saemi2015 · tabela 5. padrões de desempenho para as avaliações do saemi – 1º, 2º e 3º anos...
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ISSN 2318-7263
SAEMI2015
CADERNO DE GESTÃO
SIStema de avalIação educacIoNal muNIcIpal do Ipojuca
pReFeIto do IpojucaCarlos José de Santana
vIce-pReFeIto do IpojucaPedro José Mendes Filho
cHeFIa de GaBINete do pReFeIto Antônio Alberto Cardoso Giaquinto
SecRetaRIa do GoveRNoPedro Henrique Santana de Souza Leão
SecRetaRIa de educaçãoMargareth Costa Zaponi
Índice
CONTEÚDO
GeStão de SIStemaS de eNSINo ...................................................................................................8
educação INFaNtIl ...........................................................................................................................10
alFaBetIZação ....................................................................................................................................15
eNSINo FuNdameNtal ......................................................................................................................21
GeStão democRÁtIca..................................................................................................................... 33
coNSIdeRaçÕeS FINaIS ................................................................................................................... 37
TABELAS
Tabela 1. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015 ......................19
Tabela 2. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa ........................... 19
Tabela 3. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015 ..........................19
Tabela 4. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015 ........... 20
Tabela 5. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Matemática ........................................ 20
Tabela 6. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015 ............... 20
Tabela 7. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015 ............27
Tabela 8. Tabela 8: Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa .....................27
Tabela 9. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015 ................27
Tabela 10. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015 ......................... 28
Tabela 11. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental – Matemática .................................28
Tabela 12. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015 .............................. 28
Tabela 13. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Geografia, História e Ciências da
Natureza – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015 ................................................................................................................................................................................................... 29
Tabela 14. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental – Geografia, História e Ciên-
cias da Natureza ............................................................................................................................................................................................................................................................. 29
Tabela 15. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Geografia – SAEMI TRANSV. SAÍDA
2013/2015 ........................................................................................................................................................................................................................................................................... 29
Tabela 16. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – História – SAEMI TRANSV. SAÍDA
2013/2015 ............................................................................................................................................................................................................................................................................30
Tabela 17. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Ciências da Natureza – SAEMI
TRANSV. SAÍDA 2013/2015 ..........................................................................................................................................................................................................................................30
Tabela 18. Participação dos alunos da Educação de Jovens e Adultos nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Língua Portuguesa – SAEMI
TRANSV. SAÍDA 2013/2015 ........................................................................................................................................................................................................................................... 31
Tabela 19. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA I – Língua Portuguesa e Matemática .................................................................... 31
Tabela 20. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA II – Língua Portuguesa e Matemática ................................................................. 31
Tabela 21. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA III – Língua Portuguesa e Matemática ............................................................... 31
Tabela 22. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA IV – Língua Portuguesa e Matemática ............................................................... 31
Tabela 23. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Língua Portuguesa – SAEMI TRANSV. SAÍDA
2013/2015 ............................................................................................................................................................................................................................................................................32
Tabela 24. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Matemática – SAEMI TRANSV. SAÍDA
2013/2015 ............................................................................................................................................................................................................................................................................32
GRÁFICOS
Gráfico 1. Série histórica do percentual da população (até 3 anos) frequente à escola por Unidades Geográficas – 2001 a 2014 .................................. 11
Gráfico 2. Percentual da população (até 3 anos) frequente à escola por Faixa de Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita - Pernambuco – 2014 ...................12
Gráfico 3. Série histórica do percentual da população (4 a 5 anos) frequente à escola por Unidades Geográficas – 2001 a 2014 ................................ 13
Gráfico 4. Percentual da população (4 a 5 anos) frequente à escola por Faixa de rendimento mensal domiciliar per capita – Pernambuco – 2014 ..................... 14
Gráfico 5. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência- Leitura (Prova Obje-
tiva) - Ipojuca - 2013 e 2014 ........................................................................................................................................................................................................................................... 16
Gráfico 6. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência- Matemática (Prova
Objetiva) - Ipojuca - 2013 e 2014 ................................................................................................................................................................................................................................ 17
Gráfico 7. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência - Escrita (Prova
Discursiva) - Ipojuca - 2014 ............................................................................................................................................................................................................................................ 18
Gráfico 8. Percentual da população de 6 a 14 anos na escola por Unidades Geográficas - 2007 a 2014 ................................................................................ 22
Gráfico 9. Percentual da população (6 a 14 anos) frequente à escola por Faixa de Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita - Pernambuco- 2014 ....................23
Gráfico 10. Taxa de aprovação nos anos iniciais da Rede Pública e Municipal (Ipojuca) por Unidades Geográficas .............................................................24
Gráfico 11. Taxa de aprovação nos anos iniciais da Rede Municipal de Ipojuca por ano – 2014 ....................................................................................................24
Gráfico 12. Taxa de aprovação nos anos finais da Rede Pública e Municipal (Ipojuca) por Unidades Geográficas ................................................................25
Gráfico 13. Taxa de aprovação nos Anos Finais da Rede Municipal de Ipojuca por ano - 2014 ..................................................................................................... 26
Gráfico 14. Percepção dos Professores acerca da Gestão Democrática .................................................................................................................................................35
Gráfico 15. Percepção dos diretores acerca da Gestão Democrática .......................................................................................................................................................36
Olá gestores!
Apresentamos a edição 2015 do Caderno de Gestão do Sistema
de Avaliação Educacional Municipal de Ipojuca (SAEMI). É importante
ressaltar que o objetivo do presente Caderno é o de gerar informações
para os gestores, de modo que possam cumprir a missão de planejar,
formular e implementar ações com vistas à melhoria da qualidade do
ensino oferecido pela rede. Essas ações podem ser consideradas es-
tratégicas caso concordemos com o pressuposto de fundamentar todo
o planejamento em evidências, o que significa que se deve partir de
uma representação da realidade da rede mais objetiva possível. Quanto
mais informações obtidas, maior é a possibilidade de contribuir com um
processo eficaz de criação de respostas às demandas existentes.
As evidências das quais falamos são dados reunidos sobre o acesso
à escola, ao desempenho, ao rendimento, ao contexto escolar e também
a informações sociodemográficas sistematizadas. O conjunto dessas in-
formações foi dividido com base nas etapas oferecidas pela rede munici-
pal de ensino de Ipojuca. Essa divisão foi pensada a partir da necessidade
de “lançar lupa”, na medida do possível, naquilo que ocorre em cada uma
dessas etapas, afirmando o compromisso da rede de garantir um ensi-
no com qualidade e equidade para todos os seus estudantes. Não custa
lembrar que os princípios da qualidade e equidade, apesar do desafio
mudar constantemente a cada novo público, são os que fazem jus ao
direito a uma educação pública democrática no nível local.
1GESTÃO DE SISTEMAS
DE ENSINO
Além dessa divisão, continuamos a detalhar a evolução
da rede municipal de ensino de Ipojuca, articulada aos da-
dos obtidos pelas redes nos níveis do estado, da região e do
país. Para tanto, mais uma vez, trazemos os indicadores edu-
cacionais que dialogam com as metas estabelecidas pelo
Plano Nacional de Educação em vigor desde 2014. Dessa
maneira, acreditamos na capacidade de fornecer subsídios
ao desenvolvimento de políticas públicas, sintonizadas com
as necessidades identificadas com base nos dados apre-
sentados. Acreditamos, também, que essas informações
objetivas possam oferecer uma transparência das ações da
gestão de ensino, não apenas para os profissionais de edu-
cação, mas para a toda a comunidade escolar. Isso é neces-
sário para a rede que valoriza a abertura de um canal que
viabilize o maior envolvimento de outros atores da escola.
