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FACULDADE 7 DE SETEMBRO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
RENATA DE OLIVEIRA COSTA
DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE ARMAZENAGEM DE PRODUTOS ACABADOS:
CASO DA EMPRESA ATACADÃO EMÍLIO DE MENEZES
FORTALEZA - 2013
RENATA DE OLIVEIRA COSTA
DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE ARMAZENAGEM DE PRODUTOS ACABADOS:
CASO DA EMPRESA ATACADÃO EMÍLIO DE MENEZES
Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharela em Administração.
Orientadora: Profa. Marília Ribeiro, Ma.
FORTALEZA -2013
RESUMO
Esta pesquisa teve por objetivo diagnosticar a gestão da armazenagem e movimentação de materiais em uma empresa atacadista e varejista do ramo de distribuição dos produtos de perfumaria, descartáveis e bomboniere. O presente artigo, que se trata de um estudo de caso, foi baseado em uma análise qualitativa realizada na empresa, em uma semana do mês de Abril do corrente ano, através da utilização de observação sistemática, que foi uma observação dos principais pontos da armazenagem da empresa, objetivando para a descrição precisa do que foi analisado, de uma investigação bibliográfica para obter um maior domínio sobre a temática do artigo para efeito de comparação com a prática. Verificou-se que a empresa não possui uma gestão adequada da armazenagem e movimentação, tendo que fazer modificações para uma melhor gestão e organização dos materiais. Uma das alterações sugeridas é a organização do layout e mudanças na infraestrutura física do armazém.
PALAVRAS-CHAVE: Armazenagem, Embalagem, Layout, Mão de obra, Movimentação.
ABSTRACT
This research aimed to diagnose the management of stockpiling and handling of materials on a wholesale company and retail branch distribution of perfumery products, disposable and bomboniere. The present article, which is a case study was based on a qualitative analysis carried out in the company, in one week of April of this year, through the use of systematic observation, which was a note of the main points of storage company, aiming for accurate description of what has been analyzed, a bibliographic research to get a better grip on the subject of the article for comparison with practice. It was found that the company does not have adequate management of storage and handling, having to make changes to better management and organization of materials. One of the suggested changes is the organization and layout changes in the physical infrastructure of the warehouse.
KEYWORDS:Stockpiling, Packing, Layout, Workforce, Handling
3
1 INTRODUÇÃO
Em meio a um mercado dinâmico, as empresas devem procurar a melhoria continua de
seus processos de gestão, como forma de adquirir ou manter vantagem competitiva. O
adequado gerenciamento de armazenagem e movimentação de materiais é um fator que
poderá auxiliar a organização nesse nível de competitividade, agilizando o processo da
empresa como um todo.
A forma de guardar materiais ou mercadorias, há algum tempo, era vista como
qualquer lugar que servia apenas para acondicionar as mercadorias, e o espaço destinado era o
menos adequado. Com o passar dos anos a armazenagem assumiu uma grande importância
para a logística, auxiliando na redução de custos de armazenagem dos produtos e no aumento
da satisfação dos clientes. Pois pode tornar mais fácil o controle das entradas e saídas de
produtos do estoque, evitando ou diminuindo a perda de espaço, de tempo e até mesmo do
próprio produto.
Assim, devido a importância que a armazenagem assumiu, com o passar do tempo
foram desenvolvidos meios para reduzir os espaços e guardar uma maior quantidade de
produtos. Dessa forma Pozo (2002, p. 76) comenta que a “armazenagem e manuseio de
mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logística”.
Em um armazém é necessário diagnosticar a existência ou não de problemas
relevantes a gestão de armazenagem nas empresas como o layout da armazenagem, as
máquinas e equipamentos de manuseio e movimentação, tráfego, pessoal, entre outros. Ao
identificar alguns desses problemas sabe-se, por exemplo, se o tráfego interno está bem
estruturado ou se o armazém precisa de uma reorganização nos métodos de serviço; se a
armazenagem luta ou não com a falta de dispositivos úteis de trabalho; se o espaço é
suficiente ou precisa de ampliação e se existem problemas de relações humanas no trabalho.
(SÉRGIO, 1979).
Na empresa objeto de estudo desse trabalho, serão observados os problemas como a
falta de layout adequado para o armazém, poucas estruturas (como porta-pallets e escadas
com trilhos) para armazenagem dos produtos e equipamentos adequados de movimentação, a
dificuldade de mão de obra capacitada e as embalagens logística.
O presente estudo apresenta a importância dos processos de armazenagem para uma
empresa de produtos acabados. Tem-se como objetivo aperfeiçoar o atual modelo de
armazenagem da empresa, pois se observou que a empresa estudada não tem uma
4
padronização de organização na armazenagem do seu depósito, assim, objetiva-se com esse
trabalho realizar uma análise da gestão da armazenagem e movimentação de materiais da
empresa Atacadão Emílio de Menezes, diagnosticando os eventuais problemas da
armazenagem e visando uma melhoria em sua gestão. Tal análise visa responder a seguinte
questão de investigação: Como diagnosticar a armazenagem da empresa Atacadão Emílio de
Menezes visando uma melhoria em sua gestão?
Assim na perspectiva de suplantar tal problema, a presente pesquisa tem por objetivo
principal diagnosticar, baseando-se na teoria, a gestão da armazenagem e movimentação de
materiais da empresa Atacadão Emílio de Menezes.
Para isso, foram determinados os seguintes objetivos específicos: construir revisão
literária sobre gestão de armazenagem, para melhor compreensão do assunto abordado;
identificar atributos de análise para diagnóstico da armazenagem nas empresas,
correlacionando sua importância com a gestão de armazenagem; analisar a gestão de
armazenagem da empresa Atacadão Emílio de Menezes, visando identificar os problemas
relacionados a armazenagem e movimentação; propor melhorias, no Atacadão Emílio de
Menezes, através da aplicação da análise dos atributos, visando melhorias em sua gestão.
Com o propósito de atender a tais objetivos desenvolveu-se a estrutura do artigo.
Inicialmente, no tópico 2 de revisão de literatura tem-se conhecimentos sobre gestão de
armazenagem, além disso, foi explicado neste capítulo, os atributos para gestão de
armazenagem que são: Movimentação de materiais, Equipamentos para movimentação e
armazenagem, Layout, Mão de obra e Embalagem. No tópico 3 de método explica a
metodologia adotada para realizar o presente estudo, tópico 4 de resultado da pesquisa e
proposta de melhoria, e por fim o tópico 5 com as considerações finais.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Neste tópico foram apresentados os conceitos bibliográficos utilizados ao longo deste
artigo, dentre eles os principais são: Gestão de armazenagem e Atributos para análise da
gestão de armazenagem.
