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RELATÓRIO ANUAL
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS E CONSOLIDADAS
EXERCÍCIO DE 2013
11 Março 2014
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A. Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia
Matriculada na C.R.C. da Maia sob o nº Único de Matrícula e Identificação Fiscal 506 035 034
Capital Social: 700 000 000 euros Sociedade Aberta
Índice
Relatório de Gestão
Anexos ao Relatório de Gestão e Participações Qualificadas
Anexo a que se refere o artº. 447 do Código das Sociedades Comerciais
Anexo a que se refere o artº. 448 do Código das Sociedades Comerciais
Participações qualificadas
Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº. 1 do art. 245º do Código dos Valores Mobiliários
Relatório do Governo da Sociedade
Demonstrações Financeiras Separadas
Demonstração de Posição Financeira
Demonstração de Resultados
Demonstração do Rendimento Integral
Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Notas anexas às Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras Consolidadas
Demonstração Consolidada de Posição Financeira
Demonstração Consolidada de Resultados
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
Demonstração Consolidada de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa
Notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria e do Conselho Fiscal
Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual
Relatório do Conselho Fiscal
SONAE INDÚSTRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO Exercício de 2013
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Relatório de Gestão
ÍNDICE MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................... 3 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA ................................................................................... 4 1. A SONAE INDÚSTRIA ....................................................................................................................... 5 1.1. O NOSSO NEGÓCIO ............................................................................................................................. 5 1.2. A NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................................................... 6 1.3. OS NOSSOS PRODUTOS ....................................................................................................................... 7 1.4. A NOSSA ESTRATÉGIA .......................................................................................................................... 9 1.5. OS NOSSOS PRÉMIOS EM 2013 .......................................................................................................... 11 1.6. PRINCIPAIS EVENTOS EM 2013 ........................................................................................................... 11 2. ANÁLISE SETORIAL ............................................................................................................................. 12 3. ANÁLISE DE ATIVIDADE ....................................................................................................................... 14 3.1. VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDA RECORRENTE ................................................................................ 14 3.1.1. Consolidado Sonae Indústria........................................................................................................... 14 3.1.2. Europa do Sul .................................................................................................................................. 15 3.1.3. Europa do Norte .............................................................................................................................. 16 3.1.4. Resto do Mundo (Canadá e África do Sul) ...................................................................................... 17 3.2. ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA ................................................................................................... 18 3.2.1. Demonstração de Resultados ......................................................................................................... 18 3.2.2. CAPEX ............................................................................................................................................. 19 3.2.3. Balanço e Estrutura de Capital ........................................................................................................ 20 3.3. RESULTADOS INDIVIDUAIS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS ................................................................ 21 3.4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................................................ 21 3.5. PERSPETIVAS FUTURAS PARA 2014 .................................................................................................... 21 3.6. INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO ....................................................................... 21 3.7. TRANSAÇÕES COM AÇÕES PRÓPRIAS............................................................................................................. 23 3.8. EVENTOS SUBSEQUENTES .......................................................................................................................... 23 3.9. POLÍTICA DE DIVIDENDOS .......................................................................................................................... 23 4. GESTÃO DE RISCOS ........................................................................................................................... 24 4.1. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO ................................................................................................... 24 4.2. RISCOS DE MERCADO ............................................................................................................................... 24 4.3. RISCOS LEGAIS .................................................................................................................................. 26 4.4. RISCOS OPERACIONAIS ...................................................................................................................... 26 5. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ..................................................................................................... 27 5.1. RELATÓRIO SOCIAL ............................................................................................................................ 27 5.2. RELATÓRIO AMBIENTAL ...................................................................................................................... 33 6. NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS .................................................................................................... 37 ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO E PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ........................................................... 38 ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS ...................................... 38 ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS ...................................... 39 PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ..................................................................................................................... 39 DECLARAÇÃO EMITIDA NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART. 245º DO CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS ............................................................................................................. 40
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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A envolvente macroeconómica e financeira e um contexto de baixos níveis de procura no sector de painéis derivados de madeira, prevalecente na maioria dos mercados onde estamos presentes, determinaram mais um ano pleno de desafios para a Sonae Indústria. Não obstante este enquadramento, conseguimos, ao longo de 2013, concretizar mudanças organizacionais e importantes iniciativas de negócio que, em conjunto com novas medidas que pretendemos implementar durante o ano de 2014, reforçam a minha confiança na capacidade da empresa em melhorar a rentabilidade a curto/médio prazo, alavancando nos seus ativos mais fortes e mais competitivos e nas suas competências diferenciadoras. Em Fevereiro de 2013, foi nomeada uma nova Comissão Executiva, com um mandato claro para executar o plano estratégico definido, que preconiza uma presença industrial mais reduzida mas mais competitiva, o desenvolvimento de uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e comprometidas, encorajando uma cultura que fomenta a excelência operacional e a inovação, e a transformação da empresa numa operação enfocada no mercado, com uma oferta de produtos consistente, integrada e reconhecida pelos clientes. Continuamos, assim, a adaptar a nossa capacidade de produção à procura de mercado, adotando medidas adicionais de reestruturação. Após o encerramento da fábrica de Knowsley, no Reino Unido, e da fábrica de aglomerado em Solsona, Espanha, entramos em negociações, durante o mês de Setembro de 2013, tendo em vista a paragem das atividades de produção de aglomerado na unidade industrial de Horn, na Alemanha. Neste país, procuraremos transferir a produção para o nosso melhor ativo, a unidade de Nettgau, onde atualmente detemos uma capacidade anual de produção superior a 1 milhão de metros cúbicos, repartida entre aglomerado de partículas e OSB. Continuamos também focados nas nossas pessoas, promovendo o trabalho de equipa, o desenvolvimento contínuo de novas competências e a partilha de conhecimentos e melhoras práticas entre todas as nossas operações. Neste âmbito, um passo importante foi implementado através da iniciativa “Improving our work”, um programa cujo objetivo é o desenvolvimento e a implementação de uma cultura de melhoria contínua. Em linha com o caminho previamente definido pela Sonae Indústria, esta iniciativa procura standardizar e otimizar processos, com o objetivo de aumentar os níveis de eficiência e de produtividade de todas as áreas do grupo. Esta cultura de melhoria contínua não deve estar presente apenas nos nossos processos industriais, devendo ser incorporada em todas as atividades correntes da organização. Um aspeto fundamental dos nossos principais valores e da nossa cultura passa pela segurança e bem-estar dos nossos colaboradores. Continuamos a investir em políticas de saúde e segurança eficazes, através de uma abordagem sistemática, com o objetivo de minimizar acidentes e outros efeitos que possam ser causados pelas nossas operações. Temos, deste modo, conseguido melhorar consistentemente os nossos indicadores de saúde e segurança, reduzindo o número e a gravidade dos incidentes ocorridos. Gostava ainda de deixar uma nota de pesar e tristeza em relação ao trágico acidente que ocorreu no dia 6 de julho no centro de Lac-Mégantic, localidade onde está situada a nossa fábrica do Canadá, que afetou direta ou indiretamente todos os nossos colaboradores locais e perturbou durante alguns dias o funcionamento das nossas operações. Gostaria de realçar a resiliência e a capacidade demonstrada pela equipa local em ultrapassar este período de adversidade, que permitiram reiniciar as atividades de produção em apenas cinco dias após o acidente. Esta capacidade de enfrentar adversidades, de adaptação a um ambiente em mudança e de prosperar num cenário pleno de incertezas, é um exemplo que eu espero que consiga ser apreendido e seguido por todas as operações do grupo. Em resumo, temos procurado implementar todas as medidas necessárias que permitam a transformação da Sonae Indústria numa empresa mais competitiva, criando os alicerces para um crescimento futuro e para uma melhor rentabilidade. Espero que 2014 seja já um ano de retoma efetiva para a empresa. Esta fase de reestruturação que estamos a ultrapassar deve ser vista como uma oportunidade para repensarmos o negócio e para utilizarmos os nossos recursos e competências de um modo mais enfocado e sustentável. Para enfrentar o ambiente económico desafiante que ainda nos espera, continuaremos a apostar no desenvolvimento dos nossos colaboradores, proporcionando formação e procurando identificar talento, bem como exigindo o melhor de cada um. Gostaria de agradecer novamente a dedicação, espírito de equipa e empenho que evidenciaram ao longo do ano de 2013. Belmiro de Azevedo, Chairman Sonae Indústria
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MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA O ano de 2013 foi mais um ano repleto de desafios para a generalidade da indústria europeia de painéis derivados de madeira, com impactos evidentes no nível de rentabilidade da Sonae Indústria nesta região. Os desafios macroeconómicos que prevalecem na Europa continuaram a refletir-se em níveis baixos de indicadores de confiança e de consumo, principalmente nos países periféricos, originando níveis de procura reduzidos nos sectores em que os nossos clientes se inserem, nomeadamente nas indústrias de construção e de produção de mobiliário. A evolução menos positiva na Europa foi, no entanto, parcialmente compensada por um melhor desempenho operacional e financeiro das nossas operações na América do Norte e na África do Sul, apesar do impacto resultante das desvalorizações cambiais face ao Euro.
Em termos de desempenho financeiro consolidado, o nosso volume de negócios diminuiu cerca 7% face a 2012, essencialmente em resultado da redução da nossa presença industrial, na sequência dos encerramentos das fábricas de Knowsley (Reino Unido) e de Solsona (Espanha) e da paragem das atividades de produção de aglomerado na unidade de Horn (Alemanha). Não obstante esta evolução verificada ao nível das receitas, deve ser realçado o facto de termos conseguido aumentar o nível médio de utilização de capacidade instalada nas nossas unidades, quando comparado com 2012. Em resultado da quebra do nível de receitas, a nossa rentabilidade operacional baixou, com o valor de EBITDA recorrente a diminuir cerca de 19% face ao período homólogo, para 80 milhões de euros em 2013, o que corresponde a uma margem de 6,5% sobre o volume de negócios. De realçar que continuamos a implementar diversas iniciativas destinadas à redução da nossa estrutura de custos, o que nos permitiu já em 2013, em comparação com o ano anterior e numa base comparável, uma poupança de mais de 13 milhões de euros no total de encargos fixos.
Apesar do desempenho operacional acima descrito, conseguimos diminuir, pelo terceiro trimestre consecutivo o valor da nossa dívida líquida face ao trimestre anterior, demonstrando a resiliência da capacidade de geração de cash flow da empresa, mesmo no atual contexto adverso. Esta evolução foi conseguida graças a uma gestão criteriosa dos investimentos e do nível de fundo de maneio, em todas as nossas operações. Gostaria ainda de realçar o fato de termos conseguido refinanciar uma grande parte da dívida que se vencia em 2013 e de termos começado já a implementar as medidas necessárias que nos ajudarão a refinanciar os vencimentos de linhas de crédito previstos para 2014. Neste sentido, no que diz respeito à nossa estrutura de endividamento, temos vindo já a negociar uma alteração no perfil de maturidades com os três principais bancos credores.
Estamos ainda longe dos níveis consolidados de rentabilidade e de eficiência industrial pretendidos e que estabelecemos como meta para nós próprios. Foram, no entanto feitos progressos, que nos permitem estar confiantes de que conseguiremos atingir os nossos objetivos. Neste âmbito, implementámos medidas adicionais de reestruturação, de entre as quais destacaria a decisão de entrar em negociações com os representantes dos trabalhadores em relação à paragem de produção de aglomerado de partículas em Horn (Alemanha) e as negociações para a potencial venda de duas fábricas em França. Conjuntamente com as iniciativas, atualmente em curso, destinadas à melhoria da nossa oferta e à racionalização da estrutura de custos, estas medidas constituem passos importantes no sentido do fortalecimento da nossa posição competitiva e capacidade financeira, ao mesmo tempo que posicionam a empresa para oportunidades futuras de crescimento. Estas e outras ações atualmente a serem implementadas vão-nos permitir criar uma empresa diferente, mais ágil, nomeadamente através da aposta em produtos e segmentos de maior valor acrescentado, que possam contribuir positivamente para o nosso desempenho consolidado, e do enfoque de recursos nas fábricas mais eficientes e competitivas.
Continuamos a contar com o compromisso e dedicação de todos os colaboradores e com o apoio dos nossos principais stakeholders para atingirmos estes objetivos.
Rui Correia, CEO Sonae Indústria
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1. A SONAE INDÚSTRIA 1.1. O NOSSO NEGÓCIO
Somos um dos maiores produtores mundiais de painéis derivados de madeira, com 24 fábricas localizadas em 6 países, distribuídos por 3 continentes. Em 2013, a nossa atividade englobava, a nível mundial, 4.170 colaboradores e gerou um volume de negócios de 1.232 milhões de euros.
Os painéis derivados de madeira são uma alternativa valiosa à madeira maciça, com algumas claras vantagens, nomeadamente porque permitem uma utilização mais eficiente das matérias-primas. Outra vantagem particular consiste na sua flexibilidade dimensional, que, em contraste com a madeira maciça, permite a produção de produtos de dimensões feitas-à-medida, as quais podem ser adaptadas aos requisitos das aplicações dos clientes. Assim, hoje em dia, assistimos à substituição da madeira maciça pelos painéis derivados de madeira num número crescente de aplicações.
Comparando com outros materiais de construção, tais como o aço e o betão armado, a madeira tem impactos ambientais adversos significativamente inferiores, quando utilizada como material de construção. Por conseguinte, os painéis derivados de madeira têm um efeito positivo no aquecimento global através da melhoria da eficiência energética, o que permite aos proprietários das habitações uma redução significativa da sua fatura de energia. Para além disso, quando utilizados para fins relacionados com a construção, estes materiais funcionam como armazenadores de carbono, ajudando, deste modo, a mitigar as emissões de CO2. No final da sua vida útil, os painéis derivados de madeira podem ser reciclados e transformados em novos produtos, reentrando, assim, num ciclo contínuo de reciclagem. Por este motivo, é espectável que a procura de madeira e de produtos derivados de madeira para a indústria da construção tenha um crescimento sólido com o passar do tempo.
Em tempos em que os eventos climáticos extremos, como inundações e secas, sinalizam que a mudança climática é muito mais do que uma discussão científica teórica, as sociedades em geral – e as empresas em particular – estão constantemente à procura de formas alternativas que permitam combater estes novos cenários climáticos e estas novas realidades.
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Os produtos derivados de madeira, têm um papel importante a desempenhar nesta realidade. A Sonae Indústria acredita que utilizar mais madeira representa um forte contributo para combater as alterações climáticas, porque pode, por um lado, reduzir as fontes de CO2, e por outro lado, aumentar os sumidouros de CO2 e o armazenamento de carbono. A redução das fontes de CO2 resulta da madeira ser um material que armazena energia, podendo substituir, em diversas aplicações, outros materiais que usam mais energia – e geram mais emissões – durante a sua produção. A utilização da madeira pode também aumentar os sumidouros de CO2 e o armazenamento de carbono, uma vez que a própria floresta tem um papel único no sequestro de carbono da atmosfera – as florestas ao crescer, absorvem mais CO2, e os produtos florestais mantêm o carbono armazenado durante a sua vida útil. A utilização de produtos de madeira estimula um maior crescimento da floresta, e um mercado eficiente para produtos de madeira oferece um incentivo financeiro para investir na gestão ativa da floresta. Adicionalmente, quando os produtos de madeira são reutilizados ou reciclados, o armazenamento de carbono é prolongado numa nova vida útil, evitando emissões de CO2 para a atmosfera.
1.2. A NOSSA HISTÓRIA Desde a nossa fundação, em 1959, levámos a cabo um processo de expansão, concretizado de forma consolidada e durante um longo período, através da combinação de crescimento orgânico e de aquisições. Ao longo da década de 90, foram realizadas aquisições e efetuados investimentos significativos em projetos de raiz no Brasil, Canadá, África do Sul, Espanha e Reino Unido. Em 1998, através da aquisição do grupo alemão Glunz, expandimo-nos para a Alemanha e França. Em 2006, adquirimos os ativos do grupo alemão Hornitex e uma fábrica de aglomerado de partículas em França (Darbo). Ainda em 2006 iniciamos o investimento numa nova linha de produção de aglomerado cru na fábrica de White River, na África do Sul, tendo esta começado a produzir durante 2007. Deste modo, em 2007, a nossa produção de painéis de madeira crus tinha crescido para mais de 10 milhões de m3, que comparava com apenas 2 milhões de m3 em 1997.
Depois de 2007, inseridos num contexto da crise económica mundial, fomos forçados a tomar medidas de reestruturação, encerrando ativos insustentáveis e desinvestindo em ativos específicos perante a existência de melhores intervenientes, e a prosseguir a nossa atividade de forma mais eficiente e flexível do que anteriormente. Em 2008, encerrámos duas linhas: uma de aglomerado de partículas na fábrica de Valladolid (Espanha) e outra de MDF na fábrica de Meppen (Alemanha). Em Março de 2009, encerrámos as fábricas de aglomerado de partículas em Coleraine (Reino Unido) e em George (África do Sul). Para além destas, em Junho do mesmo ano, encerrámos duas fábricas em França, as unidades de St. Dizier e de Châtellerault. No 4º trimestre de 2009, encerrámos a fábrica de Kaisersesch e no início de 2010, encerrámos a unidade de Duisburg (a qual tinha parado a produção no início de 2009). No decurso de 2009 e em linha com a estratégia definida de reforço do nosso balanço, tomamos a decisão de alienar as operações no Brasil, o que foi facilitado pelo processo de consolidação já a decorrer neste mercado. Em Abril de 2010, vendemos também a fábrica de Lure (França) à Swedspan, uma subsidiária do grupo INGKA, que também detém o grupo IKEA.
Mais recentemente, em Setembro de 2012, decidimos encerrar a fábrica de Knowsley, no Reino Unido, devido a dificuldades na sua reconstrução, no seguimento do incêndio que ocorreu nesta no ano anterior. Esta decisão foi o resultado de longos atrasos no seu processo de reconstrução, devido a dificuldades políticas e de licenciamento e aos reduzidos e insustentáveis níveis de utilização de capacidade que esta fábrica estava a enfrentar. Em Dezembro do mesmo ano, iniciámos negociações com vista ao encerramento da fábrica de Solsona em Espanha, devido à grave crise e à consequente queda na procura, sofrida durante os últimos anos particularmente na indústria de construção neste país. Estas negociações com os representantes dos trabalhadores foram finalizadas em Janeiro de 2013, permitindo o encerramento definitivo desta unidade.
No passado mês de Setembro de 2013, entramos em negociações com representantes dos colaboradores e sindicatos, tendo em vista uma redução das atividades de produção de aglomerado da unidade de Horn-Bad Meinberg, em virtude do abrandamento da procura no mercado de aglomerado de partículas e do excesso de capacidade industrial na região. Estas negociações com os representantes dos trabalhadores só serão concluídas durante o ano de 2014.
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O processo de decisão relativamente ao encerramento das diversas unidades industriais teve por base uma perspetiva o mais abrangente possível de uma análise custo-benefício, efetuada caso a caso. Esta análise incluiu uma avaliação dos impactos social e ambiental, presentes e futuros, de cada operação.
A combinação dos processos de restruturação mencionados anteriormente com a venda de ativos conduziu a uma redução da nossa capacidade de produção instalada em 3,5 milhões de m3 quando comparada com o máximo nível atingido em 2007, totalizando atualmente uma capacidade de 6,6 milhões de m3 no final de 2013.
EVOLUÇÂO DA CAPACIDADE, desde 1992 (milhões de m3)
1.3. OS NOSSOS PRODUTOS Os nossos produtos base, denominados de “produtos crus”, compreendem: • Aglomerado de partículas (PB) que é um produto muito versátil e indicado para a generalidade
das utilizações nas indústrias de mobiliário e construção; • Painéis de fibras de média densidade (MDF), um excelente substituto da madeira maciça e ideal
para o mobiliário, pavimentos e indústria da construção; • E painéis de fibras orientadas (OSB), um produto altamente resistente e indicado para aplicações
estruturais e não-estruturais na indústria da construção.
Mais de 50% da nossa produção é transformada em produtos de valor acrescentado, tais como os pavimentos laminados (laminate flooring) e os painéis revestidos a melamina (MFC). Estes, por sua vez, são utilizados numa enorme variedade de aplicações, tais como: mobiliário, pavimentos, gavetas, portas, embalagens, decoração de interiores, bem como cozinha e utensílios de jardinagem.
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A nossa Marca de produtos decorativos na Europa: INNOVUS
Com o objectivo de criar uma oferta global e integrada, lançamos em Janeiro de 2011 a marca de produtos decorativos INNOVUS. Uma marca construída como uma plataforma para o desenvolvimento de parcerias com projetistas, designers, arquitetos, fabricantes de mobiliário, distribuidores. INNOVUS marca um novo caminho em direção à criatividade, uma nova maneira de explorar as cores, as formas e as texturas, inspirada no design e na simplicidade, e sempre atenta às últimas tendências. Uma coleção de desenhos ampla, atual e disponível em diversos produtos, dando assim origem a uma completa gama decorativa. A cada padrão corresponde a textura que mais o valoriza, de acordo com a opinião de muitos dos nossos clientes e a seleção criteriosa dos nossos especialistas. A solução integral está também garantida, já que a cada desenho corresponde a sua orla, desenhada especialmente para combinar com INNOVUS.
Mais informação sobre a gama de produtos INNOVUS pode ser encontrada em:
http://www.innovus.co/
Inovação de Produto: Woodforce O Woodforce é um pellet combinado de madeira e plástico, que confere um reforço de polímeros excecional a compostos de poliolefina. Esta nova tecnologia patenteada oferece muitas vantagens incluindo reduções de peso e de custo com oportunidades de design únicas no setor das fibras naturais.
O Woodforce não é um subproduto, nem um resíduo: trata-se de um produto derivado de madeira processado industrialmente que confere resistência natural a plásticos. Enquanto produto derivado de madeira dinâmico capaz de agir como reforço mecânico para polímeros termoplásticos, o Woodforce melhora significativamente as propriedades pretendidas da resina plástica. Trata-se de um reforço mecânico renovável de origem biológica que é compatível com um processo industrial, tendo um desempenho comprovado e aspetos económicos favoráveis que se encontravam indisponíveis até agora.
O Woodforce pode substituir a fibra de vidro para pequenas aplicações de fibras. Comparado com as fibras agrícolas, o Woodforce é uma solução ideal do ponto de vista industrial. Não-sazonal, tem uma gestão eficaz da cadeia de fornecimento e é extremamente ecológico, graças à dosagem perfeita do granulado em cubos.
Mais informação sobre este produto inovador desenvolvido pela empresa está disponível em:
http://www.woodforce.com/
COZINHA / MOBILIÁRIO DE CASA E ESCRITÓRIO PAVIMENTOS LAMINADOS EMBALAGEM
CONSTRUÇÃO DECORAÇÃO
Woodforce está disponível em madeira natural e já tratada com pigmentos pretos
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1.4. A NOSSA ESTRATÉGIA O modo como nos vemos como empresa, como agimos e nos relacionamos uns com os outros e com o mundo à nossa volta, representa uma cultura corporativa de melhoria contínua – desafiamo-nos constantemente para termos um melhor desempenho – que é sustentada pela nossa Missão, Visão e Valores
VISÃO:
Ser reconhecido como um líder mundial sustentável no sector dos painéis derivados de madeira, proporcionando de forma consistente, aos nossos clientes, os melhores produtos, mantendo os mais elevados níveis de serviço e promovendo práticas empresariais e ambientais responsáveis
MISSÂO:
O nosso objetivo é retirar o máximo potencial dos painéis derivados de madeira para benefício dos nossos clientes, acionistas, colaboradores e da sociedade em geral
As nossas atividades estão assentes em boas práticas de governo de sociedades, na melhoria contínua da eficiência das operações e na promoção ativa de inovação, proporcionando um ambiente de trabalho motivador, seguro e justo.
VALORES E PRINCÍPIOS
Os nossos valores representam a pedra basilar sobre a qual o nosso negócio é construído e são os princípios orientadores do nosso comportamento.
AMBICIOSO
AMBIÇÃO Definimos metas ambiciosas mas alcançáveis. Desafiamo-nos, de forma contínua, para ultrapassar limites previamente estabelecidos, concentrando-nos em tornarmo-nos e permanecermos líderes de mercado, bem como em criar valor sustentável para os nossos acionistas.
INOVADOR
CONHECIMENTO / INSTRUÇÃO Consideramos que o conhecimento é uma das maiores fontes de realização pessoal e de desenvolvimento de carreira. Esforçamo-nos por atrair pessoas motivadas e esperamos que todos contribuam com ideias e estejam totalmente empenhados no sucesso da empresa. Oferecemos formação profissional e encorajamos a participação ativa em programas académicos.
ASSUMIR RISCOS Não aceitamos o status quo. Procuramos alternativas, ideias novas, novas abordagens e soluções para ultrapassar barreiras. Assumimos riscos calculados.
INOVAÇÃO Acreditamos que a nossa vantagem competitiva a longo prazo depende da nossa capacidade e determinação em inovar, obtendo melhorias contínuas e aumentando a nossa eficiência. Encorajamos os nossos colaboradores a gerar ideias novas, avaliamos a sua capacidade de o fazer e esperamos que os nossos gestores sejam o exemplo a seguir. Encorajamos uma cultura de assunção de risco, dentro de níveis devidamente controlados de exposição.
PRONTO PARA A MUDANÇA Procuramos soluções direcionadas para o cliente. Os nossos colaboradores e as nossas sociedades têm de ser suficientemente flexíveis para aceitar novas ideias e novas formas de fazer negócios, tendo também de estar preparados para aceitar mudanças, melhorar produtos e processos e dar resposta a novos desafios organizacionais.
AUTÊNTICO
AUTÊNTICO Mantemo-nos fiéis a nós próprios e somos humildes, consistentes e coerentes.
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ABERTURA E TRANSPARÊNCIA Assumimos responsabilidades e esperamos que os outros façam o mesmo. Incentivamos uma cultura de abertura, transparência e responsabilização, e estamos recetivos à opinião de colaboradores, bem como de observadores externos, como meio para obter uma avaliação independente do nosso desempenho, do nosso grau de cumprimento das melhores práticas e dos nossos próprios valores e princípios. Esforçamo-nos por dar resposta às preocupações das partes interessadas. COOPERAÇÃO Damos autonomia aos nossos colaboradores e esperamos que estes assumam responsabilidades. Acreditamos na cooperação e no trabalho em equipa como um meio para partilhar conhecimento, experiência e responsabilidades entre os nossos colaboradores, tanto na execução de tarefas quotidianas, como na resolução de problemas complexos.
RESPONSÁVEL
COMPORTAMENTO ÉTICO As relações com as partes interessadas baseiam-se no respeito, na transparência, na honestidade e na integridade e não toleramos qualquer tipo de suborno ou forma de corrupção. Esforçamo-nos por preservar a nossa independência em relação a pressões políticas, para podermos falar e agir livremente, primeiro e sobretudo, em defesa dos interesses da sociedade
CONSCIÊNCIA SOCIAL Sabemos que a nossa atividade empresarial tem um impacto sobre o ambiente social e que temos uma responsabilidade no apoio às comunidades locais. Podemos envolver-nos com instituições de solidariedade social ou de beneficência, ou apoiar atividades culturais, desportivas ou de outro tipo como parte da nossa responsabilidade social e encorajar a participação ativa de todos os nossos colaboradores.
NÃO DESCRIMINAÇÃO Somos uma entidade empregadora que defende a igualdade de oportunidades. Não aceitamos qualquer tipo de discriminação no local de trabalho relacionada com idade, género, raça, origem social, religião, orientação sexual ou aptidão física. Os nossos sistemas de compensação e de desenvolvimento de carreira baseiam-se no mérito.
SAÙDE E SEGURANÇA O bem-estar físico e psicológico dos nossos colaboradores tem uma importância fundamental para nós e esforçamo-nos por garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos. Esperamos que todos os colaboradores cumpram as diretrizes e práticas de segurança.
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Temos consciência do impacto ambiental que provocamos e consideramos que a gestão responsável das questões ambientais é crucial para o nosso sucesso empresarial. Estamos empenhados no conceito da eco-eficiência e na obtenção sustentável de matérias-primas e respeitamos activamente estes princípios em todas as nossas práticas empresariais.
DIRECÇÕES ESTRATÉGICAS:
Durante 2011 dedicamos especial atenção em definir e alinhar as quatro direções estratégicas que queremos prosseguir no médio a longo prazo, de modo a melhorar significativamente o nosso desempenho, nomeadamente:
1) Construir uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e comprometidas Programa de alinhamento e desenvolvimento de pessoas
2) Criar uma cultura de alta performance fomentando a excelência operacional e a inovação Programa estruturado para desenvolver as melhores práticas e a partilha de conhecimento,
reforçada por uma abordagem lean manufacturing 3) Ser uma empresa com enfoque no mercado e com uma oferta integrada e consistente
Coleção global Innovus que tem vindo a ganhar uma crescente aceitação pelos nossos clientes
4) Desenvolver fábricas competitivas, com fornecimento seguro de madeira e de químicos Iniciativas que visam aumentar a flexibilidade de utilização da matéria prima utilizada.
Temos desde 2011 vindo a implementar as iniciativas necessárias que nos conduzirão pelo caminho estratégico definido, com a ambição de crescer e gerir um negócio rentável, assumindo um compromisso para com práticas de negócio responsáveis e uma sustentável criação de valor para os nossos acionistas.
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1.5. OS NOSSOS PRÉMIOS EM 2013 Tafisa Canada recebe um dos principais prémios de proteção ambiental (Phenix Award) e um prémio de escolha do público (People's Choice Award)
Phenix Award
A Tafisa Canadá recebeu o prestigiado Phenix Award por excelência na proteção e sustentabilidade ambientais – Business Category, Environmental Achievement, Technology, Process or Practice (Categoria Empresas, Desempenho, Tecnologia, Processo ou Prática Ambiental) – atribuído pelo Quebec Ministry of Sustainable Development, Environment, Wildlife and Parks (Ministério do Quebec para Desenvolvimento Sustentável, Ambiente, Vida Selvagem e Parques), o Quebec Ministry of Finance and Economy (Ministério do Quebec para Finanças e Economia ), a Eco Enterprises Quebec e a Quebec Environment Foundation.
A Tafisa Canadá foi selecionada por um painel de especialistas, dentre uma lista de 35 empresas, pelo sucesso da sua tecnologia de referência em reciclagem de madeira ("Rewood"). No seguimento de um investimento no valor de 5,4 milhões de dólares canadianos, a Tafisa Canada conseguiu aumentar o nível de utilização de fibra de madeira reciclada na sua produção de aglomerados, permitindo à empresa reciclar 244.000 toneladas de resíduos de madeira por ano – o equivalente a cerca de dois milhões de árvores.
O grupo de contemplados com o Phenix Award – que também incluiu as categorias municipal, sem fins lucrativos e educacional/jovens – foi divulgado a 25 de setembro de 2013 durante uma cerimónia realizada na Assembleia Nacional na cidade do Quebec.
Phenix People’s Choice Award
A Tafisa Canadá foi também escolhida pelo público para o prémio Phenix People’s Choice. Na primavera de 2013, 3.500 pessoas escolheram online o seu projeto favorito. O "Rewood" da Tafisa Canadá foi o projeto que recebeu a maioria dos votos e, por isso, foi contemplado com o prémio. ''Em nome da Tafisa, quero aproveitar esta oportunidade para agradecer à comunidade ambientalista e ao público em geral pelo seu apoio", afirmou Louis Brassard, Diretor de Operações da Tafisa Canada, ao receber os prémios. Louis Brassard explicou ainda que a Tafisa Canadá é uma das poucas unidades na América do Norte que está a reutilizar madeira a esta escala. "Temos muito orgulho no facto de a nossa empresa estar a recuperar resíduos de madeira urbanos que de outra forma acabariam em aterros, eventualmente libertando emissões de carbono nocivas para o ar”.
.
1.6. PRINCIPAIS EVENTOS EM 2013
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2. ANÁLISE SETORIAL
Contexto macroeconómico Durante 2013, a economia mundial continuou a enfrentar níveis elevados de incerteza e a recuperação da atividade económica só se verificou em determinadas regiões. Em particular, a zona euro continuou a sofrer o impacto da falta de dinamismo da atividade económica, sentida especialmente nos países do sul da Europa, uma vez que as medidas políticas e fiscais adicionais tiveram duras consequências ao nível do consumo privado, especialmente na categoria de produtos duradouros. Nos países do norte da Europa verificou-se um ambiente diferente, tendo começado a apresentar alguns sinais da muito desejada recuperação, com melhorados padrões de investimentos em habitação privada no setor da construção. Segundo a OCDE, "um nível de relativo otimismo está a voltar à zona euro"1
Na América do Norte, após a implementação de medidas de consolidação fiscal importantes, a economia canadiana manteve os seus padrões de crescimento do PIB, sustentados por exportações e atividades de investimento. Nos Estados Unidos, o crescimento económico foi considerado modesto, estando a merecer especial atenção o orçamento do Estado e o nível de dívida pública do país após o impasse político que levou ao encerramento dos organismos públicos (shutdown). Apesar deste clima, registou-se um crescimento do PIB durante 2013, com padrões de consumo favoráveis em relação a bens duradouros, apoiados pela redução das taxas de desemprego e por condições de concessão de empréstimos um pouco menos restritivas.
. Sinais de melhoria e tendências ascendentes registadas no crescimento do PIB na região, considerado lento mas positivo, apontam para a possibilidade de a recessão na Europa estar a chegar ao fim.
A África do Sul teve um arranque lento em 2013 mas a depreciação acentuada do rand e a consequente recuperação do mercado de exportações permitiu a recuperação da atividade económica durante o resto do ano, embora mantendo uma taxa reduzida de crescimento do PIB em comparação com os resultados históricos recentes. Durante 2013, o país também sofreu a perda do seu ex-presidente Nelson Mandela e enfrentou uma vaga de greves motivadas pela exigência de aumentos salariais, um reflexo de alguma tensão social sentida no país.
No que toca ao clima geral nas indústrias de consumo relevantes para a Sonae Indústria, a atividade no setor da construção, que sofreu o impacto extremamente elevado em anos anteriores da crise da dívida soberana e os impactos associados em termos de condições de crédito restritivas, começou a revelar sinais de melhoria em alguns países. Isto contrasta com as tendências ainda descendentes verificadas no setor do mobiliário. A evolução por zonas geográficas onde a Sonae Indústria está presente foi muito diferente, uma vez que, enquanto na Península Ibérica e em França as licenças de construção para habitação continuaram a apresentar reduções acentuadas comparativamente com o período homólogo, na Alemanha, nos Estados Unidos e na África do Sul, o mercado da construção começou a apresentar melhorias, comprovadas pela evolução positiva em termos de novas licenças de construção para habitação quando comparadas com o ano anterior.
Painéis derivados de madeira De acordo com estimativas divulgadas pela European Panel Federation (EPF) em junho de 20132
1 OCDE, "Economic Challenges and Policy Recommendations for the EURO Area" (Desafios económicos e recomendações de políticas para a zona EURO), fevereiro de 2014
(os dados disponíveis mais recentes), a procura enfrentada pelo setor europeu de painéis de madeira durante 2013 manteve-se relativamente estável, mas em níveis históricos reduzidos, enquanto continuava a ser afetada por um desempenho dececionante das indústrias do mobiliário e da construção. Trata-se de um reflexo do atual contexto económico europeu e da estagnação dos hábitos de consumo, especialmente em relação a bens duradouros.
2 EPF, Relatório Anual 2012-2013, junho de 2013
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Analisando o desempenho por produtos, a produção europeia de aglomerado de partículas nos países membros da EPF, após a queda de 5,5% verificada em 2012, continuou a apresentar níveis reduzidos de atividade de produção durante 2013. No entanto, calcula-se que a produção total poderá, para o ano de 2013 no seu conjunto, ter aumentado ligeiramente (+1,5%) comparada com 2012, o que se deverá traduzir num valor de produção global ligeiramente superior a 29 milhões de m3. O comportamento dos volumes de produção está alinhado com o desempenho previsto da procura, conforme avaliado através dos níveis de consumo registados nos países abrangidos pela análise.
Em termos de MDF, estima-se que o valor da produção na Europa tenha descido 6% em 2012 para cerca de 11 milhões de m³. Para 2013 e em termos do mercado europeu no seu conjunto, prevê-se que o consumo de MDF se mantenha relativamente estável (-0,4%) quando comparado com o ano anterior.
A produção europeia de OSB teve uma redução moderada de 2,3% em 2012 (-2,3%), mas mesmo assim atingiu um nível de produção total superior a 3,5 milhões de m³. O desempenho de 2013 deve ser semelhante ao registado durante o ano de 2012.
Em contraste com a evolução relativamente estável dos mercados europeus, o clima de negócios positivo verificado nos Estados Unidos durante 2013 teve efeitos positivos sobre a atividade de construção e, consequentemente, sobre a procura de produtos de painéis derivados de madeira na região. O mercado imobiliário nos Estados Unidos fechou 2013 num contexto positivo, em contraste com a evolução dececionante registada no exercício em termos de licenças de habitação no Canadá. Apesar disso, as estimativas divulgadas pela RISI3
indicam que o consumo total de aglomerado de partículas na América do Norte em 2013 ficou 3,1% acima do valor registado em 2012. À semelhança da evolução do segmento de aglomerado de partículas, calcula-se que o nível de consumo total de MDF durante 2013 na região tenha registado um aumento de 7,9% comparativamente com o período homólogo, enquanto o consumo de OSB terá crescido ainda mais (até 9,4%, quando comparado com 2012).
O desempenho do setor sul-africano de painéis derivados de madeira continua a acompanhar o desempenho global da economia em geral e dos setores da construção e do mobiliário em particular. Durante 2013, estimou-se um ligeiro declínio nos volumes de consumo geral de painéis de derivados de madeira, comparado com o valor de 2012. As estatísticas para produção de mobiliário em 2013 registaram um aumento de 2,9%4
comparativamente com o período homólogo.
Pavimentos Laminados Embora longe dos valores máximos históricos de 2007, os dados preliminares divulgados pelos European Producers of Laminate Flooring (EPLF) indicam que durante 2013 poderá ter ocorrido um ligeiro aumento do total de vendas de pavimentos (+0,7%5
em relação ao período comparável em 2012). No entanto, se a evolução for considerada apenas em termos dos países da Europa ocidental, calcula-se que o total de vendas em 2013 na realidade tenha descido aproximadamente 2,4% em relação a 2012, uma evolução que está de acordo com as tendências dececionantes referidas anteriormente verificadas nos setores de mobiliário e de construção na Europa.
3 RISI, North American Wood Panels Forecast - 5-Year (Previsão - Painéis de Madeira - América do Norte - 5 anos), dezembro de 2013 4 Innomis, South Africa furniture production (Produção de mobiliário na África do Sul), evolução de valor, comparativamente com o período homólogo, fevereiro de 2014 5 EPLF, Dados preliminares, World Sales of Flooring (Venda mundial de pavimentos), evolução comparativamente com o período homólogo, fevereiro de 2014
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3. ANÁLISE DE ATIVIDADE 3.1. VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDA RECORRENTE
3.1.1. Consolidado Sonae Indústria
* Transferindo os valores do Reino Unido para “operações descontinuadas”, devido à paragem da atividade de produção nesta região durante o 3T12
O Volume de Negócios consolidado da Sonae Indústria foi de 1.232 milhões de euros, em 2013, menos 7% que o valor registado em 2012, em grande parte devido à redução da presença industrial e ao abrandamento da procura que prevalece nos principais mercados da Europa. Por outro lado, a desvalorização do dólar canadiano e do rand sul-africano fez baixar o contributo destas operações no Volume de Negócios consolidado. Este efeito cambial negativo mais do que anulou o efeito da melhoria nas receitas, em moeda local, para ambas as regiões. A descida do Volume de Negócios consolidado resultou da combinação dos volumes de vendas mais baixos (menos 7,7% que em 2012) e da ligeira descida dos preços médios de venda (-0,8% relativamente a 2012).
O 4T13, em comparação com o mesmo trimestre de 2012, registou igualmente uma descida do volume de negócios de 7%, em que o principal impacto negativo vem da Europa do Norte, nomeadamente no seguimento da paragem da prensa de aglomerados em Horn, em Setembro último.
Em termos consolidados, a pressão nos custos da madeira e da energia térmica foram os principais factores que contribuíram para o aumento dos custos variáveis unitários (por m3) em 2013, mais 0,9% do que no ano anterior. Este aumento foi parcialmente anulado pela melhoria obtida nos custos dos químicos, eletricidade e manutenção do grupo. Numa base trimestral, e em comparação com o trimestre anterior, os custos variáveis unitários aumentaram 1,1%.
É importante referir que a Sonae Indústria conseguiu reduzir os custos fixos totais, numa base comparável, ou seja, sem a contribuição das unidades industriais de Knowsley e Solsona, em aproximadamente 5%, o que representa uma redução de 13 milhões de euros relativamente ao valor registado em 2012.
De salientar ainda que, em 2013, o índice médio de utilização de capacidade das unidades industriais aumentou para 73,1% (mais 0,5 pp em comparação com o nível médio de 2012). Este valor foi atingido através da concentração da produção nas unidades industriais mais eficientes, do ajustamento da produção aos baixos níveis de procura do mercado e graças ao desempenho da nossa linha de OSB em Nettgau que registou níveis record de produção, beneficiando de um contexto de forte procura do mercado. De referir que, numa base comparável, ou seja, excluindo linhas de produção inativas, o índice médio de utilização de capacidade do grupo aumentou para 74,8%.
O EBITDA recorrente da Sonae Indústria foi de 80 milhões de euros, o que se traduziu numa margem EBITDA recorrente de 6,5%, menos 1 pp do que em 2012. O EBITDA não recorrente registado foi de 15 milhões de euros, em 2013, na sua maioria relacionados com custos de despedimento (9,4 milhões de
Sonae Indústria consolidadoVolume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
1,352 1,3211,232
7.9% 7.5%6.5%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
2011* 2012* 2013
316 318 324297 293
7.3% 6.8% 7.0% 6.5% 5.8%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
50
100
150
200
250
300
350
4T12* 1T13 2T13 3T13 4T13
Volume de Negócios
Margem EBITDA Recorrente
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euros, dos quais 5 milhões relativos ao encerramento da unidade de Solsona) e custos adicionais associados com unidades descontinuadas (5 milhões de euros). Face a tudo isto, o EBITDA6
total em 2013 foi de 65 milhões de euros.
3.1.2. Europa do Sul
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
À semelhança de 2012, o desempenho na Europa do Sul foi afetado negativamente pelas condicionantes macroeconómicas existentes. As dificuldades de acesso ao crédito e o aumento da taxa marginal de imposto sobre o rendimento disponível das famílias condicionaram fortemente o investimento em bens de consumo duradouros, o que resultou na queda da procura de artigos de mobiliário em todos os países desta região.
Estes fatores foram confirmados pelas mais recentes estatísticas publicadas pelas autoridades competentes que demonstram que o número de novas licenças de construção na Península Ibérica baixou consideravelmente face ao ano anterior (-30,4%, em Portugal7 e -22%, em Espanha8). No que diz respeito a França, a atividade do sector de construção mostrou também sinais de queda, com o número de licenças de construção a descer 11%9
em comparação com o mesmo período de 2012. Ainda que sentindo o impacto destas condições de mercado, a Sonae Indústria conseguiu compensar parcialmente a descida dos volumes de vendas nos países da Europa do Sul através do aumento da atividade de exportação para outras regiões.
Em termos de desempenho financeiro em 2013, devemos salientar os seguintes fatores:
• O volume de negócios baixou 6%, consequência, em grande parte, da descida de 7% nos volumes de vendas. Em termos de desempenho da região, o principal contributo negativo vem da Península Ibérica (em que os volumes de vendas caíram 14% relativamente a 2012), que foi parcialmente compensado pela melhoria do desempenho em França (+6% numa base comparável). De salientar, no entanto, que o desempenho da Península Ibérica reflete a realocação dos clientes
6EBITDA = Resultados Operacionais + Depreciações & Amortizações + (Provisões e perdas por imparidade –Perdas por imparidade
de dívidas a receber + Reversão de perdas por imparidade em terceiros) 7 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Janeiro 2014 (“Nova habitação residencial”, evolução acumulada Janeiro a Novembro) 8 Fonte: Ministierio de Fomento, Janeiro 2014 (evolução acumulada Janeiro a Novembro) 9 Fonte: Service économie statistiques et prospective (Ministière de l’Écologie, de l’Energie, du Développement durable et de
l’Aménagement du territoire), Janeiro 2014 (evolução acumulada Janeiro a Dezembro)
Europa do SulVolume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
525 518485
5.1% 4.8%3.0%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
100
200
300
400
500
600
2011 2012 2013
125 126 130
112118
3.6%4.4% 4.3%
1.1%1.9%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
20
40
60
80
100
120
140
4T12* 1T13 2T13 3T13 4T13
Volume de Negócios **
Margem EBITDA Recorrente
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de aglomerados nas várias unidades industriais do grupo (da unidade encerrada em Solsona, Espanha para a unidade de Linxe, em França);
• Os preços médios de venda na Península Ibérica registaram níveis ligeiramente mais elevados que em 2012, visível, em particular, nos preços dos painéis revestidos a melamina, o que em parte compensou o efeito da descida dos volumes de vendas. Por outro lado, em França, ainda que os preços de venda registassem algum aumento relativamente a 2012, o efeito mix de vendas teve um impacto negativo sobre o preço médio global devido ao aumento do peso do aglomerado cru;
• Os custos variáveis unitários (por m3) foram afetados negativamente pela pressão sentida no preço da madeira, bem como nos combustíveis e eletricidade. O aumento dos custos variáveis foi compensado, de certa forma, pela descida dos preços dos químicos que resultam de melhorias de eficiência e do mix de produtos produzidos;
• A combinação destes fatores levou à deterioração da margem EBITDA recorrente, em 2013, para 3%, na Europa do Sul. No entanto, a margem EBITDA recorrente aumentou 0,8pp no 4T13, em comparação com o trimestre anterior.
3.1.3. Europa do Norte
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
Em contraste com o desempenho do mercado da Europa do Sul, o número de licenças de construção na Alemanha aumentou 12,1%10
Na sequência das condições de mercado aqui referidas, registaram-se as seguintes evoluções no desempenho da Europa do Norte, em 2013:
, em 2013, o que demonstra que o mercado continua a recuperar em resultado da combinação entre a melhoria de condições dos mercados financeiros e a descida das taxas de juro. No entanto, a melhoria no sector da construção não foi acompanhada pela indústria de mobiliário que continuou a registar um declínio nas vendas.
• O volume de negócios nesta região baixou 7,6%, em grande parte devido ao impacto da descida de 2,5% nos volumes vendidos, o que se explica pela queda na procura do mercado de aglomerados de particulas, que afetou maioritariamente a nossa unidade de Horn (que registou, ao longo de 2013, níveis muito baixos de utilização de capacidade). Este desempenho negativo contrasta com a tendência de crescimento nos volumes de OSB que se fixaram em níveis muito acima dos de 2012;
• Os preços médios de venda mantiveram-se relativamente estáveis na região, em que o impacto negativo dos preços de venda dos produtos de aglomerado continuamente baixos foram compensados pela tendência de crescimento dos preços de OSB;
10 Fonte: German Federal Statistics Office, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro)
Europa do NorteVolume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
628572
528
6.8% 7.2%5.4%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
100
200
300
400
500
600
700
2011* 2012* 2013
132 137 138 132122
6.8%
4.4%5.8% 6.2%
5.2%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
4T12* 1T13 2T13 3T13 4T13
Volume de Negócios **
Margem EBITDA Recorrente
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Relatório de Gestão
• Os custos variáveis unitários (por m3) registaram um aumento médio de aproximadamente 4%, em comparação com 2012, uma evolução relacionada, na sua maioria, com a pressão contínua nos custos da madeira e dos combustíveis;
• A combinação destes fatores levou à deterioração da margem EBITDA recorrente para 5,4% (versus 7,2%, em 2012). Numa base comparável, se excluirmos os itens associados com a correção de custos acrescidos, a margem EBITDA Recorrente do 4T13 teria diminuído apenas 0,7pp.
3.1.4. Resto do Mundo (Canadá e África do Sul)
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
Na América do Norte, a evolução marcadamente positiva, ainda que lenta, da economia dos EUA levou ao aumento dos níveis de construção em 2013 (mais 18%11 numa base comparável). O desempenho positivo do mercado Americano mais do que compensou a descida registada, ao longo de 2013, nas licenças de construção do Canadá (redução de 3,6%12
À semelhança da tendência que prevalece no mercado dos EUA, também a África do Sul registou uma subida no número de licenças de construção concedidas no mercado residencial (mais 9,2%
em comparação com o mesmo período do ano anterior)
13
Em termos de desempenho financeiro destas regiões, em 2013, devemos salientar os seguintes pontos:
, numa base comparável), o que revela sinais positivos de retoma no setor da construção deste país.
• O volume de negócios consolidado da região baixou 6,2% devido à evolução negativa das taxas de câmbio. No que diz respeito a volumes de vendas, a evolução negativa registada na África do Sul foi parcialmente anulada pela melhoria do desempenho das operações no Canadá. De notar que, numa base comparável, se excluirmos o efeito negativo das taxas de câmbio, o volume de negócios aumentou 5% face ao ano de 2012;
• Os preços médios de vendas registaram uma evolução positiva neste ano, em ambas as regiões, refletindo a melhoria das condições de mercado e o aumento da quota de produtos de valor acrescentado no mix de vendas global;
• Os custos variáveis unitários (por m3) reduziram ligeiramente na América do Norte mas aumentaram na África do Sul, devido à pressão exercida sobre os custos da madeira, químicos e combustíveis. No entanto, se compararmos o 4T13 com o 3T13, os custos variáveis médios baixaram significativamente nas nossas unidades sul-africanas;
11 Fonte: RISI, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Dezembro) 12 Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro) 13 Fonte: Statistics South Africa, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro)
Resto do MundoVolume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
255278
261
14.8%12.2%
14.3%
0.0%
5.0%
10.0%
15.0%
20.0%
25.0%
30.0%
0
50
100
150
200
250
300
2011* 2012* 2013
69 66 68 6561
14.2% 15.0%13.3%
15.3%13.5%
0.0%
5.0%
10.0%
15.0%
20.0%
25.0%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
4T12* 1T13 2T13 3T13 4T13
Volume de Negócios **
Margem EBITDA Recorrente
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• Apesar do contributo negativo dos movimentos nas taxas de câmbio das moedas do Canadá e África do Sul face ao Euro (em particular no que diz respeito à desvalorização do Rand em 24% face ao euro), a margem EBITDA recorrente da região aumentou 14,3%, em 2013, mais 2,1pp relativamente a 2012;
• De salientar que a nossa unidade industrial da América do Norte conseguiu restabelecer totalmente o problema do fornecimento originado pelo acidente ferroviário que ocorreu no dia 6 de julho em Lac Mégantic e, não obstante este trágico acontecimento, foi capaz de registar um bom nível de rentabilidade durante o ano de 2013.
3.2. ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA
3.2.1. Demonstração de Resultados
* transferindo os valores do Reino Unido para "operações descontinuadas", devido à paragem da atividade de produção nesta região
Em 2013, o EBITDA consolidado baixou 32 milhões de euros relativamente a 2012, na sua maioria devido à descida dos níveis de atividade e aos custos não recorrentes substanciais registados durante este ano (15 milhões de euros), associados a medidas de reestruturação adicionais levadas a cabo pela empresa (nomeadamente custos relacionados com o encerramento da unidade de Solsona, em Espanha). A geração de EBITDA, em 2013, foi ainda afetada negativamente pelos movimentos negativos das taxas de câmbio do dólar canadiano e do rand no valor de 4,7 milhões de euros. De notar que o valor dos itens não recorrentes inclui o contributo positivo decorrente da venda de ativos non-core, mais concretamente, a venda de dois ativos imobiliários: Duisburg (Alemanha) e George (África do Sul).
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSMilhões de euros 2012* 2013
2013 / 2012* 4T12* 3T13 4T13
4T13 / 4T12*
Volume de Negócios consolidado 1.321 1.232 (7%) 316 297 293 (7%)
Europa do Sul 518 485 (6%) 125 112 118 (5%)
Europa do Norte 572 528 (8%) 132 132 122 (8%)
Resto do Mundo 278 261 (6%) 69 65 61 (11%)
Outros Proveitos Operacionais 34 29 (16%) 13 5 10 (24%)
EBITDA 97 65 (33%) 26 16 14 (45%)
EBITDA Recorrente 99 80 (19%) 23 19 17 (26%)
Europa do Sul 25 15 (41%) 4 1 2 (49%)
Europa do Norte 41 28 (31%) 9 8 6 (30%)
Resto do Mundo 34 37 9% 10 10 8 (15%)
Margem EBITDA Recorrente % 7,5% 6,5% -1,0 pp 7,3% 6,5% 5,8% -1,5 pp
Amortizações e depreciações (77) (75) 3% (20) (19) (18) 6%
Provisões e Perdas de Imparidade (13) (32) - (12) 1 (40) -
Resultados Operacionais 12 (39) - (3) (1) (44) -
Encargos Financeiros Líquidos (51) (59) (15%) (13) (13) (15) (16%)
dos quais Juros Líquidos (28) (37) (29%) (8) (9) (10) (27%)
dos quais Descontos Financeiros Líquidos (15) (15) 1% (4) (4) (4) 14%
Result. antes de Impostos de oper. continuadas (39) (98) - (16) (15) (58) -
Impostos (16) 19 - (11) (1) 25 -
dos quais Impostos Correntes (6) (7) (30%) (1) (2) (2) (29%)
dos quais Impostos Diferidos (10) 27 - (9) 0 27 -
Resultado de operações continuadas (55) (79) (44%) (27) (16) (34) (24%)
Resultado de operações descontinuadas (45) - - (4) - - -
Interesses Minoritários (1) (1) 26% (0) (0) (0) (22%)
Resultado Líquido atribuível aos Acionistas (99) (78) 21% (30) (16) (33) (9%)
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As amortizações registaram um valor de 75 milhões de euros, menos 3% que em 2012. Apesar disso, a menor geração de EBITDA e as imparidades registadas na sua maioria em França (relativamente ao imobilizado fixo e ao goodwill) levaram a um EBIT negativo de 15 milhões de euros, em 2013.
