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1 Sistemas de Geração Eólica Prof. Romeu Reginato Outubro de 2010 2 Cronograma Aula 1. Panorâma de geração eólica – 22/11 Aula 2. Operação de sistemas de geração eólica – 29/11 Aula 3. Tecnologias de geração eólica – 06/12 Aula 4. Modelagem de sistemas de geração eólica – 13/12 3 Aspectos Tecnológicos 4 Operação Básica de Aerogeradores • Velocidade fixa • Velocidade variável – Faixa limitada – Faixa plena / ampla 5 Aspectos Tecnológicos Tipo de turbina eólica Tipo de gerador Emprego de conversores estáticos Capacidades / recursos operativos • Controles envolvidos 6 Tipos de Turbinas Eólicas

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1

Sistemas de Geração Eólica

Prof. Romeu ReginatoOutubro de 2010

2

Cronograma

• Aula 1. Panorâma de geração eólica– 22/11

• Aula 2. Operação de sistemas de geração eólica– 29/11

• Aula 3. Tecnologias de geração eólica– 06/12

• Aula 4. Modelagem de sistemas de geraçãoeólica– 13/12

3

Aspectos Tecnológicos

4

Operação Básica de Aerogeradores

• Velocidade fixa

• Velocidade variável– Faixa limitada

– Faixa plena / ampla

5

Aspectos Tecnológicos

• Tipo de turbina eólica

• Tipo de gerador

• Emprego de conversores estáticos

• Capacidades / recursos operativos

• Controles envolvidos6

Tipos de Turbinas Eólicas

7

Aerogeradores de eixo horizontal

• São os mais utilizados atualmente

• Opções com diferentes números de pás, com operação em diferentes faixas de velocidade de vento

• Modelo de 3 pás mais utilizado• Necessita de controle de

orientação do vento para garantir bom aproveitamento do vento disponível 8

Duas pás11kW

Três pás – 100kW

MultipásTrês pás – residencial

9

Aerogeradoresde eixo vertical

• Vantagem. Responde bem para ventos em todas direções – não necessita de controle de orientação.

• Desvantagens. – Velocidades baixas na parte inferior

das hélices– Precisa de arranque auxiliar– Manutenção mais complexa– Necessidade de cabos auxiliares

para sustentação10

Eixo vertical – 1kW

Torre tubular X em treliça

11

Comportamento de Cp para diferentes turbinas

12

Evolução das turbinas eólicas

Adaptado de: Molly, J.P.; Global Renewable Energy Forum; Foz do Iguaçu, 2008.

13

Wind Power; Power House; http://www.powerhousetv.com

Orientação da turbina

Ajuste do ângulo de passo das

pás

14

Tecnologias Emergentes

• Altura: 300m

• 10-15kW

• Eficiência: 50%

• Em teste: 2008

• MARS – Magenn Power Air Rotor System

• Empresa Canadense. Sistema baseado nos princípios do dirigível Magnus.

(Inovação Tecnológica; Balão que gera eletricidade a partir do vento começ a a ser testado; 13.05.08)

(Magenn, Wind Power Anywhere; www.magenn.com)

15

Tipos de Geradores

16

Geradores

• Gerador de indução– Rotor em gaiola de esquilo (SQIG)– Rotor bobinado (WRIG)– Rotor bobinado sem anéis coletores

• Gerador síncrono– Imã permanente (PMSG)– Excitação independente (WRSG)– Miltipólos

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Topologias deSistemas de Geração Eólica

18

Classificação

• Critérios– Controle/variação de velocidade

• Velocidade Fixa • Velocidade Variável

– Controle de potência aerodinâmica (pás)• Controle stall passivo• Controle pitch• Controle stall ativo

19

Classificação(Ackermann, 2005)

Tipo D2Tipo D1Tipo D0Tipo D

Tipo C2Tipo C1Tipo C0Tipo C

Tipo B2Tipo B1Tipo B0Tipo BVelocidade Variável

Tipo A2Tipo A1Tipo A0Tipo AVelocidade Fixa

Stall ativo2

Pitch1

Stall0

Controle de potência (pás)Controle de velocidade

20

Tipo A

21

Tipo A – Velocidade Fixa

Adaptado de Tarnowski, 2006

• Gerador assíncrono –

indução de rotor em gaiola

de esquilo (SQIG)

• Amplificador de

velocidade (caixa de

engrenagens)

22

Tipo A – Velocidade Fixa

Fonte: Ackermann, 2005.

