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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DIOMÍCIO FREITAS
SERVIÇO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
ELETROTÉCNICA
GABRIEL DE OLIVEIRA PACHECO
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Laguna,05/2008.
GABRIEL DE OLIVEIRA PACHECO
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de Estágio Supervisionado do Curso Técnico em
Eletrotécnica com duração de 424 horas realizado na Empresa
Pacheco Informática no período de 29/10/2007 à 29/04/2008.
Laguna/05/2008.
LAUDA DE ASSINATURAS
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Nazareno de Oliveira Pacheco
Supervisor da Empresa
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Fabrício Bittencourt Garcia
Coordenador de Estágios da Escola
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Luciana Zanela Bressan
Coordenadora do SIE-E
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Roberto Inácio Brandl
Revisão de Texto
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Gabriel de Oliveira Pacheco
Estagiário(a)
Ilustríssimo Senhor
João Batista de Souza
Diretor do Centro de Educação Profissional Diomício Freitas
NESTA
Senhor Diretor,
Colocamos à apreciação de V.Sª o presente relatório das atividades desenvolvidas na realização
do Estágio Supervisionado junto a Pacheco Informática no setor de manutenção.
O referido estágio teve duração de 424 horas preenchidas de 29/10/2007 à 29/04/2008 sob a
supervisão do Sr. Nazareno de Oliveira Pacheco, supervisor da Empresa, Profº Fabrício Birtencourt
Garcia, supervisor do Cedup e Srª Luciana Zanela Bressan, coordenadora do SIE-E.
Sendo assim, solicitamos a V.Sª aprovação e expedição do Diploma de Técnico em
Eletrotécnica
Tubarão (SC), 09 de junho de 2008.
----------------------------------
Gabriel de Oliveira Pacheco
DADOS GERAIS
Do Estagiário
Nome: Gabriel de Oliveira Pacheco
Local e Data de Nascimento: Laguna/Santa Catarina 25/06/1987
Endereço: Av. João Pinho – 944, apto, 2004
Telefone: (48) – 3647 - 1209
Inicio do Curso: 07/2004.
Término do Curso: 07/2006.
Do Estágio
Área de Estágio: Eletrônica
Setor de Estágio: Manutenção
Período de Estágio: 29/10/2007 à 29/04/2008
Carga Horária: 424
Horário de Estágio: 08:00 às 12:00 e 13:30 às 17:30
Supervisor do Estágio da Empresa: Nazareno de Oliveira Pacheco
Supervisor do Estágio da Escola: Fabrício Bittencourt Garcia
Da Empresa
Nome: Pacheco Informática
Endereço: Rua Osvaldo Aranha - 287
CEP: 88790 - 000
Telefone: (48) – 3647 - 1209
Atividade Principal da Empresa: Manutenção e Venda de periféricos de informática
1 INTRODUÇÃO
Este relatório tem por finalidade demonstrar tudo que observei durante meu estágio de
complementação curricular e, também, visa proporcionar uma melhor aprendizagem e
compreensão para aquele que tiver acesso ao mesmo de como é a atuação da Pacheco
Informática.
Através deste conhecimento ficará muito mais simples entender o funcionamento dos
componentes eletrônicos aqui apresentados, nos respectivos periféricos de informática, como:
fonte chaveada de computador, impressora e monitor. E apresentara possíveis soluções para
defeitos nos mesmo.
2 Manutenção de impressoras
2.2 Características e tipos de impressora
A impressora é um periférico de saída de dados que é utilizada para imprimir nossos
textos e imagens em geral, e imprime tudo isso em papel, metal ou plástico. Essa transferência
é bem complexa e necessita de uma interação de mecanismos eletrônicos e químicos.
Basicamente existem dois tipos de impressoras: as de linha e as de página.
As impressoras de linha foram as primeiras a aparecer, como a matricial, de impacto, uma
evolução da máquina de escrever, onde um cabeçote de impressão pressiona suas agulhas
sobre uma fita (igual a da máquina de escrever) e transfere a informação para o papel.
Uma diferença entre as impressoras matriciais e as de página: é que a primeira vai
imprimindo, à medida que recebe as informações, enquanto as de página recebem toda a
informação para depois imprimir.
2.2.1 Analisando a impressora Para isso, utilize os manuais das mesmas, que geralmente
vêm com a impressora, caso não possua os sites dos fabricantes e pode trazer informações
necessárias. De maneira genérica uma impressora contém os seguintes dados:
2.2.2 Energia de alimentação necessita para o funcionamento da impressora; no manual
encontra-se a tensão (voltagem), a freqüência da rede e o consumo de energia, devido à
variação de alimentação no mundo. Por exemplo, no mercado americano a tensão varia de
105 V a 130 v numa freqüência de 60HZ. Na Europa esta variação é de 210 v a 240 v a 50HZ.
Por isso, as impressoras são projetadas para acomodar estas variações.
É interessante que antes de qualquer procedimento de manutenção, verifique se a impressora
está sendo alimentada corretamente.
2.2.3 Interface e compatibilidade interface é por onde a impressora recebe as
informações para impressão. Os tipos mais comuns são: serial ou RS 232, Centronics ou
Paralelo e USB (universal serial bus). E outros poucos utilizados são: infravermelho,
Bluetooth, Rede Apple Talk ou Ethernet e IEEE-488 ou GPIB.
2.2.4 Características operacionais tratam-se da resolução que é medida em DPI (pontos
por polegada), velocidade que é medida em páginas por minuto e tipo de alimentação do
papel que pode ser formulário contínuo (folhas soltas ou rolos.).
O termo CPL (caracteres por linha), refere-se à impressora matricial onde representa o
número de letras que podem ser colocadas em uma única linha horizontal. O termo CPS
(caracteres por segundo) também se refere às impressoras matriciais, informando quantos
caracteres completos (letras) a impressora consegue imprimir em cada segundo.
Dot Pitch informa a quantidade e precisão com que os pontos são colocados, tanto na
direção vertical, quanto na horizontal.
O tempo de transmissão é a velocidade com que é transmitida uma página do
computador para a impressão. O tempo de processamento encontra-se nas impressoras de
página; quando recebe a página para impressão ela tem que ser rasterizada , ou seja, verifica-
se em que pontos da página deve ser depositado tinta para obter o texto ou imagem. O tempo
de impressão é o tempo que impressora gasta para produzir fisicamente a página.
Algumas impressoras processam a própria imagem (rasterizam), como as impressoras
jato de tinta mais avançadas e laser.
Porém, as impressoras matriciais e as de jato de tinta mais baratas necessitam que o
computador faça a rasterização e transmita somente as informações necessárias. Essas
impressoras que não possuem processador para rasterizar são chamada de “WINPRINTERS”,
pois utilizam o sistema de impressão do Windows para montar a imagem.
As impressoras geralmente trabalham com três tipos de fontes: residentes,
adicionáveis via cartuchos ou expansões e as carregáveis via software.
As residentes já vêm gravadas no EPROMS pelo fabricante da impressora. As
adicionáveis são as que somam as fontes residentes, geralmente na forma de chips ou de
cartuchos que se encaixam em locais para eles. Fonte via programa, o computador seleciona a
fonte que se deseja imprimir e envia para a impressora na hora de imprimir.
A desvantagem é que esse processo enche a memória da impressora.
Para se comunicar com o computador utiliza-se a linguagens de comunicação onde se
destacam: ESC-P2 desenvolvido pela Epson para suas impressoras matriciais e jato de tintas;
PCL criado pela HP para impressoras a jato e laser; POSTSCRIPT, a mais revolucionária de
todas criativa e profissional criada pela Adobe. Esta linguagem domina o mercado devido a
sua alta resolução e sofisticado recurso gráfico, principalmente na separação de cores para a
indústria gráfica.
2.3 As principais técnicas de impressão
Chamadas de convencionais, as técnicas são impacto, térmica e jato de tinta.
Impressoras de Impacto consideradas as mais antigas e simples forma de impressão, as
imagens são marteladas contra o papel. Veja a figura (figura 1), como uma letra é impressa
em uma máquina de escrever e em uma impressora matricial.
Os pontos são formados por uma fina agulha acionada por um êmbolo montado dentro
de uma bobina, cujo conjunto é conhecido como solenóide. Quando recebe energia elétrica,
cria um campo magnético que impulsiona o êmbolo interno e a agulha bate na fita com tinta e
forma um ponto no papel. Para que o cabeçote funcione, ele recebe uma grande quantidade de
energia elétrica, requerendo, portanto, circuitos eletrônico com certa potência absorvendo
apenas de 1 a 2% de energia. O resto é dissipado em forma de calor, o que tende a esquentar o
cabeçote, por isso utilizam dissipadores de calor.
O cabeçote de impressão é formado por um conjunto de solenóides com suas agulhas,
num total de 9 ou 24 agulhas; quanto mais agulhas melhor a imagem.
2.3.1 Quais as vantagens e desvantagens de possuir uma impressora matricial.
Vantagens flexíveis e baratas, boas para etiquetas, rótulos e documentos fiscais que
necessitam de cópias, confiáveis e duráveis e quase não necessitam de manutenção.
Desvantagens barulhentas, baixa resolução gráfica, com o aquecimento da cabeça
de impressão limita-se a performance; difícil encontrar fitas de impressão e
dificuldade de encontrar peças de reposição para modelos mais antigos.
Figura 1 – Comparação entre impressora matricial e máquina de escrever
2.4 Impressão térmica
As impressoras deste tipo são chamadas de TDM (matriz de pontos térmicos). Este
tipo de impressão substitui o impacto pelo calor na impressão; ao invés de agulhas existem
pequenas resistências elétricas chamadas de dot heaters (aquecedores de ponto). Estas
resistências também formam uma matriz de pontos que, quando acionadas eletricamente,
esquentam uma fita entintada chamada de ribbon (fita) ou sensibilizam um papel especial.
2.4.1 Vantagens e desvantagens de possuir uma impressora térmica.
Vantagens silenciosa, baixo consumo de energia, cabeçotes simples e confiáveis,
fácil manutenção, parte eletrônica da impressora bem simples e impressão limpa e
clara.
Desvantagens impressão lenta, cabeçotes duram menos que os de outras, cabeçotes
não podem ser recauchutados, pois são caros e cabeçotes danificados precisam ser
substituídos, a um custo igual ao da aquisição de uma impressora.
2.5 Impressão jato de tinta
Este tipo de impressão não necessita de contato entre a cabeça de impressão e o papel,
pois a tinta é borrifada sobre o papel como um spray de desodorante.
Essas impressoras utilizam dois métodos para criar o jato de tinta: o drop-on-demand e jato
intermitente. A primeira técnica requer um comando individual para cada ponto, onde é
injetada a tinta a partir da cabeça de impressão, uma maneira similar à impressora matricial.
Os jatos intermitentes jogam um fluxo de tinta (ao contrário de pulsos).
Os cabeçotes de impressão dos jatos de tinta são os mais simples e óbvios. A tinta é
depositada em um reservatório descartável que pode ou não estar integrado ao cabeçote de
impressão. As impressoras HP usam os cabeçotes acoplados aos cartuchos de impressão,
enquanto a Epson utiliza blocos separados, um para o reservatório e outro para os cabeçotes
de impressão.
Os cartuchos instalados na impressora à gravidade e à capilaridade fazem com que a
tinta chegue a cada furinho do cabeçote de impressão, percorrendo os finos canais interiores.
