suicídio cristão uma análise psicológica e bíblica
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Sumário
Suicídio uma abordagem psicológica
Suicídio Ato planejado ou impulsivo?
Suicídio Cristão planejado uma abordagem Bíblica
Suicídio Cristão planejado e Justificação
Conclusão
ANEXO: Entrevista _ Hernandes Dias Lopes: causas e
prevenção para o suicídio
“Parece simplesmente não existir nenhuma luz no fim do túnel.”
“Nada mais parece fazer sentido, há apenas uma dor tão pesada
que carrego, e que não consigo mais suportar…”
“Não aguento mais viver assim, eu gostaria de viver, mas não
assim…”
“Não há mais nada que eu possa fazer, seria melhor morrer…”
Tive medo de ser o próximo”
“Era de manhã quando recebi o telefonema avisando que meu
irmão tinha se suicidado”. Enforcou-se. Levei um susto muito
grande, foi um choque. No caminho até minha casa, senti
vergonha por ser da família de um suicida. Tenho três tias
velhinhas, que são de uma geração em que o suicídio era
ainda mais estigmatizado – e disse a elas que devíamos contar
para todos que o meu irmão havia se suicidado. Preferi não
ocultar. O gesto dele me trouxe uma sensação dolorida de que
também poderia acontecer comigo. Tive medo de ser o
próximo. Fiquei muito assustado. Venho de um núcleo de
morte – minha mãe morreu jovem, de câncer, quando eu era
criança, e meu pai sofreu um infarto agudo há alguns anos.
Não acredito que tenham sido mortes naturais, talvez eles
quisessem mesmo morrer.
Me senti muito culpado, foi inevitável. Pensei que talvez
pudesse ter feito alguma coisa. O suicídio é uma violência
muito grande. Parece uma bomba, uma explosão. Era meu
irmão mais velho. Acho que ele nunca desejou alguma coisa
com empenho. Tudo, para ele, tanto fazia, qualquer coisa
estava bem. Era uma situação crônica. Ele entrou em várias
faculdades e não terminou de cursar nenhuma. Tentou vários
empregos, mas saiu de todos eles. Foi casado, separou-se,
tinha uma namorada. Aparentemente sua vida estava
estruturada. E ele não era depressivo. Talvez não estivesse
vendo perspectivas. As razões do suicídio são um mistério.
Pensei muito em quais teriam sido os motivos. Só relaxei
quando assumi que não podia entendê-los. No enterro, senti
uma raiva muito, muito grande. Naquele instante,
experimentei uma profunda sensação de abandono. Nunca
tinha sentido isso antes. Meu irmão foi enterrado no mesmo
túmulo onde já estavam os meus pais.
Fiquei sozinho. Tenho muita vontade de viver. Acho que é
uma espécie de resistência – gosto de festas, brigo pela vida,
vivo intensamente, tenho amigos, curto meu trabalho, sou
afetivo… Sempre fui assim, mas o suicídio me fez ver de
maneira mais consciente que a vida é uma só. Não sou nada
religioso, mas acho que todos nascemos para ser felizes, para
desfrutar.
Pensei muito nisso, logo depois do suicídio. Um dia, fiquei
parado uns 15 minutos diante de uma avenida onde os carros
vinham em alta velocidade e não havia faixa de pedestres. Era
só um passo, tão fácil, e tudo se acabaria. Depois, ao visitar
um novo apartamento, também contemplei a janela
demoradamente… Num ato poderia resolver tudo, todos os
meus problemas. Mas prefiro os meios mais difíceis. “Não
acredito em outra maneira.”
E.S., médico e professor universitário, 45 anos.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho surgiu a partir de uma declaração de um
erudito acerca de um salvo que ao cometer suicídio o mesmo não
perderá a salvação, essa declaração causou um impacto acelerador
e serviu para que essa temática fosse novamente assunto de
discussão no meio evangélico, vou trabalhar essa questão
oferecendo uma resposta, sem, contudo julgar tal erudito sei que
esse é um assunto realmente bem delicado e que precisa ser bem
analisado para que não cometamos injustiça, ainda mais que Para
algumas pessoas que em determinados momentos da vida, pensar
na morte como a única saída para uma situação de sofrimento
intolerável, talvez pareça à única solução possível. Quando uma
pessoa se sente no limite, de tal forma angustiada, desesperada e
sem esperança, é compreensível que considere que prescindir do
direito de viver, apesar de constituir uma solução permanente,
pareça ser a melhor forma de lidar com uma situação que, naquele
momento, é tão avassaladora e dolorosa. É como se sentisse que
está perdida num labirinto completamente escuro, como se todos
os caminhos que permitem o acesso às portas de saída deixassem
de existir, e quem mesmo que tentasse percorrer um desses
caminhos, isso apenas resultaria em mais um esforço inútil, pois
não só encontraria as portas completamente trancadas, como não
teria disponíveis as chaves adequadas para abri-las, pois se
tratando de um Cristão o assunto torna-se mais complexo ainda,
cometendo suicídio o cristão perde a salvação, vai direto para o
inferno, e como fica a justificação dele diante de Deus? Ainda
mais quando existem diversidades tipos de motivos que levam a
tal ato, a minha proposta não é ser extenso e nem encerrar o
assunto, reconheço que muito do que vou tratar aqui é opinião de
especialistas e que na verdade apenas transcrevo para aqui,
especialmente na abordagem psicológica, ainda mais por saber
que existem três diferentes vertentes da Psicologia, a saber –
Psicanálise, Teoria Comportamental e Abordagem
Fenomenológica que tentam compreender o ato suicida e como
trabalham em psicoterapia com pacientes tentadores de suicídio,
Dentro da abordagem psicanalítica, existe mais de uma leitura
sobre o suicídio, contudo esse trabalho foi desenvolvido dando-se
maior ênfase às ideias, Menninger (1970) enxerga que todo ato
agressivo ou destrutivo contra a própria vida é uma manifestação
do instinto de morte contra o Eu. Para ele, a prática suicida pode
ter origem em diversos temas, inclusive aqueles que se referem ao
meio ambiente, ou seja, a não elaboração interna de algumas
percepções e vivências. Este é inclusive o fator mais relevante
para desencadear o comportamento suicida.
Afinal o que é suicídio, o que dizem os psicológicos e fala a
Bíblia de alguma forma objetiva? No discorrer desse trabalho
vamos juntos encontrar as respectivas respostas.
1 _ Suicídio uma abordagem psicológica.
O que é o suicídio?
O vocábulo suicídio vem do latim sui (de si mesmo)
e cidium (“morte, assassínio”), forma do verbo caedere(“cortar,
matar”) (Dahlke, 2009; Neves, Corêa & Nicolato, 2010a).
O suicídio é um comportamento extremamente autodestrutivo,
motivado pelo estado psicológico do indivíduo, suas crenças e
normas sociais, caracterizado pela resolução psicótica bastante má
de escolher morrer, solução encontrada para escapar de uma
insuportável dor psicológica, uma vez que se encontra sem
coragem para enfrentar os desafios da vida.
(Kalina & Kovadloff, 1983, Schneidman citado por Sperb &
Werlang, 2002; Fensterseifer & Werlang, 2003; Dahlke, 2009;
Schneidman; Kral citados por Teixeira, 2010).
Em outras palavras a definição de suicídio implica
necessariamente um desejo consciente de morrer e a noção clara
de que o ato executado pode resultar nisso.
2- Por que uma pessoa se mata?
