taxas para alimentos nÃo saudÁveis e renÚncia...
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RAFAEL M. CLARO
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e SaúdeFaculdade de Saúde Pública/ Universidade de São Paulo
TAXAS PARA ALIMENTOS NÃO
SAUDÁVEIS E RENÚNCIA FISCAL PARA
ALIMENTOS SAUDÁVEIS: POSSÍVEIS
IMPACTOS PARA O SUS
44,3
37,1
18,6
44,7
33,7
21,6
39,8
32,3
27,9
39,2
30,4 30,4
0
10
20
30
40
50
Alimentos in natura ouminimamente processados
Ingredientes culinários processados Alimentos ultra-processados
%
1986/7
1995/6
2002/3
2008/9
Contribuição relativa (%) dos grandes grupos de alimentos no total decalorias provenientes da aquisição domiciliar de alimentos. RegiõesMetropolitanas do Brasil – 1986 - 2009
TENDÊNCIA SECULAR DO DÉFICIT E DO EXCESSO DE PESO
ADOLESCENTES MENINOS
10,15 5,3 3,73,7
7,7
16,721,7
0
10
20
30
40
50
60
1975 1989 2003 2008
%
DÉFICIT DE PESO EXCESSO DE PESO
TENDÊNCIA SECULAR DO DÉFICIT E DO EXCESSO DE PESO
ADOLESCENTES MENINAS
5,1 2,7 4,3 37,6
13,9 15,119,4
0
10
20
30
40
50
60
1975 1989 2003 2008
%
DÉFICIT DE PESO EXCESSO DE PESO
TENDÊNCIA SECULAR DO DÉFICIT E DO EXCESSO DE PESO
HOMENS ADULTOS
7,2 3,82,8 1,8
18,6
29,5
41
50,1
0
10
20
30
40
50
60
1975 1989 2003 2008
%
DÉFICIT DE PESO EXCESSO DE PESO
TENDÊNCIA SECULAR DO DÉFICIT E DO EXCESSO DE PESO
MULHERES ADULTAS
10,25,8 5,4 3,6
28,6
40,7 39,2
48
0
10
20
30
40
50
60
1975 1989 2003 2008
%
DÉFICIT DE PESO EXCESSO DE PESO
• Escolhas alimentares saudáveis
INTRODUÇÃO
• 2004: DCNTs responderam por 60% das mortes em nível mundial, assim como por 47% da carga global de doenças
• Nutrição e a Saúde Pública
INTRODUÇÃO
• OMS
– Estratégia Global para Alimentação, Atividade Física e Saúde
• Determinantes da escolha e consumo dos alimentos
– Relação entre fatores ambientais e individuais
– Fatores econômicos• Renda e preço dos alimentos
INTRODUÇÃO
• Adequação das escolhas alimentares
– Cenário atual
– Características ambientais e escolhas saudáveis• Preços e alimentação saudável
• OMS– Política fiscal como ferramenta de
promoção de hábitos saudáveis
• No Brasil, em 2008, os gastos totais em saúde corresponderam a 8,4% do PIB, sendo:– 3,67% (R$ 106 bilhões) do setor público– 4,73% (R$ 137 bilhões) do setor privado
• 8,4% do PIB– Comparável aos gastos totais em saúde de
muitas nações ricas e desenvolvidas
• Estimativas indicam que até 25% desses valores podem ter relação com o excesso de peso e comorbidades associadas
GASTOS EM SAÚDE
IBGE (2009)
TAXAS PARA ALIMENTOS NÃO SAUDÁVEIS E RENÚNCIA FISCAL PARA ALIMENTOS SAUDÁVEIS
Quais os possíveis impactos para o SUS ???
