streptococcus 2

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STREPTOCOCCUS Planejamento Interdisciplinar por Curso (PIC)

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Page 1: Streptococcus 2

STREPTOCOCCUS

Planejamento Interdisciplinar por Curso (PIC)

Page 2: Streptococcus 2

São GRAM positivosSão GRAM positivos

São CapsuladosSão Capsulados

Não esporuladosNão esporulados

Não possuem flagelo sendo Não possuem flagelo sendo portanto, imóveisportanto, imóveis

Crescimento em cadeiasCrescimento em cadeias

Anaeróbicos facultativosAnaeróbicos facultativos

Com parede celular espessa Com parede celular espessa e membrana simplese membrana simples

Características gerais do Streptococcus

Page 3: Streptococcus 2

Tamanho: diâmetro de 0,75 a 1,25 Tamanho: diâmetro de 0,75 a 1,25 μμm;m;

Forma: esférica (cocos);Forma: esférica (cocos);

Arranjo das células: Arranjo das células:

- Podem ser em cadeia ou pares. Podem ser em cadeia ou pares.

Características gerais do Streptococcus

Page 4: Streptococcus 2

Forma e arranjo

Cocos Diplococos

Estreptococos

Page 5: Streptococcus 2

Características Morfológicas

Page 6: Streptococcus 2

Características gerais do Streptococcus

Fermentação homolática: o ác. lático é o produto final

predominante da fermentação da glicose.

GLICOSE ÁC. LÁTICO

Nutricionalmente exigentes (meios de cultura enriquecidos, geralmente com a adição de sangue de carneiro à 5%).

Page 7: Streptococcus 2

Características Bioquímicas

Catalase-negativos e Oxidase-negativos;Catalase-negativos e Oxidase-negativos;

São Fermentadores de açúcares;São Fermentadores de açúcares;

São Homofermentativas;São Homofermentativas;

Habitat: Habitat:

-Na natureza onde alguns podem ser comensais. Outros por si -Na natureza onde alguns podem ser comensais. Outros por si só são normalmente patogênicos e invasores.só são normalmente patogênicos e invasores.

Page 8: Streptococcus 2

Parede celular de Cocos Gram-positivos

Para entender a natureza do âmbito infeccioso dos CG+, é preciso entender a natureza bioquímica dos seus componentes celulares.

Parede celular de Gram POSITIVOS

Sem camada Externa

Muito peptidoglicano

Page 9: Streptococcus 2

Taxonomia

Os Cocos Gram positivos de importância clínica pertencem a uma de duas família:

ou ou

Page 10: Streptococcus 2

A partir da caracterização da amostra como CG+

através da coloração de Gram, a determinação da

família é feita pela prova da catalase.

MicrococcaceaeMicrococcaceae

Page 11: Streptococcus 2

Família Streptococcaceae

As bactérias da família Streptococcaceae dividem-se em apenas um plano, o que as leva a formar correntes de células que lembram colares de pérola.

Page 12: Streptococcus 2

Família Streptococcaceae

Os gêneros da família Os gêneros da família StreptococcaceaeStreptococcaceae são: são:

StreptococcaceaeGemella Lactococcus

Aerococcus Peptococcus

Enterococcus Streptococcus

ImportânciaClínica

Page 13: Streptococcus 2

Família Streptococcaceae

Vários sistemas de nomenclatura foram desenvolvidos para os

Streptococcus, levando à utilização de diversas designações que, frequentemente, tornam-se um obstáculo ao entendimento, já que sua adoção não é universal.

Dentre esses sistemas, destacam-se aqueles baseados em:

Características hemolíticas

Características hemolíticas

Características fisiológicas

Características fisiológicas

Características antigênicas

Características antigênicas

Page 14: Streptococcus 2

Família Streptococcaceae

A classificação destes microrganismos sempre foi difícil.

Vários novos gêneros foram descritos nesta família.

A primeira tentativa de classificação foi feita por Shottmuller em 1903 (Die Artunterscheidung der fur den menschen Pathogen Streptokokken durch Blutagar. Munch. Med. Wochenschr. 50:849-853) e baseava-se em padrões de hemólise em ágar sangue.

Page 15: Streptococcus 2

Padrões de Hemólise

Esverdeado

Page 16: Streptococcus 2

Alfa Hemólise

Produzem hemolisinas que causam a destruição parcial das hemácias e alteram a hemoglobina. As colônias em ágar-sangue são circundadas por um halo ligeiramente esverdeado.

Page 17: Streptococcus 2

Beta Hemólise

Produzem hemolisinas que cauam a destruição total das hemácias, ou seja, as colônias crescidas em ágar- sangue são circundadas por um halo claro e transparente.