5
2.1 GESTÃO DE ARMAZENAGEM
Segundo Bowersox e Closs (2001), a logística dentro das empresas foi posicionada
como uma das competências que contribuem para o processo de criação de valor para o
cliente e pode servir como base para obtenção de vantagens estratégicas.
Desse modo, tal autor afirma que a logística é indispensável para qualquer atividade de
produção ou de marketing, pois tem como objetivo tornar disponíveis produtos e serviços no
local onde são necessários, no momento em que são desejados.
Vale salientar que, a armazenagem é um dos componentes essenciais do conjunto de
atividades logísticas. Com a existência de um espaço físico para armazenagem é possível
guardar elevados estoques, tendo como atender a demanda com precisão. (BALLOU, 2006).
A armazenagem para Moura (1997, p.3) define-se como "[...] denominação genérica e
ampla, que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e a
distribuição de materiais (depósitos, centros de distribuição etc.)”.
Melhor explicando a definição acima, a armazenagem é um ambiente destinado para
guarda e controle dos diversos materiais que uma organização transporta, usa ou produz, a fim
de evitar os desvios, deterioração e mantê-los de forma que possibilitem pronta utilização ou
comercialização. Sendo também o local de entrada, controle e saída dos materiais.
Segundo Severo Filho (2006) a principal função de um armazém é estocar
mercadorias. Onde estoque é uma denominação usada para definir quantidades armazenadas
ou em processo de produção de quaisquer recursos necessários para dar origem a um bem.
Ballou (2006) acredita que as empresas necessitam de um sistema de estocagem para
atender as demandas dos produtos, se a demanda fosse conhecida com exatidão e os produtos
pudessem ser fornecidos imediatamente, não haveria necessidade de estocar, assim não seria
mantido estoque e por consequência o armazém. Acrescenta-se ainda que a estocagem e o
armazém tornam-se, mais do que necessidade, uma conveniência econômica.
Entretanto, a má gestão de estoques produz diversos efeitos indesejáveis. Pode
significar um aumento do número de itens obsoletos e no montante de produtos vencidos.
Assim gerando as avarias, furtos e/ou roubos que podem ocasionar prejuízos de até 6 por
cento da receita operacional líquida de uma empresa. Também, poderá gerar perdas de vendas
e até de clientes pela não disponibilidade imediata dos produtos, além de ser capaz de
impactar no aumento do volume total dos estoques que implicará numa maior necessidade de
área para armazenar os recursos operacionais. (PORTAL LOGWEB, 2012).
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Nessa perspectiva, Pozo (2002, p. 36) aponta armazéns ou almoxarifado para
diferentes tipos de estoques que as empresas possuem em sua organização, são:
a) Almoxarifado de matérias-primas: sendo o local onde se armazena as matérias-primas,
ou seja, material básico que irá receber um processo de transformação dentro da
fábrica, para posteriormente entrar no estoque de acabados como produto final;
b) Almoxarifado de materiais auxiliares: espaço utilizado para os materiais que auxiliam
o processo de transformação da matéria-prima dentro da fábrica mas não se agrega ao
produto, como por exemplo: lixas, óleos, ferramentas etc.
c) Almoxarifado de manutenção: estoque onde estão as peças que servem de apoio à
manutenção dos equipamentos e edifícios, tais como os rolamentos, parafusos,
ferramentas, peças etc. E na maiorias das empresas também é guardado os materiais de
escritório, como por exemplo papel, canetas, tintas etc.
d) Almoxarifado de acabados: local onde se armazena os estoques de produtos prontos e
embalados, que serão enviados aos clientes.
É importante lembrar que o presente estudo é realizado em uma empresa de
distribuição de produtos acabados, onde a estocagem de mercadorias é fundamental, pois
serve para atender a capacidade que a empresa possui para suprir seus clientes alvos, controlar
os custos para alcançar resultados favoráveis, adquirir produtos em grande quantidade
ganhando no aumento do preço do produto e para colaborar no processo de comercialização.
Segundo Viana (2002) o armazenamento de materiais não possui uma forma única que
ordene como os materiais devem ficar organizado no estoque. Desta forma tal autor cita
algumas alternativas de armazenagem que melhor atende o fluxo de materiais:
a) Armazenagem por agrupamento: agrupa materiais com as mesmas características,
facilitando as tarefas de arrumação e busca, embora nem sempre permita o melhor
aproveitamento do espaço;
b) Armazenagem por tamanhos: agrupa material de mesmo tamanho em uma área
especifica onde permite um bom aproveitamento do espaço, exige que todos os
documentos de entradas e saídas contenham a localização do material no almoxarifado
a fim de facilitar sua busca.
c) Armazenagem por frequência: consiste na estocagem dos produtos de maior
movimentação que ficam o mais próximo possível da saída.
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2.2 ATRIBUTOS PARA ANÁLISE DA GESTÃO DE ARMAZENAGEM
Neste tópico apresentam-se conceitos bibliográficos utilizados ao longo deste projeto
de pesquisa, que são ferramentas utilizadas na análise da gestão de armazenagem, tendo:
Movimentação de materiais, Equipamentos para movimentação e armazenagem, Layout, Mão
de Obra e Embalagem.
2.2.1 Movimentação de materiais
Segundo Fernandes (2012), a movimentação de materiais é uma tarefa que demanda
um grande esforço, devido ao volume de produtos movimentado, faz-se necessário a
utilização de equipamentos adequados para facilitar a execução dessa tarefa.
Moura (1997, p. 2004), complementa que “a maior parte do trabalho executado num
armazém consiste na movimentação de materiais”, que pode ser dividida em movimentação
durante a entrada do produto, durante a transferência do mesmo de um setor para outro e
durante a saída desse produto.
Nesse sentido, Bowersox e Closs (2001) enfatiza que o manuseio de materiais é uma
atividade que não pode ser evitada, assim destacando três atividades principais do manuseio
de materiais que são o recebimento, o manuseio interno e a expedição.
Segundo os autores o recebimento ocorre quando as mercadorias e materiais chegam
diariamente ao depósito em quantidades maiores do que as expedidas, e classifica a descarga
de veículos como a primeira atividade de movimentação de materiais.
