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tazio zambi

2013

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CERCO tazio zambi, 2013

ISBN 978-85-915808-0-4

versão digital

programação & design tazio zambi

©RANDOMIA

taziozambi.com/cerco

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tazio zambi

2013

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pra susana:

isto

& o resto

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máquina como quem quer desfazer

costura de coisas no papel branco

edgard braga

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7

pRIMEIRA pEDRA

A sala como nos dias comuns um gesto brusco separa

A sala como nos dias comuns em dois lugares comuns

e menores A sala como nos dias como azulejos trincados menores

bruscamente menores aumentados em dois viram menos

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8

DA jANElA

tarde para que um lápis a desenhe

tarde

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9

para um nome nesta margem

se esquece

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10

o dia pousa e pasmo

uma pluma

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pAlCO

descalços os pés e os ecos dos passos sobre a rua arruinada cava em que uns passos ouças ávidas sobre nada nada & os ecos

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12

& os ecos

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ENquANtO

breve tumulto de cílios

inesperado o dia nasce

azuis de garrafas de sidra

competem com o mar dos postais do Caribe

O vestido amarelo da moça

dragada pelo postal do Caribe

alguém deverá hasteá-lo

meio-dia na garganta do sol

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pAIsAgEM MíNIMA

luz que não se sabe

engastada

muro ao fundo

da rua inepta

ninguém

saberá do fruto

dessa trepadeira bruta

negar

ou ser ao fractal

da luz a certeza

última

fresta que se fecha

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vERtICAl

pés que pairem como plástico largado nono andar

restos

que se arrastem

órbitas

olhos encerrados pelo sono

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como dardos atirados sem onde chegar

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flácida espera & lapso

plástico largado nono andar

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rastros que se raptem

pelas curvas duras

enleio de rasura

& fuga

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REpENtE

pela fresta resta pouco mais que o oco de uma seta

ela

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20

pela porta aberta neva quanto pode o que não ela

neva

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21

uM tRAtADO

do branco enquanto cor do todo

o cada pouco inscrito a toque tímido

avesso a vácuos vícios de carícias

& o esconder na lira fria

interrompida no irromper de nada

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pORtAs

longe

a passos

como se um susto esmaecido pelo se

pelo que é frágil no florir de portas

manhã

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& aqui o cerco

aquela porta aberta

por onde se chegue & não se parta

por onde se parta

deriva exata

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pROjEtO

usar uma palavra banal para inscrever o banal no plano da banalidade e arguir a palavra o plano a banalidade até que seus limites se aclarem e o conforto se realize como um bem comum

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exatamente agora nada acontece

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DOMINgO

máquina de tédio empunha

meu juízo

engatilhado no sofá

de ferro e fogo-fátuo contra o que

eu chamo meu

traço raso

demais para um isso

a lâmina de um projétil

contra a caixa oca do acaso

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pRIMEIRO ENsAIO DEpOIs DO últIMO

A mesa. A máquina ligada. O teto. O fio branco. O fio preto. A porta. Do cigarro, as cinzas sobre a horta. O copo d’água seco. O reflexo.

Um livro depois outro. Prateleiras. Cadernos anotados. Pouco sobra. Dedos. Mãos. Eis um braço e quase goza quieto sobre o braço da cadeira.

A perna. A câimbra. O corpo todo restos. Um resto de café manchando a hora de dormir. O sono exausto. A beira.

O isqueiro acende, apaga. Brincadeira. O peito infla, vaza. O pulsar trota. Tudo cheio de horror é manifesto.

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DEpOIs

agora é véspera do agora

enquanto a véspera demora

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tudo é de partir & sim

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papel de bala cai da mão do vento

& tudo é lento como agora

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papel de véspera de agora dispara o tempo

enquanto a véspera demora

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a partir sem mim

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CONvERsA COM O CARtEIRO

tem dias que me perco & peço que não

seja isso só uma questão de endereço

entre mudo & midas de riso engatilhado

à beira de um chiste de um salmo

ou à beira de um bocejo é

com o que não vejo que me salvo

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ExEgEsE

ratos & essa euforia que é de ratos

rastro de um poema

eles fugiram esses ratos assustados

o cara pede pouco

paciência

ninguém poderá ouvir

não haverá paciência

na distância de um buraco um poema ri

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AguARDE

a.

passo breve na calçada alçada a tarde

tateando o tatibitate de faróis vexados

surdos cegos quedos sob o arvoredo claro

postes pasmos como mastros de um aqui-naufrágio

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b.

