos corióides.

 LÂMINA DO ASSOALHO = A lâmina em algumas áreas

permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo.

Page 15: Sistema nervoso central

DILATAÇÃO DO TUBO NEURALDesde o início de sua formação o calibre do Tubo Neural não é uniforme.

 

A parte cranial que dá origem ao encéfalo do adulto torna-se dilatada e constitui o ENCÉFALO PRIMITIVO OU ARQUENCÉFALO.

A parte caudal que dá origem á medula do adulto permanece de calibre uniforme e constitui a MEDULA PRIMITIVA DO EMBRIÃO

Page 16: Sistema nervoso central

Embriologia

Formação do encéfalo:

Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos. A fusão das pregas neurais da região cefálica e o fechamento do

neuróporo rostral formam as três vesículas encefálicas primárias, estas formam:

encéfalo anterior (prosencéfalo) encéfalo médio (mesencéfalo) encéfalo posterior (rombencéfalo)

Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias: encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e

diencéfalo encéfalo médio → não se divide- encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo)

Hipófise (4º semana)

Page 17: Sistema nervoso central

DILATAÇÃO DO TUBO NEURAL

Cérebro

Mesencéfalo

Cerebelo

Ponte

Bulbo

Page 18: Sistema nervoso central

CAVIDADE DO TUBO NEURAL A luz do tubo neural permanece no SN do adulto sofrendo, em

algumas partes, várias modificações.

A luz da medula primitiva forma, no adulto: O Canal Central da Medula.

A cavidade dilatada do Rombencéfalo forma: O IV Ventrículo;

A cavidade do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo, forma: O III Ventrículo.

Page 19: Sistema nervoso central

CAVIDADE DO TUBO NEURAL A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o:

Aqueduto Cerebral (Aqueduto de Sylvius) que une o III ao IV Ventrículo

A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado: Os ventrículos laterais, unidos ao III Ventrículo pelos dois

forames interventriculares.

Todas estas cavidades são revestidas por epitélio denominado epêndima e com exceção do canal central da medula, contêm o líquido cérebro-espinhal ou liquor.

Page 20: Sistema nervoso central

Mielinização das fibras nervosas

Na medula, as bainhas de mielina começam a formar-se durante o final do período fetal e continuam a formar-se durante o primeiro ano pós-natal.

As bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas situadas na medula, são sintetizadas por oligodendrócitos.

Nas fibras nervosas periféricas são formadas pelas células de Schwann (originárias da crista neural)

Com 20 semanas as fibras periféricas tornam-se esbranquiçadas, pelo depósito de mielina.

As raízes motoras mielinizam-se antes das sensitivas.

Page 21: Sistema nervoso central

Formação da medula espinhal

Espessamento das paredes do tubo neural na região caudal ao 4º par de somitos.

O canal neural do tubo neural converte-se no sistema de ventrículos do encéfalo e no canal central da medula espinhal.

As células neuroepiteliais constituem a zona ventricular (camada ependimária) que dá origem aos neurônios e células macrogliais. Posteriormente, se diferenciam em células ependimárias e formam o epêndima que reveste o canal central da medula.

Page 22: Sistema nervoso central

Formação das meninges da medula espinhal

O mesênquima que envolve o tubo neural se condensa formando uma membrana chamada meninge (membrana) primitiva:

A camada externa se espessa, formando a dura-máter. A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges.

Células da crista neural se misturam às leptomeninges. Dentro das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que coalescem e formam o espaço subaracnóide.

O LCR começa a formar-se durante a quinta semana.

Page 23: Sistema nervoso central

Conceito

Sistema Nervoso:É um conjunto de órgão responsáveis

pela coordenação e integração dos demais sistema orgânicos, relacionado o organismo com as variações do meio externo e controlando o funcionamento visceral.

Page 24: Sistema nervoso central

FUNÇÕES BÁSICAS

Função Integradora => Coordenação das funções do vários órgãos (↑Pressão arterial→↑Filtração Renal e ↓Freq. Respirat.)

Função Sensorial => Sensações gerais e especiais.