Para Viana (2002, p. 43) “a atividade recebimento visa garantir o rápido desembaraço
dos materiais adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a quantidade
estabelecida, na época certa, ao preço contratado e na qualidade especificada nas
encomendas”.
De acordo com Francischini (2004, p. 112) “a função básica do recebimento de
materiais é assegurar que o produto entregue esteja em conformidade com as especificações
constantes no Pedido de Compra”.
O manuseio interno de materiais, conforme Buller (2012), consiste no transporte
rápido de pequenas quantidades e com um curto percurso no local de armazenagem. Pozo
(2002, p. 93) complementa que o manuseio de materiais “consiste em carregar e descarregar
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veículos de transporte, montar contêineres, caixas e todo e qualquer sistema de proteção ao
produto e de entrega ao cliente”.
Assim, movimentação interna é qualquer movimentação dos produtos dentro do
armazém, desde que seja transporte de pequenas quantidades de bens por distâncias
relativamente pequenas (BOWERSOX ; CLOSS; FERNANDES, 2001, 2012).
Já a expedição ou saída de materiais, é compreendida como a baixa do estoque
registrada através da emissão de notas fiscais de vendas ou, em se tratando de movimentações
internas, por meio de requisições de materiais que são documentos emitidos pelos setores
requisitantes ao almoxarifado.
2.2.2 Equipamentos para movimentação e armazenagem
De acordo com Fernandes (2012, p. 78) as operações de armazenagem apresentam
diferentes equipamentos que “[...] colaboram para o bom desenvolvimento de uma Gestão
Estratégica de Armazenagem e não simplesmente em um acúmulo de materiais em um
galpão”.
Para Viana (2002) o manuseio dos diversos materiais de um armazém pode ser
realizado:
a) Manualmente: é o manuseio feito pelo esforço físico de funcionários.
b) Por meio de carrinhos manuais: trata-se de manuseio efetuado por carrinho de duas ou
quatro rodas não automáticos.
c) Por meio de empilhadeiras: trata-se de um equipamento que pode se movimentar
horizontal e verticalmente e podem ser elétrica ou com motores a gás.
d) Por meio de paleteiras: trata-se de uma empilhadeira manual.
e) Por meio de pontes rolantes: trata-se de equipamento constituído de estrutura metálica,
sustentada por duas vigas ao longo das quais a ponte rolante se movimenta.
Conforme Viana (2002, p.324), “a característica comum aos sistemas de armazenagem
é a utilização de paletes [sic] para movimentação e estocagem [...]”, ou seja, a maioria das
mercadorias são movimentadas e estocadas em pallets para facilitar a movimentação dos
materiais com alguns equipamentos utilizados pelos operadores logísticos.
Moura citado por Fernandes (2012, p. 76) define,
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O paletes [sic] como sendo uma plataforma disposta horizontalmente para
carregamento, constituída de vigas ou blocos com a(s) face(s) sobre os apoios, cuja
altura é compatível com a introdução de garfos de empilhadeiras ou outros sistemas
de movimentação. Permite o arranjo e o agrupamento de materiais, possibilitando a
movimentação, estocagem e transporte como uma única carga.
Além dos pallets outros tipos de equipamentos convencionais que são as estruturas
porta-pallets onde, Francischini (2004) afirma que, a utilização das estantes porta-pallets tem
o propósito de otimizar a ocupação da estante e permitir o armazenamento aleatório, o que
significa que qualquer pallet pode ocupar qualquer posição no armazém.
2.2.3 Layout
A definição de layout para Viana (2002, p. 310) “é o gráfico que representa a
disposição espacial, a área ocupada e a localização dos equipamentos, pessoas e materiais”.
Complementando essa definição, Dias (1993) conceitua o layout como sendo à
disposição de homens, máquinas e materiais que permite envolver o fluxo de materiais e a
operação dos equipamentos de movimentação para que a armazenagem se processe dentro de
um padrão de economia e rendimento.
Segundo Ballou (2006) existem dois tipos de layout: o layout do espaço e de produtos.
O primeiro tipo é a configuração de um edifício ou melhor arranjo físico dos compartimentos,
prateleiras e corredores de estocagem. Já o layout do produto é a organização de cada produto,
especificando a localização de cada item, como serão ordenados e qual o método utilizado
para a localização de estoques no armazém.
De modo geral, para Viana (2002, p. 310), os objetivos do layout de um armazém
devem ser:
1 Assegurar a utilização máxima do espaço;
2 Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
3 Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento,
espaço, danos de material e mão-de-obra do armazém;
4 Fazer do armazém um modelo de boa organização.
O autor cita ainda que a metodologia geral, para projetar um layout de armazém,
consiste em se definir a localização de todos os obstáculos, localizar as áreas de recebimento e
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expedições, identificar as áreas de separação de pedidos e de estocagem, definir o sistema de
localização de estoque e por fim avaliar as alternativas de layout do armazém.
De acordo com Viana (2002) um layout bem estruturado pode ser considerado
fundamental para o bom funcionamento de um armazém, assim melhora o acesso ao material,
facilita o fluxo de materiais, diminui os locais de áreas obstruídas, aumenta a eficiência da
mão de obra, a segurança do pessoal e do armazém.
2.2.4 Mão de obra
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), responsável pelo
planejamento, organização, transporte e distribuição de bens e serviços, além de controle e
realização de outras tarefas associadas à armazenagem, o segmento logístico enfrenta o
desafio de formar profissionais que atendam às necessidades das indústrias, empresas de
transporte, operadoras logísticas e de varejo.
Acrescenta ainda que o profissional de logística vem ganhando importância devido à
necessidade das empresas em aumentar a competitividade. A revista fez uma pesquisa do
Perfil do Profissional de Logística e para chegar aos resultados foram entrevistados 1.153
profissionais, três vezes mais do que nas edições de 2010 e de 2011. Entre eles, 63%
trabalham no estado de São Paulo, o restante está distribuído pelos estados do Rio de Janeiro,
de Minas Gerais, da Bahia, de Pernambuco, do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina. O estado do Ceará não fez parte da pesquisa realizada pela revista.
A pesquisa indica que 43% dos profissionais de logística têm ensino superior, 39%
pós-graduação e 4% doutorado. Entre os principais cursos estão: logística, com 61%;
administração, com 22%; e engenharia, com 10%. Entre os entrevistados, em torno de 30%
atuam na área há mais de 10 anos e 16% a menos de um. A maior parcela, 24% deles, recebe
salários entre R$ 3 mil e R$ 6 mil por mês, enquanto 7% recebem entre R$ 12 mil e R$ 24
mil. O restante está na faixa de R$ 6 mil a R$ 12 mil mensais.
