sou mais amazonas - edição 05

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PONTE RIO NEGRO Do sonho à realidade REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS AGORA É LIGADA PELA MAIOR PONTE SOBRE ÁGUA DOCE DO BRASIL P Pá ág gi in na as s 4 4, , 5 5, , 6 6 e e 7 7 Raphael Alves Fotos: Chico Batata

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Quinta Edição do Jornal Jornal Sou Mais Amazonas

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Page 1: Sou Mais Amazonas - Edição 05

PONTE RIO NEGRO

DDoo ssoonnhhooàà rreeaalliiddaaddeeRREEGGIIÃÃOO MMEETTRROOPPOOLLIITTAANNAA DDEE MMAANNAAUUSS AAGGOORRAA ÉÉ LLIIGGAADDAAPPEELLAA MMAAIIOORR PPOONNTTEE SSOOBBRREE ÁÁGGUUAA DDOOCCEE DDOO BBRRAASSIILL

PPáággiinnaass 44,, 55,, 66 ee 77

Raphael Alves

Fotos: Chico Batata

Page 2: Sou Mais Amazonas - Edição 05

PRESIDENTE: Eduardo Braga

1° VICE: Francisco Roberto Duarte da Silva

2° VICE: João Thomé V. Mestrinho de M. Raposo

3° VICE: Edilene Gonçalves Gomes (licenciada)

SECRETÁRIO GERAL: Miguel Capobiango Neto

SECRETÁRIO ADJUNTO: Lourenço Borghi Júnior

1° TESOUREIRO: Danielle Farias da Cruz

2° TESOUREIRO: Eduardo Henrique L. Backsmann

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rodrigo Araújo

MTB/AM: 018/01

O senador Eduardo Braga reagiu ao edi-torial publicado, no último dia 26 de outu-bro, pelo jornal O Estado de S. Paulo,que alegou não haver “nenhuma justifi-cativa para a concessão de mais 50 anosde existência da Zona Franca de Manausnem para sua ampliação geográfica”. Emdiscurso contundente no plenário do Se-nado, Braga lembrou que a concessãode incentivos fiscais é a responsável pelaproteção das florestas e conservação dabiodiversidade no Amazonas.

Ele explicou que, para garantir essa pro-teção, é preciso oferecer alternativa eco-nômica aos brasileiros que vivem noestado e a ZFM tem sido a alternativa.“Esses que defendem a floresta em pésem nunca terem perguntado qual o ín-dice de desenvolvimento humano naAmazônia, logo se apressam em escre-ver contra a decisão do governo de forta-lecer um modelo econômico comimpactos ambientais positivos”, disse.

Braga ainda agradeceu à presidentaDilma Rousseff pela apresentação daproposta de prorrogação por mais 50anos dos incentivos fiscais da ZFM e aampliação dos benefícios fiscais para aRegião Metropolitana de Manaus, deci-

são também criticada pelo jornal. Se-gundo o senador, a partir da extensãodos incentivos fiscais, a população dosmunicípios vizinhos de Manaus poderáter acesso a emprego, renda e melhoriada logística, benefícios atualmente restri-tos aos moradores da capital.

“Faço questão de vir aqui em nome des-ses caboclos, que não conseguem estarem um editorial de um grande jornal damídia nacional, para falar em nome dosseus filhos, em nome da perspectiva fu-tura, em nome do seu desenvolvimentohumano, porque carregamos os índicesde desenvolvimento humanos mais bai-xos deste país, à exclusão de Manaus.Portanto, quando queremos expandir omodelo do Pólo Industrial para os muni-cípios próximos de Manaus, queremosque haja inclusão daqueles que estãoproibidos de quase tudo desse modeloeconômico”, enfatizou.

O senador lembrou que não se podecomparar a estrutura das indústrias deSão Paulo com as indústrias do Amazo-nas, que está a três mil quilômetros docentro consumidor e, por isso, é precisooferecer incentivos para que as indústriaspossam se estabelecer no estado.