Função Motora => Contrações musculares voluntárias ou Involuntárias

Função Adaptativa => Adaptação ao meio ambiente (sudorese, calafrio, salivação)

Page 25: Sistema nervoso central

Vascularizacação cerebralO sistema nervoso exige para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigénio.

A interrupção do suprimento sanguineo cerebral por poucos minutos pode levar a lesões irreversiveis pois como se sabe as celulas nervosas nao se regeneram.

O encefalo é vascularizado por dois sistemas: vertebro-basilar (artérias vertebrais) (100-200 ml/min), e carotideo ( art. Carotida interna) (600-700ml/min)

Na base do cranio estas formam o polígono de willis de onde saem as artérias cerebrais

Page 26: Sistema nervoso central

As artérias vertebrais se anostomosam originando artéria basilar

Page 27: Sistema nervoso central

Vascularizacação cerebral

Page 28: Sistema nervoso central

Drenagem venosaDrenagem venosa é dividida em: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo, que drenam para os seios da dura máter de onde o sangue converge para as veias jugulares internas.

Page 29: Sistema nervoso central

29

Unidade básica do sistema nervoso

Apresenta: => corpo celular => prolongamentos celulares:

a. dendritos: prolongamentos curtosb. axônio (fibra nervosa)

NEURÔNIOS

Page 30: Sistema nervoso central

Existem algumas diferenças entre Axônios e Dendritos

Axônios Leva informação do

corpo celular Superfície lisa

Normalmente apenas 1 por célula

Sem ribossomos Pode ser recobertos

com mielina Ramifica longe do corpo

celular

Dendritos Traz informação para o

corpo celular Superfície irregular

(espinhas dendríticas) Muitos dendritos por

célula Tem ribossomos Sem recobrimento de

mielina Ramificam perto do

corpo celular

Page 31: Sistema nervoso central

31

Direção do impulso nervoso

NEURÔNIOS

Sentido do Impulso: DENDRITO CORPO CELULAR AXÔNIO

Page 32: Sistema nervoso central

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BAINHA DE MIELINA

Bainha de mielina: é uma membrana de tecido gorduroso que envolve as fibras nervosas agindo como meio isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. (120 m/s).

Bainha de mielina

Page 33: Sistema nervoso central

Corpo celular – núcleo e maioria das organelas citoplasmáticas

Dendritos – ramificações do corpo celular. Função: captar estímulos

Axônio – maior prolongamento. Presença de vesículas com neurotransmissores na porção terminal

Bainha de Mielina – células de Schwann que se enrolam no axônio. Isolante elétrico

Nódulo de Ranvier – regiões do axônio não recobertas por bainha

Page 34: Sistema nervoso central

NEURÔNIO- classificação

Aunipolar (n. Sensitivos)

bipolar (n. sensitivos)

multipolar (n. Motores)

Quanto à posição:

NEURÔNIO AFERENTE:Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo.

NEURÔNIO EFERENTE:Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula).

NEURÔNIO DE ASSOCIAÇÃO:Faz a união entre os dois tipos anteriores.O corpo celular deste está sempre dentro do SNC.

Quanto à anatomia:

Page 35: Sistema nervoso central

35

Quanto à velocidade de condução

TIPO A => Grande calibre mielinizadas: Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) Gama => dor e frio

TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA.

TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA.

NEURÔNIOS- classificação

Quanto maior o calibre → Maior a velocidade de condução

Page 36: Sistema nervoso central

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• São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição.• Não produzem potencial de ação.

ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismoMACRÓGLIA CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos Ventrículos cerebrais e do canal espinhal

OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielinaMICRÓGLIA HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza

CÉLULAS DA GLIA

Page 37: Sistema nervoso central

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CÉLULAS DA GLIA

Page 38: Sistema nervoso central

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São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras (Músculo ou Glândula).

SINAPSES

Page 39: Sistema nervoso central

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QUANTO A LOCALIZAÇÃO.• CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal• PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras

QUANTO A FUNÇÃO• EXCITATÓRIAS• INIBITÓRIAS

QUANTO AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS• AXO-SOMÁTICA• AXO-DENDRÍTICA

• AXO-AXÔNICA• DENDRO-DENDRÍTICAS• AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA

SINAPSES

Page 40: Sistema nervoso central

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São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra

pós-sináptica.