Os encargos financeiros, em comparação com o ano anterior, aumentaram 8 milhões de euros (+15%), devido à subida do custo médio da dívida que se fixou em 5,5%, mais 1,1pp que o custo médio em 2012. Esta evolução resulta, na sua totalidade, da subida dos spreads em Portugal e Espanha, já que as taxas Euribor se mantiveram em níveis historicamente baixos.
No último trimestre de 2013, foram registados impostos diferidos adicionais no valor de 27 milhões de euros: 8.4 milhões de euros associados com as operações em Portugal e na Alemanha e 16.4 milhões de euros relativos ao impacto direto da reavaliação de “Terrenos e Edifícios”. O valor de impostos registado em 2013 foi de 1 milhão de euros acima do valor registado em 2012.
A combinação de todos estes fatores levou a um resultado líquido negativo das operações continuadas de 79 milhões de euros, menos 24 milhões de euros que o valor registado em 2012. No entanto, é de salientar que, devido ao impacto das operações descontinuadas (em 2012, a empresa registou uma imparidade relevante relativa ao encerramento das operações em Knowsley), o resultado líquido aumentou 21% face ao ano anterior.
3.2.2. CAPEX
Em termos acumulados, desde o início de 2013, os ativos fixos adicionais atingiram 19 milhões de euros, em comparação com 35 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior. A maioria dos investimentos está associada com melhorias nas áreas de manutenção e segurança orientadas, essencialmente, para as nossas unidades na região da Europa do Sul.
Em 2013, foi também registado um valor de aproximadamente 3,5 milhões de euros em “Pagamentos antecipados a fornecedores de ativos fixos”, relacionados com os investimentos planeados para as unidades de reciclagem das nossas operações na Alemanha.
Ativo fixo adicional Milhões de euros 2013 | Ativo fixo adicional por região Milhões de euros
xx FY CAPEX
9.7
5.4
4.3
Europa do Sul
Europa do Norte
Resto do Mundo
610
3
76
4
9
13
6
146
6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2011 2012 2013
1T 2T 3T 4T
35 35
1923
Adiantamentos a Fornecedores
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3.2.3. Balanço e Estrutura de Capital
**EBITDA recorrente dos últimos dozes meses
De acordo com a IAS 16, a Sonae Indústria alterou, em 2013, o tratamento contabilístico dos ativos tangíveis “Terrenos e Edifícios” de um modelo de custos para um modelo de reavaliação de ativos. De forma a refletir o valor justo destes itens nas contas da sociedade, foi contratada uma empresa externa para levar a cabo a avaliação dos ativos da sociedade, o que resultou num aumento de 130 milhões de euros. Foi registada uma reserva de reavaliação na rubrica de capitais próprios no valor de 93 milhões de euros, após os encargos com impostos diferidos correspondentes. De notar que o valor de amortizações, em 2013, não reflete o impacto desta reavaliação. O total de capitais próprios foi afetado negativamente pelas imparidades registadas no ano e pelo impacto contabilístico associado à consolidação das operações do Canadá e África do Sul, utilizando a taxa de câmbio mais baixa para o dólar canadiano e para o rand. Estes movimentos traduziram-se num efeito combinado negativo de 19 milhões de euros, em 2013. Estes efeitos negativos foram, ainda assim, quase totalmente anulados pela reserva de reavaliação anteriormente referida, o que resultou numa redução líquida dos capitais próprios de 8 milhões de euros, em comparação com o valor do final de 2012. No final de 2013, o fundo de maneio da sociedade baixou 5 milhões de euros em comparação com o final de 2012. Esta evolução positiva deve-se, em parte, à descida dos níveis de atividade registados no ano, consequência direta da redução da presença industrial, mas também devido à melhoria do período médio de recebimentos que baixou em três dias. Numa base anual, o endividamento líquido aumentou 13 milhões de euros para 678 milhões de euros no final de 2013, mas manteve-se praticamente estável se compararmos com o final do 3T13, o que reflete o enfoque contínuo da empresa na melhoria da geração de cash flow, ainda que num contexto atual económico e de mercado bastante difícil. A combinação da descida do EBITDA recorrente com a ligeira subida do nível do endividamento líquido levaram a uma deterioração do rácio Endividamento Líquido / EBITDA Recorrente para 8,4x.
BALANÇOMilhões de euros 2012 9M13 2013Ativos não correntes 936 868 940
Imobilizações corpóreas 806 744 811Goodwill 92 90 82Impostos diferidos ativos 24 23 34Outros ativos não correntes 13 11 13
Ativos correntes 329 348 302Existências 130 131 123Clientes 141 156 121Caixa e investimentos 23 28 27Outros ativos correntes 34 33 30
Ativos não correntes detidos para venda 4 4 4Total do Ativo 1.269 1.220 1.246
Capitais Próprios e Interesses Minoritários 135 77 127Capitais Próprios 136 78 128Interesses Minoritários (1) (1) (1)
Passivo 1.134 1.143 1.119Dívida remunerada 688 707 705
Médio e longo prazo 492 251 275
Curto prazo 196 456 430
Fornecedores 178 179 156Outros passivos 268 257 257
Total do Passivo, Capitais Próprios e Int. Minoritários 1.269 1.220 1.246
Dívida Líquida 665 679 678Dívida Líquida / EBITDA Recorrente** 6,7 x 7,9 x 8,4 xFundo de Maneio 93 108 88
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3.3. RESULTADOS INDIVIDUAIS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto empresa-mãe do grupo Sonae Indústria, define as diretrizes estratégicas para o grupo, gere as participações e monitoriza a atividade das suas subsidiárias. Além disso, a estrutura central é responsável pelo funcionamento das atividades financeiras do grupo, alocando fundos e gerindo as necessidades de tesouraria das suas subsidiárias.
3.4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto empresa gestora das participações sociais do grupo, com base nas contas individuais, gerou um Resultado Líquido negativo no exercício de 2013 de 150.763.751,85 euros.
O Conselho de Administração irá propor, na Assembleia Geral de Acionistas, que este Resultado Líquido negativo seja levado a resultados transitados.
3.5. PERSPETIVAS FUTURAS PARA 2014 Em 2014, prevemos uma estabilização ou mesmo, em certas regiões, uma melhoria marginal da envolvente de mercado para a indústria como um todo. Esta evolução, em conjunto com a implementação das medidas de reestruturação e alienações anunciadas, deve permitir-nos atingir um desempenho financeiro acima do que registámos em 2013, excluindo os custos isolados inerentes aos processos de reestruturação.
No que diz respeito aos custos da madeira, continuamos a prever uma conjuntura difícil, na Europa, com os desequilíbrios que prevalecem entre a oferta e a procura a determinarem os preços e a disponibilidade desta matéria-prima. Estamos a tomar medidas para resolver este problema, melhorando as nossas eficiências e adaptando o tipo de madeira consumido aos constrangimentos do mercado.
Vamos continuar a implementar a nossa estratégia definida de concentração da nossa produção nas unidades industriais mais eficientes, aumentando o nosso mix de vendas com uma maior parcela de produtos de valor acrescentado, procurando continuamente eficiências operacionais e ganhos de produtividade. Em termos de investimentos, vamos executar o plano definido de melhorar a nossa base de ativos, aumentando a reciclagem e os equipamentos de revestimento de painéis a papel melaminico, em linha com o posicionamento do mercado em segmentos de valor acrescentado que pretendemos alcançar e com as melhores práticas sustentáveis de aumentar a utilização de material reciclado nas nossas unidades industriais.
Tal como no ano passado, esperamos conseguir refinanciar a maior parte da dívida que se vence em 2014 e ajustar o perfil da dívida à geração de cash flow. Estamos confiantes que, com o apoio dos nossos principais stakeholders, vamos conseguir executar com êxito a estratégia definida, aumentando significativamente a nossa posição competitiva e posicionando-nos eficazmente para as próximas fases do ciclo económico.
Iremos continuar a desenvolver oportunidades de carreira a longo prazo e de gestão de talento, já que estas são prioridades da nossa empresa. O investimento em formação e a melhoria das capacidades das nossas pessoas são um fator importante para a implementação da nossa estratégia, em conjunto com o compromisso contínuo de assegurar um ambiente de trabalho seguro a todos os nossos colaboradores.
3.6. INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO A Sonae Indústria, SGPS, SA é uma empresa cotada na NYSE Euronext Lisbon, com um acionista maioritário – a EFANOR – que atualmente detém aproximadamente 51% do capital social.
A Sonae Indústria foi uma subsidiária da Sonae, SGPS até 2005, ano em que ocorreu a cisão em relação a essa empresa e em que se concentrou exclusivamente na sua competência principal: a produção de painéis derivados de madeira. Através de regras adequadas de governo da sociedade, de uma gestão do risco eficiente e de preocupações genuínas com o ambiente e a segurança dos nossos colaboradores, o nosso
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objetivo é ser reconhecido como um líder mundial sustentável no setor dos painéis de derivados de madeira.
A evolução da cotação das ações da Sonae Indústria normalmente é afetada por ciclos macroeconómicos, uma vez que o desempenho financeiro da empresa depende muito da evolução dos setores da construção e do mobiliário. Nos últimos anos, a cotação das ações da Sonae Indústria também pode ter sido afetada pela crise das dívidas soberanas na Europa, nomeadamente devido à maior aversão ao risco por parte de investidores estrangeiros em relação a investimentos em valores mobiliários portugueses.
COTAÇÃO DA AÇÃO E VOLUME DE TRANSAÇÕES
Apesar de significativos desafios macroeconómicos e financeiros, a cotação das ações da Sonae Indústria subiu aproximadamente 15% durante 2013. O volume de transações diário mais elevado das ações da Sonae Indústria registou-se a 23 de janeiro, o mesmo dia em que Portugal regressou aos mercados de dívida a longo prazo, emitindo 2,5 biliões de euros e reduzindo o custo do crédito para menos de 5%.
O valor mínimo da cotação, durante 2013, registou-se a 3 de julho (0,45 euros por ação), imediatamente após o início da crise política em Portugal, uma demonstração clara da sensibilidade das ações ao desempenho geral do país em termos económicos, financeiros e políticos, não obstante a diversidade geográfica das operações de produção e de comercialização da Sonae Indústria. O valor máximo da cotação em 2013 foi atingido a 11 de novembro, após a decisão do BCE de reduzir a taxa de referência em 25 pontos base.
Significativamente, em termos de liquidez, as ações da Sonae Indústria registaram um volume de transação médio diário de 413.413 ações durante 2013, mais do que duplicando o nível registado durante 2012.
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INDICADORES BOLSISTAS
3.7. TRANSAÇÕES COM AÇÕES PRÓPRIAS A Sonae Indústria, SGPS, SA não adquiriu, nem alienou ações próprias durante o exercício e, à data de 31 de dezembro de 2013, a empresa não detinha ações próprias.
3.8. EVENTOS SUBSEQUENTES Em 6 de janeiro de 2014, a Isoroy SAS, sociedade detida indiretamente pela Sonae Indústria SGPS, SA, na sequência de uma proposta recebida relativa aos negócios e ativos das unidades industriais de Auxerre e Le Creusot, em França, que inclui a transferência de todos os colaboradores daqueles negócios, iniciou o processo de informação e consulta dos representantes dos colaboradores relativamente à potencial transação, bem como ao subsequente redimensionamento dos escritórios localizados em Antony, Paris.
3.9. POLÍTICA DE DIVIDENDOS O Conselho de Administração definiu como objetivo a distribuição aos acionistas de 50% dos lucros anuais da empresa.
O rácio de pagamento real é proposto pelo Conselho de Administração em cada ano, tendo em consideração a sustentabilidade da estrutura de capitais da empresa e as fontes de financiamento disponíveis, bem como os planos de investimentos existentes.
Código ISIN PTS3P0AM0017Código Bloomberg SONI
Código Reuters SONI.LS2011 2012 2013
Capital Social 700,000,000 700,000,000 700,000,000Número de ações 140,000,000 140,000,000 140,000,000
Resultados Líquidos -57,817,393 -98,876,879 -78,045,917Resultados Líquidos por ação -0.41 -0.71 -0.56Devidendos por ação* 0.00 0.00 0.00Cotações
Máximo ano 1.93 0.71 0.66Mínimo ano 0.50 0.39 0.45Média ano 1.23 0.56 0.56
Cotação a 31-Dec 0.64 0.49 0.56Capitalização Bolsista a 31-Dec 88,900,000 68,460,000 78,820,000Volume médio de transações diário (ações) 162,181 150,479 413,413
* distribuídos no ano seguinte
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4. GESTÃO DE RISCOS
4.1. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO
a) Créditos sobre Clientes
O risco de crédito na Sonae Indústria resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a atividade operacional.
O principal objetivo da gestão de risco de crédito na Sonae Indústria é garantir a cobrança efetiva dos recebimentos operacionais de clientes em conformidade com condições de pagamento o mais reduzidas possível, mantendo ao mesmo tempo o nível mais baixo possível de imparidade de devedores.
De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por parte dos clientes, as empresas do Grupo:
- Criaram uma Comissão de análise e acompanhamento trimestral do risco de crédito; - Implementaram processos e procedimentos comuns de gestão de crédito pró-ativos e preventivos,
apoiados por sistemas de informação; - Criaram mecanismos adequados de cobertura de riscos (tais como, seguros de crédito, cartas de
crédito, garantias bancárias).
Para fomentar a partilha de experiências e o alinhamento de procedimentos e práticas, bem como garantir a aplicação das melhores regras de controlo, a Sonae Indústria promove de forma regular o "Fórum de Gestão de Riscos de Crédito de Clientes".
b) Outros ativos financeiros para além de créditos sobre clientes
Para além dos ativos resultantes das atividades operacionais e dos saldos de créditos sobre clientes correlacionados, as empresas do Grupo detêm outros ativos financeiros, relacionados sobretudo com as suas atividades de gestão de tesouraria e com depósitos em instituições financeiras. Em consequência destes movimentos e saldos bancários, existe também risco de crédito associado ao potencial incumprimento pecuniário das instituições financeiras que são contraparte nestes relacionamentos. No entanto, o risco é considerado reduzido devido aos valores limitados normalmente envolvidos em depósitos bancários e à credibilidade das instituições financeiros usadas pelas empresas do grupo.
4.2. RISCOS DE MERCADO
a) Risco de Taxa de Juro
Devido à proporção relevante de dívida a taxa variável nas suas Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, a empresa está exposta a risco de taxa de juro.
Regra geral, a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro. Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis de taxa de juro e o "cash flow operacional antes de juros líquidos", que cria uma cobertura natural ao nível do "cash flow operacional após juros líquidos" para a Sonae Indústria.
Como exceção à sua política geral, a Sonae Indústria pode contratar certos derivados de taxa de juro, visando exclusivamente cobrir exposições a riscos existentes e apenas na medida em que os riscos e valorização desses derivados possam ser avaliados com rigor pela empresa. As subsidiárias da Sonae Indústria não contratam derivados de taxa de juro com objetivos de trading, geração de proveitos ou fins especulativos.
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b) Risco de Taxa de Câmbio
Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. As Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostas a risco de câmbio de translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de translação como de transação.
Como regra do Grupo, sempre que é possível e economicamente viável, as empresas do Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira, mitigando dessa forma os riscos cambiais.
Também como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da atividade operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco cambial deve ser mitigado através da utilização de derivados cambiais de curto prazo contratados pela subsidiária exposta ao referido risco. As subsidiárias da Sonae Indústria não contratam derivados cambiais com objetivos de trading, geração de proveitos ou fins especulativos.
Como política, o risco de translação em resultado da conversão de investimentos de Capitais Próprios em subsidiárias não Euro não é coberto, uma vez que estes investimentos são considerados de longo prazo. Também se pressupõe que a cobertura de transações não acrescentaria valor a longo prazo. Os ganhos e as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de câmbio de investimentos de Capitais Próprios em subsidiárias não Euro são contabilizados na rubrica de “outro rendimento integral acumulado”.
c) Risco de Liquidez
No Grupo Sonae Indústria, a gestão do risco de liquidez tem por objetivo assegurar que a sociedade obtenha, atempadamente, o financiamento necessário para dar continuidade aos negócios, implementar a estratégia definida e cumprir com as suas obrigações, nos termos e condições mais favoráveis.
Para este efeito, a gestão de liquidez do Grupo compreende:
- Planeamento financeiro e previsões de fluxos de caixa por país e a nível consolidado, com diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e para o business plan);
- Diversificação de fontes de financiamento;
- Diversificação dos prazos de vencimento da dívida por forma a evitar uma excessiva concentração de reembolsos em curtos períodos de tempo;
- Negociação com bancos de relacionamento de linhas de crédito de curto prazo (committed e uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de operações financeiras (como é o caso do programa de Securitização de créditos comerciais), com o objetivo de assegurar um balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados;
- Acesso e gestão ativa das posições de liquidez e dos fluxos de caixa das subsidiárias, tendo em consideração os objetivos do Grupo no que toca a liquidez.
É política da Sonae Indústria não incluir rácios financeiros consolidados nos seus contratos de financiamento, que possam resultar no respetivo reembolso antecipado. Esta política tem em consideração a imprevisibilidade dos ciclos que caracterizam o negócio dos painéis derivados de madeira, e que influenciam fortemente os rácios financeiros ao longo das diferentes fases do ciclo de negócios.
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4.3. RISCOS LEGAIS A Sonae Indústria e as suas subsidiárias estão obrigadas e promovem ativamente o respeito pelas leis aplicáveis nos países e regiões em que operam. Mudanças nesses enquadramentos legais podem traduzir-se em alterações, ou mesmo restrições, às condições atuais de exploração e podem originar custos acrescidos.
A Sonae Indústria, SGPS, SA é, e pretende continuar a ser, reconhecida pela forma como age de acordo com as regras e os valores da concorrência com base no mérito, na força dos mercados livres e no respeito ilimitado pelo consumidor. Para atingir esse objetivo, estão em vigor medidas para reforçar a promoção e divulgação das iniciativas de conformidade existentes dentro do Grupo. Tais medidas incluem formação para os colaboradores, a fim de garantir que todas as partes da nossa organização, em todas as geografias, têm uma consciência mais profunda e mais completa e um respeito mais rigoroso perante as suas obrigações legais.
4.4. RISCOS OPERACIONAIS O fabrico de painéis derivados de madeira é uma atividade industrial com um risco operacional muito significativo, decorrente de eventuais acidentes envolvendo incêndio e explosão. Consequentemente, a gestão de risco operacional é uma preocupação central da empresa e temos uma postura ativa na implementação de normas e de melhores práticas, bem como na escolha de sistemas capazes de reduzir os riscos industriais.
Para uma descrição pormenorizada destes riscos e das iniciativas desenvolvidas para os mitigar, consultar o Relatório sobre o Governo da Sociedade.
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5. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
5.1. RELATÓRIO SOCIAL
AS NOSSAS PESSOAS Na Sonae Indústria, acreditamos que as pessoas são o suporte para impulsionar a mudança do futuro. Preocupamo-nos com a segurança e o bem-estar dos nossos colaboradores e esforçamo-nos por apoiar o seu desenvolvimento pessoal e profissional para poderem concretizar os seus próprios objetivos de carreira. Cada colaborador é um indivíduo único e é esta diversidade que constitui a riqueza da cultura da Sonae Indústria. Expressamos o nosso empenho para com as nossas pessoas nos valores empresariais de Cooperação, Não-discriminação e Segurança e Saúde.
No final de 2013, a Sonae Indústria empregava um total de 4.170 pessoas em 7 países diferentes. A diminuição em relação ao final de 2012 deve-se sobretudo ao encerramento da fábrica de Solsona.
Força de trabalho por idade
O grupo etário mais representativo na Sonae Indústria corresponde às idades entre 45 e 54 anos. Também se deve salientar que as mulheres representam aproximadamente 16% do total da força de trabalho da empresa.
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Nos últimos anos, a produtividade tem vindo a aumentar de uma forma muito significativa, especialmente devido ao processo de reestruturação que levámos a cabo.
Taxa de absentismo (%)
O absentismo tem vindo a diminuir de forma constante nos últimos anos mas apresentou um ligeiro aumento em 2013 gerado sobretudo na Alemanha, devido a baixa por doença, e nas áreas corporativas, devido a licenças de maternidade/paternidade.
Número de Colaboradores e ProdutividadeNúmero de Colaboradores 1) Produtividade
BASE 100: 2002
1) Colaborados excluindo estagiários 2) Hornitex e Darbo
6.895
7.805
6.2245.710 5.438 5.438
6.9446.471
5.3684.789 4.712
4.4084.170
100
123,4
149,5
163,8167,0
181,0
166,3
145,3
164,1
176,1182,3
179,6
95,0
120,0
145,0
170,0
195,0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
2)
5,7%
5,0%
5,0%
4,7%
4,8%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
2009 2010 2011 2012 2013
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Horas de formação e % por colaborador
Apesar de em 2013 se ter registado uma redução do número médio de horas de formação por colaborador, em comparação com o ano anterior, a formação continua a ser uma das prioridades da Sonae Indústria. Os programas de formação para desenvolvimento contínuo dos últimos anos, apoiados por entidades externas, já foram concluídos e agora a atenção está centrada em atividades de formação internas e partilha de melhores práticas em fóruns específicos.
PARCERIAS COM UNIVERSIDADES Com o objetivo de desenvolver e melhorar as características dos nossos produtos e de criar um Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (CIDI), foi desenvolvida uma parceria com duas universidades portuguesas, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Escola Superior Tecnológica de Viseu (ESTV), com o apoio da ARCP - Associação Rede de Competência em Polímeros. Esta parceria é um motor de promoção de inovação de produtos e processos no grupo e fomenta as relações e a cooperação entre a nossa empresa e a comunidade estudante. No momento, e inserido no enquadramento de competências definido, os principais objetivos do nosso centro de investigação são os seguintes:
• G0 – Novos Polímeros - Investigação fundamental; • G1 – Resinas - controlo e monitorização industrial; • G2 – Derivados de Madeira - desenvolvimento de novos produtos, caracterização do desempenho
físico-mecânico, avaliação da performance de sistemas de encolagem; • G3 – Papéis Impregnados e Termolaminados - impregnação, caracterização de desempenho,
desenvolvimento de novos produtos/processos • G4 – Emissões - análise de emissões COV14
, em particular de Formaldeído
Tendo em conta os objetivos expostos em cima, a Sonae Indústria, através de uma das suas subsidiárias, a Euroresinas, tem os seguintes equipamentos e instalações no campus universitário:
Reator para produção de resina Equipamentos para produção Análise de emissões de aglomerado de partículas de formaldeído
14 Compostos orgânicos voláteis
126
126
103
101
73
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
0
20
40
60
80
100
120
140
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Com esta parceria, a Sonae Indústria tem deste modo acesso privilegiado a equipamentos e técnicas, ao conhecimento científico dos investigadores, ao desenvolvimento de novos métodos e acesso permanente a técnicos de elevado potencial para eventuais processos de recrutamento de quadros para as suas empresas
ENVOLVIMENTO NA COMUNIDADE LOCAL Independentemente de nacionalidades, na Sonae Indústria a maioria das nossas pessoas partilha o desejo de melhorar as condições de vida dos mais carenciados nas comunidades locais em que estamos presentes. Em algumas situações específicas, envolvemo-nos com instituições sociais ou de beneficência e encorajamos as nossas pessoas a participar ativamente nestas iniciativas.
Em Portugal, foi lançado um projeto de voluntariado pela Sonae Indústria em 2008, intitulado "T-shirt", que dá a todos os colaboradores da empresa a oportunidade de dedicar um máximo de três dias de trabalho por ano para fazer trabalho em regime de voluntariado. Esses dias são financiados pela empresa com o fim de encorajar os colaboradores a envolver-se em comunidades e projetos locais.
"T-shirt", Woody e a floresta urbana, Portugal
A educação e o bem-estar das crianças são uma parte importante do nosso compromisso. Neste programa "t-shirt" específico, os voluntários da Sonae Indústria visitam escolas locais e promovem o ciclo virtual da madeira junto de crianças da pré-primária ao 4º ano. Começando muito novas, as crianças vão crescer com consciência da necessidade e das vantagens da reciclagem. Com este fim em vista, imprimimos um livro de 40 páginas e capa mole em que o "Woody" conta como precisa da floresta e das árvores para sobreviver. Desta forma, o Woody torna-se um instrumento para ensinar às crianças o papel importante que as árvores têm na sobrevivência do planeta, encorajando-as a estar mais conscientes das questões ambientais e do seu impacto na nossa vida diária. Este projeto reflete o empenho da empresa em estimular a reflexão sobre o impacto da floresta na vida diária e especificamente aos níveis ambiental, social e económico - mostrando, por exemplo, a vida na floresta, as atividades económicas associadas ao setor das florestas, o uso no quotidiano de produtos e serviços com origem na floresta, bem como promovendo a reciclagem de madeira.
Durante o ano de 2013 visitamos 54 aulas de 14 escolas situadas nas proximidades das nossas fábricas. No total conseguimos chegar a 1.204 estudantes durante um período de 7 meses. Três destas escolas foram também presenteadas com uma coleção de livros para a sua biblioteca, que foram gentilmente doados pela Fundação Belmiro de Azevedo. Durante o mês de Dezembro, foi efetuada a já habitual recolha de Natal de brinquedos. Os brinquedos que foram recolhidos pelas várias unidades foram posteriormente oferecidos a instituições de solidariedade locais.
"T-shirt", atividades de reflorestação em Portugal e Espanha
Com esta iniciativa, à semelhança dos últimos anos, a Sonae Indústria visa manter a sua atitude responsável ao nível ambiental, ajudando dessa forma a proteger o património florestal, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos naturais e chamando a atenção para a importância das florestas nacionais. Além disso, desafia os agentes económicos a promover em conjunto mais e melhores florestas, para que possam gerar mais valor, tanto numa perspetiva ambiental como numa perspetiva socioeconómica.
Em 2013, 114 colaboradores, familiares e amigos de cinco unidades da Sonae Indústria estiveram envolvidos no processo de reflorestação em Penacova, para apoiar a Floresta Unida, uma organização que tem como meta plantar 400 milhões de árvores em 30 anos e proteger outros 150 milhões.
Outros programas de responsabilidade social em Espanha
• Kilo Project – recolha de alimentos que são posteriormente oferecidos à Federación Española de Bancos de Alimentos (FESBAL), à Cáritas e à Cruz Vermelha Espanhola. Durante o ano de 2013 foram recolhidos 640 kgs de alimentos pelos colaboradores das fábricas espanholas da Sonae Indústria.
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• SOLIDARIDAD POR UN TUBO – consiste numa iniciativa integrada no programa T-shirt, de recolha de telemóveis e equipamentos e acessórios antigos. O dinheiro proveniente da venda destes equipamentos é depois oferecido à Associação de Pais de crianças com Cancro.
Programas de responsabilidade social no Canadá
A Tafisa Canadá continua a apoiar ativamente várias iniciativas e esforços em Lac-Mégantic e nas comunidades próximas. A Tafisa Canadá e os seus colaboradores são dos principais doadores da Fondation du centre de santé et de services sociaux du Granit (CSSS du Granit, Fundação para a Saúde e Segurança). Desde 2003, mais de $180.000 foram doados para o desenvolvimento de serviços dedicados à promoção da saúde e bem-estar da comunidade. Deve ser ainda mencionado o incidente de 6 de Julho de 2013 que ocorreu em Lac-Mégantic e que mudou a face da comunidade. O CSSS du Granit desempenhou um papel fundamental no suporte às pessoas que foram afetadas por esta tragédia, oferecendo cuidados médicos nas horas seguintes ao acidente, bem como suporte emocional essencial, assegurando que profissionais médicos adequados estavam disponíveis para pessoas que necessitavam de suporte para enfrentar a perda de entes queridos e bens. A comunidade de Lac-Mégantic recebeu também suporte emocional e financeiro de todas as partes do mundo. Muitos dos parceiros económicos da nossa empresa, incluindo clientes, fizeram vários donativos a favor da Cruz Vermelha Canadiana e à Fondation Avenir Lac-Mégantic com o objetivo de apoiar a comunidade. Muitos dos nossos colaboradores, em conjunto com as suas famílias, dedicaram o seu tempo a ajudar as pessoas da comunidade que foram afetadas pelos eventos do Verão passado.
Foi também essencial o suporte à preservação de um ambiente de “normalidade” na comunidade. Neste sentido a Tafisa Canadá continuou a apoiar as atividades e eventos que permitem que as pessoas se reúnam e se divirtam. Continuou também a apoiar atividades que ajudam a promover o turismo na região. A Tafisa Canadá fez também várias contribuições para várias iniciativas desportivas que envolveram crianças e colaboradores da empresa.
Investimento Social da Empresa - Iniciativas na África do Sul (CSI - Corporate Social Investment)
Na África do Sul, a nossa empresa Sonae Novobord desenvolve várias ações, não só através de apoio financeiro, mas também com parcerias ativas, promovendo e participando em campanhas de sensibilização. Os principais pontos são a Educação (incluindo bolsas de estudo e competências), o Worldwide Fund for Nature (WWF) e a organização de iniciativas de educação para professores. Durante 2013, integradas no programa global da empresa, foram organizadas as seguintes atividades:
- Programa de e-learning nas escolas de Ligbron, Lungisani, Hazyview e Camden, com destaque para o desenvolvimento dos alunos nas áreas específicas da matemática e das ciências;
- Apoio a uma escola para crianças carenciadas na zona de Alexandra (Friends of Alex); - Apoio à Furntech, uma escola de ensino técnico para desenvolvimento de competências em
carpintaria/marcenaria (pessoas carenciadas); - Envolvimento ativo no WWF, no Water Neutral Program, estimulando o investimento na proteção
dos recursos hídricos e ecossistemas da África do Sul (parceria já no seu 4o ano de existência); - Atribuição de bolsas de estudo a dois (candidatos AA - Ação Afirmativa) estudantes na
universidade. A gestão das iniciativas CSI é da responsabilidade de uma comissão dirigida por um consultor independente, sendo os restantes membros colaboradores da Sonae Novobord. PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE E SEGURANÇA Durante 2013, foram implementadas várias ações, melhores práticas e procedimentos melhorados em todas as nossas unidades, com o objetivo de melhorar continuamente os indicadores de segurança da Sonae Indústria.
A figura abaixo representa o índice consolidado no país e no mundo de casos de acidentes com baixa15
15 Casos de acidentes com baixa: qualquer acidente ou doença ocupacional que impeça o colaborador de apresentar-se ao trabalho, em qualquer turno subsequente e calendarizado. Acidentes fatais e doenças são considerados casos
:
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Relatório de Gestão
O índice global de casos de acidentes com baixa da Sonae Indústria melhorou 12% (em comparação com 2012). Embora ainda não tenhamos atingido as metas definidas, consideramos que se trata de uma tendência positiva e consistente, indicando que estamos no caminho certo para concretizar os nossos objetivos a médio prazo. A este nível vale a pena destacar os bons resultados obtidos na Península Ibérica, na JV 50%16
O Negócio Non-Board e as operações na África do Sul e no Canadá registaram alguns acidentes durante o exercício, o que levou a um aumento significativo do índice de casos de acidentes com baixa. Em França, como se pode ver no gráfico, também tivemos um ligeiro aumento (+1% em comparação com 2012). Para melhorar os nossos níveis de segurança e, nas regiões onde a evolução foi negativa, garantir uma inversão dos resultados, foram implementadas ações adicionais durante o ano, a juntar às medidas existentes visando garantir uma redução sustentável das causas de fundo que estiveram na origem destes acidentes.
e na Alemanha (reduções de 40%, 36% e 27%, respetivamente, em comparação com o ano passado).
À semelhança do índice de casos de acidentes com baixa, o índice de gravidade17
de acidentes com baixa, independentemente do tempo que medeia entre o acidente e o falecimento em consequência da doença.
desceu 23% globalmente em comparação com o ano anterior. A ocorrência de um incidente no Canadá aumentou naturalmente o índice de gravidade nessa operação, mas não teve um impacto significativo ao nível do índice global.
Índice de casos de acidentes com baixa = (Número de casos de acidentes com baixa x 200.000) / Número de horas trabalhadas calculado numa base de 200.000 horas por colaborador (100 colaboradores a tempo inteiro, a trabalhar 50 semanas, 40 horas por semana). 16 Joint Venture com Tarkett para a produção de Pavimentos Laminados, em Eiweiler (50% / 50%) 17 Índice de gravidade = Número de dias de trabalho perdidos devido a casos de acidentes com baixa x 1.000 / Número de horas trabalhadas
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Peninsula Ibérica NBB França Alemanha JV 50% Canadá África do Sul Sonae Indústria
Índice de casos de acidente com baixa 2011 2012 2013
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
Peninsula Ibérica NBB França Alemanha JV 50% Canadá África do Sul Sonae Indústria
Índice de gravidade 2011 2012 2013
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Relatório de Gestão
O índice de gravidade está relacionado com o grau de gravidade dos acidentes com base no número de dias perdidos e destina-se a revelar a dimensão dos problemas de segurança ao expor a importância de cada acidente. O facto de este índice ter diminuído em todos os países, exceto no Canadá, por motivos bem conhecidos, é um indicador claro de que os acidentes ocorridos foram menos graves. No entanto, o nosso objetivo principal mantém-se inalterado e faremos todos os esforços para continuar a reduzir o valor destes índices todos os anos
5.2. RELATÓRIO AMBIENTAL Consumo de madeira (tonelada seca/m3 produzido) A madeira é a principal matéria-prima da Sonae Indústria. Como grandes utilizadores deste material natural, renovável e reciclável, consideramos que usar madeira reciclada e subprodutos de madeira na nossa produção faz parte do nosso contributo sustentado visando mitigar as emissões de CO2 e as alterações climáticas.
Nas figuras abaixo apresentamos as tendências de consumo por tipo de madeira e de eficiência na utilização de madeira para os últimos anos.
O nosso valor global de consumo específico de madeira manteve-se estável em comparação com os valores de 2012, e permanece em níveis ligeiramente mais baixos do que aqueles registados em anos anteriores.
0,69
0,69
0,70
0,71
0,70
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
20132012201120102009
Consumo de madeira por metro cúbico produzido(tonelada seca /m3)
46%61%
84%
66%59%
51%43%43%40%39%
33%
36%
16%
10%
74%
41%
31%34%39%38%37%
21%
3%
24%26%18%23%19%22%24%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Penisula Ibérica
FrançaJV 50%AlemanhaCanadáÁfrica do Sul
20132012201120102009
Consumo de madeira por tipo
Reciclado Subprodutos Rolaria
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Relatório de Gestão
O valor de consumo de madeira por tipo, para todas as operações da Sonae Indústria, revelou o impacto dos encerramentos de Knowsley e de Solsona, que determinou um contributo mais baixo de matérias-primas de madeira reciclada.
O contributo mais elevado de madeira de rolaria também resulta de um peso relativamente mais elevado da produção de MDF, em comparação com anos anteriores.
Consumo de água (m3 / m3) Municipal, à superfície e subterrânea
Tal como é do conhecimento geral, em todo o mundo a água limpa está a tornar-se um recurso raro. Uma vez que os processos de produção da Sonae Indústria exigem água, é objetivo da empresa fazer esforços sustentados contínuos para reutilizar águas residuais tratadas e para aferir e reduzir, na medida do possível, os níveis de consumo de água.
Os processos de produção de MDF consumem volumes de água significativamente mais elevados em comparação com o fabrico de aglomerado de partículas ou OSB. Após uma tendência de 5 anos de melhorias graduais, o consumo global específico de água da Sonae Indústria sofreu um ligeiro aumento em 2013, quando comparado com o ano anterior, motivado sobretudo pelo contributo mais acentuado da produção de MDF no nosso portfólio global de produção de painéis. No entanto, este indicador continua a ser melhor do que o nível registado em 2011. Este efeito foi observado sobretudo nas operações da Península Ibérica, em consequência do encerramento de Solsona e do contributo mais reduzido da produção de aglomerado de partículas daí decorrente.
Geração de resíduos (kg / m3) Resíduos perigosos e não perigosos
O indicador global especifico de geração de resíduos também foi afetado pela redução dos níveis de produção verificada durante os últimos anos, bem como pelo reforço da representatividade da produção de MDF no portfólio da Sonae Indústria.
No que toca ao desempenho individual por país, apenas as nossas operações francesas registaram uma melhoria em comparação com o desempenho do ano anterior.
0,48
0,470,490,
540,57
0,0
0,2
0,4
0,6
20132012201120102009
Consumo de água por metro cúbico produzido(m3/m3)
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Relatório de Gestão
SISTEMAS DE GESTÃO
O processo de integração gradual dos sistemas de gestão de qualidade, ambiental e de saúde e segurança da Sonae Indústria continuou durante 2013.
O número de unidades certificadas ao nível de sistemas de gestão de qualidade (de acordo com a norma ISO 9001), ambiental (de acordo com a norma ISO 14001) e de saúde e segurança (de acordo com a norma OHSAS 18001) manteve-se estável em 2013.
No início de 2013, cumprimos um objetivo crucial ao obter uma certificação da cadeia de responsabilidade para matérias-primas para as operações com base em floresta.
Esta conquista inclui os seguintes elementos:
- Todas as nossas operações industriais de fabrico de aglomerado estão certificadas de acordo com as normas de cadeia de responsabilidade e de madeira controlada do FSC (Forest Stewardship Council). A única exceção atual é Pontecaldelas, uma operação de valor acrescentado que fabrica pavimentos laminados, em Espanha. O plano para a certificação da fábrica de Pontecaldelas de acordo com o FSC está programado para 2014;
- Todas as nossas operações industriais europeias estão certificadas de acordo com o princípio de cadeia de responsabilidade do PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification - Programa para o Reconhecimento de Sistemas de Certificação Florestal), garantindo dessa forma a nossa política de dupla certificação para a Europa;
- O nosso grupo de propriedades florestais em Portugal (o único país onde a Sonae Indústria possui algumas florestas) também está certificado de acordo com as normas de gestão florestal do FSC e do PEFC.
A situação atual ao nível de certificação dos nossos sistemas de gestão é a seguinte:
27,9
26,5
25,429
,133,9
0,0
20,0
40,0
60,0
20132012201120102009
Geração de resíduos por metro cúbico produzido(kg/m3)
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Relatório de Gestão
Maia
Mangualde
Oliveira do Hospital
Sines
Alcanede
Vilela
Castelo de Paiva
Betanzos
Linares
Valladolid
Cuellar
Pontecaldelas
Auxerre
Le Creusot
Linxe
Ussel
Meppen
Eiweiler
Nettgau
Hörn
Beeskow
Kaisersesch
Panbult
White River
Lac-Mégantic
Qualidade Ambiente Produtos florestais cadeia de
responsabilidade
Segurança & Saúde
ISO 9001 ISO 14001 PEFC FSC OHSAS 18001
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Relatório de Gestão
6. NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS Atividade desenvolvida pelos Membros Não-Executivos do Conselho de Administração Todos os Membros Não-Executivos do Conselho de Administração da Sonae Indústria integram uma das Comissões do Conselho de Administração (para uma descrição pormenorizada da composição e das principais funções de cada comissão, consultar o Relatório sobre o Governo da Sociedade). Nesse contexto, aqueles Membros do Conselho de Administração analisam as matérias que são da competência da respetiva Comissão, dando diretrizes à empresa sobre as mesmas e apresentando propostas ao Conselho de Administração. Para além dessa participação nas Comissões Especializadas, os Membros Não-Executivos do Conselho de Administração participam ativamente nas reuniões do Conselho de Administração, onde discutem e questionam as matérias em análise e as decisões tomadas. De acordo com a experiência profissional que possuem, os Membros Não-Executivos do Conselho de Administração participam igualmente na análise de projetos de otimização industrial, de projetos de expansão e de reestruturação, e no desenvolvimento de contactos internacionais relevantes com possíveis parceiros e autoridades, no âmbito das áreas geográficas em que a empresa está atualmente presente ou em que equaciona poder vir a investir. Agradecimentos O Conselho de Administração gostaria de agradecer aos clientes, fornecedores, instituições financeiras e outros parceiros de negócio da Sonae Indústria pelo seu envolvimento constante e a confiança que mais uma vez demonstraram em relação à organização. O Conselho de Administração gostaria igualmente de agradecer sinceramente a todos os nossos colaboradores o esforço, empenho e dedicação demonstrados ao longo do ano. 11 de março de 2014,
O Conselho de Administração,
_________________________
Belmiro de Azevedo
_________________________
Paulo Azevedo
_________________________
Albrecht Ehlers
_________________________
_________________________
Rui Correia
_________________________
Chris Lawrie
_________________________
Jan Bergmann
Javier Vega
ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO E PARTICIPAÇÕES
QUALIFICADAS
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES
COMERCIAIS
Saldo em 31.12.2013
Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade
Belmiro Mendes de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 49.999.997 (1 acção é detida pelo conjuge) Sonae Indústria, SGPS, SA 1.010 (detidas pelo conjuge)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 1 Migracom, SGPS, SA (2) 1.969.996
Rui Manuel Gonçalves Correia Sonae Indústria, SGPS, SA 12.500
Agostinho Conceição Guedes Sonae Indústria, SGPS, SA 2.520
Saldo em 31.12.2013
Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA 44.780.000
Pareuro, BV (3) 5.583.100
(2) Migracom, SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 90.000 Imparfim, SGPS, SA (4) 150.000
(3) Pareuro, BV Sonae Indústria, SGPS, SA 27.118.645
(4) Imparfin, SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 278.324
Aquisições Alienações
Aquisições Alienações
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Relatório de Gestão
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES
COMERCIAIS
PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS Cumprimento do disposto no Artigo 8º, nº1, alínea b) do Regulamento da CMVM nº 5/2008
(1) Belmiro Mendes de Azevedo é, nos termos da al.b) do nº1 do Artº 20º e do nº1 do Artº 21º do CVM o ultimate beneficial owner, porquanto detém cerca de 99 % do capital social e dos direitos de voto da Efanor Investimentos SGPS, SA e esta, por sua vez domina integramente a Pareuro BV.
Número de acções a 31.12.2013
Efanor Investimentos, SGPS, SASonae Indústria,SGPS, SA 44.780.000Pareuro, BV 5.583.100
Pareuro, BVSonae Indústria, SGPS, SA 27.118.645
Accionista Nº de acções % Capital Social % Direitos de Voto
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Directamente 44.780.000 31,9857% 31,9857%Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor) 27.118.645 19,3705% 19,3705%Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor) 1.010 0,0007% 0,0007%Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 711 0,0005% 0,0005%Através da Migracom, SGPS, SA(sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo) 90.000 0,0643% 0,0643%Atravé da Linhacom, SGPS, SA(sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo) 23.186 0,0166% 0,0166%
Total de Imputação 72.013.552 51,4383% 51,4383%
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Relatório de Gestão
DECLARAÇÃO EMITIDA NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NA
ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART. 245º DO CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS
Nos termos do disposto na alínea c) do nº1 do Artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da Sonae Indústria, SGPS, SA declaram que, tanto quanto é do nosso conhecimento:
a) O relatório de gestão, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das sociedades incluídas no perímetro de consolidação; e
b) o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da sociedade e das sociedades incluídas no perímetro de consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
_________________________
Belmiro Mendes de Azevedo _________________________
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo _________________________
Javier Vega de Seoane Azpilicueta
_________________________
Albrecht Olof Luther Ehlers
_________________________
Rui Manuel Gonçalves Correia
_________________________
George Christopher Lawrie
_________________________
Jan Kurt Bergmann
SONAE INDÚSTRIA
RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE 2013
11 Março 2014
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Relatório do Governo da Sociedade
ÍNDICE PARTE I – INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE ...................................................................................................................... 3
A. ESTRUTURA ACIONISTA ................................................................................................................ 3
I. Estrutura de Capital .............................................................................................................................. 3
II. Participações Sociais e Obrigações Detidas ........................................................................................ 4
B. ORGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES ................................................................................................. 5
I. Assembleia Geral ................................................................................................................................. 5
a) Composição da mesa da assembleia geral ......................................................................................... 5
b) Exercício do Direito de Voto ................................................................................................................. 5
II. Administração e Supervisão ................................................................................................................. 6
a) Composição .......................................................................................................................................... 6
b) Funcionamento ..................................................................................................................................... 9
c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados .......... 13
III. Fiscalização ..................................................................................................................................... 17
a) Composição ........................................................................................................................................ 17
b) Funcionamento ................................................................................................................................... 19
c) Competências e funções .................................................................................................................... 20
IV. Revisor Oficial de Contas ................................................................................................................ 20
V. Auditor Externo ................................................................................................................................ 21
C. ORGANIZAÇÃO INTERNA ............................................................................................................. 22
I. Estatutos ............................................................................................................................................. 22
II. Comunicação de Irregularidades ........................................................................................................ 22
III. Controlo interno e gestão de riscos ................................................................................................. 24
IV. Apoio ao Investidor .......................................................................................................................... 33
V. Sítio de Internet ............................................................................................................................... 33
D. REMUNERAÇÕES .......................................................................................................................... 35
I. Competência para a determinação .................................................................................................... 35
II. Comissão de remunerações ............................................................................................................... 35
III. Estrutura das remunerações ........................................................................................................... 36
IV. Divulgação das Remunerações ....................................................................................................... 39
V. Acordos com Implicações Remuneratórias ..................................................................................... 41
VI. Planos de Atribuição de Ações ou Opções sobre Ações (Stock Options) ...................................... 41
E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS .......................................................................... 43
I. Mecanismos e procedimentos de controlo ......................................................................................... 43
II. Elementos relativos aos negócios ...................................................................................................... 44
PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO .......................................................................... 45
1. Identificação do Código de governo das sociedades adotado ........................................................... 45
2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado ....................................... 45
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Relatório do Governo da Sociedade
PARTE I – INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA
SOCIEDADE
A. ESTRUTURA ACIONISTA
I. ESTRUTURA DE CAPITAL
1. Estrutura de capital
O capital social da Sonae Indústria é de 700 milhões de euros e é representado por 140 milhões de ações ordinárias, nominativas e com um valor nominal de 5 euros por ação. Todas as ações estão cotadas na NYSE Euronext Lisbon.
2. Restrições à transmissibilidade e titularidade das ações
Não existem quaisquer restrições relativamente à transferência ou venda de ações da sociedade.
3. Ações próprias
A sociedade não detém quaisquer ações próprias;
4. Impacto da alteração de controlo acionista da Sociedade em acordos significativos
Em 31 de Dezembro de 2013 existiam financiamentos no montante de cerca de 131 milhões de euros (representando 19% do endividamento líquido consolidado), relativamente aos quais os respetivos credores têm a possibilidade de considerar vencida a divida, no caso de mudança do controlo acionista, não se afigurando que estes acordos possam prejudicar a livre transmissibilidade das ações da sociedade. Não foram estabelecidos quaisquer outros acordos relevantes sujeitos a alterações ou cessação, no caso de transferência de controlo da sociedade.
5. Medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista
Não existem quaisquer limitações estatutárias relativas ao número de votos que podem ser exercidos por um único acionista.
6. Acordos parassociais
Quanto é do conhecimento da sociedade não existem acordos parassociais que possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou direitos de voto.
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Relatório do Governo da Sociedade
II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS
7. Titulares de Participações Qualificadas
(1) Belmiro Mendes de Azevedo é, nos termos da al.b) do nº1 do Artº 20º e do nº1 do Artº 21º do CVM, o ultimate beneficial owner, porquanto detém cerca de 99 % do capital social e dos direitos de voto da Efanor Investimentos SGPS, SA e esta, por sua vez domina integramente a Pareuro BV.
8. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização.
Os administradores da Sonae Indústria detinham as seguintes ações da sociedade, a 31 de Dezembro de 2013:
9. Competência do Conselho de Administração em sede de aumentos de capital
O Conselho de Administração da Sonae Indústria pode deliberar aumentar o capital social da sociedade até ao montante de mil e duzentos milhões de euros, por uma ou mais vezes, por entradas em dinheiro, nos termos estabelecidos na lei. Estes poderes foram-lhe atribuídos na Assembleia Geral realizada no dia 28 de Abril de 2010 e podem ser exercidos durante o prazo de cinco anos a contar daquela data, sem prejuízo da assembleia geral poder renovar estes poderes. O Conselho de Administração não usou ainda os poderes que lhe foram conferidos na referida Assembleia Geral.
10. Relações de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade
Não existem relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a sociedade.
Accionista Nº de acções % Capital Social % Direitos de VotoEfanor Investimentos, SGPS, SA (1)Directamente 44,780,000 31.9857% 31.9857%Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor) 27,118,645 19.3705% 19.3705%
Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor) 1,010 0.0007% 0.0007%Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 711 0.0005% 0.0005%Através da Migracom, SGPS, SA(sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo) 90,000 0.0643% 0.0643%Atravé da Linhacom, SGPS, SA(sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo) 23,186 0.0166% 0.0166%
Total de Imputação 72,013,552 51.4383% 51.4383%
Nº de acções Nº de acçõesBelmiro Mendes de Azevedo (1) Efanor Investimentos, SGPS, SA Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 49,999,997 Sonae Indústria, SGPS, SA 44,780,000 (1 acção é detida pelo conjuge) Pareuro, BV (3) 5,583,100 Sonae Indústria, SGPS, SA 1,010 (detidas pelo conjuge) (2) Migracom, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA 90,000Duarte Paulo Teixeira de Azevedo Imparfim, SGPS, SA (4) 150,000 Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 1 Migracom, SGPS, SA (2) 1,969,996 (3) Pareuro, BV
Sonae Indústria, SGPS, SA 27,118,645Rui Manuel Gonçalves Correia Sonae Indústria, SGPS, SA 12,500 (4) Imparfin, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA 278,324
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Relatório do Governo da Sociedade
B. ORGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES
I. ASSEMBLEIA GERAL
a) Composição da mesa da assembleia geral
11. Identificação e cargos dos membros da Mesa da Assembleia Geral e respectivo mandato
A Mesa da Assembleia Geral foi eleita na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sonae Indústria, realizada em 29 de Março de 2012 para o mandato 2012-2014, era à data de 31 de Dezembro de 2013 composta por:
- João Augusto Esmeriz Vieira de Castro - Presidente
- António Agostinho Cardoso da Conceição Guedes – Secretário
Os membros da mesa da Assembleia Geral renunciaram aos cargos que desempenhavam no inicio do mês de março de 2014.
b) Exercício do Direito de Voto
12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto
Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída apenas pelos acionistas com direito a voto, que, comprovem junto da sociedade a sua titularidade, nos termos estabelecidos na lei.
Nos temos do disposto no artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários, têm direito a participar nas assembleias gerais e aí discutir e votar, quem, na data de registo, a qual corresponde às 0 horas do 5º dia de negociação anterior ao da realização da assembleia, for titular de ações que lhe confiram, segundo a lei e o contrato de sociedade, pelo menos um voto.
Nos termos dos estatutos da Sonae Indústria, os acionistas podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral, nos termos estabelecidos na lei e nos constantes do respetivo aviso convocatório.
Os estatutos da Sonae Indústria, preveem que, para que a Assembleia Geral de Acionistas possa funcionar em primeira reunião, é necessário que se encontrem presentes ou representados acionistas titulares de mais de 50% do capital social.
Os estatutos da sociedade estabelecem que, enquanto a sociedade for considerada «sociedade com o capital aberto ao investimento do público», os acionistas poderão votar por correspondência relativamente a todas as matérias constantes da ordem de trabalhos, estabelecendo as regras a que o exercício do voto por correspondência se encontra sujeito. Estabelecem, nomeadamente, os estatutos da sociedade que só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade, por meio de carta registada com aviso de receção, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da qualidade de acionista e que os votos exercidos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas de deliberação apresentadas posteriormente à data em que esses mesmos votos tenham sido emitidos. A Sonae Indústria disponibiliza um modelo específico de voto por correspondência, tanto no seu sítio na Internet, www.sonaeindustria.com, como na sua sede social.
Os estatutos da Sonae Indústria, preveem que o voto por correspondência possa ser exercido por via eletrónica, se esse meio for colocado à disposição dos acionistas e constar do aviso convocatório. Esta possibilidade ainda não foi utilizada.
A informação preparatória para a Assembleia Geral e as propostas a apresentar pelo Conselho de Administração são disponibilizadas na data da divulgação da convocatória.
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A sociedade não adotou qualquer mecanismo que provoque o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação.
13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações
A cada ação corresponde um voto, sem qualquer limitação.
14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada
As deliberações são tomadas por maioria simples, exceto se a lei exigir outra maioria.
II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO
a) Composição
15. Identificação do modelo de governo adotado.
Os estatutos da Sonae Indústria definem um modelo de governação da sociedade constituído por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.
