SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA

CAUSA OPERÁRIAANO XI, Nº 124, DE 3 A 9 DE OUTUBRO DE 2015 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: CAUSAOPERARIA@PCO.ORG.BR

O GOLPE DE ALCKMIN NA EDUCAÇÃO:FECHAR MAIS DE MIL ESCOLASDEMITIR 50 MIL PROFESSORESPREJUDICAR MAIS DE 3 MILHÕES DE ALUNOS

Um programa para lutarRealização de Assem-bleias Regionais, se-guidos de atos e passe-atas, antes da próxima Assembleia Estadual dos professores, marca-da para o próximo dia 29 de outubro

Formação dos comi-tês de base para im-pulsionar a luta com medidas concretas tais como passeatas locais, caravanas para os atos gerais etc.

Greve geral de profes-sores, funcionários e alunos contra a “reor-ganização”

Greve e ocupação das Escolas ameaçadas de

fechamento

Defesa da greve geral de todo o funcionalis-mo Estadual contra os “planos de ajustes” que já afetam outros setores (como no caso do De-creto 61.466), do “con-gelamento dos salários” (0% de reajustes) etc.

Convocação de uma Plenária Aberta da CNTE para organi-zar uma mobilização unitária em defesa do ensino público e contra os ajustes em todo o País.

Pelo “Fora Alckmin”, contra a direita golpista no País

Contra a “reorganização” tucanaSob a alegação de que

vai promover uma me-lhoria na rede de ensino separando os ciclos do ensino básico em unida-des diferentes, o gover-no Alckmin (PSDB) es-tá procurando impor um brutal plano de “ajustes” na Educação com o qual pretende demitir 50 mil educadores e fechar cer-ca de mil escolas em to-do o Estado. O governo chamou esse plano de “reorganização”.

Trata-se do maior pla-no de cortes e ajustes de todo o País e também da maior demissão em mas-sa de trabalhadores (dis-farçado de “não renova-ção” dos contratos). Cál-culos preliminares evi-denciam que o governo estaria prevendo cortar cerca de 20% ou mais do orçamento da Educação, algo em torno de R$ 7 a R$ 10 bilhões.

A medida se soma a

outras iniciativas de ata-que do governo como o Decreto 61.466 que proíbe efetivação de ser-vidores públicos con-cursados, bem como a renovação de contratos de temporários e a cha-mada reforma do ensino médio, que visa eliminar matérias obrigatórias e fechar milhares de salas de aulas (principalmente do turno da noite).

Como sempre a ofen-siva do governo direi-tista e golpista de Alck-min não recebe nenhum destaque real da impren-sa burguesa que apenas destaca um ou outro in-conveniente do plano que vai afetar milhões de crianças e jovens e centenas de milhares de trabalhadores da Educa-ção.

Diante do anuncio pulverizado do fecha-mento de escolas e tur-nos, remoções forçadas

de alunos (que se efe-tivariam no começo do próximo ano), atos pro-testos estão ocorrendo em todo o Estado, ex-pressando uma tendên-cia geral de reação ao ataque do governo.

Diante do ataque do governo, a principal ini-ciativa de mobilização contra a “reorganiza-ção” vem da própria ba-se da categoria, bem co-mo dos estudantes e dos pais que se revoltam com o anúncio de fecha-mento das escolas e or-ganizam protestos, saem às ruas etc. Repete-se, assim, o fenômeno da criação de comandos de base que foram o princi-pal fator de impulsiona-mento da última greve.

É preciso mobilizar pro-fessores, alunos e pais e lutar sem vacilação, até o � m, contra o gover-no tucano inimigo da educação WWW.PCO.ORG.BR

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CAUSA OPERÁRIA

Semanário nacional, operário

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ANÁLISE POLÍTICA SEMANAL

com Rui Costa Pimenta

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SUPLEMENTO SEMANAL DO JORNAL CAUSA OPERÁRIA Ano X, edição semanal • nº 124, 3 a 9 de outubro de 2015 • tiragem: 100 mil exemplares • distribuição gratuita • editado pela Secretaria Nacional de Agitação e Propaganda do CCN/PCO • Rua Serranos nº 108, Saúde, São Paulo-SP, CEP 04147-030 • fone (11) 9-4999-6537• site: www.pco.org.br

Derrotada a tentativa de cassar o PCO: uma vitória da luta democrática e operária

A derrota da tentativa de cassação do registro do PCO é uma grande vitória democráti-ca, isto é, da luta pelos direitos democráticos da população.

Foi também uma vitória da classe operária, porque nos-so partido é uma organiza-ção da classe operária e uma das coisas mais complexas, mais difíceis, dentro do regi-me capitalista é justamente a organização independente da classe operária porque o regi-me capitalista – mesmo o mais democrático de todos – cons-pira e trabalha ativamente para impedir a constituição de um partido operário independente.