CLASSE I .......... Acetil colina

Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares)CLASSE II .....................................Adrenalina (medula da adrenal e cérebro) Dopamina Serotonina (TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA)

GABACLASSE III ...............AMINOÁCIDOS Glicina Glutamato

CLASSE IV ............................ PEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS, HIPOFISÁRIOS, DE AÇÃO INTESTINAL E CEREBRAL e OUTROS

NEUROTRANSMISSORES

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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA

POTENCIAL DE REPOUSOé o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa.

é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os seus gradientes de concentração

-75 mV

Page 42: Sistema nervoso central

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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA

POTENCIAL DE AÇÃODESPOLARIZAÇÃO

REPOLARIZAÇÃO

HIPERPOLARIZAÇÃO

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EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA

PROPAGAÇÃO DO IMPULSO

Page 44: Sistema nervoso central

Condução do impulso nervoso

Sentido: dendrito corpo celular axônioEstado de repouso: neurônio polarizado

Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular

Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio

Na+

K+

Page 45: Sistema nervoso central

Condução do impulso nervoso

Na presença de estímulo – despolarização da membrana, aumento de permeabilidade da membrana pelo Na+ e entrada deste no axônio

Na+

K+

- - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - -+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +

+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +

Page 46: Sistema nervoso central

Condução do impulso nervoso

Re-polarização da membrana: aumento de permeabilidade da membrana pelo K+ e saída deste no axônio

Na+

K+

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

Page 47: Sistema nervoso central

Condução do impulso nervoso

Bomba de Na+ e K+: restabelece as concentrações de Na+ e K+ dentro e fora do axônio após a passagem do impulso – transporte ativo

Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular

Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio

Na+

K+

Page 48: Sistema nervoso central

Tipos de condução

Contínua: o impulso passa por toda extensão do axônio. Ocorre em neurônios sem bainha de mielina e é mais lenta.

Saltatória: ocorre em neurônios com bainha de mielina, há despolarização da membrana apenas nos nódulos de Ranvier. É mais rápida

Page 49: Sistema nervoso central

Sinapses

Interneuronais: neurônio – neurônio

Neuromusculares: neurônio – músculo

Neuroglandulares: neurônio – célula glandular

Page 50: Sistema nervoso central

Neurotransmissores estão presentes em vesículas na terminação do axônio.

Chegada do impulso na terminação resulta na liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica

Os neurotransmissores atingem o outro neurônio desencadeando impulso nervoso

Condução do impulso

Page 51: Sistema nervoso central

Cérebro Encéfalo Cerebelo Bulbo ou med

oblonga Tronco encefálico Ponte Mesencéfalo

SNCMedula espinhal

 SN Cranianos

Nervos Espinhais

SNP Terminações nervosas Sensitivos

Gânglios Motores viscerais

DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO-CRITÉRIO ANATÔMICO

Page 52: Sistema nervoso central

DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO:

Critério morfológico:

Sistema Nervoso Central (SNC):

É a parte do sistema nervoso situado dentro da caixa craniana e no canal vertebral.

Analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de resposta ou gera respostas espontâneas.

Sistema Nervoso Periférico (SNP): É aparte do sistema nervoso situada fora da caixa craniana e do

canal vertebral interligando o SNC a todas as regiões do corpo

Page 53: Sistema nervoso central

DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO

Critério Funcional:

Sistema Nervoso Somático (SNS) Relacionado com as variações do meio

externo.

Sistema Nervoso Visceral (SNV) Relacionado com as variações do meio

interno.

Page 54: Sistema nervoso central

Estrutura e constituição do SNC

Substância cinzenta : áreas contendo os corpo celulares (neurônios)

Substância branca: áreas contendo as fibras nervosas envolvidas por bainha de mielina

Page 55: Sistema nervoso central

Cavidades do SNC

Canal ependimário (medula espinhal)

Ventrículos encefálicos: Dois ventrículos

laterais III ventrículo

(diencéfalo) aqueduto cerebral

(mesencéfalo) IV ventrículo (ponte e

bulbo)

Giros e sulcos

Corpo caloso

Septo pelúcido

Fórnix

Page 56: Sistema nervoso central

Cavidades do SNC

Page 57: Sistema nervoso central

Envoltórios do SNC (Meninges)

São membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SNC dentro das caixas ósseas.