As seções do Caderno seguem a mesma orientação da
edição anterior: as três primeiras seções abordam os cená-
rios de maior destaque para a gestão municipal – Educação
Infantil, Alfabetização e Ensino Fundamental. Nessas seções
há destaque para as estatísticas que trazem informações
sobre o atendimento educacional, o rendimento e o desem-
penho escolar, bem como a alfabetização em leitura, escrita
e em matemática segundo os resultados trazidos pela Ava-
liação Nacional da Alfabetização (ANA).
Com base nessas informações, os gestores poderão
acompanhar as políticas educacionais implantadas e refletir
sobre futuras ações sobre a inclusão, o fluxo e a eficácia es-
colar, promovendo a gestão do processo de ensino e apren-
dizagem e das questões administrativas a ele relacionadas.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
9
Para a Educação Infantil, o principal desafio consiste em aumentar o nú-
mero de crianças, de até 3 anos de idade, em creches, uma vez que a ofer-
ta de vagas ainda é reduzida. Para tanto, foi estabelecida a meta de atingir
o atendimento para pelo menos 50% da população nessa faixa etária. Para
as crianças de 4 a 5 anos, que já frequentam a pré-escola em percentuais
elevados, a meta consiste em universalizar o atendimento. Ambas as metas
devem ser atingidas até o final da vigência do PNE, em 2024.
2EDUCAÇÃO INFANTIL
Para dar continuidade ao monitoramento do acesso à
escola até 3 anos de idade, atualizamos a série histórica com
o percentual de crianças frequentes à escola com dados de
2014. O indicador é calculado com base nas informações da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realiza-
da pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
segundo metodologia específica que considera os anos
completos até 31 de março.
Esse indicador não considera a etapa em que as crian-
ças se encontram ou a rede de ensino à qual pertence. Ele
apresenta os percentuais da população de 0 a 3 anos de
idade na escola. É importante lembrar que até 2003, o IBGE
não levantava dados de domicílios rurais na Região Norte,
com exceção de Tocantins. A partir de 2004, todo o Brasil,
área urbana e rural, é pesquisado pelo IBGE nas Pnad’s.
Com a série histórica do Gráfico 1, é possível observar
que o acesso à escola da população de até 3 anos de ida-
de apresenta um aumento consistente. Apesar disso, seu
crescimento tem sido de baixo vigor, uma vez que pode-
mos observar que o percentual mais elevado, para o Brasil,
é de somente 30%. Percebe-se ainda que os percentuais
de acesso são relativamente próximos para as unidades em
análise – o percentual observado no estado de Pernambuco
foi 1% abaixo que o da Região Nordeste e 5% menor que o
do país, conforme o ano de 2014. Chama-se atenção para o
crescimento de Pernambuco de 22%, em 2012, para 26%,
em 2013, percentual que apresentou pequena redução no
seguinte (2014). Lembramos que a Pnad não traz informa-
ções no nível dos municípios, e desse modo não se pode
analisar esse dado para a situação de Ipojuca. Assim, tere-
mos que recorrer ao Censo Demográfico do IBGE, fonte de
dados que tenha essa informação por municípios.
Gráfico 1. Série histórica do percentual da população (até 3 anos) frequente à escola por Unidades Geográficas – 2001 a 2014
0%
10%
20%
30%
40%
50%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Perc
entu
al d
e cr
ianç
as d
e 0
a 3
ano
s na
esc
ola
Brasil Nordeste Pernambuco
Fonte: Observatório do PNENota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
11
Como vimos na edição 2014, no Caderno de Gestão, a
partir dos dados do Censo Demográfico 2010, 16% das crian-
ças, até 3 anos de idade, em Ipojuca, frequentavam a escola.
Esse percentual era inferior ao do estado de Pernambuco,
em 6% (22%), e do país, em 8% (24%). Evidentemente, a ex-
pansão da oferta de vagas em creches públicas, estaduais
e municipais, é uma ação fundamental para o cumprimento
da meta de alcançar pelo menos os 50%. Vale dizer que o
Censo Escolar de 2014 informa que a Rede Municipal de en-
sino de Ipojuca é responsável por 71% do atendimento das
matrículas da Educação Infantil no município.
Um dado importante, que ajuda na elaboração de ações
estratégicas para a oferta de vagas em creches, refere-se à
distribuição das crianças até 3 anos de idade que frequen-
tam a escola por faixa de rendimento mensal. Conforme o
Gráfico 2, apresentado a seguir, os estratos populacionais
de baixa renda são os mais desfavorecidos na oferta de
creches. No caso do estado de Pernambuco, somente as
famílias, com renda domiciliar per capita superior a 2 salários
mínimos, atingem o percentual de 50% da população até 3
anos que frequenta a escola ou creche.
Gráfico 2. Percentual da população (até 3 anos) frequente à escola por Faixa de Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita - Pernambuco – 2014
0%
7%
15%
22%
38%
51%
65%62%
28%
Semrendimento
Até ¼ saláriomínimo
Mais de ¼até ½ salário
mínimo
Mais de ½até 1 salário
mínimo
Mais de 1 até2 saláriosmínimos
Mais de 2 até3 saláriosmínimos
Mais de 3 até5 saláriosmínimos
Mais de 5saláriosmínimos
Semdeclaração
Fonte: Pnad 2014/IBGE.
Na edição anterior do Caderno, vimos que o atendimen-
to das crianças de 4 a 5 anos de idade tem um cenário bem
diferente. Os percentuais dessa população que frequenta a
escola, são bastante superiores aos da faixa de idade de 0
a 3 anos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad), considerando a idade do aluno aferida
em 1º de março, para o ano de 2014, tem-se percentuais de
89% para o Brasil, 92% para a região Nordeste e 90% para
o estado de Pernambuco. Trata-se de variações de mais ou
menos 1% em relação aos anos 2012 e 2013, como pode ser
visto no Gráfico 3.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
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Gráfico 3. Série histórica do percentual da população (4 a 5 anos) frequente à escola por Unidades Geográficas – 2001 a 2014
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Perc
entu
al d
e cr
ianç
as d
e 4
a 5
ano
s na
esc
ola
Brasil Nordeste Pernambuco
Fonte: Observatório do PNENota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.
Percebe-se, para o caso de Pernambuco, que há uma
situação mais aproximada da meta de universalização de
atendimento da população de 4 a 5 anos de idade. Para o
município de Ipojuca, o dado mostra que a situação é signi-
ficativamente mais desafiadora, uma vez que, como também
pode ser visto no Caderno de Gestão 2014, de acordo com
o Censo Demográfico de 2010, o percentual da população
de 4 a 5 anos que frequenta a escola é de 79%, enquanto
Pernambuco e Brasil apresentam, respectivamente, 83% e
80%. O que esses dados revelam é que há um grande desa-
fio para cumprir a meta em curto prazo: 2016. Isto é, o aces-
so à pré-escola deverá ser o mais próximo possível de sua
universalização já neste ano. Vale mais uma vez dizer que,
possivelmente, o cumprimento dessa meta também exigirá
articulação entre poderes locais e regionais.