CENÁRIO ATUAL
• Obesidade
– Tratamento • Pouco efetivo• Prolongado• Complexo
– Multifatorial– Comorbidades
• $$$$$$$$$$
– A prevenção aparenta ser mais barata do que o tratamento
RACIONALIDADE POR TRÁS DO CASO
• Externalidade
– Liberdade individual VS. Responsabilidade social
– Decisões pessoais já não são estritamente privadas
• Justiça
– Taxas são potencialmente “regressivas”
– Consumo essencial
RACIONALIDADE POR TRÁS DO CASO
• Efetividade
– Falta de evidências contundentes
– Resultados são pouco previsíveis
– Etiologia parcialmente conhecida
RACIONALIDADE POR TRÁS DO CASO
• Cenário atual de preços
– Alimentos saudáveis são mais caros?
– Dietas saudáveis são mais caras?
• Cenário atual de impostos
– Alimentos saudáveis e não saudáveis são taxados da mesma forma?
NO EXTREMO...
Saúde pública é papel do Governo e a qualidade da alimentação dos indivíduos encontra-se no
mesmo patamar que qualquer outra responsabilidade pública que possa ser
mencionada, como o tratamento da água e o transporte coletivo.
EVIDÊNCIAS
• Levam em conta:
– O Mercado
– Os padrões de alimentação
• Estudos experimentais
– $$$$$
– Complexos
EVIDÊNCIAS
• Estudos que analisam diferentes cenários para os incentivos econômicos
– Os resultados dependem de uma complexa rede de fatores
• Consumidores vs. Não consumidores• Obesos vs. Eutróficos
– Os efeitos globais na dieta são pouco previsíveis• Nutrientes
– Ampla variação na magnitude dos efeitos
Jensen e Smed 2007; Mytton 2007; Thow e col 2010*
EVIDÊNCIAS
• Estudos que identificam a influência do preço dos produtos sobre sua demanda
– Diferentes níveis de agregação dos produtos• Relação inversa entre a magnitude da influência do preço e a
presença de alimentos substitutos
– Especificações nem sempre nutricionais são utilizadas no agrupamento dos alimentos
– Elasticidade-preço: próprio e cruzada• Substitutos e complementares
Claro e Monteiro 2010; Andreyeva e col 2010
EVIDÊNCIAS
• Estudos que identificam a influência do preço dos produtos sobre sua demanda
– Resultados pouco consistentes/comparáveis
• Metodologias diversas
• Magnitude dos efeitos
– Baseados no comportamento normal dos mercados
Claro e Monteiro 2010; Andreyeva e col 2010
EVIDÊNCIAS
• Estudos experimentais
– Categorias específicas de produtos• Não avaliam o impacto global
– Pequenas populações• Baixa validade externa
– Condições nem sempre replicáveis• Variações extremas no preço dos produtos
French e col 2001; French e col 2010
EVIDÊNCIAS
• Estudos a respeito do impacto sobre os gastos com saúde e perfil de morbimortalidade da população
– Pequeno número de publicações com grande variedade de metodologias
• Resultados aparentam baixa acurácia
– Resultados consistentes em relação à:• Redução dos gastos com obesidade e diabetes
EVIDÊNCIAS
• Estudos qualitativos (e quali/quanti)
– Geralmente não quantificam o impacto global na dieta• Percepções
– Pequenas populações• Baixa validade externa
– Condições nem sempre replicáveis• Pontos de venda experimentais
Connors e col 2001; Dibsdall e col 2003
RESUMO
• O preço de um produto tende a influenciar sua demanda
– Relação inversa
• Importância especial entre indivíduos de menor renda
– O efeito de substituição é difícil de ser previsto
– Medidas aparentam impactar toda a dieta
RESUMO
• Resultados quanto a alterações no peso (IMC) são pouco conclusivos
• Resultados quanto a redução nos gastos com saúde são pouco precisos
• O efeito dessas medidas a longo prazo não é inteiramente conhecido
Alimentos:Saudáveis vs. Não saudáveis
• O alimento como um produto de consumo essencial
• Quais são os alimentos saudáveis?– Como isso variou com o tempo?– O que faz um alimento ser saudável?
• Categorias de produtos– O cenário ideal só permitiria substituições
por alimentos mais saudáveis
Deve ser considerado...