Bowersox e Closs (2001, p 332) comentam que “uma grande preocupação em relação
às operações logísticas, nas últimas décadas, tem sido a produtividade da força de trabalho”.
O que significa que nos dias atuais a mão de obra é mais escassa.
Para que se tenha uma mão de obra qualificada, ela deve ser bem remunerada, assim
sugere-se pagamentos gradualmente crescente, sendo levado em consideração o tempo e a
capacidade de aprendizado de cada profissional.
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Sendo já identificado pelo autor acima citado como um desafio, contratar e treinar
pessoal qualificado para operar um armazém, se torna ainda maior o desafio quando é para
atrair trabalhadores competentes e produtivos para o ambiente do armazém, pois como os
armazéns exigem trabalhos físicos e em locais nem sempre ideais, a dificuldade de atrair
trabalhadores é maior ainda. Além disso, uma vez contratado, o funcionário deve ser
adequadamente e permanentemente treinado para assegurar os resultados pretendidos no
sistema.
Vale destacar, ainda, a segurança desses profissionais quanto a utilização de seus
equipamentos, fazendo-se, assim, necessário o uso dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPI’s). Tais equipamentos são quaisquer meios ou dispositivos destinados a serem utilizados
por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o
exercício de uma determinada atividade.
Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou
dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos
simultâneos. (LOGISTICA PORTUÁRIA, 2009). Sendo citado:
a) Capacete: é um objeto que serve para proteger a cabeça de impactos externos,
geralmente são de material plástico com suporte interno regulável, sendo que alguns
têm viseiras adaptadas e resistente. Possuindo, geralmente, uma cor para cada função,
como exemplo os capacetes de cores azul são para os encarregados e responsáveis
pelas equipes, o vermelho para profissionais especializados e trabalhos em altura (ex.:
eletricista, soldadores e armadores). Utilizados por operadores de máquinas de forma
geral e em áreas onde haja incidência de ruído, risco de queda de objetos e objetos
volantes nocivos à face e a cabeça.
b) Luvas: material de segurança, com elástico embutido no dorso, tira de reforço externo
entre polegar e indicador, reforço palmar interno, utilizada para serviços que
requeiram proteção com maior tato no manuseio de materiais, ferramentas e outros em
indústrias em geral, campos de petróleo, montadoras, operadores de máquinas de
forma geral, armações metálicas, dentre outros.
c) Botina de segurança: material de segurança, com elástico coberto, com bico de aço,
utilizado para construção civil, atividades florestais, indústrias, armazéns logísticos,
postos de gasolina, serviços de segurança e outros.
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2.2.5 Embalagem
De acordo com Bowersox e Closs (2001), as embalagens tem um importante papel nas
atividades logística, desde o controle de estoques, onde a rapidez na separação de pedidos,
precisão e eficiência são influenciadas pela rápida identificação das embalagens; da facilidade
de manuseios de produtos adequadamente envolvido com embalagens logísticas e quanto a
qualidade do serviço prestado aos clientes, onde o uso das embalagens são para manter a
qualidade dos produtos durante a distribuição.
Pozo (2002) explica melhor três funções fundamentais da embalagem que passou a ter
papel importante no processo empresarial. A primeira, a embalagem de origem que é utilizada
pelas industrias para a proteção do produto, para o manuseio, transporte e armazenagem. A
segunda função que tem o papel de facilitar e incrementar a eficiência da distribuição, pois
nos sistemas logísticos, diversas vezes, os produtos mudam de domínio e local. E por fim a
função de apelo mercadológico e incrementador de vendas, que é a embalagem que chega aos
consumidores finais.
Ao mesmo tempo, a embalagem tem diferentes características, Bowersox e Closs
(2001) apresentam as formas de embalagens que são voltadas para o marketing, o meio
ambiente e para a logística.
Os autores acima citados, definem a embalagem com ênfase em marketing onde é
voltada para a conveniência do consumidor, tem o apelo de mercado, boa acomodação nas
prateleiras dos varejistas e dar proteção ao produto. As embalagens utilizadas pela logística
voltadas ao meio ambiente tem como exemplo as embalagens retornáveis pois possibilita a
reutilização da mesma, assim evitando o acumulo de embalagens como caixas de papelão,
sacos entre outros jogadas no meio ambiente.
Importante salientar que a embalagem logística, foco desta pesquisa, é definida por
Pozo (2002, p.91) como “um componente protetor do produto, que facilita seu manuseio,
conservando-o, ajudando em sua venda e até mesmo proporcionando benefícios adicionais”.
Assim uma das principais funções desse tipo de embalagem, conhecida também, como
embalagem secundária é a proteção contra avarias, manuseio de materiais e transmissão de
informação. No qual embalagem de transmissão de informação são caixas, sacos, entre
outros, que trazem informações de auxilio, como exemplo, informações de empilhamento
maximo do produto, peso e/ou volume.
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Na opinião de Francischini (2004, p. 224) “o sistema de embalagem é peça
fundamental na cadeia fornecedor-cliente [...]”, o que significa que os clientes querem receber
seu produtos em perfeitas condições, sem qualquer danificações.
Desse modo, Bowersox e Closs (2001) comenta inúmeros tipos de material que são
usados para a embalagem logística, podendo ser um tradicional papelão aos mais exóticos
tipos de plástico. O autor explica que em transportadoras comuns de cargas fracionadas os
produtos e peças são embalados geralmente em caixas de papelão, sacos, pequenas caixas, ou
mesmo barris, para maior eficiência no manuseio. Foram detalhados alguns tipos de
embalagens protetoras e/ou secundaria que auxiliam na movimentação dos materiais:
1 Embalagem de Filme Plástico: as embalagens à base de filme plástico utilizam
materiais flexíveis em vez de rígidos, sendo usados para criar as atuais embalagens
para embarques de bens de consumo como latas e garrafas, móveis, eletrodomésticos e
pequenos veículos. As embalagens flexíveis com uso de filme plástico oferecem
muitas vantagens uma delas é reduzir os custos da mão de obra do encaixotamento
manual.