Todos ou quase todos já pensamos em suicídio em algum
momento na vida. “É um pensamento humano, Se não desejamos
nos matar, ao menos cogitamos morrer para escapar do
sofrimento, para nos vingar, para chamar a atenção ou para ficar
na história”, diz o psiquiatra e psicanalista Roosevelt Smeke
Cassorla, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, um dos maiores
especialistas brasileiros em suicídio, Mas resolvemos continuar
vivos e melhorar as nossas condições de vida. O suicídio, então,
soa como um desatino. A pergunta que fica é: por que algumas
pessoas desistem e outras não?
Casos de suicídio muitas vezes são deliberadamente mascarados
nas estatísticas oficiais, Por trás do comportamento suicida há
uma combinação de fatores biológicos, emocionais,
socioculturais, filosóficos e até religiosos que, embaralhados,
culminam numa manifestação exacerbada contra si mesmo. Para
decifrá-los, os estudiosos recorrem à “autópsia psicológica”, um
procedimento que tem por finalidade reconstruir a biografia da
pessoa falecida por meio de entrevistas e, assim, delinear as
características psicossociais que a levaram à morte violenta, a
revista Superinteressante** disse que O fato de estar consciente
de que vai efetuar um ato suicida não elimina, no entanto, o
estado de confusão mental que o indivíduo experimenta
momentos antes da ação. “Ele não sabe se quer morrer ou viver,
se quer dormir ou ficar acordado, fugir da dor, agredir outra
pessoa ou, de fato, encontrar o mundo com o qual fantasia”, diz
Roosevelt. Afinal, o suicida tem diante de si duas iniciativas
complexas e contraditórias a conciliar naquele momento: tirar a
vida e morrer. O suicídio ocorreria, então, num instante em que a
pessoa se encontra quase fora de si, fragmentada, com os
mecanismos de defesa do ego abalados e, por isso, “livre” para
atacar a si mesma.
**Fonte: http://super.abril.com.br/comportamento/por-que-
uma-pessoa-se-mata/
Há suicídios e suicídios. Por isso, os especialistas costumam
avaliar a tentativa de se matar ou o ato propriamente dito a partir
de duas variáveis: a intencionalidade e a letalidade. A primeira diz
respeito à consciência e à voluntariedade no planejamento e na
preparação do ato suicida. A segunda, ao grau de prejuízo físico
que a pessoa se inflige. Existem casos em que o indivíduo
demonstra evidente intenção de morrer e alto grau de letalidade,
ao optar por um método eficiente. Em outras ocorrências, a
vontade de morrer é fraca, apesar de voluntária, e o método
escolhido é pouco prejudicial. Ou seja: há casos de suicidas
propriamente ditos. E há casos em que a pessoa só está pedindo
socorro, implorando para ser resgatada. Claro que há quem não
queira enfaticamente a morte mas, por usar um meio perigoso,
acabe sendo bem-sucedido.
E outros, cujo objetivo é mesmo acabar com a própria vida, por
desconhecimento da maneira mais efetiva de causar danos graves
a si mesmos, acabam sobrevivendo. (Aliás, esses, se não
receberem tratamento adequado, são candidatos a uma nova
tentativa.) O escritor italiano Cesare Pavese (1908-1950), 12 anos
antes de se matar com barbitúricos, tinha escrito: “Ninguém
nunca deixa de ter um bom motivo para o suicídio”. A angústia
existencial do suicida sempre vai fornecer justificativas para a sua
morte. Ele sempre poderá enxergar a vida sem sentido ou ver
prevalecer em si um sentimento neurótico de desvalia, derrota e
de baixa auto-estima. Daí a criação de fantasias em torno da
morte. Como se trata de um fenômeno pouco entendido e também
considerado tabu, o suicídio geralmente é recriado de acordo com
as expectativas do indivíduo. O suicida não pensa, por exemplo,
que vai se decompor e virar pó.
“O suicídio é um ato de linguagem, de comunicação. Como
vivemos numa rede de relacionamentos, a nossa morte significa
algo para as outras pessoas”, diz a psicóloga Maria Luiza Dias
Garcia, coordenadora da Clínica de Psicoterapia Laços, em São
Paulo, que analisou mensagens (bilhetes, cartas, gravações)
deixadas por suicidas no livro Suicídio – Testemunhos do Adeus.
“Constatei, pelos discursos, que o suicida está num quadro de
embotamento, como se estivesse afogado nas próprias emoções.
Ele não aproveita os vínculos sociais para partilhar seus
sentimentos e vê o mundo de uma maneira muito própria.” O
suicídio, então, torna-se um meio de expressão, uma fala que não
pôde ser dita.
Os especialistas costumam diferenciar as tentativas de suicídio do
ato em si, uma vez que, de acordo com a intencionalidade e a
letalidade, o gesto pode assumir sentidos diferentes. As tentativas
de se matar são vistas como um grito por ajuda, sintoma de uma
falha tanto no sistema familiar quanto no grupo social. “O
indivíduo não consegue pedir socorro de outro modo, então opta
por um ato extremo”, diz a psicóloga Denise Gimenez Ramos, da
PUC de São Paulo. “Por que ele não foi ouvido? Todos dão
conselhos, mas ninguém ouve o que ele tem a dizer. Esse
indivíduo, portanto, fica com a impressão de que não existe para o
mundo.”
Incapazes de comunicar a própria dor, os suicidas recorrem a
algumas fantasias para justificar a si mesmos a autodestruição. A
busca de outra vida é uma das mais comuns. O indivíduo enxerga
no suicídio a oportunidade de interromper uma existência infeliz e
recomeçar, com uma nova chance para acertar. Matar-se também
pode ser um jeito de acelerar o reencontro com pessoas queridas
já mortas – o pai, a avó, um amigo, o cônjuge. Outras fantasias
comuns acerca do suicídio: gesto de vingança ou rebeldia, castigo
e autopenitência. “A ideia da não existência é tão insuportável que
a mente humana inevitavelmente recorre às fantasias para levar
adiante o projeto de autoaniquilamento”, diz Roosevelt Cassorla.
Mas o indivíduo nem sempre tem acesso consciente a essas
fantasias.
O psicólogo Valdemar Angerami Camon, do Centro de
Psicoterapia Existencial, chefiou por quatro anos o Serviço de
Atendimento aos Casos de Urgência e Suicídio da Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo e constatou como tais fantasias
estão presentes na mente daqueles que querem se matar. “O que
me impressionava eram as pessoas que tentavam suicídio dizerem
que não queriam morrer”, diz Valdemar. “Como alguém tenta o
suicídio e diz que não quer morrer? Na verdade, queriam acabar
com uma situação de desespero. Como não conseguiam ver
alternativa, recorriam ao suicídio. Mas, ao depararem com a
possibilidade concreta da morte, percebiam que não queriam, de
fato, morrer.”
O psiquiatra Claudemir Rapeli, da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), autor de dois extensos trabalhos sobre
suicídio, também constatou esse sentimento em boa parte dos
suicidas que atendeu no Hospital das Clínicas de Campinas. “O
arrependimento é imediato. Reconhecem que foi uma atitude
impulsiva, desesperada, ansiosa.” Claudemir conta a história de
um rapaz de 18 anos que tentou suicídio tomando um agrotóxico
letal. (A substância provoca, em algumas semanas, uma espécie
de fibrose pulmonar que impede a respiração normal e o
indivíduo morre sufocado.) “Quando ele começou a sentir que
não ia melhorar que os médicos não podiam fazer mais nada, o
pânico dele foi comovente”, afirma. “A motivação foi banal –
uma briga com a namorada por achar que ela o estava traindo”.
