sus e política nacional da saúde integral da população negra – pnsipn
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SUS E A POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA – PNSIPN
1
Regina Maria Faria GomesAgosto 2015
Fonte: Facebook/ Negras Com Estilo
Sou formada em Psicologia pela Universidade de
Guarulhos(UNG), turma de 1983. Especializei-me em
Psicologia Clinica, Psicopatologia do Trabalho,
Dependência Química, Gestão Saúde Publica, Gênero
e Politicas Públicas, Impactos da Violência em Saúde,
entre tantos temas.
Estou casada, dois filhos, Servidora Publica e
recentemente com Deficiência física pela Síndrome
pós-poliomielite e Auditiva.
Contatos: [email protected]
Facebook: http://facebook.com/Regomes1 Buzzero:
http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
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A Buzzero e tod@s educadores, mestres, autores/as e militantes que tem participado da minha jornada em busca e aprendizado de estar um ser humano melhor, na busca de igualdade de direitos entre homens e mulheres, brancos/negro/indígenas e de contribuição na construção de politicas que visem a interferir nestas situações de desigualdades e iniquidades. São muitos/as que estão contribuindo, sendo assim, estou correndo o risco de não pronuncia-los/ás, pois a maioria dos conceitos aqui citados vieram destas fontes e de com certeza da minha fé na sua existência de um poder Superior. Agradecimento especial a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) fonte principal deste aprendizado que , hoje partilho.
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http://www.unasus.gov.br/
Imagem curso UNA-SUS
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Olá, vamos prosseguir na jornada para fortalecer a construção histórica do Sistema Único de Saúde, o SUS. Já passamos pelo tema Saúde, Bem-Estar e Cultura Negra na perspectiva da Politica Nacional da Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Aqui você esta convidado a fazer uma análise e reflexão sobre as interfaces do SUS e a Política Nacional da Saúde Integral da População Negra –PNSIPN.
Vamos lá, Continuemos a jornada de estudo!
Para o melhor aproveitamento de seu estudo, não deixe de pesquisar a bibliografia , a legislação citada e os sites indicados . A maioria está com hiperlink, somente clicar em cima que abrirá o link.Não deixe de compartilhar opiniões, propor discussões, explicitar as suas dúvidas.
Prossiga
Fonte: Google imagens
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Estamos aqui, para acompanhá-lo/a reforçando conceitos efornecendo dicas para facilitar oseu aprendizado.
Vamos dar continuidade na análise e reflexão sobre o SUS e a Política Nacional da Saúde Integral da População Negra – PNSIPN.
Excelente estudo!
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Vamos então verificar a grade temática que acompanha esta aula.Então...preparados/as para começar? Vejam aqui no próximo slide o panorama geral deste curso
Fonte: Google imagens
Sumário
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titulo slide
Palavras iniciais 2
agradecimento 3
Sumário 8
Objetivos 9
Introdução 12
Símbolo da PNSIPN 20
1-- saúde é direito de todos 26
1.1 – Constituição de 1988 30
1.2 – Recordando a Legislação do SUS 46
1.3- Direitos Humanos 65
1.4- O racismo, o preconceito e a discriminação no Brasil
75
titulo slide
2- Linha do tempo sobre a Saúde da população negra
133
3- Sus e a lei PNSIPN 177
Princípios Doutrinários do SUS 179
Princípios organizativos do SUS 223
3.1- Saúde da Pop negra baseada e evidencia
256
4- DSS e a PNSIPN 296
Síntese 305
Caixa de Ferramentas 314
Bibliografias 316
Vídeos 327
Objetivo Geral
9
Espero que você profissional de
saúde, venha a atuar, pela
perspectiva do cuidado centrado
na pessoa e na família, para
implementação da Política
Nacional Integral da População
Negra-PNSIPN promovendo o
acesso ao SUS e ao cuidado de
saúde equânime e culturalmente
pertinentes às necessidades da população negra.
Prossiga
Fonte: Google imagens
Objetivo específico
10
Prossiga
Que na sua pratica você Identifique a Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN enquanto estratégia para o aumento do acesso ao SUS e na melhora da qualidade do cuidado na sua Unidade de Saúde.
Fonte: Google imagens
Que no final desta leitura você seja capaz de Identificar a PNSIPN e os fundamentos do SUS, nas seu cotidiano, fortalecendo as politicas de promoção da equidade e direitos dos usuários.
Objetivo Específico desta aula
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Imagem curso UNA-SUS
Fonte: Google imagens
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A sociedade brasileira reconheceu a existência do racismo institucional e a desigualdade étnico-racial na saúde da população incluindo a população quilombola e aquelas que adotam religiões de matriz africana..
Prossiga
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra é o melhor recurso para um cuidado de saúde compassivo.
Aqui você encontra um resumo do que precisa saber sobre esta política
A Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN sintetiza valores em
uma diretriz para que você
profissional de saúde "Trate
o/a cliente enquanto pessoa
com respeito à sua cultura,
como o ser humano que é."
Introdução
13Fonte: Google imagensImagem curso UNA-SUS
De acordo com os resultados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingiu naquele ano a marca de 190.755.799 habitantes. Destes, 50,7% declararam-se negros (pretos e pardos), totalizando mais de 96 milhões de pessoas.
Introdução Dinâmicas Demográficas das Populações Afrodescendentes
14Fonte: Google imagens
Imagem curso UNA-SUS
Esse dado resulta tanto da ação do movimento social negro, no sentido da valorização da pessoa negra e sua autoafirmação, quanto das políticas públicas de promoção da igualdade racial
Dinâmicas Demográficas das Populações Afrodescendentes
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A população negra entre a
população brasileira é de .
50,7%
Na Atenção Básica, dos clientes que
são negros (pretos & pardos).
70%
CONTUDO, A CRENÇA DE QUE “A COR DA PELE NÃO INFLUI NO CUIDADO DE SAÚDE E QUE O TRATAMENTO É IGUAL PARA TODOS” TEM CONSEQUÊNCIAS. VEJA NO INFOGRÁFICO A SEGUIR QUE ESTE FATO PODE SER CAUSAR.
Prossiga
16
Diferenças entre a cultura de matriz afro-brasileira da/o usuária/o e a cultura clínica do sistema de saúde resulta em diferentes expectativas de ambas as partes sobre o cuidado de saúde e uma relação profissional-cliente terapêutica. Esta crença de que “a cor da pele não influi no cuidado de saúde e que o tratamento é igual para todas/todos” ignora algumas evidências científicas:
A diversidade da população negra (quilombolas, povos de comunidades tradicionais, urbanos, etc.)
Racismo institucional
As práticas de saúde de matriz afro-brasileira
A ecologia biocultural da população negra Prossiga
Fonte: Google imagens
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Cuidado cultural - aspectos do cuidado relacionados a grupos étnicos e na maioria das situações em que se pensa em valores, práticas e crenças dos clientes em situações do ciclo de vida como período grávido-puerperal ou doenças, sobretudo as crônicas, nas quais os hábitos têm um papel fundamental.
GLOSSÁRIO
Fonte: Boehs Astrid Eggert, Monticelli Marisa, Wosny Antônio de Miranda, Heidemann Ivonete B. S., Grisotti Márcia. A interface necessária entre enfermagem, educação em saúde e o conceito de cultura. Disponível em.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072007000200014 acessos em 31/07/2015.
Fonte imagem: Google imagens
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A Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN é sua. É um instrumento para que o seu trabalho no SUS seja bem sucedido e fonte de realização.
Colabore com a implantação, monitoramento e avaliação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra -PNSIPN na sua Unidade de Saúde.
AGORA É COM VOCÊ!
Fonte imagem: Google imagens
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Não presuma.
A escuta ativa da/o cliente pela/o profissional de saúde é
o elo na relação terapêutica. Busque a causa.
Além do sintoma, pergunte o que causou o problema. Na
resposta da/o cliente pode-se revelar o sistema de crença
de saúde (mágico, popular, etc.).Atue sem julgamento.
Aja com empatia, sem padronizar ou, pior, ridicularizar o
sistema de crença da/o cliente.
Garanta o entendimento.
Seja por meio das "3 cutucadas", seja pelo "mostre-me",
ou qualquer outra técnica, não deixe dúvidas quanto ao
cuidado de saúde.
Negocie o tratamento
Propicie a tomada de decisão compartilhada e apoio o
autocuidado de forma contínua.
Veja aqui algumas dicas para você prestar o cuidado de saúde inclusivo para a população negra e sua cultura
Você sabia que a galinha
d'angola é símbolo da
Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra
– PNSIPN-?
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Vamos a sua história
Saiba que ao Clicar no link que está sublinhado você será direcionado ao texto fonte
Imagem curso UNA-SUS
Prossiga
A galinha d'Angola era uma ave
considerada muito feia e por isso as
pessoas se afastavam dela, mesmo
tendo qualidades.
Cansada de ser desprezada, resolveu
consultar um líder. Porém, o líder a
colocou para fora, dizendo que ela não
tinha as condições para permanecer
naquela floresta.
Ainda mais triste, a galinha d'Angola
resolveu ir para outra floresta e de uma
vez por todas, deixar de conviver perto
de tudo e todos.
Após muitos dias caminhando, a galinha
d'Angola parou em uma nova floresta.
Lá, ela encontrou um velho maltrapilho
gemendo de dores. O Velho disse:
"Pare! Estou muito doente, cheio de
feridas, e não tenho dinheiro para me
alimentar, me dê o que comer e beber,
por favor!“21
A galinha d'Angola pegou todo
alimento e água que tinha e
deu ao Velho que, após saciar
a sua fome e sede, dormiu um
sono profundo.
Enquanto o Velho dormia, a
galinha d'Angola andou pela
floresta e encontrou ervas
para limpar e curar as feridas
do velho.
Ao acordar, o Velho já sem
dores notou que suas feridas
haviam sido cuidadas.
Perguntou à galinha d'Angola
porque ainda estava lá e ela
respondeu:
22
- O senhor estava
precisando de mim.
Fiquei para lhe ajudar,
mesmo sabendo que as
pessoas se afastam por
me considerar feia.
O Velho então disse:
- As pessoas olham, mas
não vêem que a beleza
está na sua compaixão...
A galinha d'Angola ficou
alegre com o
reconhecimento. O Velho,
que era um artista, com uma
pedra de giz branco começou
a enfeitá-la com muitas
pintas.
E, dizendo que todos agora
iriam ver o seu coração
compassivo, modelou um
coraçãozinho vermelho que
coroou a cabeça da galinha
d'Angola!
Lição para a vida: não
devemos julgar ninguém por
sua aparência, nem negar
apoio, assim como nossos
conhecimentos.
Há beleza, conhecimento e
valor em sermos compassivo,
ou seja, em nos colocarmos no
lugar do "outro/a" tratando as
pessoas como gostaríamos de
sermos tratadas/os.
A galinha d'Angola está associada à Política Nacional
da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN
porque a população negra deve ser vista e tratada pela
atitude, não por generalizações ou estereótipos, e tem a
solidariedade e compaixão enquanto marcos civilizatórios,
assim como o conhecimento sobre práticas tradicionais de
cura a ser compartilhado por todos/as no SUS.
Símbolo da Política Nacional da Saúde Integral da População
23Fonte:G oogle imagens
Imagem curso UNA-SUS
“Poucas propostas têm sido tão elogiadas e tão
merecidamente elogiadas quanto o SUS.
Entretanto, como tantas outras boas idéias,
encontra-se também o SUS ainda longe do
projeto que o descreve. (…)”
José Luiz Gomes do Amaral
24Fonte: Google imagens
(SUS: O que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde, Volume 1. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.) Disponivel em
http://www.periciamedicadf.com.br/publicacoes/Cartilha_Sus_Vol1.pdf. Acesso em 20/08/2015
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A primeira aula: Saúde, Bem-Estar e Cultura Negra esta disponível na Buzzero para acessar este e outros cursos de minha autoria clique neste link
Fonte imagem: Google imagens
Imagem curso UNA-SUS http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Saúde é Direito de Todos e Dever do Estado
26
Prossiga
1-Saúde como direito
Afinal, a expressão “saúde é direito de todos” é um fundamento do SUS ou uma crença?
27
Todos sabemos que no
Brasil saúde é direito de
todos e dever do Estado. No
entanto vivemos uma
realidade em que a maioria
da população brasileira não
consegue ter acesso a esse
direito de forma digna, com
qualidade e em tempo hábil.
ProssigaProssiga
1-Saúde como direito
Vamos iniciar refletindo sobre o seguinte: que fatos são divulgados pela mídia, todos os dias, sobre os serviços de saúde?
Como analisar e compreender toda essa realidade do setor de saúde no país?
1-Saúde como direito
Para entender a situação de saúde do momento atual, temos que buscar referências no processo histórico de formulações políticas de saúde e sua vinculação com o contexto político geral do país.
Assim como nós somos frutos do nosso passado e da nossa história, o setor saúde também sofreu as influências de todo o contexto político–social pelo qual o Brasil passou ao longo do tempo.
1-Saúde como direito
CONSTITUIÇÃO DE 1988
30Fonte: http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Prossiga
De todas as
Constituições
brasileiras, a de
1988 apresenta o
maior grau de
legitimidade
popular. Sabe Por
Que?
De todas as Constituições brasileiras, a de 1988
apresenta o maior grau de legitimidade popular.
E sabe por quê
Eu sei exatamente o porquê.Devido ao elevado número de
emendas populares.
Fique atento a este fato
http://www.amperj.org.br/store/legislacao/constituicao/crfb.pdf
31
1-Saúde como direito
A Constituição Federal de 1988 determinou ser dever do Estado garantir saúde a toda a população. Para tanto, criou o Sistema Único de Saúde que resultou de um processo de lutas, mobilização, participação e esforços desenvolvidos por um grande número de pessoas: vários médicos, enfermeiros, donas de casa, trabalhadores de sindicatos, religiosos e funcionários dos postos e secretarias de saúde levaram adiante um movimento, o "movimento sanitário", com o objetivo de criar um novo sistema público para solucionar os inúmeros problemas encontrados no atendimento à saúde da população. O movimento orientava-se pela idéia de que todos têm direito à saúde e que o governo, juntamente com a sociedade, têm o dever de fazer o que for preciso para alcançar este objetivo.
1-Saúde como direito
Criação do SUS
A Constituição aprovou a criação do SUS, após embates de diferentes propostas. Reconheceu a saúde como um direito assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade, equidade, integralidade e organizado de forma descentralizada, hierarquizada e com participação da população.
33
1-Saúde como direito
Essa foi uma grande vitória, porque colocou a Constituição brasileira como uma das mais avançadas do mundo.
Fonte: Google imagens
Destaque os principais pontos do texto que você leu
ate aqui , anote os documentos apontados e se
possível, conheça esses documentos na íntegra. Faça
anotações e guarde com você.
Fonte imagem: Google imagens
Agora, faça as contas...Quantos anos tem o SUS?
UMA QUESTÃO PARA VOCÊ PENSAR
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1-Saúde como direito
É isso mesmo em 2015, o SUS completou 27 anos e, nesse pouco tempo de existência, construiu um sólido sistema de saúde que presta bons serviços à comunidade brasileira.
Pensando nos acontecimentos dentro desse tempo de criação do SUS, você pode estar questionando algumas coisas...
1-Saúde como direito
O SUS ainda é um processo em curso, procurando dar repostas efetivas aos desafios sanitários de nosso país.
1-Saúde como direito
Inegáveis avanços foram alcançados nas políticas de saúde, sendo registrado especialmente o maior acesso aos serviços de saúde por parte da população mais pobre.
Fonte: Google imagens
Entretanto, esse acesso ainda não está universalizado e a qualidade dos serviços ofertados não segue o mesmo ritmo de melhoria que se garantiu na ampliação do acesso.
1-Saúde como direito
Em 2009 o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que tem como principal estratégia o enfrentamento ao racismo para garantir a equidade no Sistema Único de Saúde
Fonte: Google imagens
Vamos então Resumir a historia da construção do SUS em quatro pontos
Primeiro teve em seu começo, ao longo das décadas de 70 e 80, uma forte pressão política e social (movimento estudantil, movimento pela anistia, movimentos sindicais, movimento sanitário etc.), mas também foi influenciado por diversos modelos externos de saúde;
1-Saúde como direito
http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Segundo ponto -foi desenhado e institucionalizado na contramão de uma tendência mundial que discutia o ajuste estrutural da economia e a diminuição do aparelho do Estado e a contenção dos gastos públicos, enquanto aqui ampliavam os direitos sociais e a responsabilidade estatal com seu provimento.
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Terceiro ponto: A reconstrução da democracia e o resgate da dívida social legada pelos anos de ditadura davam suporte à expansão dos direitos sociais, entre os quais o da saúde, mas que ao ser implementado na década de 90, com uma agenda de reforma do Estado, se viu diante de limitações materiais e ideológicas que ameaçaram a proposta universalista da Constituição de 88.
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
E por fim, O SUS que hoje temos não se traduz em um retrato estático de suas regras e preceitos, mas é um processo em construção de um modelo brasileiro de sistema de saúde, ainda em curso e chamado a dar respostas efetivas aos desafios sanitários de nosso país.
1-Saúde como direito
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Esta é a história resumida da construção do Sistema Único de Saúde: um Sistema plural, equânime e universal e que é de todos nós!
Até aqui, tudo bem?
Prossiga43
Quer saber mais acesse curso aqui http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
1-Saúde como direito
Leia pelo Link Constituição Brasileira – Art. 196 ao 200, que
trata sobre a Saúde
Prossiga
Aprofundando um pouco mais...
http://conselho.saude.gov.br/14cns/docs/constituicaofederal.pdf
1-Saúde como direito
Princípios e Diretrizes do SUS :
Universalidade de acesso;
Eqüidade na assistência à saúde;
Integralidade da assistência.
Controle Social participação da comunidade;
Descentralização político-administrativa;
1-Saúde como direito
O que essa leitura nos mostra?
Conforme acabou de ver, o SUS existe há pouco tempo. Surgiu como resposta à insatisfação e descontentamento existente em relação aos direitos de cidadania, acesso, serviços e forma de organização do sistema de saúde.
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
A Constituição veio como meio legal de garantir estas mudanças.
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Cidadania: Participação integral do indivíduo na comunidade política, acesso ao mínimo de bem estar a todos os indivíduos, e acesso a todos os níveis de participação no padrão de civilização vigente. (Monteiro, 2010, pg 267).