Dura-máter: ( mais externa e forma um saco fechado)

espinhal (l folheto) encefálica (2 folheto)

Aracnóide (média) Pia-máter (mais interna e responsável pela

forma do SNC)

Page 58: Sistema nervoso central

Envoltórios do SNC (Meninges)

Espaços:Epidural ( entre dura-mater e o osso –

contem veias)Sub-dural (entre a dura-mater e

aracnoide - virtual) Sub-aracnoídeo: contém o líquido

cefalorraquidiano (LCR)

Page 59: Sistema nervoso central
Page 60: Sistema nervoso central

Líquido cefalorraquidiano (LCR)

Liquido incolor, inodoro, insípido de origem plasmática produzido nos ventrículo encefálico que circula no espaço sub-aracnoídeo protegendo o SNC.

Volume circulante: 150 ml

Volume produzido diariamente: 500 ml

Circulação: ventrículos encefálico – espaço subaracnoídeo – granulações aracnoídeas - seios da dura-máter

Page 61: Sistema nervoso central
Page 62: Sistema nervoso central

Medula espinhal: É uma massa nervosa com forma cilíndrica.

Liga o encéfalo aos nervos espinhais

Relacionada com os atos reflexos – respostas rápidas sem participação do encéfalo.

Inicia-se no bulbo próximo a origem aparente do nervo hipoglosso (XII par) e a origem do I par de nervos espinhais (C1).

Apresenta duas dilatações:

Intumescência cervical: (C5 a T3) é maior; onde saem os nervos que formam o plexo braquial.

Intumescência lombar:Intumescência lombar: (L4 a S3) onde saem os nervos que formam o plexo lombo-sacral.

Page 63: Sistema nervoso central

Medula espinhal

Seu termino ocorre (T12, L1 ou L2) em forma de cone denominado cone medular

Cauda eqüina: são as raízes dos últimos nervos espinhais.

Funções:

Reflexos do pescoço para baixo;

DELA IRRADIAM –SE 31 PARES DE NERVOS ESPINHAIS

Passagem de informações sensitivas (chegam ao córtex) e ordens motoras da parte somática para comandar o corpo.

Page 64: Sistema nervoso central

CérebroParte mais desenvolvida do encéfalo

Relacionado com o pensamento, memória, fala, inteligência, sentidos, emoções.

Hemisfério direito: criatividade e habilidades artísticas

Hemisfério esquerdo: habilidades analíticas e matemáticas

Page 65: Sistema nervoso central

Cérebro

Compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo.

São separados por uma fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso.

A superfície do cérebro apresenta várias saliências arredondadas denominadas giros separados por sulcos.

Todavia, os locais de deteminadas fissuras e sulcos são constantes o suficiente para servirem de pontos de referência através dos quais cada hemisfério pode ser dividido em lobos: frontal, parietal, temporal e occipital e lobo da insula.

Page 66: Sistema nervoso central

Cérebro

Sulco longitudinal do cérebro é uma depressão profunda que se estende até o corpo caloso, na região central do cérebro. Ela se dirige anterior e posteriormente, dividindo o cérebro em hemisférico direito e esquerdo.

Dois giros se situam paralelamente ao sulco central: um anterior a ele, o giro pré-cental (Área motora) e outro posterior, o giro pós-central (Área Sensitiva)

Page 67: Sistema nervoso central
Page 68: Sistema nervoso central

Cérebro

Page 69: Sistema nervoso central

CÉREBRO- Corte Sagital

CORPO CALOSO

HIPÓFISE

HIPOTÁLAMO

TÁLAMO

PONTE

MEDULACEREBELO

Em coordenação regulam várias atividades do corpoO hipotálamo detecta alterações no corpo, libera neurotransmissores que atuam na hipófise que produz hormônios

Page 70: Sistema nervoso central

Tronco cerebral

http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp#divisao

Situação: Na frente do cerebelo apoiado na parte basilar do osso occipital; está preso ao cerebelo por três pares de pedúnculos (feixes de fibras).