O Conselho de Administração analisa anualmente as vantagens e os possíveis inconvenientes da adoção deste modelo.
O Conselho de Administração entende que o referido modelo defende os interesses da sociedade e dos seus acionistas, mostrando-se eficaz, não tendo deparado com quaisquer constrangimentos ao seu funcionamento.
16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Conselho de Administração
Nos termos dos estatutos da sociedade, o Conselho de Administração pode ser constituído por um número par ou impar de membros, no mínimo de cinco e no máximo de nove, eleitos em Assembleia Geral para mandatos de três anos.
Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral de Acionistas. Grupos de acionistas, representando entre 10 e 20% do capital social da sociedade, podem apresentar uma proposta independente, enviada previamente à Assembleia Geral de Acionistas, para nomear um Administrador. O mesmo acionista não pode apoiar mais de uma lista de Administradores e cada lista tem de identificar, pelo menos duas pessoas elegíveis, para cada cargo a preencher. Se forem apresentadas listas por mais de um grupo de acionistas, a votação incidirá sobre o conjunto dessas listas.
Em caso de morte, renúncia ou incapacidade temporária ou permanente de qualquer um dos Administradores, o Conselho de Administração é responsável pela sua substituição. Se o Administrador em causa tiver sido nomeado pelos acionistas minoritários, terá de ser realizada uma eleição separada.
17. Composição do Conselho de Administração
O Conselho de Administração da Sonae Indústria à data de 31 de Dezembro de 2013 era composto por 7 administradores, todos eleitos na Assembleia Geral Anual realizada em 29 de Março de 2012 para o mandato 2012-2014, com exceção de George Christopher Lawrie, que foi eleito na Assembleia Geral Anual realizada em 12 de Abril de 2013 até ao termo do mandato em curso.
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Belmiro de Azevedo e Paulo Azevedo foram inicialmente designados, com efeitos a partir de 15 de Dezembro de 2005, data do registo da fusão da «antiga» Sonae Indústria - SGPS, SA na Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SA e a redenominação desta última para Sonae Indústria, SGPS, SA. Rui Correia foi inicialmente designado para o Conselho de Administração da Sonae 3P, a 22 de Julho de 2002. Albrecht Ehlers foi inicialmente cooptado em Setembro de 2011. Javier Vega e Jan Bergmann foram eleitos na Assembleia Geral Anual de 2012.
O Conselho de Administração da Sonae Indústria à data de 31 de Dezembro de 2013 tinha a seguinte composição:
- Belmiro Mendes de Azevedo – Presidente (Não executivo)
- Duarte Paulo Teixeira de Azevedo – Vice-presidente (Não executivo)
- Albrecht Olof Lothar Ehlers (Não Executivo e Independente)
- Javier Vega de Seoane Azpilicueta (Não Executivo e Independente)
- Rui Manuel Gonçalves Correia (Executivo)
- George Christopher Lawrie (Executivo)
- Jan Kurt Bergmann (Executivo)
Belmiro Mendes de Azevedo foi presidente da Comissão Executiva até 15 de Fevereiro de 2013.
João Paulo dos Santos Pinto que tinha sido eleito para o mandato 2012-2014 e era membro da Comissão Executiva, renunciou ao cargo de administrador com efeitos a 31 de Outubro de 2013.
18. Distinção entre membros executivos e não executivos do Conselho de Administração
Dos (7) sete administradores, três (3) são membros executivos e quatro (4) são membros não-executivos.
Dos Administradores não-executivos, dois (2) são independentes. Relativamente ao administrador Albrecht Olof Lothar Ehlers, entende-se que a retribuição anual de 12 300 euros, que recebe da sociedade participada Glunz, AG por integrar o seu Supervisory Board não lhe retira a independência.
19. Qualificações Profissionais e outros elementos curriculares relevantes dos membros do Conselho de Administração
Belmiro de Azevedo (Presidente do Conselho de Administração): Licenciatura em Engenharia Química - Universidade do Porto; PMD da Harvard Business School e participou no Programa de Gestão Financeira da Universidade de Stanford; desde cedo, ocupou diversas funções no grupo Efanor/Sonae. É, atualmente, Presidente do Conselho de Administração da Sonae SGPS, S.A., Presidente do Conselho de Administração da Sonae Capital, SGPS S.A. e membro de: «European Union Hong-Kong Business Cooperation Committee; do «International Advisory Board» da Allianz AG; do «International Advisory Board» da Harvard Business School. Foi diversas vezes condecorado, sendo de destacar: a «Encomienda de Numero de la Ordem del Mérito Civil» por Sua Majestade, D. Juan Carlos, Rei de Espanha; a «Ordem do Cruzeiro do Sul» pelo Presidente da República Federal do Brasil; a «Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique» pelo Presidente da República de Portugal; nomeação como «Honorary Fellow» pela London Business School e membro da «Order of Outstanding Contributors to Sustainable Development» pelo World Business Council for Sustainable Development.
Javier Vega (Independente): Licenciatura em Engenharia de Minas pela Escuela Técnica Superior de Ingenieros de Minas de Madrid e Licenciatura em Business Management pela Glasgow Business School (UK). Foi membro do Conselho de Administração de diversas sociedades, tais como Robert Bosh, Red Electrica de España, SEAT e Grupo Ferrovial. Atualmente exerce outros cargos de administração.
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Paulo Azevedo: Licenciatura em Engenharia Química - EPF Lausanne (Suíça) e Pós-graduação em Estudos Empresariais - EGP (ex-ISEE/UP). Exerceu o cargo de Presidente Executivo da Optimus – Telecomunicações, S.A., entre 1998 e 2000; Presidente da Comissão Executiva da Sonae SGPS, S.A.. Desempenha diversas funções de gestão e administração no grupo Efanor/Sonae. Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo.
Albrecht Ehlers (Independente): Advogado, licenciatura em Direito pela Universidade de Münster (Alemanha). De 1987 a 2000 desempenhou diversas funções nas áreas legal e de recursos humanos, na Glunz AG, tendo em 1995 sido designado para integrar o Conselho de Administração Executivo (Vorstand) daquela sociedade, com responsabilidades em diversas áreas nomeadamente recursos humanos e departamento legal. Entre 2000 e 2004 foi vice presidente sénior da Hochtief AG (Alemanha) com responsabilidade nomeadamente nas áreas de recursos humanos e serviços corporativos. A partir de 2004 e até 2009 integrou o Conselho de Administração Executivo (Vorstand) daquela sociedade. A partir do ano 2010 ocupa funções de chanceler na Universidade Técnica de Dortmund (Alemanha).
Rui Correia (CEO): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto e Pós-graduação em Gestão Empresarial - EGP (ex-ISEE/UP). Integra o Grupo Efanor/Sonae desde 1994, foi Director do Departamento Financeiro da Sonae SGPS, a partir de 2000, e a partir de 2001, ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo Efanor/Sonae. Foi nomeado Administrador Financeiro (CFO) da Sonae Indústria, em 2005 e CEO da Sonae Indústria em Fevereiro de 2013.
Christopher Lawrie (CFO): BA (Honours) Degree" em Gestão e Finanças da Universidade de Greenwich, em Inglaterra. Possui uma vasta experiência na banca de investimentos, tendo passado pela Schroders, BZW e Credit Suisse onde desempenhou a função de Director da área de Corporate Finance no sector das telecomunicações para o Sul da Europa. Em 2001, integrou o Grupo Sonae/Efanor, onde exerceu funções de CFO na Sonaecom e, posteriormente, foi nomeado CEO da Sonae Retail Properties. Assumiu a função de CFO da Sonae Indústria em 2013.
Jan Bergmann (CITO): Licenciatura em Engenharia – Universidade Técnica de Berlin (Alemanha, “Dr.-ING” Universidade Técnica de Berlin, Business Administration and Finance for Technical Managers – European School of Management and Technology. Exerceu diversos cargos no Grupo DuPont e entrou em Janeiro de 2011 para a Glunz AG.
20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada
O administrador não executivo Belmiro de Azevedo é acionista maioritário da Efanor Investimentos, SGPS, SA e o administrador não executivo Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo.
21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da Sociedade
A repartição de competências entre os vários órgãos sociais e comissões é a seguinte:
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b) Funcionamento
22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração
O Conselho de Administração e a Comissão Executiva possuem regulamentos de funcionamento que podem ser consultados no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com.
23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração
Durante o exercício de 2013, o Conselho de Administração reuniu 10 vezes, tendo registado em ata o teor das respectivas deliberações, tendo a assiduidade sido de 100% para todos os membros, com exceção de Paulo Azevedo e Albrecht Ehlers cuja assiduidade foi de 80%.
24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos
Compete à Comissão de Vencimentos da sociedade, em diálogo com a Comissão de Nomeações e Remunerações, proceder à avaliação de desempenho dos administradores executivos.
25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos.
Os critérios de avaliação de desempenho dos administradores executivos são pré-determinados, baseados em indicadores de desempenho da empresa, das equipas de trabalho sob a sua responsabilidade e do seu
Assembleia Geral de Acionistas
Comissão de Vencimentos
Auditor ExternoRevisor Oficial de Contas
Conselho Fiscal
Conselho de Administração
Comissão Executiva
Secretário da Sociedade
Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética
Comissão de Auditoria e Finanças
Comissão de Nomeações e Remunerações
PRESIDENTE (CEO)RECURSOS HUMANOS E COMPETITIVIDADE
VENDAS E MARKETING
CFOFINANÇAS, PLANEAMENTO E CONTROLO,
ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO, AUDITORIA INTERNA
CITOINDUSTRIAL E TECNOLOGIA, AMBIENTE,
HIGIENE & SEGURANÇA
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próprio desempenho individual. Estes critérios estão melhor especificados no ponto deste relatório relativo às Remunerações.
Os já referidos critérios de avaliação dos administradores executivos e que se encontram pré-determinados, são os seguintes: critérios objetivos relacionados com o grau de sucesso de implementação das iniciativas e ações acordadas a implementar no ano em questão; e critérios subjetivos que estão relacionados com o contributo em termos de experiência e conhecimento para as discussões do conselho de administração, a qualidade da preparação das reuniões e da contribuição para as discussões do conselho de administração e dos comités e compromisso com o sucesso da companhia, entre outros.
26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício
Os membros da Comissão Executiva dedicam-se a tempo inteiro à administração da Sonae Indústria e das sociedades suas participadas.
Os demais membros do Conselho de Administração, atualmente, acumulam a função de membros do Conselho de Administração e de fiscalização de outras sociedades, aqui listadas.
Em sociedades pertencentes ao grupo Efanor:
Membro do órgão de administração:
Belmiro Mendes de Azevedo:
• Àguas Furtadas-Sociedade Agrícola, SA (Presidente) • Alpêssego-Sociedade Agrícola, SA (Presidente) • BA – Business Angels SGPS, S.A (Administrador Único). • Casa Agrícola de Ambrães, S.A. (Presidente) • Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Presidente) • Prosa-Produtos e Serviços Agrícolas, SA (Presidente) • SC – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae Capital, SGPS, S.A. (Presidente) • Spred, SGPS, S.A. (Presidente)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo:
• Efanor Investimentos, SGPS, S.A. • MDS, SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae - SGPS, S.A. (Presidente da Comissão Executiva) • Sonae Investimentos – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae MC - Modelo Continente, SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae Sierra, SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae Specialized Retail, SGPS, SA (Presidente) • Sonaecom, SGPS, S.A. (Presidente) • Sonaegest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Presidente) • Sonaerp - Retail Properties, S.A.(Presidente)
Rui Manuel Gonçalves Correia:
• Agloma Investimentos, SGPS, S.A. • Aserraderos de Cuellar, S.A.
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• BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH • Darbo, SAS (Presidente) • Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. • GHP GmbH • Glunz AG (Presidente) • Glunz UK Holdings, Ltd. • Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. • Isoroy SAS (Presidente) • LaminatePark GmbH & Co. Kg • Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. • Megantic, B.V. • Poliface North America Inc.(Presidente) • Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. • Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A. • Somit - Imobiliária, S.A. • Sonae Indústria-Management Services, SA • Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. • Sonae Indústria (UK) Ltd. • Sonae Novobord (PTY) Ltd. (Presidente) • Sonae Tafibra International BV • Spanboard Products, Ltd. • Tableros de Fibras, S.A. (Presidente) • Tableros Tradema, SL • Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL • Tafibra South Africa (PTY) Ltd. (Presidente) • Tafisa Canada Inc. (Presidente) • Tafisa Developpment SASU (Presidente) • Tafisa France S.A.S • Tafisa Investissements SASU (Presidente) • Tafisa Participations SASU (Presidente) • Tafisa UK, Ltd. • Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL • Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. (Presidente)
George Christopher Lawrie
• Agloma Investimentos, SGPS, S.A. • Aserraderos de Cuellar, S.A. • Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. • Glunz AG • Glunz UK Holdings, Ltd. • Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. • LaminatePark GmbH & Co. Kg • Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. • Poliface North America Inc. • Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. • Serradora Boix, SL • Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A. • Somit - Imobiliária, S.A. • Sonae Indústria-Management Services, SA • Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. • Sonae Indústria (UK) Ltd. • Sonae Novobord (PTY) Ltd. • Spanboard Products, Ltd. • Tableros de Fibras, S.A. (Vice-Presidente)
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• Tableros Tradema, SL • Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL • Tafibra South Africa (PTY) Ltd. • Tafisa Canada Inc. • Tafisa UK, Ltd. • Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL • Tecmasa Reciclados de Andalucia SL (Presidente) • Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.(Vice-Presidente)
Jan Kurt Bergmann:
• BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH • GHP GmbH • Glunz AG (Vice-Presidente) • Glunz Service GmbH • Glunz UKA GmbH • LaminatePark GmbH & Co. Kg • OSB GmbH • Sonae Indústria-Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, SA • Tableros de Fibras, SA • Tafibra Suisse SA (Presidente) • Tool GmbH (Presidente)
Membro do órgão de fiscalização:
Albrecht Ehlers:
• Glunz AG (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”)
Em sociedades não pertencentes ao grupo Efanor:
Membro de órgão de administração:
Belmiro Mendes de Azevedo:
• Imoassets-Sociedade Imobiliária, SA (Presidente)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo:
• Imparfin, SGPS, S.A. • Migracom – SGPS, S.A. (Presidente)
Albrecht Ehlers:
• Erich-Brost-Institut für Journalismus in Europa GmbH
Javier Vega:
• Gestlink, SA (Presidente)
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• DKV Seguros (Presidente) • MásMóvil (Presidente) • Ydilo Voice Solutions, SA • Tavex Algodorena, SA
Membro do órgão de fiscalização:
Albrecht Ehlers:
• Schindler Deutschland GmbH • Salus BKK (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”) • PROvendis GmbH
c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados
27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento das mesmas
Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e indo ao encontro das melhores práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração, nomeou uma Comissão Executiva, bem como 3 Comissões com Competências Especializadas.
O regulamento de funcionamento da Comissão Executiva pode ser consultado no sítio da sociedade: www.sonaeindustria.com.
28. Composição da Comissão Executiva
A Comissão Executiva é nomeada pelos membros do Conselho de Administração e é composta por 3 membros, com as seguintes áreas de responsabilidade:
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O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva todos os poderes de gestão corrente da sociedade, com expressa exclusão dos seguintes:
a) eleição do Presidente do Conselho de Administração;
b) cooptação de administradores;
c) pedido de convocação de Assembleias Gerais;
d) aprovação do Relatório e Contas anuais;
e) prestação de cauções e garantias reais ou pessoais pela sociedade;
f) deliberação de mudança de sede e de aumento de capital social;
g) deliberação sobre projetos de fusão, cisão e transformação da sociedade;
h) aprovação do business plan e do orçamento anual da Sociedade;
i) definição das políticas de recursos humanos, nomeadamente planos de atribuição de ações e planos de atribuição de remuneração variável, aplicável a quadros de topo, em áreas que não sejam da competência da Assembleia Geral ou da Comissão de Vencimentos, assim como decisões sobre a compensação individual de quadros de topo, que estão delegadas à Comissão de Nomeações e Remunerações e, quando estes são Administradores da sociedade é requerida a deliberação da Comissão de Vencimentos ou da Assembleia Geral de Acionistas;
j) definição ou alteração de políticas contabilísticas sempre que a sociedade em causa esteja integrada no perímetro de consolidação do Grupo;
k) aprovação de contas trimestrais e relatório e contas semestrais;
l) compra e venda, leasing financeiro de longa duração ou outros investimentos em ativos fixos tangíveis quando envolvam valores que excedam o montante de cinco milhões de euros por cada transação;
m) subscrição ou compra de ações em sociedades participadas se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de vinte milhões de euros;
n) investimento em novas sociedades bem como investimento em outros ativos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de dez milhões de euros;
o) outros investimentos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de dez milhões de euros, exceto se enquadrados no curso ordinário dos negócios, nomeadamente investimentos de curto prazo de liquidez disponível;
p) desinvestimentos ou alienação de ativos desde que resulte da referida transação um efeito significativo (entendido como sendo igual ou superior a 5%) sobre os resultados operacionais da sociedade ou afete os postos de trabalho de mais de cem trabalhadores;
q) definição da estratégia e das politicas gerais da Sonae Indústria e do Grupo Sonae Indústria;
r) definição da estrutura empresarial do Grupo Sonae Indústria.
Comissão Executiva
Rui Correia(CEO)
Jan Bergmann(CITO)
Christopher Lawrie(CFO)
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Com a saída de João Paulo Pinto, as áreas de responsabilidade da Comissão Executiva ficaram assim divididas:
• Rui Manuel Gonçalves Correia - CEO • George Chistopher Lawrie - CFO • Jan Kurt Bergmann - CITO
A Comissão Executiva reúne-se ordinariamente, pelo menos, uma vez por mês, com exceção do mês de Agosto e, além disso, todas as vezes que o seu Presidente a convoque; a reunião só poderá realizar-se, desde que se encontrem presentes ou representados a maioria dos seus membros. O Presidente Executivo preside à reunião.
Em 2013 a Comissão Executiva reuniu 17 vezes, tendo registado em ata o teor das respectivas deliberações, tendo a assiduidade sido de 100% para todos os seus membros com exceção de Jan Bergmann cuja assiduidade foi de cerca de 94%.
As deliberações da Comissão Executiva são tomadas pela maioria dos seus membros presentes ou representados, incluindo aqueles que votem por correspondência. Na falta de quórum, a Comissão Executiva deverá submeter a matéria em causa a deliberação do Conselho de Administração.
Com o objetivo de manter o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal permanentemente informado das deliberações da Comissão Executiva, o Presidente da Comissão Executiva disponibiliza, a todos os seus membros, as atas das reuniões da Comissão Executiva. No final de cada ano a Comissão Executiva elabora o calendário das suas reuniões para o ano seguinte, dando conhecimento do mesmo ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal.
Os membros da Comissão Executiva prestam todas as informações requeridas por outros membros dos órgãos sociais em tempo útil e de forma adequada.
29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício dessas competências
O Conselho de Administração nomeou ainda três comissões com competências especializadas.
O BAFC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos:
Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC)
• Javier Vega (Presidente, Independente). • Paulo Azevedo; • Albrecht Ehlers (Independente);
Europa do Sul
Europa do Norte
América do Norte
África do Sul Negócio Non-Board
Comissão Executiva
CEO RECURSOS HUMANOS E COMPETITIVIDADE, VENDAS E MARKETING
CFO FINANÇAS, PLANEAMENTO E CONTROLO, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO, AUDITORIA INTERNA
CITO INDUSTRIAL E TECNOLOGIA, AMBIENTE, HIGIENE & SEGURANÇA
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL ORGANIZAÇÃO MATRICIAL
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O BAFC reúne, ordinariamente, pelo menos 5 vezes por ano, tendo as seguintes atribuições principais:
• proceder à análise e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras e as apresentações de resultados, a publicitar ao mercado, com vista a apresentar as suas conclusões ao Conselho de Administração;
• analisar a gestão de risco, controlar internamente os processos e negócios;
• analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa;
• analisar a evolução dos principais rácios financeiros e alterações dos ratings formais e informais da sociedade, incluindo reportes das agências de rating;
• analisar e aconselhar sobre quaisquer alterações nas políticas e práticas contabilísticas;
• verificar o cumprimento das normas contabilísticas;
• verificar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias, em particular no âmbito financeiro.
Durante 2013, o BAFC reuniu 5 vezes, tendo registado em ata o teor das respetivas deliberações.
As competências atribuídas ao BAFC, como comissão especializada do Conselho de Administração, são desenvolvidas numa ótica de gestão da sociedade não se sobrepondo às funções do Conselho Fiscal, enquanto órgão de fiscalização. O BAFC é uma comissão a quem compete, dentro do Conselho de Administração e dos poderes de gestão que este possui, analisar detalhadamente as demonstrações financeiras, analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa, os processos de gestão de risco, e a evolução dos principais rácios financeiros, entre outros temas, emitindo recomendações para deliberação final em sede do Conselho de Administração, operacionalizando assim melhor o seu funcionamento.
O SREEC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos:
Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética (SREEC)
• Belmiro de Azevedo (Presidente);
• Albrecht Ehlers (Independente);
• Javier Vega (Independente).
Compete a esta Comissão:
• rever e aconselhar o Conselho de Administração na informação e nos reportes a serem incluídos nas contas semestrais e anuais da sociedade;
• acompanhar a condução dos negócios da sociedade, os impactos em termos de sustentabilidade, nas suas vertentes económica, ambiental e social, bem como do governo societário e dos standards éticos. Cabendo-lhe salvaguardar e acompanhar a adoção do Código de Conduta, bem como proceder à sua atualização sempre que necessário.
Esta comissão tem uma Subcomissão de Ética composta por um membro do Conselho de Administração Independente e Não-Executivo, pelo Auditor Interno e pela Responsável Global de Recursos Humanos, que tem como função assessorar o SREEC.
A Subcomissão de Ética apresenta pelo menos um relatório anual ao Conselho de Administração e, quando apropriado, também ao órgão de fiscalização do país em causa, em questões relacionadas com governo societário e ética nos negócios.
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Os membros atuais da Subcomissão de Ética são:
• Albrecht Ehlers (Presidente)
• Edite Barbosa (Responsável Global de Recursos Humanos)
• Rogério Ribeiro (Auditor Interno)
O SREEC reuniu 2 vezes durante o ano de 2013 e registou em ata o teor das suas deliberações.
A Subcomissão de Ética reuniu 2 vezes.
O BNRC é composto pelos seguintes Administradores não-executivos:
Comissão de Nomeações e Remunerações (BNRC)
• Belmiro de Azevedo (Presidente);
• Javier Vega (Independente);
• Paulo Azevedo;
• Albrecht Ehlers (Independente).
Esta Comissão reúne, normalmente, pelo menos, duas vezes por ano, sendo a sua atribuição principal a de analisar e apresentar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração, relativas à remuneração e outras compensações dos membros do conselho de administração e analisar e aprovar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração à Comissão de Vencimentos, relativas à remuneração e outras compensações de outros quadros de topo do Grupo Sonae Indústria, em função da atividade por estes desenvolvida. Compete igualmente ao BNRC identificar potenciais candidatos com perfil para administrador, quer para a própria sociedade quer para as sociedades suas participadas.
O BNRC faz a ligação com a Comissão de Vencimentos da Sonae Indústria, por só assim poder ser garantido que a Comissão de Vencimentos possui, relativamente a cada administrador, mas principalmente no que respeita aos administradores executivos, o necessário conhecimento sobre o desempenho dos mesmos ao longo do exercício, atendendo a que a Comissão de Vencimentos não acompanha de perto a atividade desenvolvida pelos administradores, não possuindo assim o necessário conhecimento que lhe permite exercer as funções que lhe competem de forma correta. O BNRC pode também solicitar assessoria de entidades externas, desde que estas se comprometam a manter sigilo absoluto sobre a informação obtida em resultado dessa cooperação.
Em 2013, o BNRC reuniu 2 vezes, tendo registado em ata o teor das respetivas reuniões.
III. FISCALIZAÇÃO
a) Composição
30. Identificação do órgão de fiscalização: Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal da sociedade pode ser constituído por um número par ou impar de membros, com um mínimo de três e um máximo de cinco, devendo existir um ou dois suplentes, consoante a sua composição seja de, respectivamente, três ou mais elementos, sendo eleitos para mandatos de três anos.
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31. Composição
O Conselho Fiscal da sociedade foi eleito na Assembleia Geral Anual de 2012, para o mandato 2012-2014 e tem a seguinte composição:
• Manuel Heleno Sismeiro – Presidente • Armando Luís Vieira de Magalhães -Vogal • Jorge Manuel Felizes Morgado – Vogal • Óscar José Alçada da Quinta – Vogal Suplente
Os atuais membros do Conselho Fiscal foram eleitos pela primeira vez, nas seguintes datas:
• Manuel Heleno Sismeiro – Abril 2009 • Armando Luís Vieira de Magalhães – Maio 2007 • Jorge Manuel Felizes Morgado – Maio 2007 • Óscar José Alçada da Quinta – Maio 2007
32. Independência dos membros do Conselho Fiscal
Todos os membros do Conselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidades previstas no nº1 do artigo 414º-A e os critérios de independência previstos no nº5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.
Com vista a garantir a cada momento a independência dos membros do Conselho Fiscal, os respetivos membros, previamente à respetiva designação, emitiram declarações atestando que: (i) não incorriam em nenhuma das incompatibilidades previstas no artigo 414º-A do Código das Sociedade Comerciais, bem como que não se encontravam em qualquer circunstância que afete a sua independência nos termos do disposto no nº5 do artigo 414º do mesmo diploma legal; (ii) comunicariam à sociedade a ocorrência de qualquer facto que, no decurso do mandato, determine incompatibilidade ou perda de independência.
33. Qualificações profissionais dos membros do Conselho Fiscal
MANUEL HELENO SISMEIRO (Presidente do Conselho Fiscal):
Licenciatura em Finanças, ISCEF (Portugal),Contabilista, ICL (Portugal). Actualmente exerce funções de Consultor em especial nas áreas de auditoria interna e controle interno e é Presidente do conselho fiscal da OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA, da Sonae Indústria, SGPS, SA e da Sonae Capital, SGPS, SA. Foi sócio da Coopers & Lybrand e da Bernardes, Sismeiro & Associados e de 1998 a 2008 da PricewaterwhouseCoopers - auditores e revisores oficiais de contas e responsável pela auditoria e revisão oficial de contas nos mais diversos sectores da actividade económica. Foi igualmente responsável pela gestão do escritório do Porto das referidas sociedades e Director da Divisão de Auditoria, no período 1998 – 2002, e membro do órgão de gestão da PricewaterhouseCoopers, no mesmo período.
ARMANDO LUÍS VIEIRA DE MAGALHÃES (Vogal do Conselho Fiscal): Bacharelato em Contabilidade (ex-ICP e actual ESCAP), Licenciatura em Economia - Universidade do Porto, Executive MBA - European Management (IESF/IFG). Ocupou diversas funções numa instituição de crédito (1964-1989), desde 1989 começou a exercer a actividade de revisor oficial de contas, primeiro individualmente e posteriormente como sócio da Santos Carvalho & Associados, SROC e actualmente da Armando Magalhães, Carlos Silva & Associados, SROC, Lda.
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JORGE MANUEL FELIZES MORGADO (Vogal do Conselho Fiscal): Licenciatura em Gestão – ISEG, Universidade Técnica de Lisboa, MBA em Finanças –IEDE Madrid, MBA em Gestão e Sistemas de Informação – Universidade Católica, Revisor Oficial de Contas. Ocupou diversas funções de auditoria na Coopers & Lybrand (1980-1989), responsável pelo Controlo de Gestão e Auditoria Interna do Grupo Coelima (1989-1991), partner da Deloitte (1991-2004), a partir de 2004 Revisor Oficial de Contas e Partner da Econotopia-Consultoria e Gestão, SA
OSCAR ALÇADA DA QUINTA (Vogal-Suplente do Conselho Fiscal): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto. Ocupou diversas funções na área administrativa e financeira em diversas sociedades (1982-1986), desde 1986 prestação de serviços no âmbito da auditoria externa a Revisores Oficiais de Contas e a sociedade com aquela actividade e em 1990 obtém a inscrição na Lista dos Revisores Oficiais de Contas, função que passou a exercer em regime de exclusividade, primeiro individualmente e posteriormente como sócio da Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC.
b) Funcionamento
34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho Fiscal
O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal está disponível no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com.
35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do Conselho Fiscal
Em 2013 o Conselho Fiscal reuniu 6 vezes, tendo registado em ata o teor das respectivas deliberações, e com uma assiduidade de 100% de todos os membros com exceção do membro Jorge Morgado o qual teve uma assiduidade de 50%.
36. Disponibilidade de cada um dos membros com descrição de cargos exercidos em outras empresas, dentro e fora do grupo e demais atividades relevantes exercidas pelos membros do Conselho Fiscal
Os membros do Conselho Fiscal acumulam as suas funções com o exercício de outros cargos a seguir elencados e com outras atividades, conforme referido no ponto 33
Funções exercidas pelos membros do Conselho Fiscal à data de 31 de Dezembro de 2013
Noutras sociedades pertencentes ao grupo Efanor:
Manuel Heleno Sismeiro
• Sonae Capital, SGPS, SA (Presidente do Conselho Fiscal)
Armando Luís Vieira de Magalhães
• Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal) • Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Jorge Manuel Felizes Morgado
• Sonae, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
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• Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal) • Sonae Sierra, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Óscar Alçada da Quinta
• Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal) • Sonae Investimentos, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Noutras sociedades não pertencentes ao grupo Efanor:
Manuel Heleno Sismeiro
• OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA (Presidente do Conselho Fiscal) • Segafredo Zanetti (Portugal) SA (Presidente da Mesa da Assembleia Geral)
Armando Luís Vieira de Magalhães
• Futebol Clube do Porto - Futebol S.A.D (Conselho Fiscal) • Real Vida Seguros (Conselho Fiscal)
Óscar Alçada da Quinta
• BA GLASS I – Serviços de Gestão e Investimentos, SA. (Conselho Fiscal) • Caetano-Baviera – Comércio de Automóveis, SA (Conselho Fiscal) • Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC (Administração)
c) Competências e funções
37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo
O Conselho Fiscal deve aprovar a contratação, pela sociedade ou por sociedades integradas no seu consolidado, do auditor externo ou de quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, para a prestação de serviços diversos dos serviços de auditoria.
38. Outras funções do órgão de fiscalização
O Conselho Fiscal exerce todas as competências que lhe são atribuídas por lei.
Além daquelas competências o Conselho Fiscal da sociedade deve emitir parecer prévio relativamente a qualquer transação com acionistas titulares de participações qualificadas ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (acionistas de referência), nos termos explicitados no ponto 91.
No Relatório do Conselho Fiscal, disponibilizado no sítio da sociedade conjuntamente com os demais documentos de prestação de contas, o Conselho Fiscal descreveu a atividade de fiscalização desenvolvida, não tendo referido quaisquer constrangimentos detetados.
IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
39. Identificação do revisor oficial de contas
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O Revisor Oficial de Contas é a PriceWaterHouseCoopers & Associados, SROC, Lda, representada por Hermínio António Paulos Afonso.
40. Permanência de Funções
A PriceWaterhouseCoopers é o revisor oficial de contas da sociedade desde a Assembleia Geral Anual de 2006, e está no seu terceiro mandato de três anos.
41. Outros serviços prestados pelo ROC à sociedade
Durante o ano de 2013 a PriceWaterHouseCoopers não prestou quaisquer outros serviços para além dos de auditoria ou com ele relacionados, à sociedade e/ ou a sociedades por ela participadas.
V. AUDITOR EXTERNO
42. Identificação do auditor externo
O auditor externo da sociedade é a PriceWaterHouseCoopers & Associados, SROC, Lda, representada por Hermínio António Paulos Afonso, registada na CMVM com o nº 9077
43. Permanência de Funções
A PriceWaterhouseCoopers é auditor externo da sociedade desde 2006. O seu representante atual Hermínio Afonso representa-a desde 20 de Setembro de 2011.
44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo
A Sonae Indústria não definiu ainda uma política e periodicidade de rotação do auditor externo, uma vez que o terceiro mandato para o qual o revisor oficial de contas foi eleito apenas termina em 2014. Relativamente ao sócio revisor oficial de contas, a Sonae Indústria também não estabeleceu qualquer política de periodicidade, sendo que, sempre será cumprido o estabelecido na lei.
45. Avaliação do auditor externo
Foi o Conselho Fiscal que, na Assembleia Geral de 2012, propôs a eleição do Revisor Oficial de Contas que é simultaneamente o auditor externo da sociedade. A proposta de política de remunerações aprovada na assembleia geral de 2013, estabelece que o Revisor Oficial de Contas da sociedade seja remunerado de acordo com os níveis de honorários normais para serviços similares, por referência à informação do mercado, conforme negociado anualmente sob supervisão do Conselho Fiscal e da Comissão de Auditoria e Finanças.
O Conselho Fiscal reúne, sempre que assim o entende, com o auditor externo, acompanhando a sua atividade e as conclusões do seu trabalho, através dos relatórios finais de auditoria. Desta forma, é-lhe possível efetuar uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo auditor externo. O Conselho Fiscal pode, se ocorrer justa causa, propor à Assembleia Geral a destituição do Revisor Oficial de Contas, uma vez que este é eleito sob proposta do Conselho Fiscal.
46. Outros serviços prestados pelo auditor externo à sociedade
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Durante o ano de 2013 não foram contratados outros serviços ao auditor externo da sociedade. No caso de, a sociedade ou qualquer sociedade sua participada, pretender contratar serviços ao auditor da sociedade distintos dos de auditoria, o Conselho Fiscal deverá aprovar a contratação desses serviços.
47. Remuneração anual
Os valores pagos pela Sonae Indústria e pelas sociedades suas participadas no exercício de 2013 à PriceWaterhouseCoopers foram os seguintes:
C. ORGANIZAÇÃO INTERNA
I. ESTATUTOS
48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade
As regras aplicáveis a alterações dos estatutos da sociedade são as estabelecidas na lei. Cabe à assembleia geral de acionistas deliberar sobre a alteração dos estatutos da sociedade, podendo contudo, o Conselho de Administração deliberar alterar a sede social dentro do território nacional, bem como deliberar aumentar o capital social por novas entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite de mil e duzentos milhões de euros.
II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES
49. Meios e política de comunicação de irregularidades
A Sonae Indústria possui um Código de Conduta, que contém uma política de comunicação de irregularidades, que se encontra disponível no sítio www.sonaeindustria.com. Com o Código de Conduta e a política de comunicação de irregularidades, a Sonae Indústria visa criar o clima e a oportunidade necessários para que os seus colaboradores e prestadores de serviços manifestem preocupações genuínas em relação a qualquer comportamento ou decisão que, no seu entender não respeite a ética ou o Código de Conduta da Sonae Indústria.
A denúncia deve ser enviada por e-mail ou por correio para um dos seguintes endereços:
Pela Sociedade
Valor dos serviços de revisão de contas (€) 13 730 € / 3.15%
Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) 1 925 € / 0.44%
Por outras entidades que integram o grupo
Valor dos serviços de revisão de contas (€) 386 394 € / 88.63%
Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) 33 915 € / 7.78%
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Por e-mail: [email protected]
Por correio: Sonae Industria SGPS, S.A. Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética Lugar do Espido, Via Norte Apartado 1096 4470-177 Maia Codex Portugal
Quando solicitado, poderá ser marcada uma reunião para clarificar o possível caso de irregularidade com a Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética.
Cada irregularidade será recebida pela Subcomissão de Ética que terá a responsabilidade de iniciar e supervisionar a investigação de todas as denúncias. Concluída a investigação e caso se verifique que a irregularidade comunicada corresponde a um comportamento faltoso, a Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética, deverá comunicar ao superior hierárquico do colaborador em causa ou à entidade patronal do prestador de serviços a situação em causa a fim de serem aplicadas as ações corretivas e/ou serem instaurados procedimentos disciplinares.
Dado que a sociedade pretende encorajar a comunicação em boa-fé de qualquer possível caso de irregularidade, evitando ao mesmo tempo danos para a reputação de pessoas inocentes à partida indicadas como possíveis suspeitos de conduta inadequada, não são aceites denúncias anónimas. A investigação será realizada de forma confidencial e a sociedade garante que não haverá qualquer tipo de ação discriminatória ou de retaliação contra qualquer colaborador ou prestador de serviços que comunique em boa-fé um possível caso de irregularidade. No caso de qualquer colaborador ou prestador de serviços considerar que sofreu algum tipo de retaliação por ter efetuado uma denúncia ou por ter participado numa investigação deve dar conhecimento desse facto de imediato à Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética.
A sociedade disponibiliza na sua intranet um formulário de comunicação de irregularidades.
A Subcomissão de Ética comunica ao Conselho Fiscal qualquer denúncia recebida.
A sociedade mantém um registo de todas as denúncias e processos investigados, bem como das respectivas conclusões o qual está acessível para consulta pelos órgãos sociais e pelo auditor externo.
O Código de Conduta da Sonae Indústria contém um conjunto de normas baseadas nos valores partilhados, que regem as atividades do Grupo Sonae Indústria. É aplicável a todas as pessoas contratadas pelo Grupo, incluindo membros dos órgãos estatutários, e diretores das sociedades do Grupo, administradores, quadros superiores, colaboradores e pessoas cujo estatuto é equivalente ao de colaboradores, tais como trabalhadores temporários e prestadores de serviços. O Código de Conduta define linhas de orientação de natureza ética empresarial que devem ser seguidas por todos os colaboradores e prestadores de serviços durante o desempenho das respetivas funções.
A Sonae Indústria adota e promove de forma ativa as mais exigentes normas éticas de conduta profissional a todos os níveis do Grupo. O compromisso relativamente a normas de conduta deve partir dos níveis mais elevados da empresa. Assim, os gestores de topo da Sonae Indústria devem constituir um exemplo para toda a organização através das suas ações, liderando de forma ativa a adoção destas normas e controlando a sua aplicação, constituindo sua obrigação garantir, na sua área de responsabilidade, o rigoroso cumprimento da lei, mantendo uma constante monitorização desse cumprimento, e transmitindo claramente aos seus colaboradores que o não cumprimento de qualquer lei que seja aplicável, poderá, para além de outras consequências legais, ter consequências disciplinares.
É particularmente importante que um compromisso em relação a estas normas seja aceite por todos os colaboradores e prestadores de serviços em todo o Grupo, onde quer que estes desenvolvam a sua atividade. Em cada organização local também devem ser adotados princípios e ações adequados para lidar com questões éticas específicas que possam surgir nos respetivos países.
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O Código de Conduta da Sonae Indústria foi elaborado de forma a explicitar claramente a conduta desta perante todas as suas partes interessadas, bem como a relacionar esta conduta com os valores da própria empresa. O Código de Conduta está estruturado da seguinte forma:
Relacionamento com colaboradores e prestadores de serviços
• Partilha de conhecimento e desenvolvimento pessoal • Inovação e iniciativa • Respeito, responsabilização e cooperação • Confidencialidade e responsabilidade • Sustentabilidade • Conflito de interesses • Segurança e Saúde no Trabalho • Consciência Social • Comunicação • Cumprimento
Relacionamento com acionistas e outros investidores
• Criação de valor • Transparência • Cumprimento
Relacionamento com governos e comunidades locais
• Comportamento Ético • Consciência Social • Diretriz Fiscal • Consciência Ambiental
Relacionamento com parceiros de negócios
• Foco no Cliente • Integridade • Comportamento Ético • Transparência
Relacionamento com concorrentes
• Observância das leis da concorrência • Comportamento Ético
O documento integral do Código de Conduta pode ser consultado no sítio da empresa através do endereço: www.sonaeindustria.com.
III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS
50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno.
A Sonae Indústria implementou políticas e procedimentos, para garantir o cumprimento das diretivas dos órgãos de gestão. A Sonae Indústria tem integrado na sua organização Global de Processos de Negócio e Sistemas um Centro de Competências que ao trabalhar com as operações locais e os departamentos
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corporativos, atua como um Centro de Excelência para a concretização de objectivos-chave, tais como: prioritização, desenvolvimento e implementação de processos e sistemas (incluindo atividades de controlo); definição das melhores práticas e avaliação do desempenho dos processos, estabelecendo a ligação entre as necessidades do Negócio e a componente aplicacional de sistemas.
Na Sonae Indústria existe um conjunto significativo de atividades de controlo, tais como: aprovações, autorizações, verificações, reconciliações, revisões do desempenho operacional, segurança dos ativos e segregação de funções. A informação pertinente é identificada, recolhida e comunicada, num determinado prazo e de tal forma que permita que os colaboradores possam cumprir as suas responsabilidades. A Sonae Indústria tem um departamento de Planeamento e Controlo de Gestão (PCG), que, apoiado em sistemas de informação sólidos, produz relatórios e análises com informações operacionais, financeiras e relacionadas com questões de conformidade. O PCG, através do seu Manual de Procedimentos, garante e define um conjunto de regras e procedimentos relativamente aos processos de planeamento, reporte, contas de gestão e processo de aprovação de investimentos.
O departamento de Consolidação de Contas é responsável pela preparação de informação financeira consolidada, com base em reporting packages enviados pelos responsáveis Administrativo-Financeiros de cada país. O Centro de Serviços Partilhados efetua a contabilização dos movimentos nas contas de todas as subsidiárias, com a exceção das subsidiárias canadianas, ajudando assim a garantir o alinhamento de políticas e reforçando os procedimentos e controlos.
Os sistemas de controlo internos são monitorizados. Existem atividades permanentes de monitorização a decorrer, nomeadamente atividades regulares de supervisão e de gestão. Há avaliações separadas realizadas pelo departamento de Auditoria Interna cujo âmbito e frequência dependem, em primeira instância, da avaliação de riscos e da eficácia dos procedimentos de monitorização existentes.
Existem procedimentos de reporte periódicos aos órgãos de administração e fiscalização das principais deficiências de controlo interno e incumprimentos dos procedimentos e políticas definidas pela Sonae Indústria.
A Sonae Indústria tem um nível razoável de confiança no sistema de controlo interno implementado. A comunicação da Visão, Valores e Princípios na organização reforça a importância do comportamento ético. A existência de um Código de Conduta, de um instrumento Whistleblower, e da Subcomissão de Ética aumentam a cultura de controlo da organização.
51. Explicitação das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade
É da responsabilidade do Conselho de Administração a criação das estruturas e serviços necessários a garantir que o sistema de controlo interno e de gestão de riscos funciona adequadamente. Para esse efeito foram criados, já há alguns anos, departamentos específicos para aquelas áreas, constituídos por equipas especializadas, os departamentos de auditoria interna e o de gestão de risco. Competindo ao primeiro a função de monitorizar o cumprimento dos procedimentos e das políticas definidas bem como de reportar à administração alguma irregularidade encontrada. Ao departamento de gestão de risco compete analisar os possíveis riscos afetos às sociedades bem como a implementação de normas e escolha de sistemas passíveis de redução desses mesmos riscos.
O responsável pelo departamento de auditoria interna reporta funcionalmente e reúne, no mínimo duas vezes por ano com o Conselho Fiscal bem como com a Comissão de Auditoria e Finanças cujo presidente é um administrador independente, podendo aqueles órgãos, sempre que o entendam, solicitar-lhe as informações e esclarecimentos, que entendam por conveniente.
Adicionalmente, compete em especial à Comissão de Auditoria e Finanças, a gestão de risco, controlando internamente os processos e negócios e analisando os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa.
No âmbito das competências do Conselho Fiscal inclui-se a fiscalização da eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria, tendo este órgão acesso a todos os documentos que solicite e o contacto que entender com os responsáveis dos respetivos departamentos, recebendo os relatórios realizados por aqueles serviços.
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São apresentados ao Conselho Fiscal os planos de trabalho dos serviços de auditoria interna, podendo o Conselho Fiscal pronunciar-se sobre os mesmos, bem como sobre a adequação dos recursos afetos aos diferentes serviços de compliance.
O auditor externo verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações bem como a eficácia e funcionamento dos mecanismos de controlo interno. No caso de encontrar qualquer deficiência ou irregularidade esta será reportada ao Conselho Fiscal.
52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos
A Sonae Indústria é uma organização que assenta na integridade dos seus princípios e em valores éticos, descritos no código de conduta da empresa que foi distribuído por todos os seus colaboradores, que são também promovidos pelo topo da hierarquia.
Os diversos órgãos de gestão da sociedade são o resultado de uma filosofia de gestão e estilo de atuação que se baseia numa forte estrutura organizativa com uma atribuição adequada de autoridade e de responsabilidades. Políticas e procedimentos adequados na área de recursos humanos e a existência do Código de Conduta constituem parte integrante desta estrutura.
53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos
A Sonae Indústria enfrenta uma diversidade de riscos, internos e externos, os quais têm de ser avaliados, estando por isso implantada uma cultura de prevenção e de deteção preventiva. Tal como se referirá mais adiante, foi concebido um sistema integrado de gestão transversal de risco (Enterprise-Wide Risk Management Framework), o qual é atualizado periodicamente.
O principal risco financeiro que a Sonae Indústria enfrenta, prende-se com o risco de crédito sobre clientes, isto é, o risco de um cliente pagar mais tarde ou não pagar os bens adquiridos essencialmente por falta de liquidez. De forma a mitigar este risco, a Sonae Indústria implementou procedimentos de gestão de crédito e processos de aprovação de crédito. O seguro de crédito surge como ferramenta mandatória para a mitigação deste risco e é utilizado em todas as geografias onde nos encontramos e onde esta possibilidade está disponível. Os níveis de cobertura de risco de crédito que são oferecidos pelas soluções externas de seguro de crédito são constantemente revistos e atualizados ao longo do ano e é mantida uma relação estreita e complementar com os nossos fornecedores dessa solução visando uma mitigação do risco comum e uma melhor avaliação do risco de crédito. Nas situações pontuais em que não conseguimos mitigar o risco via seguro de crédito, são procuradas soluções alternativas e/ou complementares (tais como garantias bancárias, cartas de crédito e confirming entre outras) com os nossos clientes visando a concretização de maiores volumes de negócio num ambiente de risco controlado e mínimo. Na situação limite de não conseguirmos obter qualquer cobertura de risco para um determinado cliente ou operação, desencadeamos um processo interno detalhado e pormenorizado visando analisar toda e cada uma das vertentes de um negócio em particular de modo a podermos tomar uma decisão informada e completa sobre a assunção de um eventual auto-risco de crédito.
Os riscos económicos em que a Sonae Indústria incorre são: risco de taxa de juro, risco de taxa de câmbio e risco de liquidez.
O risco da taxa de juro advém da proporção relevante de dívida a taxa variável incluída na Demonstração Consolidada da Posição Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros. Regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro. Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria.
O risco da taxa de câmbio é consequência da Sonae Indústria enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes. A Demonstração Consolidada da Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de
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translação como de transação. Sempre que possível e economicamente viável, as empresas do Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira.
O risco de liquidez prende-se sobretudo com o objetivo que a sociedade possui de garantir capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário para poder levar a cabo as suas atividades de negócio, implementar a sua estratégia, e cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis. Com este propósito, a gestão de liquidez concentra-se principalmente no planeamento financeiro consistente, na diversificação de fontes de financiamento e de maturidades da dívida emitida.
Relativamente aos riscos jurídicos, o principal risco da atividade do Grupo prende-se com alterações legislativas que possam ocorrer ao nível do exercício da atividade (legislação ambiental e do trabalho, entre outras) que podem onerar o exercício da atividade afetando a sua rentabilidade.
54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos
A Auditoria Interna é desenvolvida como uma atividade independente e objetiva, que visa auxiliar a Sonae Indústria a atingir os seus objetivos, participando no processo de criação de valor. Utiliza uma abordagem sistemática e estruturada para avaliar e melhorar a eficácia da gestão de risco, dos processos de controlo interno e do governo da sociedade.
A Auditoria Interna atua em conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (International Standards for the Professional Practice of Internal Auditing), estabelecidas pelo Instituto de Auditores Internos (Institute of Internal Auditors), incluindo o respetivo Código de Ética.
No desempenho das suas competências, a Auditoria Interna tem acesso a quaisquer pessoas, registos, informações, sistemas e bens considerados necessários.
A Auditoria Interna reporta funcionalmente à Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC) e ao Conselho Fiscal.
O planeamento da atividade da Auditoria Interna é essencialmente desenvolvido com base numa avaliação prévia e sistemática dos riscos dos negócios da Sonae Indústria. O plano anual da atividade de Auditoria Interna é previamente aprovado pela Comissão Executiva e apresentado à Comissão de Auditoria e Finanças e ao Conselho Fiscal.
Periodicamente são preparados e enviados à Comissão Executiva, à Comissão de Auditoria e Finanças e ao Conselho Fiscal da Sonae Indústria relatórios descritivos da atividade de Auditoria Interna, o qual inclui o resumo das principais deficiências de controlo interno e de incumprimentos dos procedimentos e políticas definidas pela sociedade.
O sistema de reporte implementado garante um feedback regular, uma revisão adequada das atividades desenvolvidas e a possibilidade de ajustar o plano de atividades às necessidades emergentes.
A Comissão de Auditoria e Finanças e o Conselho Fiscal são responsáveis por supervisionar a eficácia da função de Auditoria Interna. Nesse sentido, a Auditoria Interna desenvolveu um programa de garantia e promoção da qualidade, que contempla análises contínuas e regulares, bem como avaliações periódicas da qualidade conduzidas a nível interno e externo.
A Gestão de Risco é uma das componentes da cultura da Sonae Indústria, está presente em todos os processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores, aos diferentes níveis da organização.
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A Gestão de Risco compreende os processos de identificação dos riscos potenciais, analisando o seu possível impacto nos objetivos estratégicos da organização e prevendo a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos.
Realiza-se uma abordagem global para assegurar uma cobertura adequada e equilibrada do risco operacional, através da transferência deste para os nossos parceiros de seguros. A Sonae Indústria desenvolveu vários programas de seguro para colocação do risco no mercado, visando a cobertura de:
• Danos patrimoniais (incluindo avaria de máquinas) e Perdas de Exploração; • Danos nos transportes; • Danos causados a terceiros (Responsabilidade de produto, civil e ambiental); • Risco de Crédito; • Acidentes de trabalho
A Sonae Indústria adota apólices globais como suporte aos processos de gestão de risco, complementando com soluções locais que melhor abordem riscos e tópicos específicos e está empenhada em melhorar, quer a proteção dos seus ativos, quer os níveis de prevenção, para reforçar a parceria com o mercado segurador como um todo.
55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira
O fabrico de painéis derivados de madeira é uma atividade industrial com um risco operacional muito significativo, quer de incêndio, quer de explosão. Consequentemente, a gestão de risco operacional desenvolve a sua atividade na implementação de normas e na escolha de sistemas passíveis de redução dos riscos das unidades industriais.
A área de Gestão de Risco está individualizada em duas responsabilidades com vista a garantir uma abordagem mais focada e especializada: Gestão de Risco Operacional e Gestão de Seguros
A Gestão de Risco Operacional está integrada no departamento responsável pela consolidação das melhores práticas de Segurança e Saúde no Trabalho (Departamento Corporativo HSE & Systems Integration), e reporta diretamente ao CITO da empresa, de forma a estar focada no desenvolvimento e implementação de ações para mitigar os riscos nas operações industriais.
Foi formalmente constituída uma rede de Responsáveis pela Gestão de Risco por País, em cada um dos países onde a Sonae Indústria tem operações e, em cada uma das unidades industriais, existe um Responsável da Unidade pela Gestão de Risco.
A organização do Departamento Corporativo HSE & Systems Integration pode ser analisada no quadro em anexo:
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A função de Gestão de Risco operacional tem também uma importante ligação ao departamento Corporativo IndBest (“Industrial Best Practices”). Este departamento assegura a implementação e a partilha das melhores práticas ao nível de processos e procedimentos industriais, através da efetiva coordenação com as equipas locais, nomeadamente com os Responsáveis Industriais das diversas operações e os Diretores de fábrica, e o suporte à implementação de projetos de investimento industriais. Esta equipa promove também várias ações para otimizar a eficiência energética do grupo e coordenar globalmente a gestão das tarefas de manutenção.
Integrado neste departamento está ainda a equipa de Melhoria Contínua, que promove a implementação das melhores práticas de melhoria contínua que potenciam a eficiência e a produtividade em todo o grupo, mudando gradualmente a cultura de todos os colaboradores da empresa. O seu objetivo é promover que todas as operações, através dos seus colaboradores, desempenhem mais rápido e eficientemente as suas funções, não só na área industrial, mas também nas áreas de suporte e comercial.
A gestão de seguros está integrada numa área transversal denominada “Compliance & Risk Management”.
A função de gestão de seguros tem como objetivo assegurar uma gestão mais eficiente e eficaz das várias políticas de seguros do Grupo, enquanto uma resposta possível à mitigação dos riscos seguráveis. É responsável pela elaboração e implementação de procedimentos que possibilitem a minimização da exposição ao risco, diminuindo a probabilidade de estes se materializarem e assegurando o máximo de cobertura.
Esta função é ainda responsável pela promoção da metodologia Enterprise Wide Risk Management (EWRM), identificando, avaliando e prioritizando os riscos e o seu potencial impacto nas atividades da organização.
