sistemas de produção enxuta - utfpr
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Sistemas de Sistemas de ProduProduççãoãoEnxutaEnxuta
Prof. Jefferson
• Produção “Enxuta” ( do original em inglês, “lean”) é um termo cunhado no final dos anos 80 pelos pesquisadores do IMVP (International Motor Vehicle Program), para definir um sistema de produção mais eficiente, flexível, ágil e inovador do que a produção em massa; um sistema habilitado a enfrentar um mercado em constante mudança.
O que é Sistema de Produção Enxuta?
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
Taiichi Ono - Sistema Toyota de Produção
DefiniDefiniççãoão
PRODUPRODUÇÇÃO ENXUTAÃO ENXUTA
Produzir mais com menos, eliminando Produzir mais com menos, eliminando
os desperdos desperdíícios !cios !
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• A abordagem cultural;
• A abordagem centrada nas relações humanas;
• A abordagem do ponto de vista do controle da produção.
Três Abordagens para a Explicação do Sucesso Japonês:
• Os autores ocidentais tendem a apresentar o modelo através do ponto de vista do controle da produção em detrimento dos fatores culturais e relações humanas.
• “pode-se falar de um modelo, ou trata-se simplesmente de um conjunto de técnicas e métodos?”
• A maioria acredita que o “modelo japones”apresenta-se como alternativa de organização industrial aos países ocidentais.
Mas afinal, existe mesmo um “Modelo” Japonês?
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Uma abordagem muito difundida: utilização do “fordismo” como contra-ponto.
• Daí surgem definições tais como pré-fordismo, ultra-fordismo, pós-fordismo, neo-fordismo e outras tantas.
• O tema ainda está cercado de muita polêmica. Existe uma grande distância separando-nos de uma interpretação e definição clara e única do sistema japonês.
Analisando o modelo do ponto de vista do controle da produção
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• O modelo japonês não se contrapões ao princípio de produção em massa, mas sim, à necessidade de produzir em grandes lotes.
• Esta idéia de continuidade é reforçada pelas inúmeras declarações de Ohno, reconhecendo que o Sistema Toyota de Produção foi constituído, inspirado em vários aspectos da organização das fábricas de Ford.
Modelo Japonês: Continuismo ou Inovação?
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Ohno gosta de se apresentar como um continuador de Ford, indo além das aplicações redutoras que os herdeiros e sucessores de Ford teriam feito, os quais se apegaram muito mais àletra do que ao espírito das recomendações fordistas.
A Ford como modelo para a Toyota
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• No Sistema Toyota de Produção, o princípio dos tempos alocados ou impostos, característica da escola Taylorista, é substituído por tarefas múltiplas em padrões de tempo e trabalho flexíveis, definindo o que se pode chamar de princípio do trabalho em tempos partilhados.
• Esta deve ser considerada como uma mudança de tremendo impacto sobre a teoria de gestão da produção, muito embora os estudos de tempos e movimentos estejam mais presentes do que nunca.
Uma mudança fundamental
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• Cresce o número de adeptos da definição do sistema de gerenciamento japonês como um modelo “híbrido”, que alia algumas das velhas práticas fordistas (estudo de tempos e movimentos, linhas de montagem, ...) a novas técnicas (JIT, autonomação, Kanban, ...) genuinamente japonesas.
O Modelo Japonês: Um Modelo Híbrido?
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• O sucesso do sistema de produção em massa Fordista inspirou diversas iniciativas em todo o mundo.
• A Toyota Motor Company tentou, sem sucesso, por vários anos desde a sua fundação em 1937, reproduzir a organização e os resultados obtidos nas linhas de produção da Ford.
Sistema Toyota de Produção Um novo marco na organização da produção
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• Interferência governamental;• Discreto mercado doméstico (produção de 25mil
veículos em 1949 – 1008 carros de passeio);• Disputas trabalhistas (demissões em massa e
greves);• Leis trabalhistas introduzidas pela ocupação
americana;• A economia japonesa, devastada pela guerra,
estava ávida por capitais e trocas comerciais. A compra de tecnologia de produção ocidental era quase impossível .