2 Embalagem por acolchoamento: é uma forma tradicional de embalagem oferecida por
empresas de mudanças. Esse tipo de embalagem é ideal para acomodar produtos de
formato irregular, como mesas e cadeiras. As vantagens incluem a eliminação de
material de embalagem e seu descarte, tendo uma melhor utilização do espaço no
transporte e um desempacotamento mais fácil dos produtos.
3 Embalagens Retornáveis: a maioria das embalagens reutilizáveis é de aço ou de
plástico, apesar de algumas empresas reutilizarem caixas de papelão corrugado. Esses
tipos de embalagens são usados pelos fabricantes de automóveis que usam racks
retornáveis para a movimentação de peças entre fábricas; as empresas químicas
reutilizam tambores de aço. Os sistemas de armazéns são frequentemente utilizados
para garrafas de refrigerante, barris, pallets e tambores de aço.
4 Embalagem Intermediária de Carga a Granel: são usadas para cargas granuladas e
líquidas menores que a capacidade de um carro-tanque, mas maiores que uma
quantidade razoável de sacos ou tambores.
Como foi observado as embalagens são personalizadas para sistemas e produtos
logísticos específicos e sendo projetadas para minimizar os custos de embalagem e o descarte
de resíduos sólidos. (BOWERSOX ; CLOSS, 2001).
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3 MÉTODO
Neste tópico foram apresentados as caracteristicas e estratégias, População-Alvo e
Seleção de Amostra e o instrumento de coleta de dados utilizados no presente trabalho.
De acordo com Rampazzo (2005, p. 49) “a pesquisa é uma atividade voltada para a
solução de problemas por meio dos processos do método científico”.
3.1 CARACTERIZAÇÃO E ESTRATÉGIA DA PESQUISA
A presente pesquisa é caracterizada como descritiva e qualitativa. De acordo com Gil
(1996, p. 46) a pesquisa descritiva “têm como objetivo primordial a descrição das
caracterísiticas de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis”.
Nesse sentido, a pesquisa é descritiva porque descreve o processo de armazenagem de
produtos acabados da empresa Atacadão Emilío de Menezes, visando diagnosticar pontos
negativos e positivos na gestão de armazenagem.
É também caracterizada como uma pesquisa qualitativa, uma vez que explora dados
não quantitativos, onde será observado a gestão de armazenagem, identificada como a área
problema da empresa estudada. Pois, Malhotra (2006, p. 66) considera que uma pesquisa
qualitativa é “uma metodologia de pesquisa exploratória e não-estruturada que se baseia em
pequenas amostras com o objetivo de prover percepções e compreensão de problema”.
Quanto aos procedimentos, o trabalho apresenta-se como do tipo bibliográfico e de
estudo de caso. É bibliográfico uma vez que se fundamenta em uma base teórica, captadas em
livros, revista relacionada ao assunto, artigos e por meios da internet, sobre: Gestão de
armazenagem e seus atributos de análise. E estudo de caso, pois se limitou a uma determinada
área da empresa Atacadão Emílio de Menezes.
3.2 POPULAÇÃO-ALVO E SELEÇÃO DE AMOSTRA
De acordo com Cooper e Schindler (2001, p. 150), “ uma população é o conjunto
completo de elementos sobre os quais desejamos fazer algumas inferências”. O autor
complementa que um elemento da população é a pessoa que está sendo considerada para
mensuração e/ou a unidade de estudo.
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Esta pesquisa tem o propósito de analisar a armazenagem de todos os produtos da
empresa, que são produtos de perfumaria, descartáveis e bomboniere e não de um tipo
específicos, sendo analisado em um único depósito da empresa.
Neste trabalho a pesquisa foi não-probabilística, pois a coleta de informação
ocorreram através de conversas informais. Pretende-se abordar os níveis operacional e tático,
visando identificar os problemas deste estudo de caso.
3.3 INSTRUMENTO E PROCESSAMENTO DE COLETA DE DADOS
Neste sub-tópico têm-se os instrumentos utilizados na elaboração da pesquisa, como as
observações do processo de armazenagem na empresa, onde se identificou possíveis falhas na
forma de armazenagem e movimentação de material.
Na observação sistemática Lakatos e Marconi (2003, p. 193) afirma que “o observador
sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação”.
A modalidade de observação empregada nessa investigação é a participante, que
segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 177),
consiste na participação real do pesquisador na comunidade ou grupo. Ele se incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão proximo quanto um membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais deste.
Como a autora executa o cargo de compras na unidade observacional, tem a
possibilidade de “ganhar a confiança do grupo, fazer os indivíduos compreenderem a
importância da investigação” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 177), e com isso poder
colher o maior número de informações necessárias à pesquisa.
Assim, o pesquisador observou durante uma semana, nos dias 22 á 26 de Abril de
2013, os meios de armazenagens e movimentações dos materiais na empresa.
Foi realizado uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats)
dos atuais pontos de movimentação e armazenagem. É uma ferramenta muito utilizada na
gestão estratégica competitiva, que trata de relacionar as oportunidades e ameaças presentes
no ambiente externo, bem como as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da
organização. Desse modo, Matos (2007) define a matriz SWOT como uma análise ambiental
que identifica os rumos que a organização deverá seguir e quais os passos para que ela atinja
seus objetivos estratégicos.
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4 RESULTADOS DA PESQUISA
Neste tópico foi apresentado um diagnóstico da empresa onde relaciona seu atual
processo de armazenagem, movimentação e equipamentos. Também relatando uma breve
descrição das suas instalações físicas, capacidade de armazenamento e principais grupos de
produtos no qual a empresa armazena.
4.1 ATACADÃO EMÍLIO DE MENEZES
A empresa estudada surgiu em 2009, com um capital inicial de 20 mil reais, atuando
no ramo comercial atacadista e varejista. Tinha como distribuição os produtos de perfumaria,
descartáveis e bomboniere que, no geral, totalizavam 800 itens.
Hoje caracteriza-se como uma micro-empresa familiar, que atualmente tem um
faturamento médio mensal de R$ 100.000,00, com atendimento aos mercadinhos de bairros e
algumas redes de supermercados, sendo em torno de 250 clientes cadastrados na loja.
Para atendê-los a empresa detém um quadro de funcionários composto por 20
colaboradores sendo divididos da seguinte forma: quatro vendedores, três conferentes de
mercadorias, nove funcionários para carga e descarga, um estoquista e três funcionários (da
família) que fazem serviços gerais (atendimento do fornecedor, caixa, acompanhamento de
pedidos entre outros serviços). No período de sazonalidade alta (Outubro e Dezembro) a
empresa contrata pessoas temporárias para carregamento dos carros de clientes.
