slide caderno 2 ciências humanas
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Suely Cristina A. SoaresFormadora Regional
SRE Pirapora
Março/2015
"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter".
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento".
John Dewey
Resolução CNE nº 02/2012
Art. 7º A organização curricular do Ensino Médio tem uma base nacional comum e uma parte diversificada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais.
Resolução CNE nº 02/2012
Art. 8º O currículo é organizado em áreas de conhecimento,
a saber:I - Linguagens;II - Matemática;III - Ciências da Natureza;IV - Ciências Humanas.§ 1º O currículo deve contemplar as quatro áreas do
conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos.
Resolução CNE nº 02/2012
Art. 8º
§ 2º A organização por áreas de conhecimento não dilui nem exclui componentes curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização para apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e execução conjugados e cooperativos dos seus professores.
Resolução CNE nº 02/2012
Art. 12. O currículo do Ensino Médio deve:
I - garantir ações que promovam:
a)a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes;
b)o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura;
c)a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
Resolução CNE nº 02/2012
II - adotar metodologias de ensino e de avaliação de aprendizagem que estimulem a iniciativa dos estudantes;
III - organizar os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação de tal forma que ao final do Ensino Médio o estudante demonstre:
a)domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
b)conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS
História
Geografia
Sociologia
Lei nº 11 684, de 02/06/2008
Filosofia
Cada um desses componentes curriculares é derivado de conhecimentos científicos e disciplinares que em função de suas tradições e procedimentos instituídos possuem, atualmente, estatutos epistemológicos próprios.
Interdisciplinaridade
Integração Curricular
Contextualização
Diálogo entre professores/disciplinas
Planejamento
Protagonismo dos envolvidos: sala de aula
escola
sociedade
O “diálogo” entre as disciplinas requer:
Dimensões
Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área de Ciências Humanas:
como eixo integrador entre os conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em sua dimensão histórica e em relação ao contexto social contemporâneo.
Formação humana integral: reconhecendo os estudantes do ensino médio no contexto dasmúltiplas juventudes e necessidades educacionais.
Princípios
● Trabalho: princípio educativo
● Pesquisa: princípio pedagógico
● Direitos Humanos: como princípio norteador
● Sustentabilidade socioambiental: como meta universal
Questionamentos
O que é ciência?
Quais são as suas especificidades?
Qual é a diferença entre a ciência dos cientistas e a ciência da escola?
Quem são os cientistas?
Por que a educação científica é importante para a formação dos alunos do ensino médio?
Qual a importância da área das Ciências Humanas?
As DCNEM propõem uma reconfiguração da
organização curricular no sentido de possibilitar
o diálogo entre os conhecimentos de cada área
e entre as áreas, como também nas disciplinas e
entre as disciplinas.
“A relação entre partes que compõe a realidade,
possibilita ir além da parte para compreender a
realidade em seu conjunto.” (BRASIL, 2011, p.
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Integrar não é unificar
[…] é preciso “reimaginar as fronteiras” disciplinares não de uma única perspectiva particular, mas das várias perspectivas que, no âmbito da Educação Básica, cada componente curricular pode oferecer.
Com essa variedade e diversidade, com imaginação e reflexão, por meio de práticas curriculares inventivas, repensam-se as fronteiras disciplinares, sem pretensões de anulá-las.
Os estudantes – sujeitos do Ensino Medio – e os direitos a aprendizagem e ao desenvolvimento
humano na Area de Ciências Humanas
Retoma-se as discussões do Caderno II (BRASIL, 2013) ao invés de elencarmos os “problemas da juventude na escola” ou as “mazelas relatadas pelos jovens no cotidiano escolar”, focalizou-se as reflexões a partir das DCNEM (BRASIL, 2012), com destaque para a centralidade dos jovens estudantes como sujeitos do processo educativo tal como proposto no Parecer no 05/2011 do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2011).
Desafios postos:
Separar o que é queixa do que é problema. Desnaturalizar crenças e procedimentos excludentes.
Questões para nortear as reflexões
Podemos afirmar que, efetivamente, conhecemos nossos jovens estudantes do Ensino Médio?
Quando e onde eles nasceram? Com quem vivem? Como gostariam de viver? Qual é o valor da família e dos amigos para esses jovens?
Como eles leem o mundo? A escola contribui para práticas de leitura de mundo realizadas pelos jovens estudantes? O que eles esperam dos estudos escolares?
Os jovens estudantes do Ensino Médio que frequentam o período diurno apresentam as mesmas demandas daqueles que frequentam o período noturno? Segundo os jovens estudantes do Ensino Médio, qual é o papel dos seus professores na sociedade atual?
