tar – teoria ator-rede
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TAR – Teoria Ator-Rede. Aspectos do curso Novas Tecnologias e as Formas de Subjetivação Profª Rosa Pedro – UFRJ Dias 20 e 21 de Agosto de 2007 PUC RS. B. Latour; M. Callon; J. Law são os principais autores em TAR Nos habituamos a pensar polaridades , por exemplo: Objeto – Sujeito - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
TAR – Teoria Ator-Rede
Aspectos do curso Novas Tecnologias e as Formas de Subjetivação
Profª Rosa Pedro – UFRJDias 20 e 21 de Agosto de 2007
PUC RS
• B. Latour; M. Callon; J. Law são os principais autores em TAR
• Nos habituamos a pensar polaridades, por exemplo: Objeto – Sujeito
• Nos colocamos num dilema: – a Mídia ajuda a vida ou aliena?
• Justamente porque estes meios técnicos estão entre nós é que podemos nos ver em sociedade.
Ciência é sempre INTERessadaNos cabe fazê-la INTERessante
Inter – entre:
• olhar o que se passa entre o Sujeito e Objeto,
• olhar o que conecta.
Livro Jamais Fomos Modernos de B Latour
•Modernidade não é um tempo, é uma atitude de separar em categorias:
Natureza __________ Sociedade
•A operação de separação é correlata da Hibridificação•A Modernidade produz a todo o tempo: misturas e categorizações
• O que é objeto da Ciência? Tudo o que está na Natureza e assim, produz-se uma outra categorização:
Humanos __________ Não-humanos
•Na atitude de misturar e separar há um equilíbrio: quanto mais separa em categorias, mais aparecem misturas;
quanto mais mistura, mais separa em novas categorias.
Como
tratar
este
espaço?
O que produz aceleração das misturas?
Os Artifícios – desde a alavanca e o martelo....– são as tecnologias, os objetos artificiais... – são uma extensão,– começam a ser produzidos e desafiam:
são algo que não só nos ampliam, como também tentam nos substituir, e
– a disposição dos objetos mostra o funcionamento das relações sociais
(exemplo: disposição dos objetos na sala de aula)
Pensar a Modernidade como atitude, e não como um tempo, abre possibilidades:
pensar a atualidade como jogo de atitudes que permanece em nós.
– A Ciência é um modo de lidar com as misturas e categorias.
– Problema: a Ciência se determinou como autoridade. – Isabelle Stengers: Ciência criou modo/dispositivo de
validá-la e desvalidar os outros conhecimentos. • Sempre que alguém provar que também é ciência, já está
capturado por este modo/dispositivo”.
Por exemplo: um carro tem desde dispositivos hightech até os mais antigos (roda).
Pré-Moderno______Moderno______Pós-Moderno
São 2 Problemas:• tentar manter a linearidade, pois fazemos
acumulações,• pensar que “porque venho depois, sou
melhor” (cada etapa alcança o seu melhor)
Misturadores de tempo: porque não podemos nos pensar assim?
Latour trabalha um exemplo: o que se passava num laboratório com Boyle e o que
se passava na política com Hobbes Boyle Hobbes
precisava comprovar experimentos no laboratório, representação/ comprovação. Qual a garantia de que não há manipulação em um experimento? O objeto garante e o público vê. A confiabilidade está dada por um não-humano, por um objeto, diante de testemunhas confiáveis (outros pesquisadores, comunidade científica). Há uma mistura de humanos e não-humanos.
Representação dos cidadãos pela figura do Soberano. O Estado e a Constituição são os não-humanos fazendo força na relação.
• Os objetos, os não-humanos não são apenas instrumentos. – São mediadores, têm uma ação, têm força
na relação. São ATORES. – Os tubos no laboratório e a Constituição do
Estado dão testemunho de fé. – O não-humano é ator, pois tem ação,
desloca, transfere, produz sentido.
• Para a Sociologia isso é impensável, autores/atores estão somente na sociedade.
Livro Luzes, Latour entrevista Serres:• Para Serres, quando se fala em interdisciplinar,
se pensa em encaixe. – Interdisciplinar não é algo dado, é o trabalho de
produzir um espaço que não está dado, que não existe.
• Se você juntar duas áreas, fará uma produção interdisciplinar.
• Se eu juntar as mesmas duas áreas, posso não ter o mesmo resultado, farei outra produção interdisciplinar.
• Serres buscou em Hermes a base da idéia de tradução/translação na idéia de comunicação – informação.