EDITORIAL

CCrrííttiiccaa ddee jjoorrnnaall àà ZZFFMM éé rreeffuuttaaddaa

2 SOU+AMAZONAS GERAL Outubro de 2011

PRESIDENTE: Eduardo Braga

1° VICE: Francisco Roberto Duarte da Silva

2° VICE: João Thomé V. Mestrinho de M. Raposo

3° VICE: Edilene Gonçalves Gomes (licenciada)

SECRETÁRIO GERAL: Miguel Capobiango Neto

SECRETÁRIO ADJUNTO: Lourenço Borghi Júnior

1° TESOUREIRO: Danielle Farias da Cruz

2° TESOUREIRO: Eduardo Henrique L. Backsmann

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rodrigo Araújo

MTB/AM: 018/01

EDITORIAL DO ESTADÃO

UUnniiããoo IInntteerrppaarrllaammeennttaarr

O Brasil precisa de uma política industrialque possa desconcentrar a indústria na-cional. Hoje, há um excesso de concen-tração industrial na região Sudeste emdetrimento de outras regiões do País.

Para que haja uma desconcentração dapolítica industrial nacional, é preciso quese criem incentivos para as novas re-giões, neste caso, incentivos fiscais e fi-nanceiros. De outro modo, as novasregiões não terão como competir com oSudeste já desenvolvido, que conta comuma infraestrutura estabelecida e comcentros tecnológicos avançados.

Sim, porque a desigualdade regional noBrasil não é apenas com relação à infra-estrutura física, mas é também com rela-ção a recursos humanos. Pra cadamestre, ou doutor, formado na regiãoNorte, por exemplo, só São Paulo forma20. Então, nunca venceremos essa desi-gualdade se não tivermos uma políticapública que possa reequilibrar o desen-volvimento no País.

Não é por acaso que São Paulo é co-nhecida como a maior cidade nordes-tina brasileira, pois, para sobreviver,durante muitos anos o nordestino mi-grou para o Estado mais rico do Brasilem busca de emprego e melhor quali-dade de vida para sua família. Fruto daspolíticas dos últimos dez anos, o Nor-deste começa a ter um crescimentoeconômico e estabelecer uma nova re-lação econômica com o Brasil.

A mesma coisa é a questão da regiãoNorte. Imagine que a Amazônia repre-senta 5,5 milhões de quilômetros qua-drados, isso significa quase 65% doterritório brasileiro, mas não representa-mos mais do que 9% do Produto InternoBruto (PIB) do País.

A defesa da criação de incentivos fis-cais e financeiros para os Estados doNorte não pode ser considerado umpensamento paternalista, pois, na ver-dade, o equilíbrio econômico evita oscustos sociais causados pelas corren-tes migratórias pesadas para os gran-des centros.Quando há umaconcentração econômica em determi-nada região fatalmente também haverá

INTERNACIONAL

PPoollííttiiccaa iinndduussttrriiaallee ddeessiigguuaallddaaddeerreeggiioonnaall

problemas sociais provocados pelo fe-nômeno das superpopulação, como:desemprego, violência, déficit habita-cional e o caos na mobilidade urbana,entre outras mazelas sociais.

O equilíbrio econômico no País tambémabrange outro contexto que é a questãoestratégica de soberania e segurança na-cional. A Polícia Federal tem informaçõesde que narcotraficantes já estão produ-zindo cocaína a 50 metros de nossa fron-teira. Até hoje o Brasil conseguiu impediro avanço do narcotráfico em território na-cional, mas até quando? É por essa e poroutras que a ocupação na Amazônia sefaz extremamente necessária.

Hoje estamos provando, com o Polo In-dustrial de Manaus (PIM), que é possí-vel ser competitivo desde que tenhamosincentivos financeiros, fiscais e tecnoló-gicos. Isso tem um impacto na floresta,pois cada vez que uma indústria no Ama-zonas é desativada o índice de desem-prego aumenta e essa leva dedesempregados vai buscar a sobrevi-vência na natureza. Quando o Estado deSão Paulo declara uma guerra fiscal con-tra o Amazonas, contra o Polo Industrialde Manaus, ele está promovendo o des-matamento na Amazônia.

