sustentabilidade ambiental e avaliaÇÃo do ciclo de vida...
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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E
AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV)
DE PRODUTO: ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE DUAS
EMBALAGENS.
BRUNO JACOMEL (UFSC )
Carlos Manuel Taboada Rodriguez (UFSC )
Fernanda Latronico da Silva (UFSC )
Este artigo tem como objetivo apresentar a análise do ciclo de vida de
dois diferentes tipos de embalagens para avaliar os impactos
ambientais gerados por cada produto. O intuito deste trabalho é
determinar qual das embalagens, papel ou pláástico, gera maior
impacto ao meio ambiente e, conseqüentemente, o que mais
compromete as questões relacionadas à sustentabilidade ambiental.
Para realizar o estudo, foi utilizado uma ferramenta tecnológica,
chamado GaBi 4, que tem como objetivo avaliar a sustentabilidade de
um produto. O software GaBi 4 é um programa especializado na
realização de ACVs para produtos que enfrentam restrições ambientais
ou eco-eficiência de materiais. Por meio desta ferramenta e das
categorias de impactos pode-se definir as diferenças dos impactos
ambientais gerados pelos dois tipos de embalagens e responder às
questões que envolvem tanto as práticas ambientais, quanto a
sustentabilidade.
Palavras-chaves: Avaliação ciclo de vida, sustentabilidade, impacto
ambiental,
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
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Sustentabilidade ambiental e avaliação do ciclo de vida (ACV) de produto: Estudo
comparativo entre duas embalagens
1. Introdução
Alguns autores chamaram a década de 1990 como a “década da terra”, que define o
reconhecimento da importância do meio ambiente para os negócios, a sociedade e o governo
(MURPHY; POIST, 2003). As razões para a importância dada a esse tema incluem
regulamentações governamentais, exigências dos consumidores em práticas verdes e
desenvolvimento de padrões internacionais de certificação (MURPHY; POIST, 2003).
A relação “sociedade e meio ambiente” começou a ser observada de forma mais crítica
a partir da metade do século XX. Essa reflexão sobre a crise ecológica moderna a nível
mundial leva ao surgimento de novas alternativas de relacionamento da sociedade
contemporânea com o seu ambiente, procurando reduzir os impactos que ela produz sobre o
meio que a cerca (BELLEN, 2006).
A crise dos recursos naturais criam novas diretrizes com novas decisões estratégicas a
respeito da sustentabilidade. Com a escassez dos recursos naturais, há maior pressão da
sociedade sobre os atuais formatos de extração de matéria-prima, produção, desperdício de
recursos naturais e descartabilidade. Assim, surge a implantação de processos sustentáveis e
eco-eficientes nos diversos setores da economia, começando pelas empresas (GREEN;
MORTON, 1998).
Neste contexto, o presente trabalho faz uma comparação entre o impacto ambiental
gerado por dois tipos distintos de embalagens de barra de chocolate, através da análise do
ciclo de vida destes dois produtos. Esta análise envolve questões de sustentabilidade, processo
de produção, logística de distribuição e origem dos recursos naturais utilizados até a
disposição dos produtos. O objetivo da análise é avaliar e comparar o desempenho ambiental
de dos tipos de embalagens de chocolates, plástico e papelão, com a mesma função e medidas
pela mesma unidade funcional, definindo por meio da ACV o produto que apresenta menor
impacto ambiental. Definindo assim, através de relatórios para fins institucionais, de
gerenciamento de custo ou de responsabilidade ambiental, a opção que apresenta o melhor
desempenho ambiental.
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2. Fundamentação teórica
A nova era ambiental representa um novo desafio na fabricação e na produção de
novos produtos. O desafio se concentra principalmente em elaborar maneiras construtivas
para que a proteção ambiental e o desenvolvimento industrial possam caminhar juntos
(BEAMON, 1999). O primeiro passo é redefinir a estrutura básica de produção associando as
preocupações ambientais com a minimização dos resíduos e dos impactos ambientais
(BEAMON, 1999).