passo breve na calçada alçada a tarde

penteando meus anseios em vitrines do exagero

cheio das promessas desse azul que se reveio

intermezzo de remessas à apoteose do neon-Marília

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quAsE

peito exposto ao toque e uns risos

pleno de estar a pé

e Pronta, você diz

como deve ser quando um grito áspero

Vida, você diz

nos espreita

quase

um telegrama em branco

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tERRAçO & ChEgADA

estamos agarrados às grades da janela nenhum medo

alguns se jogaram daqui

agarrados às grades da janela

alguns parecem delicados nas manchetes

agarrados ao asfalto sob a janela

& a lagoa pela fresta inesperada de

outros prédios & o asfalto

inesperado entre as grades da janela mas

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agora enclausurados nesse

elevador antigo daqui

a pouco &

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algo como lago

engastado na

pronúncia desse

mar amargo

sEA-DRIft

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ORIkI

Aquela a quem se vem

pé firme

contra o aberto alerta do vento

no imenso da voz que soletra o tempo sem nó

vertigem sem longe

Aquela de onde

o limite repara uma perda

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tENtAtIvA

leve que me engasta

pele

prazo de um flash

auge ao rés ao vasto

pênsil

de soma à sombra

O

intocado piso

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uMA

uma assim quase outra no passo impasse sob as lupas de um afago

uma solta palavra-vaga desvio e vasto campo de ausculta

impura rua

salto sem rastro no abraço de um lago

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ElEgIA

a janela a vitrine o aceno

o dia a menos

a tarde entre uma e outra e o mais tarde em pânico

a tarde cansa

a aceno perto demais para constar na lembrança

a janela se insurge contra as evidências

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pAssEIO

alguma coisa se inscreve no que é visto

se dilata a ponto de fresta sob noite em blackout

palavras se rebatem

pássaros na garagem

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a paisagem excedida por seu próprio nome

prateleiras vazias

ecos de as terem ocupado

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nenhum vestígio permite que se chegue às avenidas iluminadas do pasmo de haver aonde ir

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água pelos outeiros quedos

soterrados de sol

& neve de não vê-los

terra de se ter ao leme

ao vértice cindido do que

se fez ausente

buCólICA

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a que restar de vento

a que relato invero

ladra o lenço ao vento

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Noite após noite, a mesma noite. A mesma ponte de pontes que não levam a nada. Daquele vento morno que afagava a cara, resta o vento morno. A mesma

imagem defasada. A imagem mesma.

sEM títulO

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O interesse do cálculo devora o que deveria

Daqui a pouco o vento traz um pouco de vento a este caderno

e alguém deve apontar no chão a malha cartesiana do chão

Um pé é apenas uma relação de formas

O interruptor engatilha um discreto

terror

pOR ExEMplO

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AulA DE hIstóRIA

O general Aníbal transpôs os Alpes para morrer diante dos muros pixados de Roma

O general Aníbal não inventou a campainha nem a balsa nem a escada nem o buraco da cova

O general Aníbal não voltou a Cartago nem aprendeu a pixar quem tem boca vaia Roma

O general Aníbal inventou o elefante e deixou as crianças de Roma pensando loucuras

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tRAIlER

Organizar uma lista de objetos extraviados da memória nos últimos trinta dias de acordo com as circunstâncias de temperatura & humor

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Um título ousado justifica o tempo perdido

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tAtO

pouco se dilata ao toque

da luz de iluminar

não basta & a cada

ver se desmentir &

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nesta mesa nua nu

como se nesta mesa & não

há haver a mesa

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Cloe

troquei um copo d’água por alguém que me cheira a leito

& samba como vem e vai um plástico largado na nascente

de um rio calmo

pARtIDO AltO

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Cloe

troquei um pé-de-cabra por alguém que guardou as chaves

& me leva ao que não cabe sob os sete selos dum alarme

que canta um samba manhoso

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gAlOpE

se é treta ou polícia não tem conversa se a régua tem regra ou vice-versa se o samba não cessa quem é que fecha a janela quem é que expulsa as meninas dá play na missa

se é festa a preguiça alguém me impeça se é véspera desse tropeço a pressa se a conta não fecha quem que me empresta um trocado o que me resta se resta é tanto asfalto

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quantas luas

no sertão

quantos postes

nessa rua

quantos calos

nesse som

pra virar

uma canção

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ERRO

O retorno ao lugar de onde se sai ileso sem contudo esquecê-lo como lugar de fuga

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Os rabiscos acompanham as contrações do rosto sob uma e outra lembrança

ficam apenas os rabiscos

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EtNOgRAfIA

ela já não sabe mais o que esperar de quem espera sempre alcança

ela se refez de um susto o último um refletor sobre o motor da sorte

ela pinta os cabelos diz que tudo é o mesmo que um veneno ameno

ela diz que já ouviu dizer que dizer ajudava a ouvir o tempo

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em algum momento uma palavra dita sem ênfase

isto é em algum momento uma palavra dita

sem ênfase

isto é um momento um

& passa agora

& agora muitos pensam em desistir

em dizer eu desisto desse jogo

CARtEADO

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& não dizem nada constrangidos

com o excesso de luz sobre a mesa

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DANçA

tambores de bater não cansem repercutidos como uma catástrofe

ataques de clarins aclarem o inclaustro vasto das passagens

igreja escola matrimônio tudo desfaça agora finda a pena

& ao acre agrário desagrega sua unidade com a terra

janelas portas não apartam do trote atro desse instante

o exíguo vulto qualquer um só se consome o medo imane

me seja rude como sói a guerras: hera que se alastra — cega

via Walt Whitman

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& quando a gente ficar sem gente dentro

da gente da gente ficam os dentes

bOlERO pRA OswAlD

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ApROxIMAR

na mira de um papo talvez faça sol

muito prazer muito cuidado

pra não esquecer anota um recado

estive

no seu guardanapo

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NOtuRNO

na parede da sala de estar repercute o tempo lasso reduzido a seu balbucio de vício