Estes cabeçotes podem ter de 12 a 60 ou mais canis de saída. Mas o que faz com que a
tinta não fique vazando continuamente pelos furos? Sua viscosidade e a tensão superficial
características dos líquidos. Os micros canais possuem uma micro bomba quase
microscópico, elemento chave numa cabeça de impressão de jato de tinta, pois cada micro
bomba necessita de um pulso elétrico para funcionar, com isso existindo uma série de
contatos no cabeçote de impressão, fazendo a ligação entre as, micro bombas e os circuitos
eletrônicos. Cada micro bomba pode ser acionado independente para formar as imagens.
2.5.1 Existem dois tipos de micro bombas as piezoelétricas e de bolhas.
Piezoelétricas esses materiais piezoelétricos alteram seu tamanho quando recebem uma
carga elétrica. Para montar as bombas piezoelétricas um anel de material cerâmico
piezoelétrico é montado ao redor do canal por onde a tinta deve ser ejetada. Quando um pulso
elétrico atinge a cerâmica, seu material aperta o canal, causando um rápido deslocamento de
pequeno volume de tinta. Depois que o pulso elétrico passa, a cerâmica retorna a seu estado
normal e mais tinta é injetada no canal para compensar o volume expelido. Esse material
precisa de pulsos curtos, com duração de 5 a 10 microssegundos, mas com alto nível de
energia entre 70 a 200V.
Bombas de bolhas os cabeçotes que utilizam bombas de bolhas são chamados nas
impressoras de bubble jet (jato de bolhas). Esta tecnologia está entre as mais populares.
Estes tipo de cabeça de impressão são parecidos com os cabeçotes piezoelétricos, porém a
cerâmica é substituída por resistências. Quando a resistência recebe o pulso elétrico, aquece a
tinta que está ao seu redor, formando uma bolha que se expande, forçando a tinta através do
canal. Quando esta bolha é ejetada mais tinta é trazida do reservatório para repor o volume
expelido. Veja na figura 2 como funciona uma impressora laser.
2.5.2 Vantagens e desvantagens de possuir uma impressora jato de tinta.
Vantagens possuem impressão sem contato, pode imprimir em papéis, plásticos e
metais, velocidade igual ou melhor, que outros métodos.
Funcionamento silencioso, alta resolução, cabeçotes não têm partes móveis; são
relativamente baratos, tem boa vida útil, baixo consumo de energia e baixo custo de
aquisição.
Desvantagens cabeçotes selados, se um dos jatos entupir, precisa ser trocado,
cartuchos de tinta caros em relação ao custo por página, tinta problemática mancha
tecido, plástico e outros materiais porosos, e alto custo por cópia.
2.6 Impressão eletrofotográfica (EP)
Figura 2 – funcionamento da impressora laser
As impressoras EP são conhecidas popularmente como “impressoras a laser”,
totalmente diferente das impressoras convencionais que imprimem por pontos. As
impressoras EP formam imagens por um processo complexo e delicado, resultado da
interação de luz, eletricidade estática, química, pressão e calor, tudo controlado por um
sofisticado conjunto eletromecânico.
Esta impressora para funcionar exige um conjunto formado pelos seguintes
componente cilindro fotossensível (drum); lâmina de limpeza; lâmpada de apagamento;
carregador eletrostático ou fio corona primário; mecanismo de escrita pode ser laser ou LED;
toner; fio corona de transferência; conjunto fusor. Um problema em qualquer parte desta
afetará a formação da imagem final. O cilindro fotossensível, conhecido por drum (tambor), é
o coração do SFI (sistema de formação de Imagem). Constituído por um cilindro de alumínio
extrudado, coberto por um composto de origem orgânica que tem características
fotocondutivas, isto é, conduz eletricidade quando exposto à luz. O drum é coberto por um
composto chamado Organic Photoconductive Chemical (OPC) que dá ao drum um aspecto
esverdeado. È o drum que recebe a imagem com a agregação do toner, e transfere a imagem
formada para a superfície do papel. Porém, a formação da imagem não termina por aí, ela
ainda necessita de outras etapas. Para concluir o SFI é composto por oito partes: Limpeza,
carga eletrostática, gravação da imagem, revelação, transferência e descarga e fusão. Vamos
ver de maneira sucinta as oito etapas.
Limpeza O cilindro fotossensível (drum) precisa ser limpo fisicamente e apagado
eletricamente antes que se inicie um novo ciclo de impressão. Este processo é conhecido
como condicionamento. Esta limpeza é necessária, pois nenhum cilindro fotossensível
consegue transferir todo o toner para o papel a cada ciclo de impressão. Existe uma lâmina
que raspa todo o toner que não foi transferido para o papel na impressão anterior. Se estas
partículas não forem retiradas, aparecerão na nova cópia como minúsculos pontos espalhados
aleatoriamente. As imagens são escritas na superfície do cilindro fotossensível como fileiras
de cargas horizontais de cargas elétricas, correspondendo às imagens que serão impressas.
Estes pontos são marcados na superfície do cilindro com o uso de um feixe de luz gerado por
um laser ou LED (diodo emissor de luz). Isso faz com que o ponto iluminado fique carregado
com eletricidade positiva. Como o toner tem carga negativa, aderirá a estes.
Carga Eletrostática nesta fase o cilindro receberá nova carga elétrica para iniciar um
novo processo de impressão. Esta carga deverá ser aplicada de maneira uniforme por todo o
cilindro, processo chamado de condicionamento do cilindro. Para isto, existe um fio chamado
de corona primário, localizado próximo à superfície do cilindro, o qual emitirá uma tensão
elétrica de aproximadamente 6.000V. Entre o fio corona e o cilindro existe uma pequena
quantidade de ar quando a tensão elétrica é baixa. Porém se a tensão subir na ordem de alguns
milhares de volts o isolamento do ar é rompido e este passa a ficar ionizado (carregado
negativamente), fornecendo cargas elétricas negativas para a superfície do cilindro. Efeito
conhecido como efeito corona que tem como “efeito colateral” a emissão de gás ozônio, que
deve ser filtrado e retirado para fora da impressora.
Gravação da Imagem Para iniciar o processo de gravação da imagem o cilindro precisa
descarregar suas cargas eletrostáticas com precisão; deve ser retirada apenas nos pontos onde
a imagem deve aparecer. O feixe luminoso laser ou LED atinge a camada sensível a luz do
cilindro, que devido as suas características fotocondutivas, fica sensibilizada apenas nos
pontos atingidos pela luz. Os pontos atingidos ficam com uma carga eletrostática negativa em
torno de –100V e as áreas não atingidas pela luz mantêm sua carga eletrostática. Este
dispositivo que direciona a luz para sensibilizar o cilindro é chamado de mecanismo de
gravação.
Revelação Após passar por esta etapa de revelação é que a imagem poderá ser impressa no
papel, pois até então ela esta invisível. A imagem gravada no cilindro agora receberá um pó
preto magnético, o toner. O toner é aplicado por uma peça chamada de “rolo de
transferência”, localizado dentro da unidade de revelação. Este rolo é constituído por um
Cilindro Magnético recoberto por uma camada metálica, constituída por outro cilindro
metálico. Por variações eletromagnéticas esta é impregnado no rolo de revelação ou
transferência, que fica normalmente dentro do cartucho de toner.
Transferência e descarga Nesta etapa a imagem revelada no cilindro agora será
transferida para o papel para isso utiliza-se um carregador de transferência, constituído por
um fio de transferência que carrega a superfície do papel, utilizando o efeito corona.
Fusão Após o depósito do toner sobre o papel, ele ficará ali apenas pela força da gravidade
e ação de uma pequena força eletrostática. Nesta etapa, se passar a mão sobre a imagem esta
se transformará em uma fina camada de poeira preta. Para isso existe o processo de fusão
onde é aplicada uma força mecânica a uma alta temperatura o suficiente para fundir as
partículas do toner, unido-as definitivamente no papel. O conjunto que faz esta função é
composto por dois rolos mantidos pressionados um contra o outro por fortes molas, onde um
dos rolos é o de fixação geralmente revestido de borracha, que serve apenas para fazer pressão
sobre o papel. O outro é o aquecedor e o encarregado de fundir o toner sobre o papel; este rolo
atinge uma temperatura de 180ºC, devido a uma lâmpada de quartzo montado dentro dele.
Dentro ainda existe uma esponja que fica retirando as partículas de toner que sobram, pois
poderiam interferir na qualidade de impressão.
2.6.1 Vantagens e desvantagens de possuir uma impressora EP.
Vantagens robusta vida útil de vários anos e centenas de milhares de cópias;
rápidas dezenas de cópias por minuto; silenciosa, mas precisa ser instalada em uma
mesa robusta; baixo custo por cópia P&B; diversos tipos de interface com o
computador; diversas linguagens de descrição de páginas; Constância de qualidade das
cópias produzidas.
Desvantagens preço inicial elevado, deficiência na impressão a cores; modelos a
laser precisam de ambientes bem ventilados; são pesadas, porém delicadas, precisando
de cuidados no transporte; alto consumo de energia elétrica de 600W a1000W.
2.7 Procedimentos de Manutenção
Partes básicas definir sintomas: problemas apresentados; identificar e isolar: o setor ou
componente causador em potencial dos problemas; trocar ou reparar: o componente ou
subconjunto suspeito; testar novamente: o sistema e verificar se o problema foi resolvido.
Identificar e Isolar Há alguns casos que a impressora não está ligada, ou a tomada
de energia não tem capacidade suficiente para o trabalho da impressora, ou a
impressão é feita, mas faltam algumas letras. Você deve se lembrar que a impressora
faz parte de um complexo sistema juntamente com o computador, além de cabos e
software, portanto uma instalação nova ou remodelada pode ocasionar problemas.
Identificado o problema na impressora instale uma impressora normalmente
funcionando similarmente no computador, e a impressora com defeito em um
computador normalmente funcionando e teste. Se em qualquer uma das situações a
impressora continuar a exibir o sintoma, então o problema realmente está nela. Então,
agora identifique o problema na impressora, que possui cinco áreas básicas: um
sistema de alimentação de papel; uma cabeça de impressão no caso de impressoras
convencionais, ou então um sistema de formação de imagens no caso de impressoras
EP; um sistema de transporte e posicionamento do cabeçote (exceto nas impressoras
EP); uma fonte de alimentação e uma unidade de controle, localizada em uma ou mais
placas de circuito impresso.
Trocar ou Reparar Localizado o local defeituoso, apenas uma simples limpeza ou
ajuste resolverá a situação. Outros necessitarão de substituição ou reparo de partes
mecânicas, elétricas ou eletrônicas. As peças de impressora podem ser classificadas
em subconjunto ou componentes. Um subconjunto também é conhecido como modulo
e é uma série de componentes; individuais que trabalham juntos para executar uma
função. São exemplos de componentes, resistores, transistores, circuitos integrados,
motores, engrenagens, roldanas, correia e similares. Geralmente os componentes
defeituosos devem ser trocados, ao invés de serem reparados. Já os subconjuntos
podem, eventualmente, ser reparados com a troca de um ou mais componentes.