Muitos ambientalistas criticam a constante busca por novos produtos e de novas
tecnologias. Novos produtos geram um aumento da descartabilidade e a inovação torna os
produtos rapidamente obsoletos (GREEN et al., 1998). Porém, muitas legislações ambientais
que estão entrando em vigor, englobam diferentes aspectos do ciclo de vida útil de um
produto, partindo da sua fabricação e o uso devido da matéria-prima, até a sua disposição final
(LEITE, 2003).
O crescimento da preocupação ecológica tem sido acompanhado por ações das
empresas e governos, de maneira reativa e proativa visando amenizar os efeitos mais
aparentes dos diversos tipos de impactos ao meio ambiente, protegendo a sociedade e seus
próprios interesses (LEITE, 2003).
Com o intuito de reduzir os impactos ambientais dos produtos sobre o meio ambiente,
a sociedade e os órgãos responsáveis estão desenvolvendo uma série de legislações com
objetivo de ajustar o crescimento econômico com as questões ambientais. Referindo-se ao
ciclo de vida útil de um produto, a legislação ambiental envolve variados aspectos desde a
fabricação e o uso de matérias-primas virgens até a sua disposição final ou dos produtos que o
constituem (LEITE, 2003).
A crescente importância dada à cadeia produtiva foi impulsionada pelo aumento das
preocupações com a poluição ambiental acompanhado do desenvolvimento industrial,
diminuição dos recursos e de matérias-primas. Aspectos somados as exigências dos
consumidores, as regras governamentais e ao desenvolvimento de padrões internacionais de
certificação (SRIVASTAVA, 2007).
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Desta forma, regulamentos, leis e normas ajudam a exercer pressão para a adoção de
práticas verdes nas empresas e ao logo de sua cadeia produtiva. É importante analisar a cadeia
produtiva desde a origem dos insumos utilizados e não somente a gestão empresarial
comprometidas com as práticas sustentáveis.
O Ciclo de Vida é considerado uma sequência de fases que são relacionadas com o
produto, processo, serviço, instalação ou empresa. O autor Fiksel (1997) distingue ciclo de
vida econômico de ciclo de vida físico. Na sua visão, o ciclo de vida econômico envolve
atividades direcionadas a concepção do produto, como desenvolvimento, lançamento,
fabricação, manutenção, reavaliação, renovação. Já o ciclo de vida físico consiste na
sequência de transformações de materiais e energia, como a extração de matérias-primas,
fabricação, distribuição, utilização, recuperação, reuso e reciclagem.
No presente trabalho, o ciclo de vida de um bem ou serviço, no caso as embalagens de
barra de chocolate, será entendido como ciclo de vida físico, pois envolve estágios do
processo de produção e comercialização, desde a origem dos recursos naturais utilizados até a
disposição final dos materiais após sua vida útil.
A visão de ciclo de vida permite atuar de forma mais eficaz tanto nos problemas
ambientais quanto na concepção e inovações de produtos e processos produtivos com o intuito
de reduzir os resíduos antes mesmo de serem gerados, facilitando a recuperação dos materiais
após o uso do produto.
A Avaliação do Ciclo de Vida surgiu da necessidade de criar uma metodologia que
avaliasse os impactos ambientais entre as atividades de uma empresa, incluindo produtos e
processos. Verifica-se que é a partir dessa metodologia que a prevenção ambiental se torna
mais efetiva, já que o objetivo é melhorar e compreender aqueles impactos gerados (HINZ et
al., 2006).
2.1. Estrutura de avaliação do ciclo de vida do produto
A norma ISO 14040 fez uma padronização e estabeleceu internacionalmente a
definição para ACV como sendo: a compilação e avaliação das entradas, das saídas e dos
impactos ambientais de um sistema no decorrer do seu ciclo de vida, desde a aquisição da
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matéria-prima ou geração de recursos naturais à disposição final (HINZ et al., 2006). A figura
1 mostra como o processo de elaboração e interpretação dos dados foi dividido.
