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Human resource management teachingTRANSCRIPT
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RecursosHumanos
CADERNOS TCNICOS
AIMinhoAssociao Industrial do Minho
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AIMinhoAssociao Industrial do Minho
RecursosHumanos
CADERNOS TCNICOS
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1. Como gerir recursos humanos
1.1 Pessoas: o maior activo das empresas .....................................................................3
2. Recrutamento
2.1 Como gerir um processo de recrutamento...............................................................7
2.2 As entrevistas.............................................................................................................8
3. Poltica de remuneraes
3.1 Tipos de recompensas...............................................................................................11
4. Como preparar um plano de formao
4.1 A importncia da formao.......................................................................................13
4.2 Fases de um plano de formao...............................................................................13
5. Como avaliar o desempenho
5.1 O desempenho como factor de avaliao.................................................................15
5.2 Os mtodos de avaliao ..........................................................................................15
5.3 Para que serve a avaliao .........................................................................................17
5.4 Como lidar com um desempenho fraco ...................................................................17
6. Como delegar decises
6.1 Delegar fundamental ..............................................................................................18
6.2 Como decidir o que delegar ......................................................................................18
7. Como gerir o trabalho em equipa
7.1 O trabalho em equipa ................................................................................................22
7.2 O papel do lder da equipa........................................................................................23
8. Gesto pessoal
8.1 Como fazer apresentaes em pblico.....................................................................25
8.2 Como redigir um currculo........................................................................................29
8.3 Gesto do tempo .......................................................................................................34
8.4 Como preparar e gerir uma reunio .........................................................................36
9. Artigo de opinio - O mais grave erro da gesto .......................................................38
NDICE
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1. Como gerir Recursos Humanos
Os recursos humanos so, cada vez mais, o principal capital com que uma empresa pode contar. No h investimento que
sobreviva, ou tecnologia que faa milagres, se os colaboradores da empresa no forem os mais adequados ao objectivo final
pretendido. Saber como geri-los fundamental.
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Lidar com as pessoas que compem uma organizao
empresarial uma tarefa por vezes rdua, geralmente complicada
e quase sempre pouco reconhecida, por no trazer resultados
imediatos. , apesar disso, uma das pedras basilares da gesto
de uma empresa. Seguidamente vai ser abordada a importncia
do recrutamento e seleco de colaboradores, a definio de
polticas de comunicao e planos de formao, os aspectos a
ter em conta numa avaliao de desempenho, e como manter
os colaboradores motivados.
1.1 Pessoas: o maior activo das empresas
Uma organizao que saiba gerir os seus recursos humanos
possuir, a mdio prazo, uma importante vantagem competitiva
face a outras empresas. Ou no fosse cada vez mais comum
ouvir-se a frase o mais importante da minha empresa so as
pessoas.
A gesto de recursos humanos, porm, no se circunscreve
ao departamento da empresa com o mesmo nome. Os gestores
de recursos humanos devem ser todas as pessoas na organiza-
o. Todos aqueles que tm algum sob sua responsabilidade,
e todos aqueles que, no tendo algum sob sua responsabilidade,
so gestores do seu prprio recurso, que a prpria pessoa.
A um nvel mais global, quer a empresa tenha um departa-
mento prprio de recursos humanos ou entregue esta tarefa a
uma empresa externa, as linhas de orientao da gesto dos
seus colaboradores tm de ser definidas a nvel do topo. Mesmo
quando a gesto dos recursos humanos feita por uma empresa
externa, a orientao de base deve ser delineada pelos lderes
da empresa. Um bom empresrio no deixa um consultor
substitui-lo na gesto da empresa, e no um bom consultor
aquele que o pretende fazer.
O bom consultor de recursos humanos , ento, aquele
que apoia a empresa na definio das suas estratgias. S
depois de a empresa ter perfeitamente traados os objectivos
que pretende atingir, que pode transmitir essa informao
aos seus colaboradores e, paralelamente, definir as competn-
cias funcionais de que necessita para atingir os referidos
objectivos.
RECRUTAMENTO E SELECO
No recrutamento e seleco eficazes de colaboradores
comea uma boa gesto de recursos humanos. Mas contratar
a pessoa certa para o lugar certo no to fcil como parece.