• Gerador conectado diretamente à rede

• Soft-starter efetua a conexão automaticamente

• Velocidade definida pela frequência da rede– Gerador – velocidade supersíncrona

23

Gerador de Indução de Rotor em Gaiola (SCIG)

1. Motor.

Velocidade subsíncrona

2. Gerador.

Velocidade supersíncrona

Dois modos de funcionamento

24

Turbinas Tipo AAproveitamento da potência eólica

25

Tipo A – Velocidade Fixa

Fonte: Ackermann, 2005.

• Potência ativa – Definida pela velocidade do vento

– Sem capacidade de controle, a não ser atuando nas pás da turbina

• A0 – Stall passivo• A1 – Pitch• A2 – Stall ativo

26

Turbinas Tipo ACurva de potência ativa

Adaptado de Tarnowski, 2006

27

Tipo A – Velocidade Fixa

Fonte: Ackermann, 2005.

Potência reativa – Gerador consome reativos – excitação– Banco de capacitores – compensação de reativos– Resultado do balanço entre consumo de reativos pelo

gerador e banco de capacitores

28

Turbinas Tipo A Velocidade supersíncrona

PmP

Q

29

PmP

Q

REDE

Compensação de reativosCompensação de fator de potência

Turbinas Tipo A Velocidade supersíncrona

30

Pm P

Q

REDE

Flutuações de velocidade do ventosão traduzida em

flutuações na potência elétrica

Pa

Turbinas Tipo A Velocidade supersíncrona

31

Tipo B

32

Tipo B – Velocidade Variável Limitada

Fonte: Ackermann, 2005.

• Caixa de engrenagens amplificadora

• Gerador assíncrono – indução de rotor bobinado

• Conexão direta do gerador na rede

• Soft-starter

33

Tipo B – Velocidade Variável Limitada

Fonte: Ackermann, 2005.

• Velocidade – Freqüência da rede– Variação da resistência de rotor – variação do escorregamento

do gerador – Faixa 0-10% da velocidade síncrona

• Tecnologia OptiSlip (Vestas) 34

Tipo A x Tipo BCaracterísticas de Variação de Velocidade - escorregamento

35

Tipo B – Velocidade Variável Limitada

Fonte: Ackermann, 2005.

• Potência ativa – Velocidade do vento– Resistência de rotor

36

Turbinas Tipo BAproveitamento da potência eólica

37

Tipo B – Velocidade Variável Limitada

Fonte: Ackermann, 2005.

• Potência reativa – Gerador consome reativos– Banco de capacitores – compensação de reativos– Resultado do balanço entre consumo de reativos pelo

gerador e banco de capacitores38

Tipo C

39

Tipo C – Velocidade Variável

• Doubly-fed induction generator (DFIG)

• Gerador assíncrono de rotor bobinado

• Conversor estático bidirecional entre rotor e rede

• Caixa de engrenagens amplificadora

Fonte: Ackermann, 2005.40

• Bidirecional– Fluxo de potência em ambas direções

• Dois conversores acoplados – back-to-back– Link CC comum– Conversor do lado da rede (GSC)– Conversor do lado do rotor (RSC)

• Configuração típica: inversor de tensão PWM

• Potência – cerca de 30% da potência do gerador

Conversor Estático

41

Conversor Estático

• Qualquer lado pode ser retificador/inversor• Potência reativa em cada lado pode ser

diferente• Potência ativa deve ser igual

42

Estrutura do DFIG conectado à rede elétrica

• Estator conectado diretamente à rede• Rotor conectado via conversor estático

Controles

43

DFIG conectado à rede elétrica: Frequências

Frequênciada rede

Frequênciade escorregamento

Frequência zeroCC

44

Velocidade

• Desacoplamento entre frequência da rede e velocidade do gerador

• Velocidade da turbina– Estratégia de controle utilizada

• Velocidade do vento• Controle via conversor estático• Controle via pás da turbina

45

Fluxo das potênciasVelocidade subsíncrona

Pr

Ps

Qs

Qr Qc

P

Q

46

Fluxo das potênciasVelocidade supersíncrona

Pr

Ps

Qs

Qr Qc

P

Q

47

CaracterCaracteríísticas eststicas estááticas do DFIG ticas do DFIG Potência Ativa Potência Ativa EstatorEstator

Ir = 0, 1, 2, 3, 4.