Figura 1: Fases de uma ACV
Fonte: ABNT, 2009.
a) A determinação do objetivo do escopo engloba a delimitação do sistema relacionado
ao produto;
b) A análise do inventário estabelece as categorias dos dados, preparação e validação dos
mesmos, quantificando as necessidades de energia e matérias-primas, resíduos sólidos,
líquidos gasosos, e outros danos ou perdas durante a vida de um produto;
c) A avaliação do impacto selecionada e define as categorias ambientais, classificando e
caracterizando os impactos já existentes;
d) A interpretação identifica e avalia a integridade e a consistência das informações.
3. Procedimentos metodológicos
Quanto a sua natureza da pesquisa, a mesma pode ser classificada como aplicada, pois
tem como função investigar e demonstrar hipóteses sugeridas por modelos teóricos definidos.
Conforme Appolinário (2004), as pesquisas aplicadas visam resolver problemas concretos ou
necessidades concretas e imediatas.
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No que diz respeito aos objetivos, a pesquisa é considerada descritiva, pois tem como
finalidade descrever, armazenar e interpretar as características entre as variáveis a partir da
coleta de dados. Um estudo de caso foi desenvolvido com o objetivo de estudar o fenômeno
no seu ambiente e observar a prática. O estudo de caso permite a investigação de um
fenômeno atual no contexto da vida real (YIN, GRASSI, 2005).
Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é classificada como qualitativo.
Conforme Minayo (2001), a pesquisa qualitativa considera aspectos da realidade que não
podem ser quantificados, focando-se na compreensão da dinâmica das relações sociais.
Em relação à coleta de dados, os mesmos foram coletados nos locais de produção da
empresa de chocolates associando-os aos processos elementares. Todos os dados principais
para a elaboração do estudo foram fornecidos pela empresa, considerando a fronteira do
sistema.
Quanto aos procedimentos e técnicas utilizados, trata-se de uma pesquisa que recorre a
recursos tecnológicos para a realização do estudo. Sendo assim, o software utilizado para a
realização do estudo foi o GaBi 4. Este software é um programa especializado na execução de
ACVs para produtos que pretendem ter sua origem rastreada trabalhando pró – ativamente às
normas ambientais e em prol da eco-eficiência de materiais.
A fonte de dados utilizada neste estudo foi o da CML 2001. Este recurso apresenta
uma serie de categorias de impacto e métodos de caracterização para os procedimentos de
avaliação de impactos do ciclo de vida (AICV). O mesmo além de ser muito difundido pelos
especialistas do ramo, já vem integrado ao sistema de recursos do GaBi 4.
3.1. Categoria de impactos
Existem diversas categorias de impacto que podem ser analisadas em uma AVC. Para
efeito deste estudo foram consideradas três categorias que se apresentaram importantes
dentro da analise dos resultados de impactos gerados pelos dois sistemas analisados. As
categorias de impactos selecionadas foram:
1) Potencial de Aquecimento Global (GWP): Tema amplamente discutido atualmente
pois tem um efeito direto sobre a vida na terra e está associado a catástrofes
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naturais (ex. degelo dos pólos). Ele representa as emissões de gases com efeito
estufa (CO2; CH4...) e é expresso em Kg de CO2 equivalente.;
2) Depleção de ozônio Estratosférico: A camada de ozônio uma região da atmosfera
situada entre 15 e 50 quilômetros de altitude e serve como um gigantesco “filtro
solar” natural, com poder de bloquear a radiação Ultra Violeta (Lemes & Alvará,
2010). Ele representa as emissões de gases que estão associadas à destruição desta
camada como é o caso da família dos CFCs. Eles são expressos em Kg de R11
equivalente. R11 = CFC-11/R11 = Triclorofluormetano (CCl3F);
3) Eco-toxicidade da Água Doce: Representa a alteração relativa ao impacto causado
no meio ambiente pluvial de água doce. Sua importância surgiu nas análises
comparativas dos impactos resultantes entre os dois sistemas de embalagens. Sua
escolha se justifica pela grande quantidade de indústrias instaladas à beira de
cursos pluviais no pais, onde muitas delas não possuem nem tratamento de seus
efluentes. Outro ponto relevante esta na alta taxa de contaminação de bacias
hidrográficas e lençóis freáticos correntes no Brasil, onde muitas vezes se agrava
pela existência de indústrias em sua área de abrangência.