• Ameaça de entrada dos grandes fabricantes mundiais no mercado japonês e dificuldade de exportações japonesas.
Alguns Obstáculos Enfrentados
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• A motivação da Toyota: Alcançar a América em 3 anos (Kiichiro Toyoda, 1945).
• Nesta época, a produtividade dos trabalhadores na fábricas americanas era muitas vezes superior a produtividade japonesa (aprox. 10x).
• A diferença só poderia ser explicada pelas perdas do sistema de produção japonês.
• Deu-se início a um sistemático processo de perseguição às perdas.
A Motivação da Toyota
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• Um robusto sistema de gerenciamentoda produção, benchmark para operações industriais no mundo inteiro.
• Resultado de um profundo estudo dos sistemas de produção que retomou as idéias de Taylor e dos Gilbreths sobre tempos e movimentos e os conceitos de Ford.
O sistema de Produção Enxuta
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• É um poderoso sistema de gerenciamento da produção cujo objetivo é o aumento do lucro através da redução dos custos. Este objetivo, por sua vez, só pode ser alcançado através da identificação e eliminação das perdas, isto é, atividades que não agregam valor ao produto.
A Essência da Produção
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Perdas: São atividades completamente desnecessárias que geram custo, não agregam valor e que, portanto, devem ser imediatamente eliminadas.
1. Perdas por superprodução (quantidade e antecipada);
2. Perdas por espera;
3. Perdas por transporte;
4. Perdas no próprio processamento;
5. Perdas por estoque;
6. Perdas por movimentação;
7. Perdas por fabricação de produtos defeituosos.
As Sete Perdas Fundamentais
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
BASE BASE -- Perda ZeroPerda ZeroTQCTQC
KANBANKANBAN
PERDAPERDAZEROZERO
POLIVALÊNCIAPOLIVALÊNCIACCQCCQ
AUTOMAAUTOMAÇÇÃOÃO
JITJIT
BASE BASE -- Perda ZeroPerda Zero•• Zero Defeito Zero Defeito -- KaizenKaizen•• Zero Quebra de MZero Quebra de Mááquina (TPM) quina (TPM) ––
ManutenManutençção Autônomaão Autônoma•• Zero ManipulaZero Manipulaçção de Peão de Peçças as --
MOVIMENTAMOVIMENTAÇÇÃO ZEROÃO ZERO•• Zero Tempo de Set Zero Tempo de Set upup•• Zero Lead Time Zero Lead Time -- TEMPO ZEROTEMPO ZERO•• Zero de EstoquesZero de Estoques
• De todas as sete perdas, a perda por superprodução é a mais danosa. Ela tem a propriedade de esconder as outras perdas e é a mais difícil de ser eliminada.
• Existem dois tipos de perdas por superprodução:
• I) Perda por prouzir demais (superprodução por quantidade);
• II) Perda por produzir antecipadamente (superprodução por antecipação)
1 – Perdas por Superprodução
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
Tamanho do lote e estoque cTamanho do lote e estoque cííclicoclico
Tamanho do lote = 100
Esto
que
disp
onív
el
5 10 15 20 25 30
Tempo (horas)
100 –
75 –
50 –
25 –
0 –
Estoque cíclicomédio
Tamanho do lote e estoque cTamanho do lote e estoque cííclicoclico
Tamanho do lote = 100
Esto
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5 10 15 20 25 30
Tempo (horas)
100 –
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Estoque cíclicomédio
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Estoque cíclicomédio
Tamanho do lote = 100
Tamanho do lote = 50Esto
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Tempo (horas)
100 –
75 –
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Tamanho do lote e estoque cTamanho do lote e estoque cííclicoclico
Estoque cíclicomédio
Tamanho do lote = 100
Tamanho do lote = 50Esto
que
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Tempo (horas)
100 –
75 –
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Estoque cíclicomédio
Tamanho do lote = 100
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Tempo (horas)
100 –
75 –
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25 –
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Melhoria contMelhoria contíínua com nua com sistemas enxutossistemas enxutos
RetalhosRetalhos Fornecedores nãoconfiáveis Desbalanceamento
da capacidade
• O desperdício com tempo de espera origina-se de um intervalo de tempo no qual nenhum processamento, transporte ou inspeção éexecutado.