GLOSSÁRIO
MONTEIRO, M. C. S. Direito à saúde e participação social: enfrentando o racismo e a desigualdade social. In: KALCKMANN, S.; BATISTA, L. E.; CASTRO, C. M.; LAGO, T. G.; SOUZA, S. R. (Orgs.).Nascer com equidade.São Paulo: Instituto de Saúde, 2010. (Temas em saúde coletiva, 11). Disponivel em http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/nascer.pdf Acesso 17/08/2015
Fonte imagem: Google imagens
RECORDANDO A LEGISLAÇÃO
48Fonte: http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Prossiga
Você já Leu ou ouviu falar da LEI 8080/90?
•
LEI 8080/90
•Reforça os princípios e diretrizes do SUS
•Dá acento à municipalização, como forma
•de implementar a descentralização
LEI 8142/90
•Dispõe sobre a participação da comunidade:
•- Conferências de Saúde
•- Conselhos de Saúde
•Dispõe sobre as transferências de
•recursos financeiros:
•- Fundos de saúde
1-Saúde como direito
Você sabia que tem um capítulo da Lei 8.080/90 que se refere às atribuições comuns ao Distrito Federal e às três esferas de gestão do SUS? Leia o texto abaixo:
Lei 8.080 Acesse Texto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm
Destaque os principais pontos do texto que você
acabou de ler. Faça anotações e guarde com você.
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
Se desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegas
UMA QUESTÃO PARA VOCÊ PENSAR
1-Saúde como direito
Os três níveis de governo são responsáveis pela gestão e
financiamento do SUS, de forma articulada e solidária.
Gestão = Administração
1-Saúde como direito
Gestores
do SUS,
em três
esferas de
governo?
Isto mesmo, o art. 9, deixa claro
que as três esferas de governo
são encarregadas de fazer com
que o SUS seja implantado e
funcione adequadamente dentro
das diretrizes doutrinárias, da
lógica organizacional e dos
princípios organizativos do SUS.
Veja o quadro a seguir...
1-Saúde como direito
Formular, coordenar e controlar a
política nacional de saúde;
promover, junto aos estados, o
desenvolvimento das ações de
promoção, proteção e
recuperação da saúde e
corrigir as distorções existentes.
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO
GESTOR FEDERAL
1-Saúde como direito
coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde em
nível estadual;
executar apenas as
ações que os municípios não forem capazes de
desenvolver e/ou que não
lhes couberem;
promover junto aos
municípios o desenvolvimento das ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde e
corrigir as distorções existentes.
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO
GESTOR ESTADUAL
1-Saúde como direito
Coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde em
nível municipal;
Executar as ações
de atenção básica;
Co-responsabili
dade de assistência
de atenção à saúde de
média e alta complexida
de;
Promover o desenvolvimento das ações de promoção,
proteção e recuperação
da saúde;
Responsabilidade
pelos Sistemas
de Informações, entre outras...
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO
GESTOR MUNICIPAL
1-Saúde como direito
Bem, ela indica que a participação social é importante porque insere o cidadão na construção e no fortalecimento do SUS. O cidadão, usuário do Sistema, precisa conhecer não só os seus deveres mas também os seus direitos. Com isso, ele poderá melhor desfrutar de um sistema que é de todo cidadão, brasileiro ou estrangeiro.
O que a leitura da Lei 8.142/90 nos mostra?
1-Saúde como direito
1-Saúde como direito
O SUS contribuiu para uma visão
ampliada de cidadania, identificando o
usuário como “membro de uma
comunidade organizada com direitos e
deveres”, diferente de uma mera visão de
“consumidor de bens e serviços”.
1-Saúde como direito
tem caráter permanente e deliberativo;
são órgãos colegiados compostos por
representantes do governo, dos prestadores de serviço, dos profissionais de saúde (50%) e dos usuários (50%);
atuam na formulação de estratégias e no controle
da execução da política de saúde, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros;
CONSELHOS DE SAÚDE 1-Saúde como direito
Ministério da Saúde
Conselho Nacional de
Saúde
Comissão
Intergestores
Tripartite
FEDERAL
ESTADUAL
MUNICIPALSecretaria de
Estado
da Saúde
Conselho Estadual
de Saúde
Comissão
Intergestores
Bipartite
Secretaria
Municipal de
Saúde
Conselho
Municipal de
Saúde
1-Saúde como direito
62
Mas sendo o fundamento do SUS “saúde é direito de todo/as”, em uma sociedade baseada em poder/ privilégio é preciso um programa de políticas de equidade no sentido de tornar real o que ainda é uma
proposição: igualdade e universalidade.
E importante frisar que dentre as ações de consolidação do SUS, faz-se necessária uma política para promoção da saúde da população negra. ProssigaProssiga
1-Saúde como direito
63
Para as ações de consolidação do SUS, faz-se necessária uma política para promoção da saúde da população negra?
Prossiga
1-Saúde como direito
64
Para termos algumas pistas em
direção a respostas para essas
questões precisamos rever
alguns conceitos a luz de uma
história bastante recente para a
humanidade: os direitos
humanos.
Direitos Humanos... E quem são os Humanos?
1-Saúde como direito
DIREITOS HUMANOS
65Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro
Prossiga
Direitos Humanos...? E quem são os Humanos?
66
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html
Os direitos humanos como sãoconhecidos hoje foramformalizados na DeclaraçãoUniversal dos DireitosHumanos, promulgada pelaAssembléia Geral das NaçõesUnidas em Paris – 1948.
ProssigaProssiga
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
67
A Declaração Universal dos DireitosHumanos foi fruto de umanegociação entre os dois grandesblocos do após-guerra, o blocosocialista – que defendia osdireitos econômicos e sociais – e obloco capitalista – que defendia osdireitos civis e políticos.
ProssigaProssiga
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
68
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Os direitos humanos são as condições necessárias e imprescindíveis para que qualquer ser humano
- (sem nenhuma distinção de sexo, raça, religião, opiniões políticas, condições sócio-
econômicas e orientação sexual) –
possa existir, se desenvolver plenamente como pessoa e participar plenamente da vida.
1-Saúde como direito
Da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU), destacamos estes 2 artigos:
Artigo 1.º: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade.
Artigo 25.º: Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços
sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de
perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
69
É importante lembrar que um grande avanço mais recente na compreensão dos direitos humanos é o reconhecimento que todos nascem portadores de direitos, ou seja, todos nós somos sujeitos de direito. Portanto, ninguém deveria precisar lutar por seus direitos, pois já nasce portando esses direitos!
No entanto a maioria da população brasileira está fora! E se quiser o quinhão desse bolo que lhe cabe terá que lutar muito!
70
1-Saúde como direito
Você sabia que, o censo eleitoral em 1881 instituiu a obrigatoriedade de renda mínima para votar e somente com a constituição de 1891 todo brasileiro alfabetizado pode votar, menos as mulheres? (TSE, 2012).
Título de eleitor do Império: a pessoa deveria ser branca, maior de idade e ter uma determinada renda. Fonte imagem : http://marciocarlosblog.blogspot.com.br/2011/04/prefeitos-e-seus-vices-em-itapira.html
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1-Saúde como direito
É preciso desumanizar, coisificar, para que os muitos grupos populacionais não pareçam humanos, não é?
Fonte imagem: http://pt.slideshare.net/italocolares/o-trabalho-em-nossa-vida72
E assim,
1-Saúde como direito
Por essa razão se banaliza a desigualdade, criando a crença de que é natural ou desejo de alguma divindade: a pobreza, a miséria, a exclusão de “certas pessoas”, os não-escolhidos,...
Fonte imagem: https://www.youtube.com/watch?v=6D6jNLMRSZE
73
1-Saúde como direito
74
Dai a importância de refletir sobre racismo, o preconceito e a discriminação no Brasil
1-Saúde como direito
75
O racismo, o preconceito e a discriminação étnico-racial no Brasil têm a função de manter a população negra (e outras etnias: indígena, cigana, etc.) em condição subalterna na sociedade de classes.
Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro
Prossiga
1-Saúde como direito
Quando nasci, era preto.Quando cresci, era preto.Quando pego sol, fico preto.Quando sinto frio, continuo preto.Quando estou assustado, também fico preto.Quando estou doente, preto.E, quando eu morrer continuarei preto !E tu, cara branco.Quando nasce, é rosa.Quando cresce, é branco.Quando pega sol, fica vermelho.Quando sente frio, fica roxo.Quando se assusta, fica amarelo.Quando está doente, fica verde.Quando morrer, ficará cinzento.E vem me chamar de homem de cor ?(Escrito por uma criança Angolana)
76Fonte: Facebook
1-Saúde como direito
77
O racismo, o preconceito e a discriminação no Brasil
O racismo desumaniza.
Prossiga
1-Saúde como direito
O Racismo é um sistema depoder que organiza todas asrelações e estrutura asdesigualdades no Brasil.
Numa sociedade racialmentehierarquizada o racismo determina aforma como vamos nascer, viver emorrer.
Larissa Amorim Borges
Coordenadora do Plano Juventude Viva
De maneira geral, é a população negra que ocupa os índices mais altos de problemas como gravidez na adolescência, mortalidade materna e mortalidade por causas externas na juventude negra.
Estatísticas e análises do Ministério da Saúde indicam que, embora avanços consideráveis tenham sido testemunhados nos últimos anos no que tange ao acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, ainda se notam sistemáticas desigualdades regionais e maior vulnerabilidade de segmentos específicos, como é o caso da população negra
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1-Saúde como direito
Fonte :SEPPIR
A taxa de gravidez na adolescência, considerado o período de 15 a 19 anos, permanece alta em relação a outros países – 67,2 por mil em 2010. Maioria de adolescentes negras
Taxa de nascimentos não planejados e indesejados é maior entre mulheres negras e moradoras de regiões mais pobres
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1-Saúde como direito
Acesso aos exames clínicos de mama apresentam diferenciais raciais consideráveis: entre as mulheres de 40 anos ou mais que realizaram esses exames num período inferior a um ano, o percentual foi de 45,1% para as brancas e 33,1% para as negras Fonte :SEPPIR
Preconceito: É a ideia ou opinião preconcebida, formada sem maior conhecimento, sem consideração
dos argumentos ou dos sentimentos das pessoas que sofrem o
preconceito. No caso do preconceito racial no Brasil, ele pode ser
exteriorizado como suspeita, desconfiança, intolerância, medo,
aversão, às vezes ódio a pessoas ou coletivos, sob pretexto do aspecto ou das marcas físicas e/ou culturais, os identificam como de uma raça ou
etnia.
GLOSSÁRIO
80
Imagem curso UNA-SUS
1-Saúde como direito
Ainda é bastante difícil o acesso ao aborto seguro e as mulheres negras são as que mais morrem em situações de abortamento
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1-Saúde como direito
A principal estratégia de redução da mortalidade materna é o Programa Rede Cegonha, que vem logrando reduzir de maneira geral os índices de mortalidade, mas as disparidades raciais ainda são perceptíveis.
Fonte :SEPPIR
Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Portal Saúde. Disponível em http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_redecegonha.php acesso em
28/07/2015
Esse é um fato importante para se compreender a forma de expressão do racismo institucional no Brasil: barreiras (para oprimidos/as) e oportunidades (opressoras/os).
O racismo institucional no Brasil praticamente se valeu de leis segregacionistas. A população negra tem seu cotidiano marcado por barreiras no acesso aos direitos difíceis de serem superadas de forma individual que causam profundas desigualdades sociais, coletivas, combinadas com discriminação racial.
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1-Saúde como direito
GLOSSÁRIO
83
Racismo institucional: Trata da discriminação que foi
incorporada, sistematizada, em processos e procedimentos das
instituições sociais seja em razão do preconceito quanto à cor ou
etnia, seja em razão do fracasso em solucionar as necessidades
específicas de diferentes grupos populacionais ou identitários. O
racismo institucional é um efeito, um resultado, mas que tem sua
causa em relações interpessoais com vieses étnico-raciais. O
racismo institucional impacta em grupos e reflete um padrão, mas é
ativado pela identidade social da pessoa que sofre um incidente
discriminatório mascarado pelo isolamento ou aleatoriedade. O
padrão de discriminação étnico-racial, ou seja, o racismo
institucional no SUS, por exemplo, pode ser revelado pelas
informações institucionais relacionadas às identidades sociais
das/dos usuárias/os.
1-Saúde como direito
Racismo Institucional
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Fonte: Suzana Kalckmann. Racismo Institucional: um desafio para a eqüidade no SUS?disponível em http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7532/9049 Acesso 22/08/2015
1-Saúde como direito
O racismo institucional é definido como o "fracasso coletivo de uma organização para prover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica.
RACISMO INSTITUCIONAL POR MÔNICA OLIVEIRA
85
Mônica Oliveira, Seppir- DF, fala sobre o
Racismo Institucional como um
determinante social de saúde. Ela
demonstra como o racismo se expressa
no cotidiano das pessoas, entre usuários
e profissionais de saúde, no cotidiano
dos serviços de saúde, entre outros. O
racismo institucional na saúde pode ser
visto, por exemplo, no caso da morte
materna. No país como um todo tem
diminuído, mas quando se desagrega
por cor as mulheres negras continuam morrendo mais.
https://youtu.be/eiGReZxk4-k
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
Em meados do séc. XX – quando supostamente não temos escravos e nem servos feudais se consolidam os direitos civis – começa a discussão sobre cidadania a partir do reconhecimento dos direitos humanos.
As idéias sobre os direitos humanos e cidadania são construídas em meio às desigualdades da sociedade capitalista, o que parece contraditório, mas na verdade o reconhecimento dos direitos permite que se mantenha um mínimo de bem estar social sem que se altere a estrutura social.
86
1-Saúde como direito
O Brasil foi o último país do mundo a terminar com o tráfico de escravos
No Brasil nunca houve proibição de voto por questões raciais, mas durante muito tempo os negros foram excluídos desse direito por não terem propriedade e renda e depois por não serem alfabetizados.
PENSE SOBRE ISSO TUDO:
Prossiga
87
1-Saúde como direito
PENSE SOBRE ISSO TUDO:
No Brasil nunca houve leis segregacionistas (leis separatistas –apartheid), ou seja, que impedissem as pessoas de morar, andar, entrar ou trabalhar em qualquer lugar por questões de cor da pele. Mas, foram criadas 2 instituições: .
Aprenda com arte O significado do elevador social lindamente explicado
pelo poeta e músico Jorge Aragão: http://www.vagalume.com.br/jorge-
aragao/identidade.html
88
1-Saúde como direito
Branquidade
Fonte: RIOS, Luís Felipe et al .. Axé, práticas corporais e Aids nas religiões africanistas do Recife, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 12, Dec. 2013 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232013001200021&script=sci_arttext . acessos em 31/07/2015.
GLOSSÁRIO
89
Branquidade – mecanismos retóricos, políticos, culturais e sociais pelos quais a identidade racial branca é inventada (falsa) e usada para mascarar seu poder e privilégio em relação aos “outros/as” (opressiva).
Racismo : É a atribuição de estatutos
intelectuais e morais inferiores/superiores a
grupos humanos/étnicos
específicos
Racismo
1-Saúde como direito
Mesmo sem leis segregacionistas explícitas, até hoje negras e negros ocupam majoritariamente as periferias das cidades, sendo fácil identificar o “lugar dos/as negros/as”
...Aliás uma frase comum de se ouvir por aí é que “pessoas pobres mas honestas são aquelas que sabem onde é o seu lugar...”
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1-Saúde como direito
PARA UM NEGRO
Para um negro
A cor da pele é uma sombra
Muitas vezes mais forte
Que um soco.
Para um negro
A cor da pele
É uma faca
Que atinge
Muito mais cheio
O coração.
Do livro “A Cor da Pele” de Adão Ventura –Advogado, poeta, escritor e conferencista mineiro.
Tabono – símbolo de Fortaleza, Confiança e
Persistência
91
1-Saúde como direito
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Historicamente, há uma combinação das questões de raça e classe perpetuando desigualdades entre negros, indígenas e brancos
Nas relações étnico-raciais hierarquizadas prevalecem os estereótipos ou generalizações que perpetuam uma visão distorcida dessas populações como inferiores, incapazes, preguiçosas , violentas , delinquentes, bandidas....
Fonte: Jornal Correio Lageano (SC), 16 de fevereiro de 2008.
1-Saúde como direito
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Estereótipos:
são ideias, imagens, chavões preconcebidos de determinados indivíduos e/ou grupos. Funcionam como um CARIMBO, uma vez marcados os membros de um determinado grupo como possuidores de um atributo, passam a ser julgados pela marca recebida. Os estereótipos partem de uma generalização, tomando-se como verdade universal.
GLOSSÁRIO
Fonte imagem: Google imagens
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Saiba que, preconceito se combate ou se previne
com informação e conhecimento
1-Saúde como direito
Discriminação: Refere a atitude e/ou conduta, por pessoas pelo julgamento e explicitação de estereótipos de raça, sexo, idade, religião,
ascendência nacional, origem social, opinião política, entre outros motivos. Significa “distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que
tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo
plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos
político econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública” (parte I, Art. 1°).
GLOSSÁRIO
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Imagem curso UNA-SUS
1-Saúde como direito
No entanto, as pessoas nunca deixaram de lutar pela liberdade, justiça e igualdade desde o período da escravidão através das revoltas, formação de quilombos, campanhas, ações judiciais e lutas cotidianas empreendidas até a atualidade que caracterizaram sempre a mobilização social de combate ao racismo, à exclusão e desigualdade social.
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1-Saúde como direito
A questão racial: uma agenda preemente
Dimensão demográfica:
• Brasil: país com 50% da população negra
(pretos e pardos);
• Maior população negra fora da África;
• 2ª maior população negra do mundo.
Dimensão social:
• País de grandes desigualdades e de baixa mobilidade social;
• A população negra apresenta piores índices de acesso a bens e serviços públicos
e está sobre-representada nas camadas mais pobres;
• A desigualdade racial não é mera expressão das desigualdades socioeconômicas;
• A discriminação racial é um fator estruturante de desigualdades.