Geralmente, se troca um subconjunto inteiro por outro sabidamente bom, apenas para
aprontar a impressora e ter tempo de consertar o subconjunto com calma, pois alguns
subconjuntos demoram muito a ser consertados Algumas peças de reposição podem
ser conseguidas em diversos locais, outras somente junto aos fabricantes ou assistência
técnica autorizada; neste caso é conveniente ter o código exato do componente a ser
comprado. Este código vem marcado no corpo do mesmo.
Testar Novamente A maioria das impressoras dispõe de um auto-teste (self test),
que pode ser feito sem ligá-la a um computador. Se o sintoma constatado na primeira
etapa desaparecer, a impressora estará pronta.
2.7.1 Defeitos Eletrônicos nas Impressoras
Os defeitos eletrônicos nas impressoras normalmente são resolvidos trocando-se toda a
placa ou módulo problemático, pois são componentes de difícil conserto.
Fontes de alimentação as fontes de alimentação das impressoras são de dois tipos básicos:
as lineares e chaveadas.
Fontes Lineares são as mais simples, nada mais do que um transformador abaixador de
tensão cuja saída é ligada a um circuito retificador da rede elétrica, constituído por alguns
diodos e um ou mais capacitores. Estas fontes são simples e baratas, mas poucas impressoras
modernas as usam, a não ser as mais simples. O motivo é a baixa eficiência das fontes
lineares, que perdem muita energia no processo de transformação e regulação da energia.
Fontes chaveadas usam um processo de regulação mais eficiente, tendo um rendimento
elétrico muito maior do que as fontes lineares, que desperdiçam, na forma de calor, mais da
metade da energia recebida. Existem vários tipos de fontes chaveadas. Quando a fonte
recebe a energia da rede, ela passa por uma primeira parte chamada de setor primário. A
tensão retificada passa por um circuito chaveador, que é o encarregado da regulação de tensão
e que alimenta o setor secundário. O setor secundário realimenta o circuito de chaveamento,
que aumenta ou diminui a freqüência de oscilação, controlando assim a tensão de saída.
A fonte chaveada chega a aproveitar 85% da energia, bem superior aos 20 a 50% das
fontes lineares. Com isso, gera menos calor e os componentes podem ser menores.
Há alguns inconvenientes: as fontes chaveadas tendem a funcionar como transmissores de
rádio, interferindo em aparelhos eletrônicos como televisores e outros sistemas de
comunicação, sem mencionar os circuitos internos das impressoras e computadores. Este é o
motivo pelo qual as fontes de alimentação chaveadas são cobertas por gabinetes metálicos que
funcionam como blindagem, diminuindo a propagação das ondas de rádio para o ambiente.
Outro inconveniente das fontes chaveadas é que a tensão de saída sempre conterá um pouco
de ripple, ou seja, a saída não é uma tensão continua pura e linear, ela sempre conterá um
pouco de corrente alternada de alta freqüência. Como último inconveniente, as fontes
chaveadas contêm um número muito maior de componentes e são bem mais difíceis de
fabricar devido aos seus circuitos de regulação e realimentação, utilizados para controlar o
oscilador, em função da tensão de saída.
2.8 Diagnosticando Fontes Lineares
Não existe nenhuma tensão na saída Primeiro olhar se há algum fusível queimado.
Verificar os fusíveis em cada saída DC, que pode estar no corpo da fonte ou nas placas por
eles alimentados. Também deve verificar os fusistores, parecidos fisicamente com os
resistores de carbono e exercem a mesma função no circuito, porém interrompem o circuito
quando a corrente passa acima de um valor pré-determinado pela fabrica.
Circuito de regulação geralmente constituído por dois ou mais transistores, ou então por
um circuito integrado (CI). É usado o multímetro para medir a tensão de entrada do regulador,
que deverá ser vários volts a mais do que o esperado na saída. Exemplo: um regulador com
uma saída de 5VCC deve ter uma entrada de 8 a 12V. Se a tensão de entrada estiver correta,
mas a de saída não, provavelmente o regulador está com defeito. Ou um dos capacitores de
filtro esteja curto, zerando ou diminuindo a tensão de saída. Para fazer este, teste é
interessante desligar o circuito que a fonte está alimentando, pois este pode estar consumindo
uma corrente maior do que o que a fonte pode fornecer, levando a medições erradas.
Saída intermitente defeitos intermitentes estão entre os mais difíceis de serem reparados.
É necessário forçam diversas situações. Medir a tensão de saída da fonte, enquanto a
impressora funciona. Substituição da fonte, em caso de alterações; se conseguirem imprimir
satisfatoriamente o defeito estará na fonte. Verifique também a integridade das conexões
elétricas, tanto de entrada, como de saída, prestando atenção às placas de impressora. Além de
verificar defeitos nos componentes eletrônicos, deve-se suspeitar também da placa de circuito
impresso, que pode estar rompida em alguma trilha, com solda mal feita ou curto-circuito
causado por solda mal aplicada. Placas de circuito impresso defeituosas são causa freqüente
de defeitos intermitentes, que geralmente, podem ser simulados torcendo-se a placa um lado
para outro até que o defeito se apresente, ou então que pára de se apresentar. Se isto
acontecer, é provável que a placa de circuito impresso ou alguma de suas soldas está com
defeito, o problema é localizado onde ele está.
Para inspecionar utilize uma lupa. Achado o defeito, é raspada a solda até aparecer o
cobre; em seguida refaça a solda. Porém, se a placa está quebrada ou com corrosão é melhor
substituí-la.
Componentes eletrônicos com problemas de ruptura térmica interna.
Se este for o caso os defeitos intermitentes aparecerão logo após alguns minutos de
funcionamento. Utilize um secador no frio para testar a unidade; se a impressora voltar a
trabalhar normalmente, basta verificar qual componente está ocasionando o problema.
Diagnosticando Fontes Chaveadas esta fonte é muito complexo e difícil de consertar.
Portanto, na fonte chaveada, é mais fácil fazer sua substituição do que repará-la.
Somente repara-se fonte de impressoras raras com dificuldade de encontrar peças no mercado.
Fonte e impressora completamente inoperante conferir primeiramente se a fonte está
recebendo energia da tomada, medindo a tensão diretamente no cabo de alimentação. Em
seguida, examine a chave liga desliga e certifique-se de que existe tensão após a mesma
quando ligada.
Identificar nos circuitos as partes básicas das fontes chaveadas: a parte primária,
constituída pelo retificador primário, filtro primário e chaveador, a parte secundária,
constituída pelo transformador, retificador secundário e os filtros secundários, e a parte do
circuito de realimentação, que controla o chaveador em função das tensões de saída contida
no estágio secundário.
Componentes que mais falham nas fontes chaveadas os transistores de saída do setor
primário, juntamente com seus resistores de polarização, bem como os fusistores de proteção
do circuito. Também o regulador, constituído geralmente por um circuito integrado.
Funcionamento errático a impressora funciona, mas às vezes pára de fazê-lo, retornando
em seguida. O problema pode estar na fonte de alimentação ou nos circuitos alimentados por
ela. Se possuir uma fonte similar em bom estado, teste na impressora.
Fontes de alta tensão as fontes de alimentação de alta tensão (FAAT) são fundamentais
para o funcionamento das impressoras EP, são utilizados pra energizar os fios corona primário
e secundário, assim como a unidade de revelação onde o toner é transferido para o drum.
Informação importante as fontes de alta tensão não são ligadas diretamente à rede
elétrica, mas sim por uma saída da fonte de alimentação principal, geralmente com uma
tensão em torno de +24V. Assim, se a fonte de alimentação principal falhar, a fonte de alta
tensão também falhará.
É impossível medir as tensões de saída de uma FAAT com instrumentos de teste
convencionais como multímetros e osciloscópios. Uma vez danificada, ela utiliza
componentes para trabalhar em altas tensões, então, mesmo que seja encontrado peças para
repor estas serão muito caras. Portanto, é aconselhável a troca da FAAT.
Trocando a FAAT: uma vez determinado que a FAAT deve ser trocada existem alguns
procedimentos importantes para que se tenha sucesso. Espere pelo menos quinze minutos com
a impressora desligada, antes de lidar com uma FAAT.
Para trocar, provavelmente será necessário retirar vários parafusos e ligações de terra,
removendo a fonte do chassi da impressora. Coloque a fonte nova ao lado da antiga e vá
transferindo cada conexão com calma e atenção, principalmente em relação às ligações de
terra. Se estas não estiverem perfeitas, a fonte nova pode queimar imediatamente ao ser
ligada.
2.9 Problemas nos outros circuitos da impressora.
Comunicação a comunicação entre o computador e a impressora é feita em modo binário,
isto é, “zero e um”, formando os caracteres ASCII. As interfaces utilizadas são as paralelas,
serial, USB, Ethernet e outras.
A página de auto-teste é impressa, mas não imprime pela porta paralela; verifique se
há tinta ou toner, se o driver da impressora está instalado corretamente e se o cabo de
comunicação paralelo está em bom estado. Algumas impressoras também precisam ser
configuradas via painel frontal ou via “dip switch” para receber sinais na porta paralela. Se
tudo estiver certo e mesmo assim a impressora continuar dando problema, é desmontado e
feito teste em seus circuitos, principalmente a parte que controla o sistema lógico da
impressora.
A impressora imprime a página de teste, mas não imprime pela serial: problema
similar ao anterior. Fazer as mesmas verificações.
2.10 Painel de controle
Painel de controle não funciona de todo nenhuma chave responde, mas a impressora
funciona normalmente, comandada pelo computador. É aberto e verificado o painel,
certifique-se que todos os conectores estão bem encaixados, verifique se os cabos não se
partiram, principalmente se for uma impressora que acabou de passar pela manutenção. É raro
um painel dar problema global. Se houver indicação disto é provável que o problema esteja na
placa controladora.
Teclas com funcionamento intermitente é preciso forçar as teclas ou tentar repetidas
vezes até acionar a função desejada. Geralmente, este defeito acontece em impressoras já
desgastadas e provavelmente a única solução será substituição do painel como um todo.
A impressora não liga o acionador do painel não funciona. Este defeito ocorre em
impressoras de jato de tinta que necessitam de um pulso vindo do painel frontal. O que ocorre
é que o painel está danificado ou desligado da placa de controle.
2.11 Lógica principal
Fazendo uma analogia com o corpo humano, os circuitos lógicos são o coração e o
cérebro das impressoras, os circuitos de driver são os músculos, e os sistemas mecânicos são
os membros.
Impressora não inicializa a impressora não funciona, mas o painel luminoso acende; auto
teste não funciona e a primeira suspeita será a fonte de alimentação. Teste a fonte com o
multímetro. O próximo pode ser o gerador de clock do sistema. O osciloscópio verifica a
saída do oscilador. Se houver erros é trocado o cristal ou circuitos relacionados com a geração
do clock.
Impressora congela ou fica errática geralmente, se a impressora for ressetada, retoma a
operação normal até ocorrer a próxima pane, o auto-teste funciona. Verificar a saída da fonte
de alimentação. Outro possível causador deste problema são as memória RAM ou ROM.
Recomenda-se sua substituição, verificando-se o que acontece após isto. Inspecione a placa
lógica procurando por componentes muito quentes, especialmente se a impressora está ligada
há vários minutos. Se achar algum componente super-aquecido resfrie com um spray ou
secador no frio. Se o funcionamento retornar ao normal já achou o problema.