• No caso das taxas:
– Pequenos valores já seriam suficientes para angariar recursos
– No entanto:
• Apenas valores mais agressivos trariam redução considerável no consumo
Preço dos alimentos em São Paulo
0
50
100
150
200
250
300
Pão/biscoitos Queijos Embutidos Básicos FLV
Preço dos alimentos nos EUA
Fonte: Economix – NYT Disponível em: http://economix.blogs.nytimes.com/2011/06/16/a-look-at-how-many-calories-1-will-buy/
ROTEIRO
• Definir o(s) produto(s) alvo
• Definir o valor do incentivo/desincentivo
• Definir a forma como as ações serão conduzidas
Na prática...
• São necessárias medidas que agreguem valor aos produtos saudáveis– Simples variações de preço aparentam baixa
efetividade.
• Faz-se necessário um posicionamento político claro por parte do Governo
– O caso da renúncia do ICMS– Variações cotidianas de preço– Carga tributária superior a 35% do PIB
CENÁRIO ATUAL DOS IMPOSTOS
• A realidade tributária brasileira é complexa
– 61 tributos cobrados no Brasil (entre impostos, taxas e contribuições)
– Uma enormidade de normas regem o sistema tributário (mais ou menos 300 normas editadas todos os anos – leis complementares, leis ordinárias, decretos, portarias, instruções etc)
• 55.767 artigos, 33.374 parágrafos, 23.497 incisos e 9.956 alíneas
– Estão em vigor mais de 3.200 normas • o contribuinte deve conhecer esta quantidade de normas para tentar
estar em dia com o fisco
*: Amaral GL, Olenike JE, Viggiano LMFA. Estudo sobre o verdadeiro custo da tributação no Brasil. [disponível em: http://www.ibpt.com.br/img/_publicacao/9169/142.pdf] [Acesso em abril de 2009].
Qual o tamanho da carga ???*
Frutas27,84%
Cebola18,81%
Ervilhas35,53%
*: Amaral GL, Olenike JE, Viggiano LMFA. Estudo sobre o verdadeiro custo da tributação no Brasil. [disponível em: http://www.ibpt.com.br/img/_publicacao/9169/142.pdf] [Acesso em abril de 2009].
Tomate20,25%
PELO MUNDO A FORA
• Dinamarca– Taxa da gordura saturada– Alimentos com mais de 2,3% de gorduras saturadas
• Romênia– Aprovou e desaprovou uma proposta similar – Atualmente encontra-se em discussão
• França – Taxa do refrigerante– 1 centavo de Euro por lata
Influência do preço dos alimentos e da renda familiar no consumo de Frutas e hortaliças e bebidas adoçadas
O caso do Brasil
OBJETIVO
• Estudar a influência que a renda das famílias e ospreços dos alimentos exercem sobre a aquisição dealimentos mais saudáveis (frutas e hortaliças) emenos saudáveis (bebidas adoçadas).