1-Saúde como direito
http://www.seppir.gov.br/
A questão racial: uma agenda recente
Dimensão histórica:
Três séculos e meio de escravidão
X
Reconhecimento recente da questão racial pelo Estado
18881822 1995 2003
1-Saúde como direito
http://www.seppir.gov.br/
A questão racial e a educação no Brasil
- a população negra tem, em média, quase
dois anos a menos de estudo que a
população branca (8,3 anos contra 6,6 anos);
- o percentual de analfabetismo entre os
negros é mais que o dobro do que entre os
brancos (13,6% contra 6,2%);
- cerca de 571 mil crianças de 7 a 14 anos
não freqüentavam a escola, das quais 351 mil
(62%) eram negras.
1-Saúde como direito
http://www.seppir.gov.br/
Média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade,
cor/raça 1992 - 2008
6,1 6,2 6,4 6,5 6,7 6,8 7,07,3 7,4 7,6 7,7 7,8 8,0 8,1 8,3
4,0 4,1 4,3 4,5 4,5 4,7 4,95,2 5,5 5,6 5,8 6,0 6,2 6,3 6,6
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3
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5
6
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8
9
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Branca Negra
A questão racial e a educação no Brasil
http://www.seppir.gov.br/
1-Saúde como direito
Isto é preconceito, você sabia?
Colocar apelidos nas pessoas negras, como Pelé, Mussum, tição, café, chocolate, buiu, branca de neve. Os apelidos pejorativos são uma forma perversa de desumanizar e desqualificar seres humanos.
Elogiar negros dizendo que são de “alma branca”.
Fazer piada de mau gosto, usando o termo “coisa de preto” ou “serviço de preto”.
Querer agradar a negros dizendo que é negro, “mas” é bonito, ou que “apesar” do “cabelo ruim” é inteligente.
Fonte: Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro – Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga. 101
1-Saúde como direito
Isto é preconceito, você sabia?
Usar eufemismo como “moreninho”, “escurinho”, “pessoas de cor”,evitando a palavra negro ao se referir a pessoas negras.
Negar a ascendência negra do mulato, dizendo que ele não é “totalmente” negro, que é de raça apurada, ou usar as expressões “limpar o sangue” e “melhorar a raça”, ao se referir à miscigenação.
Fazer comparação, usando a cor branca como símbolo de que é limpo, bom, puro e, em contrapartida, usar a cor preta representando o que é sujo, feio, ruim.
Fonte: Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro – Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga 102
1-Saúde como direito
Isto é preconceito, você sabia?
103
1-Saúde como direito
O racismo institucional coloca barreiras ao exercício da cidadania, e a população negra passa a ocupar o lugar de população “carente” dos serviços mínimos (alimentação, moradia, educação, trabalho...) a quem só resta agradecer a caridade na forma de serviços oferecidos pelo Estado. (MONTEIRO, 2010).
104
MONTEIRO, M. C. S. Direito à saúde e participação social: enfrentando o racismo e a desigualdade
social. In: KALCKMANN, S.; BATISTA, L. E.; CASTRO, C. M.; LAGO, T. G.; SOUZA, S. R.
(Orgs.).Nascer com equidade.São Paulo: Instituto de Saúde, 2010. (Temas em saúde coletiva, 11).
Disponivel em http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-
coletiva/pdfs/nascer.pdf Acesso 17/08/2015
Fonte imagem: Google imagens
1-Saúde como direito
Inúmeras pesquisas publicadas recentemente demonstram disparidades entre o desempenho em saúde da população negra e da população branca.
105
Estes dados colocam
grandes questões a
serem enfrentadas
pelo Sistema Único de
Saúde, pois as
iniquidades apontadas
indicam a existência
de racismo
institucional operando
no interior do Sistema.
Em outras palavras...1-Saúde como
direito
Fonte: Google imagens
Referência da pesquisa: RIBEIRO, M C S de A et al. Perfil sociodemográfico epadrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS -PNAD 2003. Ciênc. saúde coletiva. Disponivel em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000400022&lng=en Acessado em 28/07/015
106
Em outras palavras...
O racismo institucional, visto como a
impossibilidade das instituições
oferecerem serviços com equidade às
pessoas em função de sua origem
racial, produz falta de acesso,
comportamentos discriminatórios e
formulação de políticas que não
atendem aos interesses da população
negra, aumentando a situação de
desvantagem deste grupo
populacional.
1-Saúde como direito
Fonte: Google imagens
O racismo institucional constitui-se na produção sistemática da segregação étnico-racial, nos processos institucionais.
107
Fonte imagem: Google imagens
Manifesta-se por meio de normas, práticas
e comportamentos discriminatórios
adotados no cotidiano de trabalho,
resultantes da ignorância, falta de atenção,
preconceitos ou estereótipos racistas. Em
qualquer caso, sempre coloca pessoas de
grupos raciais ou étnicos discriminados em
situação de desvantagem no acesso a
benefícios gerados pela ação das
instituições e organizações.
1-Saúde como direito
Antirracismo - estratégia de luta sobre as relações sociais e raciais, e dos poderes e interesses desiguais, de modo a destacar o papel do racismo na produção de condições de vida e de saúde de negras e negros
Intolerância - É o não reconhecimento da possibilidade de outra verdade, outros valores, outras preferências, sentimentos, gostos, expressões, (religiosas, artísticas, culinárias...), formas de falar, de se vestir que não sejam iguais ou similares aos próprios.
GLOSSÁRIO
108
Vamos agora trazer reflexões sobre o
enfrentamento a violência contra a juventude negra.
109
Fonte imagem: Google imagens
Matar não é algo simples e nem banal.
Matar impacta quem mata, quem
presencia e a família de quem morre.
“Algumas pessoas são mais matáveis que
outras. Há vidas que importam menos.”
.
1-Saúde como direito
http://www.seppir.gov.br/
O racismo é o principal determinante da
morte de jovens no País.
1-Saúde como direito
Violência é contra a juventude negra se caracteriza como:
Ação ou omissão, premedita ou não, capaz de gerar lesão física ou sofrimento psíquico,
pontual ou sistêmico, que em curto, médio ou longo prazo possa comprometer a
trajetória de vida ou retirar a vida dos/as jovens negros/as,
ampliando assim o risco de eliminação física e simbólica do povo negro.
Se uma política universal não alcança a população negra, não é universal.
1-Saúde como direito
112
0
É como se houvesse uma “autorização” da sociedadepara esta violência maior contra nossos jovens negros
Rolezinho acaba com repressão policial –Vitória
Abordagem policial com jovem negro
Pai defende seus filhos de abordagem policial – São
José dos Campos
Menor é preso há um poste por grupo de
justiceiros, após realizar furto no RJ
SÃO 5 JOVENS NEGROS ASSASSINADOSA CADA 2 HORAS, OU 60 POR DIA
É como se caíssem dois aviões por semana lotados de jovens, a maioria negros.
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados de 2012
1-Saúde como direito
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PA DF
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GO SE RO
MT RJ
AM
Brasil
MS
RR CE
RN
MA
TO PR
MG RS
SP AC SC PI
Taxas de homicídios entre brancos e negros por UF (2010)
Brancos Negros
Maiores taxas de homicídios contra negros: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pará, Distrito Federal e Pernambuco
Fonte: SIM/Datasus/Ministério da Saúde
1-Saúde como direito
115
1-Saúde como direito
Dados do DF
http://www.seppir.gov.br/
reflexões sobre o
enfrentamento a violência
contra a juventude negra.
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1-Saúde como direito
Dados do DF
http://www.seppir.gov.br/
reflexões sobre o
enfrentamento a
violência contra a
juventude negra.
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Dados do DF
http://www.seppir.gov.br/
reflexões sobre o enfrentamento a violência contra a juventude negra.
http://www.seppir.gov.br/
1-Saúde como direito
reflexões sobre o enfrentamento a violência contra a
juventude negra.
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Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública
1-Saúde como direito
1-Saúde como direito
Violência no Brasil: um problema quetem idade, cor/raça e território
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados preliminares de 2010
Em 2011, 27.471 jovens entre 15 e 29 foram
vítimas de homicídio, ou seja, 52,6% do total.
Em 2011, morreram no Brasil 52.198
pessoas vítimas de homicídio, ou
seja, 27 a cada 100 mil habitantes.
67,5%das vítimas
eram negras
93,6%das vítimas de
homicídio eram do
sexo masculino.
71,4%dos jovens
assassinados eram negros.
1-Saúde como direito
2 JOVENS NEGROS SÃO ASSASSINADOS POR HORAÉ como se caíssem dois aviões por semana lotados de jovens, a maioria negros.
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados preliminares de 2010
1-Saúde como direito
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O que preocupa a juventude brasileira?
De acordo com a pesquisa da SNJ/SG “Agenda da Juventude Brasil 2013”,a violência é apontada como o maior problema para a juventudeatualmente (é citada por 43%), seguida por emprego/profissão (citadapor 34%), saúde (citada por 26%), educação (citada por 23%) e drogas(citada por 18%).
VIOLÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA QUE MARCA ESTA GERAÇÃO Mais da metade (51%) dos jovens já perdeu uma pessoa
próxima (parente ou amigo) de forma violenta.
1-Saúde como direito
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1-Saúde como direito
É possível parar estas mortes???
Prevenir à Violência contra a Juventude Negra implica em:
Reconhecer os jovens negros como sujeitos de direitos.
Identificar formas invisibilizadas e naturalizadas de violência e
operar articuladamente para sua desconstrução.
Gerar condições subjetivas e objetivas para ampliar os campos de possibilidade
dos/as jovens negros/as e assim, incidir afirmativamente em suas trajetórias de
vida.
Colaborar para que o/as sujeito/as negro/as possam experienciar a condição
juvenil com pleno bem estar físico, mental e social seja qual for seu sexo,
orientação sexual e origem social.
1-Saúde como direito
130
1-Saúde como direito
O que temos feito para evitar estas mortes?
•http://www.seppir.gov.br/
•Identificação e enfrentamento ao racismo.
•Integração das políticas.
•Aperfeiçoamento Institucional.
•Desconstrução da Cultura de Violência.
•Transformação dos territórios.
•Inclusão, oportunidades e garantia de
direitos.
•Criação e fortalecimento dos mecanismos
de participação social.
Para organizar nossa ação é preciso lembrar que:
O Racismo é um determinante social de saúde.
Racismo e padrões heteronormativos articulados orientam
a configuração da violência letal nos planos individual e coletivo.
O racismo é um sistema de poder e estrutura as desigualdades brasileiras.
É inadmissível discutir a questão da violência, a saúde, a segurança pública e a
DEMOCRACIA sem considerar a dimensão das relações raciais, as relações de gênero e o
recorte geracional como fatores que alteram a vivência de desigualdades e violências.
1-Saúde como direito
132
1-Saúde como direito
• Diz Aí – Enfrentamento ao Extermínio da Juventude Negra - https://youtu.be/GjuKhoG1UYU
• Eu sou contra o Genocídio da Juventude Preta Pobre e Periférica - https://youtu.be/AjyluYZV35Y
• Sobre guerra às drogas -https://youtu.be/untrMQCbNRI
• Porquê o senhor atirou em mim? -https://youtu.be/DvnRg4E0VWk
• Auto de Resistência - Relatos de Familiares de Vítimas de Violência Armada - Soares, Barbara Musumeci
133
A linha do tempo que veremos a seguir apresenta alguns dos principais momentos do movimento negro na luta pelos direitos em saúde.
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro e Isabel Cristina Fonseca da Cruz
1530
Início do tráfico
negreiro no Brasil
1543
Fundação daprimeira SantaCasa deMisericórdia, naVila de Santos– Primeirosespaços deassistência noPaís.
1582
Santas Casasde Misericórdia– Registro de“Rodas dosInocentes”,onde eramdeixadas ascriançasindesejadas.
1695
Em 20 denovembromorre Zumbidos Palmares,líder do maiorQuilombo,dando origemao Dia daConsciênciaNegra, séculosdepois
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1711
Fundação da Irmandade do Rosário dos
Homens Pretos, São Paulo/SP.
1798
A Revolta dosAlfaiates foi omanifesto doslibertários baianosque protestavamcontra os impostos ea escravidão,exigindoindependência eliberdade, Bahia/BA.
1808 -1828
Escravos e forrosdesempenhamatividades de “sarjar,sangrar e aplicarsanguessugas eventosas”, asfamosas sangrias
1824
A ConstituiçãoBrasileira proíbenegros e leprosos defrequentar escolaspúblicas.AConstituiçãoBrasileira proíbenegros e leprosos defrequentar escolaspúblicas.AConstituiçãoBrasileira proíbenegros e leprosos defrequentar escolaspúblicas.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1828
Organizada a Inspetoria de
Saúde dos Portos.
1829
Criação da Juntade Higiene Pública
1831
Lei Feijó. Proíbe otráfico e consideralivres todos osafricanosintroduzidos noBrasil a partirdesta data. A leifoi ignorada echamadapopularmente de“lei para inglêsver”.
1833
Fundado ojornal OHomem deCor, primeiroperiódicodedicado àcausa negra daimprensabrasileira.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1835
Revolta dos Malês,
rebelião contra o
escravismo e imposição de
religião católica.
1850
Promulgada aLei Euzébio deQueiroz,extinguindo otráfico deescravizados noBrasil.
1871
Aprovada a Leido Ventre Livre,que declaravalivres filhas efilhos de negrasescravizadasque nascessemapós 28 desetembro desseano.
1880
Nasce João Cândido, que setornou líder da Revolta daChibata (1910), conhecidocomo Almirante Negro.
Joaquim Nabuco apresenta à Câmara umprojeto de lei propondo a abolição daescravidão com indenização até 1890.
Fundação da Sociedade Brasileira contra aEscravidão e de seu jornal, O Abolicionista.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1885
Assinada a Lei do
Sexagenário, garantindo a liberdade a
escravizadas/os com mais de
60 anos de idade.
1888
ProclamaçãoOficial daAbolição daEscravatura. Falsaabolição, que nãogarantiucidadania anegras e negros.
1890
Rui Barbosamanda queimartodos os papéis,livros de matrículae registros fiscaisrelativos àescravidãoexistentes noMinistério daFazenda.
1894
Nasce aYalorixá MãeMenininha doGantois, íconeda luta contraa intolerânciareligiosa.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1899
Criado o Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro, o qual instalou
laboratórios para produção de vacina e soro contra a peste,
sendo renomeado em 1908 como Instituto Oswaldo Cruz, que se torna referência nos
serviços para diagnóstico de doenças infecciosas e genéticas e controle de
vetores..
1902
Nasce Clementinade Jesus,empregadadoméstica,sambista e íconeda luta contra adiscriminaçãoracial, queexplorou bastanteas influências dasreligiões afro-brasileiras em suamúsica.
1904
Código Sanitáriocomobrigatoriedadeda vacinaçãoantivariólica;Revolta daVacina.
1905
Reorganizaçãodos serviçosde saúde nosportosmarítimos efluviais porOswaldo Cruzpara traçarplano demodernizaçãoe saneamento.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1910
Revolta da Chibata, liderada pelo
Almirante Negro –João Cândido, contra
os maus tratos sofridos na Marinha
Mercante.
1923
Promulgação daLei EloyChaves, quecriou as Caixasde Assistência ePrevidência(CAPs).
1925
Reforma doCódigoSanitário
1926
Criação dos Institutos deAposentadorias e Pensões(IAPs) vinculados aoestabelecimento de umamedicina previdenciária, quefuncionavam como autarquiasde nível nacional centralizadasno governo federal eorganizadas por categoriasprofissionais, diferente domodelo das Caixas deAposentadorias e Pensões(CAPs), que se organizavampor empresas..
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1931
Fundação da Frente Negra Brasileira,
primeira agremiação política composta por
negros.
1935
Nasce LéliaGonzález,antropóloga,filósofa,intelectual emilitante da causanegra,Bebedoura/MG.
1936
Laudelina Campos deMelo, ativista daFrente NegraBrasileira, fundou aprimeira Associaçãode TrabalhadorasDomésticas do País,fechada durante oEstado Novo, evoltando a funcionarem 1946.
1941
PrimeiraConferênciaNacional deSaúde
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1944
Fundação do Teatro Experimental do Negro
(TEN), no Rio de Janeiro/RJ, por Ruth de
Souza, Abdias do Nascimento, Arinda
Serafim, Elza de Souza, Marina Gonçalves, Ilena
Teixeira, Neusa Paladino, Maria
d’Aparecida, Mercedes Baptista e Agostinha
Reis.
1948
Criação doprimeiroConselhode Saúde,marcandoo início dasaúdepúblicamoderna.
1949
Criação do Serviço deAssistência MédicaDomiciliar (SAMDU),inicialmente vinculadoao Ministério doTrabalho; em 1967 foiincorporado pelo entãoInstituto Nacional dePrevidência Social(INPS). Infere-se queessa foi a primeiraatividade planejada deassistência domiciliar àsaúde no País.
1950
Criado oPrimeiroConselhoNacional deMulheresNegras, o qualteve à frente adiretora doTeatroExperimental doNegro, Maria doNascimento.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1951
Aprovada a Lei Afonso Arinos que estabelece a discriminação
racial como contravenção
penal.
1953
Criação doMinistérioda Saúde.
1966
Criação do InstitutoNacional de PrevidênciaSocial (INPS),originando-se da fusãode todos os Institutosde Aposentadoria ePensões existentes àépoca, o qualestabelecia que serviçosem postos deassistência médica,unidades hospitalaresou unidades mistasseriam atendidos pelorespectivo instituto.
1967
Fusão dosInstitutos deAposentadoria ePensões aoInstituto Nacionalde PrevidênciaSocial (INPS).
Criação do Partido PanterasNegras nos Estados Unidos daAmérica, responsável poruma das primeiras definiçõesde racismo institucional.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1969
O governo Médici proíbe a imprensa de publicar
notícias sobre índios, esquadrão da morte, guerrilha,
movimento negro e
discriminação racial.
1974
Criado o bloco decarnaval Ilê Aiyê, um dosprimeiros blocos afro-baianos a dar visibilidadeà história negra nomundo ao aceitarsomente negros/as, emrepúdio a práticasdiscriminatórias deoutros blocoscarnavalescos no Brasil,Salvador/BA.
Criação do Instituto Nacional deAssistência Médica daPrevidência Social (INAMPS)..
1975
Criado oSistemaNacional deSaúde(SNS).
1976
A Organização das NaçõesUnidas (ONU) institui o dia 21de março como DiaInternacional pela Eliminaçãoda Discriminação Racial, emmemória do massacre deShaperville de 1960, na Áfricado Sul.
Institui-se o Programa deInteriorização de Ações deSaúde e Saneamento
(PIASS).