São eles: Pedúnculo cerebelar inferior (bulbo ao cerebelo),

Pedúnculo cerebelar médio (ponte ao cerebelo),

Pedúnculo cerebelar superior (mesencéfalo ao cerebelo).

Page 71: Sistema nervoso central

Tronco cerebral- Medula oblonga

Pirâmides: elevações na região anterior do bulbo formada por fibras descendentes (motricidade voluntária).

Decussação das pirâmides: 75% a 90% das fibras que descem pelas pirâmides, cruzam o lado oposto (explicando o comando oposto dos lados).

Olivas: na face lateral do bulbo; é a substância cinzenta; os neurônios são envolvidos com atividade motora repetitiva (motricidade involuntária).

Page 72: Sistema nervoso central

Tronco cerebral- Medula oblonga

Origina 5 nervos cranianos VIII (vestibulococlear) IX (glossofaríngeo) X (vago) XI (acessório) XII (hipoglosso)

Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas:

Frequencia cardíaca (centro cárdio inibitório) Frequencia respiratoria (centro respiratório) Pressão arterial (centro vasomotor) Reflexos de salivação, Tosse Espirro Ato de engolir.

Page 73: Sistema nervoso central
Page 74: Sistema nervoso central

Tronco cerebral- PONTE

Formada por inúmeras fibras de disposição transversal;

Sulco basilar (depressão no meio da ponte, onde repousa a artéria basilar);

Local de emergência dos nervos V (trigêmeo) VI (abducente) VII (facial)

Page 75: Sistema nervoso central

Tronco cerebral- MESENCÉFALO

Feixes de fibras que ligam o córtex a centros subcorticais (abaixo do córtex);

Possui o pedúnculo cerebral

É um centro importante para os movimentos do olho e audição com virada da cabeça.

Com fibras ascendentes e descendentes de tratos.

Local de emergência dos nervos cranianos III oculomotor e IV troclear

Page 76: Sistema nervoso central

Tronco cerebral

Funções: (resumo)

localizado o centro respiratório, o vasomotor, centro do vômito;

Controla o nosso sentido de alerta;

Passagem de inúmeras fibras ascendentes.

Conexão com 10 pares de nervos cranianos

Page 77: Sistema nervoso central

CerebeloSituação: posteriormente ao tronco cerebral, repousa na fossa craniana posterior, dentro da fossa cerebelar.

Constituição:

Vermis: estrutura ímpar central mediana;

Movimentos do pescoço, ombro, quadril

Dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo).

Movimentos do MMSS e MMII

Page 78: Sistema nervoso central

CerebeloFunções:Controle motor (indireto): tônus muscular, postura, coordenação motora, equilíbrio, marcha, aprendizagem motora repetitiva;

Função sensorial é inconsciente

O control é homolateral

Mantém a ordem do córtex.

Assume todo movimento que precisa ser mantido após iniciado

Movimento de partida = córtexMovimento automatizado = cerebelo (não gera, mantém)

Page 79: Sistema nervoso central

Diencéfalo

Situado entre o mesencéfalo e o telencéfalo.

Divisão: Tálamo: Hipotálamo: Epitálamo: Subtálamo:

Page 80: Sistema nervoso central

Diencéfalo

Tálamo

•Localizado Superior e anteriormente;•Duas massas ovóides de substância cinzenta;

Funcoes:

•Sensibilidade•Motricidade: núcleos ventrais anterior e lateral: pálido, cerebelo corticais•Comportamento emocional: núcleos anteriores e dorso medial

Page 81: Sistema nervoso central

Diencéfalo

Hipotálamo

Inferior e anterior;

É o centro de controle do SNA,

Faz parte do sistema límbico (emoções);

possui a hipófise, que é dividida em adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior).

Controle da atividade visceral – homeostase do meio interno (controle do SNA, temperatura corporal, emoções, sono, vigília, fome, sede, diurese)

Page 82: Sistema nervoso central

Diencéfalo

Epitálamo: superior e posterior; produz hormônio (melatonina) que age sobre o ritmo circadiano (relógio biológico), e influenciada pela luz, inibe a maturação das gônadas – Glândula pineal, e contém os Núcleos habenulares

Subtálamo: área de transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo (possui núcleos motores). Controle da atividade motora subconsciente.