Ninguém desmata por maldade ou faltade conhecimento, o cidadão da Amazô-nia desmata por necessidade. Imagineum pai de família com os filhos cho-rando de fome e alguém lhe diz que elenão pode derrubar uma árvore porqueela é importante para o nosso meio am-biente. Ele vai dizer: "Entre esta árvoree meus filhos, eu lamento, mas vai em-bora a árvore porque meus filhos preci-sam comer". E essa atitude, qualquerpai de família do mundo tomaria diantede tais circunstâncias.

O maior programa ambiental criado peloGoverno Federal, mesmo que sem que-rer, foi o modelo Zona Franca de Ma-naus, pois suas indústrias não dependemda natureza para produzir. Com a che-gada do gás natural de Urucu, até a ma-triz energética do parque fabril localpassa a ser ecologicamente correto.

Mesmo com os benefícios que gera naregião, vez por outra, o modelo ZonaFranca de Manaus é atacado pelo Go-verno de São Paulo numa guerra fiscalvisivel e comprovadamente despropor-cional. A economia de São Paulo é 20vezes maior que a do Amazonase,mesmo assim, os paulistas declaramguerra fiscal contra a gente. Por isso es-tamos nessa trincheira lutando para de-fender políticas fiscais, econômicas,sociaise ambientais responsáveis, quepromovam o desenvolvimento da Ama-zônia e o equilíbrio industrial do nossoimenso país.

A próxima Assembleia da União Par-lamentar pode ser realizada em Ma-naus. A informação é do senadorEduardo Braga (PMDB-AM), queparticipou este mês, na cidade deBerna, na Suiça, dos debates empreparação para a Conferência dasNações Unidas para o Desenvolvi-mento Sustentável.

Durante o evento, o deputado ÁtilaLins apresentou a propositura indi-cando Manaus como sede do pró-ximo encontro. “Isso vai oxigenar omercado de eventos no Amazonas.Um evento deste porte reúne cerca

de duas mil pessoas entre autorida-des e pessoal de apoio”, ponderouEduardo Braga.

Na reunião de Berna, o senador ob-servou a participação de parlamen-tares de diversos países. “Acho queuma assembleia mundial com maisde 140 países representados temuma importância grande na forma-ção da opinião mundial sobre otema da sustentabilidade, paz e di-reitos humanos, que são a ordem dodia neste encontro”, disse o sena-dor, um dos representantes do Bra-sil e do Amazonas no evento.

SenadorEduardo Braga

Page 3: Sou Mais Amazonas - Edição 05

SSuubbccoommiissssããoo ddeeSSeegguurraannççaa PPúúbblliiccaa

SOU+AMAZONAS 3GERALOutubro de 2011

O tema da segurança pública ganha prioridade no Senadocom a instalação da Subcomissão de Permanente de Se-gurança Pública, vinculada à Comissão de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ). O senador Eduardo Braga seráo relator da Subcomissão. A instância será presidida pelosenador Pedro Taques (PDT-MT) e será composta tambémpelos os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), RandolfeRodrigues (PSOL-AP), Demóstenes Torres (DEM-GO) eJayme Campos (DEM-MT).

Uma das principais tarefas dessa Subcomissão é a siste-matização do conjunto de projetos sobre o assunto que tra-mitam na Casa. A Subcomissão também irá propormudanças na legislação, principalmente quanto a temascomo a unificação das polícias e a maioridade penal. Alémdessa Subcomissão, a CCJ instalou no último dia 18 de ou-tubro a Comissão de Juristas, que irá tratar da nova pro-posta de Código Penal.

O tema da segurança pública já vem sendo discutido no Se-nado em outra instância. Por iniciativa do senador EduardoBraga, foi instalada a Comissão Temporária Externa de Se-gurança Pública. Entre as atribuições da Comissão está oacompanhamento das ações da Política Nacional de Segu-rança Pública e da implantação dos programas e projetos fi-nanciados com recursos do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), do Executivo, e das obras em prepara-ção para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016.

A Comissão deCiência, Tecnologia, Inovação,Comunicação e Informática(CCT) aprovou um requeri-mento do presidente da Co-missão, senador EduardoBraga (PMDB-AM), para reali-zação de uma audiência pú-blica para debater a PolíticaNacional de Desenvolvimentodas Atividades Espaciais(PNDAE). Na ocasião, tam-bém serão discutidos pontosdo Programa do SatéliteGeoestacionário Brasileiro,novas licitações de posiçõesorbitais e atendimento às re-

giões Norte e Nordeste dopaís.