Tomou o veneno para livrar-se da rejeição, mas não queria a
morte. Ele pedia a todos os médicos que não o deixassem morrer.
Já para a psicóloga MARIANA DE ANDRADE, **Em vários
momentos da vida, algumas pessoas podem pensar
em suicídio por não encontrarem saída para certos problemas que
surgem. Sentem-se sem esperança e uma grande angústia vem
acompanhada com o pensamento de se privarem do direito de
viver. Em outros momentos, a pessoa não quer realmente morrer e
sim impressionar os outros com a gravidade de seu dilema.
Segundo algumas pesquisas, de 10 pessoas que possuem
pensamento suicida, 8 cometem suicídio, e de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de 3 mil
pessoas por dia cometem suicídio no mundo e apresenta as 10
principais causas que fazem uma pessoa cometer suicídio.
** Mariana De Andrade
Psicóloga E-mail: [email protected]
1) Solidão
Uma das queixas mais recorrentes na tentativa de suicídio é
a solidão. O sentimento de isolamento, de uma angústia
profunda por se sentir sozinho, de que ninguém vai
compreendê-lo e julgá-lo, de que não aguentam mais e
estão cansados, são exemplos de falas dessas pessoas. O
silêncio funciona como uma “máscara” que encoberta a dor
profunda e a vergonha sentidas.
É possível que a pessoa mesmo rodeada de amigos se
sinta solitária. É sempre bom ficar atento aos sinais de
isolamento, como baixa auto-estima, tristeza, perda de apetite,
desânimo e apatia. A solidão é um sentimento que, caso se torne
contínuo na vida da pessoa, pode virar uma doença como
a depressão.
2) Depressão
A consequência mais desastrosa da depressão é o suicídio. Das 30
mil pessoas que morrem por suicídio nos Estados Unidos a cada
ano, por exemplo, a maioria está sofrendo de depressão.
Entretanto, já que as mortes por suicídio nem sempre são
notificadas (devido ao estigma e ao fato de que muitas mortes
acidentais provavelmente são suicídio), o número real ao ano
pode chegar a 50 mil.
Na depressão, a pessoa se isola, chora muito, fica irritadiça, não
sente mais prazer nas atividades que antes lhe agradavam, prefere
não falar sobre seus sentimentos, não confia em ninguém e tem
pensamentos suicidas.
3) Presença de outras doenças ou má saúde
Algumas doenças que deixam as pessoas impossibilitadas de
alguma forma física, como andar, falar, ouvir, etc, ou, por
exemplo, outras doenças como HIV, câncer, uma doença terminal
ou transtornos mentais (esquizofrenia, depressão, bipolaridade,
distúrbios da ansiedade e a personalidade, bulimia e anorexia,
etc), podem contribuir para uma maior desorganização ou
desconforto emocional, uma vez que, por essas pessoas acharem
que tem uma doença incurável, ficam sem esperanças.
Essas pessoas não conseguem pensar em soluções e lidar com os
obstáculos que surgem, sentem-se incapacitadas física e
psicologicamente, desesperadas e intoleráveis. O risco de suicídio
em pessoas que possuem esquizofrenia, por exemplo, é de 4 a
10%, já que elas podem estar em um estado fora da realidade, ter
crises psicóticas e delírio de perseguição.
4) Problemas conjugais e de relacionamento
As brigas recorrentes com os pais e falta de amparo deles, término
de um relacionamento, discussões frequentes com o (a) parceiro
(a), divórcio e separação podem levar uma pessoa ao suicídio. Um
exemplo seria o de uma mulher que toma uma superdosagem de
sonífero quando seu esposo ou amante ameaça deixá-la. Na
maioria das vezes, para estas pessoas, uma relação em que se
investiu tempo e toda uma carga emocional é difícil de ser
desfeita. A separação ou discussões constantes levam à tristeza e
depressão, elevando o risco para cometerem suicídio.
5) Dificuldades financeiras ou profissionais
Dificuldades financeiras, problemas no trabalho, desemprego e
perda do status socioeconômico são outros riscos para o suicídio.
A riqueza e o poder são volúveis e instáveis, e a qualquer
momento estamos sujeitos a perder dinheiro, um emprego e a
riqueza que existia antes. Atualmente, com o aumento do
desemprego e a crise econômica, o suicídio parece para muitos ser
a única saída possível, que acaba por desencadear solidão, perda
de apoio social, crises familiares e sensação de impotência,
agravando assim tendências autodestrutivas, abuso de álcool e
outras drogas e transtornos mentais, como ansiedade e depressão.
6) Bullying
Atualmente muito se tem falado sobre a relação de bullying e
suicídio. Casos ocorridos com crianças e adolescentes que
sofreram violência física e/ou psicológica por um grupo de
indivíduos na escola, no bairro ou outro local e cometem suicídio
tem aumentado. Diante do bullying, a pessoa passa a ter
ansiedade, depressão e pânico. E em certos casos, até a utilizar
álcool e outras drogas. Seu medo é constante por sofrer ou tentar
evitar esses atos de violência, levando à tristeza e pressão por
receio de contar aos familiares e amigos seu sofrimento.
7) Problemas na adolescência e início da vida adulta
A taxa de suicídio entre adolescentes e jovens adultos está
aumentando. A incidência de suicídio entre jovens de 15 a 24
anos quadriplicou durante as últimas quatro décadas.
Adolescentes suicidas tendem a abandonar os estudos ou a ter
problemas de comportamento na escola, embora alguns sejam
estudantes talentosos que se sentem pressionados para serem
perfeitos e os melhores da turma. Algumas pesquisas mostram em
estudantes do último do ensino médio mostraram que 27%
disseram pensar seriamente em se matar. Os universitários têm
duas vezes mais chances de se matar do que os que não estão na
universidade de mesma idade, pois, segundo alguns estudos, são
mais mal-humorados, exigem mais de si mesmos e se deprimem
com mais frequência do que seus colegas não suicidas. Dentre os
motivos para o suicídio entre eles estão: solidão, viver longe
de casa pela primeira vez (no caso de irem morar em repúblicas),
receber pouco afeto parental, ter pais alcoólatras, pais divorciados
ou separados, enfrentar novos problemas, tentar se sobressair
academicamente quando a competição é muito mais forte do que
no ensino médio, indecisões quanto à escolha da profissão,
solidão causada pela ausência dos velhos amigos e ansiedade em
relação aos novos.
8) Luto ou perdas afetivas
Perder um familiar querido (pais, irmãos, cônjuge, filhos) muitas
vezes faz certas pessoas cometerem suicídio. Elas acham que
podem ter perdido sua única fonte de apoio. Isso acontece muito
com idosos que perdem seu parceiro, sua única companhia e de
quem cuidava ou era cuidado. Perder alguém importante é deixar
uma lacuna vazia em nossas vidas, uma pessoa que não estará
mais presente. Mas para muitas pessoas é comum pensar em
cessar a vida, uma vez que está presenciando prejuízo funcional,
preocupação mórbida com desvalorização de si, ideação suicida, e
até sintomas psicóticos e retardo motor.