Além disso, a empresa possui um software de gerenciamento o MCFins, que facilita o
controle de entrada e saída de mercadorias do estoque, sempre informando os níveis do
mesmo em cada venda que é realizada. Atualmente a empresa conta com 2500 itens lançados
no sistema, que são produtos de perfumaria, descartável e bomboniere.
Das instalações física a estrutura geral da empresa estudada é composta por um único
prédio onde funcionam as vendas, finanças, separação dos pedidos e armazenagens. Sendo no
total de área construída 455m² dividindo-se em 100m² de loja e 355m² de depósito.
Como a empresa trabalha com uma diversidade de produto, faz-se necessário uma
gestão dos estoques para que haja um melhor controle e uma maior agilidade nos processos da
empresa.
Lançamento da mercadoria no
sistema MCFins
Conferência da mercadoria pela nota fiscal
Separação das mercadorias
Entrega das mercadorias ao
cliente
Recebimento
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4.2 GESTÃO DE ARMAZENAGEM
Apresenta-se o fluxograma do processo logístico da empresa. Onde inicia-se no
recebimento da mercadoria, após é conferido a mercadoria pela nota fiscal do fornecedor onde
verifica-se as quantidades de cada mercadoria, em seguida as mercadorias que chegam no
armazém são lançadas no sistema de venda da empresa, com a liberação da venda dessas
mercadorias é realizado a separação das mercadorias solicitadas pelo cliente, que por fim são
entregues ao cliente, conforme é mostrado na figura 1.
Figura 1: Fluxograma do processo logístico da empresa.
Fonte: Elaborada pela autora.
Para obtermos uma melhor visualização dos pontos estratégicos da empresa foi
realizado uma análise SWOT, conforme quadro 1.
Oportunidades Ameaças
1 Diferencial estratégico;
2 Fidelização dos clientes;
1 Concorrências com estruturas e equipamentos preparados para executar as tarefas de um armazém;
Pontos Fortes Pontos Fracos
1 Equipamentos de manuseio e estocagem
modernos em perfeitas condições;
2 Localização do depósito;
1 Ruído na comunicação interna;
2 Falta de comprometimento da equipe;
3 Ausência de um adequado layout na empresa;
4 Estoque avariado;
5 Excesso de produtos estocados;
Quadro 1: Análise SWOT.
Fonte: Elaborado pela autora.
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A empresa tem em media cinco concorrentes diretos em Fortaleza, onde foi
identificado um diferencial competitivo, a empresa observou como oportunidade a
diversidade dos seus produtos como um diferencial estratégico diante seus concorrentes, onde
trabalha com produtos que alguns dos seus concorrentes não focam, que são as perfumarias,
os descartáveis e a bomboniere. Tem uma fidelização dos seus clientes tendo
aproximadamente 70% dos clientes que compram a mais de 2 anos na empresa, essa
informação foi retirada do sistema operacional da organização.
Como pontos fortes foram identificados os equipamentos de manuseio e estocagem
que estão em perfeitas condições, porém o uso da empilhadeira e carrinhos manuais são
apenas para descarga de caminhões. A localização do depósito, também identificado como um
ponto forte, pois como a loja fica na frente do armazém não se torna um percurso muito
distante para separar as mercadorias e entregá-las ao cliente.
A ameaça identificada foi da concorrência com estruturas e equipamentos preparados
para a execução das tarefas de um armazém, embora a empresa possua equipamentos
modernos e em perfeitas condições, não utiliza seus equipamentos adequadamente, assim
deixando de executar tarefas pela falta de estrutura que comporte o manuseio efetivo dos
equipamentos. O que significa que com um desenvolvimento de armazenagem eficiente as
empresas agilizam muito seus processos.
Os pontos fracos identificados foi o ruído na comunicação interna, onde a empresa não
consegue expor as condições de trabalho para seus funcionários, não ficando claro o que tem
que ser feito; a falta de comprometimento da equipe, onde os funcionários vêem a
desorganização no armazém e não tem nenhum comprometimento em ajudar ao responsável
do depósito sem a necessidade de ter alguém supervisionando; ausência de um adequado
layout na empresa, pois a empresa não possui uma padronização em sua organização de
armazém; estoque avariado, devido a grandes pilhas de mercadorias e a falta de
equipamentos especifico para o devido manuseio; e por fim o excesso de produtos estocado,
tendo época de estocar além da capacidade.
Vale destacar que a empresa estoca grandes volumes de mercadorias, onde na maioria
das vezes ultrapassa a capacidade de armazenagem do depósito. Pois, a capacidade estimada
deste é de 10 mil unidades em estoques, mas frequentemente se tem estocado de 15 a 25 mil
unidades, sendo empilhados além da quantidade permitida, assim ocasionando algumas
avarias no produto.
19
A identificação dos problemas para posterior solução poderão ser melhor
diagnosticados a partir dos atributos listados no sub-tópico a seguir, pois são pontos de grande
impacto na empresa.
4.3 ATRIBUTOS PARA ANÁLISE DA GESTÃO DE ARMAZENAGEM
Foi abordado cada atributo de armazenagem utilizado pela empresa na perspectiva de
diagnosticar sua gestão.
4.3.1 Movimentação de materiais
O processo de armazenagem realizado pela empresa inicia-se com a chegada das
mercadorias na empresa, logo o funcionário recebe e confere junto ao distribuidor as
quantidades dos produtos se estão de acordo com o que foi pedido no ato da compra. Sendo
uma única pessoa para receber e organizar o armazém.
No momento do recebimento o funcionário armazena as mercadorias, dependendo da
quantidade do produtos, em porta-pallets dividindo os produtos por cor ou fragrâncias
dependendo de suas especificações.
Já quando há um volume do mesmo produto e de mesma especificação são
armazenados em pallets de madeiras no chão para aproveitar o espaço com lotes maiores para
cima.
Vale destacar que as mercadorias são diretamente armazenadas nos porta-pallets no
ato do recebimento, pois não possui um local específico para fazer a conferência das
mercadorias antes de entrar no armazém.
O movimeto interno de mercadorias ocorre na carga e descarga de caminhões de
fornecedores e para separar os determinados produtos do cliente, onde os funcionários da
separação circulam pelos corredores recolhendo as mercadorias desejada diretamente dos seus
lotes.
A expedição da mercadoria ocorre diretamente para os carros dos clientes, onde não há
uma previa separação dentro do armazém.