Para Eduardo Braga, o Go-verno Brasileiro precisa elabo-rar uma política sólida emmatéria de comunicações e aatividade espacial brasileiradeve ser incluída nessa política.

Entre outras justificativas, Bragatambém reforça a necessidadede se encontrar soluções paraos problemas enfrentados pelaRegião Norte em matéria de te-lecomunicações.

“É necessário debater oPNDAE, pois embora te-nhamos recebido recente-

mente boas notícias com aaprovação, pelo Executivo,de investimento na ordem de720 milhões de dólares paraa construção e lançamentode dois satélites de comuni-cações geoestacionários,não podemos deixar ao largoa análise dos equívocos co-metidos, para que não sejamrepetidos”, disse o senador,referindo-se ao fato de os sa-télites brasileiros terem sidotransferidos para empresasestrangeiras durante o pro-cesso de privatização do Sis-tema Telebrás.

NO SENADO DEBATE

NO SENADO

Os instrumentos econômicos e finan-ceiros para quem mantém suas áreasde Preservação Permanente (APP) eReserva Legal (RL) estão contempla-dos no relatório do Projeto de Lei daCâmara 30/2011, que trata da reformado Código Florestal Brasileiro. O subs-titutivo do texto aprovado pela Câmarados Deputados já foi apresentado pelorelator da matéria nas comissões deCiência, Tecnologia, Inovação, Comu-nicação e Informática (CCT) e Agricul-tura e Reforma Agrária (CRA), senadorLuiz Henrique (PMDB/SC).

No substitutivo, o senador estabeleceas bases para um “sistema de incenti-vos, preferências, privilégios e remu-neração, que reconheçam a relevânciados serviços ambientais prestados, so-bretudo, pelo pequeno produtor rural”.Para concretizar esses incentivos, eleacatou emendas como as do presi-dente da CCT, senador EduardoBraga, que criam mecanismos para va-lorização da floresta em pé. Braga foium dos primeiros parlamentares a de-fender no Senado Federal a compen-sação financeira para quem protege asflorestas de suas propriedades.

“Colocar as reservas legais e as áreasde preservação permanente como umbônus e não mais como um ônus parao produtor é um avanço importante que

estamos dando na discussão desteCódigo Florestal. Não tenho dúvida deque o relatório contribui e avança muitocom o reconhecimento de que os ins-trumentos financeiros e econômicossão importantes para a manutenção dafloresta em pé, em reconhecimento da-queles que, efetivamente, protegem asflorestas”, ressaltou Braga.

Entre os mecanismos de valorizaçãosugeridos pelo senador estão os quedefinem fontes de financiamento para

recuperação e recomposição de áreasde APP e RL em unidades de conser-vação e propriedades da agricultura fa-miliar. Recursos arrecadados pelo usoda água e 1% das tarifas a serem co-bradas nas novas concessões elétricassão algumas das fontes de financia-mento sugeridas por Braga.

Após a leitura do relatório e discussãopelos senadores presentes na reuniãoconjunta, o presidente da CCT,Eduardo Braga, sugeriu a abertura de

prazo para inclusão de novas emen-das. Ficou definido o prazo máximo de1º de novembro para apresentação denovas sugestões. Segundo o acordo, avotação do relatório nas duas comis-sões está marcada para o dia 8 de no-vembro. Antes de ser apreciado peloplenário do Senado, o PLC 30/2011ainda será debatido na Comissão deMeio Ambiente, Defesa do Consumidore Fiscalização e Controle (CMA).Nesta comissão, o projeto é relatadopelo senador Jorge Viana (PT/AC).