As hemolisinas produzidas são de 2 tipos: Streptolisina O: sensível ao oxigênio - é inativada pelo O2. Treptolisina S: não é sensível ao oxigênio - ele não inibe sua

atividade.

Os Streptococcus podem produzir as duas Streptolisinas (normalmente) ou apenas uma delas (dependendo da espécie).

Page 18: Streptococcus 2

Beta Hemólise

Page 19: Streptococcus 2

Gama Hemólise

Não produzem hemolisinas - não há halo em torno das colônias.

Page 20: Streptococcus 2

Padrão de hemólise

Page 21: Streptococcus 2

Fatores que interferem na hemólise:Fatores que interferem na hemólise:

Teor de O2

Espessura do ágar

Tipos de hemácias

Base do ágar- sangue

Page 22: Streptococcus 2

Família StreptococcaceaePadrão de hemólise/ Lancefield

A classificação puramente em padrões hemolíticos, todavia, não era suficiente para correlacionar o microrganismo com a doença ou o prognóstico.

Estes cocos Gram positivos, catalase negativa foram classificados com base em reações sorológicas por Rebecca Craighill Lancefield em 1933, no instituto Rockefeller em Nova York.

Esta classificação ficou conhecida como a classificação de Lancefield. A classificação de Lancefield não é a ideal, mais ainda é muito usada.

Page 23: Streptococcus 2

Classificação de Lancefield

Rebecca Craighill Lancefield

Page 24: Streptococcus 2

Classificação de Lancefield

A classificação dos estreptococos em grupos sorológicos baseia-se nas características antigênicas de um polissacarídeo de composição variável chamado carboidrato C, localizado na parede da célula, que pode ser detectado por diferentes técnicas imunológicas.

Tomando por base esse polissacarídeo, os estreptococos foram divididos em 20 grupos sorológicos (grupos de Lancefield) designados por letras maiúsculas do alfabeto ( A, B, C, D, E, F, G, H, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U e V).

Page 25: Streptococcus 2

Classificação de LancefieldEspécies Hemólise Habitat Doença

Grupo AS.pyogenes

β Faringe e pele Infecções primárias: Faringite aguda, erisipela, impetingo esepticemiaSeqüelas de infeções: Febre reumática. Endocardite reumática e glomeronefrite.

Grupo BS. agalactiae

β, γ e α Faringe e vaginaNeonatos em várioslocalidades.

Endocardites, pneumonia, infeções neonatal (meningite,septicemia e pneumonia) e febre puerpural.

Grupo CS. equiS. equisimilisS. dysgalactiae

β e α Faringe, vagina epele.

Endocardites, febre puerpural e infeções de feridas.

Grupo D –Não enterococosS .bovisS. equinus (não patógenopara o homem)

γ e α Intestino grosso Infeções urinárias, abcessos pelvianos, peritonites, endocardites e infeções de feridas.

Page 26: Streptococcus 2

Classificação de LancefieldEspécies Hemólise Habitat Doença

Grupo D – EnterococosS .faecalisS .faeciumS .durans

β, α e γ Intestino grosso Infeções urinárias, abcessos pelvianos, peritonites, endocarditese infeções de feridas.

Grupo FS .anginosus

β Boca, dentes efaringe

Sinusites, cárie dentária, abcesso cerebral e pneumonia e meningite.

Grupo GStreptococcus

β Faringe, pele evagina

Infeções purperal, infeções de feridas e endocardites.

Grupo HS. sanguis

α Boca, dentes efaringe.

Septicemia, endocardites, cárie dentária e sinusite.

Grupo KS. salivarius

α Faringe e boca. Endocardite, septicemia, sinusite e meningite.

Streptococcus pneumoniae

α Faringe, boca etraquéa

Otite média. pneumonia, septicemia, meningite, endocardite.

Page 27: Streptococcus 2

Classificação de Sherman

Mais tarde, em 1937, J. Sherman sugeriu que os Estreptococcos deveriam ser divididos em quatro grupos, baseado no resultado obtido na reação de Lancefield, bem como no padrão hemolítico e em testes fenotípicos, como resistência a certos antibióticos.

As quatro divisões foram chamadas de:

- A divisão viridans

- A divisão piogênica

- A divisão láctica

- Os enterococcos

Page 28: Streptococcus 2

Classificação de Sherman

Os estreptococcos da divisão piogênica são todos beta hemolíticos, e pertencem aos grupos A, B, C, E, F e G de Lancefield.

Os estreptococcos da divisão viridans são todos não-beta hemolíticos, não crescem em NaCl 6,5% e não crescem em pHs alcalinos e não crescem a 10oC.