9) Abuso de drogas
Estudos mostram que pessoas que cometeram suicídio quase 60%
abusavam de drogas e 84% de álcool e outras drogas. O abuso de
drogas faz com que estas pessoas fiquem deprimidas e se matem
ou elas recorrem às drogas como uma forma de lidar com a
depressão e se matam quando as drogas já não ajudam mais.
Porém, em muitos casos, o abuso de drogas parece ter aparecido
antes de problemas psicológicos. Jovens, com menos de 30 anos,
usuários de drogas que cometem suicídio tem uma frequência
maior do que a prevista de conflitos interpessoais intensos ou de
perda de um cônjuge ou parceiro nas semanas que antecedem o
suicídio.
10) Timidez
Pode parecer impossível alguém tímido pensar em suicídio.
Porém, a timidez é um dos fatores de risco para uma pessoa
cometer suicídio. Mas não se trata aqui da timidez normal e sim
da patológica, conhecida pelos profissionais de saúde mental
como Transtorno de Ansiedade Social. Esta timidez patológica
limita a vida profissional, social e afetiva. Há um desconforto e
inibição que estas pessoas apresentam em seus comportamentos,
como: medo intenso, desproporcional e sem motivo aparente;
círculo de amizades restrito; evita tudo que é novo; tem rotina
rígida; e sente grande necessidade de aprovação dos outros. E
tudo isso afeta o prazer de viver, acabando por pensar em suicídio
para escapar e não saber como ultrapassar estes obstáculos.
3- AFINAL, O QUE EXISTE DE FATO, Uma personalidade
suicida ou uma vulnerabilidade emocional?
Você pode argumentar que muita gente se vê em situações de
grande desespero ou solidão existencial e, mesmo assim, não
busca o suicídio. O que faz a diferença? Na verdade, não existe
uma personalidade suicida – existe, sim, uma vulnerabilidade
emocional (que pode ser trabalhado com o apoio de um parente,
um psicoterapeuta ou um amigo). “Quem tem uma estrutura de
ego frágil pode não suportar uma grande perda ou um momento
de crise e, num impulso, acaba cometendo o suicídio”, diz Ingrid
Esslinger. O ego se constitui a partir dos primeiros vínculos
afetivos, do modo com que o bebê foi cuidado pelas figuras de
apego e da educação que a criança recebeu. Um ego fraco não
tolera a frustração, não tem capacidade de espera, não suporta
lidar com a impotência, com os limites e com os “nãos” que a
vida impõe.
4- Alguns números acerca das características das pessoas que
tendem a suicidar-se…
Mais frequente nos homens que nas mulheres (2:1).
Presença de problema psiquiátrico/psicológico em pelo
menos, 93% dos casos.
Perturbação do humor (depressão, bipolaridade) ou
alcoolismo em 57-86 % dos casos.
Doença terminal em 4-6% dos casos.
Cerca de 66% comunicaram a intenção suicida (40% de
forma clara).
Cerca de 33% tiveram tentativas anteriores de suicídio.
Cerca de metade não tinham constatado técnicos de saúde
mental.
90% tinham constatado serviços de saúde.
5- Suicídio Ato planejado ou impulsivo?
O suicídio raramente é uma decisão repentina, apesar de amigos e
familiares conceberem esse acontecimento como algo
completamente inesperado, surpreendente ou até chocante. Na
maioria dos casos, o suicídio é algo planeado – a pessoa
constrói um plano, estabelece uma data, define um método e
pensa nessa possibilidade ao longo de algum tempo, antes de
tomar uma decisão definitiva.
Porém, a impulsividade é uma característica da personalidade que
interfere na tomada de decisão, ao modelar a rapidez com que se
passa do pensamento ao ato, podendo constituir um fator de risco
acrescido. Existem assim algumas situações em que o suicídio
ocorre de forma impulsiva. Perante uma dada situação, que é
dolorosa e intolerável, a pessoa toma uma decisão imediata,
precipitada e sem pensar (no sentido de minorar a dor emocional
sentida), emitindo uma resposta autodestrutiva que conduz à
consequência irreversível da morte.
Sinais de alerta
Como descrito anteriormente, a maioria das pessoas que se
suicidam, dão pistas e sinais de aviso, mas os outros que as
rodeiam não estão conscientes do seu significado nem sabem
como responder. Eis alguns exemplos de sinais de alerta, cuja
detecção atempada e intervenção eficaz poderão salvar vidas:
Tornar-se uma pessoa depressiva, melancólica (apresenta
uma grande tristeza, desesperança e pessimismo, chora
sistematicamente);
Falar muito acerca da morte, suicídio ou de que não há
razões para viver, utilizando expressões verbais tais como
“Não aguento mais”, “Já nada importa”, ou “Estou a pensar
acabar com tudo”;
Preparativos para a morte: pôr os assuntos em ordem
desfazer-se/oferecer objetos ou bens pessoais valiosos, fazer
despedidas ou dizer adeus como se não voltasse a ser visto;
Demonstrar uma mudança acentuada de comportamento,
atitudes e aparência;
Ter comportamentos de risco, marcada impulsividade e
agressividade;
Aumento do consumo de álcool, droga ou fármacos;
Afastamento ou isolamento social;
Insônia persistente, ansiedade ou angústia permanente;
Apatia pouco usual, letargia, falta de apetite;
Dificuldades de relacionamento e integração na família ou
no grupo;
Insucesso escolar (por exemplo, quando antes era aluno
interessado);
Automutilação.
Em face de este quadro, é provável que dê por si a reconhecer
pelo menos alguns destes sintomas em pessoas que conheça, ou
até mesmo em si próprios. Note, contudo, que a lista fornecida
apenas fornece alguns exemplos de sinais que podem indiciar a
presença de ideação ou tentativa de suicídio. Naturalmente,
quanto maior o número de sinais presentes, maior o risco de
suicídio, e paralelamente, maior a urgência em procurar ajuda
quanto antes.**
**Fonte: http://oficinadepsicologia.com/suicidio-2/
6- Suicídio Cristão planejado uma abordagem Bíblica
Começamos com duas observações: É Deus que fará o
julgamento final, e devemos sempre deixar as decisões sobre a
eternidade daqueles que já morreram nas mãos dele. Nosso
interesse em questões como essa é para ajudar os vivos. Deus
determina quem é responsável diante dele. Da mesma maneira
que reconhecemos a inocência de crianças pequenas, podemos
entender a inocência de algumas pessoas que sofrem de defeitos
mentais. Abordamos a questão do suicídio aqui em termos de
pessoas capazes de raciocinar e tomar decisões próprias, pois
creio que o que determina o destino eterno de um cristão não é a
forma que ele morre e sim a forma que ele vive, pense comigo o
cristão passou a vida inteira servindo a Cristo, derrepente recebe a
notícia que seu marido e todos seus filhos morreram em um
acidente, ela em um ato de desespero e alucinação tira a própria
vida, foi tudo perdido? Não creio dessa forma, outro exemplo,
passa a vida tomando remédios e por efeitos desses remédios e
por inconsequência ela tira a própria vida, está tudo perdido?
Creio que não, observe que nesses e outros exemplos a pessoa
perdeu a capacidade de raciocinar-se e tomar decisões próprias
debaixo de lucidez, nesses casos não creio que o cristão perderá a
salvação, muito embora apenas Deus conhece os seus e de fato
quem morreu nessas características, Todavia, o firme fundamento
de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que
são seus; e: Qualquer que profere o nome do Senhor, então que se
aparte da injustiça." - 2 Tm 2.19, por outro lado entendo e faço
das palavras do Presbítero André Sanchez as minhas quando
ele diz; Não existe nenhuma passagem na Bíblia que fale
diretamente sobre o suicídio. O que sabemos, e é evidente, é que o
suicídio é um pecado e se enquadra em Êxodo 20:13: “Não
matarás”. Aquele que se suicida mata a si mesmo, portanto,
quebra o sexto mandamento e diante disso fica claro que o
Suicídio nunca é a solução.