Page 83: Sistema nervoso central

Sistema límbico

EstruturaComponentes corticais

Giro do cíngulo, giro parahipocampal, hipocampo

Componentes subcorticais Corpo amigdalóide, área septal, nucleos mamilares,

núcleos anteriores do tálamo e habenulares

FunçõesControle de emoçõesRegulação do SNAOrganização memória e aprendizagem

Page 84: Sistema nervoso central

Sistema límbico

Page 85: Sistema nervoso central

Núcleos da base

Núcleos da base: claustrum, N. caudado, N. lentiforme, e Accumbens

Organização Striatum ou neo-estriado: Nucleo caudado + Putamen Paleo estriado: Globo pálido Impulsos aferentes neoestriado paleoestriado

impulsos eferentes Corpo estriado ventral: neoestriado + accumbens:

conexões limbicas: comportamento emocional Corpo estriado dorsal; motor

Page 86: Sistema nervoso central

Núcleos da base

Page 87: Sistema nervoso central

87

N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R

São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior

N E U R O N I O M O T O R I N F E R I O RÉ o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas.

N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R vs I N F E R I O R

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Eles se dividem em 3 subgrupos

O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior.

PIRAMIDAL Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido

EXTRAPIRAMIDAL Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente.

CEREBELO Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta.Permite o planejamento e a execução dos movimentosÉ responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos

N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R

PIRAMIDAL

EXTRAPIRAMIDAL

CEREBELO

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•TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais.

-TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça.

-TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários.

***lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada (Hemiparesia)

S I S T E M A P I R A M I D A L

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-TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na formacao reticular localizada na medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo.

- TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo.OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional.

-TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical.É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento.

- TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais.

S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L

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Pode ser dividido em 3 Partes:

VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares

ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações posturais) e o tonus muscular.

CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros, estando relacionado com os movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos.

N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R- C E R E B E L O

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Formação reticular

É um conjunto de células e fibras nervosas que possuem características próprias, de agregação difusa, e que ocupam toda região central do tronco encefálico, do bulbo ao mesencéfalo.

É um importante centro de integração do sistema sensitivo – motor e de percepção.

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Núcleos da formação reticular

São núcleos de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas dispostas em direções quase totalmente localizadas na parte central do tronco encefálico .

1. Núcleos da Rafe

2. Locus Ceruleus

3. Substância cinzenta periaquedutal

4. Área tegmentar ventral

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Características dos núcleos da formação reticular

Núcleos da Rafe: conjunto de oito núcleos contendo neurônios ricos em serotonina . É o principal desencadeador do sono .

Locus Ceruleus: é um núcleo pontino situado logo abaixo da área de mesmo nome no assoalho do IV ventrículo . Apresenta células ricas em noradrenalina. É responsável pelo sono REM.

Substância cinzenta periaquedutal ( central ): corresponde a substância cinzenta que circunda o arqueduto cerebral e é importante na regulação da dor

. Área tegmentar ventral: situada na parte ventral do tegmento do

mesencéfalo, medialmente à substância negra, contém neurônios ricos em dopamina .

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Funções dos núcleos da formação reticular

A formação reticular influencia quase todos os setores do SNC.

Controle da atividade eletro-cortical (sono e vigília)

Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA) : projeta-se no córtex cerebral e sobre ele tem uma função ativadora, mantendo e controlando a vigília . *Regulação do Sono

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Controle da motricidade somática Controle Neuroendócrino (hipófise) Integração de reflexos (centro

respiratório e vaso motor)

*Reflexo do vômito

*Reflexo respiratório

*Reflexo vasomotor

Funções dos núcleos da formação reticular

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Referencias bibliográficas

GUYTON & HALL, Tratado de fisiologia Médica, 11ª edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2006. cap 45. pág

Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Básica. 7ª ed. Saunders – Elsevier; 2008

NETTER, Frank H, Atlas de anatomia Humana, 3ª edição, Porto Alegre, Artmed, 2003