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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 213, de 03/01/2012
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOSECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO
CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS
SUMÁRIONotícias
Ministro Ricardo Lewandowski divulga nota sobre caso de liminar concedida em autos de mandado de segurança impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros contra ato da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça
Regime de plantão nos finais de semana do período de recesso
Há repercussão geral em RE que discute responsabilidade em cancelamento de concurso
Entidade beneficente requer imunidade tributária sobre importação de mercadorias
Reforma em hospital de Jales não caracteriza improbidade administrativa
Banco deve indenizar mulher por conta aberta irregularmente
Ministra Eliana Calmon afirma que Corregedoria não quebrou sigilos de juízes ou ministros do STF
TJPE inaugura 1º Juizado Especial da Fazenda Pública
LEI Nº 12.562, de 23 de dezembro de 2011.
Regulamenta o inciso III do art. 36 da Constituição Federal, para dispor sobre o processo
e julgamento da representação interventiva perante o Supremo Tribunal Federal.
Clique aqui e acesse a íntegra.
DECRETO FEDERAL Nº 7.662, de 28 de dezembro de 2011.
Discrimina ações do Programa de Aceleração do Crescimento a serem executadas por
meio de transferência obrigatória de recursos aos entes federados.
Clique aqui e acesse a íntegra.
DECRETO FEDERAL Nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011.
Publicado no DOU de 26.12.2011. Aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados - TIPI.
Clique aqui e acesse a íntegra.
DECRETO FEDERAL Nº 7.657, de 23 de dezembro de 2011.
Altera o Decreto nº 7.403, de 23 de dezembro de 2010, que estabelece regra de
transição para destinação das parcelas de royalties e de participação especial devidas à
administração direta da União em função da produção de petróleo, gás natural e outros
hidrocarbonetos fluidos em áreas do pré-sal contratadas sob o regime de concessão, de
que trata o § 2o do art. 49 da Lei no 12.351, de 22 de dezembro de 2010.
Clique aqui e acesse a íntegra.
LEGISLAÇÃO
DECRETO FEDERAL Nº 7.655, de 23 de dezembro de 2011.
Regulamenta a Lei no 12.382, de 25 de fevereiro de 2011, que dispõe sobre o valor do
salário mínimo e a sua política de valorização de longo prazo.
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LEI ESTADUAL nº 14.686, de 29 de dezembro de 2011
Dispõe sobre a obrigatoriedade da presença de profissional habilitado em reanimação
neonatal na sala de parto em hospitais, clínicas e unidades integrantes do Sistema Único
de Saúde – SUS.
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LEI ESTADUAL nº 14.677, de 29 de dezembro de 2011
Obriga as redes de “fast food” a informar aos consumidores o valor nutricional dos
alimentos comercializados.
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LEI ESTADUAL nº 14.672, de 26 de dezembro de 2011
Altera a Lei nº 12.276, de 21 de fevereiro de 2006, que dispõe sobre a alienação dos
imóveis financiados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do
Estado de São Paulo – CDHU no curso do contrato de financiamento.
Clique aqui e acesse a íntegra.
LEI ESTADUAL nº 14.671, de 26 de dezembro de 2011
Dispõe sobre a extinção da Agência de Desenvolvimento Social de São Paulo - Fundo de
Investimento, e dá providência correlata.
Clique aqui e acesse a íntegra.
LEI ESTADUAL nº 14.653, de 22 de dezembro de 2011.
Institui o regime de previdência complementar no âmbito do Estado de São Paulo, fixa o
limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões de que trata o artigo 40 da
Constituição Federal, autoriza a criação de entidade fechada de previdência
complementar, na forma de fundação, e dá outras providências.
Clique aqui e acesse a íntegra.
LEI nº 15.516, de 22 de dezembro de 2011 (DOC 23/12/2011, p.3)
Autoriza a transferência, a título não oneroso, à Companhia Metropolitana de Habitação
de São Paulo - COHAB-SP, da propriedade de imóveis municipais que integrarão o
Fundo Municipal da Habitação, e dá providências correlatas.
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
DECRETO nº 52.884, de 28 de dezembro de 2011 (DOC 29/12/2011, 3).
Aprova o Regulamento do Imposto Predial e do Imposto Territorial Urbano - IPTU.
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo
DECRETO nº 52.877, de 27 de dezembro de 2011 (DOC 28/12/2011, p 3).
Confere nova redação ao artigo 4º do Decreto nº 52.118, de 7 de fevereiro de 2011, que
institui, na Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, a Comissão de
Implantação e Execução do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso
do Município de São Paulo.
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
DECRETO nº 52.876, de 27 de dezembro de 2011 (DOC. 27/12/2011, p 3).
Delega competência ao Secretário Municipal de Segurança Urbana para autorizar a
doação de mercadorias apreendidas nas operações conjuntas planejadas pelo Gabinete
de Gestão Integrada Municipal e pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, em
decorrência da fiscalização do comércio irregular, bem como estabelece os
procedimentos administrativos pertinentes.