3.2. Escopo do Estudo
O sistema do estudo envolve os impactos gerados pelo uso de matérias-primas para a
produção das embalagens, a confecção de embalagens, o pallet em madeira, o transporte por
caminhão, bem como o óleo diesel e sua produção na refinaria, a geração de emissões. A
função das embalagens é embalar uma determinada quantidade de chocolate e a unidade
funcional é embalar 1 kg de chocolates.
Na fronteira do sistema são considerados a produção e o transporte das matérias-
primas utilizadas na fabricação das embalagens, do plástico e do papelão, a produção do
diesel na refinaria, o pallet utilizado no transporte interno, a disposição final do produto, no
caso em aterros sanitários e a geração de efluentes e resíduos deste mesmo processo.
Considera-se ainda a reciclagem do papelão e do PET. Não será considerado o processo para
a produção dos chocolates, nem o consumo do mesmo, apenas a distribuição.
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O sistema de estudo está localizado em Florianópolis, Santa Catarina. Os dados
referentes a produção de embalagem foram fornecidos pela empresa de chocolates. Os dados
referentes à produção de embalagens, pallets, efluentes e as emissões geradas foram
extraídos do banco de dados do software GaBi 4.
Por fim, é feito o relatório do estudo realizado para servir de apoio as declarações
comparativas divulgadas publicamente, além de mostrar os resultados e a interpretação, que
devem ser consistentes com os objetivos do estudo:
3.3. Limitações da pesquisa
O estudo apresentou algumas limitações quanto à captação de dados. Os mesmos não
foram encontrados nas fontes fornecidas pelo do Software GaBi 4 dando margem à
arredondamentos próximos à realidade mas não de fonte empírica. Estes Foram:
Densidade da Madeira: Necessária para a elaboração de pallets utilizados no
armazenamento e transporte das caixas de bombons. Fonte da internet.
Proporção de madeira x ferro utilizado no processo de fabricação dos pallets.
Fonte do programa SIMA Pro.
Caixa de papelão não fornecido na fonte de dados.
Uso de materiais alternativos disponibilizados pelo banco de dados do software
GaBi 4, como o Polypropylene granulate mix, Polystyrene granulate mix,
Polyethylene terephthalate granulate (PET, via DMT, Corrugated board boxe,
Polyethylene low density granulate.
Apesar da substituição de alguns materiais por outros similares pelo fato não tê-los no
software utilizado, os mesmos foram usados em ambos os sistemas com suas devidas
proporções para manter a credibilidade da Análise de ciclo de Vida.
3.4. Analise de Inventário (ICV)
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Esta etapa do da pesquisa é destinada à saída a campo e coleta dos dados necessários
para a realização do objetivo em questão. No caso deste estudo o inventário foi fornecido
por fontes primárias da empresa onde foram coletados nos locais de produção, associados
aos processos elementares, todos os dados principais para a elaboração do estudo dentro da
fronteira do sistema. A tabela 1 exprime dados empíricos adquiridos para a execução das
analises posteriores.