Precisamos sempre lembrar que Deus não tolera pecado, o
suicídio é pecado e ninguém deve arriscar sua eternidade tomando
uma decisão dessas. Além disso, Deus quer que todos escolham a
vida e não a morte (Deuteronômio 30:19-20).
Dentro da igreja Católica temos relatos de muitos padres que
suicidaram e falando disso o psicólogo Ênio Pinto, atuante há 17
anos no Instituto Terapêutico Acolher, em São Paulo. Desde que
foi fundado, no ano 2000, o instituto voltado ao atendimento
psicoterápico de padres, freiras e leigos a serviço da Igreja
atendeu por volta de 3.700 pacientes.
Autor do livro “Os Padres em Psicoterapia“, Ênio observa que “a
vida religiosa não dá superpoderes aos padres. Pelo contrário.
Eles são tão falíveis quanto qualquer um de nós. Em muitos
casos, a fé pode não ser forte o suficiente para superar momentos
difíceis”
Esta visão é compartilhada pelo psicólogo William Pereira, autor
do livro “Sofrimento Psíquico dos Presbíteros“. Para William, “o
grau de exigência da Igreja é muito grande. Espera-se que o
padre seja, no mínimo, modelo de virtude e santidade. Qualquer
deslize, por menor que seja, vira alvo de crítica e julgamento. Por
medo, culpa ou vergonha, muitos preferem se matar a pedir
ajuda”.
Dentro desses exemplos podemos encontrar dois tipos de
suicídios cometidos por padres ou cristãos em geral, o suicídio
planejado que pode ser resultado de medo de expor um pecado,
uma falha e também o suicídio impulsivo resultado de um
momento de fraqueza, abusos de medicamentos, noites mal
dormidas e etc..
É bom deixar claro que nem todo suicídio impulsivo resulta em
salvação, pois existem casos como o do padre Edson Barbosa, de
Andradina, SP, que, dormindo pouco, comendo mal e se sentindo
irritadiço, começou a beber. Ao se dar conta do rumo que estava
tomando, pediu dispensa das atividades paroquiais e se internou
durante três meses na casa de repouso. Após as consultas
médicas, palestras de nutrição e exercícios físicos que o ajudaram
a trocar o álcool pelo novo hábito de fazer caminhadas e pedalar,
o padre de 36 anos está sóbrio há um ano e nove meses e
testemunha: “Não sei o que teria acontecido comigo se não
tivesse dado essa parada. Demorei a perceber que não era super-
herói”, observe que assim como esse padre, muitos pastores e
cristãos se entregam a uma vida de prática de pecados e vícios o
que resulta em um ato impulsivo ou planejado de suicídio, como
disse no início que o que determina o destino eterno de um cristão
não é a forma que ele morre e sim a forma que ele vive, mais é
bom deixar claro para todos, que nenhum tipo de suicídio é da
vontade de Deus para ninguém.
Suicídio não é a vontade de Deus para ninguém! Deus quer que
todos escolham a vida (Deuteronômio 30:19-20).
Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês,
de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a
maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus
filhos vivam,
20e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus ouça a sua
voz e se apeguem firmemente a ele. “Pois o Senhor é a sua
vida, e ele dará a vocês muitos anos na terra que jurou dar aos
seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó”.
“Os cristãos são chamados a entregar suas vidas para Deus, e
a decisão de quando devem morrer pertence somente a Ele”.
“Não matarás” (Ex 20: 13) proíbe o homicídio, o suicídio e os
pecados vinculados à violência. Esse mandamento atesta que a
vida humana é sagrada.
7- Suicídios na Bíblia
Seria possível um cristão pensar em suicídio?
Claro que sim! Temos vários exemplos na Bíblia de servos de
Deus que à beira de situações desesperadoras pediram para si a
morte. Elias quis morrer quando perseguido por Jezabel (1 Reis
19:4). Moisés também chegou a pedir para Deus a morte
(Números 11:15). Isso aconteceu também com Jonas, mas por um
motivo mais fútil (Jonas 4:3). É claro que eles não pensaram em
se suicidar (matar-se com as próprias mãos), mas pediram a Deus
que os levasse, ou seja, queriam morrer, ao lembrar-se desses
casos vem a minha mente que tinham eles o que a psicologia
aponta como motivos de uma pessoa cometer suicídio, essas
pessoas mesmo diante de adversidades não mataram a si mesmos,
antes pediram ao doador da vida a morte, entendo que é
impossível para nós afirmamos com toda a certeza que todos os
cristãos que cometeram suicídio vão direto para o inferno, pois
Deus é quem sabe de tudo e que vai julgar segundo a reta justiça e
analisará cada intenção do coração, o que não podemos é
apresentar uma opinião e aplicar a todos os casos, sei que muitos
cristãos que se mataram não vão perecer no inferno, porém isso
não é regra geral e aplicável a todos os casos, porém entendo a luz
de muitos textos bíblicos que um cristão se matar é correr um
sério risco de não ter finalizado a carreira cristã e por fim perder a
sua salvação, apresentarei uma abordagem defendendo que para
um cristão e nem qualquer outra pessoa o suicídio é algo bom e
aconselhável, sei que a Bíblia menciona algumas pessoas que
cometeram suicídio, ou suicídio assistido como os casos abaixo:
Abimeleque (Juízes 9:54)
Sansão (Juízes 16:29-31)
Saul e o escudeiro (1 Samuel 31:3-6)
Aitofel (2 Samuel 17:23)
Zinri (1 Reis 16:18
Judas (Mateus 27:5
Tirando o caso de Sansão, que é bem particular e creio não ter
perdido a sua salvação, nenhum dos outros suicídios é abordado
de forma favorável na Bíblia.
Os cinco exemplos de suicídio na Escritura (Juízes 9.52-54;
1samuel 31.3-5; 2 Samuel 17.23; 1Reis 16.18-19; Mateus 27.3-5)
onde todos eles estão em um contexto de vergonha e derrota. Do
mesmo modo, quando personagens mais nobres pedem a Deus
para tirar suas vidas, Deus nunca lhes atende (Números 11.12-15;
1Reis 19.4; Jonas 4.1-11). Nos casos de Jonas e Jó, Deus
claramente vê suas petições autodestrutivas de modo
desfavorável, Alguns têm usado tais casos para defender o
suicídio, observando que os trechos citados não apresentam
julgamentos morais. Mas a Bíblia nem sempre condena os erros
dos homens no mesmo contexto, deixando com o leitor a
responsabilidade de aplicar princípios de outros trechos das
Escrituras. Devemos fazer isso em relação ao suicídio. Observe
estes fatos:
Deus definiu a santidade da vida humana e exige que ela seja
respeitada (Gênesis 9:6).
Paulo impediu o suicídio do carcereiro, dizendo que estaria
fazendo mal (Atos 16:28).