Sensores os sensores auxiliam a impressora no modo geral, informando se tudo está
acontecendo de maneira correta, como se há papel na bandeja, se há tinta no cartucho, etc.
Sensores resistivos a temperatura tem papel fundamental em várias partes das impressoras
de qualquer tipo; para medir e controlar a temperatura são usados os termistores, resistores
cujo valor muda com a temperatura.
Sensores mecânicos usados para detectar a presença física ou a posição de componentes
mecânicos como o cabeçote, papel, etc.
Sensores óticos estes sensores são mais duráveis que os anteriores e não têm qualquer
contato físico com seu acionador, além de ter uma resposta muito rápida. Esses sensores são
feitos de duas partes: o transmissor e o receptor. O transmissor é um LED e o receptor é um
transistor foto sensível. Quando a luz está presente, aciona um transistor, se o feixe de luz for
interrompido pelo dispositivo sendo controlado, o transistor é desligado.
2.12 Diagnosticando sensores.
Antes de desconfiar de qualquer sensor, verificar se suas conexões com a placa
controladora estão feitas corretamente. Se o sensor opera normal, pode haver problemas na
placa controladora, possivelmente nos circuitos ASIC ou no microprocessador.
Impressora acusa falta de papel, mas há papel na bandeja verifique se não há nada
impedindo o contato do sensor com o papel. Se o contato estiver perfeito, pode se começar a
diagnosticar o sensor. Se for do tipo mecânico, meça sua resistência com o ohmímetro e
acione-o manualmente. Se a resistência mudar, é sinal de que o sensor está bom, neste caso o
problema está na placa lógica.
O cabeçote não consegue se posicionar quando se inicia a impressora, o cabeçote precisa
ser posicionado corretamente no ponto zero; se ele não consegue achar o ponto, a
inicialização pode ser abortada ou então o cabeçote fica andando de um lado para o outro,
batendo nos limites do curso.
Verifique se o cabeçote está acionando o sensor. Se isto acontecer, o problema
estará no cabeamento do sensor ou na placa lógica.
Se o sensor for do tipo ótico ele pode ser testado com o multímetro na posição
voltímentro, coloque as pontas de prova na saída do sensor. Acione este último,
interrompendo o feixe de luz com um pedaço de papel. Ao fazer isto, deverá haver uma
alteração na tensão de saída do sensor. Se isto não acontecer, verifique se há tensão de entrada
no elemento transmissor entre 1,5 a 3,0 V e se não há nenhuma sujeira interrompendo o feixe
de luz.
Em algumas impressoras, existe uma fita plástica que corre paralelamente ao curso do
sensor ótico instalado no conjunto do cabeçote. Às vezes, esta fita fica suja e o sensor não
consegue ler a variação de luz na medida em que o cabeçote se movimenta. Se for o caso,
basta limpar a fita se esta estiver danificada, substitua.
O cabeçote se move de maneira inconsistente se as partes mecânicas estiverem normais,
é feito um diagnostico do sensor de movimento do carro geralmente do tipo ótico. Faça esta
medida em todos os sensores de movimento do carro; se um deles falhar em gerar os pulsos,
deverá ser substituído.
Controle de temperatura falhando em um ou mais componentes para um diagnóstico
certo, é preciso deixá-la desligada por 15 minutos até os circuitos esfriarem. Localize o
termistor suspeito e meça sua resistência. Se estiver em curto deverá ser substituído.
3. Manutenção de fonte chaveada para Computador (PC)
Ferramentas.
Multiteste
Ferro de solda
Estanho
Sugador de estanho
3.1 Fonte de um computador AT.
Fontes ATX são as mais usadas atualmente, e também as que mais pifam. O circuito
delas se parece bastante, por isso o conhecimento do circuito da fonte AT facilita o
entendimento das ATX, que em sua maioria usam o mesmo circuito, com a adição de uma
fonte stand by e um regulador de 3.3 volts. (figura 3).
Figura 3 - Esquema de uma fonte AT
Será apresentado cada estágio da fonte, citando os possíveis defeitos.
3.1.1 Entrada de tensão, retificador e filtro.
Parte da entrada da fonte. As maiorias das fontes são exatamente em iguais partes, e
em alguns casos não há o filtro de linha com bobinas e capacitores na entrada.
Como pode ser observado depois do fusível há um termistor. Esse termistor é um
NTC, que diminui a resistência, conforme a temperatura aumenta.
A utilidade do mesmo nesse circuito é amenizar o pico de corrente, no momento em
que se liga a fonte, para não danificar os diodos, os capacitores ou a chave, que iria deteriorar
os contatos em pouco tempo, devido ao faísca mento. Ver figura 4.
Figura 4 – Circuito para amenizar corrente de pico
Após o termistor, há um filtro formado pelos componentes T1, C1, C2, C3 e C4, que
tem por função evitar que o ruído gerado pelo chaveamento da fonte não seja propagado pela
rede elétrica. Além disso, o filtro desvia para a terra os eventuais picos de tensão vindos da
rede, por isso é importante sempre instalar o fio terra, ou na pior das hipóteses, ligá-lo ao
neutro da rede.
S1 é a chave seletora 110/220 volts. Na posição 220 ela fica aberta e não tem nenhuma
função no circuito. A tensão da rede será retificada e carregará os dois capacitores em série,
com cerca de 150 a 170 volts cada um, conforme a rede.
Com a chave na posição 110, o retificador passará a funcionar como um dobra-dor de
tensão, fazendo com que igualmente cada capacitor se carregue com 150 a 170 volts, numa
rede de 110 volts. Algumas fontes têm um circuito de comutação automática com relé.
Algumas fontes possuem em paralelo com os capacitores eletrolíticos, (C5 e C6) um
par de varistores, que entram em curto, caso a fonte receba uma tensão acima do suportado,
causando a queima do fusível e protegendo o resto do circuito contra maiores danos.
Geralmente esses varistores ficam envolvidos em um pedaço de luva termoencolhivel.
3.1.2 Defeitos relacionados.
O estágio de entrada da fonte não costuma apresentar muitos defeitos. Entre os
defeitos relacionados à entrada, podemos citar:
Não liga – fusível; queima quando é trocado Ponte retificadora em curto,
capacitores do filtro de linha em curto, varistores em curto. Também pode ser causado
por curto no circuito chaveador.
Não liga fusível queimado, mas não torna a queimar se for trocado Termistor
aberto, ou ponte retificadora aberta.
Não consegue manter as tensões na saída estabilizadas Capacitores do dobrador
de tensão secos.
3.2 Circuito chaveado.
Área da fonte onde acontece boa parte dos defeitos, sejam eles defeitos visíveis como
a explosão dos transistores, ou invisíveis, como a abertura dos resistores de partida. Essa
topologia de conversor com dois transistores usada na maioria das fontes é conhecida como
"forward em meia ponte". (figura 5).
O enrolamento que aparece no lado direito do desenho é o primário do transformador
principal, e T2 o transformador de acoplamento.
Reparando-se na ligação do T2, notamos que o pino 6 dele é ligado em série com o primário
do transformador principal, topologia essa que forma um circuito auto-oscilante. Esse circuito
oscila por conta própria, até que a tensão no secundário seja suficiente para alimentar o
circuito de controle e ele passe a controlar o chaveamento dos transistores, através do
transformador T2.
R3 e R6 são os resistores comumente chamados de resistores de partida. Eles servem
para aplicar uma corrente mínima na base dos transistores, para que eles possam iniciar a
oscilação. O valor mais comum para eles é 330K.
Q1 e Q2 são os transistores do circuito chaveador. Existem vários transistores usados
para essa função, sendo os mais comuns: MJE13007, MJE13009, 2SC4242, NT407F,
2SC2335, 2SC3039, 2SC4106 e 2N6740. Eles chaveiam alternadamente, numa freqüência de
cerca de 60 a 70 kilohertz.
Figura 5 – Circuito de chaveamento
3.2.1 Defeitos relacionados.
Essa é a área da fonte onde acontece boa parte dos defeitos, e no caso das AT, a
maioria dos defeitos. São eles:
Fonte queimando fusível Transistores em curto ou com fuga. Na maioria dos
casos de queima dos transistores, os resistores e diodos ligados nas suas bases
também queimam.
Não liga, tem tensão nos capacitores do dobrador e os transistores estão bons
Resistores de partida abertos.
Às vezes liga, às vezes não Um dos resistores aberto.
Aquecimento excessivo dos transistores Capacitores de acoplamento (C7 e
C8) secos. Mais provável de acontecer em fontes muito velhas.
3.3 Retificação e filtragem.
Parte da saída da fonte, onde é difícil acontecer defeitos, salvo nos casos de
travamento da ventoinha. (figura 6)
No lado esquerdo do desenho, temos os enrolamentos secundários do transformador
principal. Após ele, existem os diodos retificadores das saídas de +5 e +12 volts (esses diodos
ficam no dissipador), e alguns diodos menores que retificam a tensão das saídas negativas. A
tensão pulsante que sai do transformador é maior que a tensão das respectivas saídas.
Os pulsos nas saídas dos retificadores de 5 volts têm uma amplitude média de 10 a 14
volts, e os das saídas de 12 volts variam entre 24 e 28 volts.
Aplicando essa tensão de forma pulsada na bobina L1 e controlando a largura dos
pulsos, temos a regulação da tensão na saída.
L1 é a bobina toroidal que fica depois do dissipador dos diodos.
Na verdade são várias bobinas enroladas no mesmo núcleo. Ela serve para armazenar a
energia que a transformadora manda pulsada-mente e entregá-la para os capacitores. A razão
de serem todas enroladas sobre o mesmo núcleo é manter a uniformidade das tensões nas
saídas, independentemente da corrente que está sendo exigida de cada uma delas. Se essa
bobina queimar, é preferível reaproveitar os semicondutores da fonte e jogar o resto fora, pois
os capacitores com certeza também estarão imprestáveis devido à sobre tensão que sofreram.
Figura 6 – Retificação e filtragem
É bastante difícil achar uma bobina com as mesmas características da original, e se a
bobina substituída tiver alguma diferença nas relações de espiras, as tensões na saída ficarão
desiguais, podendo, por exemplo, a saída de 12 volts ficar com 16 volts. É raro os diodos
entrarem em curto; geralmente isso só acontece quando eles não têm um bom contato térmico
com o dissipador, ou a fonte é submetida a curto.
Os resistores e capacitores cerâmicos ligados nos diodos servem para suavizar a
comutação deles, aumentando a vida útil deles. Os resistores em paralelo com as saídas
servem para fazer um mínimo de carga na saída da fonte, para ela poder funcionar mesmo
quando ligada fora da CPU. Também ajudam as tensões das saídas de menor corrente a não
subirem demais, pois a corrente exigida delas é inconstante e sempre baixa.
3.3.1 Defeitos relacionados.
Fonte emite um "tic", mas não liga Algum dos diodos em curto.
Funcionamento instável e tensões altas nas saídas Bobina toroidal em curto.
Uma das saídas com tensão anormalmente baixa Capacitores dessa saída secos.
3.4 Alimentação do circuito de controle.
A alimentação do circuito de controle é retirada do retificador da saída de 12 volts
(D23) nas fontes AT, e da fonte stand by nas fontes ATX. Como ele é ligado antes da bobina
toroidal, no momento que a fonte for ligada e o circuito auto-oscilante do primário começar a
funcionar, a tensão nele chegará a um valor suficiente para fazer o circuito de controle
começar a funcionar bem antes que as tensões nas saídas cheguem aos seus valores nominais.
