td ita compreensão textual ii

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Interbits – SuperPro ® Web 1[ 120800 ]. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo. Quando se aproximava ___ tarde, logo depois do almoço, ___ moça largava ___ roupas secando, para, ___ cinco, voltar com o ombro entulhado, ___ casa, direto ___ engoma ___ ferro de carvão. a) a – a – às – as – a – à – à b) à – à – às – as – à – a – à c) a – a – as – às – a – à – à d) à – à – as – às – à – a – a e) a – a – as – às – a – à – a 2[ 120798 ]. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa correta quanto à classificação sintática das orações grifadas abaixo, respectivamente. Acredita-se que a banana faz bem à saúde . Ofereceram a viagem a quem venceu o concurso . Impediram o fiscal de que recebesse a propina combinada . Os patrocinadores tinham a convicção de que os lucros seriam compensadores . a) subjetiva – objetiva indireta – objetiva indireta – completiva nominal b) subjetiva – objetiva indireta – completiva nominal – completiva nominal c) adjetiva – completiva nominal – objetiva indireta – objetiva indireta d) objetiva direta – objetiva indireta – objetiva indireta – completiva nominal e) subjetiva - completiva nominal - objetiva indireta - objetiva indireta 3[ 121032 ]. (Ueg 2013) Acudiro. Nhola tinha ânsia, tonteira, celeração, corpo largado, não via nada, nem a lampa da candeia. Dei chá de goiabeira. Esperei clareá o dia, bandiei o corgo, fui na casa da Delíria. Aí falei: Página 1 de 31

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1 [ 120800 ]. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo.

Quando se aproximava ___ tarde, logo depois do almoço, ___ moça largava ___ roupas secando, para, ___ cinco, voltar com o ombro entulhado, ___ casa, direto ___ engoma ___ ferro de carvão. a) a – a – às – as – a – à – à b) à – à – às – as – à – a – à c) a – a – as – às – a – à – à d) à – à – as – às – à – a – a e) a – a – as – às – a – à – a 2 [ 120798 ]. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa correta quanto à classificação sintática das orações grifadas abaixo, respectivamente.

— Acredita-se que a banana faz bem à saúde.— Ofereceram a viagem a quem venceu o concurso.— Impediram o fiscal de que recebesse a propina combinada.— Os patrocinadores tinham a convicção de que os lucros seriam compensadores. a) subjetiva – objetiva indireta – objetiva indireta – completiva nominal b) subjetiva – objetiva indireta – completiva nominal – completiva nominal c) adjetiva – completiva nominal – objetiva indireta – objetiva indireta d) objetiva direta – objetiva indireta – objetiva indireta – completiva nominal e) subjetiva - completiva nominal - objetiva indireta - objetiva indireta 3 [ 121032 ]. (Ueg 2013)

Acudiro. Nhola tinha ânsia, tonteira, celeração, corpo largado, não via nada, nem a lampa da candeia. Dei chá de goiabeira. Esperei clareá o dia, bandiei o corgo, fui na casa da Delíria. Aí falei: — Delíria, me prouve um insonso de sal, Nhola tá ruim... Delíria me pruveu o sal. Eu fiz um engrossado de farinha de milho, Nhola comeu, descansou, miorou e falou: — Nunca comi comesinho tão bão. Louvado seja Deus. Nóis demos gaitada... Aí correu mundo que Nhola teve vertige de fraqueza, falta de cumê... A casa se encheu de vizinho. Cada um trazendo uma coisa pra nóis. Até pedaço de capado e cuia de sal; café pilado e açúcar branco. Nóis fiquemo tão contente... Nhola dava gaitada... virou uma infância.

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CORALINA, Cora. Quadrinhos da vida. In: Estórias da casa velha da ponte. 13. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 39-40.

A temática da pobreza a) é abordada de maneira análoga nos dois textos, pois o primeiro sugere ajuda humanitária

entre as classes sociais, e o segundo explicita um drama de ordem moral. b) é tratada de modo igual em ambos os textos, uma vez que os problemas aos quais aludem

não são minimizados por quaisquer ações governamentais. c) surge associada a um problema de impossível solução nos quadrinhos e a uma questão

político-religiosa no excerto literário. d) surge associada a uma questão político-social nos quadrinhos e a um entrave social

suavizado pela caridade no texto de Cora Coralina. 4 [ 121680 ]. (Ufpr 2013) Leia a tira abaixo.

Sobre a argumentação de Calvin, considere as seguintes afirmativas:

1. Ao se dirigir à professora, Calvin faz uma simulação do discurso jurídico, tanto no vocabulário quanto na organização dos argumentos.

2. A argumentação de Calvin está fundada na premissa de que a ignorância é uma condição necessária para a felicidade.

3. Calvin questiona a eficiência da professora quando diz que sua aula é uma tentativa deliberada de privá-lo da felicidade.

4. Ao gritar “Ditadura!” no último quadrinho, Calvin protesta contra o desrespeito à Constituição, que lhe garante o direito inalienável à felicidade.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Com base na charge abaixo, responda à questão a seguir.

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5 [ 116586 ]. (Uerj 2013) Ao formular sua crítica, o personagem demonstra certo distanciamento em relação à arte moderna. Uma marca linguística que expressa esse distanciamento é o uso de: a) terceira pessoa b) frase declarativa c) reticências ao final d) descrição do objeto TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Recordações do escrivão Isaías Caminha

Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa espécie de animal. O que observei neles, no tempo em que estive na redação do O Globo, foi o bastante para não os amar, nem os imitar. 1São em geral de uma lastimável limitação de ideias, cheios de fórmulas, de receitas, 9só capazes de colher fatos detalhados e impotentes para generalizar, curvados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza. Se me esforço por fazê-lo literário é para que ele possa ser lido, pois quero falar das minhas dores e dos meus sofrimentos ao espírito geral e no seu interesse, com a linguagem acessível a ele. É esse o meu propósito, o meu único propósito. Não nego que para isso tenha procurado modelos e normas. Procurei-os, confesso; e, agora mesmo, ao alcance das mãos, tenho os autores que mais amo. (...) 5Confesso que os leio, que os estudo, que procuro descobrir nos grandes romancistas o segredo de fazer. 6Mas não é a ambição literária que me move ao procurar esse dom misterioso para animar e fazer viver estas pálidas Recordações. Com elas, queria modificar a opinião dos meus concidadãos, obrigá-los a pensar de outro modo, a não se encherem de hostilidade e má vontade quando encontrarem na vida um rapaz como eu e com os desejos que tinha há dez anos passados. Tento mostrar que são legítimos e, se não merecedores de apoio, pelo menos dignos de indiferença.