Fundação do Instituto dePesquisa das Culturas Negras(IPCN).
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1978
Fundação do Movimento
Negro Unificado Contra a
Discriminação Racial, São Paulo/SP..
1985
Publicada a Leino 7.437, queestabelece comocontravençãopenal otratamentodiscriminatóriono mercado detrabalho, pormotivo deraça/cor..
1986
Realização da 8ªConferência Nacional deSaúde, a qual constituiuum marco ao reconhecera saúde como direitouniversal de cidadania edever do Estado. Foi aprimeira com aparticipação dasociedade civil.
1987
Criação do SistemaUnificadoDescentralizado deSaúde (SUDS).
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1988
Promulgação da Constituição Federal, que institui o Sistema
Único de Saúde (SUS).
Aprovação da Lei Caó, que estabelece o racismo como crime inafiançável e
imprescritível, de autoria do deputado federal Carlos Alberto Caó.
Criação da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, com a
principal atribuição de promover a valorização da cultura negra.
O Movimento Negro Unificado (MNU) institui o dia 13 de maio como o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo
1990
Publicada a Lei nº 8.080, que dispõe sobre ascondições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e ofuncionamento dos serviços correspondentes edá outras providências.
Publicada a Lei nº 8.142, que dispõe sobre aparticipação da comunidade na gestão doSistema Único de Saúde (SUS) e sobre astransferências intergovernamentais de recursosfinanceiros na área da saúde e dá outrasprovidências.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
1991
Lançamento do Programa SOS Racismo, pela ONG Geledés –
Instituto da Mulher Negra, pioneira em
oferecer assistência legal a vítimas do racismo e da discriminação
racial.
1992
Dia Internacional daMulher Negra Latino-Americana e Caribenha,marcandointernacionalmente aluta e resistência dasmulheres negras. Dia25 de julho.
Quesito cor no sistemamunicipal de informaçãoSP/SPhttp://www.mulheresnegras.org/doc/livro%20ledu/133-154MariaAparecida.pdf.
1995
Realização, peloMovimento NegroBrasileiro, da MarchaZumbi dos Palmares,contra o Racismo, pelaCidadania e pela Vida.
Lançamento da campanha Nãomatem nossas crianças, pelaCoordenação Nacional deEntidades Negras (CONEN), afim de denunciar a onda deviolência e ação de grupos deextermínio contra meninos emeninas pobres e em situaçãode rua, a maioria negros, aexemplo do que foi a chacina daCandelária. http://ceaprj.org.br/trajetorias-e-lutas/
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/livro_mulheresnegras.pd
1995
Lançamento da Campanha Nacional contra a
Esterilização em Massa de Mulheres Negras com o slogan Esterilização de
Mulheres Negras: do Controle da Natalidade ao Genocídio
do Povo Negro, sob a liderança do Programa de
Mulheres do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas do Rio de Janeiro, que denunciava o racismo das iniciativas de
controle populacional/ planejamento familiar.
A doença falciforme passa a ser utilizada como
marcador da qualidade das respostas do SUS à saúde
da população negra.
Criação do Grupo de Trabalho
Interministerial para a Valorização da Pessoa
Negra.
1996
Criação deprogramas eaçõesnacionais, emestados emunicípios, dedoençafalciforme..
Mesa Redondasobre a SPN peloMinistério daSaúde; quesito cornas declarações denascidos vivos e deóbito e nossistemas nacionaisde informaçãosobre mortalidade(SIM), nascidosvivos (SI- NASC) esujeitos depesquisa;
2001
Criação do Programa de Combate ao RacismoInstitucional (RI)/PCRI ) do Ministério daCooperação do Reino Unido/DFID ePrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD).
Publicação do Manual de Doenças MaisImportantes por Razões Étnicas naPopulação Brasileira Afro-Descendente doMinistério da Saúde.
2000- Pré-Conferência Cultura e SPN pela Fundação Cultural Palmares e Ministério da Saúde.
Workshop Inter-Agencial de SPN, com representantes de todas as agências da ONU- Brasil e especialistas em SPN. Este workshop resultou na proposta de Política Nacional de SPN: uma questão
de equidade
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php e http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/livro_mulheresnegras.pdf
2001
Instituição do Programa Nacional de Triagem Neonatal com a inclusão de
doença falciforme e outras hemoglobinopatias.
Publicação do livro Saúde da População Negra, de Fátima de Oliveira, pela
Organização Pan- Americana de Saúde (OPAS)..
Edna Roland é relatora da I Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a
Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância, em Durban/África do Sul.
2003
Criação da A Secretaria de Políticas de Promoção daIgualdade Racial- SEPPIR pela Lei nº 10.678, comoórgão de assessoramento direto da Presidênciada República. Matilde Ribeiro torna-se aprimeira ministra da SEPPIR.
Promulgação da Lei nº 10.639, que versa sobrea obrigatoriedade do ensino de história afro-brasileira na rede oficial de ensino.
12ª Conferencia Nacional de Saúdecom aprovaçãode mais de 70 deliberações sobre SPN.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2004
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
2004
Realizado o I Seminário Nacional de Saúde da População Negra, no qual foi assinado o Termo de Compromisso entre a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e o
Ministério da Saúde, referenciando as contribuições de pesquisadoras(es) e o Movimento Negro, contidas no documento Política Nacional de Saúde da População Negra: Uma Questão de Equidade.
Criação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra (CTSPN), por meio da Portaria GM/MS n° 1.678, para subsidiar o avanço da equidade na Atenção à Saúde da população negra.
Participação de ativistas negros na Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica e no Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Brasília.
Inclusão da saúde da população negra no Plano Nacional de Saúde: um Pacto pela Saúde no Brasil.
Lançamento do Programa Integrado de Ações Afirmativas para Negros (Brasil Afro Atitude), do então Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. I Seminário Nacional de Saúde da População Negra: síntese do relatório: 18 a 20 de agosto de 2004. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0005_M.pdf Acesso em 29/07/2015
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2005
Publicação da Portaria GM/MS nº 1.391. Institui no âmbito do SUS, as diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras
Hemoglobinopatias.
Inclusão do Ministério da Saúde na Ação 8215 – Atenção à Saúde das Populações Quilombolas no Programa Brasil Quilombola (PBQ), coordenado pela SEPPIR, com o objetivo de desenvolver estratégias para inclusão da população remanescente de quilombos nos serviços e ações de saúde e saneamento.
Lançado o Edital de Pesquisa da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) – Convocatória 4/2005 com 10 (dez) projetos aprovados na Chamada para Seleção de Pesquisa sobre População Negra e HIV/Aids do Programa
Nacional de DST e Aids.
Realização da I Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, com debates e deliberações sobre saúde.
Participação de representantes do movimento negro na Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, com inclusão da saúde da população negra entre as prioridades de pesquisas.
Lançamento, pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, do Plano Estratégico HIV/Aids e Racismo. Inclusão da saúde da população negra no Plano Nacional de Saúde.
Lançamento, pelo Ministério da Saúde, das publicações Saúde da População Negra no Brasil: contribuições para a promoção da equidade e Atlas Saúde Brasil, trazendo informações sobre a saúde da população negra e as
desigualdades raciais na saúde.
Inserção de item sobre saúde da população negra no PPA 2006 - 2007.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2006
Realização do II Seminário Nacional de Saúde da População Negra na cidade do Rio de Janeiro/RJ, marcado pelo reconhecimento oficial do MS da existência do racismo institucional
nas instâncias do SUS.
Lançamento da Campanha contra o Racismo Institucional no Ministério da Saúde; Edital de Pesquisa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS) em parceria com o CNPq/MCT –
Convocatória 26/2006 – Produção de Conhecimento: Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina.
Lançamento da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme.
Movimento negro conquista pela primeira vez representação no Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Instituído, pelo movimento negro, o dia 27 de outubro como o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra; Conselho Nacional de Saúde aprova, em 10 de novembro, por unanimidade, a instituição da Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra.
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2007
Traçadas estratégias para implementação da Política
Nacional de Saúde Integral da População
Negra junto aos estados e municípios,
incentivando as instituições, com
responsáveis técnicos nas secretarias estaduais e
municipais de saúde, para a implementação da
Política, bem como para a produção e a divulgação de informativo eletrônico.
Publicação da primeira versão da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
(PNSIPN). Parceria entre SEPPIR e MS.
2008
Pactuação do I Plano Operativo (2008-2011) da Política Nacionalde Saúde Integral da População Negra na Comissão IntergestoresTripartite (CIT).
Publicação da Portaria GM/MS nº 2.588, que regulamenta ocomponente para a qualificação da gestão do SUS, e dá outrasprovidências (ParticipaSUS), resguardando incentivos aosprogramas de atenção à saúde das populações quilombolas ede promoção da equidade em saúde de populações emcondições de vulnerabilidade.
Publicação da Portaria GM/MS nº 90, que atualiza oquantitativo populacional de residentes em assentamentos dareforma agrária e de remanescentes de quilombos, pormunicípio, para cálculo do teto de Equipes de Saúde daFamília, modalidade I, e de Equipes de Saúde Bucal daEstratégia Saúde da Família.
Criação da Comissão Intersetorial de Saúde da PopulaçãoNegra do Conselho Nacional de Saúde.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2009
Publicação, no Diário Oficial, da Portaria nº 992,
do Ministério da Saúde, que institui oficialmente a Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra (PNSIPN). .
Publicação da Portaria GM/MS n° 2.344, que regulamenta as condições para a transferência
de recursos financeiros.
Publicada a portaria n° 36. O Grupo Consultivo de Trabalho
para o fortalecimento das ações de enfrentamento do
Racismo, Sexismo e Lesbofobia, do II Plano
Nacional de Políticas para as Mulheres (II PNPM), envolveu diferentes
profissionais do governo e da sociedade civil.
2010
Publicação da Portaria GM/MS n° 3.300, que altera e acrescentadispositivos do Anexo da Portaria GM/MS nº 2.632, de 15 dedezembro de 2004, que aprovou o Regimento Interno do ComitêTécnico de Saúde da População Negra.
Publicação da Portaria GM/MS no 3.329, que regulamenta ascondições para transferência de recursos financeiros, com vistasà implantação da Política Nacional de Gestão Estratégica eParticipativa do Sistema Único de Saúde (ParticipaSUS), em2010.
Publicação do Estatuto da Igualdade Racial, Lei nº 12.288, como Título II – Dos Direitos Fundamentais / Capítulo I – Do Direitoà Saúde / Artigos 6°, 7° e 8° alusivos à saúde da populaçãonegra e à PNSIPN.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde(Conasems) divulga a Política Nacional de Saúde Integral daPopulação Negra (PNSIPN) no seu XXVI Congresso Nacional.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2011
Sancionado o dia 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, pela presidenta Dilma Rousseff, por meio da Lei nº 12.519.
IV Encontro Nacional da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).
Assinatura do Protocolo de Intenções entre a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e o Ministério da Saúde para adesão da Campanha Igualdade Racial É Pra Valer.
Jurema Werneck é eleita a primeira negra coordenadora-geral de uma Conferência Nacional de Saúde, a 14ª CNS/2012.
Instituído o Fórum de Direito e Cidadania, com a temática de enfrentamento da violência contra jovens negros, pela Presidenta Dilma Rousseff.Instituído o Fórum de Direito e Cidadania, com a temática de enfrentamento da
violência contra jovens negros, pela Presidenta Dilma Rousseff.
O Decreto nº 7.508 regulamenta a Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências, versando
especialmente sobre a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2012
O Supremo Tribunal Federal reconhece, por unanimidade, a constitucionalidade da política de cotas étnico-raciais para seleção de estudantes da Universidade de Brasília
(UnB).
Realização do Fórum: “Enfrentando o Racismo Institucional no SUS”. Parceria entre Ministério da Saúde, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), Fundo de Desenvolvimento
das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e sociedade civil
Lançamento do Plano Interministerial Juventude Viva para o enfrentamento à violência contra a juventude negra; .
Igualdade Racial no Brasil - Reflexões no Ano Internacional dos Afrodescendentes Livro – Igualdade Racial no Brasil -Reflexões no Ano Internacional dos Afrodescendentes Igualdade Racial no Brasil - Reflexões no Ano Internacional dos
Afrodescendentes Tatiana Dias Silva e Fernanda Lira Goes (Organizadoras) / Rio de Janeiro, 2013
Inaugurada a exposição “Igualdade Racial no SUS é pra Valer! no túnel de acesso que liga o edifício sede do Ministério da Saúde ao edifício anexo
Lançamento da 2ª edição do Livro Saúde da População Negra. Parceria com Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Fundo das Nações Unidas para as Populações (UNFPA);
2013Livro mulheres negras contam sua história
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria de Políticas para Mulheres. O prêmio Mulheres Negras contam sua História –
Decreto Nº 8.136, de 05 de novembro de 2013, que regulamenta o SINAPIR - seus princípios, objetivos, instrumentos gerenciais, estrutura, forma de participação, competências, responsabilidades e mecanismo de fi nanciamento
Resoluções da III CONAPIR Resoluções aprovadas na Plenária Final da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial – III CONAPIR
O Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra ganhou “etiqueta” no E-car, sistema de monitoramento das ações do MS – assim todos os compromissos firmados por cada área do Ministério da Saúde podem
ser monitorado de maneira pública e transparente;
Guia de Polítcas Públicas para Povos Ciganos
Publicação: Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil.pdf
Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana
Publicação: Dossiê Mulheres Negras retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil
Fonte: http://www.portaldaigualdade.gov.br/
2014
Plano Municipal de Saúde 2014 – 2017 Município de São Paulo
. Instituído pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010), o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) foi regulamentado peloDecreto n° 8136/2013, assinado pela presidenta Dilma Rousseff na abertura da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir), que ocorreu de 5 a 7 de novembro de 2013, e pela Portaria SEPPIR n.º 8, de 11 de fevereiro de 2014.
Lançamento do Módulo da UNA-SUS de Saúde Integral da População Negra- Curso Saúde da População Negra, módulo educativo auto-instrucional online, de 45 horas, dirigido a profissionais de saúde da Atenção
Básica, em especial.
Criação do Grupo de Trabalho Racismo e Saúde Mental, visando propor aos profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) práticas do cuidado que reconheçam o racismo como causador de sofrimento psíquico.
Campanha «Racismo faz mal à saúde» para enfrentamento ao racismo institucional no SUS e garantia de atendimento humanizado e igualitário à população negra.
Edição temática da revista Painel de Indicadores, tratando do perfil l epidemiológico da população negra, com um foco na juventude e na mulher.
Instituído o Grupo de Trabalho Racismo e Saúde Mental. Coordenado pela Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, em parceria com o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP) e a Política Nacional de
Humanização (PNH), para construir ações que insiram na Rede de Atenção Psicossocial o tema do racismo enquanto causador de sofrimento psíquico;
Publicação do II Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; Publicação: Situação social da população negra por estado - SEPPIR e IPEA
Fonte: http://www.portaldaigualdade.gov.br/
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15696&Itemid=805
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/igualdaderacialnosus/1530_1833.php
2015
SUS INCORPORA TRANSPLANTE DE MEDULA PARA TRATAMENTO DA DOENÇA FALCIFORME
SGEP APRESENTA A POLÍTICA DE SAÚDE DA POP NEGRA EM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA ONU
Brasil Sem Miséria - Caderno de Resultados População Negra 2011 | abril/2015
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Superação da pobreza da população negra - junho/2011 a abril/2015
Evolução da participação do negro no mercado de trabalho brasileiro - 1993, 2003 e 2013 Informe da Previdência Social, Março de 2015. Volume 27 nº03
Portaria Nº 8, de 11 de fevereiro de 2014, que aprovou os procedimentos para adesão e as modalidades de gestão previstas no SINAPIR. Tais instrumentos asseguram prioridade no acesso a recursos públicos federais aos entes participantes do sistema. .
Planejamento Estratégico – MAPA Mapa do Planejamento Estratégico da SEPPIR para o período 2015-2019Mapa do Planejamento Estratégico da SEPPIR para o período 2015-2019
Destaques 2011-2014 Promoção da Igualdade Racial
lançamento do Programa de gestão "Diálogos Palmares: Perspectivas e ações da política nacional para a cultura afro-brasileira".
Campanha do Laço Laranja -contra o Genocídio das Juventudes Negra, Indígena e LGBT
Julho de 2006
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
"Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta"
• Julho 2013
“Campanha Nacional contra a Violência e
Extermínio de Jovens”
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
172
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
“Viver sem Nada, Morrer por Nada” contra o extermínio dos adolescentes.
Dezembro de 2014
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
174
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS. GLOSSÁRIO
“Genocídio”
Termo criado em 1944, por Raphael Lemkin.
“Qualquer ato cometido com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso.”
Assassinato de membros do grupo;Causar danos à integridade física ou mental de membros do grupo;Impor deliberadamente ao grupo condições de vida que possam causar sua destruição física total ou parcial;Impor medidas que impeçam a reprodução física dos membros do grupo;Transferir à força crianças de um grupo para outro.
http://www.seppir.gov.br/
Ainda hoje a esterilização feminina é o método anticoncepcional mais usado entre as mulheres brasileiras, o aumento dessa prevalência se deu na década de 80, quando o Ministério de Saúde favoreceu a laqueadura de mulheres pobres em escala nacional.
O movimento de mulheres negras em 1990 desenvolveram as campanhas nacionais: “Não Matem Nossas Crianças”, que denunciava o extermínio de crianças e jovens negros empreendidas por grupos paramilitares (chamados grupos de extermínio) e a Campanha Nacional contra a Esterilização em Massa de Mulheres Negras com o slogan “Esterilização de Mulheres Negras: Do Controle da Natalidade ao Genocídio do Povo Negro”, sob a liderança do Programa de Mulheres do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas do Rio de Janeiro
http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/livro_mulheresnegras.pdf 175
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
MARCO REGULATÓRIO
• Decreto Nº 4.886/2003 – Institui a Política Nacional de Promoção daIgualdade Racial
• Lei Nº 10.639/2003 – Torna obrigatório o ensino da História e CulturaAfro-Brasileira
• Decreto Nº 6.872/2009 - Plano Nacional de Promoção da IgualdadeRacial – PLANAPIR
• Portaria Nº 992/2009 – Institui a Política Nacional de Saúde daPopulação Negra
• Lei Nº 12.288/2010 - Instituiu o Estatuto da Igualdade Racial
Linha do Tempo Sobre Saúde da População Negra/ SUS.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
177
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso, foi transformado na Lei 12.288/10, publicada no Diário Oficial de 21 de julho de 2010, e a partir de então a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN deixa de ser uma Portaria, ou seja, um ato administrativo do Ministério da Saúde e se torna uma Lei, isto é, formulada pelo Poder Legislativo, possui o poder de obrigar a todos/as, instituindo inclusive penalidades.
Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro
Prossiga
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htmhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_integral_populacao.pdf
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um Sistema universal, Público e Gratuito de saúde 178
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Princípios doutrinários do SUS
Na Constituição, há um preceito que afirma: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".
Porém, as desigualdades sociais no Brasil são muitas e envolvem muitas pessoas. Aqui, a pobreza convive com a riqueza!
http://200.217.71.99/data/site/uploads/arquivos/constituicao%20federal.pdf
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
180
Prossiga
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A Igualdade é um dos pressupostos do SUS e a lei 8.080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, para a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e define a igualdade como sendo “a igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”. Só que a sociedade brasileira é excludente, opressora e injusta e o princípio da igualdade como foi pensado pela reforma sanitarista não se concretizou. O reconhecimento dessa desigualdade permitiu que se reinterpretasse o conceito de forma diferente.
Equidade em saúde : O SUS
deve disponibilizar recursos e
serviços de forma justa, de
acordo com a necessidade de
cada um. O que determina o
tipo de atendimento é a
complexidade do problema de cada usuário.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Falar em igualdade, principalmente se for no âmbito de uma política pública, é assunto polêmico se levarmos em conta a história da saúde no país
Tivemos a época em que o sistema de saúde selecionava a clientela a ser atendida, que mantinha políticas excludentes e direcionadas aos interesses políticos dos governantes.
Mas após a criação do SUS pela Constituição Federal, em 1988, esse quadro mudou. O SUS trouxe, em sua essência, princípios doutrinários que refletem o momento histórico vivido pela sociedade, em seus diversos setores, nas lutas pela criação de um Sistema justo, que refletisse a igualdade de direitos desejada por todos.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Neste momento, pare e reflita: como este preceito [igualdade] tem sido exercido nas políticas públicas de saúde?
Para fazermos uma reflexão dessa natureza, precisamos nos lembrar dos princípios doutrinários e organizativos do SUS! Vamos nessa?
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Sistema Único de Saúde O acesso à informação é
fundamental para efetivar o
direito à saúde e a cidadania.
Participação
Social
Universalidade
Regionalização
IntegralidadeDescentralização
Eqüidade
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Doutrinários e Organizativos do SUS
• Controle Social
Princípios doutrinários do SUS.
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Universalidade
Agora, passaremos a conversar sobre o princípio da Universalidade
Então vamos começar com a questão : Antes do SUS, todas as pessoas podiam ser atendidas nos serviços públicos de Saúde?
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Bem, antes do SUS, o Estado Brasileiro só oferecia atendimento à saúde para trabalhadores com carteira assinada e suas famílias
As outras pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e não como um direito. Essas pessoas que não eram contribuintes, eram chamadas de “indigentes”.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
universalidadeA partir do SUS isto muda e todos passam a ser atendidos, independente da sua condição de trabalho. Basta estar vivo para ter direito ao SUS.
Lei 8080/90 afirma que um dos princípios do SUS é a Universalidade que deve garantir o acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
universalidadeUniversalidade é justamente o cidadão ter direito a todo tipo de atendimento em saúde, seja em postos de saúde, hospitais, programas de prevenção, medicamentos, cirurgias de alto risco, etc..., e o Estado é que tem a obrigação de criar condições para que tudo isso aconteça.?
Isto mesmo. Cabe aos governos federal, estadual, distrital, municipal, enfim, ao Estado brasileiro, garantir políticas públicas que viabilizem o que está disposto na Constituição Federal e nas Leis que dão sustentação ao SUS.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Observe como a universalidade é descrita na Constituição:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Então o princípio da Universalidade: garante que :
Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc.
Isto mesmo. E também que a saúde é direito de cidadania e dever dos governos Municipal, Estadual e Federal.
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Princípios doutrinários do SUS.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Integralidade
Vejamos, agora, a Integralidade.
É importante dizer que, em verdade, este princípio não aparece na Constituição de 1988 exatamente com esta palavra. A Constituição fala em "atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais" (Brasil, 1988, art. 198).
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
A integralidade na Lei Orgânica da Saúde – Lei 8080, diz:
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Como somos seres que vivemos em sociedade, estamos sempre sujeitos aos vários fatores e riscos que interferem na qualidade de vida e da saúde das pessoas, hábitos alimentares, fatores psicológicos e seus estados emocionais etc.
Exemplos de fatores e riscos que interferem na qualidade de vida: condições sócio-econômica, tipo de trabalho, condições de moradia, origem étnica, social e regional, fatores. A hipertensão é uma herança genética, típico exemplo de interferência na qualidade da saúde.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Resumindo. A Integralidade quer dizer que as ações de saúde devem ser combinadas e voltadas, ao mesmo tempo, para atingir a prevenção, a promoção, a proteção, os cuidados, o tratamento, a reabilitação e a cura. O atendimento deve ser orientado para prevenir, diminuir e erradicar os fatores geradores de agravos, para, deste modo, diminuir os riscos às doenças, além de tratar os danos gerados.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
INTEGRALIDADE
ações de promoção (que envolve ações de em
outras áreas como habitação, meio ambiente,
educação, etc.)
ações de prevenção (saneamento básico, imunizações, ações
coletivas e preventivas, vigilância à saúde e
sanitária, etc.)
Ações de proteção
Ações de recuperação
Ações de reabilitação
Vejamos, mais sobre a ações de Integralidade
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Vejamos agora a Importância da
INTEGRALIDADE na saúde
Importância da INTEGRALIDADE
Baseada na Evidência
Favorece a ampliação e o
desenvolvimento da dimensão cuidadora
Atendimento contextualizado
dentro da realidade de cada
comunidade ou usuário
Maior comprometimento dos profissionais
com o seu trabalho
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Vejamos agora a Importância da
INTEGRALIDADE na saúde
Importância da INTEGRALIDADE
Quebra das relações de poder entre os profissionais da
saúde
Disseminação do trabalho em equipe
Maior autonomia para os usuários
Maior responsabilidade
pelos resultados das práticas de atenção
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Vejamos agora a Importância da
INTEGRALIDADE na saúde
Importância da
INTEGRALIDADE
Acolhimento
Vínculo profissional e usuário
Sensibilidade às dimensões do
processo saúde-doença
Favorece práticas inovadoras
Problematização de saberes
Educação permanente
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A integralidade da assistência é um dos
princípios do SUS e também está no bojo da
Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra - PNSIPN, porém
entendendo integralidade como atenção ao
sujeito integral em todas as suas dimensões e
pertencimentos e não apenas na lógica da
integrar prevenção e cura
201
Aprofundando um pouco mais...SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Mas, para que a integralidade do cuidado
aconteça é preciso que o/a profissional de saúde
desenvolva sua consciência crítica quanto a
preconceitos e estereótipos étnico-raciais que
podem interferir negativamente na prestação da
assistência.
.. Neste sentido cabe afirmar: A
PNSIPN começa e termina no ponto
do cuidado
Princípios doutrinários do SUS.
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
EquidadeChegamos ao princípio da Equidade. Mas o que é mesmo Equidade?
Bem, provavelmente, todas as pessoas que você conhece não são iguais: não vivem do mesmo modo, não ganham os mesmos salários, não sofrem das mesmas doenças...
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Ora, se é assim, o SUS precisa levar em conta as diferenças que existem entre as pessoas. Os serviços de saúde devem considerar que em cada lugar existem pessoas que vivem de forma diferente, ou seja, cada um com seus problemas, suas dificuldades.
Cabe aos serviços entender quais são as diferenças, as especificidades destas pessoas, e disponibilizar condições que ajudem na melhoria da qualidade de vida e da saúde. Por isso, o SUS deve tratar desigualmente os desiguais. Parece contraditório, mas não é. 204
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Todas as pessoas são iguais para o SUS, porém deverá ser cuidada de acordo com a sua necessidade. Então, a equidadesignifica tratar as diferenças, com o objetivo de alcançar a igualdade!
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
O que aconteceria se o SUS oferecesse o mesmo atendimento a todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares, sem levar em consideração as diferenças de cor, sexo, religião, condição social, etnia etc.?
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Esta situação fere, ao menos, dois princípios do SUS:
1) a Integralidade, por atender e tratar as pessoas sem levar em consideração as especificidades;
2) a Eqüidade, por não tratar os desiguais de modo a diminuir as desigualdades, o que significa que as ações devem atender, ao mesmo tempo, as pessoas e comunidade.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Paulo M. Buss diz que a “A eqüidadena saúde pode ser definida como ausência de diferenças injustas, evitáveis ou remediáveis na saúde de populações ou grupos definidos com critérios sociais, econômicos, demográficos ou geográficos”
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
BUSS, P.M; PELLEGRINI FILHO. A Saúde e seus determinantes sociais. PHYSIS,Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdfacesso em 28/07/2015
209
Normal É Ser Diferente (clipe animado - vs1)
https://youtu.be/oueAfq_XJrg
Clipe da canção Normal é Ser Diferente (de Jair Oliveira)
para o álbum Grandes Pequeninos volume 2.
Animação: Alopra Estúdios
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
No sentido de garantir a equidade e a diversidade étnico-racial no SUS, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN estabelece as diretrizes para interação profissional-usuária/o isenta de discriminação étnico-racial, assim como para a integração da cultura de matriz afro-brasileira no processo de cuidar em saúde.
210
Em outras palavras...
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
• Garantir o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra.
• Garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta e, em particular, das populações quilombolas, às ações e aos serviços de saúde; e
• Desenvolver ações para reduzir indicadores de morbimortalidade materna e infantil, doença falciforme, hipertensão arterial, diabetes mellitus, HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, cânceres de colo uterino e de mama, miomas, transtornos mentais na
população negra;
• Aprimorar os sistemas de informação em saúde pela inclusão do quesito cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS);
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, ao reconhecer o racismo, as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das
condições de saúde da população, elencou os seguintes objetivos específicos:
211
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Cabe observar que a desigualdade racial está agora
definida na lei como “toda situação injustificada de diferenciação de acesso ou fruição de bens, serviços e oportunidades nas áreas pública e privada em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional e étnica”
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN é lei, é para tod@s
AGORA É COM VOCÊ!
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra-PNSIPN é lei, é portanto, mais do que nunca é preciso desenvolver a consciência crítica enquanto uma estratégia demolidora do racismo institucional (e de outras formas de discriminação).
Esta consciência se desenvolve e se aprimora por meio do debate permanente na busca de formas concretas para garantia dos direitos à saúde e do acesso aos 4 níveis do SUS pela população negra para a redução das desigualdades raciais, incluindo neste debate a sociedade civil organizada, profissionais e trabalhadores da saúde. Assim como gestores (MONTEIRO, 2010).
Em outras palavras...
MONTEIRO, M. C. S. Direito à saúde e participação social: enfrentando o racismo e a desigualdade social. In: KALCKMANN, S.; BATISTA, L. E.; CASTRO, C. M.; LAGO, T. G.; SOUZA, S. R. (Orgs.).Nascer com equidade. São Paulo: Instituto de Saúde, 2010. (Temas em saúde coletiva, 11) Disponível em http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/nascer.pdf acesso em 28/07/2015
213
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Sobre o direito constitucional à saúde- Segue um trecho do texto de Sueli Dallari de 1988 após a aprovação da Constituição:
“...Fica evidente a dificuldade que existe para a garantia do direito
quando se considera a amplitude da significação do termo saúde e
a complexidade do direito à saúde que depende daquele
frágil equilíbrio entre a liberdade e a igualdade, permeado pela
necessidade de reconhecimento do direito do Estado ao
desenvolvimento. Encontrar o meio de garantir efetivamente o direito à saúde é a tarefa que se impõe de modo ineludível aos atuais constituintes brasileiros.
Não basta apenas declarar que todos têm direito à saúde; é
indispensável que a Constituição organize os poderes do Estado e a vida social de forma a assegurar a
cada pessoa o seu direito. É função de todo profissional ligado à área da saúde contribuir para o debate
sobre as formas possíveis de organização social e estatal que
possibilitem a garantia do direito à saúde. Considerando
especialmente a essencialidade da participação popular para a compreensão do direito à
saúde...”.
214
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
DALLARI, Sueli Gandolfi. O direito à saúde. Rev. Saúde Pública [online],v. 22, n. 1, 1988, p. 57-63. Disponível em http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101988000100008&lng=pt&nrm=isso acesso em 28/07/2015
215
Qual das opções abaixo a que melhor define a saúde da população negra de forma
completa dentro da perspectiva da PNSIPN
A - É o enfrentamento do racismo, assim como a articulação de saberes científicos e tradicionais de matriz africana, como forma de potencialização e alcance da promoção da saúde e do bem-estar, assim como do processo de prevenção ou cura dos agravos prevalentes.
B - Compreende as situações de morbidades que acometem a população negra: aspectos clínicos, epidemiológicos, de organização dos serviços de saúde e terapêuticos, e de protocolos de intervenção.
C - Inclui as situações de morbidades, nos vários ciclos de vida, introduzindo a perspectiva étnico-racial e de gênero e de organização dos serviços de saúde e terapêuticos.
D - É a garantia de atenção integral à população negra, enfatizando a vida saudável e ativa e fortalecendo o protagonismo das pessoas negras no Brasil.
Prossiga
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
216
Parabéns! Se você selecionou a resposta A que corresponde a mais adequada
à questão.A política refere-se aos poderes e interesses desiguais, espaço de enfrentamento do
racismo na produção de condições de vida e de saúde de negras/os. A ciência refere-se
às visões de saúde – as formas de diagnóstico e cuidado – oriundas da biologia, da
medicina e das ciências sociais, entre outras disciplinas. E a tradição recupera a
importância das visões de mundo e práticas de sociabilidade, de alívio e cura (re)criadas
por negras/os brasileiras/os. Neste sentido, o conceito “Saúde da População Negra”
agrupa e destaca aspectos dos processos de saúde e doença deste grupo populacional,
a saber:
•racismo: influencia direta e indiretamente nossas condições de vida e saúde – ou seja,
atua como determinante e condicionante da saúde.
•vulnerabilidade diferenciada: predisposição a determinados agravos ou doenças.
•culturas e tradições afro-brasileiras: visões de mundo específicas e modos de agir
que influenciam nossas crenças e práticas de saúde.
•antirracismo: estratégia de luta sobre as relações sociais e raciais, e dos poderes e
interesses desiguais, de modo a destacar o papel do racismo na produção de condições
de vida e de saúde de negras e negros
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A Política Nacional da Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN se insere na dinâmica do SUS por
meio de estratégias de gestão solidária entre
estados, distrito federal e municípios e participativa
com os usuários, que incluem a adoção de
estratégias operacionais, ações e metas para ampliar
o acesso da população negra aos serviços do SUS
com o propósito de garantir maior grau de equidade
no que tange à efetivação do direito humano à
saúde, em seus aspectos de promoção, prevenção,
atenção e tratamento às doenças e agravos
transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência na população negra.
217
Prossiga
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Com a implantação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN, qual diretriz deverá ser cumprida pelos gestores, trabalhadores e pelo Conselho Municipal de Saúde?
218
Prossiga
Dentre as opções a seguir qual a que
melhor responde esta questão?
Aprofundando um pouco mais...SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
219
F - Nenhuma das respostas acima é verdadeira
Com a implantação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN,
qual diretriz deverá ser cumprida pelos gestores, trabalhadores e pelo Conselho Municipal de
Saúde?
Das opções a seguir escolha a que melhor responde esta questão.
A - Utilização de informações epidemiológicas para a definição de prioridades e tomada de decisão;
B – Identificação das necessidades de saúde da população negra e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades.
C - Fortalecimento do controle social, incluindo instituições de cultura de matriz afro-brasileira.
D - Garantia e ampliação do acesso da população negra residente em áreas urbanas, do campo e da floresta às ações e aos serviços de saúde.
E - Todas as respostas acima são verdadeiras
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
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Parabéns ao escolher o item E. Essa é a melhor resposta, por ser a mais completa. A Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN tem como um dos objetivos específicos, a garantia e a ampliação do o acesso da população negra residente em áreas urbanas, em particular nas regiões a garantia periféricas dos grandes centros, às ações e aos serviços de saúde, bem como também, garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta, em particular as populações quilombolas, às ações e aos serviços de saúde
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Em 1990 as Leis Orgânicas da Saúde 8080/1990 e 8142/1990 regulamentaram o Sistema Único de Saúde e a participação do controle social respectivamente
221
As Leis Orgânicas da saúde reconhecem o
conceito saúde de forma ampliada e aponta
como fatores determinantes e condicionantes a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o
meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação,
o transporte, o lazer, o acesso aos bens e
serviços essenciais, entre outros, de forma que
os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do país
Fonte imagem: Google imagens
As Leis Orgânicas da Saúde regulamentaram a saúde como Política Pública
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Diante deste quadro, as instâncias de controle social têm um importante papel a desempenhar na reorientação do SUS para efetivação dos seus princípios e a superação das desigualdades raciais em saúde.
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Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
VAMOS AGORA DAR UMA PASSADA RÁPIDA NOS PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUS. FOCANDO NO CONTROLE SOCIAL
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SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Para saber mais vá para pagina http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
Participação Social
O que é Controle Social?
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Bem, podemos dizer que o Controle Social é uma garantia constitucional de que a população, por meio das suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução; isto em todas as esferas de governo – federal, estadual, distrital e municipal
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Para tal, existem os Conselhos de Saúde,
com representação paritária de usuários,
governo, profissionais de saúde e
prestadores de serviço.
Controle social é ummecanismo institucionalizadopelo qual se procura garantir aparticipação e o controleexercido pela sociedade, comrepresentatividade, no âmbitoda saúde” (BRASIL,MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005)
Controle SocialSUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
É importante você compreender que o SUS é uma conquista da sociedade brasileira. A garantia da manutenção destes princípios e diretrizes depende da participação de todos nós!
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Participação dos Cidadãos: O Controle Social
Então o controle social tem Garantia constitucional. A população poderá
participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis
desde o federal até o local.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
E também essa participação deve se dar nos
conselhos de saúde e nas Conferências de
Saúde periódicas.