Gestão de Risco e coordençãolocal
HSE & Systems Integration
Ambiente
Higiene e Segurança
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Processos, Engenharia e Equipamentos
IndBest(Eficiência Industrial e Projetos)
Melhoria de Processo
Gestão da Energia
Gestão da Manutenção
Melhoria Contínua
Gestão da Qualidade & Kaizen
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O Modelo de Risco da empresa, agrega os riscos do negócio em três categorias (Riscos de Envolvente de Negócio, Riscos do Processo de Negócio e Riscos da Informação para a Tomada de Decisão), e contém a quantificação da Relevância (impacto no EBITDA e na eficiência operacional), assim como da Probabilidade (a frequência da ocorrência do acontecimento ou do cenário) de riscos críticos para a Sonae Indústria.
A gestão dos riscos financeiros, enquadrada nos riscos do processo do negócio, é efetuada e monitorizada no âmbito da atividade da função financeira.
A Gestão de Risco Operacional
A Sonae Indústria procura melhorar o seu processo industrial, através da implementação de práticas mais eficientes e sustentáveis. A necessidade de avaliar e mitigar os riscos operacionais das operações é uma preocupação e neste sentido agimos de modo a aumentar o nível de consciencialização relativamente aos novos riscos e mudanças do comportamento em relação aos riscos atuais.
Foram desenvolvidas em 2013 atividades de gestão do risco operacional para atingir os objetivos propostos relativamente a um ambiente controlado de risco.
Tendo em conta todos os riscos identificados associados a uma atividade industrial como a nossa, a proteção de ativos-chave, bem como as atividades de prevenção de perdas, são uma preocupação constante para o Grupo, tendo sido definidas como prioridades para 2013.
Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS)
As existentes CORS da Sonae Indústria foram desenvolvidas com referência às normas internacionais, como NFPA1 e/ ou fichas da FM2
, tendo sido consideradas as melhores práticas de engenharia de proteção contra incêndios na Sonae Indústria, assim como da indústria da madeira. Estas foram validadas em conjunto com técnicos externos de vários níveis, especialistas do mercado de seguros e da gestão de risco. Estes visam garantir a homogeneização dos processos e procedimentos em todas as geografias com vista a melhorar a gestão do risco operacional, deixando pouco ou nenhum espaço para a incerteza.
As Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS) estão divididas em três áreas:
1. Programas de Gestão e Procedimentos:
• Melhores práticas da indústria no que se refere a medidas de Prevenção de Perdas que envolvem o elemento humano;
• Preparação para emergências; • Programas de Gestão (manutenção, equipamento para inspeções, formação, subcontratados,
limpeza).
2. Sistemas de Proteção contra Incêndios:
• Referência a normas reconhecidas internacionalmente, nomeadamente NFPA. • Requisitos gerais na deteção e proteção contra incêndio em instalações industriais, especificações
do abastecimento de água para incêndios e características dos materiais de construção; • Integração de uma parte para práticas de vigilância (hardware).
3. Riscos Especiais: 1 National Fire Protection Association 2 Factory Mutual
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• Conhecimento desenvolvido mundialmente na deteção de incêndios e proteção inerente à indústria de painéis de madeira: manuseamento e transporte de partículas molhadas e secas, secadores, prensas, etc;
• Questões específicas como as referentes às instalações de óleo térmico e hidráulico, armários e quadros elétricos ou transformadores.
Em 2013, no seguimento de um estudo detalhado levado a cabo por uma empresa internacional independente, que efetua serviço em todas as áreas de segurança industrial e de processos, nomeadamente de prevenção de incêndio e de explosão, foi elaborado uma identificação exaustiva de riscos associados aos processos chave operacionais (produção).
Foram elaborados planos de ação de médio prazo adequados para mitigar esses riscos, especialmente com foco na utilização de Material Reciclado, cuja utilização se espera que aumente durante os próximos anos.
Seguindo a filosofia CORS, foram consultados no terceiro trimestre de 2013 empresas adicionais, especializadas em tecnologia de ponta relativamente a técnicas de proteção contra explosões causadas por poeiras, a fim de fornecerem soluções técnicas adequadas para minimizar e controlar os riscos identificados.
Inspeções
Inspeções Externas
Os CORS passaram a ser os processos e procedimentos pelos quais as auditorias de risco se regem para verificar a exposição de cada unidade industrial. Isto permite uma maior transparência e harmonização no processo de auditorias.
Em 2013, foi introduzida uma mudança importante ao processo de auditoria externa, que já é realizado em todas as fábricas, no que diz respeito à entidade que elabora a auditoria. Foi efetuado um corte com o processo que existia nos anos anteriores, em que a entidade que conduz a auditoria externa era alterada todos os anos. Deste modo, acordou-se que, até 2014/15 as inspeções serão conduzidas pela mesma entidade em cada fábrica. Esta mudança vai garantir um acompanhamento mais eficiente das recomendações em curso.
Posteriormente à realização das auditorias externas é emitido um relatório com um conjunto de recomendações para cada fábrica visitada. Desde 2000 o Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Industria melhorou de 5,8 até ao valor atual de 7.23
Durante 2013 foram elaboradas 6 auditorias, estando os seus resultados refletidos no QIN calculado no final do ano, conforme indica o gráfico em baixo.
.
3 No cálculo do Índice de Qualidade de Risco Global correspondente a 2013, foram apenas considerados os relatórios de Valladolid e de Linares
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Inspeções Internas
No seguimento das mudanças organizacionais realizadas durante 2013, as visitas internas realizadas a algumas fábricas em particular centraram-se na avaliação do cumprimento das Normas Corporativas de Risco Operacional.
O resultado das visitas é reportado bem como é efetuado o seguimento das recomendações identificadas.
Plano de Risco 2009-2015
Todos os planos individuais das fábricas (que são atualizados anualmente) definem um conjunto de medidas a tomar, visando o cumprimento das Normas Corporativas de Risco Operacional e nas diretrizes corporativas publicadas. Os principais objetivos são:
• Melhorar o nível de risco das instalações da Sonae Indústria, fomentando uma maior segurança das pessoas e dos ativos, minimizando eventuais períodos de interrupção de negócio;
• Obter um retorno financeiro, refletido no prémio do seguro (a demonstração real da preocupação com a prevenção de danos);
• Constituir a base para a preparação do orçamento anual para o investimento em medidas de Prevenção de Danos e estabelecer prioridades, com base no impacto na Prevenção de Danos.
Em 2013 foi realizado um acompanhamento trimestral das recomendações, que foi posteriormente reportado aos parceiros de seguros. Cada fábrica é responsável por atualizar a situação reportada utilizando um modelo previamente definido. Esta informação é então centralizada e colocada num sítio na internet usado pelo painel ressegurador.
Distribuição do Prémio do Seguro “All Risks”
A maior parte das unidades industriais da Sonae Indústria estão inseridas, em termos de seguro “All Risks”, num programa global e contratado centralmente.
Para mais corretamente imputar o custo do seguro por unidade e geografia, o Departamento de Gestão de Seguros desencadeou um processo, durante este ano e em todas geografias, de obtenção de condições locais que permitisse efetuar uma distribuição equitativa do premio global por cada unidade produtiva e local de risco.
Este processo não conduziu a diferenças significativas face ao processo anterior de distribuição de prémio mas permitiu garantir, com outra fiabilidade externa, uma prática que vinha sendo seguida nos últimos anos.
5.8
6.16.2
6.56.6
6.8
7.07.1 7.1 7.1
7.0
7.2 7.2 7.2
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Indústria(ponderado pelo capital seguro)
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Para as unidades não incluídas no programa global, foram efetuados processos de procura e seleção nas geografias onde se encontram localizadas visando obter as melhores condições de cobertura e preço.
IV. APOIO AO INVESTIDOR
56. Departamento de Apoio ao Investidor
A Sonae Indústria tem um Departamento de Apoio ao Investidor, responsável por gerir a relação entre a Sociedade e os acionistas, investidores, analistas e autoridades de mercado, incluindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Trimestralmente, este departamento é responsável por coordenar a preparação da apresentação de resultados a ser divulgada ao mercado, assim como esclarecer, sempre que necessário, quaisquer factos relevantes ou eventos, que possam influenciar o preço da ação. Este departamento está permanentemente disponível para responder a qualquer questão formulada pelo mercado. A sociedade está disponível para reunir com investidores, quer em roadshows, em reuniões individuais, que lhe sejam solicitadas, quer em conferências em que participe.
O Departamento de Apoio ao Investidor é composto por dois colaboradores, sendo o seu diretor António Castro. Este Departamento pode ser contactado por e-mail, [email protected] ou por telefone: +351.220.100.655.
57. Representante para as relações com o mercado
O representante legal da Sonae Indústria para as Relações com o Mercado de Capitais é o seu administrador executivo George Christopher Lawrie, que pode ser contactado via Departamento de Apoio ao Investidor, ou, se pretendido, através do email, [email protected].
58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores
A sociedade mantém um registo dos pedidos apresentados ao Departamento de Apoio ao Investidor e do tratamento que lhe foi dado. Durante o ano de 2013 o Gabinete de Relações com Investidores recebeu contactos e pedidos de esclarecimento por parte de 35 investidores, dos quais sete não residentes. Em termos globais, o prazo médio de resposta aos pedidos de informação dos investidores foi inferior a 24 horas. Não existiam quaisquer pedidos de informação pendentes de anos anteriores.
V. SÍTIO DE INTERNET
59. Endereço
O sítio da sociedade na Internet é www.sonaeindustria.com.
60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos da sociedade
A firma, qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,27 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,27 (versão em inglês)
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61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões
Os estatutos da sociedade podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,31 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,31 (versão em inglês)
Os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração, Comissão Executiva e Conselho Fiscal podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,109 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,109 (versão em inglês)
62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas funções e meios de acesso
A informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,29 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,29 (versão em inglês)
A informação relativa ao representante para as relações com o mercado pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,30 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,30 (versão em inglês)
A informação relativa ao Gabinete de Apoio ao Investidor pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,55 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,55 (versão em inglês)
63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas
Os documentos de prestação de contas da sociedade podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,42 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,42 (versão em inglês)
O calendário semestral de eventos societários encontra-se disponível nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,53 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,53 (versão em inglês)
64. Local onde é divulgada a informação sobre a assembleia geral
As convocatórias das assembleias gerais e toda a informação preparatória e subsequente à mesma são disponibilizadas nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,32 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em inglês)
65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico
O acervo histórico das deliberações tomadas em assembleia geral, o capital representado e os resultados das votações, podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em português) http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em inglês)
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D. REMUNERAÇÕES
I. COMPETÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO
66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, da comissão executiva
Conforme estabelecido nos estatutos da sociedade a Assembleia Geral de acionista é responsável por fixar a remuneração dos membros dos órgãos sociais ou de eleger uma comissão para esse efeito. No que respeita aos membros do Conselho de Administração, a Comissão de Vencimentos dialoga com a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração, por só assim poder ser garantido que a Comissão de Vencimentos possui, relativamente a cada administrador, mas principalmente no que respeita aos administradores executivos, o necessário conhecimento sobre o desempenho dos mesmos ao longo do exercício.
II. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES
67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores
A Comissão de Vencimentos da sociedade é eleita em Assembleia Geral para mandatos de três anos, tendo sido eleita na Assembleia Geral de Março de 2012 para o mandato 2012-2014. Atualmente a Comissão de Vencimentos é composta pela Efanor Investimentos - SGPS, SA, representada por Belmiro Mendes de Azevedo, pela Imparfin - SGPS, SA, representada por José Fernando Oliveira de Almeida Côrte-Real e pelo Professor José Manuel Neves Adelino.
O Professor José Manuel Neves Adelino é um membro independente da Comissão de Vencimentos.
A participação de Belmiro de Azevedo, que é também Presidente do Conselho de Administração, na Comissão de Vencimentos, corresponde à representação do interesse acionista na Comissão de Vencimentos, nela intervindo nessa qualidade. Belmiro de Azevedo não participa na discussão nem está presente no ponto da reunião em que é deliberada a sua própria remuneração, garantindo-se assim a necessária imparcialidade e transparência do processo.
Não foi contratada qualquer empresa para apoiar a Comissão de Vencimentos ou a Comissão de Nomeação e Remunerações do Conselho de Administração. Para efeitos de benchmark no nível salarial dos membros do Conselho de Administração, aquelas comissões utilizam estudos multi-empresa elaborados por consultores internacionais presentes em Portugal e disponibilizados no mercado.
68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações
O representante da Imparfin, José Corte Real trabalha para o Grupo Efanor na área de Recursos Humanos; os seus amplos conhecimentos e vasta experiência na área de Recursos Humanos, nomeadamente em matéria de política de remuneração contribuem muito positivamente para o trabalho da Comissão de Vencimentos.
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III. ESTRUTURA DAS REMUNERAÇÕES
69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização
Na Assembleia Geral Anual realizada em 2013 a Comissão de Vencimentos fez aprovar uma declaração relativa à política de remuneração e compensações dos órgãos sociais e dos dirigentes e um plano de atribuição de ações.
A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Sonae Indústria e dos seus dirigentes, adere às orientações comunitárias, à legislação nacional e às recomendações da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e é baseada no pressuposto de que a iniciativa, a competência e o empenho são os fundamentos essenciais de um bom desempenho e que este deve estar alinhado com os interesses de médio e longo prazo da sociedade, com vista à sua sustentabilidade.
Na determinação da política retributiva são tomadas como elemento comparativo para a fixação da remuneração, por um lado, as referências de mercado fornecidas pelos diversos estudos disponíveis em Portugal e nos demais mercados europeus, nomeadamente os elaborados pelo consultor especializado Hay Group e por outro lado, as sociedades incluídas no PSI-20 do Portuguese Stock Index.
Os planos retributivos a atribuir aos administradores executivos são definidos tendo por referência estudos de mercado relativos a “Top Executives” de Portugal e da Europa, tendo como posicionamento de referência a mediana do mercado para a remuneração fixa e o terceiro quartil para a remuneração total em circunstâncias comparáveis.
As remunerações fixas e as remunerações variáveis objetivo são deliberadas pela Comissão de Vencimentos em diálogo com a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração.
A componente fixa da remuneração está alinhada, nos seus intervalos, com os padrões do mercado, os quais são aferidos pela equivalente praticada nas sociedades comparáveis.
A componente variável da remuneração, aplicável aos membros executivos, está sujeita a limites máximos percentuais e obedece a critérios de desempenho pré-estabelecidos e mensuráveis - indicadores de desempenho - comprometidos com cada um dos membros executivos em cada exercício social.
A componente variável da remuneração é aferida por avaliação da performance de um conjunto de indicadores de desempenho, quer do negócio com cariz essencialmente económico e financeiro “Key Performance Indicators of Business Activity” (Business KPIs) quer individuais, combinando estes últimos indicadores de desempenho essencialmente quantificados “Personal Key Performance Indicators” (Personal KPIs). O conteúdo dos indicadores de desempenho e o seu peso específico na determinação da remuneração efetiva, asseguram o alinhamento dos administradores executivos com os objetivos estratégicos definidos e o cumprimento das normas legais em que se enquadra a atividade social.
Para o apuramento da componente variável da remuneração é efetuada uma avaliação individual de desempenho pela Comissão de Vencimentos, em diálogo com a Comissão de Nomeação e Remunerações do Conselho de Administração. Esta avaliação tem lugar após serem conhecidos os resultados da sociedade.
Assim e relativamente a cada exercício social são avaliadas a atividade da empresa, a performance e os contributos individuais para o sucesso coletivo, que, necessariamente, condicionarão a atribuição da componente fixa e variável do plano retributivo de cada administrador executivo.
A disponibilização efetiva de, pelo menos cinquenta por cento, do valor da remuneração variável atribuída ao administrador executivo, em cada exercício, em resultado da avaliação de desempenho individual e da empresa, é diferida por um período de três anos. Esta componente diferida da remuneração variável é composta por ações, sendo-lhe aplicável o Plano de Atribuição de Ações (Plano) nos termos do respetivo regulamento, mantendo a sociedade a opção pela entrega, em substituição das ações, do valor correspondente em dinheiro.
Na aplicação da Política de Remuneração e Compensação é ponderado o exercício de funções em sociedades em relação de domínio ou de grupo.
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A Política de Remuneração e Compensação da sociedade mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de mandato, quer esta cessação ocorra no termo do respetivo prazo, quer se verifique uma cessação antecipada por qualquer motivo ou fundamento, sem prejuízo da obrigação do cumprimento pela sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria.
Não integra a política de Remuneração e Compensação qualquer sistema de benefícios, designadamente de reforma, a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes.
Para assegurar a efetividade e transparência dos objetivos da Política de Remuneração e Compensação os administradores executivos:
• não celebraram nem devem celebrar, contratos com a sociedade ou com terceiros que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade;
• não devem alienar durante o mandato em curso, as ações da sociedade a que possam vir a aceder, por via da participação no Plano, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas para suportar o pagamento de impostos resultantes do beneficio dessas mesmas ações.
No que respeita ao órgão de administração da Sonae Indústria, a política aprovada estabelece o seguinte:
Administradores executivos (AE)
A política de remuneração e compensação dos administradores executivos, incorpora, na sua estrutura, mecanismos de controlo, considerando a ligação ao desempenho individual e coletivo, prevenindo comportamentos de assunção de riscos excessivos. Este objetivo é ainda assegurado pelo facto de cada Key Performance Indicator se encontrar limitado a um valor máximo.
A remuneração dos administradores executivos inclui, em princípio, duas componentes: (i) uma componente fixa, que engloba a Remuneração Base, que é paga por referência ao período de um ano (os vencimentos são pagos em 12 meses) e um subsídio de responsabilidade anual; (ii) uma componente variável, atribuída no primeiro semestre do ano seguinte àquele a que diz respeito e condicionada à concretização dos objetivos fixados no ano anterior, dividida em duas partes: (a) Prémio Variável de Curto Prazo pago imediatamente após a atribuição, e (b) um Prémio Variável de Médio Prazo, pago após um diferimento pelo período de três anos, considerando-se que a exposição dos AE às flutuações no preço da ação é a forma mais apropriada de alinhar os interesses dos mesmos com os dos acionistas.
(i) A remuneração fixa do AE é definida em função das competências pessoais e do nível de responsabilidade da função desempenhada por cada AE e é objeto de revisão anual. A cada AE é atribuída uma classificação designada internamente por Grupo Funcional. Os AE estão classificados nos grupos funcionais “Group Leader” “Group Senior Executive” e “Senior Executive”. As classificações funcionais estão estruturadas tendo por base o modelo internacional Hay de classificação de funções corporativas, com o objetivo de facilitar comparações de mercado e promover a equidade interna.
(ii) A remuneração variável, visa orientar e recompensar os AE pelo cumprimento de objetivos pré-determinados, baseados em indicados de desempenho da empresa, das equipas de trabalho sob a sua responsabilidade e do seu próprio desempenho individual e é atribuída depois de apuradas as contas do exercício e de ter sido efetuada a avaliação de desempenho. Dado que a atribuição do respectivo valor está dependente da concretização de objetivos, o seu pagamento não se encontra garantido.
(a) O Prémio Variável de Curto Prazo Este prémio é pago no primeiro semestre do ano seguinte ao que diz respeito. O método de cálculo do Prémio Variável de Curto Prazo dos AE sem responsabilidade geográfica especifica, a saber, CEO e CFO, assenta nos resultados dos KPI’s da sociedade, a 100% sendo que 70% resultam do Operational Cash Flow e 30% dos Custos Fixos. Estes resultados serão depois sujeitos a um fator multiplicador decorrente da avaliação de desempenho, podendo variar de 0 a 150%, consoante a classificação do desempenho individual atribuída ao AE. No que diz respeito aos AE com responsabilidades
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geográficas, COO NE&CITO e COO SE&CMSO, o cálculo do prémio é semelhante ao anteriormente descrito, mas o resultado combinado do Operational Cash-Flow e dos Custos Fixos da sociedade tem um peso de 70%, distribuídos em 50% para o Operational Cash-Flow e 20% para os Custos Fixos e o peso da geografia representa os restantes 30%, com 20% atribuídos ao Operational Cash-Flow e 10% aos Custos Fixos. O fator multiplicador decorrente da avaliação de desempenho aplica-se da mesma forma.
(b) O Prémio Variável de Médio Prazo Este prémio destina-se a reforçar a ligação dos AE à sociedade, alinhando os seus interesses com os dos acionistas, e aumentando a consciencialização da importância do respetivo desempenho para o sucesso global da organização. O valor atribuído corresponde a, no mínimo 100% do Prémio Variável de Curto Prazo, o que significa que este prémio, via participação no Plano de Atribuição de Ações, corresponde, no mínimo a 50% do valor total da remuneração variável. O valor atribuído em euros será dividido pelo preço médio de cotação de fecho das últimas trinta sessões anteriores á Assembleia Geral ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral se realizar depois desta data, para apuramento de um número de ações a que corresponde. O valor convertido em ações será ajustado por quaisquer variações ocorridas no capital social ou dividendos (Total Shareholder Return) durante um período de diferimento de 3 anos. Na data de vencimento do Plano, as ações são entregues sem qualquer custo, mantendo a sociedade a opção pela entrega, em sua substituição do valor correspondente em dinheiro.
Considerando as duas componentes variáveis, o valor do objetivo pré-definido varia entre 40% e 60% da remuneração total anual (remuneração fixa e objetivo da remuneração variável)
No que se refere ao apuramento de resultados, o valor de cada prémio, tem como limite mínimo 0% e máximo de 120% do objetivo previamente definido.
Administradores não executivos
A remuneração dos administradores não executivos (ANE) é estabelecida em função de dados do mercado, segundo os princípios: (1) atribuição de uma remuneração fixa (cerca de 15% está dependente da presença nas reuniões do Conselho de Administração ou de alguma das suas Comissões); (2) atribuição de um subsídio de responsabilidade anual; não sendo atribuível qualquer outro valor a título de remuneração ou outra compensação variável aos ANE. A remuneração fixa pode ser incrementada até 5% para os ANE que presidam a uma Comissão do Conselho de Administração.
Conselho Fiscal
No que respeita ao Conselho Fiscal a política de remuneração aprovada estabelece que a sua remuneração consiste numa retribuição fixa, determinada tendo em conta a situação da sociedade e as práticas de mercado e inclui um subsídio de responsabilidade anual.
Revisor Oficial de Contas
O Revisor Oficial de Contas da sociedade é remunerado de acordo com os níveis de honorários normais para serviços similares, por referência à informação do mercado, sob supervisão do Conselho Fiscal e da Comissão de Auditoria e Finanças do Conselho de Administração.
70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada
No que respeita aos administradores não executivos, a atribuição de apenas uma remuneração fixa, conforme explicitada no ponto anterior, permite o alinhamento dos interesses desses administradores com os interesses de longo prazo da sociedade.
Já no que respeita aos administradores executivos a atribuição de uma remuneração composta por uma componente fixa e uma componente variável, sendo esta ultima componente aferida por avaliação da performance de um conjunto de indicadores de desempenho e o peso específico destes na determinação da remuneração efetiva, asseguram o alinhamento dos administradores executivos com os interesses de
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longo prazo da sociedade e desincentiva a assunção de riscos. O resultado da avaliação de desempenho de cada um dos administradores executivos serve como fator multiplicador dos demais KPI´s definidos (para uma melhor compreensão do funcionamento dos diversos KPI´s ver o ponto anterior).
71. Referência à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente.
Conforme já referido nos dois pontos anteriores a remuneração dos administradores executivos é composta por uma componente variável, tendo a avaliação de desempenho impacto na mesma (para uma melhor compreensão do impacto da avaliação de desempenho na componente variável da remuneração ver o ponto 69)
72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração
O Prémio Variável de Médio Prazo é diferido pelo período de 3 anos.
73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável
Os critérios de atribuição da remuneração variável em ações, a manutenção dessas ações, a eventual celebração de contratos relativos a essas ações, bem como a sua relação face ao valor da remuneração total anual, encontram-se explicitados na política de remuneração constante do ponto 69 e do plano de atribuição de ações constante do ponto 86.
74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções
A sociedade não atribui opções.
75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários
Os parâmetros e fundamentos do sistema de prémios anuais constam da política de remunerações constante do ponto 69.
76. Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores
A sociedade não tem implementado qualquer regime complementar de pensões ou de reforma antecipada.
IV. DIVULGAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES
77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade
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(a) relativo a 2012, valor aprovado e pago em 2013; (b) relativo a 2013, baseado em valores objetivo, dependendo a atribuição dos KPIs reais alcançados e da subsequente aprovação pela Comissão de Vencimentos; (c) relativo a 2012, aprovado em 2013 e diferido durante um período de carência de 3 anos até 2016; (d) relativo a 2013, baseado em valores objetivo, dependendo a atribuição dos KPIs reais alcançados e da subsequente aprovação pela Comissão de Vencimentos. O valor inicial, a atribuir no ano de 2014 e dependente da performance da cotação das ações é diferido durante um período de 3 anos de carência até 2017 e será contabilizado linearmente ao longo daquele período de 3 anos; (e) Do montante auferido em 2012, 29.100 euros foram pagos pela Sonae Indústria e 12.300 pela Glunz AG. Do montante auferido em 2013, 28.500 euros foram pagos pela Sonae Indústria e 12.300 euros pela Glunz AG; (f) relativo a 10 meses de 2013; (g) relativo a 8 meses de 2013; (h) valores integralmente pagos pela Glunz AG.
78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum.
Os montantes pagos por outras sociedades do grupo encontram-se explicitados no quadro anterior.
79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios
Os prémios pagos aos administradores executivos encontram-se explicitados no quadro constante do ponto 77.
80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das
suas funções durante o exercício
Não foram pagas indemnizações a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício.
81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos
membros dos órgãos de fiscalização da sociedade
Os membros do Conselho Fiscal no ano de 2013 auferiram, a remuneração total de 26.600 euros, sendo que o seu Presidente auferiu a quantia de 10.200 euros e cada um dos dois vogais a quantia de 8.200 euros.
82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral no ano de 2013 auferiu a remuneração total de 5.000 euros.
2012 2013 2012 (a) 2013 (b) 2012 (c) 2013 (d) 2012 2013
Belmiro de Azevedo (Presidente) 182,200 182,010 182,200 182,010Paulo Azevedo 28,300 28,110 28,300 28,110Javier Vega 23,490 30,200 23,490 30,200Albrecht Ehlers(e) 41,400 40,800 41,400 40,800Rui Correia 265,951 277,010 59,200 110,000 88,900 165,000 414,051 552,010João Paulo Pinto (f) 260,950 231,177 59,200 320,150 231,177Christopher Lawrie (g) 149,267 149,267Jan Bergmann (h) 250,000 250,000 53,800 100,000 80,700 150,000 384,500 500,000Total do Conselho de Administração 1,052,291 1,188,573 172,200 210,000 169,600 315,000 1,394,091 1,713,573
Total da Remuneração Anual
Fixa
Total do Prémio Variável de Curto
prazo
Total do Prémio Variável de Médio
PrazoTotal
2013
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V. ACORDOS COM IMPLICAÇÕES REMUNERATÓRIAS
83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa
de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração.
A Politica de Remuneração e Compensação aprovada em Assembleia Geral mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, associadas à cessação de mandato, sem prejuízo da obrigação do cumprimento pela sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria.
84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administraçã0
Não foram celebrados quaisquer acordos entre a sociedade e os administradores e dirigentes que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade.
VI. PLANOS DE ATRIBUIÇÃO DE AÇÕES OU OPÇÕES SOBRE AÇÕES (STOCK OPTIONS)
85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários
Conforme já referido ao Prémio Variável de Médio Prazo (PVMP) a que acedem os administradores executivos é aplicável o Plano de Atribuição de Ações (Plano) o qual foi objeto de deliberação pela Assembleia Geral.
86. Caraterização do plano
O regulamento do Plano estabelece o seguinte:
O PVMP é uma das partes da componente variável estabelecida na Politica de Remuneração e Compensação da Sonae Indústria. Esta parte da componente distingue-se das restantes por ter um carácter restrito e discricionário, cuja atribuição é condicionada às regras de elegibilidade estabelecidas no Plano.
1. Características do PVMP
O PVMP proporciona aos beneficiários a possibilidade de partilharem com os acionistas o valor criado, pela sua intervenção direta na definição da estratégia e na gestão dos negócios
O PVMP está desenhado com vista a compensar os beneficiários pelo seu esforço sustentado ao longo de 4 anos (constituídos pelo Ano de Avaliação [1 ano] e pelo Período de Diferimento [3 anos]) e a melhorar a performance do negócio fator determinante da criação de valor para os acionistas. Esta criação de valor é medida através da avaliação de desempenho de cada um dos beneficiários durante o Ano de Avaliação e o valor inicialmente atribuído no Plano está ligado à evolução da cotação das ações da Sonae Indústria durante o Período de Diferimento. O valor das ações inicialmente atribuído no Plano a cada beneficiário durante o Ano de Avaliação depende da sua performance durante aquele ano (a percentagem do PVMP atribuída no Plano é igual à percentagem dos KPI´s anuais atingida).
2. Enquadramento do PVMP
O valor convertido em ações será ajustado por quaisquer variações ocorridas no capital social ou dividendos em linha com o conceito de Total Shareholder Return, durante o Período de Diferimento.
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São elegíveis para efeitos de atribuição do PVMP e participação no Plano os administradores executivos.
3. Elegibilidade
De acordo com a política de remuneração e compensação, o Conselho de Administração, pode igualmente aplicar o PVMP aos colaboradores.
O valor do PVMP dos administradores executivos corresponde a, no mínimo 100% do Prémio Variável de Curto Prazo, o que significa que o PVMP corresponde a, pelo menos 50% do valor total da remuneração variável. O valor inicialmente atribuído é convertido num número equivalente de ações da Sonae Indústria, considerando-se para o efeito a média da cotação de fecho das 30 sessões anteriores à Assembleia Geral ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral ocorrer depois desta data.
4. Valor de referência do PVMP e Vencimento
No caso de distribuição de dividendos, alteração do valor nominal das ações ou alteração do capital social da sociedade, o número de ações inicialmente atribuído ao abrigo do Plano será ajustado de acordo com a metodologia standard de mercado, usada para calcular o Total Shareholder Return, ao longo do Período de Diferimento.
Três anos depois, no terceiro ano da data da conversão o Plano vence-se.
Na data de vencimento, o número de ações correspondente é transferido para cada administrador executivo, sem pagamento de contrapartida. Os demais colaboradores a quem tenha sido atribuído aquele direito, adquirem as ações nos termos das condições estabelecidas pelo Conselho de Administração, dentro de um intervalo que pode variar de 0% a 10% do seu custo.
A sociedade reserva-se o direito de entregar, em substituição das ações, o numerário equivalente ao seu valor de mercado à data do respetivo exercício.
O direito de aquisição das ações atribuídas pelo Plano caduca se ocorrer a cessação do vínculo que deu origem à atribuição do Plano, sem prejuízo do disposto nos parágrafos seguintes.
5. Cessação do Plano
No caso de incapacidade permanente ou morte do beneficiário, serão recalculados os Planos pendentes, de acordo com o valor de mercado à data, sendo o respectivo pagamento efetuado ao próprio ou aos seus herdeiros.
Em caso de reforma do beneficiário os Planos pendentes manter-se-ão em vigor até à data dos respetivos vencimentos
Valor de referência doprémio variável de médio prazo
(% do Prémio Variável de Curto Prazoatribuído)
Membros Elegíveis
pelo menos 100%Administradores Executivos Sonae
Indústria
Administradores Executivos Negócios pelo menos 50%
Colaboradores termos a definir pelo Conselho de Administração
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87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações
A sociedade não possui planos de atribuição de opções de aquisição de ações
88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes
Não se encontram previstos quaisquer mecanismos de controlo num sistema de participação dos trabalhadores no capital da sociedade.
E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
I. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLO
89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas
Os mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas pautam-se por princípios de rigor, transparência e de estrita observância das regras concorrenciais de mercado. Tais transações são objeto de procedimentos administrativos específicos que decorrem de imposições normativas, nomeadamente as relativas às regras dos preços de transferência, ou da adoção voluntária de sistemas internos de verificação e controlo.
90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência
A sociedade não efetuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração, bem como com os do Conselho Fiscal.
As operações com sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da atividade normal da sociedade e foram realizadas em condições normais de mercado e a preços que respeitam as normas sobre preços de transferência.
91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação
Qualquer transação com acionistas titulares de participações qualificadas ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (acionistas de referência), que envolva valor superior a 10 milhões de euros deve ser submetida a parecer prévio do Conselho Fiscal. O pedido de parecer deve ser acompanhado de todos os elementos necessários que permitam uma análise comparada com o mercado e a forma como serão geridos potenciais conflitos de interesse.
Qualquer transação que for contratada com acionistas de referência deve ser resultado de um processo comparativo de propostas, não estando sujeita a parecer prévio do Conselho Fiscal qualquer transação de valor inferior a 10 milhões de euros devendo contudo, ser prestada informação ao Conselho Fiscal, nos seguintes termos:
O CFO da Sonae Indústria é responsável por informar o Conselho Fiscal:
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a) trimestralmente, de todas as transações com acionistas de referência que ultrapassem 1 milhão de euros e quaisquer outras operações que sejam consideradas particularmente "sensíveis" pela administração.
b) Numa base anual, transações com acionistas de referência com valores acumulados anuais que excedam 5 milhões de euros.
No ano de 2013 não existiu nenhuma transação sujeita a controlo por parte do Conselho Fiscal.
II. ELEMENTOS RELATIVOS AOS NEGÓCIOS
92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas
A informação relativa aos negócios com partes relacionadas consta de Nota nº 35 do Anexo às Demonstrações Financeiras.
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PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO A Sonae Indústria, SGPS, SA adotou o Código de Governo das Sociedades publicado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários em 2013, o qual se encontra publicado no endereço www.cmvm.pt.
A escolha do Código de Governo das Sociedades da CMVM justifica-se pelo facto de o mesmo assegurar um grau adequado de proteção dos acionistas e de transparência do governo societário, sendo por outro lado o Código do Governo com o qual os investidores estão mais familiarizados.
2. ANÁLISE DE CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES
ADOTADO A Sonae Indústria cumpriu todas as recomendações constantes do Código de Governo acima identificado, durante o exercício de 2013. Além do cumprimento das obrigações legais e das recomendações do referido Código a Sonae Indústria, consciente da importância de um bom governo corporativo, quer para os seus negócios, quer para os seus acionistas, procura constantemente adotar as melhores práticas em todas as áreas em que atua, tendo elaborado o seu próprio código de conduta, o qual pode ser consultado no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com.
RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
Relatório do Governo
I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE
I.1 As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica.
Cumpre 12 e 13
I.2 As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.
Cumpre 14
I.3 As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas.
Cumpre 12
I.4 Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo
Cumpre 13
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
Relatório do Governo
menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contem todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.
I.5 Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.
Cumpre 4
II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO III. IV.
II.1 Supervisão e Administração
II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.
Cumpre 27 e 28
II.1.2. O conselho de administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.
Cumpre 28
II.1.3 O conselho geral e de supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo societário, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais politicas da sociedade.
Não aplicável
II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para:
a) Assegurar uma competente e independente avaliação
Cumpre
15 e 27 a 29
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
Relatório do Governo
do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes;
b) Refletir sobre sistema, estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.
II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.
Cumpre 50 a 52
II.1.6 O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração.
Cumpre 17 e 18
II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respectivo free float.
A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;
c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3º
Cumpre 18
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
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grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas.
II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.
Cumpre 28
II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.
Cumpre 28
II.1.10 Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.
Não aplicável
II.2. Fiscalização
II.2.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras, deve ser independente, de acordo com o critério aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções.
Cumpre 32
II.2.2 O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respectiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.
Cumpre 45
II.2.3 O órgão de fiscalização deve avaliar o anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.
Cumpre 45
II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários.
Cumpre 51
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
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II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas, a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades.
Cumpre 51
II.3 Fixação de Remunerações
II.3.1 Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.
Cumpre 67 e 68
II.3.2 Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços..
Cumpre 67
II.3.3 A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei nº 28/2009 de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente:
a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais;
b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;
c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores.
Cumpre 69
II.3.4 Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano.
Cumpre 85 e 86
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II.3.5 Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.
Não aplicável
V. REMUNERAÇÕES
III.1 A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos.
Cumpre 69
III.2 A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do orgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor.
Cumpre 69
III.3 A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.
Cumpre 69
III.4 Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.
Cumpre 69 e 72
III.5 Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade.
Cumpre 69
III.6 Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.
Cumpre 69
III.7 Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.
Não aplicável
III.8 Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respectivas funções mas, ainda assim seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotadas dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente exigida não seja devida.
Cumpre 83
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
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IV. AUDITORIA
IV.1 O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.
Cumpre 51
IV.2 A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.
Cumpre 46 e 47
IIV.3 As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respectivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.
Cumpre 44
V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
V.1 Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado.
Cumpre 90
V.2 O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no nº1 do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários -, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.
Cumpre 91
VI. INFORMAÇÃO
VI.1 As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e em inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.
Cumpre 59 a 65
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RECOMENDAÇÃO Grau de Cumprimento
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VI.2 As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.
Cumpre 56 e 58
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS
Demonstração Separada de Posição Financeira
Demonstrações Separadas de Resultado por Natureza
Demonstrações Separadas de Rendimento Integral
Demonstrações Separadas de Alterações dos Capitais Próprios
Demonstrações Separadas dos Fluxos de Caixa
Notas Anexas às Demonstrações Financeiras Separadas
ATIVO Notas 31.12.13 31.12.12
ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativo Fixo Tangível 3 2.801 3.118Ativo Intangivel 4 0 0Investimentos em empresas do grupo e associadas 6 605.187.656 745.286.910Investimentos disponiveis para venda 6 122.922 122.922Ativos por Impostos diferidos 7 5.527.236 6.763.505Outros Ativos não correntes 8 513.808.092 513.844.898
Total de Ativos não correntes 1.124.648.706 1.266.021.352
ATIVOS CORRENTES:Clientes 9 24.150 6.584Outras dívidas de terceiros 9 13.302.794 2.275.276Estado e outros entes públicos 9 1.102.868 682.831Outros Ativos correntes 10 89.367 120.372Caixa e equivalentes de caixa 11 297.991 45.504
Total de Ativos correntes 14.817.170 3.130.568
TOTAL DO ATIVO 1.139.465.877 1.269.151.920
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 12 700.000.000 700.000.000Reservas Legais 12 3.131.757 3.131.757Outras reservas e resultados acumulados 12 -65.896.264,63 84.867.487Outro rendimento integral acumulado 80.009 46.224
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 637.315.501 788.045.468
Sonae Indústria-SGPS,SADEMONSTRAÇÃO SEPARADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 637.315.501 788.045.468
PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente 13 83.101.488 59.735.977Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente 13 118.908.927 248.344.033
Total de passivos não correntes 202.010.415 308.080.010
PASSIVO CORRENTE:Parcela corrente dos empréstimos bancários não correntes 13 6.639.814 42.969.697Empréstimos bancários correntes 13 150.677.246 52.546.189Empréstimos obrigacionistas - parcela corrente 13 129.918.927 55.000.000Fornecedores 14 174.361 121.973Outras dívidas a terceiros 15 7.542.528 17.696.869Estado e outros entes públicos 15 729.554 873.102Outros passivos correntes 16 4.457.531 3.818.613
Total de passivos correntes 300.139.961 173.026.442
TOTAL DO PASSIVO 502.150.376 481.106.452
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1.139.465.877 1.269.151.920
As notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
Notas 31.12.13 31.12.12Proveitos operacionais: 0
Outros proveitos operacionais 21 140.636 133.506
140.636 133.506
Custos operacionais: 0 0
Fornecimentos e Serviços externos -599.065 -1.095.796
Gastos com o pessoal -1.102.268 -954.144
Amortizações e depreciações 3 e 4 -1.053 -1.456
Provisões e perdas por imparidade 17 0 -176.179.713
Outros custos operacionais 21 -179.024 -236.740
Total de custos operacionais -1.881.410 -178.467.848
Resultados operacionais -1.740.774 -178.334.342
Resultados financeiros 22 1.559.453 -402.110
Gastos e perdas financeiras -26.084.297 -22.850.529Rendimento e ganhos financeiros 27.643.749 22.448.419
Resultados relativos a investimentos 23 -150.212.759 0Resultado antes de impostos -150.394.080 -178.736.452
Imposto sobre o rendimento - imposto corrente 24 866.597 1.262.617Imposto sobre o rendimento - imposto diferido 24 -1.236.269 -2.357.332
Sonae Indústria-SGPS,SADEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DE RESULTADOS POR NATUREZAPARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
Resultado depois de impostos -150.763.752 -179.831.167
Resultado Líquido do exercício -150.763.752 -179.831.167
RESULTADOS POR ACÇÃOExcluindo Operações em Descontinuação Basico 25 -1,08 -1,28 Diluido -1,08 -1,28
As Notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
NOTAS 31.12.13 31.12.12
Resultado Líquido do exercício 12 -150.763.752 -179.831.167
Outro Rendimento Integral do periodo
Variação no justo valor dos activos disponíveis para venda
Variação no justo valor dos derivados de cobertura de fluxos de caixa
Ganhos relativos a reavaliações de imobilizado
Ganhos (perdas) actuariais em planos de benefícios de pensões
Quota-parte de outro rendimento integral de associadas
Imposto relativo às componentes do Outro rendimento integral
Outro rendimento integral líquido do período 33.785 46.224
33.785 46.224
RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL DO PERIODO -150.729.967 -179.784.943
Sonae Indústria-SGPS,SADEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
As Notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
Capital Social Reserva legal
Outras reservas e Resultados acumulados
Ativos disponíveis para
venda
Derivados de cobertura de
fluxos de caixa
Reserva de Reavaliação
Ganhos / (perdas)
atuariais em planos de
beneficios de pensões
Quota-parte de outro
rendimento integral de associadas
Imposto Relativo às componentes
de outro rendimento
integral
Outro ren dimento integral
liquido do período
SubtotalTotal dos Capitais Próprios
Notas 12 12 12
Saldo em 01.01.13 700 000 000 3 131 757 84.867.487 46 224 46 224 788 045 4680
Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior
Rendimento integral total Resultado liquido do exercicio 12 -150.763.752 - 150 763 752 Outro rendimento integral do exercicio
DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DE ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012Montantes expressos em euros
Outro rendimento integral acumulado
Sonae Indústria-SGPS,SA
Outro rendimento integral do exercicio Total -150.763.752 - 150 763 752
Outros 12 33 785 33 785 33 785Saldo em 31.12.13 700 000 000 3 131 757 -65.896.265 80 009 80 009 637 315 501
Saldo em 01.01.12 700 000 000 3 131 757 264.698.654 967 830 411
Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior
Rendimento integral total Resultado liquido do exercicio 12 - 179 831 167 - 179 831 167 Outro rendimento integral do exercicio Total - 179 831 167 - 179 831 167
Outros 46 224 46 224 46 224Saldo em 31.12.12 700 000 000 3 131 757 84 867 487 46 224 46 224 788.045.468
ATIVIDADES OPERACIONAIS: NOTA
Recebimento de Clientes 0 241.469 Pagamentos a fornecedores 671.726 1.248.761 Pagamentos ao Pessoal 1.230.788 1.100.923
Fluxo Gerado Pelas Operações -1.902.515 -2.108.215
Pagamento/recebimento imposto s/rendimento -1.059.208 -881.609 Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional 11 -173.263 -109.007 Fluxo das atividades operacionais [1] -1.016.569 -1.335.613
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 1.042.543 Ativos Fixos Tangiveis 169 Ativos Fixos intangiveis Dividendos 23 4.570.960 Juros e proveitos similares 5.613.672
Pagamentos respeitantes a:
SONAE INDÚSTRIA,SGPS,S.A.DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DOS FLUXOS DE CAIXA
31.12.2013 31.12.2012
(Montantes expressos em EUR)
PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 6 15.727.008 8.600 Ativos Fixos Tangiveis 792 Ativos Fixos Intangiveis 15.727.008 9.392
Fluxo das atividades investimento [2] -10.113.335 -9.392
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de: Juros e custos similares 1.700.507 2.399.229 Empréstimos concedidos 251.930.506 304.137.086 Empréstimos obtidos 2.435.000.000 2.688.631.013 2.765.000.000 3.071.536.315
Pagamentos respeitantes a: Juros e custos similares 24.579.180 22.204.191 Dividendos pagos 18 Empréstimos concedidos 237.305.303 221.447.000 Empréstimos obtidos 2.390.495.197 2.857.428.197 Outros 2.652.379.680 3.101.079.406
Fluxo das atividades de financiamento [3] 36.251.334 -29.543.091
Variação de caixa e seus equivalentes 25.121.429 -30.888.096
Caixa e seus equivalentes início exercício 11 -25.000.685 5.887.410Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 11 120.745 -25.000.685Variação de caixa e seus equivalentes 25.121.429 -30.888.095Variação de caixa e seus equivalentes 25.121.429 -30.888.095
As notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
1
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
(Montantes expressos em euros)
1. Nota Introdutória
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. (“Empresa”) tem a sua sede no Lugar do Espido, Via
Norte, 4470-177 Maia, Portugal.
As ações da sociedade encontram-se admitidas à cotação na NYSE Euronext Lisbon.
2. Principais Politicas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações
financeiras são as seguintes:
2.1. Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)
emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas
pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior
“Standing Interpretations Committee” (“SIC”), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de
janeiro de 2013 e aprovadas pela União Europeia.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, entraram em vigor as seguintes
normas e interpretações:
IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’;IAS 12 (alteração), 'Imposto
sobre o rendimento';IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’;Melhorias às normas
2009 – 2011;IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’;IFRS 7 (alteração)
‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’;IFRS 13 (nova), ‘Justo valor:
mensuração e divulgação’;IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de
uma mina a céu aberto’
2
A introdução destas normas e das melhorias, assim como a interpretação, não tiveram
impactos relevantes nas demonstrações financeiras da sociedade.
A 31 de dezembro de 2013 estavam emitidas e aprovadas pela União Europeia as
seguintes normas e interpretações que não foram aplicadas, dado apenas serem de
aplicação obrigatória em exercícios posteriores (em ou após 1 de janeiro de 2014):
IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’;IFRS 11 (nova), ‘Acordos
conjuntos’;IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’;Alterações à
IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’;IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações
financeiras separadas’;IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e
empreendimentos conjuntos’; IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos
financeiros; IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não
financeiros’;IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuação da contabilidade de
cobertura’;Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’
À data de 31 de dezembro de 2013, estavam emitidas as seguintes normas, de aplicação
obrigatória em exercícios posteriores (em ou após 1 de Janeiro de 2014), que ainda não
tinham sido aprovadas pela União Europeia:
IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos
empregados’;Melhorias às normas 2010 – 2012;Melhorias às normas 2011 – 2013;IFRS 9
(nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (data de aplicação ainda
não definida; IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’
(data de aplicação ainda não definida); IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”).
Não se estima que da futura adoção destas normas decorram impactos significativos para
as Demonstrações Financeiras anexas.
Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações e tomando por
base o custo histórico, exceto para os instrumentos financeiros que se encontram registados
ao justo valor.
2.2. Investimentos em empresas do grupo e associadas
As partes de capital em empresas do grupo e associadas são registadas ao custo de
aquisição, adicionado de eventuais despesas de compra. É feita uma avaliação dos
investimentos em empresas do grupo e associadas quando existem indícios de que o Ativo
3
possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de imparidade que se
demonstrem existir.
Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais)
sobre as quais a Sonae Indústria, SGPS, tem o poder de decidir sobre as políticas
financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, directo ou
indirecto, de mais de metade dos direitos de voto.
As Associadas são entidades das quais a Sonae Indústria detém entre 20% e 50% dos
direitos de voto, ou sobre as quais a Sonae Indústria tenha influência significativa na
definição das políticas financeiras e operacionais.
Para além do reconhecimento da imparidade do investimento na Subsidiária /Associada, a
Sonae Indústria reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações ou tenha
efetuado pagamentos em benefício da Subsidiária/Associada.
As entidades que qualificam como Subsidiárias encontram-se listadas na Nota 6.
As entidades que qualificam como Associadas encontram-se listadas na Nota 6.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros em empresas do grupo e
associadas (dividendos recebidos) são registados na demonstração de resultados do
exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição.
2.3. Ativos Fixos Tangíveis
Os Ativos Fixos Tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para
IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de
aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas
por imparidade acumuladas.
Os Ativos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade.
As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, de acordo com o
método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil
estimada:
4
Os gastos com reparação e manutenção de Ativos são consideradas como custo no
exercício em que ocorrem.
Os Ativos Fixos tangíveis em curso representam Ativos ainda em fase de construção,
encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de
imparidade. Estes Ativos são depreciados a partir do momento em que os Ativos
subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate dos Ativos fixos tangíveis são
determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na
data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de
resultados, como Outros rendimentos operacionais ou Outros gastos operacionais.
2.4. Ativos Intangíveis
Os Ativos Intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os Ativos Intangíveis só são
reconhecidos se forem identificáveis e se for provável que deles advenham benefícios
económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por esta e se possa medir
razoavelmente o seu valor.
As despesas de desenvolvimento, para as quais a Empresa demonstre capacidade para
completar o seu desenvolvimento e iniciar o seu uso e para as quais seja provável que o
Ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas
de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do
exercício em que são incorridas.
Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são
registados como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, exceto na
situação em que estes gastos estejam directamente associados a projectos para os quais
seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a empresa. Nestas
situações estes gastos são capitalizados como Ativos intangíveis.
As amortizações começam a ser registadas quando o ativo se encontra disponível para uso
e são calculadas pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de
vida útil estimada o qual varia entre 3 a 6 anos.
Equipamento básico 5<x<20Equipamento administrativo 4Outros ativos fixos tangíveis 5
5
2.5. Locações
Os contratos de locação, em que a empresa age como locatário, são classificados como (i)
locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e
vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem
transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da
substância e não da forma do contrato.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como
custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de
locação.
2.6. Imparidade dos Ativos não financeiros
É efectuada uma avaliação de imparidade com referência ao final do exercício sempre que
seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante
pelo qual o Ativo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o Ativo se encontra registado é superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de
resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de
venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do Ativo, numa transação entre
entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que
espera que surjam do uso continuado do Ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A
quantia recuperável é estimada para cada Ativo, individualmente ou, no caso de não ser
possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o Ativo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada
quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou
diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de
imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por
imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica de Provisão e Perdas
por Imparidade. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da
6
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por
imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente
reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a
aquisição, construção ou produção de Ativos fixos, são capitalizados, fazendo parte do
custo do Ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das
atividades de construção ou desenvolvimento do Ativo e é interrompida quando o Ativo se
encontra pronto a ser utilizado ou quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer
rendimentos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com
um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para
capitalização
2.8. Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a sociedade tem uma obrigação
presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a
resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa
ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada relato e são
ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
Nas situações em que se estima existir um período de tempo significativo entre o momento
em que ocorre a obrigação e o momento em que ocorrerá o respetivo pagamento, a
provisão é registada pelo seu valor atual.
2.9. Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos detidos pela sociedade classificam-se como segue:
- Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;
- Investimentos disponíveis para venda
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os
investimentos detidos para negociação que a sociedade adquire tendo em vista a sua
7
alienação num curto período de tempo. São classificados na demonstração da
posição financeira da sociedade como investimentos correntes.
A sociedade classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são
enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
nem como investimento detidos até à maturidade.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Ativos não
correntes, exceto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses
da data de relato.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data
de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação (investimentos
disponíveis para venda).
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores, por referência ao seu valor de mercado à data do relato, sem qualquer
dedução relativa a gastos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os
investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com
fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de
eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados (as) na rubrica
Resultados Financeiros da demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de
justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento
ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma
perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a)
na demonstração de resultados.
8
b) Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na
demonstração da posição financeira deduzidas de eventuais perdas por imparidade,
reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a
reflectir o seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que
indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo
em dívida não será recebido. Para tal, a sociedade tem em consideração informação
de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas
responsabilidades bem como informação histórica dos saldos vencidos e não
recebidos.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante
escriturado do saldo a receber e respectivo valor atual dos fluxos de caixa futuros
estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se
perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
As dívidas de terceiros são apresentadas no balanço como Ativos correntes, exceto
quando a respectiva maturidade é superior a doze meses da data de relato, situações
em que são apresentadas como Ativos não correntes.
c) Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de
acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que
assumem.
d) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo, pelo valor nominal recebido, líquido de
despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, e contabilizados na rubrica
Resultados Financeiros da demonstração de resultados, de acordo com o princípio de
especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.13. A parcela do
juro efectivo, relativa a comissões com a emissão de empréstimos, é adicionada ao
valor contabilístico do empréstimo, caso não sejam liquidados durante o período.
9
e) Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal, dado que não
vencem juros e o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.
f) Instrumentos derivados
A sociedade utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros
como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos
derivados com o objectivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pela sociedade, definidos como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa, respeitam fundamentalmente a instrumentos de
cobertura de taxa de juro (“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as
convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de
reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são materialmente idênticos
às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que
configuram relações perfeitas de cobertura.
As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica de Resultados
Financeiros da demonstração de resultados.
Os critérios utilizados pela sociedade para classificar os instrumentos derivados como
instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de
alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta;
- A transação objecto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de
caixa, são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes
instrumentos são reconhecidas em capitais próprios, na rubrica Reservas de
cobertura, incluída na rubrica Reservas e resultados transitados da demonstração da
posição financeira, sendo transferidas para a rubrica Resultados Financeiros da
demonstração de resultados no mesmo exercício em que o instrumento objecto de
cobertura afecta resultados.