7Entretanto, quantas dores, quantas angústias! 2Vivo aqui só, isto é, sem relações intelectuais de qualquer ordem. Cercam-me dois ou três bacharéis idiotas e um médico mezinheiro, 10repletos de orgulho de suas cartas que sabe Deus como tiraram. (...) Entretanto, se eu amanhã lhes fosse falar neste livro - que espanto! que sarcasmo! que crítica desanimadora não fariam. Depois que se foi o doutor Graciliano, excepcionalmente simples e esquecido de sua carta apergaminhada, nada digo das minhas leituras, não falo das minhas lucubrações

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intelectuais a ninguém, e minha mulher, quando me demoro escrevendo pela noite afora, grita-me do quarto:

3– Vem dormir, Isaías! Deixa esse relatório para amanhã!

De forma que não tenho por onde aferir se as minhas Recordações preenchem o fim a que as destino; se a minha inabilidade literária está prejudicando completamente o seu pensamento. Que tortura! E não é só isso: envergonho-me por esta ou aquela passagem em que me acho, em que 11me dispo em frente de desconhecidos, como uma mulher pública... 12Sofro assim de tantos modos, por causa desta obra, que julgo que esse mal-estar, com que às vezes acordo, vem dela, unicamente dela. Quero abandoná-la; mas não posso absolutamente. De manhã, ao almoço, na coletoria, na botica, jantando, banhando-me, só penso nela. À noite, quando todos em casa se vão recolhendo, insensivelmente aproximo-me da mesa e escrevo furiosamente. Estou no sexto capítulo e ainda não me preocupei em fazê-la pública, anunciar e arranjar um bom recebimento dos detentores da opinião nacional. 13Que ela tenha a sorte que merecer, mas que possa também, amanhã ou daqui a séculos, despertar um escritor mais hábil que a refaça e que diga o que não pude nem soube dizer.

(...) 8Imagino como um escritor hábil não saberia dizer o que eu senti lá dentro. Eu que sofri e pensei não o sei narrar. 4Já por duas vezes, tentei escrever; mas, relendo a página, achei-a incolor, comum, e, sobretudo, pouco expressiva do que eu de fato tinha sentido.

LIMA BARRETORecordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras,

2010.

6 [ 116595 ]. (Uerj 2013) O personagem parece julgar quase todos que o rodeiam, mas não se exime de julgar também a si mesmo. Um julgamento autocrítico de Isaías Caminha está melhor ilustrado no seguinte trecho: a) Confesso que os leio, que os estudo, (ref. 5) b) Mas não é a ambição literária que me move (ref. 6) c) Entretanto, quantas dores, quantas angústias! (ref. 7) d) Imagino como um escritor hábil não saberia dizer o que eu senti (ref. 8) 7 [ 116588 ]. (Uerj 2013) O texto de Lima Barreto explora o recurso da metalinguagem, ao comentar, na sua ficção, o próprio ato de compor uma ficção. Esse recurso está exemplificado principalmente em: a) São em geral de uma lastimável limitação de ideias, (ref. 1) b) Vivo aqui só, isto é, sem relações intelectuais de qualquer ordem. (ref. 2) c) – Vem dormir, Isaías! Deixa esse relatório para amanhã! (ref. 3) d) Já por duas vezes, tentei escrever; mas, relendo a página, achei-a incolor, comum, (ref. 4) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES:

A MAÇÃ DE OURO

A Apple supera a Microsoft em valor de mercado, premiando o espírito visionário e libertário de Steve Jobs

12A Microsoft e a Apple vieram ao mundo praticamente ao mesmo tempo, em meados dos anos 1970, criadas na garagem de jovens estudantes. Mas as empresas não trilharam caminhos paralelos. A Microsoft desenvolveu o sistema operacional mais popular do mundo e rapidamente se tornou uma das maiores corporações americanas, rivalizando com gigantes da velha indústria. A Apple, ao contrário, demorou a decolar. 14Fazia produtos inovadores, mas que vendiam pouco. 4Isso começou a mudar quando Steve Jobs, um de seus fundadores, 6que fora afastado nos anos 80, assumiu o comando criativo da empresa, em 1996. 11A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um 10aporte de 150 milhões de dólares de Microsoft. Jobs iniciou o lançamento de produtos 8genuinamente revolucionários nas áreas que mais crescem na indústria de tecnologia. Primeiro com o iPod e a loja virtual iTunes. Depois vieram o iPhone e, agora, o iPad. Desde o início de 2005, o preço das ações da

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empresa foi multiplicado por oito. 3Na semana passada, a Apple alcançou o cume. 15Tornou-se a companhia de tecnologia mais valiosa do mundo, superando a Microsoft. 13Na sexta-feira, a empresa de Jobs tinha valor de mercado de 233 bilhões de dólares, contra 226 bilhões de dólares da companhia de Bill Gates.

2A Marca, para além da disputa pessoal entre os 7maiores gênios da nova economia, coroa a estratégia definida por Jobs. Quando ele retornou à Apple, tamanha era a descrença no futuro da empresa que Michael Dell, fundador da Dell, afirmou que o melhor a fazer era fechar as portas e devolver o dinheiro a 5seus acionistas. Hoje, a Dell vale um décimo da Apple. 1O mérito de Jobs foi ter a 9presciência do rumo que o mercado tomaria.

BARRUCHO, Luís Guilherme & TSUBOI, Larissa. A maçã de ouro. In: Revista Veja, 02 de jun. 2010, p.187. Adaptado.

8 [ 119932 ]. (Epcar (Afa) 2013) Sobre o texto, é correto afirmar que a) a Apple, para conseguir superar sua crise econômica, contou somente com a ajuda do

lançamento de produtos inovadores criados por Jobs. b) Michael Dell, fundador da Dell, só passou a acreditar no futuro da Apple quando Steve Jobs

retornou à empresa. c) Apple e Microsoft se ajudaram mutuamente e, por isso, ambas se firmaram no mundo da

tecnologia. d) entre os idealizadores da nova economia havia, além da concorrência de mercado, uma

disputa pessoal. 9 [ 119935 ]. (Epcar (Afa) 2013) Assinale a alternativa em que o termo retomado pelo mecanismo coesivo em destaque foi corretamente indicado entre parênteses: a) “Isso começou a mudar quando Steve Jobs...” (ref. 4) – (fazia produtos inovadores) b) “... e devolver o dinheiro a seus acionistas.” (ref. 5) – (Steve Jobs) c) “... quando Steve Jobs, um de seus fundadores, que fora afastado nos anos 80,...” (ref. 6) –

(Steve Jobs) d) “A marca, para além da disputa pessoal entre os maiores gênios da economia, coroa a

estratégia definida por Jobs.” (ref. 7) – (Steve Jobs, Bill Gates, Michael Dell) 10 [ 119937 ]. (Epcar (Afa) 2013) Analise o período abaixo:

“A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um aporte de 150 milhões de dólares da Microsoft.” (ref. 11)