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
DECRETO nº 52.873, de 26 de dezembro de 2011 – (DOC 27/12/2011, p 4)
Fixa o valor dos preços de serviços prestados por Unidades da Prefeitura do Município
de São Paulo.
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
DECRETO nº 52.872, de 26 de dezembro de 2011 (DOC. 27/12/2011, p 3).
Aprova tabela de atualização do valor monetário das multas administrativas. GILBERTO
KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são
conferidas por lei, D E C R E T A:
Art. 1º. Fica aprovada a tabela integrante deste decreto, que atualiza o valor monetário
das multas estabelecidas na legislação municipal.
Art. 2º. Este decreto entrará em vigor em 1º de janeiro de 2012, revogado o Decreto nº
52.032, de 27 de dezembro de 2010. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO,
aos 26 de dezembro de 2011, 458º da fundação de São Paulo.
GILBERTO KASSAB, PREFEITO.
MAURO RICARDO MACHADO COSTA, Secretário Municipal de Finanças
NELSON HERVEY COSTA, Secretário do Governo Municipal Publicado na Secretaria do
Governo Municipal, em 26 de dezembro de 2011.
DECRETO nº 52.870, de 23 de dezembro de 2011 (DOC 23/12/2011, p.10)
Dispõe sobre permissão de uso, ao Serviço Social do Comércio - SESC, a título precário
e oneroso, mediante contrapartidas sociais, de área municipal situada na Avenida
Mercúrio e Praça São Vito - Centro
Clique aqui e acesse a íntegra no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
EMENTA Nº 11.586 - Direito eleitoral. Desincompatibilização do servidor
municipal para concorrer a mandato eletivo, sob pena de inelegibilidade. Afastamento
com vencimentos integrais assegurado pela Lei Complementar n 64/90. Posterior
indeferimento, pela Justiça Eleitoral, do registro da candidatura. Trânsito em julgado
ocorrido só depois do término do período de afastamento. Impossibilidade de
conversão do afastamento em licença sem vencimentos.
DEPARTAMENTO FISCAL
Apelação s/ revisão n°: 0156123-80.2010.8.26.0000
Apelantes e reciprocamente apelados: SANTANDER BRASIL S/A
CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS e PREFEITURA
MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Comarca de São Paulo: Seção de Processamento I do Fórum das
Execuções Fiscais Municipais
Juiz Prolator da Sentença de 1o Grau: Wilson Mio Zanluqui
VOTO N° 3.100
DECISÕES RELEVANTES – DEPARTAMENTOS – PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO –
JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA
TRIBUTÁRIO, ISS SOBRE SERVIÇOS
FINANCEIROS. JULGAMENTO EXTRA PETITA.
FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA QUE
EXTRAPOLA AS MATÉRIAS SUSCITADAS NOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. DISPOSITIVO
CORRETO, ADSTRITO AO PEDD30. EXCLUSÃO,
POR DESCONSIDERAÇÃO, DAS MATÉRIAS
ABORDADAS INDEVIDAMENTE. INOCORRÊNCIA
DE CERCEAMENTO DE DEFESA ANTE O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO.
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ.
PRESCINDBBILIDADE DA PROVA TÉCNICO-
CONTÁBEL.
ISS. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. FALTA DE RECOLHIMENTO
POR ANTECIPAÇÃO. CRÉDITO TRTOUTÁRIO
CONSTITUÍDO EX OFFICIO. PRAZO
DECADENCIAL COMPUTADO NOS MOLDES DO
ART. 173, I, DO CTN, COM INÍCIO NO PRIMEIRO
DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE ÀQUELE EM QUE O
LANÇAMENTO DEVERIA TER SIDO
ESPONTANEAMENTE EFETUADO PELO
DEVEDOR. PRECEDENTES. DECADÊNCIA
AFASTADA. ALTERAÇÃO DA DISCIPLINA DOS
ENCARGOS DE SUCUMBÊNCIA, CARREANDO-OS
AO VENCIDO.
Recurso de apelação do contribuinte parcialmente
provido, reexame necessário e recurso da Municipalidade
providos.
Trata-se de tempestivas apelações (fls. 161/173 e 224/241 e fls. 281/287),
interpostas por ambas as partes contra r. sentença de fls. 192/200, prolatada em
execução para cobrança de ISS sobre serviços financeiros, não declarado e
apurado em Auto de Infração e Imposição de Multa.
A decisão de fls. 134/137 foi objeto de embargos de declaração opostos
pelo executado, e em seguida desafiada pelo recurso de apelação de fls 161/173.
Recebido o recurso, só então a Municipalidade foi intimada da sentença, ocasião
em que opôs seus embargos declaratórios. Estes embargos restaram acolhidos,
com alteração da sentença nos termos constantes das fls. 193/200.
Sobrevieram novos embargos declaratórios do executado (fls. 211/214), e
do Município (fls. 266/267), rejeitados respectivamente a fls. 219/219v e 270.