A solução ao sofrimento nesta vida não é fugir ou procurar
escapar da dor, mas encarar os problemas com fé em Deus. Jó
sofreu terrivelmente, mas não tomou a própria vida. Num
momento de depressão, Elias até pediu que Deus o tomasse, mas
não ousou tirar a própria vida (1 Reis 19:4). Paulo sofreu com seu
espinho na carne, mas não tentou escapar pelo suicídio (2
Coríntios 12:7-10). O suicídio normalmente é uma tentativa de
fugir de problemas, ao invés de procurar a ajuda de Deus. Pedro e
Judas negaram Jesus na mesma noite. Judas fugiu e se suicidou
(Mateus 27:5), enquanto Pedro se humilhou diante do Senhor e se
tornou útil no reino de Deus durante o resto da vida (Mateus
26:75; João 21:15-19).
8- Suicídios são pecado
Nenhum cristão de verdade defende que o suicídio não seja
pecado, no site voltemosaoevangelho.com, traz uma nota a qual
apresento apenas uma pequena parte que diz; mais do que a busca
por aliviar seu sofrimento, o suicídio é uma afronta contra Deus,
pois ele é o doador da vida, e só ele pode tirá-la. A pessoa que
comete tal atentado contra a vida que Deus lhe deu está
cometendo um terrível pecado. Então, não presuma a graça de
Deus. Não comenta o erro que o apóstolo Paulo condena em
Romanos 6: a ideia de que por que Deus é gracioso podemos
continuar pecando. A graça de Deus deve levá-lo à esperança que
há em Cristo. Se você é, de fato, um cristão, lembre-se do enorme
e imerecido amor que ele demonstrou na cruz por você.
Arrependa-se do seu pecado e permaneça no amor do Pai. E
procure ajuda!*
* http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/08/suicidio-e-um-
pecado-mas-nao-o-pecado-imperdoavel/ acessado em 31/07/17
às 19h26
Como abordei acima suicídio vem do latim sui (de si mesmo)
e cidium (“morte, assassínio”), forma do verbo caedere(“cortar,
matar”) (Dahlke, 2009; Neves, Corêa & Nicolato, 2010a) e
Quando Deus deu os 10 mandamentos ao seu povo, em Êxodo
20:3-17, incluiu a frase "Não matarás". Tirar a vida de qualquer
pessoa, incluindo a própria vida, de forma intencional, é
pecado e é um ato de rebeldia contra o Autor da Vida, Deus,
portanto uma pessoa que suicida-se esta matando a si mesmo.
Como já podemos observar até agora, o suicídio é um ato de
Rebeldia contra Deus, o Autor da vida, e segundo Deus não tolera
pecado, o suicídio é pecado e ninguém deve arriscar sua
eternidade tomando uma decisão dessas. Além disso, Deus quer
que todos escolham a vida e não a morte, sendo o suicídio pecado
porque existe entre os eruditos aqueles que acreditam não perder a
salvação quem morrer de ante de tal ato.
No site https://www.gotquestions.org/Portugues/suicidio-
cristao.html, acessado em 31/07/17 às 19h30, entendem que o
suicídio é um pecado, porém não é o que determina o destino
final, De acordo com a Bíblia, o suicídio não é o que determina se
uma pessoa ganha ou não acesso ao céu. Se um descrente cometer
suicídio, ele não fez nada mais do que “acelerar” a sua jornada
para o lago de fogo. Entretanto, no fim das contas, a pessoa que
cometeu suicídio estará no inferno por ter rejeitado a salvação
através de Cristo, não por ter cometido suicídio. O que a Bíblia
diz sobre um cristão que comete suicídio? A Bíblia ensina que
podemos ter a garantia da vida eterna a partir do momento em que
verdadeiramente crermos em Cristo (João 3:16). Segundo a
Bíblia, os cristãos podem saber que possuem a vida eterna sem
qualquer dúvida (1 João 5:13). Nada pode separar um cristão do
amor de Deus (Romanos 8:38-39). Se nenhuma "criatura" pode
separar um cristão do amor de Deus, e até mesmo um cristão que
comete suicídio é uma "coisa criada", então nem mesmo o
suicídio pode separar um cristão do amor de Deus. Jesus morreu
por todos os nossos pecados e se um cristão verdadeiro, em um
momento de crise e fraqueza espiritual, cometer suicídio, esse
pecado ainda seria coberto pelo sangue de Cristo.
O suicídio ainda é um grave pecado contra Deus. Segundo a
Bíblia, o suicídio é assassinato; é sempre errado. Devem-se ter
sérias dúvidas sobre a autenticidade da fé de qualquer pessoa que
afirmava ser um cristão, mas mesmo assim cometeu suicídio. Não
há nenhuma circunstância que possa justificar que alguém,
especialmente um cristão, tire a sua vida própria. Os cristãos são
chamados a viver suas vidas para Deus e a decisão de quando
morrer pertence a Deus e somente a Ele. Embora não esteja
descrevendo o suicídio, 1 Coríntios 3:15 é provavelmente uma
boa descrição do que acontece com um Cristão que comete
suicídio. "Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá
prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do
fogo."
O presbítero Presbítero André Sanchez, apresenta um
argumento muito defendido por muitos outros eruditos em
defesa da não percabilidade da salvação por parte de um
cristão que comete suicídio, quando diz: (...) devemos pontuar
que a Bíblia afirma que existe apenas um pecado que é
imperdoável, que é a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus
12:31). Sendo assim, podemos já chegar a uma primeira
conclusão: o suicídio é um pecado perdoável, pois em nenhum
texto bíblico é apontado como imperdoável.
Entendo que o suicídio é um ato último de falta de fé, e diz a
bíblia que sem fé é impossível agradar a Deus, (Ora, sem fé é
impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos
que o buscam Hebreus 11:6); a vida é um privilégio que ele nos
confiou para que possamos confiar nEle nos momentos mais
difíceis, Porque no evangelho é revelada, a justiça de Deus, uma
justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: O
justo viverá da fé. Rm 1:17 (NVI); Mas o meu justo viverá da fé;
e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hb 10: 38),
isso significa que o cristão viverá crendo e descansando no fato de
saber que Deus nos sustentará nas maiores e mais escuras noites
da alma.
SUICÍDIO CRISTÃO PLANEJADO É UM PECADO
GRAVE.
Como já lemos algumas importantes opiniões acerca do suicídio
ser pecado ou não, a minha premissa é de que um cristão ao
cometer o suicídio num ato planejado e não resultado de uma
doença ou momento de fraqueza, a qual Deus de fato conhece os
tais e as intenções reais, O Cristão ao se matar de modo impulsivo
se enquadra nos pecados eventuais ou seja pecados QUE TODOS
nós cometemos por fraqueza, imaginemos um cristão brigou feio
no trânsito ou pensou maldades, e derrepente morre, não creio
que esse perderá a salvação, de igual modo o suicídio impulsivo,
que ocorrerá por diversas razões e graus.
9- O suicídio Planejado e a justificação.
Um dos eruditos levantou essa questão recentemente, se um
crente, justificado pela fé, ao cometer suicídio por razões alheias à
nossa compreensão, perderá o perdão judicial de Deus (chamado
por Paulo de "justificação" - Rm 5.1) e será condenado ao
inferno? O mesmo também defende que a justificação é
irrevogável disse que a justificação é irrevogável e concedido uma
única vez no momento da conversão.