Nele, pode-se afirmar que a) a conjunção e estabelece, entre as orações coordenadas, um sentido adversativo. b) a conjunção porque introduz ideia de causa à primeira oração do período. c) há três orações, cujos núcleos são transitivos diretos. d) o verbo receber possui somente objeto direto. 11 [ 119936 ]. (Epcar (Afa) 2013) As palavras genuinamente (ref. 8), presciência (ref. 9) e aporte (ref. 10) só NÃO podem ser substituídas, correta e respectivamente, no contexto, por a) originalmente; previsão; subsídio. b) basicamente; precaução; prêmio. c) autenticamente; pressentimento; contribuição. d) propriamente; presságio; auxílio. 12 [ 119934 ]. (Epcar (Afa) 2013) Mesmo em um texto em que haja o predomínio da função referencial da linguagem, é possível identificar passagens em que o autor, mais que transmitir informações sobre a realidade, apresenta seu posicionamento, ou seja, deixa transparecer um juízo de valor em relação ao referente. Em todas as alternativas isso acontece, EXCETO em: a) “O mérito de Jobs foi ter a presciência do rumo que o mercado tomaria.” (ref. 1) b) “A Apple supera a Microsoft em valor de mercado, premiando o espírito visionário e libertário

de Steve Jobs.” (subtítulo) c) “A Marca, para além da disputa pessoal entre os maiores gênios da nova economia, coroa a

estratégia definida por Jobs.” (ref. 2)

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d) “Na semana passada, a Apple alcançou o cume. Tornou-se a companhia de tecnologia mais valiosa do mundo, superando a Microsoft.” (ref. 3)

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:

Igual-Desigual

Eu desconfiava:todas as histórias em quadrinho são iguais.Todos os filmes norte-americanos são iguais.Todos os filmes de todos os países são iguais.Todos os best-sellers são iguaisTodos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol sãoiguais.Todos os partidos políticossão iguais.Todas as mulheres que andam na modasão iguais.Todas as experiências de sexosão iguais.Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais1e todos, todos2os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais.Todas as fomes são iguais.3Todos os amores, iguais iguais iguais.Iguais todos os rompimentos.A morte é igualíssima.Todas as criações da natureza são iguais.Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.

Ninguém é igual a ninguém.4Todo ser humano é um estranho5ímpar.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADENova reunião: 19 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

– best-sellers – livros mais vendidos– gazéis, virelais, sextinas, rondós – tipos de poema

13 [ 120031 ]. (Uerj 2013) Todos os amores, iguais iguais iguais. (ref. 3)

A intensificação da repetição do termo iguais no mesmo verso, relacionado a amores, enfatiza determinada crítica que o poeta pretende fazer.A crítica de Drummond se dirige às relações amorosas, no que diz respeito ao seguinte aspecto: a) exagero b) padronização c) desvalorização d) superficialidade 14 [ 120033 ]. (Uerj 2013) O título do poema anuncia a noção de desigualdade.Pela leitura do conjunto do texto, é possível concluir que a desigualdade entre os homens diz respeito principalmente a: a) traços individuais b) convicções políticas c) produções culturais

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d) orientações filosóficas 15 [ 120026 ]. (Uerj 2013) O poema de Carlos Drummond de Andrade se caracteriza por uma repetição considerada estilística, porque é claramente feita para produzir um sentido.Pode-se dizer que a repetição da expressão são iguais é empregada para reforçar o sentido de: a) afirmação da igualdade no mundo de hoje b) subversão da igualdade pelo raciocínio lógico c) valorização da igualdade das experiências vividas d) constatação da igualdade entre fenômenos diversos TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

BRASIL E ÁFRICA SUBSAARIANA: PARCERIA SUL-SUL PARA O CRESCIMENTO

Atualmente, Brasil e África vêm restabelecendo ligações que 1poderão ter efeitos importantes sobre a prosperidade e o desenvolvimento de ambos. Na última década, a África tornou-se um continente de oportunidades, com tendências econômicas positivas e uma melhor governança.

O crescimento de alguns países africanos, sua resistência às crises globais recentes e a implementação de reformas de políticas que fortaleceram os mercados e a governança democrática vêm expandindo o comércio e o investimento na região. Apesar dessa tendência positiva, muitos países africanos ainda enfrentam enormes gargalos de infraestrutura, são vulneráveis à mudança do clima e apresentam capacidade institucional deficiente. Consequentemente, a ajuda para o desenvolvimento continua sendo uma das principais fontes de apoio ao desenvolvimento em vários países do continente, de modo que a transferência e a troca de conhecimento ainda são necessidades prementes.

A partir do final século XX, a África se tornou um dos principais temas da agenda externa do Brasil, que tem demonstrado um interesse cada vez maior em apoiar e participar do desenvolvimento de um continente que se encontra em rápida transformação. A intensificação do engajamento do Brasil com a África não somente demonstra a ambição geopolítica e o interesse econômico do Brasil: os fortes laços históricos e a afinidade com a África diferenciam o Brasil dos demais membros originais do BRICs [grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia e China e que incluiu depois a África do Sul].

O crescimento econômico do Brasil, sua atuação crescente no cenário mundial, o sucesso alcançado com a redução da desigualdade social e a experiência de desenvolvimento oferecem lições importantes para os países africanos que, dessa forma, buscam cada vez mais a cooperação, assistência técnica e investimentos do Brasil. Ao mesmo tempo, multinacionais brasileiras, organizações não governamentais e diversos grupos sociais passaram a incluir a África em seus planos. Em outras palavras, a nova África coincide com o Brasil global.

Complementando as fortes ligações históricas e culturais, a tecnologia brasileira 2parece ser de fácil adaptabilidade a muitos países africanos em razão das semelhanças geofísicas de solo e de clima. O sucesso recente do Brasil no plano social e econômico atraiu a atenção de muitos países de língua portuguesa com os quais o país possui ligações históricas.

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No que se refere à diplomacia, o Brasil mantém atualmente 37 embaixadas na África, comparado a 17 em 2002, um incremento correspondido pelo aumento do número de embaixadas africanas no Brasil: desde 2003, 17 embaixadas foram abertas em Brasília, somando-se às 16 já existentes, o que representa a maior concentração de embaixadas no Hemisfério Sul.

Os países da África Subsaariana solicitam cooperação com o Brasil em cinco áreas principais: agricultura tropical; medicina tropical; ensino técnico (em apoio ao setor industrial); energia; e proteção social (figura 1). (Áreas de interesse relativamente menor incluem ensino superior, esportes e ação afirmativa.).

No que se refere à agricultura, a Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em parceria com várias outras instituições brasileiras de pesquisa, atua com parceiros locais na implementação de projetos modelo em agricultura com o objetivo de reproduzir o sucesso alcançado no cerrado brasileiro – semelhante a alguns solos africanos − e aprimorar o desenvolvimento agrícola e o agronegócio na África.

Investimentos do setor privado brasileiro na África tiveram início nos anos 1980 e chegaram a tal ponto que atualmente as empresas brasileiras atuam em quase todas as regiões do continente, com atividades concentradas nas áreas de infraestrutura, energia e mineração. A presença do Brasil chama a atenção devido à forma como as empresas brasileiras realizam seus negócios; elas tendem a contratar mão de obra local para seus projetos, favorecendo o desenvolvimento de capacidades locais, o que acaba por elevar a qualidade dos serviços e produtos. Dado o ambiente de negócios favorável aos investimentos brasileiros na África, a Agência Brasileira de Exportação vem fomentando a presença de pequenas e médias empresas no continente, por meio de feiras de negócios, por exemplo. As tendências analisadas em estudos internacionais indicam que o Brasil e a África desenvolvem, em conjunto, um modelo de relações Sul-Sul que 3pode ajudar a reunir os dois lados do Atlântico.