Desse modo, a decisão final de primeira instância julgou parcialmente
procedentes os embargos à execução para pronunciar a decadência do lançamento
em relação ao crédito de ISS referente afevereiro de 1996, permanecendo íntegra
a cobrança relativa ao período de março a dezembro/96, nos termos da CDA
copiada a fl. 31/32. Ambas as partes apelaram (fls. 224/241 e 281/287), o
executado pela segunda vez, pugnando pelo recebimento de seu recurso como
complementação ao primeiro, afastando-se possível reconhecimento da preclusão
consumativa.
Em seu recurso, sustenta o apelante SANTANDER BRASIL S/A
CORRETORA DE CAMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS, preliminarmente,
que a sentença é extra petita, na medida em que analisa questões atinentes à
nulidade do Auto de Infração e CDA, matérias não abordadas nos embargos à
execução. Pugna a apelante ainda pelo reconhecimento do cerceamento de defesa
nte o indeferimento da prova pericial e julgamento antecipado do feito. No
mérito, afirma que recolheu o ISS incidente sobre os serviços de corretagem
efetivamente prestados e refuta a exação fundada em serviços de assessoria
técnica.
Além do reexame necessário, apela a Municipalidade alegando, em síntese,
que não se operou a decadência do lançamento referente a fevereiro/96. Questiona
ainda a distribuição dos ônus sucumbenciais, sustentando que o decaimento de
parte mínima do pedido a favorece.
Valor atribuído à causa em 14 de julho de 2003: R$154.589,03 (cento e
cinquenta e quatro mil, quinhentos e oitenta e nove reais e três centavos).
É O RELATÓRIO.
DO RECURSO DO CONTRIBUINTE
De proêmio, conhece-se do apelo interposto a fls. 224/238, pelo
contribuinte, sem que se fale em preclusão consumativa decorrente da
interposição anterior, haja vista que, com o acolhimento dos embargos
declaratórios da Procuradoria houve modificação da decisão final de mérito.
Nesse sentido: "Retificado o acórdão via embargos de declaração em
embargos de declaração e reiniciada a contagem do prazo recursal, não há de se
falar em preclusão consumativa ou temporal, sendo possível a apresentação de
um segundo recurso especial para adequar os termos do primeiro" - STJ- 3a T.,
REsp 287.299, Min. Nancy Andrighi, j . 23.8.07, DJU 5.11.07 (Nota 3b, segunda
parte, ao art. 538 do Código de Processo Civil, Theotônio Negrão e outros, 40a
Ed., 2008, p. 730).
DO CERCEAMENTO DE DEFESA
Os embargos à execução tem natureza jurídica de ação autónoma, pelo que
propiciam um exercício incidental da atividade cognitiva, em apartado ao
processo executivo.
Considerado tal contexto, necessário observar que o Código de Processo
Civil adotou o princípio do livre convencimento do juiz, conforme preceito do
artigo 130, de sorte que cabe ao magistrado, como destinatário da prova, verificar
a real necessidade de outros elementos para formação do próprio convencimento.
Sendo a prova documental suficiente à formação do convencimento,
descabe cogitar de cerceamento de defesa. Nesse sentido: "Não há ilegalidade,
nem cerceamento de defesa, na hipótese em que o juiz, verificando
suficientemente instruído o processo e desnecessária a dilação probatória, julga
o mérito de forma antecipada, nos termos do art. 330,1, CPC.", STJ, AGA
431870/PR, Rei. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j . 05/11/2002.
Não há, portanto, que se falar em cerceamento de defesa pela não
realização da prova pericial contábil se o julgamento antecipado era possível à luz
dos documentos apresentados, mostrando-se desnecessária a produção de outras
provas.
DOS LIMITES DA DECISÃO RECORRIDA: ALEGAÇÃO DE
CARÁTER EXTRA PETITA DA SENTENÇA
Sustenta o contribuinte que a decisão de fls. 193/200 é extra petita porque
abordou questões alheias à matéria tratada nos embargos à execução.
A alegação inicial dos embargantes residiu fundamentalmente no
pagamento da dívida cobrada, fato a retirar, no seu
entender, a presunção de certeza conferida legalmente à inscrição na Dívida
Ativa.
O r. decisum dirimiu a lide ao deliberar de forma fundamentada sobre os
argumentos da embargante. Desse modo, no que tange ao fornecimento da
prestação jurisdicional a decisão respeitou os limites objetivos da lide, em que
pese contenha fundamentos alheios aos aspectos suscitados pelo
embargante/executado.
O caráter extra petita se manifesta se o julgamento versa sobre causa
diversa da que foi posta em juízo, com flagrante dissonância entre o dispositivo
da decisão e o pleito da parte. Como leciona Cássio Scarpinella Bueno, durante o
processo é possível a correção dessa espécie de vício pela oportuna oposição de
embargos declaratórios. Caso ultrapassada tal oportunidade, "o vicio é passível de
correção por recurso de apelação ou, até mesmo, por recurso extraordinário
e/ou especial, quando presentes seus pressupostos próprios. Nos casos de
excesso de sentença, isto é, de julgamentos ultra ou extra petita, sua correção
significará, na medida do possível, e desde que isso não acarrete supressão de
instância, a redução ao que e por que foi pedido pelas partes" (in Código de
Processo Civil Interpretado, Coord. António Carlos Marcato, 3ª ed., 2008, Ed.