As Ciências Humanas são valorizadas pelos jovens estudantes? Por quê? Os estudos tradicionalmente propostos pela área das CH se aproximam dos interesses e necessidades dos estudantes do Ensino Médio? Qual a contribuição da área das CH para a formação dos jovens?
O professor do EM
Analise o professor como protagonista da sua formação e das mudanças na escola.
De acordo com o Caderno II “Ciências Humanas”, o que significa:
Desnaturalização?
Estranhamento?
Sensibilização?
Reflexão e açãoPensar e agir coletivamente com foco na
aprendizagem dos alunos implica em romper as barreiras do isolamento profissional.
Planejamento coletivo: o caminho.
O eixo Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área de Ciências
Humanas
As DCNEM apresentam como eixos integradores as dimensões do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia. Esses eixos buscam superar o histórico conflito sobre o papel da escola: formar para a cidadania ou para o trabalho produtivo.
As Ciências Humanas têm, na essência dos seus diferentes componentes curriculares, o potencial e a responsabilidade de liderar reflexões importantes no cotidiano escolar.
Essas reflexões são fundamentais para a formação cidadã e para a leitura de mundo dos jovens brasileiros.
Conhecimentos da área
O Caderno II “Ciências Humanas” procurou apresentar os conhecimentos da área perpassados pelos eixos integradores: as dimensoes do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia.
Abordou as manifestações sociais que ocorreram no país a partir de junho de 2013 – as chamadas “jornadas de junho” –, como exemplos do poder de mobilização política dos jovens brasileiros e o poder das redes sociais.
Conhecimentos elencados da área de Ciências Humanas
Espaço e Tempo Natureza e cultura Empiria e Representação
Indivíduo e Sociedade
Identidade e Alteridade Ética e PolíticaÉtica e Política
Estado e Direito
Trabalho e Economia Ciência e Tecnologia
Humanidade e SubjetividadeHumanidade e Subjetividade
Memória e PatrimônioMemória e Patrimônio
Corpo e Linguagens
Possibilidades de abordagens pedagógico- curriculares na Area de
Ciências Humanas
Como as CH lidam com sujeitos humanos no mundo, todo processo de investigação e questionamento possibilita aos estudantes a compreensão crítica de si e do outro, das configurações e relações sociais de práticas e valores culturais, na tentativa de protagonizar atitudes transformadoras e éticas.
O conhecimento reflexivo e crítico, baseado na desnaturalizacao, no estranhamento e na sensibilizacao, argumento da unidade 2, propicia entender o mundo no qual vivemos e dimensionar as implicações de nossas escolhas morais, políticas, religiosas, jurídicas.
Leitura de mundo Paulo Freire (1986) nos lembrou diversas
vezes, em várias obras, que a leitura do mundo precede a leitura das palavras, apontando para a dicotomia entre ler as palavras e ler o mundo, nos alertando sobre a escola e suas funções no ato de ler, compreender e interferir na realidade.
A História, a Geografia, a Filosofia e a Sociologia, cada uma a sua maneira, têm muito a dizer ao realizarem a reflexão crítica, compreensiva e dialógica sobre as vidas que sujeitos humanos experienciaram em diversas temporalidades e espacialidades.
Precisamos dialogar, ouvir e aprender com os “outros”.
Reflexão e ação O caderno II propõe a reflexão sobre o uso
crítico e produtivo do livro didático.
Propõe como atividade, a criação de uma proposta de ação curricular na área de Ciências Humanas baseada na formulação de um problema a ser investigado.
Sugere a investigAÇÃO como pressuposto para o desenvolvimento da autononia e contributo para a aquisição de novos conhecimentos. Para isso, é fundamental que haja interdisciplinaridade e integração de saberes.
... o trabalho docente “[...] Constrói-se, também, pelo significado que cada professor, enquanto ator e autor confere à atividade docente em seu cotidiano, em seu modo de situar-se no mundo, em sua história de vida, em suas representações, em seus saberes, em suas angústias e anseios, no sentido que tem em sua vida o ser professor”. (PIMENTA e ANASTASIOU , 2002, p. 77)
O professor enquanto sujeito que atua no espaço escolar estabelece relações num contexto de pluralidade e diversidade com outros sujeitos, interagindo não apenas com os seus alunos em sala de aula, mas imprimindo suas influências em todo o espaço educativo, mediado pelos conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos, filosóficos, artísticos e políticos. (p. 16)
“Ensinar é um ato intencional” (VEIGA,2006, p. 21).