Recrutar um profissional que, por muito bom que seja, no
o mais adequado s necessidades da empresa, acaba por custar
tempo e dinheiro at que se consiga alinhar a pessoa com essas
necessidades.
Tendo conscincia dos objectivos que se pretendem atingir,
mais fcil saber qual o perfil dos colaboradores a recrutar. A empresa
precisa de pessoas j com alguma experincia na rea, ou prefere
jovens em incio de carreira que possa formar e treinar medida
das especificidades da organizao? O candidato ideal deve estar
completamente orientado para a funo pretendida ou deve ser
suficientemente flexvel para poder desempenhar vrias tarefas?
Todas estas questes tm de ser devidamente equacionadas
para que a empresa contrate os funcionrios que de facto
correspondem s necessidades.
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4 AVALIAO DE DESEMPENHOAs avaliaes de desempenho so importantes ferramentas
que auxiliam a gesto da empresa. Importa, porm, ter alguns
cuidados na sua realizao, no s para que os resultados sejam
o mais aproximados da realidade, mas tambm para no criar
um clima infundado de sentimento de perseguio aos colabo-
radores.
Antes de iniciar uma avaliao de desempenho, o gestor de
recursos humanos deve efectuar alguns trabalhos preparatrios,
que incluem a definio, para cada colaborador a ser avaliado,
de diversos itens:
. Funo
. Deveres
. Responsabilidades
. Objectivos a cumprir
. Nveis de performance para algumas tarefas-chave
. ()
O processo de avaliao propriamente dito apresenta um
certo grau de complexidade, pelo que deve ser preferencialmente
realizado por um ou mais profissionais especializados.
Esta avaliao pode incluir, dependendo da especificidade
da organizao, relatrios de projectos e actividades, anlise
de resultados, apreciao de outros colaboradores ou superiores
hierrquicos, etc.
A avaliao no deve ser feita revelia do colaborador. Pelo
contrrio, dever envolver pelo menos uma reunio onde seja
possvel discutir a obteno de resultados, os progressos
alcanados, as dificuldades sentidas, e as formas de diminuir
os factores mais negativos da sua performance.
A avaliao de desempenho pode igualmente servir para
traar novos resultados a atingir, definir um plano de formao
mais adequado ou alertar o colaborador para o perigo de uma
contnua performance baixa. importante que os resultados
da avaliao no surjam como uma surpresa absoluta, seja
ela positiva ou negativa, para o colaborador em causa. Isso
implica que regularmente lhe seja dado um feedback adequado
e construtivo em relao ao trabalho que tem desempenhado.
Deve igualmente ter oportunidade de exprimir uma opinio
sobre os resultados da avaliao. Pode ser uma excelente
altura para, em conjunto, se debaterem possveis formas de
melhorar os desempenhos menos eficientes, por exemplo,
atravs de um plano de formao ou um acompanhamento
especfico.
COMUNICAO INTERNA
O responsvel pelos recursos humanos dever perguntar
aos colaboradores se j lhes aconteceu saber novidades sobre
a empresa atravs de pessoas que no trabalham l ou atravs
de notcias na comunicao social. Se a resposta for sim,
frequentemente, sinal que os canais de comunicao dentro
da empresa no esto a funcionar devidamente.
A comunicao actualmente uma das mais poderosas
ferramentas na gesto de recursos humanos. O que acontece
muitas vezes que a empresa tem uma estratgia que conhe-
cida pelos quadros de topo da organizao mas que no
conhecida pelos restantes colaboradores. Essa falta de comuni-
cao no pode acontecer. fundamental que todas as pessoas
na empresa, desde a pessoa que hierarquicamente esteja mais
baixa at ao presidente, estejam alinhadas com aquilo que so
os objectivos estratgicos da mesma.
Assim, uma boa poltica de comunicao interna, que d
s pessoas a informao necessria sobre os objectivos da
empresa, as estratgias a utilizar e os projectos presentes e
futuros, contribuir fortemente para melhorar a actuao indi-
vidual e colectiva da organizao. Cada vez mais, para que as
pessoas se sintam motivadas e acreditem numa organizao,
tm que sentir que fazem parte dela. Para isso, essencial que
haja uma comunicao dentro da equipa, seja ela informativa
ou motivacional, por exemplo fornecendo um feedback do
trabalho feito ou ouvindo as opinies e sugestes das pessoas.