Embora as relações entre o Brasil e a África tenham se intensificado muito na última década, ainda existem desafios consideráveis. Em particular, existe um desconhecimento nos dois lados do Atlântico. A maioria dos brasileiros possui conhecimento limitado e normalmente desatualizado sobre a África; as poucas informações que têm, muitas vezes, se limitam a Angola, Moçambique e, às vezes, à África do Sul. A burocracia de ambos os lados atrasa o comércio marítimo que chega a levar 80 dias, em vez de 10. O Banco Mundial 4poderia contribuir para a superação desses obstáculos, de modo a favorecer a ampliação do relacionamento entre a África e o Brasil e trazer benefícios adicionais para todos.

BANCO MUNDIAL/IPEA. Ponte sobre o Atlântico. Brasil e África Subsaariana: parceria Sul-Sul

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para o crescimento. Brasília: [s.n.], 2011. p. 1-8. (Adaptado).

16 [ 121014 ]. (Ueg 2013) São ideias presentes no texto: a) a presença de empresas privadas brasileiras no continente africano tem sido positiva apenas

do ponto de vista econômico, pois a mão de obra utilizada é estrangeira, o que não favorece o desenvolvimento local nem a melhoria de qualidade de produtos e serviços.

b) apesar do crescimento das parcerias em diversos setores – agricultura, saúde, educação etc. −, as relações diplomáticas entre Brasil e África têm diminuído nos últimos dez anos, o que se reflete na diminuição do número de embaixadas africanas no Brasil.

c) devido ao desenvolvimento que a África vem tendo na última década, o que é tendência positiva, o continente não mais necessita de ajuda para seu desenvolvimento e tem se tornado um parceiro igualitário do Brasil, principalmente no que diz respeito às parcerias econômicas.

d) um dos setores que mais apresentam acordos de cooperação entre Brasil e África atualmente é o da agricultura, o que se explica por certa semelhança entre os solos africanos e os brasileiros, especialmente o cerrado.

17 [ 121022 ]. (Ueg 2013) Comparando-se a Figura 1 com o restante do texto, percebe-se que: a) a figura apresenta informações contraditórias com aquelas encontradas no texto. b) a interpretação das informações da figura somente é possível a partir das informações

contidas no texto. c) as informações da figura complementam as informações contidas no texto. d) as informações da figura são as mesmas que estão no texto, colocadas em forma de gráfico. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.

Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.

18 [ 121179 ]. (Fgvrj 2013) O fragmento em que a convergência estilística predominante é a que se estabelece entre metonímia e personificação encontram-se em a) “da cobiçada esfera”. b) “semelhante à chama”. c) “o couro inquieto”. d) “de fera catadura”. e) “de aladas plantas”. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A questão toma por base um texto de Millôr Fernandes (1924-2012).

Os donos da comunicação

Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se cuidem porque os donos da comunicação duram muito mais. Os ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a TV e os reis da Espanha cassam o rádio, mas, quando a gente soma tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no society que morre se o nome não aparecer nas colunas.

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Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa Betuanalândia. Parece que é a lei. O que também é muito justo porque os donos da comunicação são seres lá em cima. Basta ver o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles, não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o que sabem os donos da comunicação que só deixam sair 10% do que sabem?

Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho, é falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas.

(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)

19 [ 121825 ]. (Unesp 2013) As repetições, o uso de palavras e expressões populares, a justaposição fluente de ideias, dispensando vírgulas, e as ironias constantes atribuem ao texto de Millôr Fernandes a) tom descontraído e bem-humorado. b) dificuldade de leitura e compreensão. c) feição arcaica e ultrapassada. d) estilo agressivo e contundente. e) imagens vulgares e obscenas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos — econômicos, políticos, ou sociais — são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.

20 [ 122125 ]. (Fuvest 2013) Dos seguintes comentários linguísticos sobre diferentes trechos do texto, o único correto é: a) Os prefixos das palavras “imposição” e “imparcial” têm o mesmo sentido. b) As palavras “postulado” e “crença” foram usadas no texto como sinônimas. c) A norma-padrão condena o uso de “essa”, no trecho “essa opinião”, pois, nesse caso, o

correto seria usar “esta”. d) A vírgula empregada no trecho “e a difusão desses conhecimentos, a mais completa” indica

que, aí, ocorre a elipse de um verbo. e) O pronome sublinhado em “que os tornem” tem como referente o substantivo “termos”. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Ata

Acredito que o mau tempo haja concorrido para que os sabadoyleanos* hoje não estivessem na casa de José Mindlin, em São Paulo, gozando das delícias do cuscuz paulista aqui amavelmente prometido. Depois do almoço, visita aos livros dialogantes, na expressão de Drummond, não sabemos se no rigoroso sistema de vigilância de Plínio Doyle, mas de qualquer forma com as gentilezas das reuniões cariocas. Para o amigo de São Paulo as saudações afetuosas dos ausentespresentes, que neste instante todos nos voltamos para o seu palácio, aquele que se iria desvestir dos ares aristocráticos para receber camaradescamente os descamisados da Rua Barão de Jaguaribe.Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da tradição bandeirante, que hoje nos conformamos com os biscoitos à la Plínio Doyle.

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Rio, 20-11-1976.

Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonça Teles, Plínio Doyle e outros.

Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Adaptado.

* “sabadoyleanos”: frequentadores do sabadoyle, nome dado ao encontro de intelectuais, especialmente escritores, realizado habitualmente aos sábados, na casa do bibliófilo Plínio Doyle, situada no Rio de Janeiro.

21 [ 122134 ]. (Fuvest 2013) Da leitura do texto, depreende-se que a) o anfitrião carioca, embora gentil, é cioso de sua biblioteca. b) o anfitrião paulista recebeu com honrarias os amigos cariocas, que visitaram a sua

biblioteca. c) os cariocas não se sentiram à vontade na casa do paulista, a qual, na verdade, era uma

mansão. d) os cariocas preferiram ficar no Rio de Janeiro, embora a recepção em São Paulo fosse

convidativa. e) o fracasso da visita dos cariocas a São Paulo abalou a amizade dos bibliófilos. 22 [ 122137 ]. (Fuvest 2013) As expressões “ares aristocráticos” e “descamisados” relacionam-se, respectivamente, a) aos “sabadoyleanos” e a Plínio Doyle. b) a José Mindlin e a seus amigos cariocas. c) a “gentilezas” e a “camaradescamente”. d) aos signatários do documento e aos amigos de São Paulo. e) a “reuniões cariocas” e a “tradição bandeirante”. 23 [ 109441 ]. (Insper 2012) Há anos, quando se anunciou que haveria um "Rock in Rio 2", jovens começaram a circular pela cidade usando camisetas com o símbolo do "Rock in Rio 1" e uma frase dizendo: "I was". Ou seja: "Eu era". Perguntei-me: por que "Eu era"? No começo, escapou-me a relação entre a imagem e a inscrição. Claro que, depois de árduo exercício intelectual, deduzi que a camiseta queria dizer "Eu fui" ou "Eu estava lá" (no "Rock in Rio 1"), caso em que o correto em inglês seria "I went" ou "I was there". (...) E viva o verbo tó bé.

(CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 03/09/2011)

A afirmativa que melhor resume a ideia central do autor no artigo é a) O uso abusivo de estrangeirismos deve ser combatido porque favorece a decadência da

língua portuguesa. b) Os empréstimos linguísticos representam um fenômeno legítimo e enriquecedor da dinâmica

do português. c) A incorporação de neologismos e anglicismos torna o uso da língua criativo e versátil. d) Os anglicismos estão longe de ser inofensivos, pois podem prejudicar o nosso próprio

idioma. e) Estrangeirismos, usados como manifestações de status, podem representar uma armadilha

para quem não os domina. 24 [ 115755 ]. (Insper 2012) Texto I

O texto na era digital Para além do internetês, a internet está mudando a maneira como lemos e escrevemos

Com cada vez mais usuários – o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 – a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. (...) O que já havia sido deflagrado nos anos 90 pela comunicação via e-mail, mensageiros eletrônicos e pela cultura escrita dos blogs, as redes sociais elevaram à enésima potência ao garantir interatividade e visibilidade às pessoas em torno de interesses em comum. (...)

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Para além dos modismos que nascem e morrem na grande rede mundial de computadores, o advento do microblog Twitter extrapolou essa esfera para cair na boca de grandes homens de letras, muitas vezes avessos a novidades tecnológicas, como o escritor José Saramago, que chegou a declarar: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido". (...) Embora não se possa afirmar categoricamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma "cultura letrada", com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas. Mais do que gírias e jargões, como o famigerado "internetês", as transformações pelas quais passam a escrita e a leitura estão por ser dimensionadas.

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/64/artigo249031-1.asp

Texto II

Os Textos I e II abordam a questão da linguagem nos meios digitais. A partir de sua leitura, infere-se que a) Em ambos os textos, há evidências de que a navegação na internet limita a disseminação do

saber. b) O Texto I defende que as inovações tecnológicas produziram uma torrente de informações

tão grande que tornaram a escrita banal e empobrecedora. c) Tanto o Texto I quanto o Texto II revelam que o acesso à rede está interferindo na

capacidade de leitura de crianças e adolescentes. d) O Texto II apresenta marcas específicas da linguagem do Twitter que limitam a

compreensão da tira em leitores que não são usuários do microblog. e) O Texto I demonstra que o internetês produziu impactos na comunicação escrita, enquanto

que o texto II nega esse fato. 25 [ 122110 ]. (Enem 2012) Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são gratuitos — cresceu 1 480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.

Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).

Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher

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também é na oficina” corrobora o objetivo textual de a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea. b) defender a participação da mulher na sociedade atual. c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”. d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva. e) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”. 26 [ 111363 ]. (Ufrn 2012) Leia o início da crônica “Proteção da alegria popular”, de Câmara Cascudo, e observe as figuras que ilustram a peça O santo e a porca, de Ariano Suassuna:

Precisamos defender as nossas festas populares. Bumba-meu-boi, Congos e Cheganças devem ter protecção e ambiente. Para que não emigrem para o outro mundo depois de terem vivido tanto tempo.

CASCUDO, Luís da Câmara. “Proteção da alegria popular”. In: Crônicas de origem: a cidade do Natal nas crônicas cascudianas dos anos 20. Natal: EDUFRN, 2005. p. 130.

No texto de Câmara Cascudo e nas ilustrações da peça de Ariano Suassuna percebe-se um aspecto aprofundado na Literatura Brasileira a partir do Movimento Modernista. Esse aspecto é a) a confirmação de traços das culturas locais desvalorizados desde o Romantismo. b) o reconhecimento do valor da cultura europeia, relegada a segundo plano após o

Romantismo. c) o fortalecimento das raízes culturais portuguesas desprezadas pelas vanguardas artísticas. d) a valorização de elementos da cultura popular reprimidos pelo academicismo. 27 [ 109435 ]. (Insper 2012)

Na imagem acima, o cartunista brinca com a reforma ortográfica. Com relação ao emprego do hífen, todas as palavras estão de acordo com as novas regras, exceto a) mega-empresa. b) autorretrato. c) autoajuda.

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d) micro-ondas. e) anti-inflamatório. 28 [ 109446 ]. (Insper 2012) A morte do lápis e da caneta

Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho.O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado.A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato - e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.

(COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/2011)

Nesse artigo, o autor se propõe a contradizer a tese de que escrita cursiva a) represente um traço de identidade dos indivíduos. b) seja obsoleta num mundo imerso na cultura digital. c) constitua importante ferramenta pedagógica que estimula o raciocínio. d) ainda apresente alguma utilidade no mundo moderno, imerso na tecnologia. e) continue a ser ensinada nas escolas porque os cadernos foram substituídos pelo

computador. 29 [ 122158 ]. (Enem 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n.99,2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus

romances. b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra

literária com temática atemporal. c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua

importância para a história do Brasil Imperial. d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da

memória linguística e da identidade nacional. e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática

indianista. 30 [ 111365 ]. (Ufrn 2012) A passagem transcrita abaixo faz parte do capítulo IX (“Transição”), de Memórias Póstumas de Brás Cubas:

E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a maior transição deste livro. Vejam: o meu delírio começou em presença de Virgília; Virgília foi meu grão pecado da juventude; não há juventude sem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos nós, sem

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esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que nasci. Viram? Nenhuma juntura aparente, nada que divirta a atenção pausada do leitor: nada.

(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 2000.)