Sistema Plástico Transporte
Caminhão
Unidade
Funcional
Embalagem
Primária
Envelope individual em PP (extrudado, filme) 0,0069kg 2500km 1,06kg
Base em PS (injetado) (20 envelopes/Base) 0,04kg 900km 0,308kg
Caixa em PET 50% virgem/50% reciclado(filme) 0,036kg 800km 0,277kg
Embalagem
Secundária Caixa em Papelão ondulado - 10 caixas / caixa 0,14kg 0,108kg
Embalagem
Terciária
Pallete em madeira (reutilizado nos sistemas de
produtos - 112 caixas / pallete 16kg 1,1kg
Filme em PEBD 0,02kg 100km 0,00137kg
Distribuição Caminhão - produto final e embalado 250km
Fim de Vida Fim de Vida Reciclagem Aterro
PET (embalagem primária) 25% 75%
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Tabela1: Dados de inventário utilizados para as analises posteriores do sistema Plástico
Fonte: Dados da pesquisa, 2013
Tabela1: Dados de inventário utilizados para as analises posteriores do sistema papelão
Sistema Papelão Transporte
Caminhão
Unidade
Funcional
Embalagem
primária
Envelope individual em PP (extrudado) 0,054kg 2500km 7,71kg
Caixa em papelão (18 envelopes/Caixa) 0,05kg 3000km 0,397kg
Folha de papelão ondulado 0,01kg 50km 0,0794kg
Filme em PP 0,0085kg 100km 0,0675kg
Embalagem
Secundária Caixa em papelão Ondulado - 6 caixas / caixa 0,1kg 0,132kg
Embalagem
Terciária
Palette em madeira (reutilizado no sistema) -
270 caixas/palette 16kg 0,47kg
Filme em PEBD 0,25kg 100km 0,00735kg
Distribuição Caminhão - produto final e embalado 250km
PS e PP (embalagem primária) 0% 100%
Papelão Ondulado (embalagem secundária) 100% 0%
Filme PEBD (embalagem terciária) 0% 100%
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Fim de Vida Fim de Vida Reciclagem Aterro
Papelão brando e papelão ondulado
(embalagem primária) 60% 40%
PP (embalagem primária) 0% 100%
Papelão Ondulado (embalagem secundária) 100% 0%
Filme PEBD (embalagem terciária) 0% 100%
Fonte: Dados da pesquisa, 2013
Todos os dados coletados foram relacionado com a unidade funcional, 1kg de chocolate
embalado. A partir desses dados foram calculados outros dados da cadeia produtiva da
empresa. Como:
- Uma caixa de chocolate feita no sistema atual da empresa (sistema plástico)
possui: 130 gramas de chocolate dividido em vinte bombons com 6,5 gramas cada
e 214 gramas de embalagem no total, sendo elas descritas na tabela acima;
- Uma caixa de chocolate feita no sistema proposto (sistema papelão) possui: 126
gramas de chocolate dividido em dezoito bombons com 7 gramas cada e 1,04
gramas de embalagem no total, sendo elas descritas na tabela acima;
- Também fez parte do cálculo todo o material usado para as embalagens
secundárias e terciárias em cada processo conforme é mostrado na tabela;
- Para a construção do pallet de madeira (16 kg), foram usados madeiras
compensadas, e pregos de ferro, a proporção foi de 15,888kg para 0,112kg.
4. Resultados
As avaliações do ciclo de vida do presente trabalho ajudaram a criar uma visão
holística de todos os impactos gerados no decorrer de um determinado processo produtivo.
Desta maneira o estudo proporcionou uma serie de avaliações que serão apresentadas e
interpretadas a seguir, exaltando-se os resultados obtidos na avaliação do impacto do ciclo de
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Sistema
Papelão -
Sistema
Plástico -
vida (AICV) dos dois sistemas propostos pelo estudo. Estes serão analisados dentro das
categorias de impactos previamente selecionados, como mostram as figuras a seguir.
Figura 2: Participação dos sistemas plástico e papelão na categoria de aquecimento global GaBi diagram:aggregated - Inputs/Outputs
Resourcesgfedcb Emissions to airgfedcb Emissions to fresh w atergfedc Emissions to sea w atergfedc Emissions to industrial soilgfedc
CML2001 - Dec. 07, Global Warming Potential (GWP 100 years) [kg CO2-Equiv.]