10
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com
recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por
base a atualização, para a data do relato, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do
“leg” variável do instrumento derivado.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o
instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado
deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor
acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída
em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do exercício
ou adicionadas ao valor contabilístico do Ativo a que as transações objecto de
cobertura deram origem; as reavaliações subsequentes são registadas directamente
nas rubricas da demonstração de resultados.
Os instrumentos financeiros derivados em relação aos quais a empresa não aplicou
“hedge accounting”, são inicialmente registados ao justo valore posteriormente
reavaliados, sendo as variações, calculadas através de ferramentas informáticas
específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração
de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros
contratos, os mesmos são tratados como derivados separados, nas situações em que
os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e
nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor, com
os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
Em situações específicas, a sociedade pode proceder à contratação de derivados de
taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações,
os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração de
resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja
mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao
custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico
do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros Ativos não
correntes, Outros Ativos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos
correntes da demonstração da posição financeira.
11
Para os períodos apresentados, a empresa não tem instrumentos financeiros
derivados negociados.
g) Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos ativos após
dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos
suportados com a sua emissão.
h) Ações próprias As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um
abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações
próprias são registadas em Outras reservas incluída em Outras reservas e resultados
acumulados.
i) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem
aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de
tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes
de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, na demonstração de posição financeira.
2.10. Responsabilidades pelo Plano de incentivos de médio e longo prazo
A Sociedade atribui, anualmente, aos quadros integrados num grupo funcional com
classificação Executive ou superior, um prémio definido em função do valor criado para os
acionistas no exercício anterior, que será pago após um período de três anos, na
circunstância de o quadro, ao qual foi atribuído, se manter em funções no final deste
período. Este prémio consiste na atribuição de um determinado número de ações da
Sociedade, podendo esta, na data de pagamento, optar pela entrega dos títulos atribuídos
ou pelo pagamento em dinheiro do contravalor dos títulos, calculado à cotação dos
mesmos na data de pagamento.
A responsabilidade é registada nas rubricas Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração de Posição Financeira, e Gastos com o Pessoal, da Demonstração de
Resultados por natureza, linearmente ao longo do período de diferimento do pagamento,
tendo em consideração o justo valor das ações atribuídas na data de atribuição das
mesmas.
12
Caso o quadro deixe de exercer funções durante o período de diferimento do pagamento
da responsabilidade anteriormente registada, a mesma será abatida da Demonstração de
Posição Financeira por contrapartida da rubrica Gastos com o Pessoal, da Demonstração
de Resultados por natureza, no período em que se constate a extinção da
responsabilidade.
2.11. Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os
mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos
afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de
divulgação.
Os Ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.12. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis
da sociedade de acordo com as regras fiscais, e considera, quando existem situações
relevantes, a tributação diferida.
A partir de 2006 a empresa optou pela Aplicação do Regime Especial de Tributação dos
Grupos de Sociedades, sendo o Grupo de Tributação a 2013 constituído pelas seguintes
sociedades participadas: Euroresinas – Indústrias Químicas, S.A., Sonae Indústria de
Revestimentos, S.A., Ecociclo– Energia e Ambiente, S.A., Maiequipa – Gestão Florestal,
S.A.,Movelpartes – Componentes para a Industria de Mobiliário, S.A, Sonae Industria-
Management Services SA, Sonae Industria PCDM SA, Siaf Energia SA, Imoplamac Gestão
de Imóveis SA, Agloma Investimentos SGPS, e Somit Imobiliaria SA, sendo registado em
cada uma das subsidiárias o respetivo impacto e o ganho resultante do RETGS na
sociedade mãe.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço
e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos Ativos e passivos para efeitos
de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e
passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados às taxas de
tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão
das diferenças temporárias.
13
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em
que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias
dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão
desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a
sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, exceto se
resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o
imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias
tributáveis, excepto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o
reconhecimento inicial de activos e passivos, que não resultem de uma concentração de
actividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. No
que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em
subsidiárias, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa mãe tem
capacidade para controlar o período da reversão da diferença temporária; e ii) é provável
que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.
2.13. Rédito e especialização dos exercícios
Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração
de resultados à data do relato.
A Sonae Indústria, SGPS, procedia ao débito de serviços de gestão e outros até 2011, data
a partir da qual, estes serviços passaram a ser desempenhados por outra empresa do
Grupo, pelo que correntemente a Empresa não reconhece qualquer valor na rubrica de
rédito nas demonstrações financeiras separadas.
Os dividendos obtidos de investimentos em subsidiárias e associadas são reconhecidos
como rendimentos no período em que são atribuídos aos sócios ou acionistas.
Os juros obtidos de concessão de empréstimos são registados no período a que dizem
respeito, tendo em conta o período decorrido até ao final de cada exercício.
Os gastos e rendimentos são contabilizados no período a que dizem respeito,
independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos
cujo valor real não seja conhecido são estimados.
14
Nas rubricas de Outros Ativos correntes e Outros passivos correntes, são registados os
gastos e os rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas
apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já
ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de
cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
2.14. Mais-valias e menos-valias
As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de Ativos fixos tangíveis
e Ativos intangíveis e de investimentos, são apresentadas na demonstração de resultados
pelo valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico
na data de alienação ou abate, nas rubricas de Outros rendimentos operacionais e Outros
gastos operacionais.
2.15. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças,
pagamentos ou à data do relato dessas mesmas transações, são registados como
rendimentos e gastos na demonstração de resultados do período, exceto as relativas a
valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital
próprio.
2.16. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições
que existiam à data do relato são reflectidos nas demonstrações financeiras (eventos
ajustáveis). Os eventos após a data do relato que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data do relato são divulgados no anexo às demonstrações
financeiras, se materiais (eventos não ajustáveis).
2.17. Gestão de risco
a) Riscos de Mercado
i) Risco de Taxa de Juro
Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável, e dos consequentes
cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de
15
taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do Euro, uma vez que
a maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.
Como regra geral, a Sonae Indústria SGPS não cobre por meio de derivados
financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro.
Como excepções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae
Indústria pode contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os
seguintes princípios são observados:
- Os derivados não são utilizados com objectivos de trading, geração de rendimentos
ou fins especulativos;
- A sociedade apenas contrata derivados com Instituições Financeiras com rating
mínimo Investment Grade;
- Os derivados contratados replicam exactamente as exposições subjacentes no que
diz respeito às datas de liquidação e indexantes de base;
- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são
sempre conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;
- Cotações de pelo menos duas Instituições Financeiras são obtidas antes da
contratação de derivados de taxa de juro.
ii) Outros Riscos de Preço
A 31 de dezembro de 2013 a sociedade não detinha investimentos significativos
classificados como disponíveis para venda, como que este risco não é significativo.
b) Risco de Liquidez
A gestão de risco de liquidez, na Sonae Indústria, tem por objectivo garantir que a
sociedade possui capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário
para poder levar a cabo as suas atividades de negócio, implementar a sua estratégia, e
cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo
tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis.
Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspectos:
16
- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao
nível das operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes
horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
- Diversificação de fontes de financiamento;
- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração
excessiva em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.
- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo
(committed e uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de
operações financeiras (como é o caso do programa de Securitização de créditos
comerciais), assegurando um balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de
commitment fees suportados;
2.18. Julgamento e estimativas
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras
incluem:
a) Análises de imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis e investimentos em
empresas do grupo e associadas;
b) Análise de imparidade das contas a receber;
c) Registo de ajustamentos aos valores dos ativos, nomeadamente, ajustamento de justo
valor;
d) Cálculo de provisões e responsabilidade por benefícios pós-emprego;
e) Cálculo do imposto sobre o rendimento.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da
preparação das presentes demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento
e na experiência de eventos passados e/ou correntes. Não obstante, poderão ocorrer
situações em exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram
considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram
posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas, através da
Demonstração de Resultados, de forma prospectiva, conforme disposto pela norma IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na
preparação das demonstrações financeiras são descritos nas correspondentes notas
anexas.
17
2.19. Justo Valor de ativos e passivos
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo, se existir um mercado activo, a
cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor
conforme definido na IFRS 13 – Mensuração do justo valor.
No caso de não existir um mercado activo, são utilizadas técnicas de valorização
geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o
nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
A Sonae Indústria SGPS aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros
não cotados, tais como, ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de
valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa
descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de
taxa de juro e volatilidade de mercado.
Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais
avançados contendo pressupostos e dados que não são directamente observáveis em
mercado, para os quais a Sonae Indústria SGPS utiliza estimativas e pressupostos internos.
Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13
18
3. Ativos Fixos Tangíveis
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no
valor dos Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
Equipamento básico
Equipamento administrativo
Ativos Fixos Tangiveis em
cursoTotal
A t ivo bruto :
Saldo inicial 38.099 132.619 - 170.718
Aquisições 736 736
Saldo final 38.099 132.619 736 171.454
D epreciaçõ es e perdas deimparidade acumuladas
Saldo inicial 37.820 129.780 - 167.600
Depreciação do Exercicio 77 976 1.053
Saldo final 37.897 130.756 - 168.653
Valo r lí quido 202 1.863 736 2.801
Equipamento básico
Equipamento administrativo
Ativos Fixos Tangiveis em
cursoTotal
A t ivo bruto :
Saldo inicial 38.099 131.827 - 169.926
Aquisições 792 792
Transferencias - 792 (792)
Saldo final 38.099 132.619 - 170.718
D epreciaçõ es e perdas de
imparidade acumuladas
Saldo inicial 37.716 128.472 - 166.188
Depreciação do Exercicio 104 1.308 - 1.412
Saldo final 37.820 129.780 - 167.600
Valo r lí quido 279 2.839 - 3.118
31.12.12
31.12.13
19
4. Ativos Intangíveis
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no
valor dos Ativos Intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
Softw are Total
NGI Total GI + NGIA t ivo bruto :
Saldo inicial 550 550 550
Aquisições - -Saldo final 550 550 550
A mo rtizaçõ es e perdas deimparidade acumuladasSaldo inicial 550 550 550
Saldo final 550 550 550
Valo r lí quido - - -
Softw are Total
NGI Total GI + NGIA t ivo bruto :
Saldo inicial 550 550 550
Aquisições - -
Saldo final 550 550 550
A mo rtizaçõ es e perdas deimparidade acumuladasSaldo inicial 506 506 506
Amortização Exercicio 44 44 44
Saldo final 550 550 550
Valo r lí quido - - -
31.12.13
31.12.12
Softw are
Softw are
20
5. Instrumentos financeiros À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, os ativos e passivos reconhecidos na demonstração da posição financeira correspondem às seguintes categorias da IAS 39:
Ativos Ativos nãoEmpréstimos registados a Ativos abrangidose contas a justo valor por Derivados de disponíveis pela
NOTA S receber resultados cobertura para venda Sub-total IFRS 7 Total31.12.13Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 6 122 922 122 922 122 922Outros Ativos não correntes 8 513.808.092 513 808 092 513.808.092
Ativos correntesClientes 9 24.150 24 150 24.150Outras dívidas de terceiros 9 13.302.795 13 302 795 13.302.795Outros Ativos correntes 10 89.367 89.367Caixa e equivalentes de caixa 11 297.991 297 991 297.991
Total 527.433.028 0 0 122.922 527.555.950 89.367 527.645.317
31.12.12Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 6 122 922 122 922 122 922Outros Ativos não correntes 8 513.844.898 513 844 898 513.844.898
Ativos correntesClientes 9 6.584 6 584 6.584Outras dívidas de terceiros 9 2.275.276 2 275 276 2.275.276Outros Ativos correntes 10 120.372 120.372Caixa e equivalentes de caixa 11 45.504 45 504 45.504
Total 516.172.262 0 0 122.922 516.295.184 120.372 516.415.556
Passivos Passivos nãoregistados a Outros abrangidos
justo valor Derivados de passivos pelapor resultados cobertura financeiros Sub-total IFRS 7 Total
31.12.13Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 13 83.101.488 83.101.488 83.101.488Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 13 118.908.927 118.908.927 118.908.927
Passivos correntesEmpréstimos bancários 13 157.317.060 157.317.060 157.317.060Empréstimos obrigacionistas 13 129.918.927 129.918.927 129.918.927Fornecedores 14 174.361 174.361 174.361Outras dívidas a terceiros 15 7.542.528 7.542.528 7.542.528Outros passivos correntes 16 0 4.457.531 4.457.531
Total 496 963 291 496 963 291 4 457 531 501 420 822
31.12.12Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 13 59.735.977 59.735.977 59.735.977Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 13 248.344.033 248.344.033 248.344.033
Passivos correntesEmpréstimos bancários 13 95.515.886 95.515.886 95.515.886Empréstimos obrigacionistas 13 55.000.000 55.000.000 55.000.000Fornecedores 14 121.973 121.973 121.973Outras dívidas a terceiros 15 17.696.869 17.696.869 17.696.869Outros passivos correntes 16 0 3.818.613 3.818.613
Total 476 414 739 476 414 739 3 818 613 480 233 351
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6. Investimentos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
Investimentos em empresas do grupo
As principais variações nesta rubrica referem-se:
Aumento de capital na participada Tafisa Tableros de Fibras S.A. no valor de 15.727.008
euros, correspondendo a 12.581.606 novas ações.
Liquidação da sociedade Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A., no
montante de 20.738.811 euros, tendo gerado uma perda no montante de 19.696.231
euros.
A variação em Perdas de Imparidade Acumuladas refere-se à utilização da imparidade
existente sobre a participação da Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada,
S.A. no montante de 20.310.499 euros pela liquidação da sociedade, ao registo perdas de
imparidade relativas à participação na Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. no
montante de 1.937.000 euros, à participação da Movelpartes – Componentes para a
Indústria do Mobiliário, S.A. no montante de 2.276.000 euros e à participação Tafisa
Tableros de Fibras, S.A. no montante de 152.454.642 euros. Relativamente à participação
da Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. reverteu-se a imparidade em 1.269.691 euros.
Não Correntes Correntes Não Correntes Correntes
Investimento s em Empresas do GrupoSaldo em 1 de Janeiro 944.009.598 - 944.006.011 -Aquisições durante o período 15.727.008 - 3.600 -Alienações durante o período - 13 -Outros (20.738.811) - - -Saldo final do período 938.997.795 - 944.009.598 -Perdas por imparidade acumuladas (Nota 17) (333.810.139) - (198.722.687) -
605.187.656 - 745.286.910 -
Investimento s dispo niveis para vendaJusto valo r em 1 de Janeiro 122.922 - 117.922 -Aquisições durante o período - - - -Alienações durante o período - - - -Aumento/(diminuição) no justo valo r - - - -Outros - 5.000 -Justo valo r no final do período 122.922 - 122.922 -
605.310.578 - 745.409.832 -
31.12.13 31.12.12
22
Investimentos disponíveis para venda
Os Investimentos Disponíveis para venda referem-se a participações financeiras que não
cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiarias ou associadas
Em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade detinha as seguintes participações em empresas
do Grupo e Associadas, incluídas na rubrica de Investimentos em Empresas do grupo e
associadas.
a) Estima-se que o montante pelo qual o custo de aquisição das participações
financeiras, na Maiequipa-Gestão Florestal, Sonae Industria Revestimentos, Movelpartes –
Componentes para a Indústria de Mobiliário e Tafisa – Tableros de Fibra , se encontra
registado é superior à sua quantia recuperável, tendo sido reconhecidas perdas por
imparidade apresentadas na rubrica “ Perdas por Imparidade Acumuladas de Investimentos”
(Nota 17).
b) O valor apresentado em capitais próprios corresponde ao valor dos capitais
próprios individuais da participada Tafisa-Tableros Fibra Sa, tendo em conta que esta
subsidiaria não apresenta contas consolidadas.
c) Foram realizados testes de imparidade à data de 31 de dezembro de 2013,
relativo às empresas Tafisa Tableros de Fibra , Sonae Industria Revestimentos, Maiequipa
Gestão Florestal, Ecociclo – Energia e Ambiente e Movelpartes-Componentes para a
Industria de Mobiliário , consistiram em determinar o valor recuperável através do método
dos fluxos de caixa descontados. Para tal, foram efetuadas projeções dos fluxos de caixa
operacionais por um período de 8 anos, posteriormente extrapolados através de uma
perpetuidade e atualizados à data de encerramento das presentes demonstrações
Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A. 100,00% 15.838.526 0 16.094.991 200.684M aiequipa - Gestão Flo restal,S.A . 100,00% 3.438.885 962.785 758.805 -42.853 a)-c)
M ovelpartes - Componentes para Industria do M obiliário ,S.A. 100,00% 4.180.113 2.276.000 1.191.661 -879.502 a)-c)
Sonae Industria de Revestimentos,S.A. 100,00% 21.729.193 6.588.233 10.952.870 -559.170 a)-c)
Imoplamac - Gestão de Imóveis,S.A. 100,00% 6.000.000 0 5.792.465 59.189Sonae Industria -M anagement Services SA 100,00% 250.000 0 733.306 89.893Taiber 0,02% 29.742 0 -26.871.561 -32.524.813Tafisa - Tableros de Fibras,S.A. 99,11% 877.308.319 323.983.122 24.611.616 12.481.476 b)-c)
Ecociclo - Gestão A mbiental,S.A. 100,00% 1.720.021 0 179.546 34.949Sonae Industria - Produção e Comercialização de Derivados de M adeira,S.A. 2,97% 3.497.787 0 70.543.381 89.370Siaf Energia, S.A. 0,20% 5.000 0 7.257.270 272.310Somit Imobiliaria 0,02% 10 0 4.732.495 1.936.023Agloma Investimentos,S.A . 6,54% 5.000.000 0 92.209.217 3.793.461Sonae RE, Societé A nonyme 0,04% 1.200 0 2.307.542 -692.458
938.998.795 333.810.139
Sociedade % Participação
Custo de Aquisição
Capitais Proprios
Resultados Liquidos
Perdas de Imparidade
23
financeiras. As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas médias ponderadas do
custo do capital (WACC), recalculadas através da metodologia CAPM (Capital Asset Pricing
Model) para cada segmento relatável, antes de impostos. Estas taxas consideram
especificidades do mercado, incorporando diferentes fatores de risco, bem como as taxas
de juro sem risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos de cada país considerado. A
utilização de um período de 8 anos para projeçao dos fluxos de caixa teve em consideração
a extensão e intensidade dos ciclos económicos a que a atividade do grupo está sujeita. Os
fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui
projeções atualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos ocorridos nos
mercados em que o Grupo atua.
Na sequência dos testes realizados ao montante escriturado na rubrica Investimentos em
empresas do grupo, à data de 31 de dezembro foram registadas imparidades relativo a
Sonae Industria Revestimentos no montante de 1.937.000 euros, relativo à Movelpartes –
Componentes para a Indústria de Mobiliário, S.A. no montante de 2.276.000 euros e
relativo à Tafisa-Tableros de Fibra no montante de 152.454.642 euros. Relativo à Maiequipa
– Gestão Florestal, S.A., procedeu-se a uma reversão da imparidade no montante de
1.269.691 euros. (Nota 17).
2013
SIR Maiequipa Movelpartes EcocicloPenínsula Ibérica Alemanha França Africa Sul
Taxa de desconto (antes imposto) 12,20% 9,38% 9,62% 18,86% 12,12% 12,12% 12,12% 12,12%Taxa de crescimento da perpetuidade 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00%Período de projecção dos f luxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos
Conclusões do Teste Com imparidade Sem imparidade Com imparidade Sem imparidade
Tableros de Fibras
Com imparidade
2012
SIR Maiequipa MovelpartesPenínsula Ibérica Alemanha França Africa Sul Canada
Taxa de desconto (antes imposto) 13,42% 9,56% 9,14% 17,06% 8,96% 13,27% 13,45% 13,27%Taxa de crescimento da perpetuidade 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00%Período de projecção dos fluxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos
Conclusões do Teste com Imparidade sem Imparidade Sem imparidade
Tableros de Fibras
Com imparidade
24
7. Ativos por impostos diferidos
O detalhe dos Ativos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 de acordo,
com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:
O montante incluído em Outros diz respeito a benefícios fiscais SIFIDE a deduzir nos
próximos anos.
Em 2013 foram criados ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais gerados
neste exercício relativamente à liquidação da Agloma, S.A.
8. Outros Ativos não correntes
O detalhe dos outros Ativos não correntes em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o
seguinte:
Ativos Passivos Ativos Passivos
Imparidade de Ativos - 5.077.625 -Prejuízos Fiscais Reportáveis 4.083.078 - - -Outros 1.444.158 - 1.685.880 -
5.527.236 - 6.763.505 -
31.12.13 31.12.12
IMPOSTOS DIFERIDOS-SALDOS
Ativos Passivos Ativos Passivos
Saldo inicial 6.763.505 - 9.120.837 - Efeito em resultados:Imparidade de Ativos (5.077.625) - - -Prejuízos Fiscais Reportáveis 4.083.078 (2.769.634)Outros (241.722) - 412.302 -
Sub Total (Nota 24) (1.236.269) - (2.357.332) -Saldo f inal 5.527.236 - 6.763.505 -
31.12.13 31.12.12 IMPOSTOS DIFERIDOS - MOVIMENTOS
31.12.13 31.12.12
Empréstimos concedidos a empresas do grupo (Nota 2.2 e 20) 513 808 092 513 844 898Outros Ativos não Correntes - -
513 808 092 513 844 898Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 17)
Instrumentos financeiros 513 808 092 513 844 898
25
Os empréstimos concedidos a empresas do Grupo têm vencimento de médio e longo prazo
e no final do ano venciam juros à taxa de 5,34%.
Não existem condições de reembolso previstas, somente para taxa de juro. O reembolso é
efetuado mediante as disponibilidades de cada uma das empresas, não sendo, neste
momento, possível prever a data.
9. Clientes , Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica Clientes tinha a seguinte composição:
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 as contas correntes de Clientes tinham as seguintes
maturidades:
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as Outras dívidas de terceiros tinham a seguinte
composição:
31.12.13 31.12.12
Clientes, conta corrente 24 150 6 584Clientes de cobrança duvidosa - - Perdas de imparidade acumuladas em clientes - -
24 150 6 584
31.12.13 31.12.12
Não vencido 23.278 0Vencido mas sem registo de imparidade
>90 dias 872 6.584872 6.584
Total 24.150 6.584
31.12.13 31.12.12
Outras dividas de terceiros Empresas Grupo - Juros (Nota 20) 1.464.882 612.815 Empresas Grupo - IRC Grupo (Nota 20) 845.213 1.231.623 Empresas Grupo - Em préstimos (Nota 20) 10.591.303 23.000
12.901.398 1.867.438
Outros devedores 401.397 407.83913.302.794 2.275.276
26
A maturidade dos outros devedores é a seguinte:
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o Estado e Outros Entes Públicos tinham a seguinte
decomposição:
10. Outros Ativos correntes
O detalhe dos outros Ativos correntes em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o seguinte:
11. Caixa e equivalentes de caixa
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o
seguinte:
31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12Vencido mas sem registo de imparidade - - - - - - - -
< 30 dias 1.500 140 6.018 1.500 6.158 '30 - 90 dias - 37 - - - 37 -
>90 dias 399.860 401.681 - - 399.860 401.681 1.500 - 399.897 401.821 - 6.018 401.397 407.839
Total 1.500 - 399.897 401.821 - 6.018 401.397 407.839
ANTIGUIDADE DE FORNECEDORES (SALDOS
ACTIVOS)ANTIGUIDADE DE DEVEDORES
DIVERSOS TOTAL OUTROS DEVEDORESANTIGUIDADE DE ADAINTAMENTO
A FORNECEDORES
31.12.13 31.12.12
Estado e outros entes públicos- ActivoImposto sobre o rendimento 1.102.730 682.695Imposto sobre o valor acrescentado 138 0Outros 137
1 102 868 682 831
31.12.13 31.12.12
Acréscimos de Proveitos 39 247 10 175Custos Diferidos 50 120 110 197
89 367 120 372
Ativos não abrangidos pela IFRS7 89 367 120 372
31.12.13 31.12.12
Numerário 812 867Depósitos bancários 297 179 44 637Caixa e equivalentes de caixa no balanço 297 991 45 504Descobertos bancarios (1) (177.246) (25.046.189)
120.745 (25.000.685)
(1) registado no balanço na rubrica Emprestimos Bancarios correntes (Nota 13)
27
A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos
imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a
menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
12. Capital Próprio Capital Social
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está
representado por 140 000 000 de ações ordinárias, ao portador e escriturais, com o valor
nominal de cinco euros.
As seguintes pessoas colectivas detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de
dezembro de 2013:
Entidade %
Efanor Investimentos, SGPS, S. A. 31,9
O Capital Próprio a 31 de dezembro de 2013 e 2012 tem a seguinte decomposição:
Reservas
Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido
anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos
20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa,
mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou
incorporada no capital.
Reservas livres: Relativas a lucros obtidos em exercícios anteriores e encontram-se
disponíveis para distribuição, desde que não sejam necessárias para cobrir prejuízos.
2013 2012
Capital Social 700.000.000 700.000.000Reservas Legais 3.131.757 3.131.757Reservas Livres 20.145.630 20.145.630Reservas Outras 246.000.759 245.966.974Resultados Transitados -181.198.893 -1.367.726Resultado Liquido do Exercicio -150.763.752 -179.831.167
637.315.501 788.045.468
28
Reservas Outras: esta rubrica inclui reservas de fusão de exercícios anteriores, no valor de
245.920.750 euros, as quais, nos termos de legislação Portuguesa não são distribuíveis,
podendo ser incorporadas no capital Social.
No exercício de 2013 foi contabilizado nesta conta o montante de 33.785 euros derivado da
reconfiguração do Plano de Incentivos de Médio e Longo Prazo:
O Grupo alterou o perfil do plano de incentivos de médio e longo prazo de acordo com as
características referidas na nota 2.10, designadamente no que diz respeito à atribuição de
ações da Sociedade.
O justo valor dos serviços adquiridos foi determinado por referência ao justo valor das ações
atribuídas, calculado com base na cotação média das ações da Sociedade durante os 30
dias anteriores à data de realização da Assembleia Geral de Acionistas.
O gasto, de 33.785 euros, registado na rubrica Gastos com pessoal, da Demonstração de
resultados, foi integralmente contabilizado segundo as regras aplicáveis aos planos de
transações com base em ações e liquidadas com capital próprio.
13. Empréstimos Obtidos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:
Saldo Inicial Atribuídas Canceladas Pagas Saldo Final Saldo Inicial Atribuídas Canceladas Pagas Saldo Finalnº ações atribuídas 273.069 156.450 126.772 302.747 273.069 273.069
Justo valor 184.896 88.900 85.838 187.958 184.896 184.896
Ano pagamento 2015/2016 2015
Gasto com pessoal 55.244 21.460 46.224 46.224
2013 2012
NOTAS Correntes Não correntes
Correntes Não correntes
Correntes Não correntes
Correntes Não correntes
Outros empréstimos-Papel Comercial c) 137.170.117 55.000.000 137.500.000 55.000.000 63.500.000 49 399 047 63.500.000 50 000 000Empréstimos bancários - outros a) 19.969.697 28.101.488 19.969.697 28.409.091 6.969.697 10 336 930 6.969.697 10 378 788Empréstimos obrigacionistas b) 129.918.927 118 908 927 130.000.000 120 000 000 55.000.000 248 344 033 55.000.000 250 000 000Descobertos bancários 177.246 0 177.246 0 25.046.188 - 25.046.188 -
Endividamento bruto 287 235 986 202 010 415 287 646 943 203 409 091 150 515 885 308 080 010 150 515 885 310 378 788
Caixa e equiv. caixa no balanço 297 991 - 297.991 - 45 504 45.504 - Endividamento líquido 286 937 995 202 010 415 287 348 952 203 409 091 150 470 381 308 080 010 150 470 381 310 378 788
Endividamento líquido total 460 849 169
Valor Nominal
31.12.12
488 948 410 490 758 043 458 550 391
Custo amortizado Valor Nominal
31.12.13
Custo amortizado
29
Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos:
As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa
anterior, foram as seguintes:
a) Em 31 de dezembro de 2013, os empréstimos bancários contraídos resumem-se como
segue:
Foi celebrado em 19 de fevereiro 2009 um contrato de Mutuo com uma Instituição bancária
no montante de 20.000.000 euros. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado e será
amortizado entre 2009 e 2015. À data de 31 de dezembro de 2013 o valor do empréstimo
totalizava 4.545.455 euros, apresentado na rubrica Passivo Corrente pelo valor de
3.636.364 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 909.091 euros
Foi celebrado em 05 de agosto de 2010 um Contrato de Abertura Credito com uma
instituição Bancária no montante de 10.000.000 euros .Este empréstimo vence juros à taxa
de mercado e será amortizado entre 2012 e 2015. À data de 31 de dezembro de 2013 o
valor do empréstimo totalizava 5.833.333 euros, apresentado na rubrica Passivo Corrente
pelo valor de 3.333.333 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 2.500.000 euros
Foi celebrado em 26 de dezembro de 2012 um Contrato Abertura Credito com uma
instituição Bancária no montante de 25.000.000 euros. Este empréstimo tem como prazo
de utilização entre 1 e 31 de março. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado e será
amortizado num prazo de 5 anos a contar da 1º utilização. À data de 31 de dezembro de
2013 o valor do empréstimo totalizava 25.000.000 euros, apresentado na rubrica Passivo
não Corrente na sua totalidade.
31.12.13 31.12.12
2013 150.515.8852014 287.646.943 186.969.6972015 90.909.091 33.409.0912016 37.500.000 30.000.0002017 70.000.000 60.000.0002018 5.000.000
491.056.034 460.894.673
2013 2012
Emprestimos Bancarios 7,918% 6,545%Empréstimos obrigacionistas 4,064% 3,230%Outros empréstimos-Papel Comercial 7,165% 4,785%
30
Foi celebrado em 29 de novembro de 2013 um Contrato de Empréstimo Bancário com uma
instituição Bancária no montante de 13.000.000 euros. Este empréstimo vence juros à taxa
de mercado e será amortizado ao fim de 12 meses a contar da data da assinatura do
contrato. À data de 31 de dezembro de 2013 o valor do empréstimo totalizava 13.000.000
euros, apresentado na rubrica Passivo Corrente na sua totalidade.
b) Os empréstimos obrigacionistas em vigor à data de 31 de dezembro de 2013 são os
seguintes :
Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014, emitido em 28 de Março de 2006,
no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de
8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de um spread e
serão pagos semestralmente nos dias 28 de Março e 28 de Setembro de cada ano;
Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 (2º emissão), emitido em 2 de
Agosto de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no
final do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida
de um spread e serão pagos semestralmente nos dias 2 de Fevereiro e 2 de Agosto de
cada ano
Em 05 de maio 2010 foi emitido o Empréstimo Obrigacionista Sonae Industria 2010/2017
no montante de 150 000 000 euros, pelo prazo de 7 anos. Em 22 de outubro de 2012, o
contrato foi revisto, tendo-se alterado o plano de amortizações. O reembolso das obrigações
será efetuado por redução do valor nominal, a partir da 8ª data de pagamento de juros, 05
maio de 2014, em 7 prestações semestrais e sucessivas, sendo as 6 primeiras no valor de
15 000 000 euros cada uma, e a última no valor de 60 000 000 euros. Os juros são pagos
semestralmente nos dias 05 de maio e 05 de novembro de cada ano.
C) Emissões de papel comercial a 31 de dezembro 2013
Em 25 de janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e
um conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, posteriormente
aditado em 19 de março de 2008 e em 30 de setembro de 2010. À data de 31 de dezembro
de 2013 existiam emissões de papel comercial por vencer no montante de 20 000 000
euros, dos quais 15 000 000 com vencimento a curto prazo.
Em 31 de março de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 50 000 000
31
euros e maturidade longo prazo. Á data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava a
ser totalmente utilizado.
Em 25 de junho de 2013 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial e posteriormente aditado em 6 de dezembro de 2013.O
programa tem um montante nominal máximo de 100 000 000 euros e maturidade de longo
prazo. À data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava a ser parcialmente utilizado no
montante 57.500.000 euros, apresentado em corrente.
Em 13 de dezembro de 2013 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato
para emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 65 000
000 euros e maturidade curto prazo. Á data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava
a ser totalmente utilizado.
14. Fornecedores
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes
de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da sociedade. As contas de
fornecedores têm as seguintes maturidades:
15. Outras dívidas a terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 estas rubricas tinham a seguinte composição:
31.12.13 31.12.12A Pagar a
< 90 dias 140.548 121.973 90 - 180 dias 25.000 -
> 180 dias 8.814 - 174.361 121.973
MATURIDADE DE FORNECEDORES C/C
31.12.13 31.12.12
Outras dívidas a terceiros Empresas Grupo - IRC Grupo (Nota 20) 348.259 Empréstimos obtidos de empresas do Grupo (Nota 20) 7.151.000 17.676.500
Instrumentos financeiros 7.499.259 17.676.500
Outros credores 43.268 20.3697.542.528 17.696.869
32
16. Outros Passivos Correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
17. Provisões e perdas de imparidade acumuladas
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante o
exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012 foi o seguinte:
As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente Ativo.
A reversão da perda de Imparidade em Investimentos refere-se ao registo da anulação da
perda de Imparidade sobre a participação da Agloma – Sociedade Industrial de
Aglomerados de Madeira, S.A., uma vez que esta sociedade foi liquidada durante o
31.12.13 31.12.12
Estado e outros entes públicos - PassivoImposto sobre o rendimento 684.514 806.536Retenções Imposto 34.640 24.240Imposto s/ Valor acrescentado 3.756 6.295Contribuições para a segurança social 6.644 5.732Outros 30.299
Passivos não abrangidos pela IFRS7 729.554 873.102
31.12.13 31.12.12
Custos a pagarRemunerações a Liquidar 200.161 373.775Seguros a Liquidar 966 0Juros a liquidar 4.159.536 3.143.535 Fornecimentos e Out serv 96.869 301.303
Passivos não abrangidos pela IFRS7 4.457.531 3.818.613
31.12.2013
Rubricas Saldo inicial Aumento Diminuições Reversões Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 6) 198 722 687 156 667 642 1 269 691 20 310 499 333 810 139
198 722 687 156 667 642 1 269 691 20 310 499 333 810 13931.12.2012
Rubricas Saldo inicial Aumento Diminuições Reversões Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 6) 22 542 975 176 179 713 198 722 68722 542 975 176 179 713 198 722 687
33
exercício de 2013.A diminuição da perda de imparidade refere-se à reversão de parte da
perda de imparidade relativa à participação da Maiequipa – Gestão Florestal, S.A..Os
aumentos das perdas de imparidade, dizem respeito ao registo de perdas de imparidade
relativas à participada Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. no montante de 1.937.000
euros, à participada Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário no montante
de 2.276.000 euros e à participada Tafisa Tableros Fibras, S.A. no montante de
152.454.642 euros.
18. Locações operacionais
Durante o exercício de 2013 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 41.176
euros relativo a rendas a título de contratos de locação operacional.
Adicionalmente, à data de balanço a sociedade detinha contratos irrevogáveis de locação
operacional, cujas rendas vencem como se segue:
19. Riscos financeiros
19.1 Riscos de liquidez
O risco de liquidez descrito na nota 2.17, b) no que diz respeito ao endividamento bruto referido na nota 13 pode ser analisado como segue:
31.12.13 31.12.12
Vencíveis em 2013 31.833Vencíveis em 2014 14.217 31.833Vencíveis em 2015 14.217 31.833Vencíveis em 2016 11.847 29.463Vencíveis em 2017 4.404
40.281 129.366
2013 0 2013 150.515.885 16.017.367 166.533.252
2014 287.646.943 15.621.410 303.268.353 2014 186.969.697 14.291.785 201.261.482
2015 90.909.091 12.119.613 103.028.704 2015 33.409.091 7.782.720 41.191.811
2016 37.500.000 6.592.354 44.092.354 2016 30.000.000 5.648.690 35.648.690
2017 70.000.000 2.706.171 72.706.171 2017 60.000.000 2.032.630 62.032.630
2018 5.000.000 172.000 5.172.000 2018 0 0 0
491.056.034 37.211.548 528.267.582 460.894.673 45.773.192 506.667.865
Total
Riscos Financeiros
Maturidade do endividamento
BrutoJuros
2013Riscos Financeiros
Maturidade do endividamento
BrutoJuros Total
2012
34
Os valores de juros indicados no quadro anterior foram calculados com base nas taxas de
juro em vigor a 31 de dezembro de 2013 e 2012 para cada um dos valores em dívida. O
valor indicado para 2014 na Maturidade do endividamento bruto inclui, para além das
amortizações de dívida programadas, a amortização dos valores considerados no
endividamento de final de 2013, para os quais o compromisso da dívida é inferior a um
ano (apesar de se poder vir a verificar a renovação dos limites de crédito em questão).
Consistentemente com os princípios descritos na nota 2.17 b), a Sonae Indústria
concentra os seus esforços na gestão da dívida que vence em 2014 e 2015 com o objetivo
de proporcionar à sua equipa de gestão a margem necessária para implementar o seu
plano estratégico que, tal como indicado anteriormente ao mercado, procura reduzir o
impacto nocivo da atividade industrial, privilegia as unidades industriais mais rentáveis e
busca a eficiência operacional e a venda de ativos.
Durante o quarto trimestre de 2013, a sociedade realizou uma análise detalhada da
estrutura de capitais e do perfil de maturidade da dívida, no sentido de identificar
alternativas para alcançar soluções de financiamento de longo prazo, que lhe
proporcionem o tempo necessário à implementação do seu plano estratégico (redução
considerável dos montantes de dívida a serem reembolsados em 2014 e 2015) e que
logrem obter o apoio dos seus parceiros de negócio principais, nomeadamente dos seus
acionistas e dos principais bancos credores.
Como resultado desta análise, estão a decorrer negociações com os três principais
bancos credores com o objetivo de encontrar soluções adequadas ao refinanciamento da
dívida com vencimento ao longo dos próximos anos. Estas negociações poderão resultar
numa extensão do prazo de vencimento da dívida corrente e num refinanciamento das
condições associadas à mesma que, conjuntamente com outras iniciativas conducentes à
melhoria da estrutura de capitais do grupo, possibilitarão o acesso da sociedade, no médio
prazo, aos mercados de financiamento bancário e/ou de capitais para refinanciar a sua
dívida, se tal for considerado adequado.
19.2 Risco de Mercado 19.2.1 Risco de taxa de juro
Na análise do risco da taxa de juro descrito na nota 2.17 b) i) foi calculado o efeito que se
teria produzido nos resultados de impostos do exercício de 2013 e 2012, se se tivesse
35
verificado uma variação de +/- 7,5% pp em relação às taxas de juro verificadas no
exercício
Os valores do endividamento incluído no quadro anterior exclui descobertos bancários e
empréstimos obtidos que não estão sujeitos a variação de taxa de juro.
Considerando a Euribor a 6M como indicador de referência para o nível de taxas de juro
do Euro, uma variação de 0,75 pontos percentuais corresponde a 35,7 vezes o desvio
padrão daquela variável em 2013 (2 vezes em 2012).Os valores de juros foram calculados
com base nas taxas de juro em vigor a 31 de dezembro de 2013, para cada um dos
valores em divida.
0,75% -0,75% 0,75% -0,75%
Endividamento Bruto
Intragrupo -7.151.000 -79.791 79.791 -17.676.500 -690.929 690.929
Externo -490.878.788 -2.886.843 2.886.843 -435.848.485 -2.906.451 2.906.451
-498.029.788 -2.966.634 2.966.634 -453.524.985 -3.597.381 3.597.381
Instrumentos Financeiros
Derivados - - - - - -
- - - - - -
499.242.695 3.889.926 -3.889.926 492.303.872 4.464.536 -4.464.536
- 566 -566 - 30.692 -30.692
499.242.695 3.890.492 -3.890.492 492.303.872 4.495.228 -4.495.228
923.858 -923.858 897.847 -897.847
Aplicações Tesouraria (externas)
Riscos Financeiros
2013 2012
"Notional"
Efeitos em resultados (Valores em Eur) "Notional"
Efeitos em resultados (Valores em Eur)
Empréstimos concedidos a
empresas do grupo
36
20. Partes relacionadas
Saldos e transações efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2013
e 2012 podem ser detalhados como se segue:
Saldos
31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12
23.173 5.712 123.215 87.488 7.151.000 17.676.500 513.808.092 513.844.898 10.591.303 23.000 - Agloma 1.224.000 25.000 - Agloma Investimentos 208.500 20.000 - Ecociclo 294.000 197.000 537.000 5.000 - Euroresinas 7 1.199.000 1.973.000 - Implamac 2.841.000 882.000 1.079.000 - SInd-pcdm 22.274 34.925 13.287 4.328.000 24.100.000 359.000 7.088.303 - Isoroy - Maiequipa 1.021.900 1.012.900 1.000 3.000 - Movelpartes 892 5.712 1.290.500 327.000 - Somit Imobiliária 458.800 2.457.800 2.000 - Siaf Energia 2.448.000 3.827.000 - Sonae Industria Revestimentos 435 4.703.000 5.127.500 - Sonae ,sgps 49.000 - Sind - Management services 5.553 5.402 1.377.000 811.000 116.000 - Tafisa Tableros Fibra 50.000.000 - Taiber 434.378.392 507.372.198 - Novis 1.056 - Raso Viagens Turismo 11.287 13.083 - Solinca investimentos Turisticos 1.206 - Sonaecenter 11.851 53.233 - Sonae RP 9.842 - SC-Consultadoria 101 - Imosede 221 221
Aplicações tesourariaClientes Outras dividas a Terceiros Outros Activos não correntesFornecedores
31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12
228.379 270.681 27.643.696 22.417.761 262.101 2.523.885 - Agloma 345 556 11.487 1 - Agloma Investimentos 5.748 21 2.211.343 - Ecociclo 16.961 27.583 623 1.038 - Euroresinas 155.006 235.941 6.377 555 - Implamac 104.616 272.314 7.019 - SInd-pcdm 14.168 17.459 886.392 163.318 23.069 18.671 - Isoroy - Maiequipa 55.644 38.941 - Movelpartes 1.304 17.303 35.308 - Somit Imobiliária 70.753 115.061 - Siaf Energia 62.033 88.400 - Sonae Industria Revestimentos 354 469 132.266 137.009 - Sonaecenter 23.642 45.936 - Sonae ,sgps 50.000 50.000 - Sind - Management services 54.176 52.698 30.361 8.943 24.541 - Taf isa 1.149.583 - Saphety 85 - Solinca investimentos Turisticos 1.015 - Taiber 25.166.983 21.564.026 - Novis 9.587 - SC-Consultadoria 538 - Raso Viagens Turismo 72.237 89.724 - Solinca investimentos Turisticos 3.683 - Digitmarket 17 - Sonae RP 10.887 - Imosede 1.260 1.125
Fornecimentos e Serviços externosTransacções Juros auferidos Juros Suportados
37
As remunerações dos órgãos sociais são detalhadas da seguinte forma: Remunerações do Conselho de Administração:
Remuneração do Conselho Fiscal, Assembleia Geral e Comissão Vencimentos:
Honorários pagos à sociedade de Revisores oficiais de contas Pricewatherhouse Coopers &
Associados Lda.
A politica de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, bem
como o montante anual auferido pelos respectivos membros de forma individual são
apresentados no relatório de governo da sociedade.
21. Outros ganhos e Perdas operacionais
Os Outros Ganhos e Perdas Operacionais são detalhados como segue:
2013 2012
Remuneração fixa 923.175 818.204Remuneração variável 159.700 185.000
1.082.875 1.003.204
2013 2012
Remuneração fixa 36.750 36.750
Honorários Totais referentes revisão legal de contas 13.730
Outros rendimentos Operacionais 31.12.13 31.12.12
Proveitos Suplementares 30 299 133 466Outros 110 337 40
140 636 133 506
Outros gastos operacionais31.12.13 31.12.12
Perdas alienação investimentos não correntes 13Impostos- Iva e Imposto selo 114.427 185.652Outros 64.597 51.075
179.024 236.740
38
22. Resultados financeiros
23. Ganhos e perdas relativas a Investimentos
No exercício de 2013 a sociedade teve os seguintes resultados relativos a investimentos:
24. Impostos sobre rendimento
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de
2013 e 2012 são detalhados como segue:
31.12.13 31.12.12
Gastos e perdas:Juros suportados 24 616 358 21 989 295Outros 1 467 939 861 234Resultados f inanceiros 1 559 453 - 402 110
27 643 749 22 448 419
Rendimentos e ganhos:Juros obtidos (Nota 20) 27 643 749 22 448 418Outros 1
27.643.749 22.448.419
2013 2012Dividendos
Movelpartes - Componentes p/ind.Mobiliário,S.A. 500.000Imoplamac - Gestão de Imóveis,S.A. 871.896Siaf Energia,S.A. 3.196Somit Imobiliaria SA 104Euroresinas - Indústrias Quimicas,S.A. 1.250.000Sonae Indústria - Management Services, S.A. 1.500.000Sonae Indústria - P.C.D.M.,S.A. 445.765Reversão imparidade participação da Maiequipa,S.A.( Nota 6) 1.269.691Reversão imparidade participação da Agloma,S.A.(Noat 6) 20.310.499
Ganhos relativos a investimentos 26.151.150 0
Perda na liquidação da Agloma,S.A.(Nota 6) -19.696.267Registo perda imparidade participação da SIR,S.A.(Nota 6) -1.937.000Registo perda imparidade participação da Movelpartes,S.A.(Nota 6) -2.276.000Registo perda imparidade participação da Tafisa,S.A.(Nota 6) -152.454.642
Perdas relativas a investimentos -176.363.909 0
Resultado relativo a investimentos -150.212.759 0
31.12.13 31.12.12
Imposto corrente 661.454 1.411.328Imposto diferido (Nota 7) (1.236.269) (2.357.332)
(574.815) (946.004)
Imposto corrente Ajust.ano anterior 205.143 (148.711)
(369.672) (1.094.715)
39
A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como se segue:
A Taxa efetiva de imposto é de (0.38%).
25. Resultados por ação
Os resultados por ação dos exercícios apresentados, foram calculados tendo em
consideração os seguintes montantes:
Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações em
descontinuação.
26. Contingência
Em outubro de 2010 a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma liquidação da autoridade
fiscal, de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação em 2006 da sua
participada Socelpac, SGPS, SA, no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser
2013 2012
Resultado Antes de Impostos -150.394.080 -178.736.452Imposto sobre Rendimento (25%) 37.598.520 44.684.113
Ajustamentos ao imposto sobre rendimento Provisões não dedutiveis -99 -44.044.928 Perda imparidade ativos financeiros -38.849.488 Dividendos -1.030.474 0 Tributação Autónoma e Derrama S Ind SGPS -38.596 -59.002 Utilização imposto diferido grupo -2.769.634 Poupança fiscal (prejuizo gerado em 2013/2012) 1.709.293 1.243.447 Outros 36.029 0
-574.815 -946.004
31.12.13 31.12.12Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico(resultado líquido do período) - 150 763 752 - 179 831 167
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído - 150 763 752 - 179 831 167
Número de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico 140 000 000 140 000 000
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultadolíquido por ação diluído 140 000 000 140 000 000
Resultado por ação -1,08 -1,28
40
considerada a 50% para efeitos de cálculo da matéria colectável. Por discordar deste
entendimento a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com a informação
disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a probabilidade
da referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi efectuado
qualquer ajustamento aos montantes registados de imposto corrente e de Ativo por
imposto diferido relativo a prejuízos fiscais (nota 7).
Ficou concluída no exercício de 2012 a ação de Inspecção à Tributação em IRC pelo
grupo de sociedades relativo ao ano de 2009. Da ação de inspeção resultaram correções
à matéria colectável no montante de 3.743.609 euros, relativo a IRC no montante de
3.131.296 euros, derrama no montante de 337.258 euros e 275.055 euros de juros
compensatórios.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
Ficou concluída no exercício de 2013 ação de Inspecção à Tributação em IRC pelo grupo
de sociedades relativo ao ano de 2010, da ação de inspeção resultaram correções à
matéria colectável no montante de 1.897.603 euros, relativo a 1.612.926 euros de IRC,
desconsideração de retenções no montante de 158.961 euros, de derrama 1.992 euros e
123.724 euros de juros compensatórios.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
Foi recebida, no exercício de 2013, uma liquidação adicional à ação de Inspeção à
Tributação em IRC pelo grupo de sociedades relativo ao ano de 2009, no montante de
480.438 euros para correção ao valor imputado aos prejuízos fiscais, reportados pela AT,
no decorrer da inspeção ao ano 2009.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
41
A Sonae Industria SGPS prestou uma fiança a favor do Instituto de Segurança Social no
montante de 4.181.794 euros para caução de uma contingência que a Sonae Industria
PCDM tem com esta entidade, esta contingência encontra-se em fase de reclamação.
A Sonae Industria SGPS assinou cessão de posição contratual nos aditamentos aos
contratos de Leasing celebrados em 2012, que a Imoplamac tem em vigor com uma
entidade bancária, em caso de incumprimento destes, pelo montante 8.680.000 euros.