Atlas, p. 1457).
No caso, inclusive porque não há qualquer dissonância entre o
requerimento das partes e a tutela concedida, é caso típico em que se faz
suficiente expurgar da decisão a fundamentação que não atine ao feito, mantendo,
contudo, os fundamentos que bem sustentam a parte dispositiva da decisão.
A sentença reconheceu, de forma fundamentada, a decadência do
lançamento referente a fevereiro de 1996, e manteve ipsis literis o restante da
cobrança, pelo que, em que pese a revisão da matéria de mérito, conforme termos
seguintes deste acórdão, não é caso de declarar nulidade, aproveitando-se a parte
escorreita do julgamento, qual seja, a que contém a manifesta vinculação entre a
prestação jurisdicional e o pedido da parte.
DO MÉRITO DO RECURSO DO CONTRIBUINTE
No mais, nada há a prover no recurso do particular, em especial no tocante
à alegação de que não presta serviços de assessoria técnica.
Com efeito, as razões recursais revelam que a parte inova na matéria de
defesa, além de contradizer-se, pois nas suas alegações anteriores afirma diversas
vezes que o valor apontado pelo Auto de Infração fora pago.
Como bem observou a r. sentença, o alegado pagamento não foi
suficientemente demonstrado, não por questão que dependesse de prova técnica-
contábil, mas em razão da prova documentai juntada, em especial do processo
administrativo, que realmente demonstra a ausência de recolhimento do ISS sob o
código administrativo correto 2828 - assessoria técnica).
A Municipalidade contestou expressamente os recolhimentos sob os
códigos 4960 e 4529, relativos a outros serviços sujeitos ao tributo, e a parte
embargante não demonstrou o pagamento sob a referência correia nem a
incorreção da capitulação dos serviços, deixando de desincumbir-se do ónus de
provar suas alegações, à luz do que preceitua o art. 333, inciso I, do CPC.
DO RECURSO DA MUNICIPALIDADE
Em suas razões, questiona o Município de São Paulo o reconhecimento de
que o lançamento de ISS referente a fevereiro/1996 foi atingido pela decadência,
haja vista que o AIIM foi lavrado somente em março/2001 (fl. 27).
Na esteira da jurisprudência já pacificada no C. Superior Tribunal de
Justiça, tem razão a Municipalidade:
TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO
POR HOMOLOGAÇÃO. AUSÊNCIA DE PAGAMENTO
ANTECIPADO. DECADÊNCIA. VERBA HONORÁRIA.
ART. 20, § 4o, DO CPC.
1. Nos créditos tributários relativos a tributo sujeito a
lançamento por homologação, cujo pagamento não foi
antecipado pelo contribuinte - caso em que se aplica o
art. 173,1, do CTN -, deve o prazo decadência! de cinco
anos para a sua constituição ser contado a partir do
primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado.
2. Na hipótese dos autos, deve ser reconhecida a
decadência do direito à constituição do crédito tributário
referente ao ano-base de 1989, tendo em vista que o
prazo para a notificação do contribuinte do auto de
infração era de 1º de janeiro de 1990 a 31 de dezembro
de 1994, enquanto a dívida foi inscrita somente em 30 de
setembro de 1999.
3. Vencida a Fazenda Pública, mediante apreciação
equitativa, pode o juiz arbitrar os honorários
advocaticios em percentual que esteja dentro dos limites
legais previstos no artigo 20, § 3o, do CPC.
4. Recurso especial não provido.
Processo REsp 1207053 / SP - RECURSO ESPECIAL
2010/0143264-7 - Relator(a) Ministro CASTRO MEIRA
(1125) - Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA -
Data do Julgamento 09/11/2010 - Data da
Publicação/Fonte DJe 23/11/2010.
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO
FISCAL. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO
CONFIGURADA. AUTO DE INFRAÇÃO. CDA.
REQUISITOS. NULIDADE. REVISÃO. MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
7/STJ. ISS. DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. AUSÊNCIA DE
ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO. ART. 173, I, DO
CTN. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA.
CONFORMIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM
O ENTENDIMENTO DOMINANTE NO STJ.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. ISS SOBRE
OPERAÇÕES BANCÁRIAS. SERVIÇOS IDÊNTICOS
AOS EXPRESSAMENTE PREVISTOS. REEXAME DA
CDA. SÚMULA 7/STJ. NÃO-DEMONSTRAÇÃO DA
DIVERGÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 4o DA LEI
9.249/1995. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 211/STJ
(...)
3. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por
homologação, cujo pagamento antecipado pelo
contribuinte não ocorre, aplica-se a regra do art. 173, I,
do CTN, em relação ao prazo para a constituição do
crédito tributário. Decadência não configurada.
4. Se a orientação constante do acórdão recorrido não
difere do que é pacificado pelo STJ, incide a Súmula
83/STJ.