24,524
23,523
22,522
21,521
20,520
19,519
18,518
17,517
16,516
15,515
14,514
13,513
12,512
11,511
10,510
9,59
8,58
7,57
6,56
5,55
4,54
3,53
2,52
1,51,5-,5-1
Chocolate - Sistema papelao
Chocolate - Sistema plástico
-1,062
-,179
22,314
5,393
Fonte: Software GaBi 4, diagram agregated inputs/outputs
Na comparação entre os dois sistemas de embalagens de chocolate, sob o foco do
Potencial de Aquecimento Global (GWP), foram considerados somente a utilização de
recursos naturais (Resources) e as emissões à atmosfera (Emissions to air). As outras
categorias foram excluídas da análise por apresentarem valores ínfimos ou desprezíveis nesta
avaliação.
Fica evidente uma maior participação, em termos do potencial de aquecimento global,
do sistema de embalagem de papelão quando comparado ao sistema plástico. Pois enquanto o
sistema papelão foi responsável por aproximadamente 22.3 Kg CO2-eq., o sistema plástico
emitiu 5.93 kg CO2-eq. Isso significa dizer, em uma comparação normalizada, que a
embalagem de 1kg de chocolate pela empresa pode ser 73,4% menos impactante quando
embalado pelas embalagens de plástico se comparada às embalagens de papelão.
Esta diferença se deve ao fato de o Sistema Plástico utilizar menos polipropileno na
embalagem dos bombons do que o Sistema Papelão, que na sua produção representa mais da
metade (15,2 kg de CO2 eq.) das emissões para a categoria Aquecimento Global.
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Sistema
Plástico -
Sistema
Papelão -
Em relação à utilização de recursos naturais, os dois sistemas mostraram pouca
utilização. Todavia o sistema de papelão mostrou uma necessidade maior da utilização de
recursos naturais para embalar a mesma quantidade de produto. Pois enquanto o sistema
plástico utilizou 0,179 kg de CO2-eq; o sistema papelão utilizou 1,062 kg CO2-eq. para
embalar o mesmo 1kg de chocolate. Fazendo-se uma comparação normalizada pode-se aferir
que o consumo de recursos naturais do sistema papelão chegou a ser cinco vezes maior
quando comparado ao sistema plástico.
Figura 3: Participação dos sistemas plástico e papelão na categoria de Depleção Potencial da Camada de Ozônio GaBi diagram:aggregated - Inputs/Outputs
Resourcesgfedc Emissions to airgfedcb Emissions to fresh w atergfedc Emissions to sea w atergfedc Emissions to industrial soilgfedc
CML2001 - Dec. 07, Ozone Layer Depletion Potential (ODP, steady state) [kg R11-Equiv.]
8,2
e-7
8,0
e-7
7,8
e-7
7,6
e-7
7,4
e-7
7,2
e-7
7,0
e-7
6,8
e-7
6,6
e-7
6,4
e-7
6,2
e-7
6,0
e-7
5,8
e-7
5,6
e-7
5,4
e-7
5,2
e-7
5,0
e-7
4,8
e-7
4,6
e-7
4,4
e-7
4,2
e-7
4,0
e-7
3,8
e-7
3,6
e-7
3,4
e-7
3,2
e-7
3,0
e-7
2,8
e-7
2,6
e-7
2,4
e-7
2,2
e-7
2,0
e-7
1,8
e-7
1,6
e-7
1,4
e-7
1,2
e-7
1,0
e-7
0,8
e-7
0,6
e-7
0,4
e-7
0,2
e-7
0,0
e-7
Chocolate - Sistema papelao
Chocolate - Sistema plástico
7,553e-7
1,464e-7
Fonte: Software GaBi 4, diagram agregated inputs/outputs
Na comparação entre os sistemas de embalagens levando-se em consideração a
Depleção Potencial da Camada de Ozônio (Figura 2), os resultados foram similares ao
resultado da categoria GWP, com o sistema papelão sendo mais impactante quando
comparado ao sistema plástico. Nesta analise considerou-se somente as emissões à atmosfera,
pois as outras categorias não apresentaram valores consideráveis.
