sonho não tem limite

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SONHO NÃO TEM LIMITE (A incrível história de Leni Orsida Varela – a moça que emocionou um País inteiro, em 1969) Clique barra de espaço para avançar os slides

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Maior verdade!!!;))

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Page 1: Sonho não tem limite

SONHO NÃO TEM LIMITE

(A incrível história de Leni Orsida Varela

– a moça que emocionou um País inteiro, em 1969)

SONHO NÃO TEM LIMITE

(A incrível história de Leni Orsida Varela

– a moça que emocionou um País inteiro, em 1969)

Clique barra de espaço para avançar os slides

Page 2: Sonho não tem limite

Com apenas 20 anos de idade, Leni Orsida Varela, uma moça pobre, já sabia o que era miséria e mesmo assim, aprendeu a sonhar com uma vida

melhor, diante do único luxo que a família possuía: um aparelho de televisão. “- Era a única maneira de esquecer a fome”, lembra Leni.

Sua chance de mudar de vida apareceu na telinha, em uma segunda-feira. Este era o dia em que era exibido o Show sem Limite, programa de

auditório comandado por J. Silvestre, um dos pioneiros da TV brasileira.Dentre as inúmeras atrações do programa, a que fazia mais sucesso era o da sabatina, que consistia que candidatos se submetessem a um jogo de

perguntas e respostas, sobre o tema que eles mesmos escolhiam, em troca de um prêmio ao final de vários programas.

Em um dia normal de seleção de participantes, eis que uma franzina jovem aparece procurando o produtor Oswaldo Miranda, querendo responder

sobre o poeta Guerra Junqueiro.Mesmo sensibilizado com o jeito simples da moça, o produtor Oswaldo

hesita em aceitar a inscrição de alguém que havia lido apenas dois livros, e se propunha a falar da vida e da obra de um escritor.

Obstinada, porém, não desanimada, a jovem Leni descobre o endereço da Editora que publicou as obras de Junqueiro e envia uma carta para

Portugal, explicando seu sonho, suas condições de vida e seu gosto pela literatura lusitana.

Com apenas 20 anos de idade, Leni Orsida Varela, uma moça pobre, já sabia o que era miséria e mesmo assim, aprendeu a sonhar com uma vida

melhor, diante do único luxo que a família possuía: um aparelho de televisão. “- Era a única maneira de esquecer a fome”, lembra Leni.

Sua chance de mudar de vida apareceu na telinha, em uma segunda-feira. Este era o dia em que era exibido o Show sem Limite, programa de

auditório comandado por J. Silvestre, um dos pioneiros da TV brasileira.Dentre as inúmeras atrações do programa, a que fazia mais sucesso era o da sabatina, que consistia que candidatos se submetessem a um jogo de

perguntas e respostas, sobre o tema que eles mesmos escolhiam, em troca de um prêmio ao final de vários programas.

Em um dia normal de seleção de participantes, eis que uma franzina jovem aparece procurando o produtor Oswaldo Miranda, querendo responder

sobre o poeta Guerra Junqueiro.Mesmo sensibilizado com o jeito simples da moça, o produtor Oswaldo

hesita em aceitar a inscrição de alguém que havia lido apenas dois livros, e se propunha a falar da vida e da obra de um escritor.

Obstinada, porém, não desanimada, a jovem Leni descobre o endereço da Editora que publicou as obras de Junqueiro e envia uma carta para

Portugal, explicando seu sonho, suas condições de vida e seu gosto pela literatura lusitana.

Page 3: Sonho não tem limite

Dois meses depois, desembarcava no Brasil, em um vôo da TAP, uma caixa com 53 livros escritos pelo autor português, destinados a senhorita

Leni Orsida Varela.Foram meses estudando sem cessar. Depois de quase um ano, Leni tornou

a procurar o produtor do programa Show Sem Limite, senhor Oswaldo Miranda, recebendo deste, mais uma resposta negativa.

A frustração da jovem foi tamanha. Mas a pobre moça não quis desistir de seu sonho.

E, numa decisão radical, ela invadiu o palco com o programa ao vivo berrando aos prantos que queria responder sobre a vida e obra do poeta

português Guerra Junqueiro.Todo o Brasil viu e ouviu seu clamor.