MÉTODOS
• Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE– Realizada entre junho de 2002 e julho de 2003
– Analisar a composição dos gastos e
do consumo das famílias segundo as
classes de rendimento• Atualizar a estrutura de cálculo dos
índices de preço do IBGE
AMOSTRAGEM
• Plano de amostragem:– Representatividade nacional
– 48.470 domicílios
– Domínios:• Município da capital de cada UF
• Entorno metropolitano
• Restante da área urbana da UF
• Área rural de cada grande região
DADOS
Disponibilidade domiciliar de alimentos
• Aquisições de 7 dias consecutivos– Valores anualizados e deflacionados (15/01/2003)
• Todos os alimentos e bebidas (consumo domiciliar)– Quantidade (peso e volume), preço, local de aquisição e etc
DADOS
Características das famílias
• Renda familiar mensal
• Idade e escolaridade
• Região geográfica (5 regiões)
• Área (urbana/ rural)
• Sexo
• Parentesco
CRIAÇÃO E DESCRIÇÃO DE VARIÁVEIS
/365 dias
Totais convertidos em energia (kcal)
≈ 1.300 alimentos
Removida a fração não comestível
∑
FRUTAS E HORTALIÇAS (F&H)
• % na dieta– Método dos resíduos
• Função:– Próprio preço– Preço dos demais alimentos– Renda familiar per capita
– Região geográfica (2 regiões)– Situação (urbano /rural)– Escolaridade (adultos)– Idade média
• Inferior (≤)a 5 anos (%)• Superior (>) a 64 anos (%)
– % de mulheres• Mulheres chefes de domicílio(%)
RESULTADOS
Indicador MédiaIntervalo
Interquartil
(Ep.) p25 - p75
Renda mensal por pessoa (R$)546,6 257,4 - 528,4(32,0)
Anos de estudo dos moradores adultos 6,7 5,2 - 7,8(0,2)
Idade dos moradores (anos completos)29,2 26,9 - 31,2(0,3)
% de moradores com idade ≤ 5 anos 6,3 4,2 - 8,1(0,3)
% de moradores com idade ≥65 anos 8,8 7,3 - 10,5(0,2)
TABELA 1. Caracterização sócio-demográfica das unidades de estudo(443 estratos de domicílios). Brasil, 2002/03.
Ep: erro padrão.
RESULTADOSFIGURA 1. Valores médios para participação relativa de frutas e hortaliças (F&H)no total calórico adquirido segundo quartos da distribuição da renda familiarper capita. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
1º 2º 3º 4º Brasil
Par
tici
paç
ão d
e F
&H
(%
do
to
tal d
e c
alo
rias
ad
qu
irid
as)
Quartos da distribuição da renda familiar per capita
RESULTADOSFIGURA 2. Valor médio para o preço de frutas e hortaliças (F&H) e dosdemais alimentos. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
4,46
1,06
0
1
2
3
4
5
Brasil
Pre
ço (
R$
/1.0
00
kcal
)
Preço de F&H
Preço dos demais alimentos
RESULTADOSFIGURA 3. Valores médios para o preço de frutas e hortaliças (F&H) e dosdemais alimentos segundo quartos da distribuição da renda familiar per capita.Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0
1
2
3
4
5
6
1º 2º 3º 4º
Pre
ço (
R$
/1.0
00
kcal
)
Quartos da distribuição da renda familiar per capita
Preço de F&H
Preço dos demaisalimentos
RESULTADOSFIGURA 4. Elasticidade da participação relativa de frutas e hortaliças naaquisição domiciliar de calorias em relação à renda familiar per capita e preçopor caloria. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,27
-0,79-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
Elas
tici
dad
e
Elasticidade renda
Elasticidade preço (F&H)
RESULTADOSFIGURA 5. Valores preditos para a participação relativa de F&H nototal de calorias segundo variações na magnitude da rendafamiliar. Brasil, 2002/03.