2 – Perda por Espera
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• O lote fica “estacionado” à espera de sinal verde para seguir em frente no fluxo de produção.
• Perda por espera no processo: o lote inteiro aguarda o término da operação que está sendo executada no lote anterior, até que a máquina, dispositivos e/ou operador estejam disponíveis para o início da operação (processamento, inspeção ou transporte);
2 – Perda por Espera – cont. (dois tipos)
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Perda por espera do lote: É a perda a que cada peça componente de um lote é submetida até que todas as peças do lote tenham sido processadas para então, seguir para o próximo passo ou operação.
• Um exemplo de Perda por Espera do Lote:
• A perda por espera do lote acontece, por exemplo, quando um lote de 1000 peças está sendo processado e a primeira peça, após ser processada, fica esperando as outras 999 peças passarem pela máquina para poder seguir no fluxo com o lote completo. Esta perda é imposta sucessivamente a cada uma das peças do lote.
2 – Perda por Espera – cont. Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Supondo que o tempo de processamento na máquina M seja de 10 seg., a primeira peça foi obrigada a aguardar pelo lote todo aprox. 2horas e 47min.
• O transporte é uma atividade que não agrega valor, e como tal, pode ser encarado como perda que deve ser minimizada. A otimização do transporte é, no limite, a sua completa eliminação.
3 – Perdas por Transporte
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• A eliminação ou redução do transporte deve ser encarada como uma das prioridades no esforço de redução de custos pois, em geral, o transporte ocupa 45% do tempo total de fabricação de um item..
• As melhorias mais significativas são aquelas aplicadas ao processo de transporte, obtidas através de alterações de lay-out que dispensem ou eliminem as movimentações de material.
3 – Perdas por Transporte – cont.
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Somente após esgotadas as possibilidades de melhoria no processo é que, então, as melhorias nas operações de transporte são introduzidas. É o caso da aplicação de esteiras rolantes, transportadores suspensos (aéreos), braços mecânicos, talhas, pontes rolantes, etc.
• São parcelas do processamento que poderiam ser eliminadas sem afetar as características e funções básicas do produto/serviço.
4 – Perdas no Processamento em Si.
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• A utilização de técnicas de Engenharia e Análise de Valor na determinação das características e funções do produto/serviço e dos métodos de fabricação a serem empregados, é extremamente recomendável como forma racional de otimizar o processamento.
• É a perda sob a forma de estoque de matéria-prima, material em processamento e produto acabado.
5 – Perda por EstoqueProdução EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Uma grande barreira para o ataque às perdas por estoque é a “vantagem” que os estoques proporcionam de aliviar os problemas de sincroniaentre os processos.
• No ocidente, os estoques são vistos como um “mal necessário”. O STP utiliza a estratégia de diminuição gradativa dos estoques intermediários como uma forma de identificar outros problemas no sistema, escondido por trás dos estoques.
• As perdas por movimentação relacionam-se aos movimentos desnecessários realizados pelos operadores na execução de uma operação.
6 – Perda por Movimentação
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Este tipo de perda pode ser eliminado através de melhorias baseadas no estudo de tempos e movimento. Tipicamente, “a introdução de melhorias como resultado do estudo dos movimentos pode reduzir os tempo de operação em 10 a 20%.
• A perda por fabricação de produtos defeituosos éo resultado da geração de produtos que apresentem alguma de suas características de qualidade fora de uma especificação ou padrão estabelecido e que por esta razão não satisfaçam a requisitos de aplicação (uso).
7 – Perdas por Fabricação de Produtos Defeituosos:
Produção EnxutaProduProduçção Enxutaão Enxuta
• Dentre todas as 7 perdas é a mais visível. Provavelmente porque os sinais se evidenciem exatamente no objeto de produção, trazendo como conseqüências o retrabalho e o eventual sucateamento.