(figura 7).
Figura 7 – Circuito de Controle
3.4.1 Defeitos relacionados.
Componentes que costumam apresentar defeitos nessa área são os capacitores, e mais
raramente o resistor, que pode abrir caso o integrado do circuito de controle entre em curto.
Em todos os casos, a alimentação do circuito de controle fica prejudicada, podendo
causar vários defeitos diferentes:
Não liga e fica emitindo um ruído.
Funciona fora do gabinete, mas ao conectar na CPU não consegue partir.
Liga, mas a CPU não inicializa: Nesse caso, isso acontece porque as tensões nas saídas
estão abaixo do normal e / ou o sinal de "Power good" está ausente.
Tensões baixas na saída, emissão de ruído e superaquecimento dos transistores.
3.5 Circuito de controle.
Esse circuito controla o chaveamento dos transistores do lado primário, através do
transformador de acoplamento T2, e geralmente se baseia na tensão da saída de +5 volts, para
regular todas as saídas.
O integrado usado na maioria absoluta das fontes é o TL494, que têm vários "clones"
de outros fabricantes, incluindo alguns com nomes bem diferentes, por exemplo: Ka7500
(Fairchild e outros), IRM302 (Sharp) e M5TP494N (Mitsubishi). Ele é alimentado pelo pino
12. (figura 8).
Figura 8 – Circuito para controle do chaveamento.
Os pulsos de controle saem dos pinos 8 e 11, que são os coletores de dois transistores
que ele possui internamente, e os emissores são os pinos 9 e 10.
3.5.1 Diagrama interno do TL494.
Os transistores que controlam o chaveamento através do transformador são Q3e Q4.
Na maioria das fontes se usa o 2SC945, e o 2SC1815.
Ele pode e “deve” ser substituído diretamente pelo BC639, encontrado mais
facilmente nas lojas, e geralmente são mais barato.
Algumas fontes de alimentação chaveada usam outro transistor comum o 2N2222.
(figura 9).
Figura 9 – Diagrama do TL494
O 2N2222 que tem a pinagem diferente e pode ser substituído pelo BC337,
invertendo-se a posição dele em relação ao original. Eles podem queimar quando os
transistores do primário queimam. Mesmo uma pequena fuga neles impede a fonte de partir.
Geralmente, as tensões de referência e controle são aplicadas nos pinos 1 e 2 do
integrado. Os pinos 15 e 16 nem sempre são usados, e quando são usados costumam ser
ligados a circuitos de proteção, como sensores de corrente ou comparadores de sobre-tensão.
O pino 4 é a entrada de um comparador que serve para limitar o ciclo ativo. Quanto
maior a tensão nele, menor será a largura dos pulsos na saída. Nas fontes ATX esse pino é
bastante usado para controlar o liga/desliga da fonte, pois quando a tensão no pino 4 chega a
cerca de 4 volts os pulsos na saída do integrado cessam, desligando a fonte.
Os pinos 5 e 6 são do oscilador interno, e pelos valores do resistor e do capacitor
ligado a eles se define a freqüência de oscilação da fonte, geralmente cerca de 60.70 kilohertz.
O pino 14 é a saída de um regulador interno de 5 volts. Se houver a tensão normal no
pino 12 e o pino 14 estiver com 0 volts, muito provavelmente o integrado está com defeito.
3.5.2 Defeitos relacionados.
Transistores do lado primário queimados foram substituídos, mas a fonte
continua não funcionando Transistores Q3 e Q4 ou algum dos diodos com fuga.
Fonte não liga, ou fica com as tensões muito baixas nas saídas Integrado com
defeito, ou resistor R15 (geralmente de 1K5 / 1W) aberto.
3.6 Power good.
Aqui temos o circuito de Power good, recebe o nome de Power Good OK (PWR_OK),
encarregado de sinalizar para a placa mãe que as tensões estão dentro da faixa aceitável e que
ela pode inicializar. Nas fontes AT o Power good é o fio laranja, e nas ATX geralmente é o
cinza. Esse circuito é usado como exemplo é alimentado pela linha de 5 volts e simplesmente
inibe o sinal por algum tempo quando se liga a fonte. Existem circuitos mais elaborados,
como os que usam o LM339, alguns como o Lm393, e algumas fontes chegam a ter um
integrado supervisor especial que monitora todas as saídas e desliga a fonte se alguma delas
estiver fora da faixa de tensão aceitável. (figura 10).
Figura 10 - diagrama do diagnóstico da fonte chaveada
3.6.1 Defeitos relacionados.
Fonte liga, e a CPU não inicializa, e as tensões estão normais Ausência do sinal
de Power good.
CPU não inicializa quando é ligada, mas inicializa após se pressionar o "reset"
Sinal de Power good sempre ativo, ou acionando antes que as tensões estabilizem.
3.7 Sensor de corrente.
Esse circuito existe apenas em algumas fontes, servindo para limitar a largura dos
pulsos nos transistores do circuito chaveador, evitando que eles queimem no caso de ser
exigida da fonte uma corrente maior do que ela pode fornecer.
No canto direito superior do desenho, temos o transformador T3, que tem o primário
ligado em série com o enrolamento primário do transformador principal.
O sinal no secundário dele é retificado, filtrado, passa por alguns resistores e é
aplicado no pino 15 do TL494, que como já vimos é a entrada de um dos comparadores dele,
que nesse caso é usado para a proteção.
3.7.1 Diagrama do sensor de corrente (figura 11).
Figura 11 – diagrama do sensor de corrente
3.8 Fonte de um computador ATX.
3.8.1 Porque do desenvolvimento da fonte ATX?
Com a chegada dos últimos processadores da família 486 e do barramento PCI
(Peripheral Component Interconnect), apareceu também a tensão de 3.3 volts, que mais tarde viraria
um padrão de mercado para a alimentação das memórias e do barramento do processador, a
tensão conhecida como “VIO”. No começo, essa tensão era gerada na placa mãe, por um
regulador linear, a partir dos 5 volts da fonte. Com a chegada dos processadores “Pentium”
alimentados com 3.3 volts, surgiu à necessidade de um regulador com maior capacidade de
corrente, o que também exigia mais espaço na placa. Alguns fabricantes de micros “de
marca”, (IBM, Compaq, HP e afins), já haviam achado a solução para esse problema: A
própria fonte já tinha uma saída de 3.3 volts, eliminando a necessidade do regulador na placa
mãe. Alem disso, muitos desses “micros” tinham o recurso de poderem ser desligados via
software, coisa que até então era impensável nos micros padrão AT.
Ao mesmo tempo, as placas mãe passaram a ter vários dispositivos integrados nelas,
eliminando a necessidade das famosas placas controladoras.
Portas seriais, paralelas, entrada de joystick, e em alguns casos, até mesmo som e
vídeo, passaram a fazer parte da placa.
Como todo costume vira lei, essa tendência virou o que hoje é conhecido como padrão
ATX.
Conectores próximos e agrupados, possibilidade de se ligar e desligar o computador
via software, e uma nova fonte, com apenas um conector encaixado na placa, para o alívio de
todos aqueles que já queimaram uma placa mãe por terem invertido os conectores da fonte.
3.8.2 O que a fonte ATX tem que a AT não tem?
3.8.3 Diagrama de uma fonte ATX. (figura 12).
Figura 12 – diagrama de uma fonte ATX
3.9 Fonte stand by.
A fonte stand by é o maior ponto de incidência de defeitos em fontes ATX, por várias
razões, entre elas o fato de permanecer sempre ligada e ser um circuito delicado, se compara
do com a fonte principal. Como podemos ver, ela é basicamente um circuito auto-oscilante
com apenas uma chave ativa, e com a oscilação controlada pela tensão no capacitor C19.
Existem algumas variações. (figura 13).
Figura 13 – diagrama da fonte stand by
Como por exemplo, o uso de um FET ao invés de um transistor bipolar no lado
primário. No lado secundário, temos dois diodos, sendo um ligado em um capacitor de filtro e
na entrada de um integrado 7805. A saída do 7805 é a saída de 5volts stand by da fonte
(geralmente um fio roxo), tensão que deve estar sempre presente, independente do micro estar
ligado ou não. A outra saída é retificada pelo diodo D28 e é responsável por alimentar o
integrado de controle (o Tl494) com cerca de 24 volts.
O capacitor C19 é o maior causador de defeitos na fonte stand by, pois ele é
continuamente submetido à ripple, tendo a sua vida útil reduzida. A medida que ele seca, a
capacidade dele de reter carga diminui, conseqüentemente reduzindo a tensão sobre ele e
fazendo com que a oscilação do transistor Q12 aumente, aumentando também as tensões nas
saídas da fonte stand by, o que em longo prazo causa vários defeitos, como a explosão dos
capacitores C23 e C21, queima do integrado, queima dos resistores R13, R14 e R15, queima
dos transistores Q3 e Q4, e por fim a queima do próprio transistor da fonte stand by, que
causa a queima do fusível, ou de um resistor de 4,7ohms/2 watts que existe em série com o
primário do transformador em algumas fontes. Devido a isso, muitas fontes novas pifam antes
de completar um ano de uso, algumas não durando nem seis meses.
A melhor solução possível para essa imperfeição no projeto é a substituição do
capacitor C19 por um capacitor de tântalo de 10 uf / 25 volts. Pelo fato do capacitor de tântalo
ser quimicamente mais estável que o eletrolítico e não usar eletrólito líquido, a vida útil dele é
praticamente ilimitada.
Quanto ao valor, recomendo o 10uf /25V por ser o mais facilmente encontrado no
comércio, mas se o transistor chaveador dessa fonte for bipolar, pode ser usado um de 10 uF /
16v. Quem tiver capacitores de tântalo diversos em sucata, também pode usá-los, guardando
apenas com a ressalva de que a capacitância mínima recomendada é 4,7uF, e a tensão mínima
é 16 volts para uma fonte com transistor bipolar, e 25 volts para um circuito com FET.
Existem algumas fontes que possuem um circuito de realimentação (feedback) com
optoacoplador, e não sofrem desse problema. Algumas também usam um circuito chaveador
mais elaborado, ao invés do transistor, como por exemplo, o integrado TOP210.
3.9.1 Defeito relacionado.
Não liga Resistor de partida aberto, transistor chaveador queimado, primário do
transformador aberto.
3.10 Regulador de 3.3 volts
Existem basicamente três métodos para se ter uma saída de 3.3 volts numa fonte ATX,
cada qual com suas vantagens e desvantagens. O método mais comum é o uso de um
regulador linear alimentado pela saída de 5 volts, geralmente usando um FET de potência
(tipo o IRFZ48, ou o MTP60N03). A tensão no “gate” do FET é controlada por um TL431 ou
equivalente, cuja entrada é ligada através de um divisor resistivo na saída de 3.3 volts, onde
também é ligado o source do FET. Esse tipo de circuito tem a vantagem de ser simples e
conseguir uma boa regulação da tensão, e como desvantagem temos a quantidade de calor
gerada, visto que uma parte da energia é “perdida” no FET, que a converte em calor. O FET é
preso no mesmo dissipador que os retificadores das saídas de maior corrente, onde o fluxo de
ar da ventoinha consegue mantê-lo a uma temperatura aceitável. Se o FET entrar em curto, o
sintoma mais comum é a fonte simplesmente desligar assim que for ligada, devido ao
acionamento de uma proteção contra sobretensão nessa saída, proteção essa existente na
maioria das fontes. Um FET queimado pode ser substituído pelo IRFZ44 ou algum outro de
características semelhantes
O segundo método, um pouco mais raro, é simplesmente ter um retificador, bobina e
filtro independentes para a saída de 3.3 volts. Nesse caso, ela é uma saída como qualquer
outra, passando inclusive pela bobina toroidal. Esse método não dissipa calor como o
regulador linear, mas não existe uma regulagem efetiva dessa tensão, podendo ela ficar
demasiadamente alta ou baixa conforme a fonte e placa mãe que estiverem sendo usadas.