E hoje em dia, com as redes informticas, o correio elec-
trnico e a Internet, no h desculpas para que este processo
no seja implementado.
formasde passar acomunicao
reuniesregulares
encontrosinformaispara debaterproblemasconcretos
veiculao deinformaosobre planosde aco,projectosou resultados
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5Se a direco da empresa, em conjunto com o gestor derecursos humanos, compreender as razes que levaram um
colaborador a sair, mais facilmente tenta evitar novas sadas.
Por vezes basta apenas melhorar alguns aspectos organizacionais
ou corrigir situaes de desequilbrio.
Hoje em dia a mobilidade profissional muito maior do que
h alguns anos atrs. O importante que tanto a empresa como
o colaborador tenham dado o seu melhor durante a relao
profissional que mantiveram. Se a sada do colaborador for pacfica,
nada impede que um dia mais tarde volte a integrar-se na empresa.
O SEGREDO DA MOTIVAO
Saber manter uma equipa coesa, interessada e produtiva
actualmente um dos maiores desafios que se colocam a um
gestor de recursos humanos. Mas que estratgias de motivao
podem ser utilizadas?
H alguns factores que, de uma forma mais ou menos
consensual, contribuem positivamente para aumentar a moti-
vao dos funcionrios de uma empresa. A comear pela prpria
funo desempenhada pelo colaborador. Ver a carteira de clientes
da empresa aumentar dia aps dia, por exemplo, e saber que
uma parte desse crescimento deriva do esforo que realizou
fonte de satisfao para o colaborador.
O tempo que as pessoas passam na empresa cada vez
maior. E muitas vezes trabalha-se noite, ao fim-de-semana... Se
as pessoas no se sentirem realizadas naquilo que fazem, com
a agravante de terem cada vez menos tempo para elas prprias
e para a sua famlia, a presso vai ser imensa. E, inevitavelmente,
o seu empenho e produtividade profissional vo decair.
Ter um feedback do que se faz tambm essencial para manter
um colaborador motivado. Isto vlido tanto para os objectivos
que so alcanados como para os erros que inevitavelmente se
cometem. O que se deve fazer numa situao de erro , juntamente
com o colaborador em causa, descobrir os motivos e a forma de
o evitar no futuro. Se tratarmos as pessoas como inteligentes, elas
respondem como pessoas inteligentes. A velha frase eu pago-te
para fazeres, no para pensares, est obsoleta.
DINHEIRO E BENEFCIOS
A remunerao , sem dvida, um factor de motivao para
um colaborador. S que, muitas vezes, no o factor primordial.
Tudo depende da hierarquia das necessidades: Alm de uma
remunerao competitiva, h uma srie de outros factores que
contribuem para a motivao, como a existncia de oportuni-
dades de desenvolvimento de competncias, ou a possibilidade
de progresso na carreira. E convm no esquecer alguns
POLTICAS DE FORMAO
Definir polticas regulares de formao dos colaboradores,
medida das necessidades especficas do negcio, pode garantir
vantagem estratgica face concorrncia.
Esta formao pode, e deve, ser da iniciativa da prpria
pessoa, mas isso no tira responsabilidades empresa no que
diz respeito melhoria da formao dos seus colaboradores
at porque vai beneficiar grandemente dessa actualizao.
O gestor de recursos humanos deve manter-se permanente-
mente atento s mudanas do mercado, s necessidades da em-
presa, aos meios a que pode recorrer para implementar essa
formao.
As polticas de formao diferem muito conforme o sector
em que a empresa se insere e o tipo de colaboradores que
possui. Sabendo quais as competncias funcionais que cada
pessoa tem, mais fcil definir uma poltica de formao para
a empresa. Naturalmente, nem todas as pessoas vo precisar
da mesma formao, pelo que ser necessrio delinear aces
de formao concretas e estabelecer timings para a sua realizao.
igualmente vantajoso recorrer aos resultados das avaliaes
de desempenho, j que pode ser necessrio apostar em formao
individual para determinados colaboradores.