Conselhos de Saúde, são órgãoscolegiados deliberativos e permanentesdo SUS, integrantes da estrutura básicado Ministério da Saúde, das secretariasde Saúde dos estados, do DistritoFederal e dos municípios, comcomposição, organização e competênciafixadas pela Lei nº 8.142 de 28 dedezembro de 1990
Os usuários são escolhidos por membros de sua classe, com direito à voz e voto. A participação é voluntária e não-remunerada. As reuniões do Conselho são mensais e abertas ao público, com direito à voz.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A construção de políticas e o desenvolvimento de programas e ações que beneficiem o conjunto da população;
A ação permanente;
O reconhecimento de interesses diferentes e contraditórios na sociedade;
A vigilância, pelo cidadão, da ação do estado objetivando o Bem Comum e contra a prevalência dos interesses privados.
A construção de espaços democráticos;
Fundamentos do Controle Social no SUS
O desenvolvimento da Cidadania;
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Qual é o Papel da Sociedade Civil na Defesa
Do SUS ?
Conhecer e zelar pelo respeito aos Princípios e Diretrizes do SUS, especialmente:
O direito universal à saúde;
A Gestão Única e Estatal do Sistema com Fundos e Conselhos de Saúde em cada esfera de governo;
O Controle Social
A descentralização;
A igualdade do acesso;
A integralidade da atenção;
O financiamento solidário entre as três esferas de governo e a aplicação adequada dos recursos;
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
A Sociedade Civil na Defesa Do SUS também
precisa :
Exigir o cumprimento das Diretrizes para as Políticas de Saúde aprovadas nas Conferências de Saúde;
Zelar para o cumprimento das deliberações e resoluções dos fóruns de Controle Social do SUS: Conferências e Conselhos de Saúde;
Rejeitar a desregulamentação e a precarização do trabalho na saúde em todas as formas de apresentação;
Exigir o cumprimento dos Princípios e Diretrizes para a gestão do Trabalho, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde;
Exigir boa qualidade na prestação dos serviços de saúde;
Exigir que sejam elaborados e implementados os Planos de Saúde, contendo os Planos Anuais de Educação na Saúde, descentralizados e regionalizados, para todos os atores sociais que atuam junto ao SUS.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
233
ESTRUTURA INSTITUCIONAL E
DECISÓRIA DO SUS
Nacional
Estadual
Municipal
ColegiadoParticipativo
GestorComissões
Intergestores
Conselho
Nacional
Conselho
Estadual
Conselho
Municipal
Ministério da Saúde
Secretarias Estaduais
Comissão
Tripartite
Comissão
Bipartite
Secretarias Municipais
Representações de gestores
Estados:
CONASS
Municípios:
CONASEMS
Municípios:
COSEMS
Fonte: DDGA/SAS/MS.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
234
Conceito Saúde/8ª Conferencia Nacional
dessaúde:
Em seu sentido mais abrangente, a saúde é
a resultante das condições de alimentação,
habitação, educação, renda, meio-ambiente,
trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e acesso
a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo,
o resultado das formas de organização social
da produção, as quais podem gerar grandes
desigualdades nos níveis de vida. A saúde
não é um conceito abstrato. Define-se no
contexto histórico de determinada sociedade
e num dado momento de seu
desenvolvimento, devendo ser conquistada
pela população em suas lutas cotidianas.....
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
235
Lei 8080/90 SUS
A Lei 8.080/90 instituiu o Sistema
Único de Saúde, constituído pelo
conjunto de ações e serviços de
saúde, prestados por órgãos e
instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo poder
público. A iniciativa privada participa
do Sistema Único de Saúde em
caráter complementar.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
SAÚDE PARA TODOS(AS)
236
Lei 12.288/10 Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra - PNSIPN
A Lei 12.288/10 instituiu o Estatuto da
Igualdade Racial que é uma lei especial com
um conjunto de regras e princípios jurídicos
que visam coibir a discriminação racial e
estabelecer políticas para diminuir a
desigualdade social existente entre os
diferentes grupos raciais. Esse estatuto dá
força de Lei à Portaria 992/09 que trata da
Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra – PNSIPN. Essa política
tem como propósito a melhoria das condições
sociais nas quais os(as) negro(a) vivem, e a
desconstrução do racismo institucional no
SUS. A PNSIPN é a estratégia para prevenir
e combater as práticas discriminatórias que
resultam na oferta de serviços de baixa
qualidade aos grupos raciais vulneráveis
socialmente. (MONTEIRO, 2010).
237
EVOLUÇÃO DA POLÍTICA
DE SAÚDE NO BRASIL
INAMPS
Plano doCONASP
AIS
SUDS
SUS
VIII Conferência Nacional de Saúde
Lei nº 8080
Lei nº 8.142
NOBs E NOAS
Ministério daSaúde
,
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
238
Você conheceu no infográfico vários conceitos e diretrizes
que conjugados, compõem as bases para o fim das
iniquidades na saúde da população negra
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Dentre as opções a seguir qual a que
melhor responde esta questão?
Prossiga
Quais os princípios do SUS que
estão presentes na Unidade de
Saúde onde você trabalha e caso
eles não estejam presentes ou
essa presença é muito tímida, o
que você como profissional de
saúde pode fazer a respeito?
239
A - Não vejo o conceito de saúde descrito no relatório da 8° conferencia
acontecendo no dia a dia, acho impossível!!!
B- Estou em dúvida, trabalhamos com a lógica do território, não podemos
atender quem está fora do território.
C - Conhecemos as necessidades da nossa população, fazemos o
possível para conseguir dar conta dos problemas de saúde
Quais os princípios do SUS que estão presentes na
Unidade de Saúde onde você trabalha e caso eles
não estejam presentes ou essa presença é muito
tímida, o que você como profissional de saúde pode
fazer a respeito?
Prossiga
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
240
Parabéns! Você selecionou a resposta C a mais adequada à
questão.
A intersetorialidade é uma diretriz básica do SUS, pois a saúde
sozinha jamais dará conta de todos os problemas de saúde da
população. Essa diretriz não inclui apenas outras secretarias
governamentais, mas também grupos, entidades, comunidades e
organizações não governamentais que podem contribuir para a
promoção da saúde e o enfrentamento dos problemas e agravos.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Prossiga
.
A intersetorialidade na implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN é uma ponte para o acesso à saúde pela população negra uma que vez que vários setores da governança pública precisam ser mobilizados para que se possa abordar os determinantes sociais da saúde.
241
Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
.
Com a finalidade de subsidiar a
identificação, a abordagem, o
combate e a prevenção ao
racismo institucional foram
definidas duas dimensões
interdependentes de análise:
(1)a das relações interpessoais
(2) a político-programática.
242
Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
.
A primeira - a das relações
interpessoais- diz respeito às
relações que se estabelecem entre
dirigentes e servidores, entre os
próprios servidores e entre os
servidores e os usuários dos
serviços. (Política Nacional da
Saúde Integral da População Negra - PNSIPN p.30)
243
Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
. A segunda - A dimensão político-programática de combate ao racismo
institucional é caracterizada pela produção e disseminação de
informações sobre as experiências diferentes e/ou desiguais em nascer,
viver, adoecer e morrer; pela capacidade em reconhecer o racismo como
um dos determinantes das desigualdades no processo de ampliação das
potencialidades individuais; pelo investimento em ações e programas
específicos para a identificação de práticas discriminatórias; pelas
possibilidades de elaboração e implementação de mecanismos e
estratégias de não discriminação, combate e prevenção do racismo e
intolerâncias correlatas – incluindo a sensibilização e capacitação de
profissionais; pelo compromisso em priorizar a formulação e
implementação de mecanismos e estratégias de redução das
disparidades e promoção da equidade.”
244Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
MINISTÉRIO DA SÁUDE. Promoção da equidade. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_prococao_equidade_saude.pdfacesso em 28/07/2015
TEMOS UM DESAFIO MAIOR
Fortalecer o pacto ético da solidariedade no exercício do controle social
e ao mesmo tempo
Restaurar o encantamento e a esperança no SUS!
Miguel Murat Vasconcellos - ENSP
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
246
A Rede Cegonha (2011)* tem como um de 3 objetivos
a redução da mortalidade materna e neonatal. Um de
seus componentes é a classificação de risco, contudo
não possui indicadores de morbi-mortalidade ou de
atenção que ajudem a monitorar a iniquidade étnico-
racial. O Estado do Paraná, em 2011, com base nos
dados epidemiológicos, nas evidências científicas e no
ativismo do controle social, incluiu no protocolo da sua
RAS as gestantes negras ou indígenas na faixa
intermediária na classificação de risco.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Prossiga
•Fonte: Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Portal Saúde. Disponível
emhttp://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt
=37082
•Secretaria do Estado de Saúde. Rede Mãe Paranaense. O Paraná nasce
com saúde. Paraná: 2012. Disponível
em:http://www.sesa.pr.gov.br/arquivos/File/apresentacosbiipartite2012/DRe
deMaeParanaense.pdf
Com base nesta classificação
de risco e no racismo
institucional, qual ação você
avalia que deve ser prioritária
para a redução da iniquidade
étnico-racial no acesso ao
SUS na sua UBS e na
qualidade do cuidado de
saúde de gestantes negras?.
247
Prossiga
Dentre as opções a seguir qual a que
melhor responde esta questão?
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
248
Com base nesta classificação de risco e no racismo intitucional, qual ação você avalia que deve
ser prioritária para a redução da iniquidade étnico-racial no acesso ao SUS na sua UBS e na
qualidade do cuidado de saúde de gestantes negras?Das opções a seguir escolha a que melhor responde esta questão.
A - A captação precoce da gestante: articulação com as instituições de cultura negra e lideranças de religiões de matriz africana sobre campanha e material de divulgação do Teste Rápido de Gravidez na US;
B - Avaliação de risco e vulnerabilidade: toda e qualquer gestante negra que inicia o pré-natal na UBS será classificada como de risco intermediário, com base no RI e outras vulnerabilidades sociais (gestação na adolescência, por ex), intensificando o cuidado integral, baseado em evidência científica, para a gestante negra e sua família
C - empoderamento e alfabetismo em saúde da gestante negra: por meio do curso de preparo para o parto ativo e natural, incluindo o aleitamento exclusivo e os cuidados com a criança, direitos da gestante & acompanhante, etc..
D - garantir à gestante negra que estuda e/ou trabalha a oferta dos cuidados pré-natal em horário flexível ou estendido, evitando o abandono ou o uso desnecessário do serviço de emergência.
E - Todas as alternativas estão corretas
249
Parabéns ao escolher o item B, Você selecionou a
resposta mais adequada à questão.
Avaliação de risco e vulnerabilidade: toda e qualquer
gestante negra que inicia o pré-natal na UBS será
classificada como de risco intermediário, com base no
RI e outras vulnerabilidades sociais (gestação na
adolescência, por ex), intensificando o cuidado
integral, baseado em evidência científica, para a
gestante negra e sua família.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Enquanto profissional de
saúde, sua ação prioritária
para o enfrentamento da
iniquidade étnico-racial no
acesso ao SUS e na
qualidade do cuidado de
saúde deve ser?.
250
Prossiga
Dentre as opções a seguir qual a que
melhor responde esta questão?
Aprofundando um pouco mais...SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
251
Enquanto profissional de saúde, sua ação prioritária para o enfrentamento da iniquidade étnico-
racial no acesso ao SUS e na qualidade do cuidado de saúde deve ser?Das opções a seguir escolha a que melhor responde esta questão.
A - Atuar na implantação, monitoramento e avaliação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN na Unidade de Saúde
B - Reconhecer que as disparidades em saúde da população negra incluem tratamento pior ou inadequado, resultados terapêuticos desiguais, estereotipização, precária relação profissional-cliente, entre outras.
C- Atuar com base em evidência e tendo @ cliente como foco do cuidado de saúde culturalmente responsivo às necessidade da população negra
D - Todas as assertivas estão corretas.
Prossiga
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
252
Parabéns ao escolher o item D. Todas as assertivas estão corretas.
Embora corretas, há uma ordem de prioridade.
E a prioridade é a implantação, monitoramento e avaliação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN. O racismo institucional coloca barreiras ao exercício da cidadania, e a população negra passa a ocupar o lugar de população “carente” dos serviços mínimos (alimentação, moradia, educação, trabalho...) a quem só resta agradecer a caridade na forma de serviços oferecidos pelo Estado. (MONTEIRO, 2010)
Assim, embora a população negra tenha conquistado democraticamente seus direitos, é preciso a implantação, monitoramento e avaliação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN enquanto uma estratégia demolidora do racismo institucional (e de outras formas de discriminação) e da participação cidadã na gestão do poder e do Estado para ter os direitos viabilizados com equidade.
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
. Reconhecer que as disparidades em saúde da população
negra incluem tratamento pior ou inadequado, resultados
terapêuticos desiguais, estereotipização, precária relação
profissional-cliente, entre outras. É fundamental, mas a
Política Nacional da Saúde Integral da População Negra -
PNSIPN é mais abrangente. Portanto, a prioridade é a
implantação, monitoramento e avaliação da Política
Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN
253
Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Assim, a partir do estágio do reconhecimento do problema, o
racismo institucional opera criando barreiras à ação que
efetivamente garanta a participação cidadã da população negra na
gestão do SUS. A barreira atual ao acesso à saúde & bem-estar
pela população negra é então o intervalo de implementação da
Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN,
ou seja: - superada a barreira imposta pelo o intervalo de tempo
entre o reconhecimento do racismo institucional no SUS e
necessidade de uma ação resolutiva
.
254
Fonte imagem: Google imagens
SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Embora o Brasil seja um país com racismo, mas sem
racistas (FIGUEIREDO et al, 2009), isso acontece na
saúde e todos/as sabem que discriminação é crime. Há
pesquisas do Núcleo de Estudos de População
(NEPO)/Unicamp (iSAÚDE, 2012), por exemplo, que
constatam a discriminação racial determinando diferentes
padrões de atendimento e tratamento de saúde para a
população negra no país, tais como nascimentos
prematuros, mortalidade infantil, adulta e materna,
morbidade, entre outros, evidenciados por disparidades
étnico-raciais.
FIGUEIREDO, A. et al. Racismo à brasileira ou racismo sem racistas: colonialidade do poder e a negação do racismo no espaço universitário. Sociedade e Cultura,v. 12, n.2.Disponível em http://www.redeacaoafirmativa.ceao.ufba.br/uploads/ufg_artigo_2009_AFigueiredo_RGrosfoguel.pdf acesso em 28/07/2015
ISAÚDE. Site. Mapa da discriminação revela que negros são menos assistidos pelo SUS, 2012. Disponível em http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/27588/saude-publica/mapa-da-discriminacao-revela-que-negros-sao-menos-assistidos-pelo-sus acesso em 28/07/2015
Com o que vimos ate aqui e com a leitura da
PNSIPN podemos concluir que no nível da Unidade
de Saúde, as atitudes, crenças e comportamentos
com viéses étnico-raciais do profissional de saúde
podem influenciar a qualidade do cuidado da pessoa
negra e, por fim, os desfechos clínicos e epidemiológicos (iniquidades em saúde)?
255
Prossiga
Aprofundando um pouco mais...SUS e a Lei PNSIPN (12.288/2010)
Sim . A Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra - PNSIPN começa e termina no
ponto do cuidado. Não se trata de ofertar serviços
específicos e sim da superação de barreiras
colocadas pelo racismo institucional para a
população negra no acesso e na sua
especificidade, recolocando o sujeito como centro
do cuidado
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
256
No que se refere à demografia brasileira, sobre o perfil dos/as usuário SUS, Ribeiro et al (2006), com base nos dados da PNAD 2003, verificaram algumas evidencias. Vamos iniciar refletindo sobre sobre elas.
Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro e Isabel Cristina Fonseca da Cruz
Prossiga
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
RIBEIRO, M C S de A et al. Perfil sociodemográfico epadrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS - PNAD 2003. Ciênc. saúde coletiva. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011001000016&script=sci_arttext. Acesso em 28/08/2015
os não atendidos SUS (4% ou cerca de 1 milhão de pessoas): são indivíduos adultos, pretos e pardos e de baixa escolaridade e renda.
Dos atendidos pelo SUS:
predomínio de mulheres;
crianças, adultos e idosos apresentam proporções semelhantes às observadas para o total de atendidos;
predomínio de pretos e pardos;
baixa escolaridade (52,8% até 3 anos de estudo);
concentração nos quatro primeiros quintis de renda familiar per capita com excesso relativo de indivíduos nos dois primeiros quintis;
sem posse de plano de saúde privado.
257
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Perfil sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS
Gráfico feito a partir de dados do Ministério da Saúde
258
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
259
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIAConforme este gráfico, verifica-se que as ações
universais para a redução da
mortalidade infantil obtêm
sucesso, mas, os pretos e pardos,
após os indígenas são aqueles com
maior taxa de mortalidade
infantil quando comparados
com os brancos
Leia: Desigualdade racial no Brasil: um olhar para a saúde
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2688:catid=28&Itemid=23
55,0
13,1
31,0
0,7
0,2
Branca Preta Parda
Amarela Indígena
57,7
10,9
30,5
0,7
0,3
MulheresHomens
Proporção de casos de aids segundo raça/cor. Brasil, 2000 a 2009*
Total de casos: 241.362**
FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais*Casos notificados no SINAN até 30/06/2009. Dados preliminares.**IGNORADOS: 19,9% EM MULHERES E 20,9% EM HOMENS 260
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
33,2
12,5
51,0
1,1
2,3
branca preta parda amarela indígena
Proporção de casos de sífilis em gestantes segundo raça/cor. Brasil, 2005 a 2009*
Total de casos: 19.608**
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais*Casos notificados no SINAN até 30/06/2009. Dados preliminaresIGNORADA: 11,7% 261
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Incidência da Doença Falciforme
MA 1:1400
BA 1:650
MG 1:1400
RJ 1:1200
PE 1:1400
GO 1:1440
SP 1:4000
PR e
SC 1:13500
RS 1:11000
MS 1:8360 ES 1:1800
Fonte: PNTN/Ministério da Saúde, Programas Estaduais de Triagem
Neonatal/Serviços de Referência em Triagem Neonatal Credenciados.