O terceiro método é o mais eficiente, mas também o mais complexo: o uso de um
regulador chaveado. Nesse caso, temos um FET controlado por um circuito PWM e uma
bobina, com um extremo ligado ao FET e um diodo ao terra, e outro extremo ligado na saída
de 3.3 volts. Em muitos casos, a portadora de referência para o chaveamento desse FET é
retira- da do próprio TL494, sendo o circuito de controle do FET apenas um comparador, que
compara a portadora com o sinal vindo de um amplificador de erro que monitora a tensão na
saída.
É um circuito encontrado bastante em fontes IBM. Algumas fontes têm um fio que
traz a referência para a regulagem dessa tensão diretamente do conector de saída, para garantir
uma regulagem mais efetiva.
3.10.1 Defeitos relacionados.
Liga e desliga regulador em curto, fazendo que a tensão suba demais e a proteção
desligue a fonte.
Computador não inicializa Regulador inoperante, fazendo que a tensão nessa
saída seja nula.
3.11 Controle de velocidade da ventoinha.
Algumas fontes - sejam elas AT ou ATX - possuem um circuito que controla e
velocidade da ventoinha, e traz como vantagem a redução do ruído da ventoinha, visto que ela
vai girar com a velocidade apenas necessária para manter a fonte numa temperatura aceitável,
acelerando quando for necessário.
Como podemos ver, o variação da resistência do termistor conforme a temperatura vai
variar a polarização na base do primeiro transistor, que varia a tensão na base do segundo e
conseqüentemente a tensão que chega à ventoinha varia junto, variando a velocidade dela.
Algumas fontes mais elaboradas possuem um sensor de corrente para a ventoinha que
desligam a fonte no caso dela travar. Algumas fontes também desligam-se a temperatura subir
demais. Geralmente esse termistor é preso no mesmo dissipador dos retificadores, que é o que
mais esquenta quando a fonte funciona com carga. (figura 14).
Figura 14 – diagrama do controle de velocidade da ventoinha
3.11.1 Defeitos relacionados.
O controle de velocidade da ventoinha dificilmente apresenta defeitos por conta
própria. Na maioria dos casos, a queima da ventoinha causa algum dano nesse circuito.
Ventoinha queimada foi substituída, mas não gira Transistor driver de corrente
aberto.
Não varia a velocidade Transistor em curto.
3.12 Outro tipos de fontes.
Alem das já conhecidas fontes AT e ATX, existem outros tipos de fontes, sendo a
maioria delas usadas em micros específicos. Alguns exemplos são:
ATX 12V Também conhecida como fonte para Pentium IV, é uma fonte ATX comum,
apenas tem um conector de 4 pinos que é uma saída de 12 volts adicional, que a placa mãe usa
para alimentar os reguladores de tensão do processador.
IBM (com 4 conectores de 6 pinos) Essa fonte, usada em vários micros IBM, sendo os
mais conhecidos os Pentiuns da linha Aptiva e 300GL, é uma fonte AT modificada, que
possui dois conectores comuns iguais aos da fonte AT e dois conectores adicionais que
fornecem 3.3 volts para a placa mãe e placa árvore ( onde ficam os slots ). Alem disso, o liga -
desliga é controlado por um conector auxiliar de 3 pinos ligado na placa mãe, que possui um
terra, a saída +5V stand by (sempre ativa), e o pino PS-ON, que quando é aterrado faz a fonte
ligar.
Compaq (anteriores ao padrão ATX) Algumas fontes dessa linha possuem a
particularidade de não terem um regulador de 3.3 volts, mas sim de 3.4 ou 3.5, devido ao fato
de alguns processadores Pentium funcionarem com essas tensões. Elas também possuem um
retorno de terra e da saída de 3.x volts (geralmente fios branco e roxo), para uma melhor
regulagem dessa tensão. Se ela for ligada com esses fios desligados, a falta de feedback faz a
tensão subir demais e a proteção contra sobretensão desliga a fonte, por isso a maioria
absoluta das fontes Compaq não liga fora do gabinete, apenas tenta partir e desliga.
ATX Dell e Compaq As fontes ATX usadas em alguns micros dessas marcas possuem um
conector ATX e um conector de 6 pinos igual ao das fontes AT, que também é ligado na placa
mãe. A pinagem do conector ATX é total- mente diferente do padrão e não possui nenhum
pino de 3.3 volts, tensão essa que é fornecida pelo conector auxiliar de 6 pinos. Algumas
fontes desse tipo não possuem a saída de -5 volts.
3.13 Pinagens dos conectores e cores dos fios.
3.14 Cores de fios mais comuns de cada saída da fonte.
Conexão Tipo fonte Cor de vio
+ 5 v --------------- Vermelho
+ 12 v --------------- Amarelo ou laranja
+ 3.3 v --------------- Laranja ou marrom
- 12 v --------------- Azul
- 5 v --------------- Branco
+ 5 vsb --------------- Roxo
Pg AT/ATX Laranja/cinza
ps-on --------------- Verde ou cinza
4. Monitores
4.1 Diagrama de blocos de um monitor. (figura 16)
Figura 16 – diagrama de blocos de um monitor
O sinal entra no monitor, através do cabo, e é separado o vídeo do sincronismo.
Enquanto que o vídeo pré-amplificado depois será amplificado e aplicado no tubo sob
a forma de três sinais diferentes, chamados de RGB (vermelho, verde e azul), o sincronismo é
direcionado para um IC que tem a função de tanto distribuí-lo para a parte do On Screen,
como para o processamento horizontal e vertical, que fará com que o monitor responda a
diferentes resoluções, o que corresponde a dizer a diferentes freqüências horizontais e
verticais.
O sincronismo vertical irá controlar o oscilador vertical e depois será aplicado na
bobina defletora ou Yoke (nome antigo); o sincronismo horizontal comandará o oscilador
horizontal e este oscilador terá o seu sinal amplificado e será aplicado nas bobinas de deflexão
horizontal; ao mesmo tempo é criada a alta tensão pelo flyback que será aplicada no segundo
anodo do tubo.
O flyback também é responsável por gerar algumas outras tensões para alimentar o
circuito e por gerar, através de um divisor resistivo preso mecanicamente a ele, a tensão de
foco e a tensão de screen. A tensão de foco possui um valor próximo a 1/5 da tensão do
segundo anodo ou chupeta, sendo assim, esta tensão de foco tem um valor próximo a 5.000
volts.
A tensão de screen é mais baixa (a tensão de screen também poderia ser chamada de
G2). O controle de brilho, normalmente, participa de um circuito comum, ao controle de G1.
G1 é uma tensão que controla o apagamento dos feixes de elétrons durante o período de
retraço. Normalmente também há um controle automático de brilho ou contraste, neste
mesmo setor.
A corrente do transistor de saída horizontal é monitorada de forma a não passar de
determinados limites e gerar uma alta tensão (lembre-se que a saída horizontal controla a
corrente que passa pelo flyback, que é um transformador sintonizado, e um aumento na
corrente sem aumento de consumo de corrente, no secundário, causaria uma alta tensão
superior a 25KV e a uma alta emissão de Raios – X, acima de valores permitidos.
O microcontrolador ou processador, em monitores modernos, geralmente trabalha
conversando com uma memória E2PROM ou EEPROM, utilizando um protocolo da Philips
chamado de I2C (Philips e I2C são marcas registradas). Em monitores, normalmente, existem
circuitos controles e ajustes para trabalhar com a altura, largura, posicionamento, efeito
almofada, etc.
Em monitores comuns, isto é feito por potenciômetros e trimpots, em monitores,
chamados de digitais, estes controles todos são feitos pelo micro controlador ou por um IC
específico, que trabalha em conjunto com o micro controlador e com os pulsos de sincronismo
horizontal e vertical.
A entrada de AC possui um filtro formado por indutores e capacitores visando enviar o
mínimo de ruído para a rede e em alguns monitores mais modernos e caros até o fator de
potência é controlado, para evitar perda desnecessária de energia. Logo após a entrada, vem o
DEGAUSS, nada mais que um PTC ou Varistor em série, com uma bobina que fica enrolada
em volta do tubo, e sua função é desmagnetizar o tubo toda vez que o monitor é ligado.
Desmagnetizar quer dizer tirar manchas nas imagens provenientes de campos
eletromagnéticos externos, como imãs, por exemplo. A fonte é composta de uma ponte
retificadora e um capacitor de valores entre 220uF a 560 uF (podem existir outros valores) e
tensão de isolação entre 385 a 500Vcc. Eles precisam ter esta tensão de isolação, pois estas
fontes funcionam com tensões entre 90 a 240 volts, geralmente. Para ver o valor de pico que
pode chegara 240 volts é dada a formula (VP = Vrms / 0,707 = 240 / 0,707 = 340 volts.
Com um capacitor deste, mesmo no pior caso, ele está a salvo. Se ligada em 127 volts
sobre o capacitor, sempre ficará uma tensão de aproximadamente 180 Vcc (varia entre 160 a
180 volts depende da rede de AC). Depois de retificada e filtrada a tensão da rede é aplicada
no coletor de um transistor bipolar, ou no source de um Mosfet de potência, através do
enrolamento primário do trafo de núcleo de ferrite da fonte.
Esta tensão também é aplicada sobre um divisor resistivo (esta é uma das formas de se
partir uma fonte) e um valor menor é aplicado no IC ou circuito responsável pela modulação
PWM do transistor chaveador. Se for um transistor bipolar uma onda quadrada será aplicada a
sua base e se for um Power Mosfets ou mosfet de potência, será aplicada ao seu gate.
A tensão de saída será monitorada através de um enrolamento isolado do trafo ou de
um foto acoplador e um regulador shunt (normalmente o TL431). Qualquer variação será
percebida e fará o transistor chaveador conduzir mais ou menos, de acordo com a modulação
por largura de pulso (PWM), deixando sempre correta a tensão na saída da fonte.
4.2 Problemas mais comuns.
Cores ou imagem alteradas.
Cabo quebrado monitor não liga, falta uma das cores ou monitor liga, mas não aparece
imagem.
CI de RGB pode queimar e aí não aparecerá nada na tela, falta de uma das cores, falta de
algumas cores.
Imagem arrastando cabo de vídeo com a malha quebrada ou cabo de má qualidade;
trocar o cabo ou colocar um ferrite no cabo. Falta da tampa sobre a placa do soquete do tubo.
Imagem fora de foco tubo fraco ou, geralmente, problemas no flyback.