Este fragmento ilustra bem o estilo narrativo da obra, que é marcada pela a) liberdade técnica com que se encadeiam os eventos da história. b) rigidez da técnica narrativa, indispensável à Escola Realista. c) fidelidade à ordem cronológica linear dos acontecimentos. d) negação da cientificidade narrativa típica da Escola Romântica. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A lógica do humor

Piada racista termina com polícia em casa de shows. É engraçado gozar de minorias? Até onde se pode chegar para fazer os outros rirem? Aliás, do que rimos?De um modo geral, achamos graça quando percebemos um choque entre dois códigos de regras ou de contextos, todos consistentes, mas incompatíveis entre si. Um exemplo: "O masoquista é a pessoa que gosta de um banho frio pelas manhãs e, por isso, toma uma ducha quente".Cometo agora a heresia de explicar a piada. Aqui, o fato de o sujeito da anedota ser um masoquista subverte a lógica normal: ele faz o contrário do que gosta, porque gosta de sofrer. É claro que a lógica normal não coexiste com seu reverso, daí a graça da pilhéria. Uma variante no mesmo padrão é: "O sádico é a pessoa que é gentil com o masoquista".Essa "gramática" dá conta da estrutura intelectual das piadas, mas há também dinâmicas emocionais. Kant, na "Crítica do Juízo", diz que o riso é o resultado da "súbita transformação de uma expectativa tensa em nada". Rimos porque nos sentimos aliviados. Torna-se plausível rir de desgraças alheias. Em alemão, há até uma palavra para isso: "Schadenfreude", que é o sentimento de alegria provocado pelo sofrimento de terceiros. Não necessariamente estamos felizes pelo infortúnio do outro, mas sentimo-nos aliviados com o fato de não sermos nós a vítima.Mais ou menos na mesma linha vai o filósofo francês Henri Bergson. Em "O Riso", ele observa que muitas piadas exigem "uma anestesia momentânea do coração". Ou seja, pelo menos as partes mais primitivas de nosso eu acham graça em troçar dos outros. Daí os inevitáveis choques entre humor e adequação social.Como não podemos dispensar o riso nem o combate à discriminação, o conflito é inevitável. Resta torcer para que seja autolimitado. Não deixaremos de rir de piadas racistas, mas não podemos esquecer que elas colocam um problema moral.

Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 16/03/2012.

31 [ 115759 ]. (Insper 2012) O período “Como não podemos dispensar o riso nem o combate à discriminação, o conflito é inevitável.”, está adequadamente parafraseado em a) Outrossim, o conflito é inevitável; não podemos dispensar o riso nem o combate à

discriminação. b) O conflito, no entanto, é inevitável, não podendo dispensar o riso nem o combate à

discriminação. c) Conquanto não possamos dispensar o riso nem o combate à discriminação, o conflito é

inevitável. d) A menos que não possamos dispensar o riso nem o combate à discriminação, o conflito será

inevitável. e) O conflito é inevitável, porquanto não podemos dispensar o riso nem o combate à

discriminação. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:

Os poemas

Os poemas são pássaros que chegamnão se sabe de onde e pousam

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no livro que lês.Quando fechas o livro, eles alçam voocomo de um alçapão.Eles não têm pousonem portoalimentam-se um instante em cada par de mãose partem.E olhas, então, essas tuas mãos vazias,no maravilhado espanto de saberesque o alimento deles já estava em ti...

MÁRIO QUINTANAPoesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.

32 [ 95137 ]. (Uerj 2011) E olhas, então, essas tuas mãos vazias,no maravilhado espanto de saberesque o alimento deles já estava em ti... (v. 10-12)

De acordo com esses versos, um dos efeitos da compreensão da leitura é: a) alimentar o leitor com novas perspectivas e opções. b) revelar ao leitor suas próprias sensações e pensamentos. c) transformar o leitor em uma pessoa melhor e mais consciente. d) deixar o leitor maravilhado com a beleza e o encantamento do poema.

33 [ 95138 ]. (Uerj 2011) Eles não têm pousonem porto (v. 6-7)

Os versos acima podem ser lidos como uma pressuposição do autor sobre o texto literário.Essa pressuposição está ligada ao fato de que a obra literária, como texto público, apresenta o seguinte traço: a) é aberta a várias leituras. b) provoca desejo de transformação. c) integra experiências de contestação. d) expressa sentimentos contraditórios. 34 [ 95134 ]. (Uerj 2011) O texto é todo construído por meio do emprego de uma figura de estilo.Essa figura é denominada de: a) elipse b) metáfora c) metonímia d) personificação 35 [ 100246 ]. (Enem 2010)

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O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação a melhor execução do movimento. A capacidade física predominante no movimento representado na imagem é a) a velocidade, que permite ao músculo executar uma sucessão rápida de gestos em

movimentação de intensidade máxima. b) a resistência, que admite a realização de movimentos durante considerável período de

tempo, sem perda da qualidade da execução. c) a flexibilidade, que permite a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais

articulações, sem causar lesões. d) a agilidade, que possibilita a execução de movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de

direção. e) o equilíbrio, que permite a realização dos mais variados movimentos, com o objetivo de

sustentar o corpo sobre uma base.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [E]

O acento grave assinala a contração da preposição “a” com o seu determinante quando este se inicia com a mesma letra. Na primeira e segunda ocorrências, é improcedente o uso de preposição, pois o artigo é adjunto adnominal do sujeito: “a tarde” e “a moça”, respectivamente. Na terceira, o termo verbal “largava” apresenta transitividade direta, o que dispensa preposição também. As expressões adverbiais “à tarde”, “a ferro de carvão” e “às cinco” diferenciam-se no que diz respeito ao gênero dos substantivos, por isso seria incorreto usar artigo feminino nos dois últimos, mas adequado no primeiro.

Resposta da questão 2: [A]

As orações sublinhadas são subordinadas substantivas, pois exercem função sintática relativamente à principal. Na primeira exerce função de sujeito, na segunda e terceira de objeto indireto e, na última, de complemento nominal. Assim, a opção [A] é a única que apresenta classificação correta: subjetiva, objetiva indireta, objetiva indireta e completiva nominal.

Resposta da questão 3: [D]

Os dois quadros que compõem a charge mostram personagens que pertencem a duas classes distintas: os do primeiro celebram euforicamente o bom desempenho da economia brasileira com a abertura de uma garrafa de champanhe, enquanto que os do segundo ostentam a miséria extrema de quem sobrevive dos resíduos considerados descartáveis e inúteis pela sociedade de consumo. No texto de Cora Coralina, assiste-se à ação das pessoas que acorrem em auxílio de Nhola, a qual só se recupera de um quadro clínico de desnutrição (“vertige de fraqueza, falta de cumê”) pela intervenção generosa dos vizinhos. Assim, é correta a opção [D], pois a temática da pobreza surge associada a uma questão político-social nos quadrinhos e a um entrave social suavizado pela caridade no texto de Cora Coralina.

Resposta da questão 4: [D]

Ao contrário do que se afirma no item 3, Calvin não questiona a eficiência da professora, apenas se revolta contra uma postura enérgica em retê-lo dentro da sala de aula, mesmo contra sua vontade. Assim, é correta a opção [D].

Resposta da questão 5: [A]

O uso da terceira pessoa demonstra um distanciamento crítico do personagem na avaliação que faz sobre a arte moderna. Se usasse a primeira, demonstraria subjetividade e condicionaria o conhecimento dos objetos externos aos seus próprios referenciais.

Resposta da questão 6: [D]

Na frase da opção [D], transcreve-se um julgamento autocrítico de Isaías Caminha. Ao perceber que nem um escritor mais hábil que ele conseguiria descrever expressivamente o conflito que vivia naquele momento, o personagem admite que não possui habilidades técnicas que reconhece em outros, no entanto, também insuficientes para que até eles pudessem descrever a forte carga emotiva que o abalou (“Imagino como um escritor hábil não saberia dizer o que eu senti lá dentro. Eu que sofri e pensei não o sei narrar”).