AgRg no Ag 1319814 / SP - AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - 2010/0105205-2 -
Relator(a) Ministro HERMAN BENJAMIN (1132) -
Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA - Data do
Julgamento: 19/10/2010 - Data da Publicação/Fonte: DJe
03/02/2011.
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. ALEGADA
NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. VALIDADE DA
CDA. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA - ISS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE NA LISTA DE
SERVIÇOS ANEXA AO DECRETOLEI N° 406/68.
ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO
EXTENSIVA. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FAZENDA PÚBLICA VENCIDA.
FIXAÇÃO. OBSERVAÇÃO AOS LIMITES DO § 3." DO
ART. 20 DO CPC. IMPOSSIBIUDADE DE REVISÃO EM
SEDE DE RECURSO ESPECIAL. REDISCUSSÃO DE
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 07 DO
STJ. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO
CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
INOCORRÊNCIA. ARTIGO 173, PARÁGRAFO ÚNICO,
DO CTN.
(...)
8. O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a
decadência, causa extintiva do crédito tributário, assim
estabelece em seu artigo 173: "Art. 173. O direito de a
Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados: I – do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva
a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O
direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto,
contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento."
9. A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito
Tributário, importa no perecimento do direito potestativo
de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento,
e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada
por cinco regras jurídicas gerais e abstraías, quais
sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos
casos de tributos sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos
casos dos tributos sujeitos ao lançamento por
homologação em que o contribuinte não efetua o
pagamento antecipado; (ii) regra da decadência do
direito de lançar nos casos em que notificado o
contribuinte de medida preparatória do lançamento,em se
tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de
tributos sujeitos a lançamento por homologação em que
inocorre o pagamento antecipado; (iii) regra da
decadência do direito de lançar nos casos dos tributos
sujeitos a lançamento por homologação em que há
parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da
decadência do direito de lançar em que o pagamento
antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação,
ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida
preparatória; e (v) regra da decadência do direito de
lançar perante anulação do lançamento anterior (In:
Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico
Marcos Diniz de Santi, 3"Ed., Max Limonad, págs.
163/210).
10. Nada obstante, as aludidas regras decadenciais
apresentam prazo quinquenal com dies a quo diversos.
11. Assim, conta-se do "do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado" (artigo 173, I, do CTN), o prazo quinquenal
para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento
de oficio), quando não prevê a lei o pagamento
antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão
legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo,
fraude ou simulação do contribuinte, bem como
inexistindo notificação de qualquer medida preparatória
por parte do Fisco. No particular cumpre enfatizar que "o
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde,
iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à
ocorrência do fato imponível, sendo inadmissível a
aplicação cumulativa dos prazos previstos nos artigos
150, § 4o, e 173, do CTN, em se tratando de tributos
sujeitos a lançamento por homologação, afim de
configurar desarrazoado prazo decadência! decenal.
(...)
REsp 766050 / PR - RECURSO ESPECIAL
2005/0113794-7 - Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) -
Órgão Julgador SI - PRIMEIRA SEÇÃO - Data do
Julgamento: 28/11/2007 - Data da Publicação/Fonte DJ
25/02/2008 p. 265.
Este E. Tribunal de Justiça, inclusive em julgados desta C. 14a Câmara de
Direito Público, ostenta diversos precedentes sobre a matéria:
Agravo de instrumento. Execução fiscal. Rejeição de
objeção de não executividade. Imposto sobre serviços de
qualquer natureza. Exercícios de 1999 a 2002. Inscrição
dos débitos na divida ativa em 2003. Decadência. Não
configuração. O direito de constituição de créditos
tributários, nas hipóteses de lançamento por
homologação em que não tenha ocorrido pagamento
antecipado, extingue-se em cinco anos, contados do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado. Inteligência do
artigo 173,1, do Código Tributário Nacional. Precedentes
do Superior Tribunal de Justiça. (...)
Agravo de Instrumento n° 0498064-34.2010.8.26.0000
Relator(a): Des. Geraldo Xavier - 14a Câmara de Direito
Público - Data do julgamento: 25/11/2010.
DECADÊNCIA TRIBUTARIA - ISS - Crédito tributário
constituído, ex officio. pela Fazenda Pública - Início do
prazo decadencial - Primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento deveria ter sido
espontaneamente efetuado pelo contribuinte - Inteligência
do art. 173, inc. I, do CTN: - A teor do art. 173, inc. I, do
CTN, o prazo decadencial para a Fazenda Pública, ex
officio, constituir crédito tributário de ISS tem início no
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento deveria ter sido espontaneamente efetuado
pelo devedor. (...)
Apelação n° 0136063-62.2005.8.26.0000, Rei. Des.
Osvaldo Palotti Júnior, 14a Câmara de Direito Público -
Data do julgamento: 09/12/2010.
No caso, em que pese a incidência mensal do tributo, o prazo decadencial
para lançamento do ISS referente a fevereiro/96 iniciou-se em Io de janeiro de
1997, encerrando-se ao final de 2001. O AIIM foi lavrado em 07.03.2001, dentro,
portanto, do prazo legal.