27. Eventos subsequentes
Não existe nada de relevante a assinalar 28. Aprovação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração
em 11 de março de 2014.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstração Consolidada de Posição Financeira
Demonstração Consolidada de Resultado por Naturezas
Demonstrações Consolidadas de Rendimento Integral
Demonstração Consolidada de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração Consolidadas dos Fluxos de Caixa
Notas Anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
ATIVO Notas 31.12.2013 31.12.2012 01.01.2012Reapresentado Reapresentado
ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativos fixos tangíveis 10 811 477 229 806 163 927 915 418 700Goodwill 13 81 840 163 92 496 051 92 620 183Ativos intangíveis 11 7 491 577 7 137 808 8 576 779Propriedades de investimento 12 1 268 956 1 313 215 1 357 473Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação 9 1 566 686 2 262 846 2 360 890Investimentos disponíveis para venda 9 1 108 824 1 091 540 1 069 440Ativos por impostos diferidos 14 34 003 208 25 046 395 37 874 949Outros ativos não correntes 15 1 073 819 1 389 646 3 606 230
Total de ativos não correntes 939 830 462 936 901 428 1 062 884 644
ATIVOS CORRENTES:Inventários 17 123 468 707 129 983 908 137 414 763Clientes 18 121 013 543 140 918 477 158 400 706Outras dívidas de terceiros 19 5 565 730 13 801 900 13 132 676Estado e outros entes públicos 21 10 182 506 8 126 925 13 628 325Outros ativos correntes 20, 26 13 979 041 12 548 389 21 664 946Caixa e equivalentes de caixa 22 27 295 811 23 182 513 23 570 163
Total de ativos correntes 301 505 338 328 562 112 367 811 580
Ativos não correntes detidos para venda 16 4 318 092 4 411 224 911 164
TOTAL DO ATIVO 1 245 653 892 1 269 874 764 1 431 607 388
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 23 700 000 000 700 000 000 700 000 000Reserva legal 23 3 131 757 3 131 757 3 131 757Outras reservas e resultados acumulados 23 - 647 867 883 - 569 867 023 - 460 542 177Outro rendimento integral acumulado 23 72 681 459 - 380 018 - 7 326 625
Total 127 945 333 132 884 716 235 262 955Interesses que não controlam 24 - 795 247 - 939 705 329 050
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 127 150 086 131 945 011 235 592 005
PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente 25, 27 123 145 528 128 275 420 155 127 941E é i b i i i í i lí id d l 2 2 118 908 92 248 344 033 28 993 0 0
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013, 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 1 DE JANEIRO DE 2012
(Montantes expressos em euros)
Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela corrente 25, 27 118 908 927 248 344 033 287 993 050Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente 25, 27 30 153 351 36 192 908 39 494 029Outros empréstimos 25, 27 2 553 262 78 868 673 98 597 712Benefícios pós-emprego 29 25 651 828 27 679 582 25 204 783Outros passivos não correntes 28 55 758 364 64 940 905 77 332 116Passivos por impostos diferidos 14 73 558 661 60 072 909 64 298 186Provisões 33 7 433 001 7 372 628 14 327 908
Total de passivos não correntes 437 162 922 651 747 058 762 375 725
PASSIVOS CORRENTES:Parcela corrente dos empréstimos bancários não correntes 25, 27 22 165 408 64 693 562 111 796 391Empréstimos bancários correntes 25, 27 201 693 837 68 492 770 24 554 807Parcela corrente dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis não correntes 25, 27 129 918 927 55 000 000 15 000 000Parcela corrente dos credores por locações financeiras não correntes 25, 27 5 558 615 4 114 170 4 593 444Outros empréstimos 25, 27 70 902 123 4 060 098 1 477 788Fornecedores 30 156 380 414 177 584 402 161 475 903Estado e outros entes públicos 31 12 259 031 14 103 601 13 211 850Outros passivos correntes 32 81 137 986 86 115 099 101 325 866Provisões 33 1 324 543 12 018 993 203 609
Total de passivos correntes 681 340 884 486 182 695 433 639 658
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1 245 653 892 1 269 874 764 1 431 607 388
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
Notas 31.12.2013 31.12.2012
Vendas 39, 44 1 227 729 546 1 316 690 424Prestação de serviços 39, 44 3 826 375 4 339 792Outros rendimentos e ganhos 36, 39 28 864 462 34 400 251Custo das vendas 39, 44 645 471 186 679 064 964Variação da produção 39 - 301 971 - 1 496 556Fornecimentos e serviços externos 39, 44 337 068 213 357 166 572Gastos com o pessoal 39 196 220 543 204 383 493Amortizações e depreciações 44 74 743 609 77 323 387Provisões e perdas por imparidade (aumentos / reduções) 33, 44 31 883 425 13 184 115Outros gastos e perdas 37, 39 14 370 407 14 086 910
Resultado operacional 44 - 39 035 029 11 717 582
Gastos financeiros 40 63 610 032 71 038 941Rendimentos financeiros 40 5 036 187 20 242 177Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas - 696 165 - 212 981Resultados relativos a investimentos 79 861
Resultado antes de impostos das operações que continuam - 98 305 039 - 39 212 302
Imposto sobre o rendimento 14, 41 - 19 388 908 15 628 002Resultado depois de impostos das operações que continuam - 78 916 131 - 54 840 304
Resultados depois de impostos das operações descontinuadas 42 - 45 211 595
Resultado líquido consolidado do período - 78 916 131 - 100 051 899Atribuível a:
Acionistas da Empresa-MãeOperações que continuam - 78 045 917 - 54 215 194Operações descontinuadas - 44 661 686Acionistas da Empresa-Mãe - 78 045 917 - 98 876 879
Interesses que não controlamOperações que continuam - 870 214 - 625 111Operações descontinuadas - 549 909Interesses que não controlam - 870 214 - 1 175 020
Resultados por ação
Das operações que continuam: Básico 43 - 0.5575 - 0.3873Diluído 43 - 0.5575 - 0.3873
Das operações descontinuadas:Básico - 0.3190Diluído - 0.3190
O Conselho de Administração
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012
(Montantes expressos em euros)
Notas 31.12.2012Reapresentado
Resultado líquido consolidado do exercício (a) - 78 916 131 - 100 051 899
Outro rendimento integral consolidado
Rubricas que ulteriormente poderão ser reclassificadas para resultado
Variação da reserva de conversão monetária - 19 431 262 - 891 175Variação no justo valor de ativos disponíveis para venda - 4 926 - 12 815
Imposto sobre o rendimento referente a rubricas que poderão ser reclassificadas
Rubricas que ulteriormente não serão reclassificadas para resultado
Remensuração de planos de benefícios definidos 833 309 - 3 824 712Revalorização de ativos fixos tangíveis 129 856 643
Imposto sobre o rendimento referente a rubricas que não serão reclassificadas 37 373 865 - 897 213
Outro rendimento integral consolidado do exercício, líquido de imposto (b) 73 879 899 - 3 831 489
31.12.2013
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em euros)
Rendimento integral total consolidado do período (a) + (b) - 5 036 232 - 103 883 388
Rendimento integral total consolidado atribuível a:Acionistas da Empresa-mãe - 4 984 440 - 102 671 757Interesses que não controlam - 51 792 - 1 211 631
- 5 036 232 -103 883 388
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
Capital SocialReserva
legal
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento
integral acumulado
Total dos Capitais Próprios atribuíveis aos acionistas da
Empresa-mãe
Interesses que não
controlam
Total dos capitais próprios
Nota 23
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 - reapresentado 700 000 000 3 131 757 -460 542 177 -7 326 625 235 262 955 329 050 235 592 005
Rendimento integral total consolidado do períodoResultado líquido consolidado do exercício- reapresentado -98 876 879 - 98 876 879 - 1 175 020 - 100 051 899Outro rendimento integral consolidado do período - reapresentado -3 794 878 - 3 794 878 - 36 611 - 3 831 489Total - reapresentado -98 876 879 -3 794 878 -102 671 757 -1 211 631 -103 883 388
Plano de pagamento com base em ações 45 89 604 89 604 89 604Outros -10 537 571 10 741 485 203 914 - 57 124 146 790
Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - reapresentado 700 000 000 3 131 757 -569 867 023 - 380 018 132 884 716 - 939 705 131 945 011
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em euros)
Capital SocialReserva
legal
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento
integral acumulado
Total dos Capitais Próprios atribuíveis aos accionistas da
Empresa-mãe
Interesses que não
controlam
Total dos capitais próprios
Nota 23
Saldo em 1 de Janeiro de 2013 700 000 000 3 131 757 - 569 867 023 - 380 018 132 884 716 - 939 705 131 945 011
Rendimento integral total consolidado do períodoResultado líquido consolidado do período -78 045 917 - 78 045 917 - 870 214 - 78 916 131Outro rendimento integral consolidado do período 73 061 477 73 061 477 818 422 73 879 899
Total -78 045 917 73 061 477 - 4 984 440 - 51 792 - 5 036 232
Plano de pagamento com base em ações 45 109 445 109 445 109 445Outros - 64 388 - 64 388 196 250 131 862
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 700 000 000 3 131 757 -647 867 883 72 681 459 127 945 333 - 795 247 127 150 086
O Conselho de Administração
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
SONAE INDÚSTRIA S G P S S ASONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXADEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
ÍPARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Montantes expressos em euros)(Montantes expressos em euros)
ATIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 31.12.2013 31.12.2012
Recebimento de clientes 1 231 670 082 1 337 396 093Recebimento de clientes 1 231 670 082 1 337 396 093P t f d 995 110 857 1 032 592 559Pagamentos a fornecedores 995 110 857 1 032 592 559Pagamentos ao pessoal 201 774 554 224 566 243Pagamentos ao pessoal 201 774 554 224 566 243
Fl d l õ 34 784 671 80 237 291 Fluxos gerados pelas operações 34 784 671 80 237 291Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento 5 677 539 4 743 238Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento 5 677 539 4 743 238Outros recebimentos / pagamentos relativos à atividade operacional 1 100 143 22 808 504
Fluxos das atividades operacionais (1) 42 Fluxos das atividades operacionais (1) 42 30 207 275 98 302 557
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
R bi t i t dRecebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 165 127 138 848Investimentos financeiros 165 127 138 848Ativos fixos tangíveis e intangíveis 8 973 018 16 756 569Ativos fixos tangíveis e intangíveis 8 973 018 16 756 569Subsídios ao investimento 156 871 297 097Ativos não correntes detidos para venda 79 861Ativos não correntes detidos para venda 79 861Outros 13 572 425Outros 13 572 425
9 29 016 30 844 800 9 295 016 30 844 800Pagamentos respeitantes a:Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 192 500Investimentos financeiros 192 500Ativos fixos tangíveis e intangíveis 20 692 615 38 101 442Outros
20 692 615 38 293 942 20 692 615 38 293 942Fl d ti id d d i ti t (2) 42 11 397 599 7 449 142 Fluxos das atividades de investimento (2) 42 - 11 397 599 - 7 449 142
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:pJuros e rendimentos similares 750 914 1 240 155Juros e rendimentos similares 750 914 1 240 155E é ti btid 2 609 598 270 2 910 498 562Empréstimos obtidos 2 609 598 270 2 910 498 562Outros 97 638Outros 97 638
2 610 446 822 2 911 738 7172 610 446 822 2 911 738 717Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares 41 935 652 37 673 887Juros e gastos similares 41 935 652 37 673 887Empréstimos obtidos 2 546 578 785 2 974 854 632Empréstimos obtidos 2 546 578 785 2 974 854 632Dividendos 4 518Amortização de contratos de locação financeira 4 780 235 4 620 874Amortização de contratos de locação financeira 4 780 235 4 620 874O tros 4 257 653Outros 4 257 653
2 593 294 672 3 021 411 564Fluxos das atividades de financiamento (3) 42 17 152 150 - 109 672 847 Fluxos das atividades de financiamento (3) 42 17 152 150 109 672 847
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 35 961 826 18 819 432Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 35 961 826 - 18 819 432Ef it d dif d â bi 49 595 6 181Efeito das diferenças de câmbio 49 595 6 181Caixa e seus equivalentes no início do exercício 22 - 17 810 257 1 015 356Caixa e seus equivalentes no início do exercício 22 17 810 257 1 015 356Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 22 18 101 974 - 17 810 257Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 22 18 101 974 - 17 810 257
A t f t d t d t õ fi i lid dAs notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administraçãoç
1
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
(Montantes expressos em euros)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 1096,
4470-909 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas
notas 4 a 6 (“Grupo”). Os negócios do Grupo e as áreas de atuação encontram-se descritos na nota
44.
A Sonae Indústria, SGPS, SA é incluída no perímetro de consolidação da Efanor Investimentos,
SGPS, SA., sendo esta a sua empresa-mãe e a entidade controladora final.
As ações da sociedade encontram-se admitidas à cotação na NYSE Euronext Lisbon.
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras
consolidadas são as seguintes:
2.1. Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) emitidas
pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International
Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations
2
Committee” (“SIC”), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de janeiro de 2013 e aprovadas pela União
Europeia.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, entraram em vigor as seguintes normas e
interpretações:
IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’. Esta alteração modifica a
apresentação de itens contabilizados como Outro rendimento integral, que passaram a ser separados
em função de serem, ou não, reclassificados no futuro para resultado do exercício, bem como o
respetivo efeito do imposto, quando os itens sejam apresentados pelo valor bruto. A adoção desta
alteração afetou a apresentação da Demonstração consolidada do rendimento integral da Grupo;
IAS 12 (alteração), 'Imposto sobre o rendimento'. Esta alteração requer que uma Entidade mensure o
imposto diferido relacionado com um ativo, atendendo à forma como a Entidade espere vir a realizar o
valor contabilístico do ativo através do uso ou da venda. A alteração também incorpora as orientações
contabilísticas da SIC 21 na IAS 12, sendo esta primeira revogada. A adoção desta alteração não
teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do grupo;
IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’. Esta revisão à IAS 19 introduz alterações
significativas no registo e mensuração de gastos com planos de benefícios definidos e benefícios de
cessação de emprego, bem como nas divulgações para todos os benefícios dos empregados. Os
desvios atuariais são reconhecidos de imediato, e apenas, em Outro rendimento integral (o método
do corredor deixa de ser permitido). O custo financeiro dos planos de benefícios definidos com fundos
constituídos é calculado com base no valor líquido das responsabilidades não cobertas pelos fundos.
Os benefícios de cessação de emprego apenas são reconhecidos quando cessa a obrigação de o
empregado prestar serviço no futuro. A adoção desta alteração teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo, conforme indicado nas notas 3 e 29;
Melhorias às normas 2009 – 2011, O ciclo anual de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 1
(segunda adoção da IFRS 1 e respetivas isenções), IAS 1 (apresentação de demonstrações
financeiras adicionais quando uma alteração de política contabilística é obrigatória ou voluntária), IAS
16 (classificação de peças de reserva e equipamento de serviço quando a definição de ativo fixo
tangível é cumprida), IAS 32 (classificação de impactos fiscais relacionados com transações que
envolvem Capitais próprios ou Dividendos), e IAS 34 (isenção de divulgação de ativos e passivos por
segmento). A adoção da alteração à IAS 1 afetou a apresentação das demonstrações financeiras do
Grupo;
IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração cria uma isenção adicional
para os casos em que uma Entidade que tenha sido sujeita a hiperinflação severa apresenta
3
demonstrações financeiras IFRS pela primeira vez. A outra alteração respeita à substituição de
referências a uma data fixa por ‘data de transição para IFRS’, nas isenções à adoção retrospetiva. A
adoção desta alteração não teve impactos nas demonstrações financeiras do Grupo, uma vez que
estas já são apresentadas em IFRS;
IFRS 7 (alteração) ‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’. Esta alteração faz
parte do projeto de “compensação de ativos e passivos financeiros” do IASB, e introduz novos
requisitos de divulgação sobre o direito de uma Entidade compensar (ativos e passivos), as quantias
compensadas, e os seus efeitos na exposição ao risco de crédito. A adoção desta alteração não teve
impactos nas demonstrações financeiras do Grupo;
IFRS 13 (nova), ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A IFRS 13 tem como objetivo melhorar a
consistência das demonstrações financeiras, ao apresentar uma definição precisa de justo valor e
uma única fonte de mensuração de justo valor, assim como as exigências de divulgação a aplicar
transversalmente a todas as IFRS. A adoção deste normativo não teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo;
IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto’. Esta
interpretação refere-se à contabilização dos custos de remoção de resíduos acumulados durante a
fase de produção (fase inicial) de uma mina de superfície, como um ativo, considerando que a
remoção de desperdícios gera dois tipos de benefícios potenciais: extração imediata de recursos
minerais e melhoria do acesso a quantidades adicionais de recursos minerais, a serem extraídos no
futuro. A adoção desta interpretação não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
A 31 de dezembro de 2013 estavam emitidas e aprovadas pela União Europeia as seguintes normas
e interpretações que não foram aplicadas, dado apenas serem de aplicação obrigatória em exercícios
posteriores:
IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na União Europeia em períodos
anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os
procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e
na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios a aplicar para determinar o controlo. O
princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas
subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. O Grupo irá aplicar a IFRS 10 no
período anual em que esta se tornar obrigatória;
IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem,
o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 incide sobre os direitos e obrigações dos
acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações
4
conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os
ativos líquidos, que são registados por aplicação do método de equivalência patrimonial). A
consolidação de empreendimentos conjuntos por integração proporcional deixa de ser permitida. O
Grupo irá aplicar a IFRS 11 no período anual em que esta se tornar obrigatória;
IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma
estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, tais
como subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a
avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. O Grupo
irá aplicar a IFRS 12 no período anual em que esta se tornar obrigatória;
Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A emenda clarifica
que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da
adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico
imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período
comparativo, em Capitais próprios. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS
12. O Grupo irá aplicar estas alterações no início do período anual em que se tornarem obrigatórias:
IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista,
na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os
investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara
demonstrações financeiras separadas. O Grupo irá aplicar esta revisão à norma no início do período
anual em que se tornar obrigatória;
IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar na
União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014).
A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico
para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos. Define, ainda, os requisitos de
aplicação do método de equivalência patrimonial. O Grupo irá aplicar esta revisão à norma no início
do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de
ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar a noção de “deter atualmente o direito legal de
compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras
5
de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O grupo irá aplicar
esta alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração trata da divulgação de
informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado
através do modelo do justo valor menos custos estimados de venda. O grupo irá aplicar esta
alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração à IAS 39 permite que uma
Entidade mantenha a contabilização de cobertura quando a contraparte de um derivado, que tenha
sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou
equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. O grupo irá aplicar esta
alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração define uma Sociedade de investimento
(‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10,
para as entidades que se qualifiquem como Sociedades de investimento, cujos investimentos em
subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à
IAS 39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. O grupo irá aplicar esta alteração no início do
período anual em que se tornar obrigatória.
As alterações referidas anteriormente, nomeadamente na IFRS 11, terão efeitos nas demonstrações
financeiras consolidadas do grupo aquando da sua aplicação, que poderão ser avaliados através das
informações mencionadas na nota 5 - Empresas controladas conjuntamente (ativos, passivos,
rendimentos e gastos). Estas empresas, que estão consolidadas nas presentes demonstrações
financeiras pelo método de integração proporcional, passarão a ser registadas pelo método de
equivalência patrimonial nos exercícios seguintes.
À data de 31 de dezembro de 2013, estavam emitidas as seguintes normas, de aplicação obrigatória
em exercícios posteriores, que ainda não tinham sido aprovadas pela União Europeia:
IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao
processo de aprovação da União Europeia. Esta alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de
empregados ou de entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a
sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço.
6
Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de aprovação da União
Europeia. Este ciclo de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS
16, IAS 24 e IAS 38;
Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de aprovação pela União
Europeia. Este ciclo de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40.
IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (data de aplicação ainda não
definida). Esta norma ainda está sujeita ao processo de aprovação da União Europeia. A IFRS 9
corresponde à primeira parte da nova norma IFRS para instrumentos financeiros, a qual prevê a
existência de duas categorias de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os instrumentos
de capital próprio são mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são mensurados ao
custo amortizado apenas quando a Entidade os detenha para receber fluxos de caixa contratuais, e
os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos
financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. O grupo irá aplicar esta norma no
início do período anual em que se tornar obrigatória.
IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’ (data de aplicação ainda
não definida). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de aprovação da União Europeia. Esta
alteração corresponde à terceira fase da IFRS 9, e reflete uma revisão substancial das regras de
contabilidade de cobertura da IAS 39: elimina a avaliação quantitativa da eficácia da cobertura,
permite que um maior número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permite o
diferimento de determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais.
Esta alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco da
Entidade. O grupo irá aplicar esta norma no início do período anual em que se tornar obrigatória.
A Sociedade estima que a futura adoção destas normas não provocará alterações significativas nas
suas demonstrações financeiras consolidadas.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (nota 4) no pressuposto da continuidade das
operações e tomando por base o custo histórico, exceto para os instrumentos financeiros que se
encontram registados de acordo com os critérios descritos na nota 2.12.
7
2.2. Princípios de consolidação
São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:
a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente,
mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas, ou detenha o poder de
controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo),
foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação
integral. O capital próprio e o rendimento integral destas empresas, correspondente à participação
de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente na Demonstração de posição
financeira consolidada e na Demonstração de resultados consolidada, respetivamente, na rubrica
Interesses que não controlam. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras encontram-
se detalhadas na nota 4.
O rendimento integral e as restantes rubricas de capital próprio são atribuídas aos detentores de
interesses que não controlam, de acordo com a sua participação, mesmo que esta rubrica adquira
valores negativos.
Os ativos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição.
Qualquer excesso do custo de aquisição acrescido da quota-parte dos interesses que não
controlam no justo valor dos ativos e passivos adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo
valor da participação dos interesses que não controlam na filial adquirida, em relação ao justo
valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida, é reconhecido como goodwill (notas
2.2.d) e 14). Caso o diferencial entre o custo de aquisição acrescido da quota-parte dos interesses
que não controlam no justo valor dos ativos e passivos adquiridos, ou alternativamente, acrescido
do justo valor da participação dos interesses que não controlam na filial adquirida, e o justo valor
dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida seja negativo, o mesmo é reconhecido como
rendimento do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de acionistas
que não controlam são apresentados pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos
identificados, ou alternativamente, pelo justo valor da respetiva participação na filial adquirida.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os
dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
8
b) Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente
As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente (empresas que o Grupo
controla em conjunto com entidades terceiras, sendo o controlo conjunto estabelecido
contratualmente ou por acordo parassocial) foram valorizadas nestas demonstrações financeiras
consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto
é adquirido ou constituído. De acordo com este método os ativos, passivos, rendimentos e gastos
destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a
rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis da empresa
controlada conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como goodwill (nota 2.2.d)). Caso o
diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja
negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do exercício.
As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na
proporção do controlo atribuível ao Grupo.
As empresas conjuntamente controladas encontram-se detalhadas na nota 5.
c) Investimentos financeiros em empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma
influência significativa, através da participação nas decisões financeiras e operacionais da
empresa, mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das mesmas - geralmente
investimentos representando entre 20% e 50% do capital de uma empresa) são registados pelo
método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas
pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas
variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de
ganhos ou perdas do exercício, e pelos dividendos recebidos.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis da
associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como parte do investimento
financeiro. Se essas diferenças forem negativas são registadas como rendimento do exercício, na
rubrica resultados relativos a empresas associadas.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo
possa estar em imparidade, sendo registadas como gasto as perdas por imparidade que se
9
demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores
deixam de existir, são objeto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é apresentado por valor nulo, exceto quando o
Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.
Os ganhos não realizados com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do
Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não
realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie
que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na nota 6.
d) Goodwill
As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,
acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos ativos e passivos
adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não
controlam na filial adquirida, e o justo valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida,
são reconhecidas como goodwill (nota 13).
As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas
conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas
empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica Goodwill (nota 13).
O goodwill dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro encontram-se registadas na
moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (euro) à taxa
de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são
registadas na rubrica Reserva de conversão monetária incluída na rubrica Outro rendimento
integral acumulado.
O valor de goodwill não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas
por imparidade. As perdas por imparidade de goodwill verificadas no exercício são registadas na
demonstração consolidada de resultados do exercício, na rubrica Provisões e perdas por
imparidade.
As perdas por imparidade relativas a goodwill não podem ser revertidas.
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As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,
acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos ativos e passivos
adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não
controlam na filial adquirida, e o justo valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida,
são reconhecidas como rendimento na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos
ativos e passivos adquiridos.
As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas
conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas
empresas à data da sua aquisição, são reconhecidas como rendimento na data de aquisição,
após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.
e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras cuja moeda
funcional não é o euro, são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do
balanço, e os gastos e rendimentos, bem como os fluxos de caixa, são convertidos para euros
utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada
após 1 de janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão
monetária incluída na rubrica Outro rendimento integral acumulado. As diferenças cambiais
geradas até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida
de Outras reservas e resultados acumulados.
O valor de goodwill e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de
acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a Reserva de conversão monetária acumulada
é reclassificada para a demonstração consolidada de resultados como um ganho ou perda na
alienação.
As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais estrangeiras foram as
seguintes:
Libra inglesa 0.8337 0.8489 0.8161 0.8106Rand sul-africano 14.5666 12.7730 11.1732 10.5285Dólar canadiano 1.4671 1.3669 1.3137 1.2837Dólar americano 1.3791 1.3275 1.3194 1.2842Franco suiço 1.2276 1.2308 1.2072 1.2052Fonte: Bloomberg
31.12.2013 31.12.2012
Final do exercício
Média do exercício
Final do exercício
Média do exercício
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2.3. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS),
encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou
custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em
Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
Os ativos fixos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo alterou a mensuração subsequente dos
terrenos e edifícios, incluídos na rubrica Ativos fixos tangíveis, para o método de revalorização, por
entender que o mesmo melhor reflete o valor económico destas classes de ativos fixos tangíveis,
tendo em conta a sua natureza.
O incremento resultante da revalorização é registado em Outro rendimento integral do exercício,
sendo posteriormente transferido para a rubrica Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração consolidada de posição financeira, à medida que o bem revalorizado for depreciado
e/ou alienado.
O valor revalorizado será revisto sempre que se conclua que o mesmo difere significativamente do
justo valor dos ativos revalorizados, não excedente, contudo, um período de cinco anos.
O Grupo regista como ativo fixo tangível os componentes de elementos de equipamento básico
que têm vidas úteis significativamente diferentes das dos respetivos ativos principais, ou que só
podem ser utilizadas num ativo principal específico. A depreciação destes componentes é
efetuada separadamente tendo em consideração as respetivas vidas úteis estimadas identificadas.
As despesas de reparação e manutenção são consideradas como gasto no exercício em que
ocorrem.
As depreciações começam a ser registadas quando os bens se encontram disponíveis para uso,
pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
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As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Anos
Edifícios e outras construções 20 - 40
Equipamento básico 2 - 25
Equipamento de transporte 5
Ferramentas e utensílios 5
Equipamento administrativo 4 - 10
Outros ativos fixos tangíveis 5
Os ativos fixos em curso incluem os ativos fixos tangíveis em fase de construção e encontram-se
registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos fixos são
transferidos para as diversas rubricas de ativos fixos tangíveis, tendo em consideração a sua
natureza, e depreciados, a partir do momento em que estejam disponíveis para uso.
O valor residual, a vida útil e o método de depreciação dos ativos fixos tangíveis são revistos
anualmente.
2.4. Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e
das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis identificáveis só são reconhecidos se
for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se forem controláveis
pelo Grupo e se o seu valor puder ser razoavelmente mensurado.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são escrituradas na
demonstração consolidada de resultados quando incorridas (nota 38).
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o
seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o
ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como gasto do exercício em que
são incursas.
Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de programas informáticos são
registados como gastos na demonstração consolidada de resultados, quando incorridos, exceto na
situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável
a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações, estes gastos são
capitalizados como ativos intangíveis.
13
As amortizações começam a ser registadas quando os ativos se encontram disponíveis para uso,
pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual
varia entre 3 e 6 anos.
2.5. Locações
Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como (i) locações
financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse dos bens locados, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem
transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos mesmos bens.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não
da forma do contrato.
Os ativos fixos tangíveis utilizados pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, bem
como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados na Demonstração consolidada de
posição financeira pelo menor valor entre o justo valor dos ativos locados e o valor dos pagamentos
mínimos de locação financeira. Adicionalmente, os juros incluídos nas rendas, as depreciações e
perdas por imparidade são registados na Demonstração consolidada de resultados como gastos do
exercício a que respeitam. As depreciações e perdas por imparidade são calculadas e registadas nos
termos previstos na nota 2.3 para os ativos fixos tangíveis. Nos casos em que não exista certeza
razoável quanto à aquisição dos bens locados no termo do contrato, o período de depreciação será o
menor entre a vida útil esperada e o prazo considerado no contrato de locação.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas vencidas são registadas como gasto na
Demonstração consolidada de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
2.6. Propriedades de Investimento
As propriedades de investimento encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das
depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. São constituídas, essencialmente, por
terrenos e edifícios de operações descontinuadas em relação aos quais o Grupo celebrou contratos
de arrendamento com entidades terceiras.
Os períodos e o método de depreciação das propriedades de investimento são os indicados na nota
2.3. para o ativo fixo tangível.
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2.7. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma
garantia razoável de que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas
para a sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na
Demonstração consolidada de resultados de acordo com os gastos incorridos.
Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de ativos fixos, são incluídos na rubrica
Outros passivos não correntes, da Demonstração consolidada de posição financeira e são creditados
na Demonstração consolidada de resultados em quotas constantes, durante o período estimado de
vida útil dos ativos adquiridos.
2.8. Imparidade dos ativos não correntes, exceto Goodwill e Impostos diferidos
É efetuada uma avaliação de imparidade, à data de cada balanço, sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indiciem que o montante pelo qual o ativo se encontra
registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável,
é contabilizada uma perda por imparidade na rubrica Provisões e perdas por imparidade da
Demonstração consolidada de resultados.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades
independentes, conhecedoras e interessadas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que
surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável
é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade
geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
A reversão de perdas por imparidade contabilizadas em exercícios anteriores é registada quando se
conclui que as perdas por imparidade já não existem ou diminuíram. Esta análise é efetuada sempre
que existam indícios de que a perda por imparidade anteriormente registada tenha revertido. A
reversão das perdas por imparidade é registada na rubrica Provisões e perdas por imparidade, da
Demonstração consolidada de resultados. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada
até ao limite da quantia que estaria contabilizada (líquida de amortização ou depreciação) caso a
perda por imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.
15
2.9. Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente contabilizados como
gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, diretamente relacionados com a aquisição,
construção ou produção de ativos fixos, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A
capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou
desenvolvimento do ativo e é interrompida quando o ativo se encontra pronto a ser utilizado ou
quando o projeto se encontra suspenso. Quaisquer rendimentos financeiros gerados por empréstimos
obtidos, diretamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos
financeiros elegíveis para capitalização.
2.10. Inventários
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor
realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os trabalhos em curso encontram-se
valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais
baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão de obra e gastos
gerais de fabrico (considerando as depreciações dos equipamentos produtivos calculadas em função
de níveis normais de utilização da capacidade produtiva).
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar
a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respetivo valor de realização dos inventários, no caso de este ser
inferior ao custo, são registadas como gastos operacionais nas rubricas de Custo das vendas ou
Variação de produção, consoante respeitem a inventários de mercadorias e matérias-primas ou a
inventários de produtos acabados e semiacabados, subprodutos e trabalhos em curso,
respetivamente.
2.11. Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente
(legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa
obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente
estimado.
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Nas situações em que se estima existir um período de tempo significativo entre o momento em que
ocorre a obrigação e o momento em que ocorrerá o respetivo pagamento, a provisão é registada pelo
seu valor atual.
As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor
estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um
plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes
envolvidas.
O aumento e a utilização ou reversão de provisões são reconhecidos na rubrica Provisões e perdas
por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados
2.12. Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos detidos pelo Grupo classificam-se como segue:
- Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;
- Investimentos disponíveis para venda;
- Investimentos detidos até à maturidade.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos
detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto
período de tempo. São classificados na Demonstração de posição financeira consolidada como
investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis
como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos
detidos até à maturidade.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como ativos não correntes, exceto
se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não
correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo
registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida que o Grupo tem intenção e
capacidade de manter até essa data.
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Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do
preço pago.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores
por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a
custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em
instrumentos de capital de outras entidades que não sejam cotados e para os quais não seja
possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido
de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica Resultados
financeiros da Demonstração consolidada de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados em Outro rendimento integral, na Demonstração
consolidada de rendimento integral, e incluídos na rubrica Outro Rendimento Integral
Acumulado, na Demonstração consolidada de posição financeira, até o investimento ser
vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se
situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade,
momento em que o ganho ou perda acumulada é reclassificado(a) para a Demonstração
consolidada de resultados.
b) Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço
consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Provisões
e perdas por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados, por forma a refletir o
seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem,
objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será
recebida. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que
demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades bem como
informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
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As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante
escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados,
descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento
num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
As dívidas de terceiros são apresentadas na Demonstração consolidada de posição financeira
como ativos correntes, exceto quando a respetiva maturidade é superior a doze meses da data
de balanço, situações em que são apresentadas como ativos não correntes.
c) Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a
substância contratual independentemente da forma legal que assumem.
d) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas
com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a
taxa de juro efetiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros, da Demonstração
consolidada de resultados, de acordo com o princípio de especialização dos exercícios,
conforme política definida na nota 2.9. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja
liquidada durante o exercício.
e) Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e
o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.
f) Instrumentos derivados
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de
garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo
de negociação.
Quando utilizados pelo Grupo, os instrumentos derivados definidos como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa
de juros (“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas
de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa
de juro são materialmente idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
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subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências,
eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da Demonstração
consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos
de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de
alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta;
- A transação objeto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa,
são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são
contabilizadas em Outro rendimento integral, na Demonstração consolidada do rendimento
integral, e na rubrica Outro rendimento integral acumulado, da Demonstração consolidada de
posição financeira, sendo transferidas para a rubrica Resultados financeiros, da Demonstração
consolidada de resultados, no mesmo exercício em que o instrumento objeto de cobertura afeta
resultados.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a
sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados, nos termos indicados na nota
26.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o
instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser
qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor registadas em Outro
rendimento integral acumulado, são transferidas para resultados do exercício ou adicionadas
ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem; as
reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da Demonstração
consolidada de resultados.
O Grupo utiliza, ainda, instrumentos financeiros com objetivo de cobertura de fluxos de caixa
que respeitam, essencialmente, a coberturas de taxa de câmbio (“forwards”) de empréstimos
obtidos e operações comerciais que, contudo, não configuram relações perfeitas de cobertura
e, portanto, não receberam tratamento de “hedge accounting”, mas que permitem mitigar, de
forma muito significativa, o efeito de variações cambiais dos empréstimos e saldos a receber,
denominados em divisas, em relação aos quais o Grupo pretende cobrir o risco cambial.
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Estes instrumentos derivados em relação aos quais a empresa não aplicou “hedge accounting”,
são registados pelo seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas
informáticas específicas, afetam diretamente a rubrica Resultados financeiros da
Demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos,
os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e
características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em
que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor, com os ganhos ou perdas não
realizados registados na Demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro
com o objetivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão
registados pelo seu justo valor através da Demonstração consolidada de resultados. Nas
situações em que o instrumento objeto de cobertura não seja mensurado ao justo valor
(nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz
de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da
Demonstração consolidada de resultados.
Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros ativos não correntes, Outros
ativos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos correntes da Demonstração
consolidada de posição financeira.
g) Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após
dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com
a sua emissão.
h) Ações próprias
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao
capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas
em Outras reservas incluída em Outras reservas e resultados acumulados.
i) Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores
de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a
21
menos de três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de
alteração de valor.
Para efeitos da Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e
equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, na Demonstração consolidada de posição financeira.
2.13. Benefícios pós-emprego
Conforme mencionado na nota 29 o Grupo assumiu, através de algumas filiais, compromissos de
conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de
reforma, os quais configuram planos de benefícios definidos, tendo sido constituídos para o efeito
fundos de pensões autónomos.
A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue
o procedimento de obter anualmente cálculos atuariais das responsabilidades, determinados de
acordo com o “Projected Unit Credit Method”.
As remensurações (ganhos e perdas atuariais) decorrentes dos ajustamentos de experiência e das
alterações de pressupostos atuariais demográficos e financeiros são registadas em outros
rendimentos integrais, no Capital próprio.
O juro líquido é determinado pela aplicação da taxa de desconto, derivada das taxas de juro de
obrigações de rating elevado, ao valor das responsabilidades deduzido do justo valor dos ativos do
fundo do plano.
Os custos por responsabilidades passadas são registados imediatamente como gasto do exercício.
As responsabilidades por benefícios pós-emprego reconhecidas à data de relato representam o valor
presente das obrigações por planos de benefícios definidos, ajustado pelas remensurações e
reduzido do justo valor dos ativos líquidos do fundo de pensões.
2.14. Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo
os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de ocorrer uma saída de fundos
afetando benefícios económicos futuros seja considerada remota, caso em que não são objeto de
divulgação.
22
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.15. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das
empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das
empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de
cada empresa do Grupo, considerando o resultado e a taxa anual efetiva de imposto estimada.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e refletem
as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico
e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são
calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em
vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam
diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício
da sua reversão. No final de cada exercício é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo
os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem
de valores registados diretamente em outro rendimento integral, situação em que o imposto diferido é
também registado na mesma rubrica.
2.16. Rédito e especialização dos exercícios
Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na Demonstração consolidada de
resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos são transferidos para o
comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são
reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo
justo valor do montante recebido ou a receber.
Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na Demonstração
consolidada de resultados com referência à respetiva fase de acabamento à data do balanço.
23
Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou
acionistas.
Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente
da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja
conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros ativos correntes e Outros passivos correntes, são registados os gastos e os
rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em
exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a
exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor
que lhes corresponde.
2.17. Mais-valias e menos-valias
As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de ativos fixos tangíveis e
intangíveis e de investimentos, são apresentadas na Demonstração consolidada de resultados pelo
valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de
alienação ou abate, nas rubricas de Outros rendimentos e ganhos e Outros gastos e perdas.
2.18. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As transações são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda
funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transação.
Todos os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações
financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as
taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício. Ativos e passivos não monetários
denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda
funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo
valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de
câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data de cobrança, pagamento ou à data de
encerramento das demonstrações financeiras, dessas mesmas transações, são registadas como
rendimentos e gastos operacionais, no caso de transações de natureza operacional, ou como
rendimentos e gastos financeiros, no caso de transações de natureza financeira, na Demonstração
consolidada de resultados. As diferenças de câmbio relativas a valores não monetários cuja variação
de justo valor seja registada diretamente em capital próprio, são registadas igualmente em capital
próprio.
24
Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio o Grupo contrata instrumentos
financeiros derivados de cobertura (nota 2.12.f)).
2.19. Responsabilidades pelo Plano de incentivos de médio prazo
A Sociedade e as suas subsidiárias atribuem, anualmente, aos quadros integrados num grupo
funcional com classificação Executive ou superior, um prémio definido em função do valor criado para
os acionistas no exercício anterior, que será pago após um período de três anos, na circunstância de
o quadro, ao qual foi atribuído, se manter em funções no final deste período. Este prémio consiste na
atribuição de um determinado número de ações da Sociedade, podendo esta, na data de pagamento,
optar pela entrega dos títulos atribuídos ou pelo pagamento em dinheiro do contravalor dos títulos,
calculado à cotação dos mesmos na data de pagamento.
A responsabilidade é registada nas rubricas Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração consolidada de posição financeira, e Gastos com o pessoal, da Demonstração
consolidada de resultados, linearmente ao longo do período de diferimento do pagamento, tendo em
consideração o justo valor das ações atribuídas na data de atribuição das mesmas.
Caso o quadro deixe de exercer funções durante o período de diferimento do pagamento da
responsabilidade anteriormente registada, a mesma será abatida da Demonstração consolidada de
posição financeira por contrapartida da rubrica Gastos com o pessoal, da Demonstração consolidada
de resultados, no período em que se constate a extinção da responsabilidade.
2.20. Eventos subsequentes
Os eventos que ocorreram após o termo do exercício e que proporcionem informação adicional sobre
condições que existiam à data da Demonstração consolidada de posição financeira são refletidos nas
demonstrações financeiras consolidadas (eventos registáveis). Os eventos que ocorreram após o
termo do exercício e que proporcionem informação sobre condições que ocorreram após a data da
Demonstração consolidada de posição financeira são divulgados no anexo às demonstrações
financeiras consolidadas, se materiais (eventos não registáveis).
2.21. Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados todos os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo, tendo em
consideração o sistema interno de relato de informação financeira (nota 44).
25
2.22. Julgamentos e estimativas
As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras
consolidadas incluem:
a) Vidas úteis do ativo fixo tangível e intangível (notas 10, 11 e 12);
b) Análises de imparidade do goodwill e de ativos fixos tangíveis e intangíveis (nota 13);
c) Análise de imparidade das contas a receber (notas 18 e 19);
d) Registo de ajustamentos aos valores dos ativos, nomeadamente, ajustamento de justo valor e,
no caso dos inventários, ao valor realizável líquido (nota 33);
e) Cálculo de provisões e responsabilidade por benefícios pós-emprego (nota 29 e 33);
f) Cálculo do imposto sobre o rendimento (nota 41).
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação
das presentes demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na
experiência de eventos passados e/ou correntes. Não obstante, poderão ocorrer situações em
exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas
estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das
demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas, através da Demonstração consolidada de
resultados, de forma prospetiva, conforme disposto pela norma IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas são descritos nas correspondentes notas anexas.
2.23. Direitos de emissão de dióxido de carbono
O Grupo tem instalações industriais, localizadas em diversos países europeus, abrangidas pelo
Comércio Europeu de Licenças de Emissão.
O esquema consiste na atribuição, por parte do Estado onde a instalação se encontra localizada, de
uma quantidade de licenças de emissão de dióxido de carbono, escrituradas nas rubricas Outros
ativos intangíveis e Rendimentos diferidos, ao valor de mercado da data de atribuição. O rendimento
diferido é transferido para a rubrica Outros rendimentos e ganhos linearmente ao longo do exercício.
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, é registada, nas
rubricas Acréscimos de gastos e Outros gastos e perdas, a estimativa de emissões até então
realizadas.
No exercício seguinte, após apuramento definitivo das emissões de CO2, é efetuado o abate nas
rubricas Outros ativos intangíveis e Acréscimos de gastos pelo custo das licenças devolvidas ao
Estado. Nas situações em que as licenças não utilizadas são vendidas, é registada o correspondente
26
ganho ou perda, correspondente à diferença entre o custo e o valor de mercado, nas rubricas Outros
rendimentos e ganhos ou Outros gastos e perdas.
2.24 . Classificação de rubricas de natureza operacional quanto à sua recorrência
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo passou a divulgar informação sobre a
recorrência dos eventos contabilizados em rubricas de natureza operacional, com exceção dos
registados em amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade, mas incluindo as
perdas por imparidade em clientes, tendo em vista proporcionar aos leitores das suas demonstrações
financeiras consolidadas informação adicional que permita melhor avaliar a tendência de resultados
futuros.
Desta forma, são classificados como não recorrentes os eventos que pela sua natureza são
infrequentes, incomuns, excecionais, únicos ou residuais, em relação aos quais não há expectativas
de ocorrerem regularmente no contexto da atividade normal da empresa. Em particular, o Grupo
classifica como tal, os rendimentos provenientes de indemnização de seguros, os gastos resultantes
de multas e coimas e os rendimentos e ganhos relacionados com a descontinuação de ativos, ou
desta decorrentes, designadamente:
- Mais-valias e menos-valias resultantes da alienação ou abate de ativos fixos tangíveis ou
ativos intangíveis;
- Gastos de reestruturação;
- Gastos com a terminação da relação laboral com trabalhadores;
- Rendimentos e ganhos de uma entidade, ou parte de uma entidade, incluída na
consolidação, após a mesma ter sido classificada internamente como inativa.
Todos os eventos que não sejam classificados como não recorrentes, são classificados como
recorrentes.
2.25. Justo valor de ativos e passivos
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo, se existir um mercado ativo, a cotação de
mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13
– Mensuração do justo valor.
No caso de não existir um mercado ativo, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites
no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo
valor conforme definido na IFRS 13.
27
A Sonae Indústria aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais
como ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais
frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que
incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado. Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais
avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para
os quais a Sonae Indústria SGPS utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3
da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
2.26. Gestão do risco
a) Risco de crédito
i) Créditos sobre clientes
O risco de crédito, na Sonae Indústria, resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus
Clientes, relacionados com a atividade operacional.
O principal objetivo da gestão de risco de crédito, na Sonae Indústria, é garantir a cobrança
efectiva dos recebimentos operacionais de Clientes em conformidade com as condições
negociadas.
De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por
parte dos Clientes, as empresas do Grupo expostas a este tipo de risco:
- Têm implementados processos e procedimentos de gestão de crédito proativos; ativos e
reativos. Processos, estes, suportados por avançados sistemas de informação.
- Dispõem localmente (em cada país) de “comités” de análise e acompanhamento do risco de
crédito;
- Possuem equipas exclusivamente dedicadas à gestão do crédito de clientes e respetivas
cobranças;
- Estabelecem e acompanham os limites de crédito dos seus clientes, monitorizando diariamente
a exposição efetiva;
- Possuem mecanismos de proteção, tais como seguros de crédito, quando considerados
economicamente viáveis;
- Utilizam agências de rating de crédito;
- Recorrem aos meios das companhias de seguros e legais disponíveis para recuperação de
crédito quando aplicável.
28
ii) Outros ativos financeiros para além de Créditos sobre clientes
Para além dos ativos resultantes das atividades operacionais, as empresas do Grupo detêm
ativos financeiros decorrentes do seu relacionamento com instituições financeiras, tais como
depósitos bancários, investimentos financeiros e derivados financeiros (com valor de mercado
positivo). Consequentemente, existe também risco de crédito associado ao potencial
incumprimento pecuniário das Instituições Financeiras que são contraparte nestes
relacionamentos.
Como regra, os ativos financeiros decorrentes deste relacionamento com instituições financeiras
envolvem preferencialmente contrapartes com rating mínimo de Investment Grade. Por outro
lado, de um modo geral, a exposição relacionada com este tipo de ativos financeiros é
amplamente diversificada e de duração limitada no tempo.
b) Riscos de mercado
i) Risco de taxa de juro
Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável no seu Balanço consolidad, e dos
consequentes cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco
de taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do Euro, uma vez que a
maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.
Como regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua
exposição às variações de taxas de juro.
Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis
de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural
ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria. A lógica por
detrás deste princípio é a seguinte:
- Na sua atividade operacional, a Sonae Indústria encontra-se exposta maioritariamente à área
do Euro e, como referido anteriormente, a sua exposição principal no que se refere à variação de
taxa de juro também se concentra na divisa Euro.
- A atividade operacional da Sonae Indústria é cíclica, sendo positivamente correlacionada com
os ciclos da economia em geral e, em particular, com os ciclos do setor da construção (e
também do setor do mobiliário). Tal facto deve-se essencialmente à natureza dos seus produtos
29
e ao facto de serem bens duráveis e do tipo commodity, com um desempenho superior quando
as condições económicas são favoráveis.
- Sob condições económicas normais, quando se verificam fortes níveis da atividade económica
e da procura, a inflação tende a aumentar. Tendo em conta que o Banco Central Europeu (BCE)
tem como missão fundamental garantir a estabilidade dos preços, o BCE intervém normalmente
no sentido de aliviar tensões inflacionistas através do recurso à subida das taxas de juro. Efeitos
opostos ocorrem quando se verificam níveis fracos de atividade e de procura, com menores
pressões sobre os preços.
- Quando a atividade e a procura são fortes na zona do Euro, a Sonae Indústria tende a
desempenhar de forma superior ao nível operacional, gerando cash flow operacional mais
elevado. Ao mesmo tempo, quando as condições económicas são favoráveis, o BCE tende a
subir as taxas de juro de modo a refrear a procura e prevenir aumentos de preços, o que se
reflete, para a Sonae Indústria, em juros líquidos suportados mais elevados, criando-se uma
cobertura natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos”. O mesmo princípio
(mas com sinais opostos) aplica-se em situações económicas recessivas.
- A Sonae Indústria entende que, para além da taxa de juro do Euro, estes mesmos princípios se
aplicam para as restantes taxas de juro às quais o Grupo se encontra exposto, tais como as da
libra esterlina, dólar canadiano ou do rand sul-africano (apesar de reconhecer que em mercados
emergentes o comportamento das taxas de juro é influenciado por outros efeitos não diretamente
relacionados com as condições económicas domésticas).
Como exceções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae Indústria pode
contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os seguintes princípios são
observados:
- Os derivados não são utilizados com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins
especulativos;
- As empresas do Grupo contratam preferencialmente derivados com instituições financeiras com
rating mínimo Investment Grade;
- Os derivados contratados replicam exatamente as exposições subjacentes no que diz respeito
às datas de liquidação e indexantes de base;
- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são sempre
conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;
30
- Cotações de pelo menos duas instituições financeiras são obtidas antes da contratação de
derivados de taxa de juro.
ii) Risco de taxa de câmbio
Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes
diferentes, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. O Balanço e a
Demonstração de resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de translação e as
subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de
translação como de transação.
O risco de taxa de câmbio prende-se com a possibilidade de registar perdas ou ganhos em
resultado da variação das taxas de câmbio.
O risco de transação emerge essencialmente quando existe risco cambial relacionado com cash
flows denominados em divisa que não a divisa funcional de cada uma das subsidiárias. Os cash
flows das empresas do Grupo são largamente denominados nas respetivas divisas locais. Isto é
válido independentemente da natureza dos cash flows, ou seja, operacional ou financeira, e
permite um grau considerável de hedging cambial natural, reduzindo o risco de transação do
Grupo. Em linha com este raciocínio, como princípio, as subsidiárias da Sonae Indústria apenas
contratam dívida financeira denominada na respetiva divisa local.
Também como regra do Grupo, sempre que possível e economicamente viável, as empresas do
Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa
estrangeira.
Ainda como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da
atividade operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco
cambial deve ser mitigado através da contratação de derivados cambiais levados a cabo na
subsidiária exposta ao referido risco. As empresas do Grupo não contratam derivados cambiais
com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins especulativos.
O risco de conversão monetária emerge do facto de, no âmbito da preparação das contas
consolidadas do Grupo, as demonstrações financeiras das subsidiárias com moeda funcional
diferente da moeda de relato das contas consolidadas (Euro), terem de ser convertidas para
Euros. Uma vez que as taxas de câmbio variam entre os períodos contabilísticos e uma vez que
o valor dos ativos e passivos das subsidiárias não são coincidentes, introduz-se volatilidade nas
contas consolidadas devido ao facto de a conversão ser efetuada em períodos diferentes a taxas
de câmbio diferentes.
31
Como política, o risco de translação em resultado da conversão do investimento (capitais
próprios) em subsidiárias não Euro, não é coberto uma vez que estes investimentos são
considerados de longo prazo e se assume que a cobertura destes valores não acrescenta valor
no longo prazo. Os ganhos e as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de
câmbio dos valores de capitais próprios denominados em outras divisas que não o Euro, são
contabilizados na rubrica Reservas de conversão, incluída na rubrica Outro rendimento integral
da Demonstração consolidada de posição financeira.
Algumas subsidiárias da Sonae Indústria concedem ou recebem financiamento intragrupo em
divisas distintas da sua divisa local. Quando se verificam estas situações, o financiamento
intragrupo é sempre denominado na divisa funcional da outra contraparte do Grupo. A política da
Sonae Indústria é cobrir de modo sistemático o valor em aberto destes financiamentos
intragrupo, de modo a reduzir a volatilidade nas Demonstrações financeiras individuais e
consolidadas. Esta volatilidade resulta do facto de não existir um compensação dos ganhos ou
perdas registadas na Demonstração de resultados de uma das contrapartes do Grupo com um
ativo ou passivo intragrupo denominado noutra divisa que não a sua divisa funcional (ganho ou
perda registado como consequência da alteração do valor do seu ativo ou passivo denominado
em divisa estrangeira), do lado da outra contraparte do Grupo. Ao não existir esta compensação,
as contas consolidadas são também afetadas.
Estas coberturas cambiais de financiamentos intragrupo são feitas atualmente através de
contratos forward de taxa de câmbio, levados a cabo pela subsidiária exposta ao risco cambial e
renovados consistentemente numa base semestral. Cotações de pelo menos duas instituições
financeiras são obtidas antes da contratação destes derivados. Estes derivados de cobertura
cambial não são utilizados com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins
especulativos.
A análise dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio está incluída na nota 28.
iii) Outros riscos de preço
A 31 de dezembro de 2013 o Grupo não detinha investimentos significativos classificados como
disponíveis para venda.
c) Risco de liquidez
No Grupo Sonae Indústria, a gestão do risco de liquidez tem por objetivo assegurar que a
sociedade obtenha, atempadamente, o financiamento necessário para dar continuidade aos
32
negócios, implementar a estratégia definida e cumprir com as suas obrigações quando devidas,
nos termos e condições mais favoráveis.
Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspetos:
- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao nível das
operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes horizontes temporais
(semanal, mensal, anual e plurianual);
- Diversificação de fontes de financiamento;
- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração excessiva
em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.
- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo (committed e
uncommitted), programas de papel comercial e outros tipos de operações financeiras (como é o
caso do programa de securitização de créditos comerciais), assegurando um balanceamento
entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados;
- Acesso e gestão ativa das posições de liquidez e dos fluxos de caixa das subsidiárias, tendo
em consideração os objetivos do Grupo no que à liquidez diz respeito.
É política da Sonae Indústria não incluir rácios financeiros consolidados nos seus contratos de
financiamento, que possam resultar no respetivo reembolso antecipado. Esta política tem em
consideração a imprevisibilidade dos ciclos que caracterizam o negócio dos painéis derivados de
madeira, e que influenciam fortemente os rácios financeiros ao longo das diferentes fases do
ciclo de negócios.
A análise do risco de liquidez está incluída na nota 27.
3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
a) Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade passou a registar as
remensurações, anteriormente designadas por ganhos e perdas atuariais, referentes a planos de
benefícios definidos em outro rendimento integral. As demonstrações financeiras do exercício anterior
foram reapresentadas por forma a incluir as remensurações que não haviam sido registadas às datas
de 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2012. Os efeitos desta alteração são apresentados na
nota 29.
33
b) Revalorização de ativos fixos tangíveis
Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo procedeu à revalorização de terrenos e edifícios incluídos na
rubrica Ativos fixos tangíveis da Demonstração consolidada de posição financeira. O valor dos ativos
foi determinado por uma entidade avaliadora independente com recurso a uma combinação de
métodos de valorização de ativos, e corresponde a um justo valor de nível 2.
Os métodos de avaliação utilizados foram o método de mercado e o método do custo. Pelo método
de mercado, as propriedades são valorizadas mediante comparação com situações similares no
mercado, sendo realizados os correspondentes ajustamentos atendendo, nomeadamente, à
dimensão, forma, localização, acessos e estado de conservação. O método do custo consiste em
obter uma aproximação ao valor através da soma do valor dos diferentes ativos que compõem as
propriedades, ou seja, ativos depreciáveis e terrenos. Relativamente aos edifícios, estimou-se o custo
de reposição a novo dos mesmos, deduzindo a depreciação resultante por deterioração física e
obsolescência, ou seja, o custo de adquirir ou produzir um imóvel semelhante para os mesmos fins
industriais.
Esta revalorização de terrenos e edifícios consistiu em aumentar o valor bruto dos mesmos e as
depreciações acumuladas, no caso dos edifícios, por forma a alcançar o valor líquido determinado na
valorização efetuada por entidade independente. O acréscimo ao valor líquido destes ativos teve
como contrapartida a rubrica Revalorização de ativos fixos tangíveis, da Demonstração consolidada
de rendimento integral. Adicionalmente, foi registado um passivo por imposto diferido referente à
diferença temporária tributável gerada pela revalorização, registado nas rubricas Passivos por
impostos diferidos, da Demonstração consolidada de posição financeira, e Imposto sobre o
rendimento referente a rubricas que não serão reclassificadas, na Demonstração consolidada de
rendimento integral. Nas situações em que existem prejuízos fiscais reportáveis disponíveis para
serem utilizados aquando da reversão desta diferença temporária tributável, foi registado um ativo por
imposto diferido, incluído nas rubricas Ativos por imposto diferido, da Demonstração consolidada de
posição financeira, e Imposto sobre o rendimento, da Demonstração consolidada de resultados. O
valor das depreciações do exercício não foi alterado por esta revalorização.
Os principais efeitos desta revalorização de ativos fixos tangíveis são apresentados na nota 10 (valor
bruto e depreciações acumuladas), nota 14 (impostos diferidos) e nota 23.4 (outro rendimento
integral).