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Resposta da questão 7: [D]

Na frase da opção [D] existe metalinguagem, ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar sobre a própria linguagem.

Resposta da questão 8: [D]

As opções [A], [B] e [C] são incorretas, pois

[A] o aporte da Microsoft de 150 milhões de dólares contribuiu para que a Apple ultrapassasse problemas financeiros que iam provavelmente levá-la à falência;

[B] Michael Dell não considerou o potencial de Jobs para inverter o quadro da empresa, a ponto de propor o encerramento da empresa;

[C] não há referência à ajuda mútua, apenas o contributo da Microsoft à Apple.

Assim, é correta apenas [D], pois o último parágrafo do texto menciona que havia, além da concorrência de mercado, uma disputa pessoal.

Resposta da questão 9: [C]

As opções [A], [B] e [D] são incorretas, pois, em [A], o pronome demonstrativo “isso” refere-se a “produtos inovadores, mas que vendiam pouco”; em B], o pronome possessivo “seus”, à empresa Apple; e em [D], a expressão “maiores gênios da economia”, a Steve Jobs e Bill Gates, que travaram disputa pessoal além de comercial.

Resposta da questão 10: [A]

As opções [B], [C] e [D] são incorretas, pois no período

[B] a conjunção “porque” introduz noção de causa à segunda oração do período (“só ganhou sobrevida”);

[C] há três orações: principal com verbo de ligação, coordenada adversativa com verbo transitivo direto e subordinada adverbial causal com verbo transitivo direto e indireto;

[D] o verbo “receber” apresenta objeto direto (“um aporte de 150 milhões de dólares”) e objeto indireto (“da Microsoft”).

Assim, é correta apenas [A].

Resposta da questão 11: [B]

As palavras “genuinamente”, “presciência” e “aporte” são respectiva e corretamente substituídas nas opções [A], [C] e [D]. Os termos “basicamente”, “precaução” e “prêmio” significam, na sequência, principalmente, providência e recompensa. Assim, a única opção que não apresenta palavras corretas para substituição das originais é [B].

Resposta da questão 12: [D]

A função emotiva ou expressiva da linguagem transmite avaliações pessoais do enunciador, como “O mérito de Jobs foi ter a presciência”, “premiando o espírito visionário e libertário” e “entre os maiores gênios de nova economia” das opções [A], [B] e [C]. Esta função não está presente na opção [D].

Resposta da questão 13:

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[B]

A repetição do termo “iguais” enfatiza a uniformização do comportamento, a “padronização” das relações amorosas, como referido em [B].

Resposta da questão 14: [A]

É possível concluir que a desigualdade entre os homens reside nos traços individuais que caracterizam cada um de forma singular.

Resposta da questão 15: [D]

Através do uso de anáfora (repetição de palavras em início de versos) e epífora ou epístrofe (mecanismo simétrico ao da anáfora, mas em que a repetição se verifica no fim de versos), o autor enumera produtos, comportamentos e sentimentos para enfatizar a constatação de igualdade entre fenômenos diversos, como se afirma em [D].

Resposta da questão 16: [D]

As opções [A], [B] e [C] são incorretas, pois

[A] um dos fatores positivos que levam à contratação de empresas brasileiras é o fato de contratarem mão de obra local para seus projetos;

[B] em dez anos, o Brasil mais que duplicou o número de embaixadas na África e, desde 2003, 17 embaixadas africanas foram abertas em Brasília, somando-se às 16 já existentes;

[C] apesar do desenvolvimento da última década, o continente continua a necessitar da cooperação do Brasil em diversas áreas: agricultura, medicina, ensino técnico, energia e outros.

Assim, é correta apenas a opção [D].

Resposta da questão 17: [C]

A Figura 1 complementa as informações contidas no texto, pois, além de apresentar valores percentuais relativamente aos setores já mencionados, acrescenta outros que, por representarem áreas de interesse relativamente menor (ensino superior, esportes e ação afirmativa), foram englobados num único item, cujo valor numérico é representativo da multiplicidade de ações requisitadas pelos países africanos.

Resposta da questão 18: [C]

A metonímia consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles, e personificação atribui sentimentos ou ações próprias dos seres humanos a objetos inanimados ou seres irracionais. Assim, é correta a opção [C], pois a expressão “couro inquieto”, que se refere à bola em movimento, concentra essas duas figuras de linguagem.

Resposta da questão 19: [A]

O uso de palavras e expressões populares (“xingam”, “estão por cima”, “pra”,”xinfrim”, “pro”), as repetições (“Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas”, “E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles”), a ausência de vírgulas (“teu terrorismo sai em

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corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas”) e a ironia atribuem tom descontraído e bem-humorado ao texto de Millôr Fernandes, como se afirma em [A].

Resposta da questão 20: [D]

Apenas a opção [D] é correta, já que a vírgula assinala a elipse da locução “deverá se fazer”. As demais são inadequadas, pois

[A] em “imposição”, o prefixo im- sugere sobreposição (em, sobre) e em “imparcial” apresenta sentido negativo;

[B] os termos “postulado” e “crença” não são sinônimos, já que o primeiro alude a uma premissa, ponto de partida para um raciocínio, e o segundo a uma ação que dispensa razões ou confirmação objetiva;

[C] o pronome demonstrativo “essa” é adequado, pois remete ao que foi mencionado no período anterior;

[E] o pronome pessoal oblíquo “os”, com função de objeto direto, refere-se ao substantivo “conhecimentos”.

Resposta da questão 21: [A]

As expressões “livros dialogantes” e “rigoroso sistema de vigilância” aludem metaforicamente à biblioteca que Plínio Doyle, o anfitrião carioca, cuidava com todo o zelo e dedicação, como se refere em [A].

Resposta da questão 22: [B]

É correta a opção [B], pois a expressão “ares aristocráticos” refere-se metonimicamente a José Mindlin, dono da refinada e elegante casa em que iriam ser recebidos os amigos cariocas, denominados de “descamisados”, termo que foi usado na Argentina durante o peronismo para designar as classes sociais mais humildes.

Resposta da questão 23: [E]

O texto de Ruy Castro apresenta uma situação em que uma frase escrita inadequadamente em inglês desvirtuou a mensagem que se queria transmitir. Assim, a ideia central do texto é demonstrar a forma como estrangeirismos, usados muitas vezes como manifestações de status, acabam por denegrir a imagem de quem os enuncia incorretamente.

Resposta da questão 24: [D]

Apenas a [D] é correta, pois os termos “twitter” e “hashtag” fazem parte da linguagem nos meios digitais e limitam a compreensão da tira em leitores que não são usuários do microblog. Twitter é uma rede social que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"). Hashtags são palavras-chave antecedidas pelo símbolo "#” que designam o assunto que está sendo discutindo em tempo real no twitter, transformando-se em hiperlinks dentro da rede e indexáveis pelos mecanismos de busca.