A analise mostrou que enquanto o sistema plástico emitiu 1,464e-7 kg de R11-eq; o
sistema papelão chegou a marca de 7,553e-7 kg R11-eq. Fazendo-se uma comparação
normalizada, pode-se aferir um impacto 80% maior ao se embalar 1 kg de produto pelas
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Sistema
Papelão -
Sistema
Plástico -
embalagens de papelão quando comparado à mesma quantidade de produto embalado pelas
embalagens de plástico.
Esta diferença ocorreu principalmente devido ao polipropileno na produção nos dois
sistemas. Pois apenas nesta etapa, o Sistema Papelão emitiu 6,96E-7 kg de R11-eq., enquanto
o Sistema Plástico emitiu 9,58E-8 kg de R11-eq.
Já na ultima categoria analisada foi identificado um ponto que divergiu da linha de
resultados das outras categorias anteriormente analisadas. A figura 3 mostra os resultados na
comparação dos dois sistemas para a ultima categoria analisada, que trata da eco-toxicidade
da água doce. Foram consideradas as categorias de emissão atmosférica, emissão na água
doce e no solo industrial. Esta categoria é expressa por kg DCB-eq. O DCB é um composto
orgânico de nome cientifico = Diclorobenzeno, e sua formula é representada pela cadeia
C6H4Cl2.
Nessa categoria, a diferença se dá principalmente devido ao transporte, mais
especificamente a produção do diesel na refinaria como maior contaminante de água doce. No
Sitema Papelão representou 0,892 kg DCB-eq e no Sistema Plástico 0,141 kg DCB-eq.
Figura 4: Participação dos sistemas plástico e papelão na categoria de Eco-toxicidade da Água Doce GaBi diagram:aggregated - Inputs/Outputs
Resourcesgfedc Emissions to airgfedcb Emissions to fresh w atergfedcb Emissions to sea w atergfedc Emissions to industrial soilgfedcb
CML2001 - Dec. 07, Freshw ater Aquatic Ecotoxicity Pot. (FAETP inf.) [kg DCB-Equiv.]
,205,2
,195
,19
,185
,18
,175
,17
,165
,16
,155
,15
,145
,14
,135
,13
,125
,12
,115
,11
,105,1
,095
,09
,085
,08
,075
,07
,065
,06
,055
,05
,045
,04
,035
,03
,025
,02
,015
,01
,005
Chocolate - Sistema papelao
Chocolate - Sistema plástico
,025
,006
,142
,182
,002
,000
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
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Fonte: Software GaBi 4, diagram agregated inputs/outputs
A emissão de resíduos em solo industrial mostrou uma pequena contribuição dentro do
universo desta analise, porem foi suficiente para indicar que dentro do processo de fabricação
do sistema plástico não houve emissão (ou foi considerada desprezível pelo GaBi 4). Já no
sistema papelão ela marcou uma ínfima, porem não nula, emissão que chegou a marca de
0,002 kg de DCB-eq.
Na analise que compreende as emissões atmosféricas, tendo-se em mente a eco-
toxicidade da água doce, os números identificaram uma maior contribuição sobre o impacto
resultante no sistema papelão. Ele foi responsável pela emissão de 0,025 kg de DCB-eq.
enquanto o sistema plástico imitiu somente 0,006 kg de DCB-eq. Fazendo uma comparação
normalizada entre os dois sistemas sobre a categoria de emissões atmosféricas, temos que a
fabricação de embalagens de papelão necessárias para se embalar 1 kg de chocolate foi quatro
vezes mais impactante quando comparada à mesma quantidade de produto embalado pelas
embalagens de plástico.