48

CaracterCaracteríísticas eststicas estááticas do DFIGticas do DFIGPotência Ativa Rotor Potência Ativa Rotor

Ir = 0, 1, 2, 3, 4.

49

CaracterCaracteríísticas eststicas estááticas do DFIGticas do DFIGPotência Ativa Total Potência Ativa Total

Ir = 0, 1, 2, 3, 4.

rPPsP +=

50

CaracterCaracteríísticas eststicas estááticas do DFIGticas do DFIGPotência Reativa Estator Potência Reativa Estator

Ir = 0, 1, 2, 3, 4.

51

Fluxo de Potências - Síntese

• Modo gerador– Velocidade subsíncrona

– Velocidade supersíncrona

• Potência ativa– Flui do estator para a rede

– Flui do rotor para rede – supersíncrona

– Flui da rede para o rotor – subsíncrona

52

Fluxo de Potências - Síntese

• Potência reativa– Flui entre estator e rede conforme controle– Controle atua no rotor

• Conversor estático back-to-back– Desacopla fluxo de potência reativa entre

rotor e rede– Permite controle pela atuação sobre as

variáveis de rotor

53

DFIG: Estratégias de Operação

• Máxima eficiência aerodinâmica (Maximum power tracking – MPT)

• Regulação de Potência Ativa

• Controle de Potência Reativa

• Controle de Tensão

54

OU

OU

DFIG: Estratégias de Operação

• Máxima eficiência aerodinâmica (Maximum power tracking – MPT)

• Regulação de Potência Ativa

• Controle de Potência Reativa

• Controle de Tensão

55

DFIG: Variáveis de controleOnde se pode atuar para controlar o DFIG?

56

DFIG: Variáveis de controleOnde se pode atuar para controlar o DFIG?

Velocidade do vento: conforme o ventoFrequência de estator = freqüência da rede

57

Princípio do controle MTP

• Maximizar o coeficiente de potência a cada velocidade do vento

Cp(λ,ϕ)

w

t

VR

ωλ =

Pás fixas

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Princípio do controle MTP

• Maximizar o coeficiente de potência a cada velocidade do vento

Cp(λ,ϕ)

w

t

VR

ωλ =

Pás fixas

fixo - MPTλλ =

59

Estratégia de controle MPT

�Estratégia de operação comumente adotada: Máximo desempenho aerodinâmico da turbina (Cp máx) � MPT.

][3 puKP t

MPT ω=

Para cada velocidade de vento há uma velocidade de rotação que maximiza a potência capturada.

60

Controle MPT

+-

PI

61

Tipo D

62

Tipo D – Velocidade VariávelFaixa ampla / completa

Fonte: Ackermann, 2005.

• Gerador síncrono– Imã permanente

– Excitação independente

• Gerador assíncrono (rotor bobinado)

63

Tipo D – Velocidade Variável

Fonte: Ackermann, 2005.

• Estator ligado à rede via conversor estático– Conversor estático de potência plena– Frequência da rede e velocidade da turbina

são desvinculadas64

Tipo D – Velocidade Variável

Fonte: Ackermann, 2005.

• Com caixa de engrenagens– Similar aos Tipos A, B, C

• Direct drive (sem caixa de engrenages)– Gerador multipólos (síncrono)

65

Tipo D – Velocidade Variável

• Variáveis de atuação

66

Tipo D – Velocidade Variável

67

Tipo D – Velocidade Variável

Fonte: Ackermann, 2005.

• Velocidade da turbina– Desacoplada da frequência da rede

– Potência ativa gerada

– Estratégia de controle

68

Tipo D – Velocidade Variável

• Potência ativa– Velocidade pode ser variada em toda faixa

– Estratégia MPT (faixa completa)

– Conversor do lado da rede regula o fluxo de potência ativa do gerador para a rede

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Tipo D – Velocidade Variável

• Potência reativa– Lado do gerador e da rede desacoplados pelo

link DC do conversor

– Lado da rede – controlada através do conversor estático

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Tipo D – Velocidade Variável

• Outras funções do conversor estático– Conexão/desconexão da rede

– Excitação do gerador (se necessário)

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Evolução Histórica

• Primeiras turbinas: Tipo A0– Potência: centenas de kW

• Velocidade variável– Ganhos de eficiência

– Ganhos de flexibilidade (controle) para níveis maiores de penetração de geração éolica

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Evolução Histórica

• Atualmente

• Mercado dividido principalmente entre– Tipo C

– Tipo D

• Tipo A e B ainda existem em operação, mas vêm caindo em participação