34
4. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31
de dezembro de 2013 e 2012, são as seguintes: FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL
DETIDO
CONDIÇÕES
DE
31.12.2013 31.12.2012 INCLUSÃO
Directo Total Directo Total
Agepan Eiweiler Management, GmbH Eiweiler (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Agloma Investimentos, SGPS, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 98,90% 100,00% 98,90% a)
1) Agloma - Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Oliveira do Hospital (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Aserraderos de Cuellar, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 98,90% 100,00% 98,90% a)
BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Darbo, SAS Linxe (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Ecociclo, Energia e Ambiente, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Euroresinas - Indústrias Quimicas, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
GHP Glunz Holzwerkstoffproduktions GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Glunz AG Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Glunz Service GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Glunz UK Holdings, Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Glunz UkA GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Impaper Europe GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Isoroy, SAS Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Maiequipa - Gestão Florestal, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Megantic B.V. Amsterdão (Países Baixos) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Movelpartes – Comp. para a Indústria do Mobiliário, S.A. Paredes (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
2) Novodecor (Pty) Ltd Woodmead (África do Sul) 100,00% 100,00% a)
OSB Deustchland Alemanha 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Poliface North America Baltimore (EUA) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Racionalización y Manufacturas Florestales, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
3) SCS Beheer, BV Holanda 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Sociedade de Iniciativa e Aproveit. Florestais - Energias, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,79% 100,00% 98,79% a)
Somit – Imobiliária, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,79% 100,00% 98,79% a)
Sonae Indústria – Management Services, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Sonae Indústria – Prod. e Comerc. Derivados Madeira, S. A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,82% 100,00% 98,82% a)
Sonae Indústria – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A. Maia (Portugal) MÃE MÃE MÃE MÃE MÃE
Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)
Sonae Novobord (Pty) Ltd Woodmead (África do Sul) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Sonae Tafibra International, B. V. Woerden (Países Baixos) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Sonae Industria (UK), Limited Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Spanboard Products Ltd Belfast (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tableros de Fibras, S.A. Madrid (Espanha) 98,42% 98,78% 98,42% 98,78% a)
Tableros Tradema, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafibra South Africa, Limited Woodmead (África do Sul) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa Canadá Inc Lac Mégantic (Canadá) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa Développement Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa France S.A.S. Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa Investissement Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa Participation Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafisa U.K.Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tafibra Suisse, SA Tavannes (Suiça) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. Barcelona (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
Tool, GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)
a) Controlo detido por maioria de votos.
1) Sociedade liquidada à data de 31 de maio de 2013;
2) Sociedade constituída à data de 31 de dezembro de 2013;
3) Sociedade fusionada na Megantic BV à data de 1 de janeiro de 2013.
35
Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação por integração
global, conforme indicado na nota 2.2.a).
5. EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE
Os empreendimentos conjuntos, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, são os seguintes:
FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL DETIDO % DE CAPITAL DETIDO
31.12.2013 31.12.2012
Directo Total Directo Total
Laminate Park GmbH & Co. KG Eiweiler (Alemanha) 50,00% 49,39% 50,00% 49,39%
Tecmasa, Reciclados de Andalucia, S. L. Alcalá de Guadaira (Espanha) 50,00% 49,39% 50,00% 49,39%
As empresas controladas conjuntamente foram incluídas na consolidação pelo método de
consolidação por integração proporcional, conforme indicado na nota 2.2.b).
Os montantes proporcionalizados de ativos, passivos, rendimentos e gastos incluídos na
consolidação, após eliminação de saldos e transações intragrupo, são os seguintes:
6. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
As empresas associadas, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 31 de dezembro de
2013 e 2012, são as seguintes:
FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL
DETIDO
31.12.2013 31.12.2012
Directo Total Directo Total
Serradora Boix Barcelona 31,25% 30,87% 31,25% 30,87%
31.12.2013 31.12.2012
Ativos não correntes 21 215 108 26 528 525Ativos correntes 9 703 623 11 143 876Passivos não correntes 3 074 884 3 010 457Passivos correntes 8 202 012 11 388 895Rendimentos e ganhos operacionais 35 544 611 37 586 196Gastos e perdas operacionais 44 543 418 46 183 692
36
As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência
patrimonial, conforme indicado na nota 2.2.c).
Os montantes totais agregados de ativos, passivos, rendimentos operacionais e resultados
líquidos das empresas associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial nas
presentes demonstrações financeiras consolidadas, são os seguintes:
Não existem responsabilidades assumidas relativamente a esta empresa associada.
7. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
As alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o exercício, mencionadas nas
notas 5, 6 e 7, não produziram efeitos significativos nas demonstrações financeiras
consolidadas.
8. CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Nas Demonstrações consolidadas de posição financeira, às datas de 31 de dezembro de
2013 e 2012, estão incluídos os seguintes instrumentos financeiros:
31.12.2013 31.12.2012
Ativos 16 565 084 18 686 568Passivos 11 328 114 11 586 484Rendimentos e ganhos operacionais 22 631 416 22 919 338Resultado líquido -2 223 794 - 689 936
Activos Activos nãoEmpréstimos registados a Activos abrangidose contas a justo valor por Derivados de disponíveis pela
receber resultados cobertura para venda Sub-total IFRS 7 Total
31.12.2013
Ativos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 1 108 824 1 108 824 1 108 824Outros ativos não correntes 1 072 124 1 072 124 1 696 1 073 820
Ativos correntesClientes 121 013 543 121 013 543 121 013 543Outras dívidas de terceiros 4 151 901 4 151 901 1 413 829 5 565 730Outros ativos correntes 77 618 77 618 13 901 423 13 979 041Caixa e equivalentes de caixa 27 295 811 27 295 811 27 295 811
Total 153 533 379 77 618 1 108 824 154 719 821 15 316 948 170 036 769
37
Os ativos e passivos não abrangidos pela IFRS 7 são constituídos, essencialmente, por saldos a
receber e a pagar ao Estado, saldos a receber e a pagar aos empregados do Grupo e rubricas de
acréscimos e diferimentos.
Não existem saldos compensados de ativos e passivos financeiros.
31.12.2012
Ativos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 1 091 540 1 091 540 1 091 540Outros ativos não correntes 1 387 950 1 387 950 1 696 1 389 646
Ativos correntesClientes 140 918 477 140 918 477 140 918 477Outras dívidas de terceiros 10 452 746 10 452 746 3 349 154 13 801 900Outros ativos correntes 5 612 5 612 12 542 777 12 548 389Caixa e equivalentes de caixa 23 182 513 23 182 513 23 182 513
Total 175 941 686 5 612 1 091 540 177 038 838 15 893 627 192 932 465
Passivos Passivos nãoregistados a Passivos abrangidos
justo valor Derivados de ao custo pelapor resultados cobertura amortizado Sub-total IFRS 7 Total
31.12.2013
Passivos não correntesEmpréstimos bancários - líquidos da parcela corrente 123 145 528 123 145 528 123 145 528Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente 118 908 927 118 908 927 118 908 927Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente 30 153 351 30 153 351 30 153 351Outros empréstimos 2 553 262 2 553 262 2 553 262Outros passivos não correntes 18 803 578 18 803 578 36 954 787 55 758 365
Passivos correntesEmpréstimos bancários 223 859 245 223 859 245 223 859 245Empréstimos obrigacionistas 129 918 927 129 918 927 129 918 927Credores por locações financeiras 5 558 615 5 558 615 5 558 615Outros empréstimos 70 902 123 70 902 123 70 902 123Fornecedores 156 380 414 156 380 414 156 380 414Outros passivos correntes 11 137 917 11 137 917 70 000 068 81 137 985
Total 891 321 887 891 321 887 106 954 855 998 276 742
31.12.2012
Passivos não correntesEmpréstimos bancários - líquidos da parcela corrente 128 275 420 128 275 420 128 275 420Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente 248 344 033 248 344 033 248 344 033Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente 36 192 908 36 192 908 36 192 908Outros empréstimos 78 868 673 78 868 673 78 868 673Outros passivos não correntes 20 896 701 20 896 701 44 044 204 64 940 905
Passivos correntesEmpréstimos bancários 133 186 332 133 186 332 133 186 332Empréstimos obrigacionistas 55 000 000 55 000 000 55 000 000Credores por locações financeiras 4 114 170 4 114 170 4 114 170Outros empréstimos 4 060 098 4 060 098 4 060 098Fornecedores 177 584 402 177 584 402 177 584 402Outros passivos correntes 61 264 8 573 544 8 634 808 77 480 291 86 115 099
Total 61 264 895 096 281 895 157 545 121 524 495 1 016 682 040
38
9. INVESTIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
O montante incluído na rubrica Investimentos em filiais excluídas da consolidação refere-se
à ex-subsidiária Tarnaise des Panneaux, detida indiretamente pela Sonae Indústria, SGPS,
SA em 100% do seu capital. Em 2001, o Grupo Sonae Indústria apresentou em tribunal um
pedido de insolvência desta sociedade, que se encontra a decorrer desde então e que
configura uma situação de perda de controlo da entidade, razão pela qual tem sido excluída
do perímetro de consolidação. A Demonstração consolidada de posição financeira inclui
uma imparidade pelo valor total da participação financeira nesta sociedade.
Os investimentos disponíveis para venda são constituídos por investimentos financeiros que
não cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiárias ou como associadas e
são registados ao custo de aquisição, que se estima não ser materialmente diferente do seu
justo valor. Adicionalmente, incluem uma aplicação num fundo de investimento registada
pelo seu justo valor de 782 077 euros, que foi calculado com base em informação de
mercado (justo valor de nível 1).
Correntes Não correntes Correntes Não correntesInvestimentos em filiais excluídas da consolidação
Saldo inicial 36 969 914 37 054 870Liquidação 84 956Saldo final 36 969 914 36 969 914
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33) 36 969 914 36 969 914Valor líquido dos investimentos em filiais excluídas da consolidação
Investimentos em associadasSaldo inicial 2 262 846 2 296 057Aumento de capital 179 771Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial - 696 160 - 212 982Saldo final 1 566 686 2 262 846
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33)Valor líquido dos investimentos em associadas 1 566 686 2 262 846
Investimentos em associadas e em empresas excluídas da consolidação 1 566 686 2 262 846
31.12.2013 31.12.2012
Correntes Não correntes Correntes Não correntesInvestimentos disponíveis para venda
Saldo inicial 1 107 501 1 085 401Aquisição 94 5 000Variação do justo valor 17 190 17 100Saldo final 1 124 785 1 107 501
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33) 15 961 15 961Valor líquido dos investimentos disponíveis para venda 1 108 824 1 091 540
31.12.2013 31.12.2012
39
10. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por
imparidade acumuladas, foram os seguintes:
À data de 31 de dezembro de 2013, o grupo efetuou uma revalorização de terrenos e
edifícios, cujo valor foi determinado por entidade avaliadora independente. Como
consequência desta revalorização, o valor líquido total dos ativos fixos tangíveis foi
aumentado em 129 856 643 euros. O valor das depreciações do exercício não foi alterado
pela revalorização.
O efeito da revalorização por segmento encontra-se detalhado na nota 44.
Terrenos e edificios
Equipamento Básico Equipamento de transporte
Ferramentas e utensilios
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em
curso
Total ativos fixos tangíveis
Ativo Bruto:Saldo inicial 434 438 870 1 671 554 504 16 350 415 16 194 874 35 099 785 14 753 523 21 760 715 2 210 152 686Investimento 26 573 2 309 792 40 760 58 000 2 290 6 985 19 794 686 22 239 086Desinvestimento 15 504 063 8 501 020 1 899 987 172 134 1 857 481 73 117 28 007 802Revalorização 367 878 974 367 878 974Transferências e reclassificações 618 214 15 747 182 153 034 280 368 375 366 693 772 - 17 646 271 221 665Variações cambiais - 12 162 492 - 45 870 960 - 282 173 - 174 830 - 352 916 - 2 167 - 808 282 - 59 653 820Saldo final 775 296 076 1 635 239 498 14 362 049 16 186 278 33 267 044 15 378 996 23 100 848 2 512 830 789
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:Saldo inicial 165 204 077 1 163 942 606 14 273 345 14 224 444 32 744 799 13 599 488 1 403 988 759Depreciações do exercício 10 191 309 59 374 639 889 056 572 755 817 886 560 175 72 405 820Perdas por imparidade do exercício 14 205 052 27 468 936 67 512 41 741 500Desinvestimento 8 990 698 7 158 017 1 874 622 172 133 1 807 491 73 117 20 076 078Revalorização 238 022 331 238 022 331Reversão de perdas de imparidade 6 734 874 95 721 502 6 736 192Transferências e reclassificações - 1 393 1 321 72 Variações cambiais - 2 994 364 - 24 337 229 - 204 055 - 167 830 - 288 824 - 278 - 27 992 580Saldo final 415 637 707 1 212 554 668 13 083 724 14 457 141 31 466 970 14 085 838 67 512 1 701 353 560
Saldo final líquido 359 658 369 422 684 830 1 278 325 1 729 137 1 800 074 1 293 158 23 033 336 811 477 229
31.12.2013
Terrenos e edificios
Equipamento Básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensilios
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em
curso
Total ativos fixos tangíveis
Ativo Bruto:Saldo inicial 462 786 346 1 765 637 982 16 383 051 17 441 156 39 882 841 14 752 346 31 625 908 2 348 509 630Investimento 360 031 2 715 042 823 514 2 400 23 918 30 786 695 34 711 600Desinvestimento 4 745 821 51 591 866 1 143 276 1 530 702 5 167 039 247 796 64 426 500Transferências e reclassificações - 23 793 662 - 43 456 737 289 432 306 250 351 343 239 469 - 40 803 180 - 106 867 085Variações cambiais - 168 024 - 1 749 917 - 2 306 - 24 230 8 722 9 504 151 292 - 1 774 959Saldo final 434 438 870 1 671 554 504 16 350 415 16 194 874 35 099 785 14 753 523 21 760 715 2 210 152 686
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:Saldo inicial 163 733 552 1 190 133 334 14 194 897 14 961 908 36 765 886 13 301 353 1 433 090 930Depreciações do exercício 11 190 218 62 118 887 1 213 908 823 388 1 116 159 691 819 77 154 379Perdas por imparidade do exercício 14 973 551 31 545 747 2 739 13 607 80 508 2 251 440 48 867 592Desinvestimento 3 482 096 50 160 326 1 118 428 1 530 565 5 129 738 244 382 61 665 535Reversão de perdas de imparidade 3 931 656 1 885 3 933 541Transferências e reclassificações - 21 210 440 - 65 156 180 - 10 418 - 28 982 - 233 783 - 2 251 440 - 88 891 243Variações cambiais - 708 - 607 200 - 17 032 - 20 723 7 867 3 973 - 633 823Saldo final 165 204 077 1 163 942 606 14 273 345 14 224 444 32 744 799 13 599 488 1 403 988 759
Saldo final líquido 269 234 793 507 611 898 2 077 070 1 970 430 2 354 986 1 154 035 21 760 715 806 163 927
31.12.2012
40
O aumento e a reversão de perdas por imparidade registadas em ativos fixos tangíveis,
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, encontram-se detalhados na nota
33.
Durante os exercícios de 2013 e 2012 não foram capitalizados juros suportados e outros
encargos financeiros incorridos, no âmbito das condições definidas na nota 2.9.
Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo tinha hipotecado ativos fixos tangíveis no montante
de 167 568 888 euros (172 775 920 euros em 31 de dezembro de 2012), como garantia de
empréstimos obtidos no montante de 38 799 617 euros (51 984 521 euros em 31 de
dezembro de 2012).
À mesma data, existiam compromissos assumidos para aquisição de elementos do ativo
fixo tangível no montante de 7,3 milhões de euros, que compreendem a instalação de uma
nova linha de melaminas na unidade industrial de Oliveira do Hospital, Portugal.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os ativos fixos tangíveis adquiridas com recurso a
locação financeira apresentavam o seguinte detalhe:
Os pagamentos mínimos de locação financeira são apresentados na nota 25.4
Saldo InicialVariações do Perímetro de Consolidação
Aumento Outras variações
Saldo Final Saldo Final
Ativo Bruto:Terrenos e edificios 34 771 500 34 771 500 34 771 500Equipamento Básico 44 798 579 206 462 45 005 041 44 798 579Equipamento de transporte 5 190 624 - 1 755 028 3 410 318 5 190 624Ferramentas e utensilios 58 000 58 000 Equipamento administrativo 361 017 - 37 747 323 270 361 017Outros activos fixos tangíveis 221 590 - 221 590 Saldo Final 85 121 720 279 590 - 1 807 903 83 568 129 85 121 720
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
Terrenos e edificios 10 628 394 1 461 484 12 089 878 10 628 394Equipamento Básico 21 471 138 2 987 938 - 84 24 458 992 21 471 138Equipamento de transporte 3 487 489 512 130 - 1 688 270 2 286 071 3 487 489Ferramentas e utensilios 6 767 6 767 Equipamento administrativo 215 838 80 791 - 28 082 268 547 215 838Saldo Final 35 802 859 5 049 110 - 1 716 436 39 110 255 35 802 859
Saldo final líquido 49 318 861 - 4 769 520 - 91 467 44 457 874 49 318 861
31.12.2013 31.12.2012
41
11. ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Custos de desenvolvimento
Patentes, Royalties e
outros direitosTotal
Não gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Ativo Bruto:Saldo inicial 190 006 3 553 260 18 030 000 2 393 393 63 454 1 171 470 55 172 1 328 156 18 148 626 8 636 285 26 784 911Variações do perímetro de consolidação - 24 940 - 24 940 - 24 940Investimento 2 307 561 685 997 2 993 558 2 993 558Desinvestimento 418 230 30 031 418 230 30 031 448 261Reavaliação Transferências e reclassificações 535 021 188 803 346 617 - 55 172 - 1 231 076 479 849 - 695 656 - 215 807Variações cambiais - 1 202 - 8 449 - 553 462 - 171 - 553 462 - 9 822 - 563 284Saldo final 188 804 3 519 871 17 593 329 2 551 994 63 454 3 825 648 783 077 17 656 783 10 869 394 28 526 177
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo inicial 98 253 2 919 687 13 989 224 1 685 164 63 454 891 321 14 052 678 5 594 425 19 647 103Variações do perímetro de consolidação - 24 940 - 24 940 - 24 940Amortizações do exercício 39 633 134 098 1 651 906 331 302 136 591 1 651 906 641 624 2 293 530Perdas de imparidade do período Desinvestimento 415 079 24 609 415 079 24 609 439 688Reversão de perdas de imparidade Transferências e reclassificações Variações cambiais - 1 202 - 2 718 - 437 494 9 - 437 494 - 3 911 - 441 405Saldo final 136 684 3 026 127 14 788 557 1 991 866 63 454 1 027 912 14 852 011 6 182 589 21 034 600
Saldo final líquido 52 120 493 744 2 804 772 560 128 2 797 736 783 077 2 804 772 4 686 805 7 491 577
31.12.2013
Programas informáticos Outros ativos intangíveis Ativos intangíveis em curso Total ativos tangíveis
Custos de desenvolvimento
Patentes, Royalties e
outros direitosTotal
Não gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Gerados internamente
Não gerados internamente
Ativo Bruto:Saldo inicial 183 407 3 061 911 17 033 706 2 024 176 63 454 1 848 225 55 172 937 093 17 152 332 8 054 812 25 207 144Variações do perímetro de consolidação Investimento 1 426 540 1 180 390 2 606 930 2 606 930Desinvestimento 19 905 144 257 11 013 1 953 090 144 257 1 984 008 2 128 265Reavaliação Transferências e reclassificações 6 939 512 946 1 242 125 380 284 - 150 206 - 789 327 1 242 125 - 39 364 1 202 761Variações cambiais - 339 - 1 692 - 101 574 - 54 - 101 574 - 2 085 - 103 659Saldo final 190 007 3 553 260 18 030 000 2 393 393 63 454 1 171 469 55 172 1 328 156 18 148 626 8 636 285 26 784 911
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo inicial 58 785 2 894 237 11 509 682 1 287 469 63 454 816 738 11 573 136 5 057 229 16 630 365Variações do perímetro de consolidação Amortizações do exercício 39 807 45 291 2 577 457 398 425 2 577 457 483 523 3 060 980Perdas de imparidade do período Desinvestimento 19 905 770 918 770 20 823 21 593Reversão de perdas de imparidade Transferências e reclassificações - 625 194 74 583 - 625 74 777 74 152Variações cambiais - 339 64 - 96 520 - 6 - 96 520 - 281 - 96 801Saldo final 98 253 2 919 687 13 989 224 1 685 164 63 454 891 321 14 052 678 5 594 425 19 647 103
Saldo final líquido 91 754 633 573 4 040 776 708 229 280 148 55 172 1 328 156 4 095 948 3 041 860 7 137 808
31.12.2012
Total ativos tangíveisProgramas informáticos Outros ativos intangíveis Ativos intangíveis em curso
42
12. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor das propriedades de investimento, bem como nas respetivas depreciações e
perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Os ativos classificados como propriedades de investimentos são constituídos por uma
parcela do terreno e dos edifícios da anterior unidade industrial de Göttingen, na
Alemanha, que foi desativada em 2002. À data de 31 de dezembro de 2013, o justo valor
dos ativos classificados como propriedades de investimento não foi determinado por um
avaliador independente, dado o Grupo estimar que o mesmo não difere significativamente
do montante escriturado na Demonstração consolidada de posição financeira.
Custo Total Custo Total
Ativo Bruto:Saldo inicial 1 667 281 1 667 281 1 667 281 1 667 281Saldo final 1 667 281 1 667 281 1 667 281 1 667 281
Depreciações de Perdas de Imparidade Acumuladas:
Saldo inicial 354 067 354 067 309 808 309 808Depreciações do exercício 44 258 44 258 44 258 44 258Saldo final 398 325 398 325 354 066 354 066
Saldo final líquido 1 268 956 1 268 956 1 313 215 1 313 215
31.12.2013 31.12.2012
31.12.2013 31.12.2012
Rendas de propriedades de investimentos 201 514 247 886Custos operacionais diretos 92 165 181 400
43
13. GOODWILL
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor do goodwill foi o seguinte:
Os testes de imparidade realizados aos montantes registados na rubrica Goodwill, à data de
31 de Dezembro de 2013, consistiram em determinar o valor recuperável através do método
do uso. Para tal, foram efetuadas projeções dos fluxos de caixa operacionais por um
período de 8 anos, para cada unidade geradora de caixa, posteriormente extrapolados
através de uma perpetuidade e atualizados à data de encerramento das presentes
demonstrações financeiras consolidadas. As taxas de desconto utilizadas correspondem às
taxas médias ponderadas do custo do capital (WACC), calculadas através da metodologia
CAPM (Capital Asset Pricing Model) para cada unidade geradora de caixa, antes de
impostos. Estas taxas consideram especificidades do mercado, incorporando diferentes
fatores de risco, bem como as taxas de juro sem risco das Obrigações do Tesouro a 10
anos do país onde a respetiva unidade geradora de caixa se insere.
Os fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui
projeções atualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos ocorridos nos
mercados em que o Grupo atua.
Os montantes registados de Goodwill foram distribuídas pelas diferentes unidades
geradoras de caixa, agregadas em função das sinergias originadas pelas combinações de
negócio respetivas.
31.12.2013 31.12.2012Ativo Bruto:
Saldo Inicial 92 496 051 92 620 183Diminuições 852 508Variações cambiais -2 075 631 - 124 132Saldo Final 89 567 912 92 496 051
Perdas por Imparidade Acumuladas:Saldo InicialAumentos 7 727 749
Saldo Final 7 727 749
Valor líquido 81 840 163 92 496 051
44
31.12.2013
O valor de uso da unidade geradora de caixa Península Ibérica foi calculado em 264 214
758 euros.
31.12.2012
Na sequência dos testes realizados ao montante escriturado na rubrica Goodwill, verificou-
se a existência de imparidade nas unidades geradoras de caixa Península Ibérica e França,
razão pela qual se registou uma perda por imparidade no montante total de 7 727 749
euros, dos quais 1 700 000 euros reduzem o goodwill da primeira e 6 027 749 euros
reduzem o goodwill da segunda.
Goodwill 71 461 306 3 588 414 6 790 443
Taxa de desconto (antes de imposto) 12.65% 9.37% 9.62% 18.86%
Taxa de crescimento da perpetuidade 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%
Taxa de crescimento (CAGR 2013-2021):
Total de rendimentos 1.59% 2.12% 4.24% 3.57%Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 1.04% 1.67% 2.45% 3.57%
Custos fixos 0.51% 0.27% 2.61% 3.15%
Período de projecção dos fluxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos
Conclusões do teste Imparidade Sem Imparidade Imparidade Sem Imparidade
CAGR ‐ Taxa de crescimento média ponderada
CAGR Alemanha exclui componente de produção de aglomerado cru da unidade industrial de Horn.
Península Ibérica Alemanha França África do Sul
Goodwill 73 489 917 3 588 414 6 027 749 9 389 971
Taxa de desconto (antes de imposto) 13.42% 9.43% 9.05% 17.93%
Taxa de crescimento da perpetuidade 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%
Período de projecção dos fluxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos
Conclusões do teste Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade
Península Ibérica Alemanha França África do Sul
45
14. IMPOSTOS DIFERIDOS
O detalhe e movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de
2013 e 2012, de acordo com as diferenças temporárias subjacentes, é o seguinte:
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012Reapresentado Reapresentado
Anulação de Custos Diferidos 102 650 Homogeneização de Amortizações e Depreciaç 47 670 257 57 294 360Provisões não Aceites Fiscalmente 1 046 495 1 811 150 Imparidade de Ativos 3 851 888 1 904 414 Prejuízos Fiscais Reportáveis 21 744 099 16 956 521 Anulação de Ativos Fixos Tangíveis 47 567 50 543 Revalorização de Ativos Fixos tangíveis 23 315 621 887 935Outros Impostos Diferidos 7 313 159 4 221 117 2 572 783 1 890 614
34 003 208 25 046 395 73 558 661 60 072 909
Ativos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos
2013 2012 2013 2012Reapresentado Reapresentado
Saldo inicial 25 046 395 37 874 949 60 072 909 64 298 186
Efeito em resultado:Resultante de alterações nas diferenças temporárias
Homogenização de amortizações e depreciações - 138 000 - 3 561 860 - 1 536 560Provisões não aceites fiscalmente - 401 641 - 101 948 Imparidade de ativos 1 947 474 - 3 792Anulação de ativos fixos tangíveis - 2 976 - 2 975Anulação de custos diferidos - 102 650 Revalorização de ativos fixos tangíveis - 75 751 - 24 525Prejuízos fiscais reportáveis 18 942 108 - 11 518 883 Outros impostos diferidos 3 277 278 - 1 941 673 694 656 - 2 072 723
23 659 593 - 13 707 271 - 2 942 955 - 3 633 808Resultante de alteração de taxa de imposto - 29 530 Subtotal 23 659 593 - 13 707 271 - 2 972 485 - 3 633 808
Efeito em reservas:Itens de Outro Rendimento Integral - 185 237 857 237 37 188 628 - 39 976Efeito de conversão monetária - 363 013 - 116 520 - 6 575 861 - 689 493
Efeito de alteração do perímetro Reclassificação - 14 154 530 138 000 - 14 154 530 138 000
Saldo final 34 003 208 25 046 395 73 558 661 60 072 909
Ativos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos
46
Na sequência da revalorização de terrenos e edifícios referida nas notas 3 e 10, o Grupo
registou um passivo por imposto diferido no montante de 36 685 302 euros.
Simultaneamente, foi registado um ativo por imposto diferido no montante de 14 154 530
euros, tendo em consideração que esta revalorização constitui uma diferença temporária
tributável que justifica a utilização futura dos prejuízos fiscais reportáveis correspondentes.
Em conformidade com o disposto nas Normas Internacionais de Contabilidade / Normas
Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo efetua anualmente uma avaliação dos ativos
por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais reportáveis, tendo por base projeções
de resultados efetuadas para os cinco anos seguintes.
De acordo com a estimativa de resultado fiscal do exercício de 2013 e com as declarações
fiscais do exercício de 2012 das empresas que registam ativos por impostos diferidos
referentes a prejuízos fiscais, os mesmos eram reportados como segue:
2014 3 375 000 843 750 4 575 000 1 143 7502017 3 162 176 948 653 2018 12 048 431 2 361 053 2019 632 230 189 669 2020 12 032 581 3 631 374 5 740 083 1 722 0252021 2 042 580 612 774 710 820 213 2462022 584 146 175 244 2023 15 397 4 619 2024 1 101 121 330 336 2025 15 397 4 619 2026 1 063 331 318 999 2027 15 397 4 619 2028 996 450 298 935 2029 523 923 157 177 2030 402 330 120 699 2031 375 013 112 505
38 385 503 10 115 025 11 025 903 3 079 021
Sem caducidade 87 494 308 25 783 604 46 986 833 13 877 500
Sub-total 125 879 811 35 898 629 58 012 736 16 956 521
Imposto diferido compensado - - 14 154 530
Total 125 879 811 21 744 099
31.12.2013
Caducidade Prejuízo fiscalActivos por impostos
diferidos
31.12.2012
Prejuízo fiscalActivos por impostos
diferidos
47
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os prejuízos fiscais para os quais não
foram registados ativos por impostos diferidos, podem ser detalhados como segue:
Os ativos por impostos diferidos são compensados com o valor dos passivos por impostos
diferidos nas situações em que:
i) A Empresa geradora das respetivas diferenças temporárias tenha capacidade
legal para compensar os saldos ativos com os saldos passivos do imposto sobre
o rendimento corrente; ou
ii) Os ativos e passivos por impostos diferidos apurados estão relacionados com o
imposto sobre o rendimento a pagar à mesma Entidade fiscal:
(a) por uma entidade; ou
(b) por diferentes entidades que pretendem receber/ pagar imposto numa
base líquida
2014 2 320 773 577 990 6 567 087 1 641 7722015 61 813 14 487 65 295 17 3862016 223 477 46 628 55 743 14 6942017 9 189 526 2 774 535 12 443 799 3 722 7252018 120 238 48 598 154 623 40 4952019 88 891 087 26 685 324 90 245 835 27 069 5752020 58 520 943 17 564 360 64 843 584 19 447 0762021 100 429 541 30 147 124 101 765 405 30 523 3302022 8 690 189 2 536 232 8 179 581 2 447 7872023 1 067 531 320 259 1 082 928 324 8782024 18 315 068 5 494 521 19 416 189 5 824 8572025 731 428 219 428 746 825 224 0472026 46 655 781 13 996 735 47 719 111 14 315 7332027 1 557 668 467 301 1 573 065 471 9202028 22 962 888 6 888 867 23 959 338 7 187 8022029 18 845 874 5 653 763 19 369 797 5 810 9392030 28 400 046 8 520 015 2031 9 382 661 2 814 798
416 366 532 124 770 965 398 188 205 119 085 016
Sem caducidade 1 222 094 458 350 072 713 1 209 559 465 358 392 670
Total 1 638 460 990 474 843 678 1 607 747 670 477 477 686
31.12.2013
Caducidade Prejuízo fiscal Crédito de imposto
31.12.2012
Prejuízo fiscal Crédito de imposto
48
15. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros ativos não correntes da
Demonstração consolidada de posição financeira tinha a seguinte composição:
16. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em setembro de 2012, foram classificados como Ativos não correntes detidos para venda
diversos ativos da unidade industrial de Knowsley, Inglaterra, que ficaram disponíveis para
venda na sequência da descontinuação da atividade produtiva nesta unidade industrial, e
em relação aos quais existiam expectativas de realização de uma transação de venda no
período de um ano.
Em outubro de 2012, concretizou-se a venda de parte significativa destes ativos, no
montante de 13 480 671 euros (11 001 576 libras).
À data de 31 de dezembro de 2013, a rubrica Ativos não correntes detidos para venda, da
Demonstração consolidada de posição financeira, apresentava um saldo de 4 318 092
euros (3 600 000 libras), constituído pelos ativos remanescentes da unidade industrial de
Knowsley, para os quais existem perspetivas de concretização de uma transação de venda
a curto prazo.
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Clientes e Outros Devedores 12 003 306 10 931 182 1 072 124 12 319 132 10 931 182 1 387 950Instrumentos Financeiros 12 003 306 10 931 182 1 072 124 12 319 132 10 931 182 1 387 950
Estado e Outros entes Públicos Outros 1 696 1 696 1 696 1 696
Activos não abrangidos pela IFRS 7 1 696 1 696 1 696 1 696
Total 12 005 002 10 931 182 1 073 820 12 320 828 10 931 182 1 389 646
31.12.2013 31.12.2012
31.12.2013 31.12.2012
Não vencido 1 072 124 1 387 950
Total 1 072 124 1 387 950
ANTIGUIDADE DE CLIENTES E OUTROS DEVEDORES NÃO CORRENTES
49
17. INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Inventários da Demonstração consolidada de
posição financeira detalhava-se como segue:
Os inventários do grupo são constituídos, principalmente, por madeira, placas cruas e
revestidas e produtos químicos.
18. CLIENTES
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de Clientes da Demonstração
consolidada de posição financeira podia decompor-se como segue:
31.12.2013 31.12.2012
Mercadorias 8 382 231 8 311 186Produtos acabados e intermédios 48 735 661 50 793 611Produtos e trabalhos em curso 1 846 358 1 412 663Matérias primas, subsidiárias e de consumo 71 333 650 78 299 588
130 297 900 138 817 048Perdas acumuladas em inventários (Nota 33) 6 829 193 8 833 140
123 468 707 129 983 908
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Clientes 145 790 391 24 776 848 121 013 543 166 075 209 25 156 732 140 918 477
31.12.201231.12.2013
31.12.2013 31.12.2012
Não vencido 97 831 427 100 715 057Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 13 552 663 23 537 132 30 - 90 dias 3 685 732 5 864 869
+ 90 dias 3 063 521 2 246 95820 301 916 31 648 959
Vencido com registo de imparidade 0 - 90 dias
90 - 180 dias 2 270 192 12 392 802 180 - 360 dias 1 459 193 7 317 295
+ 360 dias 23 927 663 14 001 09627 657 048 33 711 193
Total 145 790 391 166 075 209
50
19. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outras dívidas de terceiros da Demonstração
consolidada de posição financeira tinha a seguinte decomposição:
A rubrica Outros devedores inclui saldos devedores de fornecedores no montante de 2 590
422 euros.
20. OUTROS ATIVOS CORRENTES
O detalhe da rubrica Outros ativos correntes da Demonstração consolidada de posição
financeira, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o seguinte:
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Outros devedores 4 155 402 3 502 4 151 900 10 468 857 16 111 10 452 746Instrumentos financeiros 4 155 402 3 502 4 151 900 10 468 857 16 111 10 452 746
Outros devedores 1 413 830 1 413 830 3 349 154 3 349 154Activos não abrangidos pela IFRS 7 1 413 830 1 413 830 3 349 154 3 349 154
Total 5 569 232 3 502 5 565 730 13 818 011 16 111 13 801 900
31.12.2013 31.12.2012
31.12.2013 31.12.2012
Não vencido 9 793 38 430
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 1 670 937 6 835 120 30 - 90 dias 1 378 825 2 353 023 + 90 dias 1 095 847 1 242 284
4 145 609 10 430 427
Total 4 155 402 10 468 857
ANTIGUIDADE DE OUTROS DEVEDORES
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Instrumentos derivados (nota 26) 77 618 77 618 5 612 5 612Instrumentos financeiros 77 618 77 618 5 612 5 612
Acréscimo de rendimentos 6 252 674 6 252 674 4 754 959 4 754 959Gastos diferidos 7 648 749 7 648 749 7 787 818 7 787 818
Activos não abrangidos pela IFRS 7 13 901 423 13 901 423 12 542 777 12 542 777
Total 13 979 041 13 979 041 12 548 389 12 548 389
31.12.201231.12.2013
51
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, o Grupo
não detinha quaisquer instrumentos derivados de cobertura de fluxos de caixa. Os
montantes incluídos no quadro anterior referem-se a instrumentos financeiros derivados
registados ao justo valor através de resultados (nota 26).
A rubrica Acréscimo de rendimentos inclui 3,9 milhões de euros de estimativas referentes à
venda de energia elétrica.
A rubrica Gastos diferidos inclui um montante de 6,1 milhões de euros referente à
periodização de gastos com seguros.
21. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (ATIVO CORRENTE)
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Estado e outros entes públicos podia
decompor-se como segue:
22. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica Caixa e equivalentes de caixa da
Demonstração consolidada de posição financeira e da Demonstração consolidada dos
fluxos de caixa era o seguinte:
31.12.2013 31.12.2012
Estado e outros entes públicos:Imposto sobre o rendimento 2 314 236 2 342 037Imposto sobre o valor acrescentado 5 380 631 4 774 949Contribuições para a segurança social 51 724 52 295Outros 2 435 915 957 644
10 182 506 8 126 925
31.12.2013 31.12.2012
Numerário 55 553 64 924Depósitos Bancários e Outras Aplicações de Tesouraria 27 240 258 23 117 589Imparidade em Outras Aplicações de Tesouraria
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Posição Financeira (Instrumentos financeiros) 27 295 811 23 182 513
Descobertos Bancários 9 193 837 40 992 770
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Fluxos de Caixa 18 101 974 - 17 810 257
52
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com
instituições financeiras, incluídos no passivo corrente da Demonstração consolidada de
posição financeira, na rubrica Empréstimos bancários (nota 25.1).
A Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de
2012 inclui, linha a linha, os fluxos da subsidiária Sonae Industria (UK), Ltd, que nesse
exercício foi incluída em Resultados depois de impostos das operações descontinuadas, na
Demonstração consolidada de resultados. O contributo desta subsidiária para os fluxos de
caixa consolidados encontra-se detalhado na nota 42.
23. CAPITAL PRÓPRIO
O capital próprio consolidado é composto pelas seguintes rubricas:
23.1. CAPITAL SOCIAL
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o capital social, integralmente subscrito e realizado,
estava representado por 140 000 000 de ações ordinárias, sem direito a uma remuneração
fixa, com o valor nominal unitário de 5 euros. Nessa data, a sociedade e suas filiais não
detinham quaisquer ações próprias.
23.2. RESERVA LEGAL
A rubrica Reserva legal inclui a reserva da Sociedade-mãe constituída e utilizada nos
termos dos artº. 295 e 296 do Código das Sociedades Comerciais. Esta reserva não pode
ser distribuída aos acionistas, podendo ser incorporada no capital social ou utilizada para
cobrir prejuízos.
23.3. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS ACUMULADOS
A rubrica Outras reservas e resultados acumulados inclui:
- As reservas da Sociedade-mãe e a quota-parte atribuível ao Grupo das reservas das
entidades incluídas na consolidação, constituídas nos termos dos respetivos estatutos ou
por proposta dos respetivos Conselhos de Administração, aprovadas em Assembleia Geral
de Acionistas;
- Os resultados acumulados de exercícios anteriores da Sociedade-mãe e a quota-parte dos
mesmos das entidades incluídas na consolidação, cuja aplicação ainda não foi efetuada;
53
- O resultado líquido do exercício corrente da Sociedade-mãe e a quota-parte dos mesmos
das entidades incluídas na consolidação;
- Os ajustamentos de consolidação a qualquer das componentes anteriores.
23.4. OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL ACUMULADO
A rubrica Outro rendimento integral acumulado tem a seguinte composição:
- A reserva de conversão monetária, resultante da transposição para Euros das
demonstrações financeiras de subsidiárias expressas em moeda funcional diferente;
- A variação do justo valor dos ativos disponíveis para venda (nota 9);
- O saldo de instrumentos financeiros derivados de cobertura (nota 26);
- O efeito da remensuração das obrigações de benefícios definidos (notas 3 e 29);
- Revalorização de ativos fixos tangíveis (notas 3 e 10);
- Os ajustamentos de consolidação a qualquer dos componentes anteriores.
A rubrica Reserva de conversão monetária refere-se, essencialmente, às subsidiárias Tafisa
Canadá, Sonae Industria (UK) e Sonae Novobord.
Conversão monetária
Ativos disponíveis para venda
Reserva de revalorização
Remensurações em planos de
benefícios definidos
Imposto relativo às componentes
de outro rendimento
integral
Total
Saldo em 1 de Janeiro de 2013 2 699 144 93 816 - 4 019 786 - 846 808 - 380 018
Outro rendimento integral consolidado do exercício -19 195 990 - 4 866 128 387 467 821 044 36 946 178 73 061 477
Outros
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 -16 496 846 88 950 128 387 467 -3 198 742 36 099 370 72 681 459
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Conversão monetária
Ativos disponíveis para venda
Reserva de revalorização
Remensurações em planos de
benefícios definidos
Imposto relativo às componentes
de outro rendimento
integral
Total
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 - reapresentado -7 152 005 106 475 - 241 605 39 490 -7 326 625
Outro rendimento integral consolidado do exercício - reapresentado - 890 336 - 12 659 -3 778 181 - 886 298 -3 794 878
Outros 10 741 485 10 741 485
Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - reapresentado 2 699 144 93 816 -4 019 786 - 846 808 - 380 018
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
54
24. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e
2012 foram os seguintes:
25. EMPRÉSTIMOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:
31.12.2013 31.12.2012Reapresentado
Saldo Inicial - 939 705 329 050Resultado do exercício atribuível aos interesses que não controlam - 870 214 -1 175 020Outro rendimento integral do exercício 818 422 - 36 611Outros 196 250 - 57 124
Saldo final - 795 247 - 939 705
Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários 223 859 245 123 145 528 224 851 903 123 649 567Empréstimos obrigacionistas 129 918 927 118 908 927 130 000 000 120 000 000Credores por locações financeiras 5 558 615 30 153 351 5 558 615 30 153 351 -3 228 745Outros empréstimos 70 902 123 2 553 262 71 656 925 2 553 262
Endividamento bruto 430 238 910 274 761 068 432 067 443 276 356 180 -3 228 745
Caixa e equiv. caixa no balanço 27 295 811 27 295 811 Endividamento líquido 402 943 099 274 761 068 404 771 632 276 356 180 - 3 228 745
Endividamento líquido total
31.12.2013
Custo Amortizado Valor nominalAjustamento ao justo valor
677 704 167 681 127 812
Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários 133 186 332 128 275 420 133 311 753 129 230 007Empréstimos obrigacionistas 55 000 000 248 344 033 55 000 000 250 000 001Credores por locações financeiras 4 114 170 36 192 908 4 114 170 36 192 908 -1 038 028Outros empréstimos 4 060 098 78 868 673 4 060 098 79 716 721
Endividamento bruto 196 360 600 491 681 034 196 486 021 495 139 637 -1 038 028
Caixa e equiv. caixa no balanço 23 182 513 23 182 513 Endividamento líquido 173 178 087 491 681 034 173 303 508 495 139 637 - 1 038 028
Endividamento líquido total
31.12.2012
Custo Amortizado Valor nominalAjustamento ao justo valor
664 859 121 668 443 145
55
As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa
anterior, foram as seguintes:
No cômputo destas taxas de juro médias não foram considerados os descobertos bancários,
por imaterialidade dos montantes envolvidos.
O valor incluído na coluna “Ajustamentos ao justo valor” refere-se ao montante que teria que
ser registado no exercício caso as respetivas rubricas estivessem relevadas ao justo valor.
O cálculo deste montante teve em consideração as taxas de juro de mercado aplicáveis
(justo valor de nível 2).
Os empréstimos referidos nos quadros anteriores não incluem empréstimos concedidos por
partes relacionadas que, à data de encerramento das presentes demonstrações financeiras
consolidadas, eram inexistentes.
As maturidades destes financiamentos encontram-se detalhadas na nota 27.
25.1. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
A rubrica Empréstimos bancários (valor nominal) do quadro da nota 25. inclui as rubricas
Empréstimos bancários não correntes- líquidos da parcela corrente, Parcela corrente dos
empréstimos bancários não correntes e Empréstimos bancários correntes da Demonstração
consolidada de posição financeira, e detalhava-se, à data de 31 de dezembro de 2013,
como segue:
2013 2012
Empréstimos bancários 6.8650% 5.1752%
Obrigações 4.0640% 3.2296%
Locações financeiras 10.7560% 10.1960%
Outros 4.7550% 2.7505%
56
Os empréstimos bancários não correntes e a respetiva parcela corrente detalham-se como
segue:
a) Em janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e um
conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, aditado em
setembro de 2010. À data de 31 de dezembro de 2013 existiam emissões de papel
comercial por vencer no montante de 20 000 000 euros (51 000 000 euros em 31 de
dezembro de 2012);
b) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae
Indústria, SGPS, S. A., contraiu um financiamento em ZAR junto do Banco Europeu de
Investimento (com um montante máximo de 247 170 000 ZAR). O empréstimo vence
juros a uma taxa variável e será reembolsado em 14 prestações semestrais, sucessivas
e iguais, vencendo-se a primeira em setembro de 2010. À data de 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 123 585 000 ZAR (8 484 110 euros);
c) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae
Indústria, SGPS, S. A., contraiu um financiamento junto do International Finance
Não corrente
Sociedade Parcela de curto prazo Curto prazo Descobertos
bancáriosSonae Indústria-SGPS,SA 83 409 091 6 969 697 150 500 000 177 247 241 056 035Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos,SL 35 000 000 35 000 000Tafisa Canada Inc. 25 266 797 6 853 124 32 119 921Sonae Novobord (Pty) Ltd 10 724 846 6 472 665 1 273 702 18 471 213Tafisa-Tableros de Fibras, SA 7 000 000 362 403 7 362 403Imoplamac - Gestão de Imóveis, S. A. 4 248 833 2 862 580 7 111 413Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 4 009 046 4 009 046Laminate Park GmbH & Co. 3 145 859 3 145 859Outros 225 580 225 580
123 649 567 23 158 066 192 500 000 9 193 837 348 501 470
31.12.2013
CorrenteTotal
Não corrente
Sociedade Parcela de curto prazo Curto prazo Descobertos
bancáriosSonae Indústria-SGPS,SA 60 378 788 42 969 697 27 500 000 25 046 189 155 894 674Tafisa Canada Inc. 39 314 825 3 846 527 106 477 43 267 829Sonae Novobord (Pty) Ltd 22 420 645 8 438 508 77 467 30 936 620Tafisa-Tableros de Fibras, SA 8 000 000 8 361 119 16 361 119Imoplamac - Gestão de Imóveis, S. A. 7 115 749 1 564 251 77 467 8 757 467Laminate Park GmbH & Co. 3 611 667 3 611 667Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 2 780 658 2 780 658Euroresinas-Indústrias Quimicas,SA 920 083 920 083Outros 11 643 11 643
129 230 007 64 818 983 27 500 000 40 992 770 262 541 760
31.12.2012
CorrenteTotal
57
Corporation (IFC) no montante de 71 800 000 ZAR. O empréstimo vence juros a uma
taxa de mercado e será reembolsado em 16 prestações semestrais, sucessivas e
iguais, vencendo-se a primeira em junho de 2009. À data de 31 de dezembro de 2013, o
valor do empréstimo ascendia a 26 925 000 ZAR (1 848 401 euros);
d) Em fevereiro de 2009 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e
uma instituição financeira portuguesa, num montante de 20 000 000 euros. Este
empréstimo vence juros a uma taxa variável, sendo reembolsado entre 2009 e 2015. À
data de 31 de dezembro de 2013, o valor em dívida era de 4 545 455 euros;
e) Em setembro de 2009, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato para
emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, com um
montante nominal máximo de 40 000 000 euros, aumentado para 65 000 000 euros em
abril de 2013. Este programa venceu em outubro de 2013. A Sonae Indústria, SGPS,
SA celebrou posteriormente um novo contrato para emissão de papel comercial com a
mesma instituição financeira e pelo mesmo montante com maturidade em janeiro de
2014, que foi, nesta data, prorrogado para março de 2014. À data de 31 de dezembro
de 2013, o limite estava a ser totalmente utilizado;
f) Em julho de 2010, foi celebrado pela Tableros de Fibras S.A. um contrato para emissão
de papel comercial, aditado em maio de 2013, tendo em vista a prorrogação do prazo
de vencimento de dezembro de 2013 para dezembro de 2016. O montante nominal
máximo de 7 000 000 euros será reduzido a partir de janeiro de 2014 até à data de
vencimento. Em 31 de dezembro de 2013, o limite estava totalmente utilizado;
g) Em agosto de 2010, a Sonae Industria SGPS, S.A. celebrou um contrato de
financiamento, por um montante de 10.000.000 euros, com uma instituição financeira
portuguesa que vence juros a uma taxa variável e será amortizável entre 2012 e 2015.
Em 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo era de 5 833 333 euros;
h) Em março de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 50 000
000 euros e maturidade em 2015. À data de 31 de dezembro de 2012, este limite estava
a ser completamente utilizado;
i) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no valor
de 81 000 000 de dólares canadianos (CAD), com um sindicato de instituições
financeiras da América do Norte. O financiamento tem um prazo de cinco anos e
subdivide-se em duas partes: a primeira, no valor de CAD 66 000 000, é amortizável ao
58
longo deste período; a segunda, no valor máximo de CAD 15 000 000, apenas se vence
na maturidade do financiamento (revolving). Em junho de 2013, a sociedade procedeu
ao aumento do montante contratado da primeira parte do empréstimo, no montante de
CAD 7 500 000. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor da componente amortizável
do empréstimo ascendia a CAD 42 495 139 (28 965 537 euros), e a componente
revolving do não estava a ser utilizada. Este contrato contempla dois rácios financeiros
calculados com base nas demonstrações financeiras individuais da sociedade: um rácio
de “Passivo Financeiro/ (Capital Próprio + Passivo Financeiro)” e outro de "EBITDA
ajustado/ Serviço da Dívida”. Estes rácios são testados trimestralmente até ao término
do financiamento e o seu incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do
empréstimo;
j) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no valor
de CAD 5 000 000 com uma instituição financeira canadiana. O vencimento do contrato,
que originalmente esta previsto ocorrer em abril de 2016, foi prorrogado para abril de
2017, com inclusão de um período de carência entre julho de 2013, inclusive, e julho de
2014, exclusive. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo era de CAD
3 777 778 (2 575 009 euros). Este contrato contempla um rácio calculado com base nas
demonstrações financeiras individuais da sociedade: “Passivo Financeiro de Médio e
Longo Prazo/ Capital Próprio”. O rácio é testado aquando da publicação das contas
anuais e o seu incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do empréstimo;
k) Em novembro de 2012, a Imoplamac, S. A. contratou um financiamento ,no montante de
8 680 000 euros, junto de uma instituição financeira portuguesa, que vence juros
trimestrais a uma taxa variável e será amortizado trimestralmente entre março de 2013
e março de 2016. O valor em dívida, à data de 31 de dezembro de 2013, era de 7 111
414 euros;
l) Em dezembro de 2012, a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um contrato de
financiamento com uma instituição financeira portuguesa por um montante de 25 000
000 euros, totalmente disponibilizados em março de 2013. Este contrato vence juros a
uma taxa variável e será amortizado entre 2015 e 2018. À data de 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 25 000 000 euros;
m) Em dezembro de 2012, a Sonae Novobord contraiu um financiamento junto de uma
instituição financeira da África do Sul, no montante de 150 000 000 de rands sul-
africanos (ZAR). O empréstimo vence juros a uma taxa de mercado e será reembolsado
em três prestações anuais, sucessivas e iguais, tendo-se vencido a primeira em
dezembro de 2013. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo ascendia
59
a ZAR 100 000 000 (6 865 000 euros). Este contrato contempla três rácios financeiros
calculados com base nas demonstrações financeiras individuais da sociedade: “Passivo
Financeiro Liquido/ EBITDA”, “EBITDA/ Juros” e “Free Cash Flow/ Serviço da Dívida”.
Estes rácios são testados trimestralmente até ao término do financiamento e o seu
incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do empréstimo;
n) Em junho de 2013 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um novo contrato de agência
para emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, com um
montante nominal máximo de 50 000 000 euros, sem garantia de subscrição,
aumentado para 100 000 000 euros em dezembro de 2013. O programa vence-se em
junho de 2018. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do papel comercial emitido
ascendia a 57 500 000 euros;
o) Em junho de 2013 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou dois novos contratos para
emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa. Cada um dos
programas tinha um montante nominal máximo de 25 000 000 euros e venciam-se em
outubro de 2013, tendo um dos programas sido prorrogado para janeiro de 2014 e,
nesta data, novamente prorrogado para abril de 2014. À data de 31 de dezembro de
2013, nenhum valor estava ser tomado;
p) Em novembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA e a Taiber, Tableros Aglomerados
Ibéricos, S.L. celebraram um contrato de financiamento com uma instituição financeira
portuguesa, por um montante máximo de 50 000 000 euros, repartidos em desembolsos
que podem ser efetuados por cada uma das entidades durante o prazo máximo de seis
meses. Este contrato vence juros a uma taxa variável e tem maturidade em outubro de
2014. À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas,
o valor do empréstimo contraído pela Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L.
ascendia a 35 000 000 euros. (Não foram efetuados desembolsos à Sonae Indústria,
SGPS, SA). Este empréstimo tem como garantia penhor das ações da subsidiária
Sonae Novobord.
q) Em novembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato de
financiamento com uma instituição financeira espanhola, por um montante de 13 000
000 euros. Este contrato vence juros a uma taxa variável e será integralmente
amortizado em novembro de 2014. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do
empréstimo era de 13 000 000 euros;
Conforme estabelecido no ponto 1.3 - Exercício de Direito de Voto e Representação de
Acionistas na Assembleia Geral, do Relatório do Governo de Sociedade, em 31 de
dezembro de 2013 existiam financiamentos no montante de cerca de 131 milhões de euros
60
(representando 19,3% do endividamento líquido consolidado), relativamente aos quais os
respetivos credores têm a possibilidade de considerar vencida a divida, no caso de
mudança do controlo acionista.
À data de 31 de Dezembro de 2013 os rácios incluídos nos empréstimos mencionados
anteriormente cumpriam as condições contratualmente estabelecidas.