Nesse sentido, assim como foi visto na faixa de idade
anterior, apresentamos a distribuição da oferta de vagas
para as crianças de 4 a 5 anos por faixa de renda. Como
a tabulação é feita a partir da Pnad/IBGE, tem-se apenas o
caso de Pernambuco, mas, ainda assim, os dados são rele-
vantes para futuras ações articuladas entre município e esta-
do. O Gráfico 4 mostra que o atendimento a essa população
não é tão uniforme, considerando os diferentes estratos de
renda da população, pois para as famílias com renda domici-
liar per capita abaixo de 2 salários mínimos, o percentual de
frequência à escola ou creche reduz-se significativamente.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
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Gráfico 4. Percentual da população (4 a 5 anos) frequente à escola por Faixa de rendimento mensal domiciliar per capita – Pernambuco – 2014
56%
85%82%
93% 93%
100% 100% 100%97%
Semrendimento
Até ¼ saláriomínimo
Mais de ¼até ½ salário
mínimo
Mais de ½até 1 salário
mínimo
Mais de 1 até2 saláriosmínimos
Mais de 2 até3 saláriosmínimos
Mais de 3 até5 saláriosmínimos
Mais de 5saláriosmínimos
Semdeclaração
Fonte: Pnad 2014/IBGE.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
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A divulgação dos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização
(ANA) permite agora monitorar indicadores educacionais no ciclo inicial de
aprendizagem, por meio da observação do desenvolvimento das habilida-
des cognitivas fundamentais. A ANA avalia a alfabetização e letramento em
Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática para as unidades esco-
lares e alunos matriculados na fase final do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e
3º anos do Ensino Fundamental) das redes públicas, e pode ser usada para
o acompanhamento da meta 5 do PNE, que é alfabetizar todas as crianças,
até os 8 anos de idade, no final do 3º ano do Ensino Fundamental.
3ALFABETIZAÇÃO
Com a divulgação dos resultados da Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA), de 2013 e 2014, pelo Instituto Na-
cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP), pode-se obter informações sobre o nível de alfabeti-
zação e letramento em Língua Portuguesa e a alfabetização
em Matemática para as unidades escolares e alunos matri-
culados na fase final do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º
anos do Ensino Fundamental) das redes públicas.
Os resultados da ANA são medidos por meio de uma
Escala de Proficiência, dividida em quatro níveis associados
ao desenvolvimento de habilidades. As habilidades desen-
volvidas pelos estudantes são mais complexas nos níveis
superiores, e englobam as habilidades desenvolvidas em
cada nível antecessor. Nos Gráficos 5, 6 e 7, como veremos,
são apresentadas as distribuições percentuais dos estu-
dantes do 3º ano do Ensino Fundamental, do município de
Ipojuca, por nível da Escala de Proficiência. A descrição das
habilidades relacionadas a cada nível pode ser consultada
no INEP, na seção destinada ao Saeb.
De acordo com o Gráfico 5, relativo aos testes de Lei-
tura (Prova Objetiva) de 2013 e 2014, houve uma redução
de quase 10% (9,7%) no percentual de estudantes do Nível
1. Essa redução favorável se traduz em aumentos nos níveis
consequentes, ou seja, um crescimento de 8,1% no Nível 2
e 1,7% no Nível 3. Isso indica uma melhoria no desempenho
dos alunos na alfabetização em leitura, na rede pública de
Ipojuca, embora o período de observação e os avanços nos
percentuais sejam pequenos. Ao ter esses dados em mãos,
por exemplo, é possível gerar um planejamento de ações
para a manutenção dessas tendências em níveis crescen-
tes, atentando para o fato de que, presumivelmente, quanto
menor for o percentual nos níveis mais baixos, melhor será a
realidade dos estudantes em leitura.
Gráfico 5. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência- Leitura (Prova Objetiva) - Ipojuca - 2013 e 2014
51%
41%
29%
37%
17%
19%
3%
3%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2013
2014
Nível 1 (Até 425 pontos) Nível 2 (Maior que 425 até 525 pontos)
Nível 3 (Maior que 525 até 625 pontos) Nível 4 (Mais que 625 pontos)
Fonte: ANA 2013-2014/INEP
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
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Para os resultados do teste de Matemática (Prova Obje-
tiva), nos dois anos avaliados, temos aumentos mais tímidos.
Em 2014, em relação aos Níveis 1 e 2 a redução foi de 3,8% e
0,8%, respectivamente, enquanto houve um pequeno acrés-
cimo no percentual dos Níveis 3 e 4, como pode ser verifi-
cado no Gráfico 6. Isso indica que as ações pedagógicas na
área de Matemática devem ser estimuladas para fortalecer
a tendência de crescimento dos percentuais nos níveis mais
elevados.
Gráfico 6. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência- Matemática (Prova Objetiva) - Ipojuca - 2013 e 2014
45%
41%
38%
39%
11%
13%
7%
8%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2013
2014
Nível 1 (Até 425 pontos) Nível 2 (Maior que 425 até 525 pontos)
Nível 3 (Maior que 525 até 575 pontos) Nível 4 (Maior que 575 pontos)
Fonte: ANA 2013-2014/INEP
A ANA também avalia a escrita por meio de uma prova
discursiva, e esses resultados estão disponíveis apenas para
o ano de 2014. O Gráfico 7 mostra a distribuição dos percen-
tuais de estudantes nos cinco níveis da Escala de Proficiência
do teste de Escrita (Prova Discursiva), onde se pode verificar
que os níveis 3, 4 e 5 apresentam baixos percentuais. O maior
percentual se encontra no nível 2, com 37,8%.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
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Gráfico 7. Distribuição percentual dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública por nível de proficiência - Escrita (Prova Discursiva) - Ipojuca - 2014
28% 38% 5% 27% 2%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2014
Nível 1 (Menor que 350 pontos) Nível 2 (Maior ou igual a 350 e menor que 450 pontos)
Nível 3 (Maior ou igual a 450 e menor que 500 pontos) Nível 4 (Maior ou igual a 500 e menor que 600 pontos)
Nível 5 (Maior ou igual a 600 pontos)
Fonte: ANA 2013-2014/INEP
O CAEd avalia a aprendizagem dos estudantes do Ciclo
de Alfabetização da Rede Municipal de ensino de Ipojuca,
através do SAEMI, com base na aplicação de provas de Lín-
gua Portuguesa e Matemática. Essa avaliação é longitudinal
e procura acompanhar os resultados de um conjunto de alu-
nos nas três séries iniciais do Ensino Fundamental. Assim, é
possível verificar a aquisição de habilidades pelos alunos a
partir do monitoramento que os acompanha no 1º, 2º e 3º
anos do Ensino Fundamental.
A seguir serão apresentados os dados coletados pela
avaliação SAEMI 2015 para o Ciclo de Alfabetização das
escolas públicas municipais de Ipojuca. Vale lembrar que a
avaliação longitudinal SAEMI adota o modelo de ciclos, que
são três. O primeiro ciclo avalia os estudantes do 1º ano que
entraram em 2013, observando a situação de aprendizagem
no final de 2013, 2014 e 2015 – as chamadas avaliações de
“saída”. Esses alunos estavam no 2º ano, em 2014, e no 3º
ano em 2015.
A Tabela 1 informa a participação dos estudantes nas
avaliações realizadas nos anos 2013, 2014 e 2015, especi-
ficamente, em Língua Portuguesa. Esses três anos observa-
dos mostram que tem havido um aumento progressivo da
participação dos alunos na avaliação longitudinal. Em 2013,
o percentual de participação dos estudantes do 1º ano era
de 75,7% e passou para 86,4% em 2015. De 2013 para 2014
houve um aumento de 8% na participação do 1º ano.
Ainda na Tabela 1, é importante observar que os percen-
tuais de alunos dos 2º e 3º anos não apresentaram quais-
quer reduções. O aumento é gradativo e está perto de al-
cançar os 90% de participação.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
18
Tabela 1. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015
Ano1º ano 2º ano 3º ano
N % N % N %
2013 1.101 75,7% --- --- --- ---
2014 1.015 83,7% 1.142 82,5% --- ---
2015 1.116 86,4% 1.267 86,8% 1.456 87,6%
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Na Tabela 2 estão descritos os Padrões de Desempenho
dos anos avaliados para Língua Portuguesa. Como é possí-
vel verificar, a avaliação SAEMI utiliza quatro padrões que vão
do Elementar I ao Desejável, passando pelo Elementar II e
padrão Básico. Quanto aos limites dos Padrões de Desempe-
nho, vale observar que o 1º e o 2º anos possuem os mesmos.