Imagem com linhas de retraço problemas nos circuitos de brilho, G1 e screen. Muitas
vezes o culpado é o flyback; girar o ajuste do screen e ver se não há mau contato. Observe se
a imagem fica assim ou fora de foco depois de algum tempo do monitor ligado, se isto
acontecer é feito a troca do flyback.
Sem imagem, mas o monitor está ligando aumentar um pouco o screen e ver se a tela
começa a clarear se sim, verificar o cabo de ligação (pois os cabos onde os fios do RGB
podem estar partidos e os do sinc não, daí o monitor ligava, mas não aparece nada), verificar
também transistores, CI oi CIs do RGB.
4.2.1 Monitor não liga.
Capacitor de filtro da parte hot da fonte se ele estiver aberto ou com pouca capacitância
isto poderá acontecer, ou mesmo o monitor ficar intermitente, ora liga ora não liga.
Ponte retificadora verificar com um ohmímetro e com o monitor desligado e o capacitor
de filtro descarregado. Para descarregá-lo usar um resistor de valor baixo e colocar em curto
os seus terminais.
CI chaveador se for o 3842 ou 3844 há uma grande chance dele estar queimado,
principalmente se o transistor chaveador também estiver. Se for um CI que chaveia a tensão e
faz todo o controle, como os da série STR, STK, etc, verifique tudo antes de trocá-lo.
Chave liga/desliga Ver se não está oxidada, acontece com mais freqüência em monitores
mais velhos. Caso esteja boa, mas não pare na posição de ligado, colocar umas gotas de óleo
de máquina mecanismo.
Transistor chaveador se estiver queimado (aberto ou em curto) é feito o teste mas antes
identificar se é bipolar, mosfet, etc e tal.
4.2.2 Como reconhecê-los?
Pelo código.
Se for bipolar, teste como um transistor comum, mas ficando atento a diodos e
resistores que ele pode ter internamente. Se possível compare com um bom.
Se começarem com BUK, PHP, BUP são IGBTS, melhor compará-lo com um bom. Nos
monitores que arrumei, nunca vi usar um IGBT (são mais usados em inversores de freqüência,
etc e tal).
4.3 Ajustes de largura, altura, posição, etc, não atuam ou imagem deformada.
Potenciômetros e trimpots muitas vezes são responsáveis por estes defeitos. Se o monitor
for digital, verificar soldas frias no micro controlador, no CI responsável por estes ajustes
(normalmente indicado como processador de horizontal e vertical).
Bobinas defletoras Rara vez vi uma apresentar esse defeito, mas se for a última
alternativa, vasa a troca. Na troca de uma defletora, preste muita atenção para marcar a
posição de tudo o que estiver no tubo; pode precisar, eventualmente, fazer o ajuste de pureza e
convergência.
IC responsável pelo processamento horizontal e vertical (exemplo, o TDA9109) – caso
este CI apresente defeito, o problema citado acima acontecerá. É raro este componente
“pifar”.
Outros exemplos de CIS que podem apresentar este defeito são: KSS88C6232N, que é
um micro controlador usado em monitores Samsung e o STV7779, que faz o comando
de vertical e horizontal, mas é raro estes CIS darem defeito e, provavelmente, o defeito
em algum deles impedirá o monitor de funcionar, mas vale testar se for necessário.
Outro exemplo é o CI TDA4858, que é um processador de sincronismo e convergência
– verificar as suas tensões e os componentes associados a ele. Este CI é usado em
monitores LG.
Capacitores de poliéster ligados entre o transistor de saída horizontal e a defletora –
principalmente se o defeito for excesso ou pouca largura.
Tensões da fonte alteradas é bom verificar estas tensões, e componentes associados a
elas; caso encontre algum eletrolítico ruim troque por um idêntico de 105º C. Os capacitores
usados na filtragem da saída de fonte chaveada têm uma baixíssima indutância e resistência
interna e isto é muito bom quando se vai filtrar freqüências altas. Uma característica deles é
de serem para 105º Centígrados.
O ideal para testar um capacitor é um capacímetro, mas como não tinham, foi usado
um multímetro na escala de resistência e comparado com um bom.
4.4 Como medir.
Importante ressaltar que quanto menor o valor do capacitor, maior deve ser a escala de
medição de resistência usada e quanto maior o valor do capacitor, menor poderá ser a escala
utilizada.
Importante descarregar o capacitor antes do teste, bem como após cada teste. Isto deve
ser feito para que o teste seja correto, além de evitar danos ao multímetro. Para descarregar o
capacitor é só provocar um curto entre seus dois terminais através de uma chave de fenda ou
um alicate de bico, e para isto ele deve estar desconectado de qualquer circuito eletrônico.
Observação: dependendo do uso e do valor do capacitor, pode estar com muita carga e ao
colocar seus terminais em curto poderão ocorrer faíscas e um estalo. Caso o capacitor a ser
medido seja para uso com uma tensão alta e possua um valor na ordem de microfarads (uF)
pode ser necessário descarregá-lo através de um resistor de baixo valor (aproximadamente
100 Ohms) e só depois os seus terminais devem ser colocados em curto. Cuidado para não
levar choque.
- Colocar o multímetro na escala de resistência.
- Encostar uma ponta de prova em cada terminal do capacitor.
- Observar a movimentação do ponteiro do multímetro (não precisa marcar o valor).
- Caso o ponteiro suba e desça, o capacitor estará bom, ou seja, o ponteiro subiu, pois
estava circulando uma corrente para carregar o capacitor, terminada a carga acaba a
corrente e o ponteiro volta para a posição inicial, o infinito. Quanto maior o valor do
capacitor, maior será o tempo que o ponteiro levará para subir e descer.
- Se o ponteiro subir e ficar parado em alguma posição entre zero, e o infinito (mesmo que
comece a descer e pare) o capacitor estará com fuga, ou seja, uma corrente contínua está
circulando através dele e isto já é sinal que este capacitor não está bom.
- Se o ponteiro for direto para o zero o capacitor estará em curto. Também não está bom.
Neste caso toda a corrente fornecida pelas pilhas do multímetro atravessará o capacitor,
ele não oferece nenhuma resistência, e por isto o ponteiro vai para o zero.
- Se o ponteiro não se mover, o capacitor estará aberto, sem capacitância, e não estará bom.
Neste caso, o capacitor nem chegou a se carregar e é por isto que o ponteiro nem se
moveu. Ficou na posição indicada por infinito.
Dependendo do valor do capacitor deveremos utilizar escalas diferentes.
4.4.1 Exemplo:
Para medir capacitores acima de 10000 uF, use a escala X1.
Para medir capacitores entre 1000 uF a 10000 uF, use as escalas X1 ou X10.
Para medir capacitores entre 100 uF a 1000 uF, use as escalas X10 ou X100.
Para medir capacitores entre 10 uF e 100 uF, use as escalas X100 ou X1K.
Para medir capacitores entre 1 uF e 10 uF, use as escalas X1K ou X10K.
Para medir capacitores entre 100 nF e 1 uF, use as escalas de 1K ou 10K ou 100K.
Para medir capacitores entre 1nF e 100 nF, use a escala de 100K.
Para medir capacitores abaixo de 1 nF, use a escala de 100K, mas a leitura será difícil e,
consequentemente, o teste não terá precisão.
Observação: Com este teste não dá para saber o valor do capacitor, mas apenas se ele não está
aberto, com fuga ou em curto. Para saber o valor exato, é necessário o uso de um capacímetro.
Observações: Alguns capacitores eletrolíticos, geralmente os com alta tensão de isolação,
costumam apresentar uma certa corrente de fuga, sendo assim, pode ser que em determinadas
escalas o ponteiro suba e, ao descer, pare próximo ao infinito. Se isto acontecer, diminua a
escala de multiplicação e veja se o ponteiro chega ao infinito; caso isto aconteça o capacitor
estará bom.
Observações: Todos estes testes foram desenvolvidos com o auxílio da prática e embora
possam variar um pouco de multímetro para multímetro, sempre serviram para testar
capacitores.
É interessante que ao adquirir um multímetro, se escolha um que tenha várias escalas
de medição de resistência e seja capaz de medir valores máximos de 50M ohms para cima.
Para saber qual a maior resistência que um multímetro é capaz de medir basta ler o maior
valor da escala de resistência e multiplicar pela maior escala.
4.4.2 Exemplo:
Fundo de escala = 5K ohms
Maior escala = X10K
Maior resistência que pode ser medida = 5K x 10K = 50 M ohms.
Não pode encostar as mãos nas partes metálicas das pontas de prova, nem nos terminais dos
capacitores, pois isto alterará as medições e testes.
4.5 Monitor liga e desliga quase que imediatamente.
Flyback verifique, se possível, em um ambiente escuro, se o flyback não está vazando.
Caso isto aconteça, você ligará o monitor e quando surgir a alta tensão ela vazará pelo flyback
e a proteção desligará o monitor.
Capacitores ligados aos pinos do flyback principalmente capacitores cerâmicos e de alta
tensão de isolação, uma pequena marca, ou ponto escuro no corpo deles, pode indicar que ele
já era.
Verifique se há cheiro de ozônio se houver, procure por vazamentos de alta tensão, no
flyback, nos cabos de alta, no ponto onde está ligado o foco no tubo, em sujeira em volta da
chupeta.
Chave liga/desliga (on/off) podem apresentar defeito
On screen não funciona.
Verificar trilhas verificar trilhas que ligam o gerador de on screen com o amplificador de
RGB, muitas vezes elas estão interrompidas ou há solda fria em algum ponto desta ligação.
Verificar CI do on screen em alguns monitores, ele está na placa que vai presa ao tubo
(alguns monitores fivestar são assim), outras vezes ele estão junto com o micro controlador na
placa principal.
Verificar se não é o micro controlador que é o responsável pelo on screen, como
exemplo, o 66HC705807 usado no LG 520. Se, ele é quem gera o on screen, e mostra na tela
os ajustes que estão sendo feitos; mas, como dificilmente ele apresentaria só este defeito, de
qualquer forma, verifique os componentes ligados aos seus pinos 29,30 e 31, como os
transistores da saída RGB (Q331, 332, 333) responsáveis por isto.
4.6 Pouco brilho.
Verificar as tensões da fonte e ver se estão com os valores corretos. Desconfie dos
capacitores de filtro dos secundários da fonte. Se perceber que algum já foi trocado, troque-o
novamente, pode ser que resolva o problema.
Verificar o CI amplificador do RGB e, principalmente, os componentes ligados a ele.
Verificar os ajustes de sub-brilho e os capacitores e ajustes, caso exista, de G1.
4.7 Pouca luminância.
Verificar CI amplificador de luminância e componentes associados. Às vezes, um
problema na screen pode ocasionar problemas parecidos com falta de luminância. Tente
ajustá-la, dê algumas “batidas” em seu cursor e veja se algo acontece. Se nada acontecer, nem
com o ajuste o flyback pode ser o culpado.
4.8 Queima fusível ao ligar.
Verificar os diodos ou a ponte retificadora. Verifique o capacitor de filtro de entrada;
verificar a bobina desmagnetizadora.
4.8.1 Tubo manchado com cores.
Verificar a bobina desmagnetizadora, principalmente os seus contatos com a placa do
monitor. Verificar o PTC que vai ligado com ela e em alguns monitores, os resistores que
fazem parte do circuito de degauss, que é este circuito.