Desesperado, J. Silvestre chamou os comerciais. Leni foi expulsa pelos seguranças e enquanto chorava pelas calçadas do bairro da Urca, inúmeros telefonemas dos expectadores de todo o Brasil,

queriam saber a identidade da jovem e o que ela queria falar.J. Silvestre mandou procurá-la mas não a encontraram.

Depois de algum tempo, os seguranças conseguem alcançar a jovem e a trazem, juntamente com sua mãe e J. Silvestre a faz subir ao palco da TV

Tupi.Nesse instante, aconteceu o momento mais emocionante da televisão

brasileira.

Dois meses depois, desembarcava no Brasil, em um vôo da TAP, uma caixa com 53 livros escritos pelo autor português, destinados a senhorita

Leni Orsida Varela.Foram meses estudando sem cessar. Depois de quase um ano, Leni tornou

a procurar o produtor do programa Show Sem Limite, senhor Oswaldo Miranda, recebendo deste, mais uma resposta negativa.

A frustração da jovem foi tamanha. Mas a pobre moça não quis desistir de seu sonho.

E, numa decisão radical, ela invadiu o palco com o programa ao vivo berrando aos prantos que queria responder sobre a vida e obra do poeta

português Guerra Junqueiro.Todo o Brasil viu e ouviu seu clamor.

Desesperado, J. Silvestre chamou os comerciais. Leni foi expulsa pelos seguranças e enquanto chorava pelas calçadas do bairro da Urca, inúmeros telefonemas dos expectadores de todo o Brasil,

queriam saber a identidade da jovem e o que ela queria falar.J. Silvestre mandou procurá-la mas não a encontraram.

Depois de algum tempo, os seguranças conseguem alcançar a jovem e a trazem, juntamente com sua mãe e J. Silvestre a faz subir ao palco da TV

Tupi.Nesse instante, aconteceu o momento mais emocionante da televisão

brasileira.

Page 4: Sonho não tem limite

Aos prantos e soluçando muito, a pobre Leni, agarrada ao microfone, explica que seu maior sonho é querer se casar. “- Sou pobre, seu Silvestre.

Preciso de um vestido de noiva, mas não o quero dado”, revela a jovem.Todo o Brasil chora com ela.

Nesse instante é ouvido uma voz da produção, cientificando que a candidata Leni teve seu nome aprovado para responder sobre a vida e obra

do poeta português Guerra Junqueiro.Surgia assim na televisão brasileira a “Noivinha da Pavuna”, em alusão ao nome de sua cidade natal e sua participação no programa iria emocionar

todo o País durante as próximas 14 semanas.Na décima segunda semana, aconteceu o inesperado: Leni não ouviu de J.

Silvestre a frase “absolutamente certo” quando respondeu a última pergunta daquela segunda-feira. O próprio J. Silvestre, até então firme em

suas apresentações, também chora. O Brasil é uma lágrima só. Quando todos pensavam que era o fim da participação da Noivinha da Pavuna, a

direção da TV Tupi cede às pressões do público, que exigia a volta de Leni. A emissora dobrou os prêmios que haviam sido oferecidos no início do

programa e a moça pobre da Pavuna conseguiu chegar a 14ª semana respondendo “absolutamente certo” em todas as perguntas.

Aos prantos e soluçando muito, a pobre Leni, agarrada ao microfone, explica que seu maior sonho é querer se casar. “- Sou pobre, seu Silvestre.

Preciso de um vestido de noiva, mas não o quero dado”, revela a jovem.Todo o Brasil chora com ela.

Nesse instante é ouvido uma voz da produção, cientificando que a candidata Leni teve seu nome aprovado para responder sobre a vida e obra

do poeta português Guerra Junqueiro.Surgia assim na televisão brasileira a “Noivinha da Pavuna”, em alusão ao nome de sua cidade natal e sua participação no programa iria emocionar

todo o País durante as próximas 14 semanas.Na décima segunda semana, aconteceu o inesperado: Leni não ouviu de J.