SADA DE COLABORADORES
Mais cedo ou mais tarde, as empresas tm que se debater
com este problema. Ningum insubstituvel, j se sabe, mas
a sada de um colaborador pode causar alguns transtornos nos
primeiros tempos. Antes mesmo de se comear a procurar outra
pessoa para o lugar, deve-se tentar perceber por que que o
colaborador quer sair da empresa:
. Est descontente com o trabalho que realizou ou foi
convidado a mudar para um projecto mais aliciante?
. Sai por motivos pessoais ou relacionados com a evoluo
da carreira?
. Coloca a hiptese de eventualmente um dia poder regressar
empresa ou nem quer ouvir falar disso?
A empresa e os seus colaboradores evoluem naturalmente com
o passar do tempo. Podem no entanto surgir problemas quando
o crescimento no no mesmo sentido, ou os objectivos de cada
um so divergentes. H pessoas que atingem um determinado
patamar de responsabilidades e querem ficar por a, porque se
sentem bem naquilo que esto a fazer. Outras, pelo contrrio, tm
mais ambio e querem sempre continuar a subir. Nenhuma das
duas atitudes condenvel. Tudo depende das caractersticas pes-
soais de cada colaborador e das necessidades especficas da empresa
num dado momento. Quando no possvel conciliar os interesses
de ambas as partes, acaba por surgir o fim da relao contratual.
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6 benefcios adicionais que, embora isoladamente possam nosignificar muito, ajudam a tornar o bolo mais atractivo. Por
exemplo, o facto de se oferecer um horrio flexvel, um regime
de frias mais alargado, a participao no capital da empresa
atravs de stock options, a possibilidade de receber um bnus
anual ou um qualquer tipo de prmio.
SER CRIATIVO
indispensvel que a estratgia de motivao seja coerente.
Um gestor de recursos humanos tem de acompanhar os negcios
da empresa permanentemente, saber o que est a ser feito e
quais so os alvos que quer atingir. S assim possvel pensar
simultaneamente nos objectivos da empresa e nas pessoas que
l esto.
DEPARTAMENTO PRPRIO OU OUTSOURCING?
Tudo depende da dimenso da empresa em causa. Grandes
organizaes, que integram centenas de pessoas, no podem
passar sem um departamento especializado de recursos hu-
manos. No caso de empresas menores, o cenrio pode ser
diferente. Muitas vezes mais rentvel para as pequenas
empresas recorrer a consultores externos, que as auxiliam a
gerir os recursos humanos.
Porqu ficar?
Um estudo elaborado pelo Hay Group, citado no site
http://humanresources.about.com, concluiu que as cinco
principais razes que levam um colaborador a permanecer
na empresa so:
1 - oportunidade de desenvolver novas competncias
2 - acompanhamento e feedback dado pelo chefe
3 - equipa de direco talentosa
4 - tratamento com respeito
5 - reconhecimento de um trabalho bem feito
A ttulo de curiosidade, refira-se que a remunerao figurava apenas
no oitavo lugar da lista de razes mais apresentadas.
O estudo foi realizado entre 1996 e 1999, tendo sido entrevistados
500 mil empregados de 300 empresas norte-americanas. Um
estudo semelhante aplicado ao mercado portugus revelaria
ou no resultados semelhantes?
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2. Recrutamento
Contratar os melhores profissionais um processo que tem
que ser rpido e eficaz. de empregados eficientes e motivados
que depende o sucesso sustentado da empresa.
O sucesso ou falhano de uma empresa depende das pessoas
que nela trabalham. Logo, depende em ltima anlise da quali-
dade dos seus sistemas de recrutamento e seleco. Infelizmente
nem todos os gestores do a ateno necessria a este assunto.
Contratam pessoas com base em conhecimentos pessoais ou
confiam pura e simplesmente na sorte. sempre prefervel
investir tempo e recursos no recrutamento pois isso prevenir
problemas futuros quer para a empresa quer para o prprio
recrutado. necessrio seguir os passos apresentados em
seguida, para minimizar as probabilidades de erro no recruta-
mento.