A minha discordância não está no campo
técnico, pois esse e outros erram que ao
afirmar que TODO cristão ao se suicidar
não perde a salvação, existe casos e casos, e
uma afirmação como essa é um tanto
perigosa, mais entendo que eles precisam
defender os ensinos da eleição
incondicional, expiação limitada e
perseverança dos santos; mais a realidade
bíblica não nos permite bater o martelo e
fazer uma afirmativa nem que seja para
afirmar que todos os suicídios serão
condenados ao inferno e muito menos para
afirmar que todos os suicídios não serão
condenados, a bíblia é contra ambos os
extremos e trata essa questão de modo
equilibrado, o segundo erro desse e outros
eruditos é afirmar que a justificação pela fé
em Cristo é irrevogável, Discordo que a
justificação seja irrevogável e
principalmente em se tratando de um cristão
que planejou a sua própria morte, a
justificação é de fato em um aspecto
irrevogável, apenas enquanto o cristão
permanecer em Cristo, e nessa condição não
só a justificação é irrevogável, como todas
as bênçãos e demais benefícios recebidos
em Cristo e por meio dEle, E o testemunho
é este: que Deus nos deu a vida eterna; e
esta vida está em seu Filho(1 João 5:11), e
esse texto faz parte Das relutantes certezas
da vida no aspecto soteriológico que
abrange a convicção da salvação justamente
essa vida está em Jesus
Uma vez que defendo que a justificação é condicionada a
permanência na fé em Jesus, evoco as palavras do pastor Robert
Shank que comenta com propriedade e lucidez essa questão
quando diz;
Sua carta aos colossenses Paulo endereçou aos santos e fiéis
irmãos em Cristo ( 1.2 ), os quais ele chama de povo escolhido de
Deus ( 3.12 ), pois foram resgatados do domínio das trevas e
transportados para o Reino do seu Filho amado ( 1.13 ), e que
anteriormente estavam “separados” de Deus, mas agora haviam
sido reconciliados pelo corpo físico de Cristo mediante sua morte,
a fim de serem apresentados diante Dele como santos e
inculpáveis ( 1.21 ss ).
Mas ele os avisa de que o propósito e objetivo final serão
realizados neles apenas se “(continuarem) alicerçados e firmes na
fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês
ouviram” ( 1.23 ). A Admoestação não tem aplicação para os de
fora, mas para os membros do corpo eleito apenas.
“Paulo escreveu aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em
Éfeso” como pessoas inseridas no corpo dos escolhidos em
Cristo antes da fundação do mundo, predestinados e adotados
como filhos de Deus através de Jesus Cristo ( 1.4,5 ) e que, tendo
ouvido e crido no Evangelho, além de terem depositados sua fé e
confiança em Cristo, foram selados pelo Espírito Santo ( 1.13 ),
sendo vivificados juntos com Cristo, com o prospecto de
compartilhar das generosas riquezas da graça de Deus nas eras
vindouras (2.5-7 ). Mas ele os admoesta contra se tornarem
participantes da perversidade do mundo ao redor deles, tornado-se
assim participantes da ira vindoura de Deus sobre os filhos da
desobediência (5.1-7). Dentro dessa ampla admoestação, há um
aviso específico contra se deixarem enganar por palavras vãs e
argumentos enganadores de qualquer que buscasse persuadi-los
com a ideia de que uma eventualidade não pode acontecer (v.6)
Nessas passagens e em outras que poderiam ser citadas, as
advertências são dirigidas para homens que obviamente são
concebidos como membros do corpo eleito, a verdadeira ekklesia.
A menos que as palavras de Cristo e de seus Apóstolos devam ser
menosprezadas como mera retórica hipotética, sem
fundamentação de fato.
Eleitos no filho-pgs 50, 51,53, Robert Shank
Basta usarmos a lógica e perceberemos que conforme Robert
Shank, essas pessoas eram de fato salvas, ora, se eram salvas não
podemos deduzir que não eram justificadas, e uma vez que essas
pessoas eram salvas e se elas se tornassem participantes da
perversidade do mundo ao redor deles, tornando-se assim filhos
da desobediência e participantes da ira vindoura, veja a mudança
radical, não podemos deduzir que nesse estado continuem
justificadas como querem alguns eruditos, se o indivíduo não
continuar alicerçado na fé, o objetivo final não será realizado no
mesmo, PORTANTO finalizo afirmando que defender que
independente do caso e do tipo do suicídio, um cristão que se
mate ele será salvo, acreditando que a justificação é irrevogável é
brincar com esses e muitos textos bíblicos.
CONCLUSÃO
Chagamos ao fim de uma analise onde procurei ser conciliador
até aonde a bíblia permitisse que fosse, não encerrei o assunto,
mais creio que esse trabalho ajudará a muitas pessoas a
entenderem esse tema tão polêmico, Martinho Lutero antes de
incendiar a reforma, teve que tratar dessa questão quando uma
criança deficiente por nome de Tomas vivia escondido pela mãe,
por que tinham vergonha da sua deficiência, acabou se matando
enforcado, no seu enterro Lutero no seu breve sermão defendeu
que Ele estaria salvo, porque fizera isso, devido ao desespero e
estava possuído pelo demônio, abrindo assim a discussão nos seus
dias com uma opinião diversificada da que imperava imposta pela
igreja católica, esse trabalho também apresenta uma opinião
divergente de muitas correntes teológicas, espero ter sido claro o
bastante.
ANEXO: Hernandes Dias Lopes: causas e prevenção para o
suicídio
“Os cristãos são chamados a entregar suas vidas para Deus, e a
decisão de quando devem morrer pertence somente a Ele”.
Natural de Nova Venécia (ES), o pastor Hernandes Dias Lopes é
bacharel em Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul em
Campinas (SP). Doutor em Ministério no Reformed Theological
Seminary, em Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos, ele
também é conferencista e escritor. Os cristãos são chamados a
entregar suas vidas para Deus, e a decisão de quando devem
morrer pertence somente a Ele. “Não matarás” (Ex 20: 13) proíbe
o homicídio, o suicídio e os pecados vinculados à violência. Esse
mandamento atesta que a vida humana é sagrada.
Nas Escrituras, há seis relatos de suicídios: Abimeleque (Jz 9:
54), Saul (1 Sm 31: 4), o escudeiro de Saul (1 Sm 31: 4-6),
Aitofel (2 Sm 17: 23), Zinri (1 Rs 16: 18) e Judas (Mt 27:5).
Mas o que determina se um cristão ganha ou não acesso ao céu?
Para falar sobre os mitos e verdades acerca desse tema, a
Comunhão ouviu o pastor da Primeira Igreja Presbiteriana em
Vitória, o reverendo Hernandes Dias Lopes.
Suicídio ainda é tabu? Sim, pois ele ainda não é tratado como deveria ser, ou seja, com
transparência, e é exatamente por isso que se constitui em um
risco tão grande para a sociedade.
É claro que já estamos avançando, pois em alguns países o tema
vem sendo tratado de forma preventiva, mas no Brasil ainda
temos uma estatística maquiada, constrangimentos para tratar do
assunto na mídia.
O próprio Governo precisa encarar isso como um problema social
e enfrentá-lo sem máscaras. Estou certo que de ainda temos um
longo caminho pela frente; quanto mais se falar sobre o assunto,
melhor.
Quem tenta o suicídio sempre tem algum distúrbio mental?
Duas escolas tratam dessa matéria: a sociológica e a psiquiátrica.
A escola sociológica acredita que não. E eu também penso assim!
Nós não podemos afirmar, por exemplo, que Getúlio Vargas tinha
distúrbio mental.