0
1
2
3
4
0 1000 2000 3000 4000 5000
Par
tici
paç
ão d
e F
&H
(%
do
to
tal d
e c
alo
rias
ad
qu
irid
as)
Renda (R$/ per capita/ mês)
DISCUSSÃO
• Principais limitações
– Aquisição domiciliar
– Curto período de referência
• Vantagens– Grupos de alimentos com relações
consistentes e conhecidas com o estado nutricional e a saúde
– Representatividade nacional
DISCUSSÃO
• Aumento no consumo de F&H– Aumento da renda– Redução de preços
• Imposto: Atualmente cerca de 28%para frutas e 22% para hortaliças
– A redução do preço médio de F&H em 20% elevaria a participação de F&H na dieta em cerca de 16%
• Total de calorias adquiridas– Refrigerantes, sucos adoçados, bebidas energéticas e esportivas
• Função:– Próprio preço– Preço dos demais alimentos– Renda familiar per capita
– Região geográfica (2 regiões)– Situação (urbano /rural)– Escolaridade (adultos)– Idade média
• Inferior a 5 anos (%)• Entre 5 e 11 anos (%)• Entre 11 e 15 anos (%)• Superior a 64 anos (%)
– % de mulheres• Mulheres chefes de domicílio(%)
BEBIDAS ADOÇADAS (BA)
RESULTADOSFIGURA 6. Valores médios para participação relativa de bebidas adoçadas (BA)no total calórico adquirido segundo quartos da distribuição da renda familiarper capita. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0
1
2
3
1º 2º 3º 4º
Par
tici
paç
ão d
e B
A(%
do
to
tal d
e c
alo
rias
ad
qu
irid
as)
Quartos da distribuição da renda familiar per capita
RESULTADOS
FIGURA 7. Valores médios para o preço de bebidas adoçadas (BA) segundoquartos da distribuição da renda familiar per capita. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
1º 2º 3º 4º Brasil
Pre
ço (
R$
/1.0
00
kcal
)
Quartos da distribuição da renda familiar per capita
RESULTADOSFIGURA 8. Valores médios para participação relativa de Bebidas adoçadas (BA)no total calórico adquirido segundo quartos da distribuição de preço de BA(R$/1.000kcal). Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
1º (1
,4 a 2
,1 )
2º (2
,1 a 2
,3)
3º (2
,3 a 2
,7)
4º (2
.7 a 6
.1)
Par
tici
paç
ão d
e B
A(%
do
to
tal d
e c
alo
rias
ad
qu
irid
as)
Quartos da distribuição de preço de BA (R$/1.000kcal)
Participação de BA
Participação de BAajustada pararenda
RESULTADOSFIGURA 9. Elasticidade da aquisição de bebidas adoçadas (BA) nadisponibilidade domiciliar de alimentos em relação à renda familiar per capita epreço por caloria. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,41
-0,85-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
Elas
tici
dad
e
Elasticidade renda
Elasticidade preço (BA)
RESULTADOSFIGURA 10. Elasticidade da aquisição de bebidas adoçadas (BA) na disponibilidadedomiciliar de alimentos em relação à renda familiar per capita e preço por caloriasegundo grupos de renda familiar per capita. Brasil, POF-IBGE 2002/03.
0,43
0,22
-1,03
-0,63
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1º quartos da distribuiçãode renda familiar per capita
2º, 3º e 4º quartos dadistribuição de renda
familiar per capita
Elas
tici
dad
e Elasticidade renda
Elasticidade preço (BA)
DISCUSSÃO
• Principais Limitações– Consumo domiciliar
• Importância do consumo fora do lar
– Curto período de referência
– Produtos diet, light e zero
• Vantagens– Grupos de alimentos com relações
consistentes e conhecidas com o estado nutricional e
a saúde
– Representatividade nacional
DISCUSSÃO
• Aumento da renda e o consumo de BA
– Aumento de 11,6% no consumo desde 2002/03 (elasticidade-renda * IPEADATA)
• Preços e saúde
– Atual
• Subsídios para produtos não saudáveis
– Futuro
• Taxação de produtos não saudáveis
DISCUSSÃO
• Taxação de BA
– Proposta
• Elevação de 30% nos preços atuais– Redução de 25% no consumo
• Aplicação do valor arrecadado na
promoção da alimentação saudável
– Vantagens
• Redução no consumo
• Aumento da arrecadação
DISCUSSÃO
• Taxação de BA
– Objeções• Regressiva e restritiva (liberdade de escolha)
• Alimentos são essenciais
• A relação entre BA e obesidade não é clara
• A obesidade é multifatorial
• O resultado da taxação é incerto
CONCLUSÃO
• Variáveis econômicas são importantes determinantes do consumo alimentar– Mudanças na renda dos indivíduos ou no preço dos
alimentos influenciam o conjunto das escolhas alimentares
• Incentivos/ desincentivos econômicos podem ser utilizados como ferramentas de promoção de práticas alimentares saudáveis
– Incentivando o consumo de alimentos saudáveis, como F&H
– Reduzindo o consumo de alimentos não saudáveis, como BA