Tabela 2. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa
Padrão de Desempenho 1º ano 2º ano 3º ano
Elementar I até 400 até 400 até 600
Elementar II 400 a 500 400 a 500 600 a 650
Básico 500 a 600 500 a 600 650 a 750
Desejável acima de 600 acima de 600 acima de 750
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A seguir são apresentados os dados de proficiência mé-
dia em Língua Portuguesa dos estudantes avaliados segundo
a metodologia longitudinal. Conforme a Tabela 3, os alunos
do 1º ano não conseguiram alcançar um Padrão de Desempe-
nho melhor no final do Ciclo de Alfabetização, pois saíram do
Básico (2013 e 2014) e caíram para o padrão Elementar II em
2015 (leitura diagonal na Tabela 3). Isso representa um cenário
desafiador para os gestores educacionais de Ipojuca.
Tabela 3. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015
Ano1º ano 2º ano 3º ano
Prof. Média Pad. de Desemp. Prof. Média Pad. de Desemp. Prof. Média Pad. de Desemp.
2013 577,0 Básico --- --- --- ---
2014 578,0 Básico 575,0 Básico --- ---
2015 565,4 Básico 590,5 Básico 614,4 elementar II
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A avaliação longitudinal do Ciclo de Alfabetização, como
se sabe, também mensura a proficiência dos estudantes nos
conhecimentos de Matemática. O primeiro dado a ser apre-
sentado são os percentuais de participação dos estudantes
nos três anos de aplicação da prova: 2013, 2014 e 2015.
A Tabela 4 informa que o percentual de participação tem
se elevado gradativamente ao longo do tempo, sendo um
crescimento de 12,2% no caso dos alunos do 1º ano e de 5%
para o 2º ano. Além disso, a participação no 3º ano também é
significativa, já que apresentou um percentual de quase 90%.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
19
Tabela 4. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015
Ano1º ano 2º ano 3º ano
N % N % N %
2013 675 77,2% --- --- --- ---
2014 1.078 89,3% 1.170 84,3% --- ---
2015 1.154 89,4% 1.293 89,3% 1.475 89,0%
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A próxima informação, presente na Tabela 5, traz a dis-
tribuição dos Padrões de Desempenho para a disciplina de
Matemática utilizados na avaliação longitudinal do SAEMI.
Como se verifica na tabela abaixo, os cortes das medidas de
proficiência são idênticos para o 1º e 2º anos.
Tabela 5. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Matemática
Padrão de Desempenho 1º ano 2º ano 3º ano
Elementar I até 350 até 350 até 450
Elementar II 350 a 450 350 a 450 450 a 550
Básico 450 a 550 450 a 550 550 a 650
Desejável acima de 550 acima de 550 acima de 650
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Conforme a Tabela 6, os alunos do 1º ano obtiveram 459,3
de proficiência em 2013 e, já no 2º ano, 501,6. O importante
dessa verificação é perceber que o Padrão de Desempenho
desses alunos continuou o mesmo, isto é, o padrão Básico.
Em 2015, a avaliação desses alunos se deu no 3º ano e o re-
sultado, à semelhança daquele obtido em Língua Portuguesa,
é que a proficiência de 532,0 os situa no padrão Elementar II.
Então, ao observar a avaliação longitudinal da proficiên-
cia desses estudantes, que se iniciou em 2013 e terminou
em 2015, constata-se uma situação de baixa aprendizagem,
representada, sobretudo, pelo fato de não terem consegui-
do alcançar Padrões de Desempenho mais elevados.
Tabela 6. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 1º, 2º e 3º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015
Ano1º ano 2º ano 3º ano
Prof. Média Pad. de Desemp. Prof. Média Pad. de Desemp. Prof. Média Pad. de Desemp.
2013 459,3 Básico --- --- --- ---
2014 492,2 Básico 501,6 Básico --- ---
2015 493,5 Básico 521,3 Básico 532,0 elementar II
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
20
4ENSINO FUNDAMENTAL
O acesso, o fluxo e o desempenho são os principais indicadores a
serem monitorados pelos gestores e acompanhados pelos professores,
pais e alunos nesse nível de ensino. Com o monitoramento dos dados
dessa etapa torna-se possível planejar ações para o estímulo à inclusão,
à aprovação e ao acompanhamento pedagógico. Em relação ao aces-
so, os dados mostram que há uma significativa aproximação da univer-
salização, mas também sinalizam a importância de se evitar que alguns
grupos de crianças fiquem fora da escola. Quanto ao fluxo, nos Anos
Iniciais, as taxas de reprovação já são bastante altas, e é necessário ob-
servar em que anos os alunos são mais retidos para o planejamento de
ações localizadas. Nos Anos Finais, a reprovação é mais problemática,
principalmente na transição entre as etapas.
Na edição de 2014, apresentamos os percentuais da
população de 7 a 14 anos e de 6 a 14 anos, na escola, por
Unidades Geográficas, como o objetivo de oferecer uma
visão do atendimento da população em idade adequada
para o Ensino Fundamental, considerando os modelos de
organização de 8 a 9 anos. Para monitorar esse indicador,
focalizando o período mais recente, atualizamos a informa-
ção para o ano de 2014 somente para a faixa etária de 6
a 14 anos, com base nos dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), segundo metodologia especí-
fica, utilizando os anos completos até 31 de março.
O Gráfico 8 mostra que tanto o Brasil quanto a Região
Nordeste e o estado de Pernambuco possuem o percentual
de 97% no ano 2014. Os indicadores do país apresentam
uma tendência de estabilidade, a região e o estado se apro-
ximando dessa situação, típico do efeito de aproximação da
meta de universalização (100%).
Gráfico 8. Percentual da população de 6 a 14 anos na escola por Unidades Geográficas - 2007 a 2014
90%
92%
94%
96%
98%
100%
2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Perc
entu
al d
a po
pula
ção
de 6
a 14
ano
s na
esc
ola
Brasil (6 a 14 anos) Nordeste (6 a 14 anos) Pernambuco (6 a 14 anos)
Percentual da população de 6 a 14 anos na escola
Fonte: Observatório do PNENota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.
No contexto da universalização, a população fora da
escola, por menor que seja, está sujeita a grandes desvan-
tagens sociais. Quanto maior o percentual da população
atendida pela escola, maiores riscos sociais correm os que
se encontram fora dela. O Gráfico 9 mostra a distribuição
de frequência à escola por faixa de renda mensal domiciliar.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
22
Gráfico 9. Percentual da população (6 a 14 anos) frequente à escola por Faixa de Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita - Pernambuco- 2014
100,0%
98,4%
98,2%
97,6%
99,0%
100,0% 100,0% 100,0%
98,9%
Semrendimento
Até ¼ saláriomínimo
Mais de ¼até ½ salário
mínimo
Mais de ½até 1 salário
mínimo
Mais de 1 até2 saláriosmínimos
Mais de 2 até3 saláriosmínimos
Mais de 3 até5 saláriosmínimos
Mais de 5saláriosmínimos
Semdeclaração
Fonte: Pnad 2014/IBGE.
Para dar continuidade ao monitoramento dos indicado-
res de rendimento, apresentamos os gráficos das taxas de
aprovação para os Anos Iniciais e Finais do Ensino Funda-
mental atualizados para o ano de 2014.