Os estreptococcos da divisão láctica são iguais aos da divisão viridans mas conseguem crescer a 10°C. Em 1984 foram nomeados como pertencentes ao gênero Lactococcus. Não causam infecção no homem e são usados na produção de laticínios.

Page 29: Streptococcus 2

Classificação de Sherman

Os estreptococcos da divisão enterococcus não apresentam padrão hemolítico, conseguem crescer em meio hipertônico (NaCl 6,5%) e em uma ampla gama de pHs e temperaturas (10°C a 45°C). Desde 1984 são designados como pertencentes ao gênero Enterococcus.

Esta classificação também não é taxonomicamente completa ou acurada, todavia, faz sentido clínico. A identificação taxonomicamente exata dos membros da família Streptococcaceae por técnicas fenotípicas é tão complexa que geralmente não é feita a tempo para ser relevante para o tratamento do paciente..

Page 30: Streptococcus 2

Flora Normal Humana

Boca: Streptococcus mitis Uretra e Vagina: Streptococcus agalactiae,

Streptococcus grupo viridans Dentes: Streptococcus mutans Nariz: Streptococcus pneumoniae, Streptococcus grupo

viridans Garganta: Streptococcus grupo viridans Intestino delgado: Streptococcus grupo viridans,

Streptococcus agalactiae Intestino grosso: Enterococcus sp.

Page 31: Streptococcus 2

Flora Normal Humana

Embora estes microrganismos façam parte da microbiota normal, em certas condições podem causar infecções.

Page 32: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenesStreptococcus pyogenes

Características

- Beta-hemolítico;

- Presença do polissacarídeo do grupo A de Lancefield (Streptococcus do grupo A);

- Apresenta colônias puntiformes;

Page 33: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Enzimas:

Estreptolisina S: hemolisina responsável pelo halo de hemólise ao redor das colônias, tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. Aparentemente, não é imunogênica.

Estreptolisina O: hemolisina ativa somente na ausência de oxigênio. É imunogênica. Além de lesar hemácias, pode lesar outras células, pois dissolve os lisossomos dos leucócitos, liberando enzimas hidrolíticas

Page 34: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Estreptoquinase: também chamada de fibrinolisina. Possui capacidade de dissolver coágulos, pela transformação do plasminogênio em plasmina.

DNases: degradam DNA.

Hialuronidase: capacidade de dissolver a substância fundamental do tecido conjuntivo.

C5a peptidase: degrada componente C5a do complemento

Page 35: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Toxinas: As toxinas agem como superantígenos interagindo com As toxinas agem como superantígenos interagindo com

macrófagos e células T auxiliares e resultando no aumento de macrófagos e células T auxiliares e resultando no aumento de liberação de citotoxinas pré-inflamatórias. liberação de citotoxinas pré-inflamatórias.

Quatro toxinas termolábeis, imunologicamente distintas Quatro toxinas termolábeis, imunologicamente distintas (SpeA, SpeB, SpeC c SpeF) foram descritas em S. pyogenes e (SpeA, SpeB, SpeC c SpeF) foram descritas em S. pyogenes e em cepas raras de estreptococos dos grupos C e G. em cepas raras de estreptococos dos grupos C e G.

Page 36: Streptococcus 2

Toxina eritrogênica (Spe): é um superantígeno. Produzida por isolados de S. pyogenes infectados com um bacteriófago específico.

Dissemina-se por via hematogênica;

Altera a permeabilidade dos capilares, o que dá origem à formação do eritema característico da escarlatina.

Também pode causar síndrome do choque tóxico.

Page 37: Streptococcus 2

Epidemiologia

Colonização transitória do trato respiratório superior e da Colonização transitória do trato respiratório superior e da superfície da pele; superfície da pele;

A doença é causada por cepas de aquisição recente (antes que A doença é causada por cepas de aquisição recente (antes que anticorpos protetores sejam produzidos). anticorpos protetores sejam produzidos).

Disseminação pessoa a pessoa por gotículas transmitidas no ar Disseminação pessoa a pessoa por gotículas transmitidas no ar (faringite) ou por rupturas na pele após contato direto com (faringite) ou por rupturas na pele após contato direto com indivíduo infectado, fômites ou vetor artrópode. indivíduo infectado, fômites ou vetor artrópode.

Infecta crianças e adultos.Infecta crianças e adultos.

Page 38: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

S. Pyogenes S. Pyogenes causam uma variedade de doenças supurativas e causam uma variedade de doenças supurativas e não supurativas, como: faringite, pioderma, glomerulonefrite e não supurativas, como: faringite, pioderma, glomerulonefrite e febre reumática.febre reumática.