• Para Callow, tradução é transformação.
• Para Law, tradução é traição.
• Para Serres, tradução é criação/invenção, novas associações. Isso inverte a tradição da comunicação que é transmissão, marcada pela fidedignidade.
• Só há comunicação, quando há transformação.
• Tradução: condição para que haja cultura (não é um dado, não existe por si). – Para Latour, a cultura se dá por atritos,
encontros, hibridismo. Para Serres, cultura é o lugar da mestiçagem. O saber é mestiço.
Latour – características principais: 1) Dispositivo: diz que a noção de dispositivo é muito
próxima de rede: novelo, malha, linhas, naturezas diferentes que possibilitam regimes de visibilidade. Quais dispositivos estão em ação poder-saber?“Idéia de dispositivo é prima-irmã da idéia de rede”.
2) Bottow-up: examinar as práticas para chegar aos efeitos.Novo é um processo, que nós estamos sempre nos
tornando. No limite – não há novo (produto), no limite há sempre
novo (processo).
Diz que Foucault só olha as relações de poder entre homens. Então pergunta: e os não-humanos?
Se reconhece mais em Deleuze:“Eu acho que rizoma é o melhor nome para rede.”
• O que compõe o social não é sua essência, são multiplicidades que se conectam igual ao social, mas podem se conectar de outras formas. – O social é um efeito interessante, mas não
necessário para continuidade dos elementos. A estabilidade dessas associações é precária.
• Quer entender a sociedade? Não olha para cima, não busca as leis. Olha para baixo, olha as práticas, microsociologia.
• O social não tem uma essência, é composto por articulações de heterogeneidade, de associações, tem propriedades, mas nada define o social como essência.
• Quer compreender a rede? Siga o ator. • Quer compreender o ator? Siga o caminho
que ele fez, olha as conexões feitas, olha as inscrições no caminho, regras, estatísticas. Entender como é a prática, como se expressa? Percorrer o traçado, desenhar a rede = cartografar. (Exemplo – seguir a professora Neusa para entender como se dá o seu trabalho realmente!)
• Rastrear os movimentos do ator na rede e encontrar as controvérsias.
• Porém no momento em que se escreve, também faz parte: é recursivo.
Pontos Importantes sobre como produzir cartografias:
1) Atitude não-moderna:Desdobra ao invés de desvelar,Acrescenta ao invés de amputar,Confraterniza ao invés de denunciar.
Ao escrever um texto, há a nossa participação. Ao cartografar, o pesquisador entra na rede.
Pontos Importantes sobre como produzir cartografias:
2) Porque só há produção sobre como o sujeito produz o objeto?
Na separação entre Suj/Obj e Natureza/Cultura há hierarquias. E o inverso? Porque não há uma produção um pouco mais simétrica?
Pontos Importantes sobre como produzir cartografias:
3) As redes são produções de geometrias variáveis e diferem dos actantes nas atribuições, das propriedades, nas mobilizações. Há alianças e agenciamentos, figuras móveis, nunca são iguais. Diferem no tamanho, se estendem de aparecem globais/universais mas são sempre locais.
Pensar se é local ou global é menos interessante do que olhar os agenciamentos.
Para se compreender o humano, há de se ter atenção ao não-humano e devolver.
Atenção aos agenciamentos partilhados com não-humanos. Isolar o humano é perdê-lo pois ele só é compreensível com o não-humano.
ATOR – REDE• A palavra ator desloca para o social• A palavra rede desloca para o técnico• E o hífen, problematiza!
• Para Latour, chamar de teoria é um problema, ele prefere chamar de método, atitude, modo de apreensão do que teoria. Espírito da coisa: entrar num campo de compreensão.
Sujeito: eu sou o que sou pela articulação com conexões que se formam numa
temporalidade e espacialidade.
O sujeito não é definido somente por sua interioridade. Outra forma de
subjetividade que é produzida na exterioridade. Por exemplo ORKUT, expressão da minha subjetividade.
Paul Virilio diz: estamos substituindo o tempo da reflexão pelo tempo do reflexo.
Diagrama impossível: 5 movimentos para pensar a rede
TRADUÇÃO (em alguns textos é translação)1. Transformação: ao longo da rede2. Permutação: propriedades são trocadas
entre H e NH3. Recrutamento: como a rede recruta,
aciona4. Mobilização: como a rede de expande,
exporta, se torna mais forte5. Deslocamento: direção que a rede vai
tomando, os coletivos vão tomando formas novas