A taxa de aprovação, nos Anos Iniciais das escolas pú-
blicas de Ipojuca, tem apresentado importante elevação,
mas reduziu-se de 91% para 86% entre 2013 e 2014 – igual-
mente para a rede municipal. O Gráfico 10 ilustra essas in-
formações.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
23
Gráfico 10. Taxa de aprovação nos anos iniciais da Rede Pública e Municipal (Ipojuca) por Unidades Geográficas
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Taxa
de
Apr
ovaç
ão 1
º ao
5º
Ano
EF
Brasil Nordeste Pernambuco Ipojuca Ipojuca RM
Fonte: Saeb/INEP.
Para aumentar ainda mais a aprovação, deve-se recorrer a
ações específicas, com a identificação dos anos mais atingidos
pela reprovação. O Gráfico 11 detalha a taxa de aprovação de
cada ano do primeiro segmento do Ensino Fundamental, exclu-
sivamente, da rede municipal de Ipojuca. Nele pode-se obser-
var que o 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental possuem as
menores taxas de aprovação, com 81% e 80%. É preciso atentar
para essa questão, principalmente nesses anos.
Gráfico 11. Taxa de aprovação nos anos iniciais da Rede Municipal de Ipojuca por ano – 2014
97% 98%
81%80% 80%
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Fonte: Indicadores Educacionais/INEP.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
24
Para os Anos Finais do Ensino Fundamental, as taxas de
aprovação são mais reduzidas, em todas as redes analisa-
das. As escolas de Ipojuca são as que apresentam a menor
taxa de aprovação em 2014, como também as que mais os-
cilam nos últimos quatros anos, conforme podemos verificar
no Gráfico 12.
Gráfico 12. Taxa de aprovação nos anos finais da Rede Pública e Municipal (Ipojuca) por Unidades Geográficas
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Taxa
de
Apr
ovaç
ão 1º
ao
5º
Ano
EF
Brasil Nordeste Pernambuco Ipojuca Ipojuca RM
Fonte: Indicadores Educacionais/INEP.
Ao detalharmos a taxa de aprovação por ano dos Anos
Finais do Ensino Fundamental, exclusivamente para a rede
municipal de Ipojuca, observamos que as menores taxas es-
tão no 6º e 7º ano, respectivamente com 67% e 73%. Esses
anos precisam de atenção, mas não apenas eles, o 8º e o 9º
anos também apresentam baixos percentuais.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
25
Gráfico 13. Taxa de aprovação nos Anos Finais da Rede Municipal de Ipojuca por ano - 2014
67%
73%
80% 81%
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Fonte: Indicadores Educacionais/INEP.
Vale lembrar, tal como é possível encontrar no Caderno
SAEMI, edição anterior, a distorção idade-série de Ipojuca,
tanto nos Anos Iniciais quanto nos Anos Finais do Ensino
Fundamental, avançou de maneira significativa, numa pers-
pectiva comparada à realidade do Brasil, Nordeste e Per-
nambuco, para os anos de 2006 a 2014. Detalhadamente,
importa dizer que em relação aos Anos Iniciais, a menor dis-
torção apresentada foi a do país, em todo o período anali-
sado, e a maior distorção foi apresentada pelo município, no
início do período. Já nos Anos Finais, Ipojuca também apre-
senta as maiores taxas de distorção idade-série até 2012,
demonstrando melhora nos anos seguintes em relação aos
percentuais comparados.
Os estudantes, do Ensino Fundamental, da Rede Munici-
pal de Educação de Ipojuca, são avaliados ao final de cada
ano letivo. Desde 2013, por meio do SAEMI, aos gestores
educacionais de Ipojuca, têm sido colocadas informações
agregadas sobre o desempenho escolar, que, com isso, po-
derão orientar o planejamento de ações pedagógicas. Vale
lembrar que essas ações podem ser direcionadas tanto para
Ensino Fundamental regular quanto para a Educação de Jo-
vens e Adultos, pois o desempenho dos alunos da EJA tam-
bém é objeto de avaliação do SAEMI.
De maneira específica, a avaliação feita pelo SAEMI priori-
za as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Geografia,
História e Ciências da Natureza. As avaliações de Língua Por-
tuguesa e Matemática são aplicadas a estudantes do 4º, 6º ao
8º ano, e as provas de Geografia, História e Ciências da Natu-
reza são destinadas aos alunos do 5º ao 9º ano. Desse modo,
têm-se um importante desenho de avaliação capaz de produzir
dados significativos sobre o processo de ensino e aprendiza-
gem desenvolvido na rede municipal. Isso significa que Ipojuca
tem à sua disposição evidências que poderão subsidiar uma
reflexão coletiva sobre os fatores relevantes na educação es-
colar de suas crianças/adolescentes e demais sujeitos que se
encontram em situação de escolarização.
A Tabela 7 apresenta a totalidade e o percentual de estu-
dantes que participaram ao longo dos três anos da aplicação
da avaliação. Especificamente, trata-se de uma informação refe-
rente à Língua Portuguesa, do 4º, 6º ao 8º ano do Ensino Fun-
damental.
Como podemos verificar na tabela, a participação dos es-
tudantes nos testes tem aumentado gradativamente e isso re-
presenta um movimento positivo, pois mais alunos estão tendo
suas proficiências avaliadas. Todos os anos observados estão
com percentual de participação na faixa de 80% em 2015, sen-
do que o 4° ano apresenta a maior taxa, de 87,4%.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
26
Tabela 7. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015
Ano4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
N % N % N % N %
2013 1.367 78,7% 1.296 70,5% 1.309 74,4% 1.090 78,9%
2014 1.735 82,9% 1.178 75,9% 1.149 77,1% 1.055 80,8%
2015 1.331 87,4% 1.403 84,0% 1.036 82,5% 951 85,1%
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Na Tabela 8 estão descritos os cortes de medidas e os Padrões de Desempenho correspondentes para a disciplina de
Língua Portuguesa segundo os anos em análise.
Tabela 8. Tabela 8: Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa
Padrão 4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
Elementar I até 600 até 125 até 125 até 200
Elementar II 600 a 650 125 a 175 125a 175 200 a 235
Básico 650 a 750 175 a 210 175 a 210 235 a 270
Desejável acima de 750 acima de 210 acima de 210 acima de 270
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Os dados de proficiência média em Língua Portuguesa
dos alunos que cursaram entre o 4º e 8º anos nos anos de
2013 a 2015, evidentemente, considerando apenas os que
fizeram a avaliação, encontram-se sistematizados na Tabela
9. Ao lado da proficiência tem-se a informação do Padrão de
Desempenho, que consiste em representar a situação de
aprendizagem dos estudantes avaliados.
Conforme a Tabela 9, os estudantes que possuem um
Padrão de Desempenho mais elevado em 2015 são os do 7º
ano e se encontram no padrão Básico. Esse padrão indica
uma proficiência média que varia de 175 a 225 e está abaixo
da situação de aprendizagem esperada, representada pelo
padrão Desejável. Mas a situação é ainda mais desafiado-
ra para os outros anos apresentados, em especial para o
4º e 8º que possuem Padrão de Desempenho Elementar I.
Quanto ao 6º ano é observada uma estabilidade no padrão
Elementar II ao longo dos anos avaliados.
Tabela 9. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Língua Portuguesa – SAÍDA 2013 a 2015
Ano4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
2013 625,2 elementar II 161,5 elementar II 181,3 Básico 190,0 elementar I
2014 517,7 elementar I 169,7 elementar II 171,3 elementar II 177,0 elementar I
2015 527,7 elementar I 173,8 elementar II 176,6 Básico 174,0 elementar I
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
As próximas informações são relativas à proficiência dos
alunos na disciplina de Matemática. Antes, porém, apresen-
ta-se a totalidade e o percentual de participação a fim de
que a representatividade dos resultados possa ser avaliada.