Registramos a solidariedade e a mobilização em apoio ao PCO

O MPE (Ministério Públi-co Eleitoral) se pronunciou, no pleno do Tribunal Superior Eleitoral, contra a cassação de todos os partidos, dizendo que não era da alçada do Judiciário cassar partidos; dizendo que os partidos são fi guras da ci-dadania, não do Estado, e que por esse motivo não poderia ser cassado. Uma posição que

devemos aplaudir por ser ver-dadeiramente democrática e, principalmente, no momento em que todos os dias ouvimos de uma minoria barulhenta, furiosa, de direita, que é preci-so cassar todos os partidos de esquerda, que tem que acabar com todos os partidos socia-listas, que tem que acabar com os comunistas, ou que tem que haver apenas dois ou três par-tidos etc.

É um passo importante no sentido de se opor à maré re-acionária. Foi uma colocação decisiva que deu as condições para que o setor mais democrá-tico do Tribunal se pronuncias-se imediatamente, de maneira absolutamente fi rme – e in-constestável – contra a cassa-ção do PCO.

AgradecimentosNosso partido esteve em

Brasília, onde buscamos o apoio de diversas personalida-des parlamentares, das quais destacamos algumas que cum-priram um papel decisivo no auxílio ao nosso partido contra a cassação:

Queremos citar especial-mente, entre vários outros, o deputado Paulo Pimenta, do

PT, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câma-ra, a senadora Regina Sousa, do PT do Piauí e os senadores Donizete Nogueira, do PT do Tocantins e Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro.

Estas não foram as únicas pessoas que contribuíram para divulgar o problema, torná-lo público, chamar a atenção da opinião pública e dos demais deputados para o problema. Outros senadores e deputados também apoiaram. Setores do PCdoB e até mesmo de setores mais esquerdistas do PMDB.

Ajudaram-nos a divulgar e expor nossa causa e nossos ar-gumentos e, fi nalmente, conse-guimos prevalecer em uma si-tuação bastante complexa que poderia ter levado facilmente à cassação do PCO.

Temos que assinalar tam-bém o apoio recebido de di-versos sindicalistas. A própria CUT do Distrito Federal fez uma propaganda oportuna do caso do partido.

Além deles, também foi de fundamental importância o apoio da imprensa democrá-tica na Internet, blogs como Viomundo, Diário do Centro do Mundo, GGN do Luís Nas-sif e vários outros.

Fomos apoiados também pelo dirigente do PCB, Ivan Pinheiro que, por carta, se co-locou à disposição para lutar contra essa arbitrariedade etc.

Muita gente nos apoiou, o que mostra que está mesmo se criando um movimento em de-fesa dos direitos democráticos e contra a ofensiva direitista.

Trata-se de um movimento cada vez mais amplo, em cuja formação tivemos uma parti-cipação importante, que é um movimento decisivo, que pre-cisa se expandir e crescer.

Por fi m, registramos tam-bém o apoio das dezenas de milhares de pessoas anônimas que se solidarizaram com o partido nas redes sociais, com-partilhando e divulgando nos-sa nota. Muito provavelmente atingimos nesse meio, apesar do curtíssimo tempo, mais de meio milhão de pessoas.

Sem esse esforço coletivo é impossível derrotar a direita. A derrota da direita necessita de uma unidade, de um movi-mento amplo para impulsionar o combate contra a direita gol-pista e seus intentos.

Direção Nacional do Partido da Causa Operária

São Paulo,29 de setembro de 2015

Filie-se ao PCO, o partido que defende o livre ingresso nas universidades

O vestibular para entrar nas universidades públicas é mais um fi ltro exclui do ensino supe-rior as camadas mais pobres e oprimidas da população.

Na Bahia, por exemplo, na UFBA, um estado majoritariamente negro possui uma univer-sidade com maioria branca, e os negros precisam de cotas para ingressar no ensino superior.

Por outro lado, o vestibular alimenta o mercado dos tubarões o ensino, os cursinhos e as faculdades particulares, onde muitas vezes as mensalidades na verdade são parcelas para a compra do diploma.

O ingresso no ensino superior deveria ser da mesma forma do 1º e 2º graus. A pessoa termina o grau anterior e escolhe o estabelecimento de ensino que vai seguir estudando, sem vestibular. O mesmo deveria ser para as universidades.

O fi m do vestibular, é claro, necessita também da luta pela expropriação do ensino privado, para que universidades gigantescas estejam, de fato, a serviço do povo, gratuita e de qualidade, e não subordinada à sede de lucros de seus proprietários.

Filie-se e lute com o PCO, o partido que luta pelo fi m do vestibular e o livre ingresso no ensino superior.

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