Esse microrganismo é a causa mais comum de faringite Esse microrganismo é a causa mais comum de faringite bacteriana. bacteriana.

Pode ser relacionado com doenças menos comuns, com elevado Pode ser relacionado com doenças menos comuns, com elevado risco de vida.risco de vida.

Page 39: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Doenças supurativas:

Faringite Infecção por esta bactéria é a principal causa de faringite

bacteriana em crianças. É caracterizada por febre, dor de garganta, eritema e edema da

faringe, exsudação tonsilar e linfadenopatia cervical anterior.

Page 40: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

A faringoamigdalite pode (raramente) evoluir e espalhar para outros tecidos adjacentes e causar sinusites, otites e mastoidites.

Certos autores argumentam que as tonsilas palatinas (amígdalas) podem, em certos casos, servir como reservatórios de S. pyogenes. A tonsilectomia radical é recomendada a pacientes que sofrem de faringite bacteriana recorrente, e parece diminuir a elevada freqüência de amigdalofaringite.

Page 41: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

EscarlatinaEscarlatina

Page 42: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Piodermites: A mais característica é o impetigo. Inicia-se como uma vesícula e progride rapidamente para uma lesão recoberta por crosta espessa. Pode ser seguido por glomerulonefrite.

Page 43: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Erisipela: infecção aguda da pele, envolvendo, às vezes, mucosas adjacentes.

Localiza-se mais freqüentemente na face. A lesão é elevada, eritematosa e com bordas bem delimitadas.

Page 44: Streptococcus 2

Fasciite necrosante:Fasciite necrosante: É uma infecção que ocorre na camada profunda do tecido

subcutâneo, dissemina-se ao longo do invólucro facial e é caracterizada por uma extensa destruição do músculo e da gordura.

O microrganismo (referido pelos meios de comunicação como “bactéria carnívora") é introduzido no tecido através de uma ruptura na pele.

As características dessa doença são toxicidade, falência de As características dessa doença são toxicidade, falência de múltiplos órgãos e morte. Por isso, uma intervenção médica múltiplos órgãos e morte. Por isso, uma intervenção médica imediata para salvar o paciente é necessária. imediata para salvar o paciente é necessária.

Page 45: Streptococcus 2

Fasciite Necrosante

Page 46: Streptococcus 2

Síndrome do Choque Estreptocócico

Pacientes que possuem esta síndrome apresentam Pacientes que possuem esta síndrome apresentam inicialmente inflamação dos tecidos moles no sítio da inicialmente inflamação dos tecidos moles no sítio da infecção, dor e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios, infecção, dor e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios, mal-estar, náuseas, vômitos e diarréia.mal-estar, náuseas, vômitos e diarréia.

A dor se intensifica a medida que a doença progride para o A dor se intensifica a medida que a doença progride para o choque e falência dos órgãos. choque e falência dos órgãos.

A maior parte de pacientes portadores da síndrome A maior parte de pacientes portadores da síndrome estreptocócica apresentam bacteremia e fasciite necrosante.estreptocócica apresentam bacteremia e fasciite necrosante.

Page 47: Streptococcus 2

Pacientes que possuem determinadas condições como: Pacientes que possuem determinadas condições como: infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou varicela-zóster, ou ainda com câncer, diabetes mellitus entre varicela-zóster, ou ainda com câncer, diabetes mellitus entre outros, são mais suscetíveis à síndrome do choque tóxico outros, são mais suscetíveis à síndrome do choque tóxico estreptocócico. estreptocócico.

Streptococcus pyogenes – responsável pela Síndrome do Choque Estreptocócico

Page 48: Streptococcus 2

Bacteremia:Bacteremia: S. pyogenes S. pyogenes é uma das espécies mais comuns, entre os é uma das espécies mais comuns, entre os

estreptococos estreptococos ββ-hemolíticos;-hemolíticos;

Pacientes que possuem infecção localizada, como faringite, Pacientes que possuem infecção localizada, como faringite, pioderma e erisipela, raramente desenvolvem bacteremia;pioderma e erisipela, raramente desenvolvem bacteremia;

Pacientes portadores de fasciite necrosante ou síndrome do Pacientes portadores de fasciite necrosante ou síndrome do choque estreptocócico apresentam na maioria das vezes choque estreptocócico apresentam na maioria das vezes hemocultura positiva para o hemocultura positiva para o S. pyogenesS. pyogenes

Page 49: Streptococcus 2

Streptococcus pyogenes

Doenças não supurativas (de natureza não infecciosa):

Febre reumática: Caracteriza-se por lesões inflamatórias não supurativas, envolvendo coração, tecido celular subcutâneo e sistema nervoso central, devido a uma reação antigênica cruzada.