A Tabela 10 informa que, assim como em Língua Portu-
guesa, a participação tem aumentado nos três anos avalia-
dos. Em 2015, em todos os anos em observação, a partici-
pação foi acima de 80%, com destaque para o 4º e 8º que
tiveram 87,4% e 85,1%, respectivamente.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
27
Tabela 10. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015
Ano4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
N % N % N % N %
2013 1.447 82,5% 1.339 73,4% 1.340 76,6% 1.084 79,4%
2014 1.735 82,9% 1.178 75,9% 1.149 77,1% 1.055 80,8%
2015 1.330 87,4% 1.403 84,0% 1.036 82,5% 951 85,1%
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A Tabela 11, por sua vez, apresenta a descrição dos cor-
tes de medidas e dos Padrões de Desempenho correspon-
dentes para a disciplina de Matemática, em conformidade
com os anos em análise.
Tabela 11. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental – Matemática
Padrão 4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
Elementar I até 450 até 150 até 150 até 225
Elementar II 450 a 550 150 a 185 150 a 185 225 a 245
Básico 550 a 650 185 a 220 185 a 220 245 a 280
Desejável acima de 650 acima de 220 acima de 220 acima de 280
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Após as informações de participação no teste e de des-
crição dos padrões, são apresentados a seguir os dados de
proficiência média em Matemática dos alunos dos anos ava-
liados. Conforme se verifica na Tabela 12, a proficiência média
dos estudantes dos diferentes anos indica Padrões de Desem-
penho situados no Elementar I e II. Segundo esses dados, os
estudantes do 8º ano tiveram resultados menos favoráveis, lo-
calizando-se no padrão Elementar I, nas três edições do Saemi.
Ainda sobre a Tabela 12, é importante observar que hou-
ve um avanço no Padrão de Desempenho dos estudantes do
4º ano entre 2014 e 2015. Esses estudantes se encontravam
no Elementar I e subiram para o Elementar II, o que representa
um movimento positivo no processo de aprendizagem. Além
disso, vale dizer que o 6º e o 7º anos se encontram no padrão
acima do Elementar I desde 2014.
Tabela 12. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 4º, 6º, 7º e 8º ano – Matemática – SAÍDA 2013 a 2015
Ano4º ano 6º ano 7º ano 8º ano
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
2013 542,9 elementar II 149,3 elementar I 182,6 elementar II 195,5 elementar I
2014 446,0 elementar I 157,2 elementar II 180,5 elementar II 197,4 elementar I
2015 458,6 elementar II 171,4 elementar II 184,4 elementar II 197,0 elementar I
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
As informações a seguir são relacionadas às disciplinas de
História, Geografia e das Ciências da Natureza. Em primeiro lu-
gar, é relevante dizer que História e Geografia passaram a ser
avaliadas em 2014, portanto, não há dados para 2013, ao con-
trário das Ciências da Natureza. Vale lembrar que a proficiência
média dos estudantes nessas disciplinas é avaliada em todo o
segundo segmento do Ensino Fundamental, ou seja, do 5º ao
9º ano. Dessa maneira, em conjunto com as informações de
Língua Portuguesa e Matemática, tem-se um olhar mais plural
face às disciplinas trabalhadas no Ensino Fundamental.
Em todas as avaliações, a participação tem sido entre 70%
e 80% nos anos em questão, e a tendência é de crescimento,
exceto para o caso de Ciências da Natureza no 7º ano de 2013
para 2014, que apresentou uma queda de menos de 1%.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
28
Tabela 13. Participação dos alunos do Ensino Fundamental nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Geografia, História e Ciências da Natureza – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
Geografia e História
Ano5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
N % N % N % N % N %
2014 1.426 83,3 1.201 77,2 1.141 76,7 1.043 80,0 926 77,0
2015 1.718 88,5 1.429 85,2 1.028 82,1 938 84,0 929 82,3
Ciências da Natureza
Ano N % N % N % N % N %
2013 --- 1.380 74,6 1.367 77,3 1.106 79,3 --- ---
2014 1.425 83,3 1.201 77,2 1.141 76,7 1.043 80,0 926 77,0
2015 1.718 88,5 1.429 85,2 1.027 82,1 938 84,0 929 82,3
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A próxima informação, presente na Tabela 14, é sobre
os Padrões de Desempenho correspondentes para as disci-
plinas que estamos analisando, segundo os anos avaliados:
Geografia, História e Ciências da Natureza
Tabela 14. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental – Geografia, História e Ciências da Natureza
Padrão 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Geografia e História
Elementar I até 225 até 225 até 225 até 250 até 250
Elementar II 225 a 275 225 a 275 225 a 275 250 a 325 250 a 325
Básico 275 a 375 275 a 375 275 a 375 325 a 400 325 a 400
Desejável acima de 375 acima de 375 acima de 375 acima de 400 acima de 400
Ciências da Natureza
Elementar I até 175 até 175 até 175 até 200 até 200
Elementar II 175 a 250 175 a 250 175 a 250 200 a 250 200 a 250
Básico 250 a 325 250 a 325 250 a 325 250 a 325 250 a 325
Desejável acima de 325 acima de 325 acima de 325 acima 325 acima 325
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
As proficiências médias dos estudantes avaliados se en-
contram sistematizadas nas tabelas a seguir. Optou-se por
apresentar separadamente cada disciplina para facilitar a lei-
tura e a compreensão dos dados de proficiência média e de
Padrão de Desempenho. A Tabela 15 informa esses dados
para o caso de Geografia.
Conforme a Tabela 15 mostra, as proficiências médias
dos estudantes do 5º, 6º, 7º e 9º estavam localizadas no pa-
drão Elementar II, em 2014 e 2015, enquanto os alunos do 8º
ano se encontravam no Elementar I. É importante destacar
que todas as proficiências tiveram crescimento de 2014 para
2015 e que a dos estudantes do 9º ano é a que se aproxima
um pouco mais do padrão Básico, superior ao Elementar II.
Tabela 15. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Geografia – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
Ano5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
2014 232,0 elementar II 226,8 elementar II 231,2 elementar II 237,6 elementar I 250,1 elementar II
2015 227,1 elementar II 230,0 elementar II 236,3 elementar II 238,9 elementar I 257,3 elementar II
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
29
Na sequência seguem as proficiências médias para a
disciplina História. Conforme a Tabela 16, em todos os anos
avaliados, o Padrão de Desempenho em que se localiza a
proficiência média dos estudantes é o Elementar II. Além
disso, observa-se que a tendência geral é de crescimento
da média, embora a mesma tenha aumentado apenas 0,6
pontos no 5º ano. Vale destacar que, em 2015, o ano que
estava mais próximo do padrão Básico era o 7º, segundo os
cortes de medida de desempenho apresentado na Tabela
14 para cada um deles.
Tabela 16. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – História – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
Ano
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
2014 244,0 elementar II 238,6 elementar II 243,7 elementar II 250,1 elementar II 250,1 elementar II
2015 244,6 elementar II 249,4 elementar II 252,9 elementar II 258,5 elementar II 273,9 elementar II
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Antes de apresentar os dados relativos à Educação de
Jovens e Adultos (EJA), é preciso observar as proficiências
médias alcançadas pelos alunos na avaliação de Ciências
da Natureza. A Tabela 17 sistematiza as proficiências médias
e os Padrões de Desempenho obtidos ao longo dos anos
avaliados.
Compreende-se que os estudantes do 8º ano apresen-
taram queda do padrão Elementar II para o I, enquanto os do
5º e 6º subiram de padrão. Assim como esses dois anos, o
7º e o 9º fecharam 2015 situados no Elementar II, ao passo
que nenhum conseguiu alcançar o padrão Básico. Contudo,
de maneira pormenorizada, observa-se que os estudantes
do 9º ano alcançaram 210,0 de proficiência em 2015 e, com
isso, foram os que mais se aproximaram do padrão Básico,
cuja proficiência varia de 250 a 325.
Tabela 17. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano – Ciências da Natureza – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
Ano5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
2013 --- --- 182,2 elementar I 198,2 elementar II 204,5 elementar II
2014 184,9 elementar I 179,1 elementar II 190,6 elementar II 199,7 elementar I 205,4 elementar II
2015 185,8 elementar II 186,5 elementar II 188,6 elementar II 195,6 elementar I 210,0 elementar II
Fonte: SAEMII – CAEd/UFJF.
As Tabelas 18 a 24 tratam de informações da Educação
de Jovens de Adultos avaliada pelo SAEMI. A EJA na rede
municipal de Ipojuca até 2015 estava organizada em quatro
divisões: EJA I, EJA II, EJA III e EJA IV. A primeira informação
é sobre a totalidade e o percentual de participação dos es-
tudantes nas avaliações. Nenhuma avaliação EJA apresen-
tou percentual de participação igual ou superior a 50%, em
qualquer ano avaliado. Além disso, exceto EJA I, houve que-
da na participação de 2013 para 2014. A EJA I e EJA II tiveram
participação superior a 45% em 2015.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
30
Tabela 18. Participação dos alunos da Educação de Jovens e Adultos nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Língua Portuguesa – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
AnoEJA I EJA II EJA III EJA IV
N % N % N % N %
2013 125 39,6% 118 39,5% 226 27,7% 255 32,0%
2014 256 41,2% 120 32,2% 226 26,7% 267 29,4%
2015 153 46,2% 223 48,2% 264 31,8% 357 39,8%
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
As Tabelas 19, 20, 21 e 22 apresentam a descrição dos cortes de medidas e dos padrões de desempenho correspon-
dentes à organização da EJA em análise.
Tabela 19. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA I – Língua Portuguesa e Matemática
Padrão Língua Portuguesa Matemática
Elementar I até 400 até 350
Elementar II 400 a 500 350 a 450
Básico 500 a 600 450 a 550
Desejável acima de 600 acima de 550
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Tabela 20. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA II – Língua Portuguesa e Matemática
Padrão Língua Portuguesa Matemática
Elementar I até 600 até 450
Elementar II 600 a 650 450 a 550
Básico 650 a 750 550 a 650
Desejável acima de 750 acima de 650
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Tabela 21. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA III – Língua Portuguesa e Matemática
Padrão Língua Portuguesa Matemática
Elementar I até 125 até 150
Elementar II 125a 175 150a 200
Básico 175 a 225 200 a 250
Desejável acima de 225 acima de 250
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
Tabela 22. Padrões de Desempenho para as avaliações do SAEMI – EJA IV – Língua Portuguesa e Matemática
Padrão Língua Portuguesa Matemática
Elementar I até 200 até 225
Elementar II 200 a 250 225 a 275
Básico 250 a 300 275 a 325
Desejável acima de 300 acima de 325
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
31
Os dados de proficiência, apresentados na Tabela 23
para os estudantes das diferentes EJA, informam uma maior
pluralidade em termos de Padrão de Desempenho na disci-
plina de Língua Portuguesa. Conforme a tabela, os estudan-
tes da EJA I saíram do padrão Elementar II, em 2013, para o
Desejável, em 2014, que se manteve em 2015. Essa tendên-
cia de melhora também se verifica na EJA II, especificamente
na passagem de 2014 para 2015, passando o Elementar I
para o II. Além disso, enquanto EJA IV se manteve no Ele-
mentar I, a EJA III apresentou queda no padrão em 2015,
pois saiu do Básico para o Elementar II.
Tabela 23. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Língua Portuguesa – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
AnoEJA I EJA II EJA III EJA IV
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. Média
Pad. de Desemp.
2013 498,3 elementar II 544,0 elementar I 179,3 Básico 195,1 elementar I
2014 647,7 desejável 598,6 elementar I 177,0 Básico 181,7 elementar I
2015 601,3 desejável 645,9 elementar II 163,8 elementar II 166,7 elementar I
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
A Tabela 24, última da série, apresenta os dados de
proficiência e Padrão de Desempenho dos estudantes das
EJAs em Matemática. Como é possível identificar, de 2014
para 2015, houve queda nas proficiências dos estudantes
das EJAs I e II, porém não foram suficientes para haver mu-
dança no padrão. Enquanto EJA I ficou no Desejável e EJA
II no Básico, padrões superiores da régua de desempenho,
EJA III e EJA IV tiveram Elementar II e Elementar I em 2015,
respectivamente.
Tabela 24. Proficiência média e Padrão de Desempenho nas avaliações do SAEMI – EJA I, II, III e IV – Matemática – SAEMI TRANSV. SAÍDA 2013/2015
AnoEJA I EJA II EJA III EJA IV
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
Prof. MédiaPad. de
Desemp.Prof. Média
Pad. de Desemp.
2013 462,7 Básico 559,3 Básico 173,9 elementar II 196,8 elementar I
2014 570,4 desejável 572,3 Básico 178,5 elementar II 191,9 elementar I
2015 569,2 desejável 555,0 Básico 176,7 elementar II 194,0 elementar I
Fonte: SAEMI – CAEd/UFJF.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
32
5GESTÃO DEMOCRÁTICA
A busca por uma gestão escolar democrática é um dos
principais desafios colocados aos gestores educacionais e
diretores de escolas. A meta 19 do Plano Nacional de Edu-
cação – PNE estabelece a necessidade de se assegurar as
condições necessárias para a plena efetivação da gestão
democrática da Educação, exigindo que todos os atores es-
colares e principalmente os gestores das escolas, se apro-
priem desse conceito e se instrumentalizem adequadamen-
te para que sejam capazes de articular a implementação de
uma gestão democrática.
Dentre outros aspectos, uma gestão democrática impli-
ca o compartilhamento do poder e o desenvolvimento de
ações capazes de propiciar o comprometimento dos envol-
vidos, a decisão e implementação de ações previamente
acordadas, a articulação de interesses coletivos de forma a
melhorar o projeto pedagógico, a qualidade do ensino, clima
organizacional, o estabelecimento de mecanismos de con-
trole público das ações e o desenvolvimento de processos
de comunicação clara entre comunidades escolar e local.
Essas são características tipicamente relacionadas a uma
gestão democrática e já apontadas pela literatura e por es-
tudos com dados educacionais como importantes para o
aprendizado dos estudantes.
É em razão dessa importância que os instrumentos con-
textuais buscaram captar a percepção dos professores e
diretores sobre a gestão democrática das escolas. A depen-
der das respostas, é possível ter uma noção do “grau de
democracia” na gestão. Ou seja, é possível mensurar se uma
dada escola é “muito” ou “pouco” democrática através da
aplicação de questionários específicos aos atores escolares.
Neste sentido, o Sistema de Avaliação Educacional
Municipal do Ipojuca (SAEMI) contou com um levantamento
de dados relativos à percepção de professores e diretores
referentes às práticas de gestão adotadas no ambiente es-
colar e seu alinhamento com valores democráticos que se
consubstanciam, entre outras coisas, na participação ativa
dos atores escolares no processo decisório, na transparên-
cia da gestão e na participação da comunidade em eventos
escolares.
A distribuição das respostas de professores e diretores
quanto ao grau de concordância com afirmações relaciona-
das à gestão democrática são apresentadas nos gráficos 14
e 15, respectivamente.
Começando pela análise do gráfico 14, podemos per-
ceber que, de modo geral, os professores avaliam positiva-
mente os diretores de suas escolas em relação às práticas
de gestão democrática. Assim, 66% discordam ou discordam
totalmente da afirmação de que o diretor resolve tudo sozi-
nho. Um nível similar de discordância é encontrado na afir-
mação de que o diretor consulta pouco os professores para
tomar decisões.
Um maior grau de heterogeneidade nas respostas foi
encontrado na afirmação de que o diretor da escola faz vá-
rias reuniões com os professores ao longo do ano. Assim,
28% dos professores disseram concordar totalmente com
essa afirmação, em contraste, esse mesmo percentual afir-
mou discordar da afirmação.
As três últimas afirmações, elencadas no gráfico, apre-
sentaram elevado grau de concordância por parte dos
professores. Assim sendo, 62% concordam ou concordam
totalmente com a afirmação de que os diretores só tomam
decisões após ouvir outros atores escolares, 58% estão de
acordo, parcial ou totalmente, com a afirmação de que o
diretor realiza o planejamento anual coletivamente. Por fim,
40% concordam totalmente com a afirmação de que o dire-
tor da escola é um bom gestor.
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
34
Gráfico 14. Percepção dos Professores acerca da Gestão Democrática
11%
13%
28%
25%
28%
40%
24%
27%
25%
37%
30%
40%
36%
37%
28%
24%
18%
12%
30%
23%
18%
14%
23%
7%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
O(A) diretor(a) resolve tudo sozinho na minha escola.
O(A) diretor(a) da minha escola consulta poucosprofessores para tomar suas decisões.
O(A) diretor(a) da minha escola faz várias reuniões com osprofessores ao longo do ano.
O(A) diretor(a) da minha escola só toma suas decisõesdepois de ouvir outros atores (professores, alunos pais etc).
O(A) diretor(a) da minha escola faz o planejamento anualcoletivamente.
O(A) diretor(a) da minha escola é um(a) bom (boa)gestor(a).
Concordo totalmente Concordo mais que discordo Discordo mais que concordo Discordo totalmente
Os diretores também responderam a questionamen-
tos que buscavam avaliar suas percepções sobre a gestão
escolar. Diferente do que foi verificado para o grupo dos
professores, as respostas dos diretores apresentaram a ten-
dência de se concentrar em alternativas que ocupam o ex-
tremo da distribuição de respostas possíveis. Uma hipótese
é a de que esse padrão pode estar relacionado a um fenô-
meno chamado “resposta socialmente desejável”, em que
o respondente assinala as alternativas seguindo um padrão
do que ele acredita ser a melhor resposta em termos sociais
ao invés de responder em conformidade com a realidade
vivenciada.
Com efeito, perguntas relacionadas a boas práticas de
gestão sobre o prisma de valores democráticos tiveram um
elevado grau de concordância. Por outro lado, afirmações
que se relacionam negativamente a gestão democrática ti-
veram elevado grau de discordância. Concretamente, 72%
dos diretores disseram concordar totalmente coma afirma-
ção “Acredito que sou um bom gestor”, um percentual ainda
maior, 80%, disse concordar totalmente com a afirmação de
que é obrigação dos pais buscar informações sobre o de-
sempenho dos estudantes.
As afirmações de que nem todos os resultados, deci-
sões e providências precisam ser informados e que o diá-
logo e a participação de outros atores escolares atrasam a
tomada de decisões, contaram com a discordância total de
56% dos diretores.
As três afirmações seguintes encontraram maior res-
paldo na opinião dos diretores. Assim, 71% dos diretores
declararam concordar totalmente com a afirmação “Faço
o planejamento anual coletivamente”. Adicionalmente, 63%
concordaram totalmente com as afirmações “Só tomo mi-
nhas decisões depois de ouvir professores, alunos e pais” e
“Faço várias reuniões com os professores ao longo do ano”.
As afirmações “Consulto poucos professores para tomar
minhas decisões” e “Resolvo tudo sozinho na minha escola”
tiveram elevado grau de discordância entre os diretores. Os
percentuais de discordância total dessas afirmações foram,
respectivamente, 77% e 95%.
CADERNO DE GESTÃO SAEMI 2015
35
Gráfico 15. Percepção dos diretores acerca da Gestão Democrática
2%
63%
63%
71%
13%
5%
80%
72%
8%
29%
34%
25%
13%
11%
16%
28%
5%
14%
6%
3%
5%
19%
29%
2%
95%
77%
2%
56%
56%
3%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Resolvo tudo sozinho(a) na minha escola.
Consulto poucos professores para tomar minhas decisões.
Faço várias reuniões com os professores ao longo do ano.
Só tomo minhas decisões depois de ouvir professores,alunos e pais.
Faço o planejamento anual coletivamente.
O diálogo e a participação de outros atores escolaresatrasam a tomada de decisões.
Nem todos resultados, decisões e providências precisam serinformados.
É obrigação dos pais buscar informações sobre odesempenho dos estudantes.
Acredito que sou um(a) bom(boa) gestor(a).
Concordo totalmente Concordo mais que discordo Discordo mais que concordo Discordo totalmente
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
36
6CONSIDERAÇÕES FINAIS
SAEMI 2015 CADERNO DE GESTÃO
38
O caderno de gestão do SAEMI 2015 sintetizou a realidade do sistema edu-
cacional, por meio de indicadores criteriosamente selecionados, com intuito de
favorecer uma gestão baseada em fatos e evidências. Os gestores inseridos no
sistema educacional bem como a forma com que conduzem suas ações, estão
intimamente relacionados com os indicadores de desempenho e contexto dentro
do ambiente escolar. Neste sentido, levantar características da gestão, bem como
a percepção acerca de como as ações estão sendo conduzidas faz-se crucial
para o desenvolvimento de novas estratégias e modelos de atuação da gestão
escolar. Consideramos que o desafio da gestão educacional é pensar em formas
de atuação mais democráticas visando à inclusão dos atores escolares e comu-
nidade nas tomadas de decisões no que diz respeito ao ambiente de atuação.
Dessa forma, os avanços em relação ao desempenho e a qualidade da educação
ofertada podem ser influenciados significativamente.
Reitor da universidade Federal de juiz de ForaMarcus Vinicius David
coordenação Geral do caedLina Kátia Mesquita de Oliveira
coordenação da unidade de pesquisaTufi Machado Soares
coordenação de análises e publicaçõesWagner Silveira Rezende
coordenação de design da comunicaçãoRômulo Oliveira de Farias
coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo
coordenação de Instrumentos de avaliaçãoRenato Carnaúba Macedo
coordenação de medidas educacionaisWellington Silva
coordenação de monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos
coordenação de operações de avaliaçãoRafael de Oliveira
coordenação de processamento de documentosBenito Delage
Reitor da universidade Federal de juiz de ForaMarcus Vinicius David
coordenação Geral do caedLina Kátia Mesquita de Oliveira
coordenação da unidade de pesquisaTufi Machado Soares
coordenação de análises e publicaçõesWagner Silveira Rezende
coordenação de design da comunicaçãoRômulo Oliveira de Farias
coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo
coordenação de Instrumentos de avaliaçãoRenato Carnaúba Macedo
coordenação de medidas educacionaisWellington Silva
coordenação de monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos
coordenação de operações de avaliaçãoRafael de Oliveira
coordenação de processamento de documentosBenito Delage
Ficha catalográfica
Ipojuca. Secretaria Municipal de Educação.
SAEMI – 2015/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 4 ( jan./dez. 2015), Juiz de Fora, 2015 – Anual.
Conteúdo: Caderno de Gestão
ISSN 2318-7263
CDU 373.3+373.5:371.26(05)