RReellaattóórriioo ppaarrcciiaall ddoo nnoovvoo CCóóddiiggoo FFlloorreessttaall

AAuuddiiêênncciiaa PPúúbblliiccaa vvaaii ddeebbaatteerr ssaattééttiitteessbbrraassiilleeiirrooss

Page 4: Sou Mais Amazonas - Edição 05

4 SOU+AMAZONAS ESPECIAL Outubro de 2011

Page 5: Sou Mais Amazonas - Edição 05

SOU+AMAZONAS 5ESPECIALOutubro de 2011

A inauguração da ponte Rio Negro, no dia 24de outubro, em Manaus, foi uma grande festa.Uma multidão compareceu ao evento paraver de perto a maior ponte sobre água docedo Brasil. E o povo também aproveitou parafestejar os 342 anos de Manaus. Em come-moração ao aniversário da capital amazo-nense, a presidenta Dilma Rousseff acabouentregando um "pacote" de presentes para oAmazonas. Ao lado do senador EduardoBraga (PMDB), do governador Omar Aziz(PSD) e do ex-presidente Luis Inácio Lula daSilva, a presidenta anunciou, além da inau-guração da ponte, a extensão da Zona Francade Manaus para a região metropolitana e suaprorrogação por mais 50 anos.

"Esses são presentes de aniversário do ta-manho dos 342 anos de Manaus. São pre-

sentes de reconhecimento pelo esforço devocês de preservar a floresta amazônica esabemos da importância da Zona Francanesse contexto. O Brasil precisa preservaresse imenso patrimônio, promovendo de-senvolvimento, mas sem agredir o meio am-biente", disse a presidenta.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvaexternou sua alegria em ver a obra con-cluída. "Quando Dilma assumiu a presi-dência da República eu disse a ela quefazia questão de inaugurar uma das obrasque havia sido iniciada durante o meu go-verno. E a obra é a ponte Rio Negro. Fizquestão de estar aqui porque sei do es-forço do Eduardo Braga e o sacrifício queo Governo do Estado fez para concluireste projeto. Muita gente não acreditava,

mas hoje o sonho vira realidade", disse oex-presidente.

O senador Eduardo Braga comentou que aconclusão da ponte Rio Negro é um sonhoque está se realizando para todos os ama-zonenses, que passarão a se beneficiarcom a ligação entre os municípios de Ma-naus e Iranduba. Porém, o senador fezquestão de frisar que a ponte é apenasmais uma das obras que fazem parte deum projeto maior para o Amazonas. "Esseé um projeto que visa preparar o Estadopara o futuro, que está dotando a RegiãoMetropolitana de Manaus da infraestruturanecessária para torná-la economicamentesustentável", disse.

Segue na próxima página

FESTA POPULAR

UUmm pprreesseennttee ppaarraa MMaannaauuss

Raphael Alves

Page 6: Sou Mais Amazonas - Edição 05

4 SOU+AMAZONAS ESPECIAL Outubro de 2011

Dentro desse plano de desenvolvi-mento, o senador Eduardo Braga res-saltou a construção do gasodutoUrucu-Coari-Manaus, que está tra-zendo o gás natural para a capitalamazonense e para os demais muni-cípios que são "cortados" por sua tu-bulação. "A partir do fornecimento dogás natural, estamos mudando a ma-triz energética dessa região, dei-xando de usar o óleo diesel caro ealtamente poluente, por uma energiamais limpa, barata e abundante. EmIranduba, olarias estão deixando deusar o carvão natural e a lenha parausar o gás de Urucu. Isso significauma indústria ecologicamente cor-reta", afirmou o senador.

Eduardo Braga lembrou, ainda, a che-gada da rede de fibra ótica, que vai me-

lhorar a comunicação no Estado, inclu-sive otimizando o serviço de internetem banda larga. "Para se ter um noçãodas inúmeras oportunidades, nestecaso, somente um projeto que estásendo viabilizado para Itacoatiara, deinstalação de um call center na cidade,vai gerar cerca de 3 mil novos postosde trabalho no município, que hojeapresenta o maior índice de desem-prego no interior do Estado", avaliou.

Ainda com relação a ponte, Braga fezquestão de ressaltar "o importantepapel do ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, que acreditou no pro-jeto desde o início, assim como a de-terminação da presidenta DilmaRousseff, que apostou na conclusãoda obra, e o total comprometimentodo governador Omar Aziz, que não

mediu esforços no sentido de finali-zar o projeto e entregar a ponte, emforma de presente ao povo amazo-nense neste aniversário de Manaus".