Nascem no Brasil
cerca de 2.500 a 3.000
crianças / ano com a
doença falciforme ou 1
/ 1.000 nascidos/vivos
262
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Estimativa do número de beneficiados pelas ações da Política Nacional
de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, Brasil, 2009
263
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Fonte: SIM/SVS/MS; IBGE
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Coeficiente de Mortalidade por Doença Falciforme, de acordocom a faixa etária, Brasil e regiões geográficas, 1998 a 2009.
≥ 50
20 - 49
10 - 19
0 - 9
Fonte: MELO, SMA; FERREIRA, LOC; OLIVEIRA, PR, 2010.
• Brasil e regiões geográficas – faixa etária de 20 a 49 anos, mais óbitos em um milhão de habitantes. O CM(0,90/00.000) foi três vezes mais que de 10–19 anos;
• Maiores CM foram evidenciados nas regiões Centro-Oeste (1,40/00.000) e Sudeste (1,10/00.000).264
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
265
266
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
As implicações deste estudo apontam para a necessidade de estratégias com potencial de demolição do racismo institucional na Unidade de Saúde.
Uma delas é o diagnóstico simplificado de saúde da população atendida no entorno da Unidade de Saúdecom a interpretação dos dados desagregados por raça/cor.
Uma outra estratégia é o enfrentamento do medo causado pelas crenças e estereótipos étnico raciais que desviam o foco das ações para o grupo vulnerável: homem pobre negro, por ex..
A diferença entre o cliente/ usuário idealizado, em uma sociedade que invisibiliza vários grupos étnicos, e o cliente/usuário real pode ser uma fonte geradora de preconceito, causando desvios no foco das ações de saúde (uma forma de racismo institucional). Vejamos alguns outros dados a seguir
267
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
268
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Leia este artigo: Agressão sexual e racismo na sala de cirurgia : http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2015/08/assedio-sexual-e-racismo-na-sala-de-cirurgia.html
Leia esta reportagem Por que o negro tem menos acesso à saúde do que o branco no Brasil? http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/06/por-que-o-negro-tem-menos-acesso-saude-do-que-o-branco-no-brasil.html
Esta matéria: Cinco anos depois, avanços do Estatuto da Igualdade Racial são controversos http://www.cartacapital.com.br/sociedade/cinco-anos-depois-avancos-do-estatuto-da-igualdade-racial-sao-controversos-7252.html
269
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Prossiga
Depois de compreender o conceito de
equidade, reconhecer na linha do tempo a
longa história de lutas da população negra para
conquistar e assegurar seus direitos cidadãos,
você também pôde identificar os dados do
Ministério da Saúde sobre a saúde dessa
população que comprovam que apesar das
conquistas alcançadas ainda são muitas as
iniquidades sofridas pela população negra.
Com base nessas informações, responda a
questão.
Um direito do usuário do SUS é: “Não
ser discriminado nem sofrer restrição ou
negação de atendimento, nas ações e
serviços de saúde, em função da idade,
raça, gênero, orientação sexual,
características genéticas, condições
sociais ou econômicas, convicções
culturais, políticas ou religiosas, do
estado de saúde ou da condição de
portador de patologia, deficiência ou
lesão preexistente.”
270
Prossiga
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Qual a justificativa, dentre as
apresentadas a seguir, mais
completa para implantação da
Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN na sua Unidade de
Saúde?.
271
Prossiga
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA BASEADA EM EVIDÊNCIA
272
Qual a justificativa, dentre as apresentadas a seguir, mais completa para implantação da
Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN na sua Unidade de Saúde?
A - Garantir a equidade étnico-racial no que tange à efetivação do direito humano à saúde, em seus aspectos de promoção, prevenção, atenção e tratamento às doenças e agravos transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência na população negra. B - Garantir a integralidade de assistência, entendida como
conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
C - Conjugar os recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população negra.
D - Garantir serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa negra que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial..
Prossiga
E - Garantir que a população negra contará com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde.
273
Parabéns ao escolher o item A. Você selecionou a resposta mais adequada à questão.
O reconhecimento dessa desigualdade permitiu
que se reinterpretasse o conceito de equidade,
como um dos princípios do SUS, de forma agora
diferente: Equidade em saúde: Igualdade da
atenção à saúde, sem privilégios ou preconceitos.
O SUS deve disponibilizar recursos e serviços de
forma justa, de acordo com a necessidade de
cada um. O que determina o tipo de atendimento
é a complexidade do problema de cada usuário
Tratar com equidade os diferentes significa dar mais
a quem precisa mais. Está implícito nesse principio
não só o propósito da justiça, mas também atender
a necessidade de buscar o bem estar mínimo para
uma parcela considerável da população brasileira.
274
Parabéns ao escolher o item A. Você selecionou a resposta mais adequada à questão.
Essa é a alternativa que responde melhor a questão. A
Política Nacional da Saúde Integral da População Negra -
PNSIPN traça diretrizes para que se consolide o direito a
saúde com equidade, a maior justificativa para a Política
Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN
é o próprio SUS. Sendo o fundamento do SUS “saúde é
direito de tod@s”, em uma sociedade baseada em poder e
privilégio é preciso um programa de políticas de equidade
no sentido de tornar real o que ainda é uma proposição:
igualdade e universalidade
E dentre as ações de consolidação do SUS, faz-se
necessária uma política para promoção da saúde da
população negra? Direito, igualdade e cidadania, são os
pressupostos do SUS, igualdade, sem preconceito é um
assunto que interessa a população negra, mas a
sociedade brasileira é excludente, opressora e injusta
•Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR. Ministério da Saúde. Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra. Brasília, 2007. Disponível
emhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra.pdf
275
Temos a Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra – PNSIPN e a Política Nacional
de Humanização.
Você que trabalha na Atenção Básica com certeza
também conhece o HUMANIZASUS e sabe que a
razão de se ter publicado uma Política Nacional
de Humanização tem a ver com a necessidade e
urgência do SUS garantir o direito constitucional à
saúde para todos, e viabilizar uma saúde digna
para todos, com profissionais comprometidos com
a ética da saúde e com a defesa da vida,
conforme consta nos marcos teóricos da política.
No entanto essa política não menciona como
tratar as questões de preconceito e racismo
étnico-racial e racismo institucional, entre outras
formas de discriminação.
ProssigaBRASIL, Ministério da Saúde, Política Nacional de Humanização, 2004. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf, acesso em 28/07/2015
276
Na perspectiva da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN, qual
inferência pode ser atribuída ao incômodo que a situação descrita causa?
A- Embora o Brasil seja um país com racismo, mas sem racistas (FIGUEIREDO et al, 2009), isso acontece na saúde e todos/as sabem que discriminação é crime. Há pesquisas do Núcleo de Estudos de População (NEPO)/Unicamp (iSAÚDE, 2012), por exemplo, que constatam a discriminação racial determinando diferentes padrões de atendimento e tratamento de saúde para a população negra no país, tais como nascimentos prematuros, mortalidade infantil, adulta e materna, morbidade, entre outros, evidenciados por disparidades étnico-raciais.
B - Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais, portanto é para todos, está implícito que não pode haver preconceito no atendimento
C - No plano individual, o/a paciente negro/a tem esta perspectiva:
D - No plano político, se vivencia o racismo institucional. Em que pese a diretriz do HumanizaSUS de o cuidado de saúde ser centrado no ser humano, respeitando suas diferenças, inclusive as culturais, e garantido seus direitos. A PNSIPN vai além do HumanizaSUS porque identifica, denuncia e se propõe a desconstruir por meio de suas ações a discriminação sistêmica (raça/cor, sexo, idade, orientação sexual, etc) que impacta sobre a vida e a morte de negra/os, indígenas, cigana/os, entre outros grupos étnico-raciais..
277
Parabéns ao escolher o item A. Você selecionou a resposta mais adequada à questão.
Parabéns você inferiu corretamente. Embora tendo conquistado
democraticamente seus direitos, é preciso uma estratégia
demolidora do racismo institucional (e de outras formas de
discriminação): implementar a participação cidadã na gestão do
poder e do Estado para ter os direitos viabilizados com
equidade. O Estado brasileiro reconhece a discriminação e tem
legislação para sua prevenção e combate. É dever do Governo,
em todas as esferas, analisar a situação de saúde dos grupos
populacionais e verificar se há ou não viés étnico-racial, entre
outros viéses, em suas ações e programas e baseado nisso
tomar as decisões, junto com o controle social, para sua
correção e monitorar o cuidado centrado na pessoa (e não no
estereótipo) em todas as instâncias, da Unidade de Saúde até o
Ministério da Saúde.
278
Parabéns ao escolher o item A. Você selecionou a resposta mais adequada à questão.
A PNSIPN é lei, é para todos/as. Portanto, mais
do que nunca é preciso desenvolver a consciência
crítica enquanto uma estratégia demolidora do
racismo institucional (e de outras formas de
discriminação). Esta consciência de desenvolve e
se aprimora por meio do debate permanente na
busca de formas concretas para garantia dos
direitos à saúde e do acesso aos 4 níveis do SUS
pela população negra para a redução das
desigualdades raciais, incluindo neste debate a
sociedade civil organizada, profissionais e
trabalhadores da saúde. Assim como gestores
(MONTEIRO, 2010).
MONTEIRO, M. C. S. Direito à saúde e participação social: enfrentando o racismo e a desigualdade social. In: KALCKMANN, S.; BATISTA, L. E.; CASTRO, C. M.; LAGO, T. G.; SOUZA, S. R. (Orgs.).Nascer com equidade. São Paulo: Instituto de Saúde, 2010.(Temas em saúde coletiva, 11). http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/nascer.pdf
.
279
Fonte imagem: Google imagens
Em sua revisão de literatura sobre preconceito no SUS,
Oliveira et al (2012) identificaram nos artigos de pesquisa
preconceito e discriminação na atenção à saúde da
mulher negra, das pessoas com HIV/AIDS, dos usuários
de álcool e drogas, e de idosos, principalmente.
OLIVEIRA, R A de et al. Equidade só no papel? Formas de preconceito no Sistema Único de Saúde e o princípio de equidade. Revista Psicología para América Latina, v.23, , 2012 . Disponível em http://ulapsi.org/portal/wp-content/uploads/2012/08/Revista-No.-23-completa.pdf Acesso em 28/08/2015
Prossiga
Os autores concluem observando que o preconceito é um tema
como um tabu no campo dos serviços de saúde, evidenciado,
sobretudo pelo déficit no preparo e conhecimento profissional a
cerca das políticas de saúde que integram o SUS. Todavia, o
preconceito é revelado, sobretudo, através de posturas
negativas e levianas de um indivíduo para com o outro,
transformando a relação profissional–paciente em um processo
de dominação.
Vulnerabilidade diferenciada
GLOSSÁRIO
280
Vulnerabilidade diferenciada -predisposição a determinados agravos ou doenças.
Prossiga
281
Uma outra estratégia demolidora do racismo institucional é o monitoramento e correção das iniquidades e disparidades étnico-raciais em saúde, pois estas constituem estressores crônicos e fatores de risco para a saúde da população negra.
Sabemos que o racismo institucional só é captado objetivamente na comparação dos dados de saúde ou doença entre as populações, para sua prevenção e o seu combate é imperativo o monitoramento contínuo das diferenças, iniquidades e disparidades étnico-raciais desde a Unidade de Saúde.
Por meio da implantação, monitoramento das iniquidades étnico-raciais nos resultados de saúde e da avaliação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN podem ser criadas forças que geram saúde e bem-estar, opondo-se à patogênese e que se efetivam:
Nos princípios de universalidade, integralidade, equidade, participação e descentralização do SUS.
Na ampliação do acesso e da atenção à saúde centrada na população negra (rural e urbana), com base em evidência científica.
Na integração das práticas culturais de matriz afro-brasileira de saúde ao plano terapêutico
282
Independente de conceitos mais gerais sobre saúde, podemos afirmar que a saúde da população negra refere-se, principalmente, a três elementos principais (CRIOLA, 2007, 2010):
1. Política: o enfrentamento do racismo na sociedade como um todo, nas instituições (o racismo sistêmico) e no sistema de saúde.
• 2. Ciência & Tradição: advocacia por respeito, diálogo com as formas de diagnóstico e cuidado oriundas da ciência hegemônica, e incorporação da tradição, ou seja, das formulações e práticas da cultura negra de alívio do sofrimento e cura das enfermidades às ações e políticas de saúde.
3. Vulnerabilidade diferenciada: a atenção à ecologia biocultural da população negra,
que inclui não apenas prevenção e assistência à saúde, mas fundamentalmente
a defesa da implementação plena do Sistema Único de Saúde (SUS) para que se tenha garantido o direito constitucional ao
acesso à saúde, assim como ao cuidado baseado em evidência e centrado na pessoa.
•CRIOLA. Participação e Controle Social para Equidade em Saúde da
População Negra. RJ, 2007. Disponível em
http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/controle_social.pdf Acessado em 28/07/2015
•CRIOLA. Saúde da População Negra - Passo a passo: defesa, monitoramento e
avaliação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. RJ, 2010.
Disponível em http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/Livreto2_Saude.pdf
Acessado em 28/07/2015283
Para a efetiva desconstrução do racismo institucional em saúde é necessário o monitoramento regular e continuado das iniquidades étnico-raciais nos resultados terapêuticos da Unidade de Saúde, em particular, e do SUS, como um todo
284
Esta é uma condição básica para a implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN visando alcançar resultados terapêuticos equânimes entre a população negra (pretos e pardos) comparada aos demais grupos populacionais.
No continuum saúde-doença ou na perspectiva de saúde como direito constitucional, a saúde da população negra existe numa sociedade cidadã, isenta de racismo e qualquer outra forma de discriminação, com monitoramento ininterrupto das iniquidades e disparidades étnico-raciais no acesso ao SUS e na qualidade do cuidado de saúde centrado na pessoa e baseado tanto em evidência científica quanto em sabedoria (tradição).
285
Revisão de Conteúdo
286
Entende-se que o conceito de
Saúde da População Negra
baseia-se na condição de
vulnerabilidade social da
população negra. Na perspectiva
da Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN, que forças podem ser
criadas para a geração de saúde e
bem-estar para esta população?
287
Escolha sua resposta entre as alternativas a seguir
. A - Respeito aos princípios de universalidade,
integralidade, equidade, participação e descentralização do SUS
B - Promover a ampliação do acesso e da atenção à saúde centrada na
população negra (rural & urbana), com base em evidência científica.
F - Todas as alternativas acima estão corretas
C - Promover a integração das práticas culturais de matriz afro-brasileira de saúde ao plano terapêutico
D - Reivindicar e contribuir com o monitoramento e correção das iniquidades e
disparidades étnico-raciais em saúde;
E - Contribuir para a garantia de atenção integral à população negra,
enfatizando a vida saudável e ativa e fortalecendo o protagonismo das pessoas
negras no cuidado com a saúde.
288
Parabéns! Você selecionou a
resposta F esta é mais adequada à questão
A cultura negra, a saúde e o bem-estar são elementos dinâmicos, inter-
relacionados e carregados de energia vital, que compõem uma mandala: a
saúde da população negra.
No continuum saúde-doença ou na perspectiva de saúde como direito
constitucional, a saúde da população negra existe numa sociedade cidadã,
isenta de racismo e qualquer outra forma de discriminação, com
monitoramento ininterrupto das iniquidades e disparidades étnico-raciais no
acesso ao SUS e na qualidade do cuidado de saúde centrado na pessoa e
baseado tanto em evidência científica quanto em sabedoria (tradição).
289
É necessário garantir os
preceitos Universalidade, Integralidade e Equidade.
Compreendendo que Direito, igualdade e cidadania,
são os pressupostos do SUS. A igualdade, sem
preconceito é um assunto que interessa a população
negra, mas a sociedade brasileira é excludente, opressora e injusta.
O reconhecimento dessa desigualdade permitiu que se
reinterpretasse o conceito de equidade, como um dos
princípios do SUS, de forma agora diferente: Equidade em
saúde: Igualdade da atenção à saúde, sem privilégios ou preconceitos.
Fonte imagem: Google imagens
290
O SUS deve disponibilizar recursos e serviços
de forma justa, de acordo com a necessidade
de cada um. O que determina o tipo de
atendimento é a complexidade do problema de
cada usuário.
Faz-se necessário dar atenção à ecologia biocultural da
população negra, que inclui não apenas prevenção e
assistência à saúde, mas fundamentalmente a defesa da
implementação plena do Sistema Único de Saúde (SUS)
para que se tenha garantido o direito constitucional ao
acesso à saúde..
291
Para tanto, considera-se o respeito à
Ciência & Tradição, ou seja, respeitar
e dialogar com as formas de
diagnóstico e cuidado oriundas da
ciência hegemônica, e incorporação
da tradição, ou seja, das formulações
e práticas da cultura negra de alívio
do sofrimento e cura das
enfermidades às ações e políticas de
saúde
292
Para garantir a equidade e a diversidade
étnico-racial no SUS, a Política Nacional
da Saúde Integral da População Negra –
PNSIPN estabelece as diretrizes para
interação profissional-usuário/a isenta de
discriminação étnico-racial, assim como
para a integração da cultura de matriz
afro-brasileira no processo de cuidar em
saúde.
Imagem curso UNA-SUS
293
Então, por meio da implantação,
monitoramento das iniquidades étnico-
raciais nos resultados de saúde e da
avaliação da Política de Atenção
Integral à Saúde da População Negra
podem ser criadas forças que geram
saúde e bem-estar, opondo-se à patogênese e que se efetivam.
.
Imagem curso UNA-SUS
294
Como o racismo institucional só é
captado objetivamente na
comparação dos dados de saúde
ou doença entre as populações,
para sua prevenção e o seu
combate é imperativo o
monitoramento contínuo das
diferenças, iniquidades e
disparidades étnico-raciais desde
a Unidade até o Ministério da
Saúde.
Imagem curso UNA-SUS
295
E a garantia de atenção integral à
população negra, enfatizando a vida
saudável e ativa e fortalecendo o
protagonismo das pessoas negras no
Brasil é o resultado da
implementação da Política Nacional
da Saúde Integral da População
Negra – PNSIPN com o efetivo
combate do racismo institucional e a
integração da cultura negra ao cuidado de saúde.
.
Imagem curso UNA-SUS
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
296Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro
Prossiga
297
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Para a Comissão Nacional sobre os
Determinantes Sociais da Saúde
(CNDSS), os DSS são os fatores sociais,
econômicos, culturais, étnicos/raciais,
psicológicos e comportamentais que
influenciam a ocorrência de problemas de
saúde e seus fatores de risco na
população (BUSS et al, 2007).