Silvestre a frase “absolutamente certo” quando respondeu a última pergunta daquela segunda-feira. O próprio J. Silvestre, até então firme em

suas apresentações, também chora. O Brasil é uma lágrima só. Quando todos pensavam que era o fim da participação da Noivinha da Pavuna, a

direção da TV Tupi cede às pressões do público, que exigia a volta de Leni. A emissora dobrou os prêmios que haviam sido oferecidos no início do

programa e a moça pobre da Pavuna conseguiu chegar a 14ª semana respondendo “absolutamente certo” em todas as perguntas.

Page 5: Sonho não tem limite

Depois de sua vitória no programa “Show sem limite”, chega o tão esperado dia do casamento de Leni. Era 15 de setembro de 1969. O País

parou para ver a moça pobre de um subúrbio carioca, se casar na televisão, em rede nacional.

Mais de três mil pessoas lotaram o auditório da TV Tupi querendo ver a Noivinha da Pavuna. A cerimônia teve a participação da Orquestra

Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seu coral, que executaram, dentre outras músicas, a canção “Na Pavuna”, de Almirante. A

celebração do casamento ficou a cargo do Pastor Evangélico Noemias Marion e a festa propriamente dita foi patrocinada pela colônia portuguesa

da Casa Traz Os Montes Alto D’Ouro, cujo patrono é o poeta Guerra Junqueiro. Na primeira fila, sentada, bastante emocionada, a filha do poeta. Após o casamento, os noivos seguiram viagem de lua de mel com destino

a Paris, Suíça, Portugal e outros países.

Depois de sua vitória no programa “Show sem limite”, chega o tão esperado dia do casamento de Leni. Era 15 de setembro de 1969. O País

parou para ver a moça pobre de um subúrbio carioca, se casar na televisão, em rede nacional.

Mais de três mil pessoas lotaram o auditório da TV Tupi querendo ver a Noivinha da Pavuna. A cerimônia teve a participação da Orquestra

Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seu coral, que executaram, dentre outras músicas, a canção “Na Pavuna”, de Almirante. A

celebração do casamento ficou a cargo do Pastor Evangélico Noemias Marion e a festa propriamente dita foi patrocinada pela colônia portuguesa

da Casa Traz Os Montes Alto D’Ouro, cujo patrono é o poeta Guerra Junqueiro. Na primeira fila, sentada, bastante emocionada, a filha do poeta. Após o casamento, os noivos seguiram viagem de lua de mel com destino

a Paris, Suíça, Portugal e outros países.

Page 6: Sonho não tem limite

Leni (A Noivinha da Pavuna) e seu marido, no dia do casamento

(15 de setembro de 1969), há 40 anos atrás

Leni (A Noivinha da Pavuna) e seu marido, no dia do casamento

(15 de setembro de 1969), há 40 anos atrás

Leni fez questão de entrar na igreja, de mãos dadas com o apresentador da TV Tupi J.

Silvestre

Leni fez questão de entrar na igreja, de mãos dadas com o apresentador da TV Tupi J.

Silvestre

Page 7: Sonho não tem limite

O sucesso da Noivinha da Pavuna foi matéria de destaque em várias revistas nacionais

O sucesso da Noivinha da Pavuna foi matéria de destaque em várias revistas nacionais

Page 8: Sonho não tem limite

Como nem tudo é perfeito... O casamento, algum tempo depois foi desfeito.

Como nem tudo é perfeito... O casamento, algum tempo depois foi desfeito.

Leni, com 62 anos, a “eterna Noivinha da

Pavuna” com seu atual marido

Leni, com 62 anos, a “eterna Noivinha da

Pavuna” com seu atual marido

FONTE: http://blogdoprofessorpc.blogspot.com/2007/05/noivinha-da-pavuna-no-jl-mier_19.htmlOs alunos do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da FACHA Méier, formandos do segundo semestre do ano passado, desenvolveram uma edição do JL Méier sobre a TV Tupi. Vale destacar a capa e a entrevista que a aluna Isabele Rangel fez com a "Noivinha da Pavuna", Leni Orsida Varela, destaque do programa "O céu é o limite", apresentado por J. Silvestre, nos anos 60. Belo resgate histórico. Agradecemos ao ex-aluno Jason Vogel que colaborou na localização da "Noivinha", que continua morando na Pavuna.

Formatação:EDIVAL TOSCANO VARANDASE-mail: [email protected]

Obrigado Leni. Eu fui um dos que choraram e vibraram por você.