A disciplina dos encargos de sucumbência deve ser revista, inclusive em
razão do provimento do recurso fazendário, que culmina no decaimento
praticamente integral do executado.
Ante o exposto, dá-se parcial provimento ao recurso do
embargante/executado, tão somente para depurar a sentença e afastar as matérias
tratadas na fundamentação, mas que não se referem ao pleito deduzido nos
embargos, preservada a validade da decisão em razão da ausência de vícios no
dispositivo, representante sintético da prestação jurisdicional outorgada.
Por outro lado, dá-se provimento ao reexame necessário e ao apelo da
Municipalidade para julgar improcedentes os embargos à execução, afastando a
decadência e reconhecendo como válido o lançamento que ensejou a execução
fiscal.
Caracterizada a sucumbência em grande extensão do
embargante/executado, arcará este com o pagamento integral das custas e dos
honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos
termos do art. 20, §3°, do CPC.
Para fins de acesso aos Egrégios Tribunais Superiores, ficam
expressamente pré-questionados todos os artigos legais e constitucionais
mencionados pelos litigantes.
VIOSHAÍA
Relator
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N° 03647619
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação n° 0156123-
80.2010.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante/apelado
SANTANDER BRASIL S/A CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES
MOBILIÁRIOS sendo apelado/apelante PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO
PAULO.
ACORDAM, em 14a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de
São Paulo, proferir a seguinte decisão: "DERAM PROVIMENTO AO
REEXAME NECESSÁRIO E AO APELO DO MUNICÍPIO. V.U.", de
conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Desembargadores JOÃO ALBERTO
PEZARINI (Presidente) e GERALDO XAVIER.
São Paulo, 26 de maio de 2011.
FLÁVIO CUNHA DA SILVA - RELATOR
DEPARTAMENTO JUDICIAL
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA
Processo nº: 0035524-50.2010.8.26.0053 - Procedimento Ordinário
Requerente: Logística Ambiental de São Paulo S/A - Loga
Requerido: Prefeitura do Município de São Paulo
SENTENÇA
Juiz(ª) de Direito Dr.(ª): Cynthia Thomé
Visto.
LOGÍSTICA AMBIENTAL DE SÃO PAULO S/A.-LOGA, qualificada
nos autos, moveu ação ordinária contra a MUNICIPALIDADE DE SÃO
PAULO insurgindo-se contra a penalidade imposta à autora por infração
contratual. Sustenta a existência de vício formal e nulidades, bem como a
ilegalidade da Portaria nº 088/SES-G/2009 que, de forma unilateral, ampliou as
infrações previstas no Contrato de Concessão e majorou em até 100% o valor das
multas previstas. Desse modo, objetiva declarar a nulidade do ato administrativo
que aplicou a multa à autora, ou, subsidiariamente, a substituição da penalidade
de multa por advertência, nos termos da cláusula 19.4 do Contrato de Concessão,
ou ainda, que a multa seja aplicada de acordo com o mínimo previsto (R$
10.000,00 e R$ 2.000,00), com correção monetária da data do fato gerador até o
respectivo pagamento. Pediu a antecipação dos efeitos da tutela para os fins que
especificou. Juntou documentos.
O pedido de antecipação dos efeitos da tutela foi indeferido (fls. 128/129).
Contra essa decisão a autora interpôs recurso de agravo de instrumento (fls.
132/133).
Devidamente citada, a requerida contestou a ação sustentando a validade do
ato administrativo ante as irregularidades verificadas durante a execução do
contrato. Quanto a alegação de vício formal em razão da intempestividade da
notificação aduziu que nenhum prejuízo foi causado à autora, pois lhe foi
garantido o exercício do contraditório e da ampla defesa, não havendo que se falar
em ilegalidade da Portaria nº 088/SES-G/2009, vez que não houve inovação
contratual. Sustentou ainda a legalidade da atualização do valor da multa ante o
estabelecido no contrato. Pediu a improcedência da ação. Juntou documentos.
Houve réplica.
As partes não requereram outras provas.
É o relatório.
DECIDO.
A autora objetiva a declaração de nulidade do da multa aplicada por
descumprimento contratual, reconhecendo-se, portanto, como insubsistentes as
infrações consubstanciadas em Portaria e não em Lei, em patente violação ao
princípio da legalidade.
A autora e ré celebraram contrato de execução, sob o regime de concessão,
dos serviços divisíveis de limpeza urbana - Agrupamento Noroeste.
Prevê a cláusula 19.1 que: “As ações e omissões da Concessionária, que
importem em violação ao estabelecido na lei, na regulamentação ou ainda no
presente Contrato, sujeitarão a Concessionária, sem prejuízo das sanções de
natureza civil e penal, às seguintes sanções aplicáveis pela AMLURB ou pelo
Chefe do Poder Executivo, no caso do item V”.
A Portaria No 88/09-SES visando conferir maior segurança aos contratos já
firmados, disciplinou sobre infrações e penalidades bem como sobre o
procedimento para sua aplicação.