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a caneta ainda se deixa guiar por lacunas tateante amedrontada pelos ásperos de antes não ouvir das pilhas um esvair difuso

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quando houver luz o interruptor macio sob a urgência de olhos permitirá por ele flores permitirá que se escreva é tarde & flores mortas mudas

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alegria já se esconde

bem atrás do que

não vejo & o que ouço

é esse oco

& o que posso é

esse fosso que separa

o sim do senso

pROjEtO pARA uMA REvOluçãO

NO DEsERtO

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alegria esse silêncio

de paredes sem saída

postes cegos pelas

ruas um isqueiro

& gasolina

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IlhA

um

pedaço de terra

cercado por

portos

por

todos os lados

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pRuMO

veste essa roupa que se rasga sob o vento enviesado das tardes de dezembro

marina em velas brancas abrasadas pela fome de nos ter nus & partidos

& segue o prumo resvalado pelo pânico

& segue o retroceder do dia

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Onde se escava a escalavrada palavra-nada

AquI

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MEtA

O alvo é breve como deve ser quando nada é breve

Declarar o alvo alvejá-lo

Um acréscimo às evidências do equívoco

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b.O.

alguém me escreve enquanto o escrevo me sacaneia

sugere liberdades como a de escrever sugere liberdades como a de escrever

e pixou no muro de casa o rigor da composição está em incorporar a flexibilidade

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unabomber no beco das maravilhas ::: 1maquinista opera o espelho d’água das interfaces ::: costura parangolé p/ improviso e manuseio ::: máquina que é as instruções de si mesma ::: desenho e uso ::: circuitos desintegrados ::: diversões eletrônicas ::: o fogo dos artifícios ::: a eficácia dos explosivos

::: mapas sensoriais movediços ::: sinapses acendem luzes em espiral ::: capoeira ciborgue ::: o jogo opera o corpo que opera a máquina

::: desde retráteis (2009) entortando as rodas da bicicleta linguagem ::: bruce lee tazmania ::: caractério e comuns (2010), re: caminha, o ah, tactilogramas, essay on, por exemplo: variações, 13 inventários e diários (2011) livros vez ou outra reorganizados c/ a liberdade e sacação de quem sabe ::: + a brilhante maquinamenos (2013) e os + diversos lances sendo armados agora mesmo

::: cerco ::: web-instalação é invenção-lugar ::: é livro é ::: terroria e prática dos territórios randomia

::: abrindo zonas de livre refazer das interfaces ::: veloz múltiplo radical ::: o maquinista TZ (o fabbro maquinado) desliza padrões instáveis pela parede aparente de pixels do mundo ::: criador de espaços como relações ::: sua obra entorta-leitura produz empenho e reparte o gosto da descoberta

::: hackeando processos e programando formas ::: suas táticas sensoriais produzem 1exuberante acervo de efeitos no leitor/usuário ::: mutações do vírus e dos modos de contagio

::: guerrilha no-fi ::: gambiarra-conceito ::: mestre das armas ::: fábrica de signos ::: generoso abre-caminhos

cavaloDada vulgo Reuben da Cunha Rocha

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primeira pedra, 7

da janela, 8

palco, 11

enquanto, 13

paisagem mínima, 14

vertical, 15

repente, 19

um tratado, 21

portas, 22

projeto, 24

domingo, 26

primeiro ensaio depois do último, 27

depois, 28

conversa com o carteiro, 33

exegese, 34

aguarde, 35

quase, 37

terraço & chegada, 38

sea-drift, 40

oriki, 41

tentativa, 42

uma, 43

elegia, 44

passeio, 45

bucólica, 48

sem título, 50

por exemplo, 51

aula de história, 52

trailer, 53

tato, 55

partido alto, 57

galope, 59

erro, 61

etnografia, 63

carteado, 64

dança, 66

bolero pra oswald, 67

aproximar, 68

noturno, 69

projeto para uma revolução

no deserto, 72

ilha, 74

prumo, 75

aqui, 76

meta, 77

b.o., 78

íNDICE

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tazio zambi (1985) nasceu em Vitória, Espírito Santo, e vive

atualmente em Maceió, Alagoas. Publicou retráteis (Edufal,

2009) e poemas e narrativas em jornais, antologias e revistas

de poesia. É autor da instalação web maquinamenos, da série

conceitual espólio e é editor de randomia & terroria.

taziozambi.com

[email protected]

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Este livro foi composto em

Crimson Text & Lato para

gráfica e plataforma web

em setembro de 2013.

versão1.13 em 30.6.2014