O governador Omar Aziz lembrou oinício do projeto, quando foram tra-çados os primeiros planos da obra."Começamos a sonhar alto em 2003.O Eduardo Braga era governador eeu o vice dele, nós começamos apensar o Amazonas de uma forma di-ferente. Estamos provando hoje quecom união, que com parceria, é pos-sível o Amazonas avançar cada vezmais. Quero ressaltar a ousadia e acoragem do Eduardo Braga em acre-ditar que é possível nós vencermosbarreiras e a coragem do povo ama-zonense em querer sempre mais",destacou Aziz.

Na solenidade de inauguração, o senador Eduardo Braga agradeceu o ex-presidente Lula pela confiança noprojeto, a presidenta Dilma pela determinação e o governador Omar pelo empenho na finalização da obra

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SOU+AMAZONAS 5ESPECIALOutubro de 2011

Raphael Alves

Page 8: Sou Mais Amazonas - Edição 05

8 SOU+AMAZONAS ESPECIAL Outubro de 2011

OO dduurroo ttrraabbaallhhooddee eerrgguueerr aa ppoonntteeppaarraa oo ffuuttuurroo

A obra gerou mais de 3,4 mil empregos diretos. Cerca de 180 empresas forne-cedoras foram contratadas, gerando outras milhares de vagas indiretas

Primeiro furo no rio só aconteceu seis meses após o início dos trabalhos. A grande pro-fundidade, a força da correnteza e o ineditismo da obra foram alguns dos obstáculos

As estacas no leito do rio Negro são as maiores do Brasil. Nos trechos de maiorprofundidade têm 2,5 metros de diâmetro e nos mais rasos têm 2,2 metros

Para o senador Eduardo Braga, a ponte é um marco histórico, mas é apenasmais uma obra que visa preparar o Amazonas para o futuro

Obra adaptou métodos, importou tecnologia e equipamentos e teve que usarmuita criatividade para superar os desafios e surpresas da natureza

Em números: a construção da ponte Rio Negro consumiu 20 mil toneladas deaço e mais de um milhão e meio de sacas de cimento

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SOU+AMAZONAS 9ESPECIALOutubro de 2011

A ponte atravessa o rio Negro com 3,6 quilômetros de extensão. São dois trechos convencionais com 74 apoios distantes entre si a cada 45 metros e dois trechosestaiados de 200 metros, na parte central do rio. Em cada apoio há no mínimo três e no máximo 36 estacas. Ao todo, foram mais de 250 estacas

De dia: população festejou e fez questão de atravessar o rio por cima da ponte De noite: queima de fogos foi o ponto alto da festa de inauguração da ponte

Fotos: Chico Batata

Raphael Alves

Page 10: Sou Mais Amazonas - Edição 05

SOU+AMAZONAS 10ENTRETENIMENTOOutubro de 2011

SALMOS 51 SANTO DA SEMANA

1. Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre,de geração em geração.2. Antes de nascerem os montes e decriares a terra e o mundo, de eternidadea eternidade tu és Deus.3. Fazes os homens voltarem ao pó, di-zendo: "Retornem ao pó, seres humanos! "4. De fato, mil anos para ti são como o diade ontem que passou, como as horas danoite.5. Como uma correnteza, tu arrastas oshomens; são breves como o sono; sãocomo a relva que brota ao amanhecer;6. germina e brota pela manhã, mas, àtarde, murcha e seca.7. Somos consumidos pela tua ira e ater-rorizados pelo teu furor.8. Conheces as nossas iniqüidades; nãoescapam os nossos pecados secretos àluz da tua presença.9. Todos os nossos dias passam debaixodo teu furor; vão-se como um murmúrio.10. Os anos de nossa vida chegam a se-tenta, ou a oitenta para os que têm mais

vigor; entretanto, são anos difíceis echeios de sofrimento, pois a vida passadepressa, e nós voamos!11. Quem conhece o poder da tua ira?Pois o teu furor é tão grande como otemor que te é devido.12. Ensina-nos a contar os nossos diaspara que o nosso coração alcance sabe-doria.13. Volta-te, Senhor! Até quando seráassim? Tem compaixão dos teus servos!14. Satisfaze-nos pela manhã com o teuamor leal, e todos os nossos dias canta-remos felizes.15. Dá-nos alegria pelo tempo que nosafligiste, pelos anos em que tanto sofre-mos.16. Sejam manifestos os teus feitos aosteus servos, e aos filhos deles o teu es-plendor!17. Esteja sobre nós a bondade do nossoDeus Soberano. Consolida, para nós, aobra de nossas mãos; consolida a obrade nossas mãos!