A febre reumática está associada à faringite estreptocócica, A febre reumática está associada à faringite estreptocócica, mas não às infecções causadas por este microrganismo;mas não às infecções causadas por este microrganismo;

Page 50: Streptococcus 2

A doença é mais comum em pacientes com faringite A doença é mais comum em pacientes com faringite estreptocócica grave;estreptocócica grave;

Cepas reumatogênicas, induzem em todos os pacientes com Cepas reumatogênicas, induzem em todos os pacientes com faringite, forte resposta de anticorpos;faringite, forte resposta de anticorpos;

A febre reumática pode ser recorrente com uma infecção A febre reumática pode ser recorrente com uma infecção estreptocócica , caso não tenha sido utilizada terapia estreptocócica , caso não tenha sido utilizada terapia antibiótica adequada;antibiótica adequada;

Page 51: Streptococcus 2

Não há teste específico para esta doença, assim o diagnóstico é Não há teste específico para esta doença, assim o diagnóstico é feito a partir de achados clínicos e evidências de infecção feito a partir de achados clínicos e evidências de infecção recente por recente por S. pyogenes, S. pyogenes, como: como:

1- Resultados de culturas;1- Resultados de culturas;

2- Detecção de antígeno do grupo A em 2- Detecção de antígeno do grupo A em swabsswabs de orofaringe; de orofaringe;

3- Aumento do título de anticorpos ASO (ou Aslo).3- Aumento do título de anticorpos ASO (ou Aslo).

Ausência de títulos elevados de anticorpos ou em ascensão Ausência de títulos elevados de anticorpos ou em ascensão

seria uma forte evidência de que o quadro não está relacionado seria uma forte evidência de que o quadro não está relacionado com à febre reumática.com à febre reumática.

Page 52: Streptococcus 2

Glomerulonefrite: Caracterizada por inflamação do glomérulo renal com edema, Caracterizada por inflamação do glomérulo renal com edema,

hipertensão, hematúria e proteinúria;hipertensão, hematúria e proteinúria;

Cepas específicas nefrogênicas de estreptococos do grupo A estão Cepas específicas nefrogênicas de estreptococos do grupo A estão associadas a esta doença;associadas a esta doença;

A Glomerulonefrite Aguda é decorrente das infecções pela A Glomerulonefrite Aguda é decorrente das infecções pela faringite e pioderma;faringite e pioderma;

O diagnóstico é determinado com base na apresentação clínica e O diagnóstico é determinado com base na apresentação clínica e na evidência de infecção recente por na evidência de infecção recente por S. pyogenes. S. pyogenes.

Page 53: Streptococcus 2

Tratamento, prevenção e controle

S. pyogenes S. pyogenes são muito sensíveis a penicilina;são muito sensíveis a penicilina;

Caso o paciente for alérgico a penicilina, deve-se usar uma Caso o paciente for alérgico a penicilina, deve-se usar uma cefalosporina oral;cefalosporina oral;

Esta terapia pode ser ineficaz em pacientes com infecções Esta terapia pode ser ineficaz em pacientes com infecções mistas envolvendo mistas envolvendo Staphylococcus aureus. Staphylococcus aureus. O tratamento O tratamento nesses casos deve incluir oxacilina ou vancomicina.nesses casos deve incluir oxacilina ou vancomicina.

O O S. pyogenesS. pyogenes pode ser persistente na orofaringe mesmo com pode ser persistente na orofaringe mesmo com o término do tratamento, devido ao não cumprimento o término do tratamento, devido ao não cumprimento terapêutico prescrito.terapêutico prescrito.

Page 54: Streptococcus 2

Tratamento, prevenção e controle

Um tempo adicional no tratamento pode ser aplicado em casos Um tempo adicional no tratamento pode ser aplicado em casos de portadores persistentes;de portadores persistentes;

Se mesmo assim o estado do portador persistir, não é indicado Se mesmo assim o estado do portador persistir, não é indicado repetir o tratamento, pois o uso prolongado de antimicrobiano repetir o tratamento, pois o uso prolongado de antimicrobiano pode afetar a microbiota normal do paciente;pode afetar a microbiota normal do paciente;

A antibioticoterapia em pacientes com faringite acelera o alívio A antibioticoterapia em pacientes com faringite acelera o alívio dos sintomas e, se iniciada até 10 dias desde o aparecimento da dos sintomas e, se iniciada até 10 dias desde o aparecimento da doença, previne a febre reumática.doença, previne a febre reumática.