O Secretário Municipal de Serviços expediu determinações gerais,
explicitando a seus subordinados quais fatos caracterizavam infração contratual,
ou seja, elencou todos as condutas passíveis de aplicação de pena por
descumprimento contratual, de forma a uniformizar e facilitar a fiscalização.
Como esclarecido em contestação, houve redução da discricionariedade do
agente, visto que a Portaria trata de forma exaustiva o procedimento para
aplicação das penalidades.
Não houve inovação ou alteração da cláusula 19 do contrato, visto que não
se criou qualquer conduta que não esteja prevista em contrato, tampouco se
majorou o valor das penalidades.
A autora foi autuada em razão de ter sido constatado vazamento de
chorume pela caixa do caminhão de coleta, e lanterna dianteira esquerda
quebrada.
Tais condutas estão previstas no contrato, o vazamento de chorume na
cláusula 19.5, IV (ato ou omissão que importe em risco ao meio ambiente, à
saúde pública ou ao erário público), e lanterna dianteira superior esquerda do
caminhão de coleta quebrada viola a cláusula 19.1 (violação ao estabelecido em
lei Código de Trânsito Brasileiro). Assim, as infrações em questão não tiveram
tipificação em portaria, mas sim no contrato.
A alegação de descumprimento da regra prevista no artigo 7º, parágrafo 1º,
da Portaria 88/09- SES não tem o condão de invalidar a penalidade visto que o
termo de notificação foi expedido no dia seguinte ao da infração e, além disso, a
notificação atingiu sua finalidade, tanto que a autora ofertou oportunamente
defesa prévia.
No tocante a alegação de decurso do prazo legal para a prática do ato, ao
contrário do alegado na inicial, o prazo não é preclusivo. O descumprimento do
prazo pode caracterizar infração disciplinar, mas não afeta o dever legal de punir
da Administração.
Nada de irregular no termo inicial da correção monetária da multa. Isso
porque a cláusula 19.8 do contrato regulamenta a questão, estabelecendo que o
contrato será reajustado anualmente, mediante a aplicação do IPCA. Por outro
lado, a correção monetária nada acrescenta à dívida, mas apenas repõe o valor
real da moeda. Desse modo, caso não reajustado o valor da multa da maneira
como feito, ocorreria um enriquecimento ilícito da autora em detrimento da
Administração.
A possibilidade de substituição da pena de multa por advertência fica a
critério da Administração, e não da contratada, ou seja, trata-se apenas de
faculdade, e não de obrigatoriedade da Administração.
No tocante a alegação de que a autora vem sofrendo “perseguição” por
agentes municipais, nada ficou comprovado.
E quanto ao suposto desequilíbrio econômico contratual, que também não
foi demonstrado, irrelevante para o deslinde desta ação.
Posto isso, de rigor a improcedência da ação.
Ante o exposto e considerando tudo o mais que dos autos consta, JULGO
IMPROCEDENTE a ação que LOGÍSTICA AMBIENTAL DE SÃO PAULO
S/A.-LOGA move contra a MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO.
Arcará a autora com as custas processuais e honorários advocatícios, que
fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), nos termos do artigo 20, parágrafo 4º, do
Código de Processo Civil.
P. R. I.
São Paulo, 11 de maio de 2011.
CYNTHIA THOMÉ
Juíza de Direito
Ministro Ricardo Lewandowski divulga nota sobre caso de liminar concedida em autos de mandado de segurança impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros contra ato da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça
O ministro Ricardo Lewandowski esclarece alguns pontos sobre notícia veiculada dia 21, a respeito de liminar proferida em mandado de segurança impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação dos Juízes Federais e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.
Fonte: STF
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Regime de plantão nos finais de semana do período de recesso
O regime de plantão judicial disciplinado pela Resolução nº 449, de 02 de dezembro de 2010, aplica-se aos finais de semana do período de recesso e férias. O Presidente da Corte, ou aquele Ministro que eventualmente o substitua, responderá pelo expediente (art. 13, VIII, do RISTF), mas serão respeitadas as hipóteses previstas no artigo 5º e o protocolo por meio eletrônico disciplinado pelo artigo 6º desse ato normativo.Nos termos do artigo 2º da Resolução nº 449/2010, o horário de atendimento de plantão dá-se de 9 às 13 horas. Excepcionalmente, nos dias 24 e 31 de dezembro de 2011, esse horário será das 8 às 10 horas.
NOTÍCIAS
Fonte: STF
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Há repercussão geral em RE que discute responsabilidade em cancelamento de concurso
Em votação ocorrida pelo Plenário Virtual, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a existência de repercussão geral em matéria constitucional contida no Recurso Extraordinário (RE) 662405. Ao examinar o processo, os ministros irão decidir se há ou não responsabilidade objetiva da União por danos materiais causados a candidatos inscritos em concurso público tendo em vista o cancelamento da prova por suspeita de fraude.