A Companhia de Jesus gerou padres emissionários santos que deixaram a assi-natura dos jesuítas na história da evange-lização e na história da humanidade.Figuras ilustres que se destacaram pelarelevância de suas obras sociais cristãsem favor das minorias pobres e margina-lizadas, cujas contribuições ainda flores-cem no mundo todo.

Entretanto de suas fileiras saíram tambémsantos humildes e simples, que pela vidaentregue a Deus e servindo exclusiva-mente ao próximo, mostraram o caminhode felicidade espiritual aos devotos e dis-cípulos. Valorosos personagens quaseocultos, que formam gerações e geraçõesde cristãos e, assim, sedimentam a suaobra no seio das famílias leigas e religio-sas do mundo inteiro.

Um dos mais significativos desses exem-plos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, na-tural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25de julho de 1532, pertencia a uma famíliapobre e profundamente cristã. Após viveruma sucessão de fatalidades pessoais,Afonso encontrou seu caminho na fé.

Tudo começou quando Afonso tinha de-zesseis anos. Seu pai, um simples co-merciante de tecidos, morreu de repente.Vendo a difícil situação de sua mãe, sozi-nha para sustentar os onze filhos, paroude estudar. Para manter a casa, passou avender tecidos, aproveitando a clientelaque seu pai deixara.

Em 1555, aconselhado por sua mãe,casou e teve dois filhos. Mas novamente afatalidade fez-se presente no seu lar. Pri-meiro, foi a jovem esposa que adoeceu elogo morreu; em seguida, faleceram osdois filhos, um após o outro. Abatido pelasperdas, descuidou dos negócios da famí-lia, perdeu o pouco que tinha e, para pio-rar, ficou sem crédito.

Sem rumo, tentou voltar aos estudos, masnão se saiu bem nas provas e não pôdecursar a Faculdade de Valência.

Afonso entrou, então, numa profunda criseespiritual. Retirado na própria casa, rezou,meditou muito e resolveu dedicar sua vidacompletamente a serviço de Deus, ser-vindo aos semelhantes. Ingressou comoirmão leigo na Companhia de Jesus em1571. E foi um noviciado de sucesso, poislogo teve a missão de trabalhar no colégiode formação de padres jesuítas emPalma, na ilha de Maiorca, onde encon-trou a plena realização da vida e terminouseus dias.

No colégio, exerceu somente a simples ehumilde função de porteiro, por quarenta eseis anos. Se materialmente não ocupavaposição de destaque, espiritualmente erados mais engrandecidos entre os irmãos.Recebera dons especiais e muitas mani-festações místicas o cercavam, como vi-sões, previsões, prodígios e cura.

E assim, apesar de porteiro, foi orientadorespiritual de muitos religiosos e leigos, quebuscavam sua sabedoria e conselho. Masum se destacava. Era Pedro Claver, umdos maiores missionários da Ordem, quejamais abandonou os seus ensinamentose também ganhou a santidade. Outro foio missionário Jerônimo Moranto, martiri-zado no México, que seguiu, sempre, suaorientação.

Afonso sofreu de fortes dores físicas du-rante dois anos, antes de morrer em 31 deoutubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foicanonizado em 1888, pelo papa Leão XIII,junto com são Pedro Claver, seu discípulo,conhecido como o Apostolo dos Escravos.Santo Afonso Rodrigues deixou uma obraescrita resumida em três volumes, mas degrande valor teológico, onde relatou comdetalhes a riqueza de sua espiritualidademística. A sua festa litúrgica é comemo-rada no dia de sua morte.

SSaannttoo AAffoonnssoo RRooddrriigguueess

Todos os sábados, das 9h às 10h, na Rádio Cidade, acompanhe o “Bate-papo” com o senador Eduardo Braga, pela 99,3 FM.