Já na ultima categoria analisada que foi a emissão de Diclorobenzeno (C6H4Cl2) na
água doce propriamente dita, observou-se uma inversão quanto aos números indicados pelo
software. O programa registrou uma maior contribuição no impacto resultante para o sistema
plástico que apresentou a emissão de 0,182 kg de DCB-eq. por quilograma de chocolate
embalado. Já o sistema papelão apresentou a emissão de 0,142 kg de DCB-eq. Em uma
comparação normalizada é possível aferir um impacto 22% menor na produção de
embalagens de papelão necessárias para se embalar 1kg de chocolate quando comparada à
mesma quantidade de produto embalado pelas embalagens de plástico.
5. Considerações finais:
Por meio do estudo de uma ACV foi possível identificar os diferentes impactos
ambientais gerados em dois tipos de sistemas de embalagens, o papelão e o plástico, e definir
qual deles deveria ser escolhido, considerando a análise das três categorias de impactos
selecionadas.
Avaliando os dois sistemas de embalagens sob a ótica Global Warning Potencial
(GWP) atribuiu-se um maior impacto `a embalagem de papelão. Considerando a avaliação
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dos dois sistemas em relação ao impacto causado aos recursos naturais, observou-se que o
papelão utiliza uma quantidade maior de recursos naturais para embalar a mesma quantidade
de produto, atingindo um consumo cinco vezes maior de recursos naturais do sistema papelão
em relação ao sistema plástico. A mesma conclusão foi verificada na análise dos dois sistemas
sob a ótica da Depleção Potencial da Camada de Ozônio. Através da normalização, verificou-
se que ao embalar 1kg de chocolate na embalagem de papelão, o impacto gerado foi 80%
superior ao embalar o mesmo produto no plástico. Para a categoria Eco-Toxicidade da Água
Doce, observou-se que o sistema papelão foi o mais impactante. Sob a ótica das emissões
atmosféricas, os números do sistema papelão foram superiores ao sistema plástico. Já a
emissão de Diclorobenzeno (C6H4Cl2) na água doce registrou, pela primeira vez na análise,
um impacto superior do sistema plástico em relação ao sistema papelão.
Através desse estudo, foi possível identificar as embalagens e seus impactos ambientais
gerados, considerando que cada uma possui diferentes materiais, técnicas de produção,
velocidade de decomposição, assim como distintas possibilidades de reciclagem. É
fundamental que as empresas façam uma ACV de seus produtos para selecionarem as
alternativas que geram menos impacto ao meio ambiente. Nesta pesquisa, foi observado que o
papelão não pode ser considerado uma embalagem “verde”, pois existe um alto impacto
atribuído a este produto, comprometendo as questões ligadas à sustentabilidade ambiental.
É importante observar que o material utilizado na produção da embalagem pode ter
origem renovável ou extrativa. Sob essa ótica, sabe-se que o papel vem de fonte renovável,
que é a madeira. Já o plástico origina-se do petróleo que é extraído da natureza e não é
renovável. Assim, apesar do papelão ter alto impacto ambiental, o mesmo pode ser reciclado e
reutilizado como fonte de matérias-primas na produção de outros produtos, ou seja, ele pode
ser reinserido no processo produtivo. Já o plástico se degrada muito lentamente e no final se
converte em gás carbônico, contribuindo ao aquecimento global.
A produção da embalagem, tanto de papelão quanto do plástico, envolve gasto de
energia e de matérias primas e a sua produção gera subprodutos, prejudiciais à saúde, assim
como poluição. No geral, o sistema plástico conseguiu ser menos impactante ao meio
ambiente no decorrer do processo produtivo avaliado, mas ele também não deixa de
comprometer as questões de sustentabilidade ambiental. Desta forma faz-se necessário mais
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estudos que incluam algumas das questões levantadas nesta pesquisa para se poder ampliar o
nível de detalhamento e exatidão das avaliações expedidas.
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