Fonte: STF
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Entidade beneficente pede imunidade tributária sobre importação de mercadorias
A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha é relatora da Ação Cautelar (AC) 3065 proposta, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira – Hospital Albert Einstein. A entidade pede aplicação de imunidade referente ao ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre bens importados destinados à prestação de serviços médico-hospitalares que constituem seu fim maior.Na Justiça estadual de São Paulo, por meio de um mandado de segurança, a autora buscou obter o afastamento da incidência do ICMS na operação de importação de mercadorias. Ela alega que, nos termos de seu Estatuto Social, é associação de caráter beneficente, social, científico e cultural, sem fins lucrativos e, por isso, goza da imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição Federal.
Fonte: STF
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Reforma em hospital de Jales não caracteriza improbidade administrativa
A 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo reformou sentença que havia julgado procedente ação civil pública ajuizada pela Prefeitura de Jales contra o ex-prefeito Antonio Sanches Cardoso por suposto ato de improbidade administrativa. Segundo a petição inicial, Cardoso, que foi prefeito de Jales no período de 1997 a 2000, firmou convênio com o Ministério da Saúde para obra de ampliação do prédio do Pronto Socorro Municipal para implantação de um mini hospital que daria atendimento a emergências e aumentaria a capacidade do serviço de saúde do município, com sua integração ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi acordado que o Ministério da Saúde repassaria R$ 400 mil e o município custearia os R$ 80 mil restantes. Para o relator da apelação, desembargador Ferreira Rodrigues, o município não tem razão ao sustentar a ocorrência de improbidade administrativa. “Não houve, pelo que se depreende dos elementos carreados para os autos, desvio algum de finalidade. O dinheiro repassado pelo Ministério da Saúde foi gasto com a obra referida, como estava previsto. Não vislumbro conduta do réu que possa qualificar como dolosa ou culposa e de que tenha decorrido grave dano ao erário municipal.”
Fonte: TJ/SP
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Banco deve indenizar mulher por conta aberta irregularmente
Decisão da 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de SãoPaulo determinou que o Banco Bradesco deve indenizar mulher que teve seu nome usado indevidamente, em abertura de conta com uso de documento falso. Sob alegação de que também foi vítima de fraude, o Bradesco apelou para reformar a sentença, mas o pedido foi negado pelo desembargador Flavio Abramovici. Segundo o magistrado, “o requerido não comprovou a autenticidade da assinatura aposta no ‘cartão de assinaturas’, ônus que lhe incumbia. Assim, não comprovado que a autora efetuou a abertura da conta corrente e tampouco demonstrou o requerido que adotou as cautelas necessárias quando do comparecimento da interessada na abertura daquela conta”.
Fonte: TJ/SP
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Ministra Eliana Calmon afirma que Corregedoria não quebrou sigilos de juízes ou ministros do STF
A corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, negou nesta quinta-feira (22) que investigações da Corregedoria Nacional de Justiça tenham violado o sigilo bancário ou fiscal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou de qualquer outro magistrado. Em entrevista coletiva na sede do CNJ, em Brasília, a ministra afirmou que técnicos do controle interno da Corregedoria Nacional de Justiça ainda estão fazendo o cruzamento de informações obtidas junto aos tribunais, referentes a movimentações
financeiras atípicas, mas o resultado do trabalho ainda não chegou a ela ou aos juízes auxiliares da Corregedoria. “Nós não tivemos acesso a estas informações”, afirmou.A ministra negou que a Corregedoria tenha sido a fonte das informações veiculadas nos últimos dias pela imprensa, envolvendo supostas movimentações financeiras de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra também classificou de “desencontradas e absurdas” informações de que a Corregedoria estaria investigando mais de 200 mil pessoas, conforme foi noticiado. “ Tão graves são as acusações que me fizeram romper o silêncio e a discrição que se impõem perante ao STF. Sou magistrada de carreira e costumo silenciar quando a questão está submetida ao STF”, afirmou.
Fonte: CNJ
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TJPE inaugura 1º Juizado Especial da Fazenda Pública
Foi inaugurado nesta quinta-feira (22/12) em Pernambuco o 1º Juizado Especial da Fazenda Pública no estado. A solenidade foi realizada no Fórum Desembargador Benildes de Souza Ribeiro, bairro da Imbiribeira, no Recife, com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador José Fernandes de Lemos.A nova unidade judiciária terá expediente das 13h às 19h, para atendimento ao público e advogados, realização de audiências e recebimento de queixas. O órgão será responsável por julgar causas cíveis no valor de até 60 salários mínimos contra o Estado e o município do Recife. O juiz José Marcelon Luiz e Silva ficará responsável pelo 1º Juizado da Fazenda Pública. O magistrado será auxiliado por uma equipe de cinco servidores do Tribunal.
Competências – São competências da nova unidade propor às causas no valor de até 60 salários mínimos relativas às seguintes matérias:I - multas e outras penalidades decorrentes de infrações de trânsito;II - transferência de propriedade de veículos automotores terrestres;III - imposto sobre serviços de qualquer natureza;IV - imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias;V - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;VI - ações previdenciárias;VII - ações indenizatórias;VIII - fornecimento de medicamentos e outros insumos de saúde, realização de exames, cirurgias, internações e transporte de pacientes.
Fonte: CNJ
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