É possível que a pessoa tenha plena saúde mental, mas em
determinado momento da vida sofra determinadas pressões ou
seja acometida por doenças de outra ordem para que venha a
cometer suicídio.
As causas para esse atentado contra a vida são várias, tais como: a
depressão e o isolamento, a bipolaridade, a perda de um
relacionamento significativo, sentimentos passionais, violência
doméstica, drogas, motivações de cunho religioso, entre outras.
Por essa razão, não podemos concluir que todas as pessoas que
cometem suicídio têm distúrbios mentais.
Quem pretende se matar dá sinais? É provado estatisticamente que mais de 80% das pessoas que
cometem suicídios deram claros sinais de que iriam fazê-lo. Isso
quebra o mito de que “quem fala em suicídio não se mata”.
A verdade é o contrário! Os sinais precisam ser encarados como
gritos de socorro. Nós precisamos estar atentos às pessoas que
deixam pistas em suas falas – por exemplo, “Não aguento mais”,
“Minha vida está sem sentido”, “Eu queria morrer” – ou ainda em
seus comportamentos, como tomar uma dose exagerada de
remédios, provocar cortes nos pulsos ou outros ferimentos.
Tem algumas pessoas que ficam flertando com a janela ou
demonstram desinteresse pela vida. Tudo isso são sinais que
podem ser facilmente monitorados.
A depressão continua sendo a principal motivação para o
suicídio? Ainda hoje a depressão é tratada como a principal causa do
suicídio, mas o que considero mais relevante explicar é que esse
assunto, especialmente no meio evangélico, é muito mal
interpretado, pois há dois extremos. O primeiro, vindo por um
escritor e pregador conhecido como T. L Osborn, diz que
depressão é “demônio”.
Então, imagine, uma pessoa depressiva também tendo que
carregar o peso de que está possessa ou sendo instigada por
Satanás. O outro extremo vem de uma linha mais conservadora,
de um escritor chamado Jay Adams, que acredita que depressão
não é doença, mas que a pessoa está em pecado.
Quem subscreve essas ideias acha que a cura é só pela Palavra,
por não aceitar que a depressão seja uma doença, conforme a
Organização Mundial da Saúde (OMS) entende. Mas ela é uma
doença e precisa ser tratada como tal, com medicamentos, terapia
e fé.
É bem verdade que uma das causas da depressão pode estar
relacionada a problemas demoníacos e a pecados escondidos,
como Davi retrata nos Salmos 32 e 51. Mas um crente cheio do
Espírito Santo também pode ficar deprimido, assim como pode ter
um problema renal, câncer, gastrite e outras doenças.
Após a suspeita ou confirmação de uma pessoa com
pensamentos suicidas, como a família e os amigos devem
proceder? Primeiramente é preciso investigar as causas. É uma depressão?
Crise financeira? Uma dependência química? Ou seria o
rompimento de um namoro, noivado ou casamento
repentinamente?
São várias as motivações, mas no momento em que a causa é
identificada é preciso que se tomem ações imediatas para o
acompanhamento da pessoa, como indicação ao psiquiatra,
terapia, uso de medicamentos. A medicina é uma bênção de Deus.
Mas só isso não basta! A pessoa também precisa cuidar da sua
alma, buscando ter fé e esperança. A depressão,
fundamentalmente, tem cura, porque Deus restaura a alma (Sl
42:27). Vale lembrar que a depressão é cíclica, ou seja, tem
começo, meio e fim.
A crise financeira e o desemprego estão associados ao
aumento de casos de suicídios em 2016. Como a Igreja pode
dar suporte às pessoas que estão sofrendo os impactos dessa
turbulência?
Via de regra, as pessoas mais carentes não se suicidam por causa
de ausência do dinheiro, pois elas já estão acostumadas a lidar
com a crise e com as dificuldades do dia a dia. Quem mais sofre
são os ricos, pessoas que têm alto poder aquisitivo e que, de
repente, perdem tudo. Muitos que viveram no luxo acham que não
sabem viver sem ele e acabam cometendo o suicídio.
A questão do desemprego acelera o processo, pois a pessoa passa
a lidar com o sentimento de angústia e de vergonha por não
conseguir sustentar a família. A Igreja tem papel importante nesse
processo, com a pregação da Palavra, reforçando que a provisão
vem de Deus e que Ele é o mesmo em tempo de crise.
Além disso, também pode ajudar no atendimento às necessidades
mais urgentes. No meio cristão, todos temos que nos ajudar.
A Bíblia nos ensina que nada pode separar um cristão do
amor de Deus e que podemos ter a garantia da vida eterna a
partir do momento em que verdadeiramente crermos em
Cristo. O suicídio pode separar um cristão do amor de Deus? Se eu falasse que sim, estaria contradizendo o texto. Nada é nada!
O grande ponto dessa pergunta, que é a dúvida de muitos, é: se eu
me suicido, posso ser salvo? O suicídio não é uma coisa simples.
Ele é um atentado contra a autoridade de Deus. Só o Senhor é o
autor da vida e só Ele tem o poder de tirar a vida. Quando alguém
comete suicídio, está usurpando o direito que só pertence ao Pai.
A Bíblia diz que ninguém vive para si mesmo e morre para si
mesmo. Nós pertencemos a uma família, a uma igreja. Por isso,
quando ceifo a minha própria vida, estou cometendo um ato
totalmente egoísta. No entanto, afirmar que todo suicida vai para
o inferno não tem base na Bíblia, porque a tese de que todo
suicida é um Judas Iscariotes não é verdadeira. Judas não foi para
o céu porque não era convertido.
Olhe a vida de cada um desses homens citados na Bíblia que
agiram como ele. Eles viviam no pecado, e o suicídio não foi a
causa de sua condenação, mas a consequência. Dessa forma,
afirmo que é possível um crente sofrer algum distúrbio mental ou
uma depressão severa e chegar ao ponto de tirar a sua própria
vida.
Mas algumas denominações acreditam piamente que a salvação
não se perde. Uma vez salvo, salvo para sempre. Nós não temos
competência de nos assentar na cadeira do Juiz e lavrar a sentença
de condenação dessa pessoa. Só Deus a conhece, e o julgamento
cabe a Ele.
Como o senhor vê iniciativas como o “Setembro Amarelo”, o
Centro de Valorização da Vida e a nova ferramenta lançada
pelo Instagram para prevenção e aconselhamento? No meu livro “Suicídio: Causas, Mitos e Prevenção”, trato dessa
questão e acho louvável iniciativas como essas. É preciso que a
igreja use o púlpito e a Escola Bíblica para conscientizar e
aconselhar.
E que outras instituições promovam debates, para desmistificar e
ajudar quem precisa. Se a grande mídia não aborda o tema com
responsabilidade e camufla os fatos, como poderemos agir
previamente e tratar desse grave problema? Esconder os números
não é saudável nem eficaz. E ignorar os sinais de quem grita por
socorro é um erro fatal.
Considerações finais: Se você está sofrendo com algum drama pessoal neste momento
ou está desencantado com a vida, saiba que há esperança no amor
de Deus e na família. Existem recursos legítimos para você sair
desta fase ruim e que devem ser usados como bênção da
providência de Deus. Valorize relacionamentos saudáveis, busque
ajuda, rompa o silêncio, retire essa casca grossa que encobre suas
feridas e aceite ser tratado com a graça de Deus.
http://comunhao.com.br/hernandes-dias-lopes-aponta-causas-
e-prevencao-para-o-suicidio/ - Acessado em 30/08/17 às 17:55