Mais explicitamente,os DSS são: as condições de
classe social, escolaridade, segurança alimentar,
acesso a serviços e bens públicos que constituem a
qualidade de vida, assim como a discriminação que
ainda prevalece na sociedade, especialmente, o
racismo, a homofobia e a misoginia.
BUSS, P.M; PELLEGRINI FILHO. A Saúde e seus determinantes sociais. PHYSIS,Rev.Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, 2007. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf. Acesso em 01/09/2015
298
O racismo, direto ou indireto,
enquanto um determinante da
saúde tem sido objeto de estudo de
pesquisas, tendo em vista que o
racismo afeta a saúde por meio do
acesso limitado aos recursos sociais
(habitação, saúde, educação, etc)
e/ou crescente exposição a riscos
(como o contato constante e
desnecessário com o sistema
judiciário, por ex).
Imagem curso UNA-SUS
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
299
O racismo afeta a saúde por meio também de processos afetivos (funcionalidade das emoções, por ex) e cognitivos (raciocínio lógico, por ex) negativos, da sobrecarga alostática (estafa de mecanismos neurais sofisticados sob pressão social) ou de processos fisiopatológicos (neurobiologia das emoções)..
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
O racismo enquanto um determinante da saúde reduz o engajamento em
práticas saudáveis (exercício físico, por ex) e/ou aumenta a adoção de
hábitos insalubres (tabagismo, alcoolismo, etc) seja como forma de
enfrentamento do estresse ou indiretamente pela reduzida capacidade de
auto-regulação. E, por fim, O racismo enquanto um determinante da saúde
aumenta o risco de lesão física direta causada pela violência associada à
raça/etnia.
300
O Ministério da Saúde e as demais esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) vêm atuando, por meio de seus respectivos pactos, na implementação de metas sanitárias. .
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Estas políticas intersetoriais buscam incorporar as
causas que determinam os processos de saúde e as
condições de vida, resguardando os limites do setor
saúde e desafiando as práticas intersetoriais como
reais produtoras de mudanças no nível de saúde dos
grupos sociais.
301
O objetivo comum destas políticas se insere na concepção da justiça social nas quais as iniquidades em saúde possam ser tratadas além das desigualdades edas diferenças culturais e étnicas entre os diversos grupos.
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Esse enfoque, além de caracterizar os diferentes tipos
de iniquidades em saúde, remete ao campo político
da incorporação de valores éticos e morais explícitos
na solidariedade como base do tecido social
(MINISTÉRIO DA SAÚDE)
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN tem como propósito a melhoria das condições sociais nas quais o/as negro/a vivem e a desconstrução do racismo institucional no SUS. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra-PNSIPN é a estratégia para prevenir e combater as práticas discriminatórias que resultam na oferta de serviços de baixa qualidade aos grupos raciais vulneráveis socialmente. (MONTEIRO, 2010).
Em novembro de 2006 foi aprovada a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN, em março do mesmo ano foi aprovada a Carta dos Direitos do Usuário da Saúde.
302
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Uma informação
importante
•BRASIL. Ministério da Saúde. Carta de direitos dos usuários da saúde. 2. ed.Brasília, 2007. 9 p. (Série E. Legislação de Saúde). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_direito_usuarios_2ed2007.pdf•acesso em 28/07/2015
303
A Carta dos Direitos dos/as o/ada Saúde na sua introdução diz: “A carta que você tem nas mãos baseia-se em seis princípios básicos de cidadania. Juntos, eles asseguram ao cidadão o direito básico ao ingresso digno nos sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados. A carta é também uma importante ferramenta para que você conheça seus direitos e possa ajudar o Brasil a ter um sistema de saúde com muito mais qualidade.”
.
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Veja a seguir os princípios da Carta dos Direitos do/as Usuário/as da Saúde
Prossiga
304
4- DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Princípios 1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
5- SÍNTESE SOBRE IDENTIFICANDO O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
305Fonte: Maria do Carmo Sales Monteiro
Prossiga
306
Compete a cada profissional de saúde ocupar seu lugar de agentes promotores de direitos, para tanto é fundamental que sejam capazes de identificar e evitar no seu cotidiano situações e momentos de violação de direitos humanos, particularmente na situação de prestação do cuidado à saúde, enfrentando o racismo e o preconceito
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
E, ainda, reconhece o racismo institucional como produtor e reprodutor de
práticas discriminatórias que resultam na oferta de serviços de baixa qualidade
aos grupos raciais discriminados.
.
307
Há séculos que existe no Brasil mobilização social, combate
ao racismo, a exclusão e desigualdade social. No campo da
saúde estas lutas culminaram na conquista da Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN
aprovada em novembro de 2006 pelo Conselho Nacional de
Saúde.
Ao aprovar esta política o Ministério da Saúde reconhece os processos
históricos de luta e resistência desta população desde o período colonial, até
os dias de hoje. Reconhece, que as condições sociais nas quais os (as)
negros (as) vivem, e o racismo a que estão submetidos (as) são
determinantes da sua situação de saúde
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
- superada as barreiras impostas pelos intervalo de tempo e de decisão, resta a efetiva
implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN. E
com a implantação, é recomendável antecipar uma potencial barreira:
- o intervalo de impacto que é o tempo que a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra - PNSIPN levará para desconstruir o Racismo Iinstitucional no SUS,
causar resultados terapêuticos étnico-raciais equânimes e integrar as práticas
tradicionais de matriz afro-brasileira ao cuidado de saúde
.
308
A partir do estágio do reconhecimento do problema pelo
MS, o racismo institucional opera criando barreiras à ação
que efetivamente garanta a participação cidadã da
população negra na gestão do SUS
A barreira atual ao acesso à saúde e bem-estar pela população
negra é então o intervalo de implementação da Política Nacional
de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN, ou seja:
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Fique atento a este fato
.
309
Isto posto, é fácil notar que a efetivação desta política e qualquer outra política de
equidade e compartilhamento de poder e desconstrução de privilégios não é tarefa
rápida ou simples. Mas também não é uma tarefa impossível.
Qual melhor estratégia para superar
as barreiras impostas pelo Racismo
Institucional no SUS?
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
-
A - Individual B - Coletiva
310
Estratégia para superar as barreiras impostas pelo Racismo Institucional no SUS:
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
Precisa da participação, mobilização e controle da sociedade civil organizada,
usuári@s, intelectuais, trabalhador@s e demais segmentos que desempenham
um papel na gestão e avaliação do SUS.(MONTEIRO, 2010).
.
311
Ainda que ambas as estratégias sejam válidas, cabe ressaltar
que o racismo institucional é um fenômeno político e só
politicamente poderá ser desconstruído.
Igual ao SUS, a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra- PNSIPN para efetivação dos seus
princípios e superação das desigualdades raciais em saúde
não depende unicamente das instâncias governamentais.
5- SÍNTESE SOBRE O SUS E A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA- PNSIPN
MONTEIRO, M. C. S. Direito à saúde e participação social: enfrentando o racismo e a desigualdade social. In: KALCKMANN, S.; BATISTA, L. E.; CASTRO, C. M.; LAGO, T. G.; SOUZA, S. R. (Orgs.).Nascer com equidade.São Paulo: Instituto de Saúde, 2010. (Temas em saúde coletiva, 11). Disponivel em http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/nascer.pdf Acesso 17/08/2015
Nesta atividade, você pôde:
Ampliar seus conhecimentos sobre o
conceito de Saúde (e Bem-Estar) da
população, sob a ótica da Política Nacional
da Saúde Integral da População Negra -
PNSIPN.
VENCIDA ESTA ETAPA
Em breve vou postar a segunda UnidadeNela, você vai ver: EPIDEMIOLOGIA, RACISMO INSTITUCIONAL E
INIQUIDADES
Não se esqueça:
É relevante sempre revisar os conteúdos já estudados para manter a consistência e a coerência dos conhecimentos construídos.
É fundamental que as ideias e os conceitos apresentados aqui tenham sido esclarecidos.
VENCIDA ESTA ETAPA
Ferramenta Cálculo Risco Cardiovascular
Ferramenta Avaliação da US para implantação da PNSIPN
Atlas da Saúde
Ferramenta Ambiente de Saúde Sócio Emocional
Calendário de Eventos em Saúde da População Negra
Links Diversos
Mojubá - http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programa/fam%C3%ADlias
A COR DA CULTURA- http://www.acordacultura.org.br/
Caixa de Ferramentas
314
•Conselho Nacional de Saúde - RECOMENDAÇÃO Nº 030 12 12 2012
•Estatuto Igualdade Racial - 3ed
•II Plano Operativo da PNSIPN no SUS
•Portaria Ministerial 992 - Quesito cor sistemas de informação saúde
•Política Nacional de Saúde da População Negra - PNSIPN
Links de Redes de Controle Social
•Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra -
http://redesaudedapopulacaonegra.org/
•FENAFAL - http://fenafal.wordpress.com/
•Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde -http://renafrosaude.com.br/
•Criola - http://criola.org.br/criola/
. Rede de Mulheres Negras do Paraná - https://pt-br.facebook.com/pages/Rede-de-
Mulheres-Negras-PR/160170770788239
Links de Legislação Importante
315
Referências BibliográficasCANDAU, Vera Maria. Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre igualdade e
diferença. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 13, n. 37, Abril. 2008 . Disponível
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http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/53202/principios-e-diretrizes-do-sus Acessado
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territorialização. Rio de janeiro: FIOCRUZ/EPSJV, [s.d.]. Disponível
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Revista da ABPN - Dossiê Saúde da População Negrahttp://www.abpn.org.br/Revista/index.php/edicoes/issue/view/21/showToc
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BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de brincar: caderno de atividades. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. (A cor da cultura, v.5). Disponível em http://www.acordacultura.org.br/kit Acessado em 28/07/2015
O que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde volume 1 http://www.periciamedicadf.com.br/publicacoes/Cartilha_Sus_Vol1.pdf
O que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde Volume 2 http://www.periciamedicadf.com.br/publicacoes/Cartilha_SUS_APM_2000_Vol2.pdf
Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde http://www.lappis.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=219&sid=25&tpl=view_participantes
Mattos, Ruben Araújo de . Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que merecem ser defendidos http://www.uefs.br/pepscentroleste/arquivos/artigos/os_sentidos_integralidade.pdf
Dicionário da Educação profissional em Saúde – Universalidadehttp://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/uni.html
Wikipédia – Princípio http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio
Wikipédia – Igualdade http://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade
Regionalização da assistência à saúde: aprofundando a descentralização com equidade no acesso http://dtr2001.saude.gov.br/sas/caderno%20NOAS%2002.pdf
Regionalização e Novos Rumos para o SUS: a experiência de um colegiado regional http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v18s1/03.pdf
Descentralização: o desafio da regionalização para Estados e Municípios http://www.cqh.org.br/files/RAS41_Descentraliza%C3%A7%C3%A3o%20o%20desafio%20da%20regionaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf
Dicionário da Educação profissional em Saúde -Sistema Único de Saúde
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/sisunisau.html
Por um processo de descentralização que consolide os princípios do Sistema Único de Saúde - http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742004000100003&lng=pt&nrm=iso
Dicionário da Educação profissional em Saúde - Equidade em Saúde http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/equsau.html
Dicionário da Educação profissional em Saúde - Integralidade em Saúde http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/intsau.html
POLÍTICA NACIONAL DE DST/AIDS http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/ ---ed_protect/---protrav/---ilo_aids/documents/legaldocument/wcms_127698.pdf
Plano Estratégico Programa Nacional de DST e Aids http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_estrategico.pdf
CARTILHA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA http://www.anvisa.gov.br/institucional/snvs/coprh/cartilha.pdf
“A integralidade é uma diretriz que traz em si o significado ético -político do ‘cuidado cuidador’, de trabalho em rede” -http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1251&secao=233
O sistema público de saúde e as ações de reabilitação no Brasil http://journal.paho.org/uploads/1284351456.pdf
DIREITO SANITÁRIO E SAÚDE PÚBLICA http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direito_sanitarioVol1.pdf
A Ética do desenvolvimento e a proteção às condições de saúde http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X1992000100012&script=sci_arttext
Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232004000400029&script=sci_arttext
Universalidade, integralidade, equidade e SUS http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-18122010000200002&lng=pt&nrm=iso
Política Nacional De Promoção Da Saúde http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/PNPS2.pdf
Wikipédia, a enciclopédia livre. Prevenção primária -http://pt.wikipedia.org/wiki/Preven%C3%A7%C3%A3o_prim%C3%A1ria
Wikipédia, a enciclopédia livre. Sistema Único de Saúde http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde
ENSINAR SAÚDE OU EDUCAR PARA A SAÚDE? http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.pdf
Equidade na gestão descentralizada do SUS: desafios para a redução de desigualdades em saúde http://www.scielosp.org/pdf/csc/v8n2/a09v08n2.pdf
Eqüidade e o Sistema Único de Saúde: uma contribuição para debate -http://arca.icict.fiocruz.br/bitstream/icict/682/4/Travassos_Equidade%20e%20o%20sistema%20unico%20de%20saude_1997.pdf
Reflexões temáticas sobre eqüidade e saúde: o caso do SUS -http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902006000200004&script=sci_arttext
Eqüidade e Reforma em Sistemas de Serviços de Saúde: o caso do SUS -http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v15n2/05.pdf
OS DILEMAS DA EQÜIDADE EM SAÚDE: ASPECTOS CONCEITUAIS http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica-1/textos/saude-epidemias-xcampanhas-dados-descobertas/texto-83-2013-os-dilemas-da-equidade-em-saude-aspectos-conceituais.pdf
A equidade em saúde requer a repolitização da saúde com abordagem intersetorial - http://cmdss2011.org/site/entrevistas/equidade-saude-requer-repolitizacao-saude-abordagem-intersetorial/
Usos da noção de subjetividade no campo da Saúde Coletiva -http://www4.ensp.fiocruz.br/csp/index.htm
Determinantes sociais da saúde http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=2402&Tipo=B
TEMPORÃO, José Gomes.Saúde e Desenvolvimento - Crescimento, Transformação e Equidade: ações prioritárias 2008 - 2011. http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=4774&Tipo=B
Observatório da diversidade cultural: http://observatoriodadiversidade.org.br
Fundação Palmares: http://www.palmares.gov.br/
Centro de Estudos de Etnobotânica e Etnofarmacologia- UNIFESP http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm
Comunidades tradicionais: http://www.caa.org.br/
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde: http://renafrosaude.com.br/
Sites Interessantes
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SITES INDICADOS
Revista Ser Social http://www.red.unb.br/index.php/SER_Social
COLEÇÃO PARA ENTENDER A GESTÃO DO SUS 2011 http://www.conass.org.br/?id_area=186
Anvisa- Agencia Nacional de Vigilância Sanitária -http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home
REBIDIA - Rede Brasileira de Informação e Documentação sobre Infância e Adolescência http://www.rebidia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=305&Itemid=127
Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde http://cmdss2011.org/site/
Conselho Nacional de Saúde- CONASS- www.conselho.saude.gov.br
Biblioteca Multimídia - http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/
CONASEMS- http://www.conasems.org.br/site/
FIOCRUZ - http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
Revista Brasileira Saúde da Família
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/revistas/revista_saude_familia27.pdf
Cadernos de Saúde Publica http://www4.ensp.fiocruz.br/csp/index.htm
Revista TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE http://www.revista.epsjv.fiocruz.br/
Revista Radis - A Radis destaca ainda o lançamento do volume especial da publicação inglesa The Lancet sobre a saúde dos brasileiros que, em seis artigos, revela a experiência passada pelo país na construção de um sistema único e universalizado de saúde http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/107/PDF/radis-107.pdf
Ministério da Saúde - http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm
OMS - http://www.who.int/countries/bra/es/
OPAS - http://new.paho.org/bra/
ONU - http://www.onu-brasil.org.br/
Assunto link
Programa Sala de Convidados sobre Políticas de Saúde para a População Negra exibido em 16/7/2013 pelo Canal Saúde
https://www.youtube.com/watch?v=ABM80O1ivKs
O cuidar nos terreiros https://youtu.be/H0677xQuO0Q
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito http://youtu.be/VyPAEQ8A-yI
Cultura Popular e a Oralidade http://youtu.be/_jlFUd-5nzQ
Museu Afro Brasil: artes plásticas http://youtu.be/RmZNkjgslH0
Museu Afro Brasil: religiões afro-brasileiras https://youtu.be/g2q8cqxhzvw
A ignorância da diversidade -- Muniz Sodré.flv http://youtu.be/WfmEABJVeu4
Especial Consciência Negra: negros sofrem discriminação no sistema de saúde
https://youtu.be/FKLwt-W9A_Y
Jurema Werneck - Ações afirmativas, etnia, raça e saúde https://youtu.be/OD6yj5hseWQ
Estado lança campanha para aprimorar tratamento de
saúde da população negra no SUS
https://youtu.be/u6MvRj6v4sQ
Racismo Institucional e Repercussões na Saúde https://youtu.be/eiGReZxk4-k
Sugestão de Vídeos
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Políticas de Saúde no Brasil : um século de luta pelo direito à saúde – vídeos http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=11133&tipo=B
O papel do setor saúde na promoção da equidadehttp://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=13224&Tipo=BParticipação social em políticas de promoção da equidade. http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=13226&Tipo=B
Constituição federal 1988http://200.217.71.99/data/site/uploads/arquivos/constituicao%20federal.pdf
Artigo 198 http://portal.mp.sc.gov.br/portal/conteudo/cao/ccf/quadro%20sinotico%20sus/constitui%C3%A7%C3%A3o%20da%20rep%C3%BAblica%20federativa%20do%20brasil%20-%20art.%20198,%20%C2%A7%C2%A7%204%C2%BA,%205%C2%BA%20e%206%C2%BA.pdf
Art. 196. e Art. 197http://www.saude.sc.gov.br/legislacao_sus/saude_na_%20constituicao.htmTÍTULO VIII – Da ordem social; capítulo II – seção II, da saúde – artigos 196; 197; 198 (parágrafo único – EC 29); 200.
http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/01_Constituicao.pdf
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htmhttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lei8080.pdf
Lei n. 1.920,de 25 de julho de 1953
- Cria o Ministério da Saúde http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=109070
Lei 8.142 / 90““Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e das transferências inter-governamentais de recursos financeiros...” http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Lei8142.pdf
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