4.8.2 Um barulho de fritura constante no monitor.
Verifique o PTC da bobina desmagnetizadora; muitas vezes ele apresenta mau contato
e começa a faiscar internamente. Este PTC na grande maioria dos monitores, tem o formato
de uma caixinha preta de baquelite, se trocá-lo use igual ou de mesmo valor.
Pode-se também retirar a sua tampa e limpar os contatos que pressionam a pastilha ou
pastilhas dentro desta caixinha. Aumente a pressão dos contatos também. Colar a tampa com
alguma cola que não seja inflamável e resista ao calor.
Verifique se o barulho não vem da tomada de AC, o certo é limpar ou trocar a tomada do cabo
e a tomada da parede.
4.9 Monitores com o IC LM 1203.
Muitos monitores usam para processar e amplificar o sinal de vídeo o IC LM1203.
Este IC é composto de 3 amplificadores para vídeo e tem uma banda passante de 70 MHz. Os
pinos de entrada para os sinais que vem do micro e irão gerar as imagens são: 4, que
corresponde ao vermelho, 6 que corresponde ao verde e 9, que corresponde ao azul.
O nível do sinal em suas entradas geralmente é de 1 Vpp e nas suas saídas é de 6 Vpp.
Uma forma de se fazer o controle de contraste quando se usa este IC é usando um
potenciômetro entre os pinos 13 e 12. No pino 13, teremos a tensão de Vcc que alimenta o IC
(é uma ligação interna deste IC) e ligamos nele um lado do potenciômetro. No pino 12
ligamos o cursor do potenciômetro (10K) e o outro lado do potenciômetro ligamos no terra.
O controle de brilho também pode ser feito através da conexão dos pinos 24, 19 e 15
no cursor de outro potenciômetro. Um lado deste potenciômetro deve estar ligado ao terra e o
outro lado, ligado através de um resistor ao pino 13, que é o Vcc. Muitos monitores controlam
o brilho, atuando diretamente sobre a polarização do tubo. Isto é conseguido variando-se a
tensão contínua na grade 1 ou grade de controle.
Nestes casos, os pinos 24, 19 e 15 serão usados, independentemente, para controlar o
ganho de cada cor, através de trimpots. Os níveis de vídeo em sua saída deverão ser
amplificados por transistores ou por outro IC. Depois de amplificados, serão aplicados aos
três catodos e devem ter um nível de 60 Vpp. O controle interno de brilho do IC depende de
pulsos que entram na entrada de clamp (pino 14).
O circuito de brilho usará como referência o período em que os pulsos têm um nível
baixo e que corresponde a uma parte do período de apagamento horizontal.
O pino 11 fornece uma tensão de referência de 2,4 volts para que os amplificadores
possam funcionar corretamente. Algumas vezes, ele está ligado com os pinos 5, 8 e 10 através
de resistores e com os pinos 4, 6 e 9 através de diodos, mas o mais comum é ele estar ligado
através de resistores de 10 K ohms com os pinos 4, 6 e 9 (que são as entradas) e os pinos 5, 8
e 10 estarem ligados ao terra, através de capacitores de alguns uF.
Se não existir o sinal de clamp, (são pulsos e podem ser vistos com um osciloscópio
no pino 14) poderemos não ter imagem na tela. Se uma das cores faltar na tela o problema
pode ser o IC ou o componente (transistor) ligado na saída correspondente. É comum
encontrarmos soldas frias, capacitores secos e transistores queimados nesta parte do circuito.
Em alguns monitores, todos estes componentes ficam montados na placa que está conectada
com o soquete, e em outro ficam na placa principal.
Caso não exista imagem no monitor, aumente um pouco o screen (o ajuste de screen
geralmente fica no flyback) e veja se a tela fica cinza claro e tem exploração normal. Se tiver,
meça a tensão nos pinos de alimentação do IC LM1203, se a alimentação estiver correta (12
volts nos pinos 1, 13, 23, 28), troque o IC. Este IC é um componente que muitas vezes
apresenta problemas.
Capacitores ligados aos transistores que amplificam o sinal que vem deste IC podem
apresentar problemas, caso a tela esteja um pouco escura, verifique a condição destes
capacitores, principalmente os que estão ligados com as grades de controle, grade screen e
catodos. Se a imagem ficar com detalhes com um rastro, verifique os capacitores de
acoplamento (são os capacitores pelos quais deve passar o sinal de vídeo).
Se estes capacitores estiverem com a capacitância baixa, teremos uma resposta em
freqüência ruim e uma má qualidade de imagem, pois os sinais de maior freqüência, que
correspondem aos detalhes, serão atenuados. Veja se a blindagem metálica que há nesta placa
está bem soldada ao terra.
Em alguns monitores só teremos uma imagem perfeita após soldarmos as blindagens e
as aterrarmos.
Observações: Os pinos 1, 2 e 3 do conector DB15 estão conectados com o LM 1203 através
de resistores e capacitores. O pino 1 é o responsável pela cor vermelha, o pino 2 pela cor
verde e o pino 3 pela cor azul. Com a mistura correta destas três cores conseguimos todas as
outras.
4.10 Problemas mais freqüentes nessas marcas citadas.
Modelo: TCM1400G.
- não funciona nada trocar IC3842 (chaveador e regulador da fonte) e transistor 2SK1461
(chaveador da fonte).
4.10.1 Fivestar.
Modelo: FS4950.
- com pouco brilho e luminância LM1203N, C838 com pouca capacitância.
- com pouco brilho trocar C826, C822 e C828. Ajustar VR804, 805 e 806.
- monitor não liga e trafo da fonte faz ruído e as tensões estão com metade do valor
trocar flyback e verificar capacitor de 1uF e resistor de 10 ohms que ficam do lado direito do
flyback. Verificar mosfet IRFS640, se ele estiver em curto troque-o. Quando ele está em curto
a tensão de 50 volts fica próxima de 0 volt (leia os valores de tensão na placa).
4.10.2 Samsung.
Modelo: Syncmaster 3 - CVM4967.
- só o verde aparece verificar tensões sobre RG13, RB13 e RR13, ver se não estão abertas
ou se a trilha que os une não está interrompida.
- vazando AT trocar flyback e verificar componentes e trilhas próximas a ele que podem
estar danificados, devido ao vazamento de alta tensão (ver R425, R424, D408, etc).
- faltando umas das cores verifique soldas frias na placa do tubo, principalmente as
soldas do soquete e as soldas dos transistores e resistores de RGB, que polarizam o tubo.
Verifique também o cabo.
4.10.3 Syncmaster 3 NE.
- sem sincronismo vertical e horizontal IC401 (TDA4850).
- não liga verificar chave liga/desliga.
- as vezes liga outras vezes não liga verificar chave liga/desliga.
4.10.4 IBM
Modelo: G50.
- liga e a proteção desliga mexa no ajuste de screen para verificar se em algum ponto ele
liga, caso ele ligue verifique se o brilho funciona. Se o brilho não funcionar, teste R424,
Q414, Q412, não funcionar teste R424, Q414, Q412, R422, e R423. Se o brilho funcionar,
verifique o circuito de proteção
Modelo: 2778-06E.
- a imagem demora a aparecer ou está muito fraca meça a tensão de filamento (HT), se
estiver abaixo de 6,3 VDC, troque C926 (1000uF x 16 V – 105 º C).
4.10.5 PLESTOR
Modelo: 4950.
- sem vídeo, mas com sincronismo (a tela acende preta e se aumentar o screen dá para
perceber que ele está ligado) verificar o cabo VGA/SVGA de conexão com o micro.
4.10.6 AOC
Modelo: spectrum-4Vn.
- saindo de foco quando esquenta ou quando se aumenta a tensão de screen trocar
flyback.
4.10.7 Alfa Digital
Modelo: alfa digital2E.
- não tem uma das cores verificar cabo de ligação com a placa de vídeo.
4.10.8 LG
Modelo: 520SI.
- fonte não consegue armar trocar flyback (modelo do flyback = 6174Z-1003D).
Modelo: ES774G-N4(Flatron E7015).
- fonte tenta ligar e desarma verificar capacitor de 10nF x 1 KV e diodos ligados
diretamente nos pinos do flyback.
4.10.9 UPS
Modelo: UPS 1435.
- demorando muito para aparecer à imagem, foco e screen variando com o tempo
troque o flyback.
4.10.10 Goldstar
Modelo: 1465DLS.
- tela escurecendo lentamente trocar VR709.
4.10.11 UTC
Modelo: V-4987.
- ao ligar predomina o verde verificar o ajuste VR605 e o resistor R640. Se for preciso,
troque os capacitores de 1uF x100 Volts.
5. Monitores profissionais.
5.1 Sony
Modelo: PVM 1371PM.
- monitor piscando até desligar verificar soldas frias na fonte.
- sem ajuste horizontal C841.
- monitor piscando até desligar verificar soldas frias na fonte
- sem ajuste do horizontal verificar C841 (2,2uF x160V)
Modelo:BVM-1301P.
- Problemas no sincronismo da cor verificar IC8/BA.
- monitor não liga verificador triplicador, se não existir a tensão (+ ou - 6 volts) no pino 3
do IC2/CP, o monitor não ligará. Caso se injete neste pino uma tensão externa, o monitor
funcionará, porém ficará sem proteção contra sobre tensão na AT.
5.1.1 Panasonic
Modelo: TR930B.
- imagem pulando o vertical ao mudar de cena C501 (1uF x 50V ligado no pino 16 do
IC 501).
- sem sincronismo vertical colar dissipador em IC501.
6. Pinagem do cabo de vídeo de um monitor.
Conector macho.
Nº do pino Função
1 Sinal de vermelho.
2 Sinal de verde.
3 Sinal de azul.
6 terra do vivo do pino 1.
7 terra do vivo do pino 2.
8 terra do vivo do pino 3.
11 comando.
13 comando.
14 comando.
4, 10 e 11 Ligados em curto.
5, 9, 12 e 15 desconectados
7. CONCLUSÃO
Um dos aspectos importantes vivenciado durante o estágio foi o fato de familiarizar-mos com
a rotina de trabalho do técnico em manutenção de eletrônica, dentro de uma loja. Além disso, tivemos
a oportunidade de colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos durante a nossa formação
acadêmica.
Dentre as atividades desenvolvidas, cabe ressaltar os conhecimentos sólidos adquiridos e
habilidades sobre a eletrônica.
Ainda assim, temos a consciência de que não concluí o estágio com o pleno domínio da
eletrônica, mas certamente saímos mais qualificados e, aos poucos, nos profissionalizando para
enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo.
8. REFERÊNCIA
FONTE CHAVEADA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_chaveada> . Acesso em: 30 jun.
2008.
KNIRSCH, Jorge. A FONTE CHAVEADA. Disponível em: <http://www.byknirsch.com.br/artigos/03-11-
fontechaveada.htm> . Acesso em: 30 jun. 2008.
FONTE CHAVEADA. Disponível em: < http://www.qsl.net/pu1ssv/chaveada.htm> . Acesso em: 30 jun.
2008.
IMPRESSORA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Impressora> . Acesso em: 30 jun. 2008.
BERTINI, Luiz. MANUTENÇÃO ELETRÔNICA. Disponível em:
<http://www.luizbertini.net/manutencao.html> . Acesso em: 30 jun. 2008.