25.2. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS
a) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de março de 2005,
no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de
8 anos. Os juros foram pagos semestralmente nos dias 31 de março e 30 de setembro de
cada ano. À data de 31 de dezembro de 2013, este empréstimo tinha sido totalmente
amortizado;
b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 – 1ª. emissão, emitido em 28 de
março de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no
final do prazo de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 28 de março e 28 de
setembro de cada ano;
c) Empréstimo obrigacionista 2006/2014 – 2ª. emissão, emitido em 2 de agosto de 2006, no
montante de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 2 de fevereiro e 2 de agosto de
cada ano;
d) Empréstimo obrigacionista 2010/2017, emitido em maio de 2010, no montante de 150
000 000 euros, por subscrição particular e pelo prazo de 7 anos. Em outubro de 2012, o
contrato foi revisto e foi alterado o plano de amortização. O reembolso das obrigações será
efetuado por redução do valor nominal, a partir da oitava data de pagamento de juros, a
ocorrer em 5 de maio de 2014, em 7 prestações semestrais sucessivas, sendo as seis
primeiras no montante de 15 000 000 euros cada uma, e a última no montante de 60 000
000 euros. Os juros são pagos semestralmente nos dias 5 de maio e 5 de novembro de
cada ano;
Os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente vencem juros a uma taxa
variável composta pela Euribor a 6 meses acrescida de um spread.
61
25.3. OUTROS EMPRÉSTIMOS
A rubrica Outros empréstimos do quadro da nota 25 inclui a rubrica Outros empréstimos do
passivo corrente e do passivo não corrente da Demonstração consolidada de posição
financeira e tinha o seguinte detalhe, à data de 31 de dezembro de 2013 e 2012:
a) Em setembro de 2012, a Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A. conjuntamente com as suas
filiais Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S. A.,
Tableros Tradema, S.L, Isoroy S.A.S., Glunz AG, Sonae Tafibra International, B.V. e
Sonae Industria (UK) Limited celebraram junto do Banco ING Belgium SA/NV e da
Finacity Corporation uma operação de securitização de créditos comerciais num
montante máximo de 100 000 000 euros, renovável por períodos de 18 meses e um
prazo máximo de 6 anos. A próxima renovação ocorrerá em março de 2014. Em 31 de
dezembro de 2013, o valor do empréstimo ascendia a 65 394 544 euros.
Sociedade Corrente
Outros Operação securitização Outros
Glunz AG 25 284 859 78 950Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 2 020 724 8 469 207 5 917 577Isoroy SAS 11 629 875Tableros Tradema,S.L. 328 203 11 785 008 163 687Sonae Tafibra International, BV 7 285 746Sonae Industria (UK), Ltd. 939 846Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas,SL 204 335 102 170
2 553 262 65 394 541 6 262 384
31.12.2013
Não corrente
Sociedade CorrenteOperação
securitização Outros Outros
Glunz AG 18 541 795 78 950Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 27 749 559 4 241 538 3 390 461Isoroy SAS 6 854 880 Tableros Tradema,S.L. 9 706 638 492 359 488 599Sonae Tafibra International, BV 8 598 265 Sonae Industria (UK), Ltd. 3 225 429 Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas,SL 306 258 102 088
74 676 566 5 040 155 4 060 098
31.12.2012
Não corrente
62
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos
financeiros, nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco
de crédito associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais,
num montante de 75 997 148 euros, são mantidos no ativo consolidado.
b) Em setembro de 2012, a Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados
de Madeira, S. A celebrou uma operação de factoring de créditos comerciais num
montante máximo de 5 000 000 euros, pelo prazo de um ano, renovável. Em setembro
de 2013, este contrato foi renovado pelo período de um ano. À data 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 3 971 220 euros.
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos
financeiros, nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco
de crédito associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais,
num montante de 4 490 112 são mantidos no ativo consolidado.
O justo valor estimado dos ativos transferidos e dos passivos associados não difere
significativamente dos respetivos valores contabilísticos.
25.4. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Os ativos reconhecidos ao abrigo de contratos de locação financeira são apresentados na
nota 10.
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012
2012 8 623 429 4 114 1702013 9 334 634 9 310 896 5 919 249 6 582 1022014 9 344 678 9 303 918 6 440 158 6 422 6552015 8 610 305 8 538 608 6 285 401 6 235 4782016 6 925 132 6 854 035 5 111 645 5 057 1242017 12 429 887 11 154 117
após 2018 (2017) 841 878 18 393 118 801 396 11 895 54947 486 514 61 024 004 35 711 966 40 307 078
Credores por locação financeira - corrente 5 558 615 4 114 170
Credores por locação financeira - não corrente 30 153 351 36 192 908
Pagamentos mínimosde locação financeira
Valor actual dos pagamentosmínimos de locação financeira
63
25.5. FLUXOS DE CAIXA
Os montantes apresentados nas rubricas Recebimentos provenientes de empréstimos
obtidos e Pagamentos respeitantes a empréstimos obtidos, das atividades de financiamento
da Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, incluem as renovações das emissões de
papel comercial referidas na nota 25.1.
26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:
Derivados ao justo valor através de resultado
São constituídos por derivados de taxa de câmbio (“forwards”), em relação aos quais não foi
aplicada contabilidade de cobertura.
A determinação do justo valor dos “forwards” de taxa de câmbio é efetuado com recurso a
sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e a avaliações externas,
quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos, e teve
por base a atualização, para a data do balanço, do montante a ser recebido/pago na data de
termo do contrato (justo valor de nível 2). O montante de liquidação considerado na
avaliação é igual ao montante na moeda de referência multiplicado pela diferença entre a
taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada à data da
avaliação (taxa de câmbio “forward” determinada entre a data da avaliação e data de
maturidade do contrato, obtida com recurso a informação de mercado).
Os ganhos e perdas correspondentes à variação do justo valor foram registados na rubrica
Ajustamentos para o justo valor de instrumentos financeiros registados ao justo valor
através de resultados (nota 40), a que corresponde um ganho líquido de 354 362 euros
(perda líquida de 2 884 813 euros em 31 de dezembro de 2012).
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012
Derivados ao justo valor através de resultados:"Forwards" de taxa de câmbio 77 618 5 612 61 264
77 618 5 612 61 264
Outros activos correntes Outros passivos correntes
64
Os instrumentos derivados registados ao justo valor através de resultados, detidos pelo
grupo à data de 31 de dezembro de 2013, vencem integralmente durante o exercício de
2014.
Derivados ao justo valor através de reservas
Durante os exercícios de 2013 e 2012 não foram contratados instrumentos financeiros
derivados registados ao justo valor através de reservas.
27. RISCOS FINANCEIROS
27.1. Risco de liquidez
O risco de liquidez descrito na nota 2.24., c), no que diz respeito ao endividamento bruto
referido na nota 26, pode ser analisado como segue:
Maturidade do endividamento bruto (nota 25)
Juro Total
2014 432 067 443 24 496 632 456 564 075
2015 115 967 016 16 669 220 132 636 236
2016 65 581 309 9 434 045 75 015 354
2017 77 604 446 4 557 111 82 161 557
2018 16 297 804 1 450 677 17 748 481
2019 491 111 36 145 527 256
Após 2019 414 494 14 090 428 584
708 423 623 56 657 920 765 081 543
31.12.2013
65
Os valores de juros indicados nos quadros anteriores foram calculados com base nas taxas
de juro em vigor a 31 de dezembro de 2013 e 2012 para cada um dos valores em dívida. O
valor indicado para 2014 (2013) na maturidade do endividamento bruto inclui, para além das
amortizações de dívida programadas, a amortização dos valores considerados no
endividamento de final de 2013 (2012) para os quais o compromisso da dívida é inferior a
um ano.
As maturidades dos restantes instrumentos financeiros estão incluídas nas respetivas notas
explicativas.
Consistentemente com os princípios descritos na nota 2.25 c), a Sonae Indústria concentra
os seus esforços na gestão da dívida que vence em 2014 e 2015, com o objetivo de
proporcionar à sua equipa de gestão a margem necessária para implementar o seu plano
estratégico que, tal como indicado anteriormente ao mercado, procura reduzir o impacto
nocivo da atividade industrial, privilegia as unidades industriais mais rentáveis e busca a
eficiência operacional e a venda de ativos.
Durante o quarto trimestre de 2013, a Sociedade realizou uma análise detalhada da
estrutura de capitais e do perfil de maturidade da dívida, no sentido de identificar
alternativas para alcançar soluções de financiamento de longo prazo, que lhe proporcionem
o tempo necessário à implementação do seu plano estratégico (redução considerável dos
montantes de dívida a serem reembolsados em 2014 e 2015) e que logrem obter o apoio
dos seus parceiros de negócio principais, nomeadamente dos seus acionistas e dos
principais bancos credores.
Maturidade do endividamento bruto (nota 25)
Juro Total
2013 196 486 021 22 394 728 218 880 749
2014 293 495 524 24 935 968 318 431 493
2015 60 096 624 12 934 337 73 030 961
2016 62 434 285 8 706 115 71 140 400
2017 66 725 410 3 880 985 70 606 395
2018 11 147 662 1 276 681 12 424 343
Após 2018 1 240 132 50 236 1 290 368
691 625 658 74 179 050 765 804 709
31.12.2012
66
Como resultado desta análise, estão a decorrer negociações com os três principais bancos
credores com o objetivo de encontrar soluções adequadas ao refinanciamento da dívida
com vencimento ao longo dos próximos anos. Estas negociações poderão resultar numa
extensão do prazo de vencimento da dívida corrente e num refinamento das condições
associadas à mesma que, conjuntamente com outras iniciativas conducentes à melhoria da
estrutura de capitais do grupo, possibilitarão o acesso da Sociedade, no médio prazo, aos
mercados de financiamento bancário e/ou de capitais para refinanciar a sua dívida, se tal for
considerado adequado.
27.2. Risco de mercado
27.2.1. Risco de taxa de juro
Na análise do risco de taxa de juro, descrito na nota 2.24., b), i), foi calculado o efeito que se
teria produzido nos resultados antes de impostos dos exercícios de 2013 e 2012, no caso
de ter ocorrido uma variação de +0,75 pontos percentuais e de -0,75 pontos percentuais em
relação às taxas de juro reais verificadas durante esses exercícios:
Os valores de endividamento bruto incluído no quadro anterior excluem descobertos
bancários e os empréstimos que não estão sujeitos a variação da taxa de juro. O montante
dos depósitos bancários e outras aplicações de tesouraria exclui os depósitos à ordem.
Considerando a Euribor a 6M como indicador de referência para o nível de taxas de juro do
Euro, uma variação de 0,75 pontos percentuais corresponde a 35,7 vezes o desvio padrão
daquela variável em 2013 (2 vezes, em 2012).
0.75% -0.75% 0.75% -0.75%
EUR 644 988 066 -3 590 896 3 590 896 568 279 783 -3 675 179 3 675 179GBP 873 037 - 9 893 9 893 1 896 670 - 52 455 52 455CAD 32 110 269 - 274 683 274 683 42 038 276 - 347 144 347 144ZAR 17 198 270 - 134 698 134 698 30 860 490 - 113 821 113 821
695 169 642 -4 010 170 4 010 170 643 075 218 -4 188 599 4 188 599
EUR 1 428 027 11 497 - 11 497 3 874 033 72 331 - 72 3311 428 027 11 497 - 11 497 3 874 033 72 331 - 72 331
-3 998 673 3 998 673 -4 116 268 4 116 268
Análise de sensibilidade
"Notional" (Euros)
Efeito em resultados (Euros)
Endividamento bruto
Depósitos bancários e outras aplicações de tesouraria
2013
"Notional" (Euros)
Efeito em resultados (Euros)
2012
67
27.2.2. Risco de taxa de câmbio
Em relação ao risco de taxa de câmbio, descrito na nota 2.24, b), ii), foram efetuadas:
a) Análises de sensibilidade aos saldos denominados em moeda diferente da moeda
funcional de cada sociedade incluída na consolidação, considerando uma variação de
+1% e -1% nas taxas de câmbio verificadas no final dos exercícios de 2013 e 2012 de
cada moeda, em relação ao Euro.
i) Empréstimos líquidos de aplicações de tesouraria
A sensibilidade refere-se ao efeito que a variação de -1% e 1% nas taxas de câmbio
verificadas no final dos exercícios de 2013 e 2012 teriam no valor líquido das diferenças
de câmbio incluídas na nota 40.
ii) Os restantes instrumentos financeiros ativos e passivos não contêm saldos
denominados em moeda diferente da moeda funcional da respetiva sociedade que
constituam riscos cambiais relevantes.
b) Análise de sensibilidade aos instrumentos derivados contratados para cobertura do
risco de câmbio identificado no ponto anterior.
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, os
instrumentos financeiros derivados de taxa de câmbio contratados pelo Grupo ascendiam
a montantes irrelevantes (nota 26).
27.2.3. Risco de crédito
No que diz respeito ao risco de crédito, descrito na nota 2.24, a), este encontra-se refletido,
essencialmente, nos montantes escriturados na rubrica Clientes (nota 18). Não se
verificaram diferenças relevantes entre os valores registados nesta rubrica e o respetivo
justo valor estimado.
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012-1% 1% -1% 1%
GBP 17 795 110 13 000 000 21 344 700 15 929 420 - 213 447 213 447 - 159 294 159 294
Análise de sensibilidadeContra-valor em Euros
2012
Montante denominado em moeda estrangeira
2013
68
28. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica Outros passivos não correntes pode ser
detalhada como segue:
A rubrica Outros credores inclui o montante de 18 561 400 euros (20 896 701 euros em 31
de dezembro de 2012) a pagar no âmbito do processo de contra-ordenação instaurado pela
Autoridade da Concorrência Alemã.
A rubrica Outras dívidas a terceiros não correntes inclui o montante de 35 727 688 euros (42
552 874 euros à data de 31 de dezembro de 2012) referentes ao diferimento de
rendimentos com subsídios ao investimento.
31.12.2013 31.12.2012
Empréstimos de partes relacionadas Outros credores 18 803 577 20 896 701
Instrumentos financeiros 18 803 577 20 896 701
Outras dívidas a terceiros 36 954 787 44 044 204Passivos não abrangidos pela IFRS 7 36 954 787 44 044 204
Total 55 758 364 64 940 905
31.12.2013 2015 2016 2017 2018 Total
Maturidade dos Outros Credores não correntes 7 255 897 5 082 216 4 823 210 1 642 254 18 803 577
7 255 897 5 082 216 4 823 210 1 642 254 18 803 577
31.12.2012 2014 2015 2016 2017 Total
Maturidade dos Outros Credores não correntes 2 101 701 6 265 000 6 265 000 6 265 000 20 896 701
2 101 701 6 265 000 6 265 000 6 265 000 20 896 701
69
29. BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO
Diversas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus
empregados prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice,
invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem
numa percentagem crescente em função do número de anos de serviço do trabalhador,
aplicada à tabela salarial negociada anualmente. Existem, ainda, subsidiárias que estão
sujeitas a obrigação legal de pagar aos seus funcionários determinadas prestações
pecuniárias no momento de aposentação dos mesmos.
O valor atual das responsabilidades por benefícios definidos é avaliado anualmente através
de estudos atuariais realizados com base no método “Projected Unit Credit”. Os
pressupostos atuariais utilizados nas avaliações efetuadas em 31 de dezembro de 2013 e
2012, foram os seguintes:
31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12
Tábua de mortalidadeRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GRichttafeln
2005 GTaxa de crescimento salarial 2,0% 0.0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,0% 0,0%Taxa de rendimento do fundo 3,5% 3,8% 3,5% 3,8% 3,5% 3,8% 3,5% 3,8%Taxa técnica atuarial 3,5% 5,0% 3,5% 5,0% 3,5% 5,0% 3,5% 5,0%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75%
AlemanhaGlunz AG GHP GmbH Tool GmbH Impaper
31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12
Tábua de mortalidade PA(90)-2 PA(90) INSEE 2006-2008
INSEE 2006-2008 TV 88/90 TV 88/90
Taxa de crescimento salarial 8,0% 7,7% 2,0% 2,0% 3,0% 3,0%Taxa de rendimento do fundo 9,5% 8,2% - - 3,3% 2,7%Taxa técnica atuarial 9,5% 8,2% 3,0% 2,75% 4,0% 5,5%Taxa de crescimento das pensões 5,3% 5,0% - - 0,0% 0,0%Taxa de crescimento da obrigação por depesas de saúde 1,2% 0,0%
África do Sul França Portugal
70
Os planos de benefícios, constituídos em exercícios anteriores por diversas sociedades do
Grupo, são os seguintes:
África do Sul:
A Sonae Novobord (PTY) Ltd. dispõe do seguinte esquema de benefícios pós-emprego
aos seus colaboradores:
Plano de contributos definidos, que compreende um conjunto de ativos afetos a
um fundo gerido por entidade terceira. A obrigação da sociedade consiste na
entrega ao fundo das contribuições definidas. Durante o exercício foi reconhecido
na rubrica Gastos com o pessoal, da Demonstração consolidada de resultados, o
montante de 511 710 euros. À data de 31 de dezembro de 2013 não existiam
contribuições devidas e não pagas ao fundo;
Plano de benefícios definidos, com fundo constituído, gerido por entidade terceira,
nos termos da legislação sul-africana sobre fundos de pensões. O valor presente
do passivo por benefícios definidos é calculado de acordo com a Norma
Internacional de Contabilidade nº. 19, tendo em consideração a legislação
aplicável, com recurso a estudos atuariais realizados por entidade independente.
Este plano compreende responsabilidades por pensões de reforma por velhice,
pensões por morte em serviço e pensões de sobrevivência (pensões pagas ao
cônjuge sobrevivo).
Esquema de comparticipação em despesas de saúde realizadas após a data de
reforma dos colaboradores abrangidos, segundo o qual a empresa comparticipará
50% das despesas de saúde elegíveis.
A taxa técnica atuarial de 9,5%, utilizada no cálculo da responsabilidade por
benefícios definidos da Sonae Novobord (Pty) Ltd, corresponde à taxa de
rendimento das obrigações governamentais sul-africanas de cupão zero com
vencimento correspondente à duração média estimada do passivo por benefícios
definidos. Esta taxa de retorno foi obtida a partir da curva de rendimento das
obrigações governamentais sul-africanas de cupão zero, publicada pela “Bond
Exchange of South Africa”, tendo em consideração que o mercado de obrigações
corporativas não está suficientemente desenvolvido neste país.
A duração média estimada do passivo por benefícios definidos registado pela
Sonae Novobord (Pty) Ltd é de 16,9 anos.
71
De acordo com o estudo atuarial efetuado em 31 de dezembro de 2013, o valor do
passivo por benefícios definidos ascendia a 851 535 euros.
Alemanha:
A Glunz AG, a GHP GmbH, a Tool GmbH e a Impaper Europe GmbH & Co. KG dispõem
de planos de benefícios definidos, com fundo constituído, calculado de acordo com a
Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em estudos atuariais levados a
cabo por entidade independente.
A taxa técnica atuarial de 3,5%, utilizada no cálculo das responsabilidades por benefícios
definidos das subsidiárias alemãs, corresponde à taxa média ponderada obtida por
aplicação da curva de rendimento de obrigações corporativas de elevada qualidade, que
é calculada a partir da informação publicada pela Bloomberg sobre obrigações
corporativas com nível de “rating” de pelo menos AA conferido por pelo menos uma das
principais agências internacionais de “rating”.
A duração média do passivo por benefícios definidos registado é a seguinte:
- Glunz AG: 11,64 anos;
- GHP GmbH: 21,74 anos;
- Tool GmbH: 18,45 anos;
- Impaper Europe GmbH & Co. KG: 22,89 anos.
De acordo com os estudos atuariais realizados à data de 31 de dezembro de 2013, o
valor dos passivos por benefícios definidos destas sociedades ascendia a 20 941 758
euros.
França:
A Isoroy SAS e a Darbo SAS, SA estão obrigadas a pagar, no momento de reforma dos
seus colaboradores, uma quantia definida nos termos do acordo coletivo de trabalho do
setor.
A taxa técnica atuarial de 3%, utilizada no cálculo da responsabilidade por benefícios
definidos das subsidiárias francesas, corresponde à taxa de retorno de obrigações
corporativas com classificação de risco AA e vencimento a mais de 10 anos, do índice
Markit iBoxx.
A duração média do passivo por benefícios definidos registado é a seguinte:
- Isoroy SAS: 11,1 anos;
- Darbo SAS: 10,2 anos.
72
A responsabilidade das duas sociedades foi avaliada por estudo atuarial efetuado à data
de 31 de dezembro de 2013 e ascendia a 1 279 800 euros.
Portugal:
Diversas sociedades do Grupo dispõem de um plano de benefícios definidos, com fundo
constituído, gerido por entidade terceira e calculado de acordo com a Norma
Internacional de Contabilidade nº 19, com base em estudos atuariais levados a cabo por
entidade independente. Estão abrangidos os trabalhadores de seis sociedades
contratados até 31 de dezembro de 1994 que, a partir do momento da reforma e até ao
termo da vida, receberão mensalmente uma renda correspondente a 20% do seu salário
à data de reforma. Os trabalhadores abrangidos têm a possibilidade de optar pelo
recebimento de uma quantia no momento de reforma, em alternativa à renda mensal.
A taxa técnica atuarial de 4%, utilizada no cálculo da responsabilidade por benefícios
definidos das subsidiárias portuguesas, foi obtida a partir das curvas de rendimento das
obrigações corporativas de cupão zero de elevada qualidade, da zona euro, acrescida de
um spread, determinado com base no índice iTraxx Europe Main.
A duração média estimada do passivo por benefícios definidos registado pelas
subsidiárias portuguesas é de 20 anos.
Com base no estudo atuarial efetuado em 31 de dezembro de 2013, o passivo por
benefícios definidos ascendia a 2 578 735 euros.
O principal risco a que estes planos de benefícios definidos expõem o Grupo é o risco de
liquidez. À data de 31 de dezembro de 2013, os ativos afetos aos planos representavam
21,9% (20,8% em 31 de dezembro de 2012) da obrigação de benefícios definidos. Este
risco é, contudo, mitigado pelo facto de as obrigações de benefícios definidos do Grupo
terem um prazo médio de vencimento bastante longo, e pelo facto de os trabalhadores
abrangidos não reterem direito aos benefícios no caso de cessarem a relação de trabalho
com o Grupo.
O movimento ocorrido nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 no valor
presente das obrigações de benefícios definidos pode ser decomposto como segue:
73
ND – não disponível.
Durante os exercícios de 2013 e 2012, o justo valor dos ativos dos planos registou os
seguintes movimentos:
Os ativos afetos aos planos de benefícios definidos não incluem ativos mobiliários da
Sociedade e suas subsidiárias nem ativos ocupados ou utilizados pelo Grupo.
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, o valor das responsabilidades por benefícios
definidos reconhecidos na Demonstração consolidada de posição financeira é detalhado
como segue:
ReapresentadoPlano sem
fundo constituído
Plano com fundo
constituídoTotal
Plano sem fundo
constituído
Plano com fundo
constituídoTotal
(+) Saldo inicial do valor presente das obrigações de benefícios definidos 2 405 594 32 623 748 35 029 342 2 285 158 29 130 162 31 415 320(+) Custo de juros 113 978 1 375 759 1 489 737 141 280 1 569 098 1 710 378(+) Custo do serviço corrente 85 942 435 792 521 734 73 866 427 174 501 040(+) Perdas / (Ganhos) atuariais, dos quais: - 72 433 - 957 291 -1 029 724 71 566 3 577 494 3 649 060
Resultantes de alterações de pressupostos financeiros - 193 883 252 855 58 972 ND ND ND Resultantes de alterações de pressupostos demográficos 74 141 191 341 265 482 ND ND ND
(+) Custos reconhecidos por serviços passados - 21 070 - 290 906 - 311 976 - 131 245 - 131 245(-) Pensões pagas 120 640 1 939 680 2 060 319 100 008 1 636 397 1 736 405(+) Atualização cambial - 260 038 -1 201 971 -1 462 009 - 66 268 - 312 536 - 378 804
(=) Saldo final do valor presente das obrigações de benefícios definidos 2 131 335 30 045 451 32 176 785 2 405 594 32 623 749 35 029 344
31.12.2013 31.12.2012
31.12.2013 31.12.2012Reapresentado
(+) Saldo inicial do justo valor dos ativos do plano 7 349 940 6 210 537(+) Contribuição para os ativos do plano, das quais: 696 876 694 699
Empregados 24 583 99 614 Empregador 672 293 595 086
(+) Remensurações 811 502 962 378(-) Pagamento de pensões 629 855 292 548(+) Atualização cambial - 1 167 623 - 225 303
(=) Saldo final do justo valor dos ativos do plano 7 060 839 7 349 763
31.12.2013 31.12.2012Reapresentado
(+) Valor presente das obrigações de benefícios definidos 32 176 785 35 029 344(-) Justo valor dos ativos do plano 7 060 839 7 349 763(+) Limite máximo dos ativos 535 882(=) Passivo de benefícios definidos 25 651 828 27 679 582
74
O efeito destas responsabilidades na rubrica Gastos com pessoal das Demonstrações
consolidadas de resultados dos exercícios de 2013 e 2012 é o seguinte:
A sensibilidade da obrigação por comparticipação em despesas de saúde pode ser
analisada como segue:
A base de valorização refere-se à taxa de crescimento da obrigação, incluída nos pressupostos
atuariais divulgados anteriormente.
A sensibilidade da obrigação por benefícios definidos, excluindo o esquema de
comparticipação em despesas de saúde, é a seguinte:
A base de valorização refere-se à taxa técnica atuarial incluída nos pressupostos atuariais
divulgados anteriormente.
31.12.2013 31.12.2012Reapresentado
(+) Custo de juros 1 489 737 1 649 469(+) Custo do serviço corrente 521 734 493 309(+) Custos reconhecidos por serviços passados - 311 976 - 131 245(+) Contribuições dos empregados - 24 583 - 37 897(+) (Aumento) / diminuição do justo valor nos ativos do fundo - 422 820 - 414 462
1 252 092 1 559 174
- 1,0 pp Base de valorização + 1,0 pp - 1,0 pp Base de
valorização + 1,0 pp
-1,0% 0,0% +1,0% -1,0% 0,0% +1,0%
Obrigação por benefícios definidos 971 329 851 466 752 129 1 281 282 1 122 151 984 411
20122013
2013
-0,5 ppBase de
valorização +0,5 p
Obrigação por benefícios definidos 33 628 220 31 325 319 29 233 630
75
A alteração de política contabilística referida na alínea a) da nota 3 teve os seguintes efeitos na
Demonstração consolidada de posição financeira à data de 31 de dezembro de 2012:
30. FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Fornecedores, da Demonstração
consolidada de posição financeira, apresentava as seguintes maturidades:
31. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVO CORRENTE)
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Estado, incluída no passivo corrente,
apresentava a seguinte decomposição:
Reapresentado Publicado Diferença(a) (b) (a) - (b)
Ativos por impostos diferidos 25 046 395 24 189 158 857 237Total do ativo 1269 874 674 1269 017 527 857 147
Outro rendimento integral acumulado - 380 018 2 792 960 -3 172 978Interesses que não controlam - 939 705 - 900 628 - 39 077Total do capital próprio 131 945 011 135 157 066 -3 212 055
Benefícios pós-emprego 27 679 582 23 610 290 4 069 292Total do passivo 1269 874 764 1269 017 527 857 237
31.12.2013 31.12.2012
A Pagar a < 90 dias 152 855 419 176 272 220 90 - 180 dias 2 069 288 1 287 393 > 180 dias 1 455 707 24 789
156 380 414 177 584 402
MATURIDADE DE FORNECEDORES
31.12.2013 31.12.2012
Estado e outros entes públicosImposto sobre o rendimento 3 005 507 1 576 844Imposto sobre o valor acrescentado 2 808 408 4 391 247Contribuições para a segurança social 4 348 791 4 911 613Outros 2 096 325 3 223 897
12 259 031 14 103 601
76
32. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros passivos correntes pode ser
detalhada como segue:
31.12.2013 31.12.2012
Accionistas 20 334 20 334Instrumentos financeiros derivados 61 264Fornecedores de ativos fixos tangíveis 4 149 672 2 875 665Outros credores 6 967 919 5 677 545
Instrumentos financeiros 11 137 925 8 634 808Outros credores 1 882 693 1 669 098Custos a pagar: Seguros 194 182 628 951 Custos com o pessoal 16 516 517 24 677 139 Encargos financeiros 7 048 783 5 024 275 Descontos de quantidade 17 312 464 15 882 431 Fornecimentos e serviços externos 10 529 871 13 057 777 Outros 8 127 030 8 577 830Proveitos diferidos: Subsídios ao investimento 7 604 044 7 813 852 Outros 784 477 148 938
Passivos não abrangidos pela IFRS 7 70 000 061 77 480 291
Total 81 137 986 86 115 099
31.12.2013 < 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias Total
Maturidade dos Fornecedores de ativos fixos tangíveis correntes 3 481 071 242 345 426 256 4 149 672
Maturidade dos Outros Credores correntes 6 704 969 31 887 231 063 6 967 919
10 186 040 274 232 657 319 11 117 591
31.12.2012 < 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias Total
Maturidade dos Fornecedores de ativos fixos tangíveis correntes 2 873 811 1 854 2 875 665
Maturidade dos Outros Credores correntes 4 745 901 506 650 424 994 5 677 545
7 619 712 508 504 424 994 8 553 210
77
33. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas, durante os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foi o seguinte:
Na Demonstração consolidada de posição financeira, as perdas por imparidade são
deduzidas ao valor do correspondente ativo.
Variação OutrasDescrição cambial Aumento Utilização Reversão Variações
Perdas por imparidade:Ativos fixos tangíveis 32 922 834 41 741 500 6 736 192 1 445 529 69 373 671Goodwill 7 727 749 7 727 749Ativos intangíveis 19 242 19 242Outros ativos não correntes 10 931 182 10 931 182Clientes 25 156 732 - 767 287 4 557 159 2 204 475 - 1 965 281 24 776 848Outras dívidas de terceiros 16 111 - 12 609 3 502Subtotal perdas por imparidade 69 046 101 - 767 287 54 026 408 8 940 667 - 532 361 112 832 194
Provisões:Processos judiciais em curso 2 150 693 126 114 187 000 - 26 529 2 063 278Garantias a clientes 690 770 - 362 42 611 647 797Restruturações 10 911 412 - 85 774 86 800 8 464 460 1 885 430 562 548Outras 5 638 746 - 6 025 91 458 4 234 448 3 994 190 5 483 921Subtotal provisões 19 391 621 - 92 161 304 372 12 928 519 1 885 430 3 967 661 8 757 544
Subtotal perdas por imparidade e provisões 88 437 722 - 859 448 54 330 780 12 928 519 10 826 097 3 435 300 121 589 738
Outras perdas:Investimentos 36 985 875 36 985 875
Ajuste ao valor realizável líquido dos inventários 8 833 140 - 77 864 4 889 219 5 921 981 - 893 321 6 829 193Total 134 256 737 - 937 312 59 219 999 12 928 519 16 748 078 2 541 979 165 404 806
31.12.2013
Saldo inicial Saldo final
Variação Variação OutrasDescrição cambial de perímetro Aumento Utilização Reversão Variações
Perdas por imparidade:Ativos fixos tangíveis 33 529 610 30 788 48 867 592 3 933 541 - 45 571 615 32 922 834Ativos intangíveis 19 242 19 242Outros ativos não correntes 10 931 182 10 931 182Clientes 23 911 465 - 199 079 9 497 471 4 265 976 - 3 787 149 25 156 732Outras dívidas de terceiros 19 628 - 3 517 16 111Subtotal perdas por imparidade 68 411 127 - 168 291 58 365 063 8 199 517 - 49 362 281 69 046 101
Provisões:Processos judiciais em curso 8 445 337 273 173 2 005 808 2 719 741 - 1 842 268 2 150 693Garantias a clientes 858 616 151 18 913 62 000 124 910 690 770Restruturações 745 571 - 16 548 14 556 730 4 321 691 52 650 10 911 412Outras 4 481 993 5 923 2 361 638 1 123 161 34 556 - 53 091 5 638 746Subtotal provisões 14 531 517 - 10 474 17 210 454 7 512 660 2 931 857 - 1 895 359 19 391 621
Subtotal perdas por imparidade e provisões 82 942 644 - 178 765 75 575 517 7 512 660 11 131 374 - 51 257 640 88 437 722
Outras perdas:Investimentos 37 005 998 - 20 123 36 985 875Ajuste ao valor realizável líquido dos inventários 7 836 654 - 13 224 7 031 388 5 638 036 - 383 642 8 833 140
Total 127 785 296 - 191 989 82 606 905 7 512 660 16 769 410 - 51 661 405 134 256 737
2012
Saldo inicial Saldo final
78
Os aumentos e utilizações/reversões de provisões e perdas por imparidade encontram-se
incluídos nas seguintes rubricas da Demonstração consolidada de resultados:
Perdas por imparidade
Na coluna “Outras variações” são incluídos os movimentos de perdas por imparidade
efetuados na sequência da alienação ou abate dos ativos com os quais estão relacionadas.
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos registados em perdas
por imparidade detalham-se como segue:
- O aumento de perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis diz respeito,
essencialmente, a ativos localizados em Portugal, Espanha, França e Alemanha,
em relação aos quais foram realizados testes de imparidade individuais;
- A reversão de perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis diz respeito a
ativos localizados em Portugal e Espanha, em relação aos quais foram realizados
testes de imparidade individuais;
- O aumento de perdas por imparidade em goodwill diz respeito às unidades
geradoras de caixa localizadas em França (6 027 024 euros) e na Península
Ibérica (1 700 000 euros).
Provisões
À data de 31 de dezembro de 2013, os saldos de provisões podiam decompor-se como
segue:
Provisões para processos judiciais em curso: inclui, designadamente, uma
estimativa de compensação a ex-trabalhadores, no âmbito de anteriores processos
de reestruturação, no montante de 1 313 mil euros. Não é possível estimar o
período em que estas provisões serão utilizadas.
Perdas Ganhos Total Perdas Ganhos Total
Custo das vendas 1 417 373 2 094 676 - 677 303 2 367 053 2 023 877 343 176Variação da produção 3 471 846 3 827 304 - 355 458 3 692 864 3 417 048 275 816
Provisões e perdas por imparidade 54 288 169 22 404 744 31 883 425 27 715 417 14 531 302 13 184 115Gastos com pessoal 42 611 1 349 873 - 1 307 262
Total (Demonstração Consolidada de Resultados) 59 219 999 29 676 597 29 543 402 82 606 905 24 282 070 58 324 835
2013 2012
79
Outras Provisões: inclui, nomeadamente, 1 401 mil euros, estimado para fazer face
a responsabilidades de natureza ambiental, 2 934 mil euros, para responsabilidades
por outros benefícios de longo prazo a empregados (prémios de antiguidade que
não configuram planos de benefícios definidos), e 761 mil euros para
responsabilidades por impostos. Não é possível estimar o período em que estas
provisões serão utilizadas.
Durante o exercício, não foram registados montantes significativos relativos à contabilização
de provisões pelo valor atual das responsabilidades estimadas.
A rubrica Provisões e perdas por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados,
encontra-se detalhada por segmento geográfico na nota 44.
34. LOCAÇÕES OPERACIONAIS
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012 o Grupo detinha contratos irrevogáveis de
locação operacional cujas rendas vencem como segue:
Durante o exercício de 2013, o Grupo registou na rubrica Fornecimentos e serviços
externos, da Demonstração consolidada de resultados, rendas referentes a contratos de
locação operacional no montante de 7 956 mil euros (8 828 mil euros no exercício de 2012).
31.12.2013 31.12.2012
2013 5 253 3142014 4 669 076 3 783 2912015 2 302 536 2 003 8122016 1 364 308 1 206 1852017 560 910 486 9932018 115 859
Após 2018 (2017) 16 366 279 211 9 029 055 13 012 806
Pagamentos mínimosde locação operacional
80
35. PARTES RELACIONADAS
35.1. Os saldos e transações registados durante o exercício com entidades relacionadas,
podem ser resumidos como segue:
35.2. A remuneração dos membros do Conselho de Administração da Sociedade pode ser
decomposto como segue:
O valor de benefícios de médio prazo referente ao exercício de 2013, incluído no quadro
anterior, refere-se ao valor registado na rubrica Gastos com pessoal que diz respeito aos
elementos do Conselho de Administração.
À data de 31 de dezembro de 2013 não havia benefícios pós-emprego atribuídos aos
membros do Conselho de Administração da Sociedade.
35.3. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade registou nas
presentes demonstrações financeiras consolidadas os seguintes honorários pagos à
sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC,
Lda e respetiva rede internacional:
Saldos
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012
Outras filiais da empresa-mãe 284 452 389 944 1 561 097 1 658 251
Empreendimentos conjuntos 116 434 252 425 307 807 303 707
Contas a receber Contas a pagar
Transações
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012
Outras filiais da empresa-mãe 1 184 444 1 144 612 7 347 030 7 428 946
Empreendimentos conjuntos 3 744 862 4 711 949 5 656 688 8 344 364
GastosRendimentos
31.12.2013 31.12.2012
Benefícios de curto prazo 1 398 573 1 431 501Benefícios de médio prazo 42 400 46 224
1 440 973 1 477 725
81
36. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica Outros rendimentos e ganhos, da Demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2013 e 2012, detalha-se como segue:
A rubrica Restituição de impostos inclui 4,6 milhões de euros de recuperação de impostos
incorridos aquando do consumo de gás e eletricidade (registados na rubrica Fornecimentos
e Serviços Externos), e reembolsados em função dos indicadores de eficiência energética
verificados.
37. OUTROS GASTOS E PERDAS
A rubrica Outros gastos e perdas, da Demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2013 e 2012, tem a seguinte composição:
38. GASTOS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Durante o exercício de 2013, o Grupo registou em diversas rubricas da Demonstração
consolidada de resultados, gastos em investigação e desenvolvimento no montante de 1
048 458 euros (1 260 963 euros no exercício de 2012).
31.12.2013 31.12.2012
Honorários totais referentes à revisão legal das contas anuais 400 124 403 905Honorários totais referentes a outros serviços de garantia de fiabilidade 35 840 36 808Honorários totais referentes a outros serviços de consultoria fiscal
435 964 440 713
31.12.2013 31.12.2012Ganhos na alienação de investimentos não correntes 66 515 98 948Ganhos na alien. e abate de prop. invest., ativos tang. e intang. 1 754 975 372 692Rendimentos suplementares 9 655 118 10 357 713Subsídios ao investimento 7 186 656 11 151 058Restituição de impostos 5 105 618 4 382 222Diferenças de câmbio favoráveis 1 871 261 1 602 814Outros 3 224 319 6 434 804
28 864 462 34 400 251
31.12.2013 31.12.2012Impostos 7 185 969 5 840 832Perdas na alienação de investimentos não correntes 852 507 72 585Perdas na alien. e abate de prop. invest., ativos tang. e intang. 1 536 092 2 839 663Diferenças de câmbio desfavoráveis 2 805 662 2 241 429Outros 1 990 177 3 092 401
14 370 407 14 086 910
82
39. RUBRICAS OPERACIONAIS RECORRENTES E NÃO RECORRENTES
As rubricas de natureza operacional da Demonstração consolidada de resultados
apresentam a seguinte decomposição quanto à sua recorrência:
40. RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos exercícios de 2013 e 2012 têm a seguinte composição:
31.12.2013 31.12.2013 312.12.2013 31.12.2012 31.12.2012 31.12.2012Recorrente Não recorrente Total Recorrente Não recorrente Total
Vendas 1227 148 384 581 162 1227 729 546 1316 690 424 - 1316 690 424Prestação de serviços 3 826 375 - 3 826 375 4 339 792 - 4 339 792Outros rendimentos e ganhos 25 921 670 2 942 792 28 864 462 29 783 632 4 616 619 34 400 251Custo das vendas (645 570 401) 99 215 (645 471 186) (679 064 964) - (679 064 964)Variação da produção 1 053 238 ( 751 267) 301 971 1 496 556 - 1 496 556Fornecimentos e serviços externos (332 516 969) (4 551 244) (337 068 213) (356 731 051) ( 435 521) (357 166 572)Gastos com o pessoal (185 707 130) (10 513 413) (196 220 543) (202 350 270) (2 033 223) (204 383 493)Perdas por imparidade em clientes (aumentos/reduções) (2 352 684) - (2 352 684) (5 177 984) ( 90 074) (5 268 058)Outros gastos e perdas (11 558 260) (2 812 147) (14 370 407) (9 956 210) (4 130 700) (14 086 910)
Resultado operacional antes de amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade (exceto clientes) 80 244 223 (15 004 902) 65 239 321 99 029 925 (2 072 899) 96 957 026
Reapresentado
Gastos financeiros:Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários 19 005 011 15 069 447relativos a obrigações não convertiveis 11 144 110 10 720 660relativos a contratos de locação financeira 3 860 246 4 032 610outros 2 729 896 1 990 622
36 739 263 31 813 339Diferenças de câmbio desfavoráveis
relativas a empréstimos 3 745 718 6 809 577 3 745 718 6 809 577
Descontos de pronto pagamento concedidos 15 951 091 16 009 211Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 240 986 9 800 890Outros gastos e perdas financeiros 6 932 974 6 605 924
63 610 032 71 038 941
31.12.2013 31.12.2012
Rendimentos financeiros:Juros obtidos
relativos a depósitos bancários 34 023 574 524relativos a empréstimos a empresas relacionadas 128 992relativos a empréstimos a operações descontinuadas 2 402 363outros 118 060 345 218
152 083 3 451 097Diferenças de câmbio favoráveis
relativas a empréstimos 3 393 729 7 267 571 3 393 729 7 267 571
Descontos de pronto pagamento obtidos 803 229 759 423Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 595 348 6 916 077Outros rendimentos e ganhos financeiros 91 798 1 848 009
5 036 187 20 242 177
Resultados financeiros - 58 573 845 - 50 796 764
83
41. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios de 2013 e 2012 são
detalhados como segue:
A reconciliação do resultado consolidado antes de impostos das operações que continuam
com o imposto sobre o rendimento do exercício consolidado pode ser apresentada da
seguinte forma:
31.12.2013 31.12.2012
Imposto corrente 7 243 170 5 554 539Imposto diferido - 26 632 078 10 073 463
- 19 388 908 15 628 002
31.12.2013 31.12.2012
Resultado antes de imposto das operações que continuam -98 305 038 -39 212 302
Taxa imposto 25.00% 25.00%
Imposto expectável a 25% -24 576 261 -9 803 076
Difª. em taxas de imposto estrangeiras (+) -6 459 603 -4 395 419
Efeito de impostos provinciais/municipais (+) 868 034 488 655
Ajustamentos de consolidação (-) -3 313 554 3 267 143
Diferenças permanentes Custos não dedutíveis (+) 5 756 854 5 159 895 Proveitos não tributados (-) 1 131 598 874 706
Prejuízos fiscais reportáveis Ativo por imposto diferido registado, sobre prejuízos fiscais de exercícios anteriores (+) -4 123 937 Ativo por imposto diferido não registado (não conformidade IAS 12) (-) -6 423 428 -17 050 828 Utilização de prejuízos fiscais reportáveis cujo imposto diferido não foi registado em exercícios anteriores (+) - 621 598 - 411 076 Imposto diferido revertido (+) 1 474 000 9 616 397
Passivo por imposto diferido referente a depreciações compensado (-) 1 747 813 107 988
Efeito de alteração das taxas de imposto (+) 135 747
Outros (+) 1 300 285 1 955 659
Imposto sobre o rendimento -19 388 908 15 628 002
84
42. RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, os resultados da subsidiária Sonae
Industria (UK), Ltd passaram a ser incluídos na rubrica Resultados depois de Impostos das
operações descontinuadas, da Demonstração consolidada de resultados, na sequência da
descontinuação da atividade produtiva na unidade industrial de Knowsley, Inglaterra. Esta
rubrica apresenta o seguinte detalhe:
Os fluxos de caixa referentes às operações descontinuadas incluídos linha a linha na
Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de
2012, detalham-se da seguinte forma:
31.12.2012
Vendas 24 655 551Prestações de serviços 850 424Outros rendimentos e ganhos 25 749 830Custo das vendas 13 506 940Variação da produção 1 975 672Fornecimentos e serviços externos 12 250 156Gastos com o pessoal 14 131 917Amortizações e depreciações 2 936 231Provisões e perdas por imparidade (aumentos / reduções) 43 747 367Outros gastos e perdas 3 307 438
Resultado operacional - 40 599 916
Gastos financeiros 5 017 199Rendimentos financeiros 405 520Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos das operações descontinuadas - 45 211 595
Imposto sobre o rendimento Resultado líquido das operações descontinuadas - 45 211 595
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe - 44 661 686Interesses que não controlam - 549 909
31.12.2012
Actividades operacionais 3 711 002
Actividades de investimento 14 031 213
Actividades de financiamento - 15 902 699
85
43. RESULTADOS POR AÇÃO
Os resultados por ação do exercício foram calculados tendo em consideração os seguintes
montantes:
44. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
A atividade principal do Grupo consiste na produção e comercialização de painéis
aglomerados de madeira e produtos derivados destes, através de instalações fabris e
comerciais localizadas em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suíça,
Países Baixos, Canadá e África do Sul.
À data de 31 de dezembro de 2012, os segmentos relatáveis identificados, de acordo com o
sistema interno de relato de informação financeira ao órgão decisor, pelos quais existe um
elemento responsável que integra o órgão de gestão decisor, eram os seguintes:
Europa;
Resto do Mundo.
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, ocorreram alterações organizacionais
com efeitos nos segmentos relatáveis identificados, que passaram a ser:
Europa do Norte;
Europa do Sul;
Resto do Mundo.
das operações que continuam total das operações
que continuam das operações descontinuadas total
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico(Resultado líquido do exercício) - 78 045 917 - 78 045 917 - 54 215 194 - 44 661 686 - 98 876 879
Efeito das ações potenciaisJuro das obrigações convertíveis (líquido de imposto)
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído - 78 045 917 - 78 045 917 - 54 215 194 - 44 661 686 - 98 876 879
Número de ações
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico 140 000 000 140 000 000 140 000 000 140 000 000 140 000 000
Efeito das ações potenciais decorrentes das obrigações convertíveis
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultadolíquido por ação diluído 140 000 000 140 000 000 140 000 000 140 000 000 140 000 000
Resultado básico por ação -0.5575 -0.5575 -0.3873 -0.3190 -0.7063
Resultado diluído por ação -0.5575 -0.5575 -0.3873 -0.3190 -0.7063
Resultado líquido Resultado líquido
31.12.2013 31.12.2012
86
O rédito de cada segmento relatável deriva, principalmente, da produção e venda de painéis
aglomerados de madeiros e seus derivados.
As principais rubricas de natureza operacional da Demonstração consolidada de resultados
distribuem-se pelos segmentos relatáveis da seguinte forma:
O volume de negócios compreende as rubricas Vendas e Prestação de serviços, da
Demonstração consolidada de resultados.
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 495 720 051 543 373 843 36 551 635 40 264 828
Europa do Sul 470 913 494 495 316 480 24 769 561 37 940 721Operações que continuam 470 913 494 495 316 480 24 769 561 37 940 721
Resto do mundo 264 922 375 282 339 892
Total dos segmentos 1231 555 921 1321 030 216 61 321 196 78 205 550
Europa do SulOperações descontinuadas 25 505 975
Volume de negóciosExterno Intersegmento
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 281 067 981 287 481 626
Europa do Sul 229 350 447 244 358 526Operações que continuam 229 350 447 244 358 526
Resto do mundo 135 052 758 147 224 811
Total dos segmentos 645 471 186 679 064 964
Europa do SulOperações descontinuadas 13 506 940
Custo das vendas
87
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 127 456 981 138 873 480
Europa do Sul 151 584 441 156 339 295Operações que continuam 151 584 441 156 339 295
Resto do mundo 58 026 790 61 953 797
Total dos segmentos 337 068 213 357 166 572
Europa do SulOperações descontinuadas 12 250 156
Fornecimentos e serviços externos
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 28 229 008 28 345 531
Europa do Sul 28 880 136 29 092 126Operações que continuam 28 880 136 29 092 126
Resto do mundo 17 634 465 19 885 730
Total dos segmentos 74 743 609 77 323 387
Europa do SulOperações descontinuadas 2 936 231
Amortizações e depreciações
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 6 368 481 -4 647 324
Europa do Sul 25 731 692 17 845 502Operações que continuam 25 731 692 17 845 502
Resto do mundo - 216 747 - 14 063
Total dos segmentos 31 883 425 13 184 115
Europa do SulOperações descontinuadas 43 747 367
Provisões e perdas por imparidade
88
Os rendimentos e os gastos financeiros não estão incluídos no sistema interno de relato de
informação financeira ao órgão de gestão decisor.
O volume de negócios das operações que continuam distribui-se pelos mercados em que se
localizam os clientes, da seguinte forma:
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte -7 919 808 22 447 031
Europa do Sul -51 119 565 -24 202 532Operações que continuam -51 119 565 -24 202 532
Resto do mundo 20 004 344 13 473 083
Total dos segmentos -39 035 029 11 717 582
Europa do SulOperações descontinuadas -40 599 916
Resultado operacional
Localização do cliente '000 eur
Alemanha 326 663 169 27%América do Norte 176 935 731 14%Portugal 122 353 270 10%Espanha 120 286 264 10%França 96 874 187 8%África do Sul 90 019 244 7%Reino Unido 27 020 972 2%Outros 271 403 084 22%
Total 1 231 555 921 100%
2013
Localização do cliente '000 eur
Alemanha 294 979 956 22%América do Norte 176 986 900 13%Espanha 138 924 522 11%Portugal 117 430 055 9%África do Sul 106 000 509 8%França 101 658 330 8%Reino Unido 48 431 976 4%Outros 336 617 968 25%
Total 1 321 030 216 100%
2012
89
O sistema de relato interno de informação financeira não inclui informação sobre ativos e
passivos segmentais. Os ativos não correntes, incluídos nas rubricas Ativos fixos tangíveis,
Ativos intangíveis, Goodwill, Propriedades de investimento e Outros ativos não correntes, da
Demonstração consolidada de posição financeira, distribuem-se pelos segmentos relatáveis
da seguinte forma:
O efeito da revalorização de terrenos e edifícios na rubrica Ativos fixos tangíveis, da
Demonstração consolidada de posição financeira, tem o seguinte detalhe:
As transações entre os diversos segmentos foram efetuadas a preços de mercado e em
condições idênticas às praticadas entre entidades independentes.
45. PLANO DE INCENTIVOS DE MÉDIO PRAZO
O Grupo dispõe de um plano de incentivos de médio prazo com as características
apresentadas na nota 2.19.
31.12.2013 31.12.2012
Europa do Norte 302 959 398 239 853 486
Europa do Sul 391 337 437 424 233 028
Resto do mundo 208 854 909 244 414 133
Total dos segmentos 903 151 744 908 500 647
Activos Não Correntes (Demonstração Consolidada de Posição Financeira) 903 151 744 908 500 647
31.12.2013
Europa do Norte 46 043 956
Europa do Sul 70 386 435
Resto do mundo 13 426 252
Total dos segmentos 129 856 643
90
O justo valor dos serviços adquiridos foi determinado por referência ao justo valor das ações
atribuídas, calculado com base na cotação média das ações da Sociedade durante os 30
dias anteriores à data de realização da Assembleia Geral de Acionistas.
O gasto registado na rubrica Gastos com pessoal, da Demonstração consolidada de
resultados, foi integralmente contabilizado segundo as regras aplicáveis aos planos de
transações com base em ações e liquidadas com capital próprio.
46. Contingências
Em outubro de 2010, a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma nota de liquidação da
autoridade fiscal, de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação, em 2006, da
sua participada Socelpac, SGPS, SA, no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser
considerada em 50% para efeitos de cálculo da matéria coletável em sede de IRC. Por
discordar deste entendimento, a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com
a informação disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a
probabilidade de a referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não
foi efetuado qualquer ajustamento aos montantes de imposto corrente e de ativo por
imposto diferido registados nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.
No final do exercício de 2010, ocorreu um acidente na subsidiária Sonae Industria (UK) Ltd
do qual resultou a morte de dois trabalhadores de uma entidade terceira que efetuavam
trabalhos de manutenção nas instalações fabris desta filial. É opinião da Sociedade que
qualquer responsabilidade em que a mesma venha eventualmente a incorrer, cuja
quantificação não é possível à data de encerramento das presentes demonstrações
financeiras consolidadas, está coberta pela apólice de seguro do Grupo.
Na sequência do acidente ocorrido em junho de 2011 na subsidiária Sonae Industria (UK),
Ltd (nota 3), encontra-se a decorrer um processo judicial contra a mesma, apresentado por
10 000 indivíduos que alegam ter sofrido com a inalação de fumos originados pelo sinistro.
Saldo inicial Atribuídas Canceladas Saldo final Saldo inicial Atribuídas Canceladas Saldo final
Nº. de ações 529 338 385 046 126 772 787 612 562 281 32 943 529 338
Justo valor 358 415 219 370 85 838 491 947 380 721 22 306 358 415
Ano de pagamento 2 016 2 015
Gasto com pessoal 130 904 21 459 89 604
31.12.2013 31.12.2012
91
É opinião da Sociedade que qualquer responsabilidade em que a mesma venha
eventualmente a incorrer, cuja quantificação não é possível à data de encerramento das
presentes demonstrações financeiras consolidadas, está coberta pela apólice de seguro do
Grupo.
47. EVENTOS SUBSEQUENTES
Não ocorreram eventos subsequentes relevantes (nota 2.20).
48. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de
Administração e autorizadas para emissão em 11 de Março de 2014.
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA
RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL