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Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

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Page 1: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Tanatologia

Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Page 2: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

TANATOLOGIA - do grego tanathos (morte) + logia (estudo)

MORTE: do latim "mors, mortis" , de "mori" (morrer)

CADÁVER: do latim "caro data vermis" (carne dada aos vermes)

Page 3: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

TanatologiaEstudo da morte

causascircunstânciasfenômenosrepercussões jurídico-sociais

MorteCessação total e permanente das funções vitais (assíncrona)

cerebralrespiratóriacirculatória

Page 4: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Diagnóstico de morte

Morte EncefálicaComprometimento irreversível da vida de relação e coordenação da vida vegetativa

Morte Cerebral ou corticalComprometimento da vida de relação

Page 5: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

CLASSIFICAÇÃO DA MORTEQuanto à extensãoCelular ou histológica

Inutilização dos sistemasmembrana celularmetabolismo energéticosíntese de proteínas

Seqüências de eventosalteração bioquímicaalterações morfológicas das organelas visíveis ao microscópio eletrônicoalterações morfológicas das organelas visíveis ao microscópio ópticoalterações morfológicas visíveis a olho nu (conjunto de células – necros

Morte anatômicaMorte do organismo como um todo, seguida da morte dos tecidos

Primeiros a morrer: células nervosasÚltimos a morrer: fâneros (cabelos e unhas)

Page 6: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

CLASSIFICAÇÃO DA MORTEQuanto à reversibilidadeMorte aparente

Estados patológicos que simulam a morteIntenso embotamento das funções vitais

InconsciênciaBatimentos cardíacos imperceptíveisMovimentos respiratórios imperceptíveis ou ausentes

Exemploscoma epilépticocatalepsiaestados sincopaismorte aparente do recém-nascido

Mais comum pela ação de energias externas:asfixiaenvenenamentoseletroplessãofulguração

CPP Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Page 7: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

CLASSIFICAÇÃO DA MORTEQuanto à reversibilidade

Morte relativaParada efetiva e duradoura das funções

nervosasrespiratóriascirculatórias

Reversível por manobras terapêuticas extraordinárias

Morte intermédiaOcorre reaparecimento de alguns sinais vitais após manobras, podendo haver vida artificial por algum tempo

Morte absoluta ou realAusência definitiva de todas as atividades biológicas

Page 8: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

CLASSIFICAÇÃO DA MORTEQuanto à causa jurídica

Morte naturalEstado mórbido adquirido ou perturbação congênita

Morte violentaCausas externas de instalação abrupta (exceção: envenenamentos crônicos)

acidentalcriminosaVoluntária

Morte suspeita

Quanto ao processamentoMorte súbitaMorte agônica

Page 9: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

CONCEITOS IMPORTANTESMorte reflexa

Irritação nervosa de origem externaProvoca, por via reflexa, a parada definitiva das funções respiratórias e circulatórias

Ordem das Mortes

ComoriênciaÓbito simultâneo de partícipes no mesmo eventoCCB: Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

PrimoriênciaPossibilidade de determinar quem morreu primeiro

SobrevivênciaDecurso de tempo entre a lesão fatal e a morte

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Fenômenos cadavéricos

Durante a putrefação do cadáver, alguns fenômenos ocorrem e, didaticamente denominam-se

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Fenômenos abióticos imediatos

Perda da consciênciaInsensibilidade geral e dos sentidosImobilidade e abolição total do tônus muscular

máscara da morte (fácies hipocrática = moribundo)inérciarelaxamento esfinctéricomidríase (dilatação pupilar)

Cessação da respiração

Cessação da circulaçãoausculta cardíaca – Prova de Bouchutradioscopia do coração - Sinal de Pigaeletrocardiografia com ou sem ativação adrenalínica - Prova de Guérin e Fracheglobo ocularesvaziamento da artéria central da retinainterrupção da coluna sangüínea das veias retinianasdescoramento da coróideparada completa da rede superficial da retina

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Fenômenos abióticos consecutivos

Cor opaca da córnea

•Instalam-se a partir da morte•Indicam a realidade da morte

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Desidratação cadavérica

perda de pesofetos e recém-nascidos - até 8g/Kg/dia - nas primeiras horas até 18 g/Kg/dia

pergaminhamento da peledessecação cutâneaendurecimento cutâneotonalidade pardacenta ou parda-avermelhadaestrias decorrentes de arborizações vasculares

dessecamento labial e mucosomais intenso em recém-nascidos e criançaslábios se tornam duros e pardacentospode simular ações traumáticas ou cáusticas

modificação dos globos ocularestela viscosa - sinal de Stenon-Louisdiminuição ou perda da tensão do globo ocular - Sinal de Louisturvação da córnea transparentemancha negra da esclerótica - livor sclerotinae nigricencens - Sinal de Sommer e Larchermancha de cor enegrecida devido à transparência do pigmento coroidianocircular ou oval, raramente triangular. no quadrante externo do olhoapós 8 horas da morte, deformação da íris e pupila à pressão digital - Sinal de Ripault

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Algor Mortis – Resfriamento corporal

tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, progressivo e não uniformeesfriamento médio de 1,5º/h

alterações na velocidade do resfriamentomais lento

obesosenvoltos em roupas ou cobertoresambientes fechados ou sem circulação de arvítimas de insolacão, intermação, envenenamento e doenças infecciosas agudas

mais rápidocrianças e velhosdoenças crônicas e grandes hemorragias

termômetro retalNecrômetro de BouchutTanatômetro de Nasseintroduzido 10cm

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ModalidadesManchas de hipóstase cutâneasLivores viscerais

pulmõesfígado rinsbaçointestinosEncéfalo

fenômenos constantes - exceção em grandes hemorragiasregiões inferiores do cadáver exceto regiões de pressão - exceção: livores paradoxosforma de placas - exceção: púrpuras hipostáticas

mecanismoparada da circulaçãoação da gravidadeacúmulo sanguíneo intravascular nas partes mais baixas do corpo - exceção: regiões de pressãoinício em algumas regiões que se coalecem

continua

Livor Mortis

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Livores de hipostase em dorso.Óbito por estrangulamento.

Livor de hipostase em cadáver que permaneceu em decúbito ventral.

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Livores de hipostase no dorso.

Livores de hipostase em disparo encostado.

Page 20: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Livor mortis

coloraçãoregra: violáceaexceções

asfixia por monóxido de carbono - vermelho, róseas ou carminadasenvenenamento metahemoglobinizantes - marrom-escuro

cronologiaaparecimento: 2 a 3 horas após a mortefixação 8 a 12 horas

permanece na mesma posição caso se vire o cadáverpermite diagnóstico de alteração da cena do crime

pessoas de cor negra os livores podem não ser evidenciados colorímetro de Nutting - espectroscópio de colimador espectral e de luneta ocular

diagnóstico diferencial com equimoseincisar e perceber que o livor flui

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Rigor Mortis

Mecanismoapós a morte: um relaxamento muscular generalizadohipóxia celularnão formação de ATPalteração da permeabilidade das membranas celularesformação de actomiosinaação da glicólise anaeróbicaacúmulo de ácido láctico

Ordem de aparecimento - Lei de Nysten – Sommerface, mandíbula e pescoçomembros superiores e troncomembros inferioresdesaparecimento na mesma ordem

Cronologiaaparecimento - 1 a 2 horas após a mortegrau máximo - 8 horasdesfazimento - 24 h

início da putrefaçãocoagulação das albuminasacidificaçãoquebra do sistema coloidal

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Fenômenos cadavéricos

Espasmos cadavéricos

fenômeno controverso e raro

manutenção da última posição da vítima antes de morrer

se mantém até a instalação da rigidez muscular

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Ainda sobre Fenômenos cadavéricos

Fenômenos abióticos transformativosDestrutivos

Conservadores

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Fenômenos abióticos transformativos destrutivos

destrutivosautóliseputrefaçãomaceração

conservadoresmumificaçãosaponificaçãocalcificaçãocorificação

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Autólise

Fenômenos putrefativos anaeróbicos intracelularesMecanismo

Diminuição da oxigenação e nutrição celularMetabolismo anaeróbicoAcúmulo de ácido lático - Acidificação - diminuição do PhRompimento de organelas citoplasmáticas - lisossomosLiberação de enzimas proteolíticasProcesso sem participação bacteriana

Células mais afetadas - as que possuem mais enzimasmucosa gástricamucosa intestinalPâncreas

FasesLatente - alterações citoplasmáticasNecrose - alterações nucleares

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PutrefaçãoMancha verde abdominal

Primeiro local da fase de coloraçãoFossa ilíaca direita

o ceco é a parte mais dilatada e livremaior acúmulo de gasesproximidade com a parede abdominalconcentração de bactérias

Mecanismo e evoluçãoatividade bacteriana - Clostrídium welchiiformação de metano, gás carbônico, amônia e mercaptanos, gás sulfídricogás sulfídrico + hemoglobina = sulfohemoglobina ou sulfometahemoglobina = verdeprogressão por todo o corpoescurecimento progressivo - verde enegrecido a negro

A cabeça fica muito negraPigmentação intra-abdominal por pigmento biliarEnegrecimento de parte das vísceras maciças em contato com o intestino grossoNos fetos

início pela parte superior do tórax, face e pescoçoconteúdo intestinal estérilbactérias nas vias aéreas

Nos afogadoscabeça e parte superior do tórax

posição do cadáver com a cabeça para baixo

Cronologia do aparecimentoverão - 18 a 24hsinverno - 36 a 48

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Fase gasosa

Cronologiaperceptibilidade - 48 a 72 horasgrau máximo - 5 a 7 dias

Mecanismoação de bactérias saprófitas

Formação de gases da putrefação - inflamáveisdecomposição protéica

liberação de compostos nitrogenados - ptomaínas (odor desagradabilíssimo)Aumento da pressão abdominal

prolapso do útero - eventual parto post-mortemprolapso do retoelevação do diafragma

compressão pulmonar - saída de líquido avermelhado pela boca e narinassangue proveniente do rompimento alveolar

continua

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Ainda fase gasosa

Superfíciedestacamento total da epidermeperda de fânerosbolhas epidérmicas de conteúdo líquido hemoglobínico - baixo teor protéicocirculação póstuma de Brouardel

pressão sobre grandes vasosescoamento passivo do sangue periferiadestacamento da epidermecoloração escura do sangue36 e 48 horas após a morte

Aspecto gigantescoprotusão ocularprotusão lingualdistensão dos órgãos genitais masculinosposição de lutador

Vísceras maciçasamolecimentosuperfície de corte com numerosas pequenas cavidades - queijo suíço

continua

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Ainda fase gasosa

Coraçãoamolecido, pardo, com creptação

Pulmõescolabados - pardos escuros ou cinza enegrecidocavidades pleurais - até 200 ml. de líquido pardo-escuro

Cérebroperda da estrutura - "derretimento"massa pegajosa cinza escura

Fim fase gasosa

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Circulação póstuma de Brouardel.

Page 32: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Bolha sub-epidérmica com conteúdo hemoglobínico

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Bolha sub-epidérmica com conteúdo hemoglobínico.Circulação póstuma de Brouardel.

Page 34: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Fase gasosa da putrefação

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Circulação póstuma em cadáver de cerca de 72 horas do óbito.

Page 36: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Início da fase gasosa.Descolamento epidérmico com gás em seu interior.

Page 37: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Fase de Coloração

Mancha verde abdominalPrimeiro local da fase de coloraçãoFossa ilíaca direita

o ceco é a parte mais dilatada e livremaior acúmulo de gasesproximidade com a parede abdominalconcentração de bactérias

Cronologia do aparecimentoverão - 18 a 24hsinverno - 36 a 48

Mecanismo e evoluçãoatividade bacteriana - Clostrídium welchiiformação de metano, gás carbônico, amônia e mercaptanos, gás sulfídricogás sulfídrico + hemoglobina = sulfohemoglobina ou sulfometahemoglobina = verdeprogressão por todo o corpoescurecimento progressivo - verde enegrecido a negro

continua

Page 38: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos

Continuação fase de coloração

A cabeça fica muito negraPigmentação intra-abdominal por pigmento biliarEnegrecimento de parte das vísceras maciças em contato com o intestino grossoNos fetos

início pela parte superior do tórax, face e pescoçoconteúdo intestinal estérilbactérias nas vias aéreas

Nos afogadoscabeça e parte superior do tórax

posição do cadáver com a cabeça para baixo

Page 39: Tanatologia Nós que aqui estamos, por vós esperamos
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Mancha verde abdominal. Óbito há 48 horas

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Fase de coloração em evolução.Cadáver com cerca de 72 do óbito.

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Fase coliquativa

Dissolução pútrida do cadáver - deliqüescência cadavéricaDesintegração de partes moles

redução do volumedeformaçãoliberação dos gases

Inúmeras larvasCronologia

extremamente variávelinício - 3 semanas após o óbitotérmino - vários meses

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Fase coliquativa

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Apesar da putrefação, é possível visualizar a cicatriz abdominal mediana e o fio de sutura azulado

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Fase de esqueletização

Fase que se mescla à coliquativaFinal do processo destrutivo cadavéricoResultado final é o esqueleto livre de partes molesCronologia muito variável

início - terceira a quarta semanatérmino - seis mesesfatores

climaambiente (+ fauna cadavérica)

ar livreinumaçãosubmersão

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Dentição de cadáver inumado por mais de 30 anos.

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Maceração

Assépticafetos mortos retidos, a partir do 5º mês de gestação

fetos mais precoces podem ser reabsorvidos, mumificados ou calcificadosSéptica

fetos intra-uterinos de cadáveresalguns autores incluem a putrefação sob imersão

Cronologiapoucas horas após a morte fetal

menor aderência epidérmica3 a 5 dias

formação de bolhas epidérmicas com líquido avermelhadocoalescência das bolhasdestacamento cutâneoderme avermelhada expostadestacamento do couro cabeludo

Evoluçãodiminuição da consistência corporalachatamento ventraldescolamento dos ossos dos tecidosgrande possibilidade de contaminação

Continua

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Continuação maceração

Tabela de F.A. Laugleygrau 0 - m < 8 horas

pele com aspecto bolhosograu 1 - 8 < m < 24 horas

epiderme começa a descolargrau 2 - m > 24 horas

extenso descolamento epidérmico - efusões avermelhadas em cavidadesgrau 3 - m > 48 horas

fígado amarelo-amarronzado, efusões turvas

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Maceração fetal intra-uterina

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Fenômenos abióticos transformativos conservadores

Adipocera

Mumificação

Corificação

Calcificação

Congelação

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Adipocera - saponificação

Fenômeno conservador transformativo raroAspecto de cera

consistência untuosa, mole e quebradiçacheiro rançoso adocicadocoloração amarelado, róseo ou acinzentado

Cronologiapode surgir após a primeira semanaperceptível aos 3 meses (GVF: 6ª semana)Aparece após estágio relativamente avançado de putrefação

necessidade ação bacteriana (principalmente do gênero Clostridium)hidrólise de gorduras neutras (triglicerídio) para a liberação de ácidos graxostransformação do ácido oléico em hidroxiesteárico e oxiesteárico

Geralmente limitado a algumas partes do cadáverPredisponentes

obesoságua estagnada e pouco correntesolo argiloso e úmidodifícil acesso ao ar atmosféricocomum em valas comuns

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Mumificação

Meio quente, arejado e secoinviabilidade bacteriana

desidrataçãorápidaintensa

Mais comummagroscrianças

Examepeso e volume reduzidospele

onduladaendurecidaaspecto de courocoloração pardasoa como cartão ao toque

Às vezes parcialsegmentos, em geral os de menor diâmetro: mãos e pés

Pode possibilitarexame de lesõesidentificação

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Corificação

Extremamente raro

Relatado por Della Volta em 1985

cadáveres recolhidos em ataúdes metálicos herméticos, principalmente de zinco

pele de cor e aspecto do couro curtido recentemente

abdome achatado e deprimido

musculatura e tecido subcutâneo preservados

líquido viscoso e turvo castanho-amarelado na urna

órgãos amolecidos e conservados

possibilidade de exames histopatológicos

possibilidade de exames toxicológicos

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Calcificação

Fenômeno conservador muito raroPetrificação ou calcificação corporalForma intra-uterina

forma mais comumocorre na morte fetal retida

litopédios - criança de pedraForma extra-uterina

raríssimomecanismo

putrefação muito rápidaassimilação de sais calcários pelo esqueletoresultado de aparência pétrea e grande peso - (fóssil)

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Congelação

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Lesões animais post-mortemVários animais produzem alterações post-mortem nos cadáveres.Animais de médio e grande porte são responsáveis por espalhar fragmentos por uma área considerável.

Óbito por causas não violentasCausas naturais são aquelas em que a instalação é lenta e, de certa forma, endógena.

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Apontamentos

Croce

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Calendário tanatológicoAcontecimento Observação Ocorrência

Corpo quente, flácido e sem livores -2 h

Rigidez Face, nuca mandíbulaMúsculos tóraco-abdominaisMembros superioresGeneralizada

1-22-4 h4-6 h+8 -36

Manchas de hipostases InícioFixação macroscópica

2-3 h8-12 h

Mancha verde abdominal 18-12 h

Extensão da mancha verde 3-5 dias

Flacidez InícioGeneralizada

36 h+ 48 h

Mancha verde e flacidez total + 48 h

Gases de putrefação 9-12 h

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Acontecimento Observação Ocorrência

Fauna cadavérica 1 legião2 legião34567

8

8-15 dias15 – 20 dias3 – 6 meses10 meses10 meses10-12 meses12 – 24 meses+ 36 meses

Esqueletização + 36 meses

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Calendário ósseoCaracterísticas Tempo em anos

Ossos recoberto de mofo 2-4

Canal medular revestido por camada enegrecida 6-8

Desaparecimento dos ligamentos e cartilagens +5

Desaparecimento das graxas dos ossos 5-10

Canal medular tão branco quanto a superfície +10

Persistência de restos de polpa dentária Até 14

Desaparecimento da polpa dentária 16-20

Desaparecimento dos canais de Havers +20

Osso quebradiço, frágil e superfície porosa +50

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