Pacientes com história de febre reumática necessitam de Pacientes com história de febre reumática necessitam de profilaxia antibiótica prolongada para prevenir sua recorrência;profilaxia antibiótica prolongada para prevenir sua recorrência;

Page 55: Streptococcus 2

Streptococcus agalactiae

Caracterizado pela presença do polissacarídeo do grupo B de Lancefield (Streptococcus do grupo B);

Beta-hemolítico;

Produtor de fator CAMP;

Produz a enzima hipuricase.

Page 56: Streptococcus 2

Streptococcus agalactiae

Importância clínica:

- Muito importante em medicina veterinária, pois é uma das principais causas de mastite bovina.

- Isolados a partir de espécimes clínicos de origem humana: agente etiológico de meningites, septicemias e pneumonias em neonatos.

- Como membros da microbiota normal, são encontrados nas vias aéreas superiores, trato intestinal e vagina.

Page 57: Streptococcus 2

Streptococcus agalactiae

Fator de risco associados a infecções perinatais- Colonização genital materna.

- O estado de portador vaginal dessa espécie é comum entre mulheres, grávidas ou não. O recém-nascido adquire o microrganismo durante a passagem pela vagina. A colonização pode também ocorrer durante a permanência da criança no berçário, transmitida pelas mãos do pessoal médico ou paramédico.

Page 58: Streptococcus 2

Streptococcus agalactiae

Infecções causadas por esse microrganismo em adultos

- endometrite pós-parto

- infecções do trato urinário

- bacteremia

- infecções de pele e tecidos moles;

- pneumonia

- endocardite

- meningite

- artrite e osteomielite

Page 59: Streptococcus 2

Streptococcus pneumoniae

S.pneumoniaeS.pneumoniae coloniza a orofaringe e se dissemina pelos coloniza a orofaringe e se dissemina pelos pulmões nos tecidos que estimula a resposta inflamatória, pulmões nos tecidos que estimula a resposta inflamatória, sendo responsável pela morte das células fagocitárias. sendo responsável pela morte das células fagocitárias.

A patogênese da doença pouco se sabe hoje, estudos indicam A patogênese da doença pouco se sabe hoje, estudos indicam que as manifestações estão relacionadas à resposta do que as manifestações estão relacionadas à resposta do hospedeiro a infecção do que a produção de fatores ligados hospedeiro a infecção do que a produção de fatores ligados aos microorganismos.aos microorganismos.

Quando as bactérias se neutralizam produzem a protease Quando as bactérias se neutralizam produzem a protease secretora IgA e a pneumolisina.secretora IgA e a pneumolisina.

Page 60: Streptococcus 2

A função da IgA é prender o microrganismo a mucina, em que A função da IgA é prender o microrganismo a mucina, em que se liga a bactéria pelo sítio de ligação do antígeno pela sua se liga a bactéria pelo sítio de ligação do antígeno pela sua fração da mucina.fração da mucina.

A protease não deixa que tenha essa interação, bloqueando.A protease não deixa que tenha essa interação, bloqueando.

Já a pneumolisina é uma citotoxina que se liga ao colesterol na Já a pneumolisina é uma citotoxina que se liga ao colesterol na membrana das células hospedeiras, gerando assim os poros.membrana das células hospedeiras, gerando assim os poros.

Page 61: Streptococcus 2

Streptococcus pneumoniae

Alfa-hemolítico;Alfa-hemolítico;

Colônias puntiformes;Colônias puntiformes;

Agrupados aos pares;Agrupados aos pares;

Formato de chama de vela;Formato de chama de vela;

Também chamado de pneumococo.Também chamado de pneumococo.

É um dos agentes bacterianos mais freqüentes associados a É um dos agentes bacterianos mais freqüentes associados a infecções graves.infecções graves.

Page 62: Streptococcus 2

Epidemiologia

S.peumoniaeS.peumoniae é comum na orofaringe e na nasofaringe de indivíduos é comum na orofaringe e na nasofaringe de indivíduos saudáveis.saudáveis.

Sua colonização é mais comum em crianças do que nos adultos, Sua colonização é mais comum em crianças do que nos adultos, porém há grandes chances de aqueles adultos serem infectados, pois porém há grandes chances de aqueles adultos serem infectados, pois eles convivem com as crianças. eles convivem com as crianças.

A colonização ocorre inicialmente próximo dos 6 meses de idade.A colonização ocorre inicialmente próximo dos 6 meses de idade.

As incidências do estado de portador da doença são bem mais altas As incidências do estado de portador da doença são bem mais altas durante os meses de frios.durante os meses de frios.