Resposta da questão 25: [A]

A frase “Lugar de mulher também é na oficina” é usada como preâmbulo das informações sobre a mudança de comportamento das mulheres na sociedade atual, inclusive em áreas que eram tradicionalmente reservadas ao mundo masculino. Assim, é correta a opção [A], pois o

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enunciado confirma o objetivo do texto de demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea.

Resposta da questão 26: [D]

No texto de Câmara Cascudo e nas ilustrações da peça de Ariano Suassuna percebe-se a necessidade de ruptura com todas as estruturas do passado, a busca pelo moderno, original e polêmico, através da valorização da cultura popular, como se refere em [D].

Resposta da questão 27: [A]

Segundo o novo acordo ortográfico, suprime-se o hífen entre prefixos terminados em vogal e elementos seguintes começados por “ r” ou “s”, que se duplicam por razões fonéticas, como acontece com a palavra “autorretrato” citado em [B] ou entre prefixos terminados em vogal e elementos seguintes começados por vogal diferente, como se percebe na imagem em que a reforma ortográfica representada pelo camião “atropelou” o hífen da palavra antes grafada “autoestrada” e em [C], com a palavra já atualizada “autoajuda”. Mantém-se entre prefixos que terminam em vogal seguidos de elemento com a mesma vogal como em [D] e [E] nas palavras “micro-ondas” e “anti-inflamatório”. Assim, a palavra transcrita em [A] transgride as regras da reforma ortográfica e deveria ser substituída por “megaempresa” para adaptar-se à nova grafia.

Resposta da questão 28: [B]

O autor do artigo mostra-se indignado com a tese de que a escrita cursiva esteja ultrapassada num mundo imerso na cultura digital (“Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado“), como se afirma em [B].

Resposta da questão 29: [D]

Depreende-se do texto que, como José de Alencar foi um escritor que teve importante atuação literária durante o período do Romantismo no Brasil, a digitalização da sua obra terá importante papel na preservação da memória linguística, assim como os romances indianistas, históricos e textos jurídicos, na construção da identidade nacional. Assim, é correta a opção [D].

Resposta da questão 30: [A]

O narrador metalinguisticamente adverte o leitor para o estilo que vai usar para descrever o momento do delírio que antecede a sua morte. A presença de Virgília remete-o à sua juventude esta à sua meninice, e em consequência, ao dia em que nasceu. Os saltos da memória parecem coerentes e propícios a uma narrativa ágil que liga naturalmente o momento da morte ao do nascimento. Através da analepses, interrupção na sequência temporal, a narrativa volta no tempo a partir do ponto em que a história chegou, a fim de apresentar o relato de eventos passados. Assim, é correta a opção [A].

Resposta da questão 31: [E]

A conjunção “como” introduz noção de causa à oração subordinada, da mesma forma que em [E], com a conjunção “porquanto” (porque, visto que). Os termos “outrossim”, “no entanto”, “conquanto” e “a menos que” das opções [A], [B], [C] e [D] não parafraseiam adequadamente a frase original, pois apresentam noção de adição, adversidade, concessão e exceção, respectivamente.

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Resposta da questão 32: [B]

De acordo com o texto, o leitor apercebe-se, “maravilhado”, que os seus sentimentos e pensamentos foram expressos no poema, o que evidencia a sua compreensão de leitura.

Resposta da questão 33: [A]

A interpretação da poesia é de caráter meramente subjetivo e depende do diálogo que se estabelece entre o leitor e a obra. A linguagem que reproduz a emoção ou o pensamento do poeta dá origem a diversas interpretações e suscita em cada um as mais diversas reações.

Resposta da questão 34: [B]

Ao associar “poemas” a “pássaros”, o poeta estabelece uma comparação abreviada, sem uso de conectivo, configurando assim uma metáfora. Enquanto que esta estabelece uma associação de concepção semântica, a metonímia trabalha com a relação de contiguidade entre ideias. A elipse consiste na omissão de um termo facilmente identificável e a personificação atribui sentimentos ou ações próprias dos seres humanos a objetos inanimados ou seres irracionais.

Resposta da questão 35: [C]

A imagem de uma jovem apoiada no espaldar para distender os músculos de uma das pernas elevando-a ao nível da cabeça (“amplitude do movimento”) reproduz um exercício de alongamento, cuja prática regular previne o desenvolvimento de lesões. Velocidade, resistência, agilidade e equilíbrio mencionados nas outras opções não contemplam a capacidade física predominante na figura.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 13/03/2013 às 10:33Nome do arquivo: TD ITA - Compreensão Textual [14 de março]

Legenda:Q/Prova = número da questão na provaQ/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Matéria Fonte Tipo

1..................120800.............Português...........Espcex (Aman)/2013..............Múltipla escolha 2..................120798.............Português...........Espcex (Aman)/2013..............Múltipla escolha 3..................121032.............Português...........Ueg/2013................................Múltipla escolha 4..................121680.............Português...........Ufpr/2013................................Múltipla escolha 5..................116586.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 6..................116595.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 7..................116588.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 8..................119932.............Português...........Epcar (Afa)/2013.....................Múltipla escolha 9..................119935.............Português...........Epcar (Afa)/2013.....................Múltipla escolha 10................119937.............Português...........Epcar (Afa)/2013.....................Múltipla escolha 11................119936.............Português...........Epcar (Afa)/2013.....................Múltipla escolha 12................119934.............Português...........Epcar (Afa)/2013.....................Múltipla escolha 13................120031.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 14................120033.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 15................120026.............Português...........Uerj/2013................................Múltipla escolha 16................121014.............Português...........Ueg/2013................................Múltipla escolha 17................121022.............Português...........Ueg/2013................................Múltipla escolha 18................121179.............Português...........Fgvrj/2013...............................Múltipla escolha 19................121825.............Português...........Unesp/2013............................Múltipla escolha 20................122125.............Português...........Fuvest/2013............................Múltipla escolha 21................122134.............Português...........Fuvest/2013............................Múltipla escolha 22................122137.............Português...........Fuvest/2013............................Múltipla escolha 23................109441.............Português...........Insper/2012.............................Múltipla escolha 24................115755.............Português...........Insper/2012.............................Múltipla escolha 25................122110.............Português...........Enem/2012.............................Múltipla escolha 26................111363.............Português...........Ufrn/2012................................Múltipla escolha 27................109435.............Português...........Insper/2012.............................Múltipla escolha 28................109446.............Português...........Insper/2012.............................Múltipla escolha 29................122158.............Português...........Enem/2012.............................Múltipla escolha 30................111365.............Português...........Ufrn/2012................................Múltipla escolha 31................115759.............Português...........Insper/2012.............................Múltipla escolha 32................95137...............Português...........Uerj/2011................................Múltipla escolha 33................95138...............Português...........Uerj/2011................................Múltipla escolha 34................95134...............Português...........Uerj/2011................................Múltipla escolha 35................100246.............Português...........Enem/2010.............................Múltipla escolha

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