2.1 Como gerir um processo de recrutamento
1. Definir correctamente a exigncia do cargo
2. Procurar os melhores candidatos
3. Anncios de recrutamento
4. Criar formulrios de candidatura
5. Analisar com cuidado os currculos relevantes
6. Fazer uma entrevista inteligente
1. DEFINIR CORRECTAMENTE A EXIGNCIA DO CARGO
Antes de comear o processo de recrutamento propriamente
dito, deve-se definir exactamente o que se pretende. Qual o
cargo que est em aberto, quais so as funes inerentes a ele
e que tipo de pessoa que melhor o poderia desempenhar,
tendo em conta o seu historial acadmico, profissional e at o
seu prprio perfil pessoal. No se deve cair no erro de preencher
imediatamente a vaga de um trabalhador que saiu mas sim
pensar primeiro se precisam de facto de outra pessoa ou se as
suas funes podem ser desempenhadas por outros traba-
lhadores da empresa com iguais qualificaes tcnicas e hu-
manas.
2. PROCURAR OS MELHORES CANDIDATOS
Existem cinco formas para descobrir quem melhor se adequa
ao cargo em aberto. So elas:
. Recomendaes pessoais identificar os profissionais que
estejam no mercado e que se gostaria de contratar. A partir
daqui deve-se pedir referncias a todas as fontes possveis: ex-
-empregadores da pessoa em causa, colegas antigos ou actuais,
entre outros. No se dever fazer demasiada publicidade em
relao s intenes da empresa. Isto porque ainda no est
a recrutar, e porque poder estar a dar tempo ao actual empre-
gador para preparar uma contra-proposta mais aliciante.
. Empresas de recrutamento neste caso, entrega-se nas
mos de especialistas a escolha do futuro empregado. Mais
do que atravs de qualquer outro mtodo, este exige que se
seja claro na definio do que se pretende. Deve-se estar
tambm atento a quanto vai custar a subcontratao de
uma empresa deste tipo.
. Recrutamento interno muitas vezes no preciso ir
buscar sangue novo. Basta olhar volta e fazer umas per-
guntas em cada departamento (de preferncia, aos respon-
sveis por cada um deles) para descobrir talentos. E esta
tambm uma forma de manter os empregados mais moti-
vados e produtivos por constatarem que a empresa segue
uma poltica de progresso das carreiras.
. Recrutamento de antigos empregados no se deve perder
de vista os melhores profissionais que j trabalharam para
a empresa. Podero sempre regressar empresa se lhes for
apresentada uma proposta ou recomendar outras pessoas
com a garantia de que so eficientes.
3. ANNCIOS DE RECRUTAMENTO
Dever ser efectuada uma escolha adequada dos meios onde
se pretende colocar os anncios. Para tal, dever ser identificado
numa primeira fase qual o pblico-alvo desses mesmos meios.
Se o perfil se adequa ao das pessoas pretendidas para preencher
a vaga na empresa, deve-se avanar com os anncios. Depois deve
ser escolhido o melhor meio: imprensa, Internet, universidades,
etc. A forma como redigido o anncio tambm muito importante,
devendo ser o mais claro possvel, excluindo logo candidatos
indesejveis. Ou seja, se h qualificaes imperativas para o cargo,
devem ser reveladas logo nesta fase.
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8 4. CRIAR FORMULRIOS DE CANDIDATURAOs formulrios de candidatura podem ser em papel ou em
formato digital. Devero estar estruturados de tal forma que,
ao serem preenchidos, resumam o historial acadmico e profis-
sional dos candidatos e, de preferncia, as principais motivaes
para o preenchimento da vaga. Devero ser, quer um comple-
mento ao currculo, quer uma forma de confirmar as informaes
deste. Para criar fichas de candidatura eficazes devem-se seguir
alguns passos:
. Fazer perguntas abertas muito pouco provvel obter
respostas abertas num currculo. Por tal, a ficha de candi-
datura deve servir tambm para pedir ao candidato que
escreva um pouco mais sobre si e sobre as suas motivaes
ao se candidatar vaga em causa.
. Criar fichas de candidatura em formato digital no devem
ser eliminadas as fichas de candidatura em papel, mas deve
ser criada uma verso em formato digital. Serve para ser
disponibilizada atravs da Internet e facilita a introduo
das informaes em bases de dados informatizadas ou a
posterior actualizao dos dados do candidato.