Page 63: Streptococcus 2

Streptococcus pneumoniae

Importância clínica

Pertence à flora normal do trato respiratório superior de 25% a 50% das crianças pré-escolares e aproximadamente 20% dos adultos, chamados portadores.

Sua disseminação é aumentada pelas infecções do trato respiratório superior e pela aglomeração de pessoas.

Page 64: Streptococcus 2

Streptococcus pneumoniae

Doenças relacionadas

- pneumonia

- meningite

- septicemia

- otite média

- infecções oculares

- sinusite

- bacteremia

Page 65: Streptococcus 2

Pneumonia

Ocorre quando os microrganismos endógenos orais são Ocorre quando os microrganismos endógenos orais são aspirados para as vias aéreas inferiores.aspirados para as vias aéreas inferiores.

A doença acontece quando os mecanismos naturais de defesa A doença acontece quando os mecanismos naturais de defesa são logrados, permitindo que os microrganismos que são logrados, permitindo que os microrganismos que colonizam a orofaringe ganhem acesso aos pulmões, se colonizam a orofaringe ganhem acesso aos pulmões, se desenvolvendo e multiplicando nos espaços alveolares.desenvolvendo e multiplicando nos espaços alveolares.

Suas manifestações clinicas aparecem de forma bruta com Suas manifestações clinicas aparecem de forma bruta com calafrios intensos, com tremores e febre (39°C a 41°C). calafrios intensos, com tremores e febre (39°C a 41°C). Frequentemente de 1 a 3 dias antes do aparecimento dos Frequentemente de 1 a 3 dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas,o paciente apresenta infecção viral do trato primeiros sintomas,o paciente apresenta infecção viral do trato respiratório.respiratório.

Page 66: Streptococcus 2

Sinusite e Otite Média

S.pneumoniaeS.pneumoniae é a causa comum de infecções agudas dos é a causa comum de infecções agudas dos seios paranasais e dos ouvidos.seios paranasais e dos ouvidos.

São doenças precedidas por uma infecção viral do trato São doenças precedidas por uma infecção viral do trato respiratório superior, ocorrendo logo após o infiltrado de respiratório superior, ocorrendo logo após o infiltrado de leucócitos polimorfo nucleares (PMN), que obstrui os seios leucócitos polimorfo nucleares (PMN), que obstrui os seios paranasais e o canal auditivo.paranasais e o canal auditivo.

A infecção do ouvido médio (otite media) é observada em A infecção do ouvido médio (otite media) é observada em crianças.crianças.

A sinusite bacteriana pode ocorrer em pacientes de todas as A sinusite bacteriana pode ocorrer em pacientes de todas as idades.idades.

Page 67: Streptococcus 2

Meningite

S.pneumoniaeS.pneumoniae pode se disseminar para o sistema nervoso pode se disseminar para o sistema nervoso central após bacteremia, otite, sinusite ou trauma craniano central após bacteremia, otite, sinusite ou trauma craniano que venha proporcionar uma comunicação entre o espaço que venha proporcionar uma comunicação entre o espaço subaracnoide e a nasofaringe.subaracnoide e a nasofaringe.

Incomum em neonatos.Incomum em neonatos.

É atualmente um importante agente causador de doença em É atualmente um importante agente causador de doença em crianças e adultos.crianças e adultos.

Page 68: Streptococcus 2

Bacteremia

Ocorre em 25% a 30% dos pacientes com pneumonia Ocorre em 25% a 30% dos pacientes com pneumonia pneumocócica e em mais de 80% dos que apresentam pneumocócica e em mais de 80% dos que apresentam meningite.meningite.

Os microrganismos normalmente não estão presentes no sangue Os microrganismos normalmente não estão presentes no sangue dos pacientes com otite media ou sinusite.dos pacientes com otite media ou sinusite.

A endocardite pode ocorrer em pacientes com válvulas normais A endocardite pode ocorrer em pacientes com válvulas normais ou previamente danificadas.ou previamente danificadas.

É comum a destruição do tecido da válvula cardíaca.É comum a destruição do tecido da válvula cardíaca.

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Tratamento, prevenção e controle

Antes dos antibióticos, o tratamento específico da infecção por Antes dos antibióticos, o tratamento específico da infecção por S. pneumoniae S. pneumoniae era a infusão passiva de anticorpos capsulares era a infusão passiva de anticorpos capsulares tipo específicos.tipo específicos.

A A penicilinapenicilina tornou o tratamento de escolha para a doença tornou o tratamento de escolha para a doença pneumocócica, porém pesquisadores registraram cepas pneumocócica, porém pesquisadores registraram cepas resistentes. resistentes.