20
4.3.2 Equipamentos para movimentação e armazenagem
No depósito de 355m² a empresa tem três prateleiras porta-pallets com três níveis de
altura, conforme figura 2.
Figura 2: Estoque do Armazém
Fonte: Arquivo Digital
A armazenagem é realizada da seguinte forma, produtos mais leves ficam no terceiro
nível (fraldas, absorventes, salgadinho entre outros), no segundo nível são armazenados os
produtos mais frágeis (shampoo, creme capilar entre outros) e por último os produtos mais
pesados (bombons, pirulitos, chicletes etc).
Entretanto, alguns produtos da perfumaria e descartáveis que chegavam em menor
quantidade, eram estocados em um depósito menor no segundo andar da loja, sendo agrupado
diretamente no chão, conforme figura 3.
Figura 3: Estoque do depósito
21
Fonte: Arquivo Digital
A distância de um porta-pallets ao outro, ou seja, as ruas, eram de 1 metro.
Além dos porta-palletsa empresa utiliza-se de empilhadeira a gás para realizar os
descarregamentos das mercadorias, quando os produtos vêem de forma adequada da fábrica.
Mas, não possui espaço para locomoção da empilhadeira dentro do depósito, pois o
espaço entre os corredores são pequenos, assim a empilhadeira só é usada para descer a carga
do caminhão e ser colocada no chão onde os funcionários levam as caixa dos produtos até o
local de destino.
Possui também os carrinhos manuais e as paleteira mas, não tem utilização na
empresa, apenas para auxiliar na descarga do caminhão assim como a empilhadeira.
A armazenagem é feita pelo serviço manual (utilização da mãodeobra dos homens
para carregar os produtos), devido a falta de espaço entre um corredor e outro.
Para separar um produto que fica no terceiro nível é utilizado escadas de madeiras
onde as pessoas que separam sobem para buscar o produto desejado, na maioria das vezes
esses produtos são jogados de cima para baixo e em outros casos são puxados por longas
varas, como já foi citado anteriormente no terceiro nível ficam armazenados produtos leves.
4.3.3 Layout
Devido ao pouco espaço entre as prateleiras dificulta-se a movimentação entre as
pessoas para separação dos pedidos e obtêm-se um maior tempo na separação de cada um
desses pedido.
Os principais problemas na área de armazenagem foram com a falta de organização do
layout onde a ausência de uma distribuição correta dos materiais dentro da organização geram
perdas de alguns produtos do estoque. Como por exemplo, uma mercadoria X que chega hoje
é armazenada em determinado local, na próxima compra chega a mesma mercadorias X e o
responsável pelo recebimento já armazena em outro local, dificultando o processo de
separação dos produtos.
Devido a falta de padronização na organização do armazém, os funcionários da
separação de pedidos têm uma dificuldade na procura dos produtos, assim sempre tendo que
perguntar a quem recebeu a mercadoria.Ocorre, ainda, uma dificuldade na memorização do
localonde a mercadoria foi estocada pelo próprio funcionário que recebeu, tendo uma
22
probabilidade de não entregar determinado produto para o cliente por não encontrar no
momento da separação, ocorrendo a devolução do dinheiro do produto ao cliente.
Referente aos locais de cada produto não há uma identificação, ou seja, quando
chegava mercadoria qualquer lugar vazio era estocado a mercadoria que estava sendo
recebida.
Além disso, o depósito tem uma iluminação precária onde há a necessidade de utilizar
as luzes acesas durante todo o dia e o armazém é mal arejado, pois possui pequenas entradas
de ar.
4.3.4 Mão de obra
Quanto ao processo de armazenagem fica na responsabilidade de um único funcionário
encarregado, esse o que é o mesmo que recebe as mercadorias ao chegar na empresa.
Uma das dificuldades que se encontra hoje na empresa relacionado a armazenagem é a
falta de mão de obra qualificada para a gestão de estocagem. Pois há uma rotatividade muito
grande com o profissional do estoque, ficando sempre uma falta para a cobrança de
organização do armazém.
Quanto a captação de funcionários na empresa, não existe um profissional de recursos
humanos para selecionar e treinar os candidatos as vagas oferecidas. Não realizava seleções
para identificar a qualificação de cada cargo.
Para o manuseio dos pallets com mercadorias na empilhadeira, não há um profissional
habilitado para a utilização do equipamento, onde o pouco manuseio que há é realizado por
uma pessoa que não tem experiência teórica só a do dia a dia.
Quanto ao fardamento a empresa entrega fardas padronizadas (shorts e blusas) de cor
lilás e preto, eles usam sandálias de borrachas e não utilizam nenhum tipo de EPI’s.
Na empresa o único incentivos para os funcionários do depósito é o financeiro para
que tenham assiduidade, já nas outras áreas, como por exemplo a de vendas a empresa
procura capacitar os funcionários com auxílio no pagamento de cursos e faculdades.
Na movimentação dos materiais existem nove funcionários, sem contar com o
responsável pelo recebimento e armazenagem dos produtos. Essa quantidade varia muito, pois
nos começo de cada mês ou em período de maior demanda é necessário terceirizar a
capatazia, para atender melhor o cliente.
4.3.5 Embalagem
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A empresa não se utiliza de embalagens protetoras para envolver os lotes estocados.
As únicas embalagens usadas são as que possui no produto e vem direto da indústria, como as
caixas de papelão e sacos que envolve grandes quantidades de mercadorias.
Tem-se, assim, um risco maior no momento da movimentação das mercadorias, pois
como foi citado no tópico de equipamentos para movimentação e armazenagem, quando os
funcionários usam longas varas para tirar produtos do terceiro nível ocorre de cair vários
produtos além do que se precisa, devido a falta de embalagem protetora para lotes empilhados
nos porta-pallets.
4.4 PROPOSTA DE MELHORIA
Este sub-tópico tem como objetivo de propor sugestões de melhorias para cada
atributo comentado.
Observou-se que na empresa há a necessidade de reorganizar o espaço físico do
armazém, para melhorar no fluxo do recebimento, manuseiointerno e expedição. Sugere-se
uma adequação do ambiente de trabalho, isto é, uma área específica para recebimento das
mercadorias e que os corredores sejam bem definidos.
Para a empresa ter um potencial competitivo, é importante a estruturação física de seu
armazém, assim podendo aperfeiçoar suas estratégias de armazenagem.