. Construir uma base de dados todas as fichas de candi-
datura recebidas devero ser registadas numa base de dados.
Mesmo candidatos que hoje no se adequam ao cargo em
aberto actualmente, podero ser boas possibilidades para
uma contratao futura.
5. ANALISAR COM CUIDADO OS CURRCULOS RELEVANTES
Quando qualquer empresa inicia um processo de recruta-
mento e comea a receber currculos, h uma grande percenta-
gem que no se adequa ao cargo em causa. inevitvel ter
dezenas, se no mesmo centenas, de candidatos que disparam
em todas a direces. Em segundo lugar, depois da triagem
inicial, devem ser seleccionados os melhores currculos entre
todos os que se adequam vaga. Por fim, deve-se ler nas
entrelinhas. Pode ser utilizada a seguinte estratgia:
. Procurar dados concretos se no forem descobertas num
currculo informaes claras e objectivas em relao a
determinadas qualificaes do candidato provvel que ele
no as tenha. No se dever eliminar logo o currculo, mas
registar a falha para que seja esclarecida numa fase posterior.
Pode-se tentar obter referncias junto de ex-empregadores.
. Comear pelo fim a maioria dos candidatos coloca as in-
formaes menos lisonjeiras no final do currculo porque
espera que o recrutador no chegue l.
. Filtrar as informaes irrelevantes muitas pginas, mas
poucas qualificaes, revelam um candidato fraco. Se o
currculo incluir demasiadas informaes pessoais como a
ocupao de tempos livres h que filtrar apenas a informao
que interessa realmente.
6. FAZER UMA ENTREVISTA INTELIGENTE
Escolhidos os candidatos mais adequados ao cargo vago
atravs dos seus currculos e dos resultados dos testes psicotc-
nicos ou outros (se tiverem sido realizados), hora de os chamar
para falarem cara a cara.
A entrevista uma das fases mais importantes de todo o
processo. Por isso, importante que a entrevista seja devida-
mente estruturada de forma a conhecer ao mximo as carac-
tersticas pessoais do candidato e confirmar se todas as
informaes que foram apresentadas anteriormente
correspondem verdade.
2.2 As entrevistas
Para cumprir com o abordado anteriormente, ou seja, para
fazer uma entrevista inteligente, h que seguir determinados
passos:
PREPARAR AS ENTREVISTAS
Uma entrevista no uma conversa social. Por isso, o
entrevistador dever prepar-la com antecedncia e fazer os
trabalhos de casa no que toca a estudar com afinco o currculo,
a ficha de candidatura e demais informaes acerca dos candi-
datos com quem vai falar. O esquema seguinte apresenta os
pontos-chave da organizao prvia da entrevista.
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9quem vai
entrevistarO tipo de entrevista e a forma como ir ser conduzida (e por quem) depende da empresa
ou do cargo para o qual pretende recrutar. Nas empresas especializadas em recrutamento,
por exemplo (que so contratadas para seleccionarem candidatos para outras empresas),
as entrevistas so normalmente conduzidas por psiclogos, que registam por escrito
o seu parecer em relao a cada candidato para, no final do processo, fazerem a triagem.
Noutras empresas, que tm um departamento de recursos humanos organizado, as
entrevistas podem ser conduzidas pelo prprio director de recursos humanos ou por
qualquer outro profissional qualificado dessa seco. H ainda empresas que preferem
que seja o responsvel mximo do departamento que est a contratar a falar directamente
com os candidatos.
definiro tempo
previsto para aentrevista
bvio que, para um cargo inferior na hierarquia, basta certamente uma entrevista para
se chegar a uma concluso sobre a deciso de recrutamento pelo que o tempo de
durao ser mais reduzido. Para um cargo de topo, uma nica entrevista no
suficiente. Muito menos se feita por uma nica pessoa.
escolha dolocal
Pode-se escolher o prprio escritrio, uma sala de reunies ou at um territrio neutro,
como a sala de um hotel ou uma sala de qualquer outro departamento da empresa.
Importante criar um ambiente o menos intimidativo possvel, com boa luminosidade,
com a temperatura ideal e com poucos focos de distraco (como demasiadas imagens
nas paredes, por exemplo).
preparar asperguntas
importante anotar em papel todas as questes que se pretende colocar e registar
as notas pr-entrevista. Deve ser feita a distino entre as perguntas obrigatrias e as
opcionais.