Assim para o tratamento das infecções graves é recomendado Assim para o tratamento das infecções graves é recomendado o uso de uma o uso de uma fluoroquinolonafluoroquinolona (ex.: levofloxacina) ou (ex.: levofloxacina) ou vancomicina vancomicina combinada comcombinada com ceftriaxona. ceftriaxona.

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Os esforços para prevenir e controlar a doença pneumocócica Os esforços para prevenir e controlar a doença pneumocócica têm sido concentrado no desenvolvimento de vacinas efetivas têm sido concentrado no desenvolvimento de vacinas efetivas anticapsulares.anticapsulares.

Vacina polissacarídica pneumocócica 23-valente (com 23 Vacina polissacarídica pneumocócica 23-valente (com 23 diferentes polissacarídeos capsulares) são recomendadas para diferentes polissacarídeos capsulares) são recomendadas para crianças maiores de 2 anos e para adultos.crianças maiores de 2 anos e para adultos.

Apesar da vacina 23-valente ser imunogênica em adultos normais Apesar da vacina 23-valente ser imunogênica em adultos normais e a imunidade resultante ser duradoura, ela é menos eficaz em e a imunidade resultante ser duradoura, ela é menos eficaz em pacientes que apresentam risco elevado para desenvolvimento de pacientes que apresentam risco elevado para desenvolvimento de doenças pneumocócicas, incluindo pacientes com asplenia, doenças pneumocócicas, incluindo pacientes com asplenia, anemia falciforme, neoplasia hematológica e infecção por HIV; anemia falciforme, neoplasia hematológica e infecção por HIV; pacientes que sofreram transplante renal e idosos.pacientes que sofreram transplante renal e idosos.

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Streptococcus Grupo Viridans

A caracterização é menos definida e padronizada do que as dos demais estreptococos.

não são beta-hemolíticos não possuem antígenos de superfície do grupo B ou D não são sensíveis à optoquina a maioria não cresce em meios contendo alta concentração de sal

Streptococcus.

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Streptococcus grupo viridans

Espécies pertencentes a este grupo:

- Streptococcus mutans

- Streptococcus sanguis

- Streptococcus mitis

- Streptococcus salivarius

- Streptococcus anginosus

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Streptococcus grupo viridans

Doenças relacionadas:

Endocardite (infecção mais comum por esse microrganismo) Abscessos Infecções do trato geniturinário Infecções de feridas Bacteremias Cárie dental

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Streptococcus grupo D

Atualmente representado, em termos de importância clínica, pela

espécie Streptococcus bovis.

Alfa ou gama-hemolíticos Positivos para o teste de bile-esculina Não cresce em NaCl 6,5%

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Streptococcus grupo D

Streptococcus bovis são encontrados normalmente no trato gastrointestinal.

Postula-se que o Streptococcus bovis possa estar associado ao câncer do intestino, embora não haja evidências de qualquer relação etiopatogênica.

É recomendável pesquisar esse tipo de câncer em pacientes com bacteremia causada por essa bactéria.

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Referencias Bibliográficas

MURRAY, P. R. et al MURRAY, P. R. et al Microbiologia Médica.Microbiologia Médica. 6 ] ed. Rio de Janeiro: 6 ] ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 947 p.Elsevier, 2009. 947 p.

<<www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/Disciplinas/LinkAula/streptococcaceae.pdf> Acesso no dia 01 de junho de 2012.> Acesso no dia 01 de junho de 2012.

<<www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000200010> Acesso > Acesso no dia 08 de junho de 2012.no dia 08 de junho de 2012.

<www.ufrgs.br/labacvet/files/Strepto201102.pdf> Microbiologia <www.ufrgs.br/labacvet/files/Strepto201102.pdf> Microbiologia Clínica Veterinária UFRGS, acesso no dia 01 de junho de 2012.Clínica Veterinária UFRGS, acesso no dia 01 de junho de 2012.

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PICPICGrupo:Grupo: Aline Carvalho Amanda SonjaAmanda Sonja Cássia CarvalhoCássia Carvalho Cristiane SilvaCristiane Silva Emanuelle AlmeidaEmanuelle Almeida Graziele MansoGraziele Manso Karina BezerraKarina Bezerra Maicon LopesMaicon Lopes Natacha CostaNatacha Costa Priscila RibeiroPriscila Ribeiro Priscila VilelaPriscila Vilela

5º período de Biomedicina

Disciplinas:•Microbiologia Geral – Sérgio Graziani•Biologia Molecular II- Thiago Nasser•Imunologia Clínica- Thiago Nasser•Imagenologia- Ana Paula Bacha