No que diz respeito aos Equipamentos para movimentação e armazenagem deve-se
utilizar os equipamentos de movimentação que a empresa possui, como empilhadeira e
carrinhos manuais no processo de movimentação da empresa, colocação de escadas com
trilhos acoplados nas estruturas, facilitando o deslocamento de uma ponta a outra da estrutura.
Para viabilizar a verticalização da estocagem, seriam necessárias tais escadas para manuseio
dos produtos. Esse tipo de armazenagem possibilita aproveitar de forma mais eficiente o
espaço disponível para armazenagem, já que utiliza totalmente o espaço vertical do armazém
por meio do empilhamento máximo, tendo facilidade na carga, descarga e distribuição nos
locais acessíveis aos equipamentos de manuseio de produtos.
Um fator importante a ser considerado é o layout do armazém, como foi relatado, a
única forma de organização dos produtos é quanto aos tipos de produtos. Não há padronização
na armazenagem, ou melhor não há um layout adequado definido. Aumentando o espaço nas
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ruas facilita-se o fluxo e a movimentação no depósito. Com a padronização e organização do
layout nos porta-pallets pode permitir a otimização do espaço útil de armazenagem.
Com a definição do layout tende-se a reduzir o tempo de manuseio dos produtos, por
meio do endereçamento e melhor disposição dos produtos, assim tendo uma maior eficiência
na movimentação das pessoas e equipamentos nos corredores do depósito.
Melhorar as condições colocando vitrô para melhorar a iluminação e ventilação do
armazém.
No que se refere a mão de obra a empresa precisa procurar auxílio em instituições para
capacitar seus funcionários e criar uma área de aperfeiçoamento da mão de obra, valorizando
os funcionários mais antigos e capacitando-os para assumir um depósito.Adotar o uso de
EPI’s, assim o risco de acidentes será menor.
Trabalhar com os funcionários incentivos como: bonificações de desempenho, realizar
palestras onde mostre a importância do trabalho de cada um para a organização oferecendo
crescimento pessoal, sentimentos de participação e senso de realização futuras.
Para diminuir os ruidos de comunicações na empresa, sugere-se que os funcionários
possam ter melhores informações das estratégias de armazenagem da empresa e que o emissor
procure ter a mesma linguagem que o receptor das informações.
Quanto à embalagemse faz necessário o uso de filme plástico para envolver os lotes,
onde poderá reduzir os danos ocasionados pela movimentação do produto.
Para que seja diminuido os estoques avariados por motivo de excesso de produtos
estocados é necessário que os produtos seja estocados de acordo com seus pesos e volumes,
onde possa ser respeitado as informações contida na embalagem do produto.
Por fim, com a diversidade de produtos armazenados pela empresa, um importante
ponto a ser melhorado na gestão da armazenagem é a utilização de ferramentasde tecnologia
da informação para auxiliar no controle dos principais processos de armazenagem.
As medidas propostas acima visam melhorar a forma de armazenagem e
movimentação de seus produtos e, consequentemente, otimizar os processos e torná-los
menos custosos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi constatado que a empresa não possui uma gestão de armazenagem e
movimentação de materiais de forma adequada, o que é uma grande deficiência, visto que, a
mesma investe uma maior quantidade de recursos neles.
Os atributos de análise da armazenagem e movimentação funcionam como mais uma
ferramenta de controle, pois irá possibilitar uma melhor e maior eficiência, nos processos de
entradas e saídas das mercadorias evitando que produtos novos sejam despachados antes dos
antigos devido a isso que algumas mercadorias possam ficar por um longo período estocado,
gerando desperdícios.
A movimentação e mão de obra é um atributo muito importante, pois com os
equipamentos certos de movimentação será menor o esfoço braçal do funcionário, onde ao
invés de carregar mercadorias na cabeça ou no ombro passa a utilizar os carrinhos manuais.
Observou-se que não há padronização e organização quanto ao layout, nem locais
específicos para realização do controle de entradas e saídas dos produtos, bem como um
espaço apropriado para o uso de equipamentos para a armazenagem e a movimentação dos
mesmos.
O presente trabalho apresenta sugestões para a empresa Atacadão Emílio de Menezes,
diagnosticar as possivéis falhas da armazenagem, onde se iniciou com pesquisas teóricas,
após analisou os processos de gestão de armazenagem na empresa e por fim propos melhorias
para os principais pontos observados.
Pode-se concluir que a empresa tem muito que melhorar no processo de gestão da
armazenagem de seus produtos, precisando focar na estruturação do layout. Observa-se que a
importância de uma gestão de armazenagem é nítida para as empresas, mesmo para as de
pequeno porte como é o caso da pesquisa. Desse modo, sugere-se para pesquisas futuras o uso
da ferramenta 5W2H para solucionar cada atributo de análise exposto nesta pesquisa.
26
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático-2.ed.-São Paulo: Atlas, 2002.
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APÊNDICES
Apêndice A – Carta de Autorização de Participação da Atacadão Emílio de Menezes no
Estudo de Caso
Autorização de Participação da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 15 de maio de 2013.
Eu, RENATA DE OLIVEIRA COSTA, aluna do Curso de Graduação em
Administração da Faculdade 7 de Setembro (FA7), sob orientação da Profa. Marília Ribeiro,
solicito permissão para obter voluntariamente de sua empresa informações que serão
utilizadas, após tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em
andamento sobre Diagnóstico da Gestão de Armazenagem de Produtos Acabados: Caso da
Empresa Atacadão Emílio de Menezes.
As informações declaradas nesta pesquisa serão mantidas em sigilo, como também o
anonimato da empresa e do respondente.
No aguardo do aceite, agradecemos a atenção dispensada.
RENATA DE OLIVEIRA COSTAPesquisadora
Profa. Marília RibeiroOrientadora da Pesquisa
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Apêndice B – Instrumento de Pesquisa – Observação Participante
DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE ARMAZENAGEM DE
PRODUTOS ACABADOS: CASO DA EMPRESA ATACADÃO
EMÍLIO DE MENEZES
ARTIGO CIENTÍFICO
Curso de Graduação em Administração
Anotações Referentes às Observações
1. Observar o processo de gestão de armazenagem dos produtos acabados;
2. Observar o processo de movimentação dos produtos dentro do armazém;
3. Analisar como é realizado o uso dos equipamentos de armazenagem e
movimentação;
4. Analisar o layout utilizado pela empresa;
5. Observar durante o período da pesquisa as condições de trabalho da mão de obra
logística.