ESCOLHER O TIPO DE ENTREVISTA
Os estudos sobre a matria identificam quatro grandes tipos de entrevistas:
concreta O objectivo principal extrair informaes concretas nomeadamente sobre a funo
a desempenhar. A personalidade do candidato o menos importante neste tipo de
entrevista. As perguntas devem ser especficas e no dar abertura a divagaes.
situacional O objectivo consiste em verificar como o candidato enfrenta algumas situaes tpicas
do cargo. Ou seja, as entrevistas so conduzidas para uma descrio completa do
problema. Pode-se utilizar perguntas abertas tais como: O que faria se....
de confronto Desencadear uma situao de confronto para avaliar como que o candidato reage.
Planear um confronto inesperado, fazer insinuaes sobre o percurso da carreira do
candidato. O objectivo analisar como o candidato reage presso.
tcnica Dar maior enfoque a questes tcnicas. Simular, se necessrio, um ambiente de
prova oral universitria para confirmar se ele tem as capacidades que afirma ter.
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10 ELABORAR AS PERGUNTASEis algumas questes tpicas que podero ser colocadas aos candidatos:
Por que razo quer mudar de emprego?
Por que razo se est a candidatar a este cargo?
Desta forma, conhece-se e avalia-se as prprias motivaes
do candidato e percebe-se se o que a empresa tem para lhe
oferecer o que ele realmente quer.
Quais so os seus pontos fortes?
Com esta pergunta, o candidato tem a oportunidade de
revelar pontos a seu favor e de revelar algo positivo acerca dele.
Se a resposta demorar ou se foram apresentados poucos pontos
fortes, isto pode revelar falta de confiana, timidez ou, no limite,
incompetncia.
Quais so os seus principais pontos fracos e limitaes?
importante que os candidatos saibam ser auto-crticos.
Quem no capaz de assumir os prprios erros ou limitaes
demonstra arrogncia. Uma boa resposta o candidato enunciar
os pontos fracos e dizer o que que aprendeu com eles e o que
fez para melhorar.
Como foram as suas relaes com a chefia e com os colegas
anteriores?
H que saber como que o candidato se relaciona frequen-
temente com as pessoas que o rodeiam no local de trabalho.
Ele at pode ser excelente tecnicamente, mas se no souber
trabalhar em equipa num cargo que o exige, ento no serve.
Qual considera que tenha sido o ponto mais alto da sua
carreira?
Deixar o candidato falar do que mais o orgulhou em funes
anteriores. uma forma de avaliar o seu brio profissional. E de
reduzir os nveis de tenso associados a uma entrevista.
Qual foi o ponto mais baixo da sua carreira?
Tal como em relao aos pontos fracos, o candidato deve
ser capaz de falar vontade de momentos que correram menos
bem.
Quais so os seus objectivos a longo prazo e como que
acha que os conseguir alcanar?
Estas pergunta revelar projectos profissionais e de vida,
permitindo avaliar as motivaes, ambio e expectativas de
promoo.
TOMAR NOTAS E TIRAR CONCLUSES
No decorrer da entrevista deve-se tomar notas com as
respostas dos entrevistados e escrever alguns comentrios
sobre os seus comportamentos ao longo da reunio. No final,
depois do candidato sair, deve-se tentar classificar o seu desem-
penho ou mesmo atribuir-lhe uma nota. Esta aco deve ser
feita de imediato. Aps dezenas de entrevistas no possvel
a lembrana de todos os pormenores e a escolha torna-se mais
difcil.
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3. Poltica de remuneraes
Esta a tarefa mais sensvel de qualquer gestor de recursos
humanos. Por muito que se diga o contrrio a questo principal
e ser sempre a do salrio. Mas quem estrutura uma poltica
de remuneraes tem de atender a outro tipo de benefcios que
no apenas os de cariz monetrio.
Para estruturar um sistema de recompensas h que ter em
conta a cultura das empresas, nomeadamente as atitudes e
comportamentos dos empregados e, acima de tudo, os seus
objectivos estratgicos. Para que este sistema funcione,
essencial implementar um sistema de gesto por objectivos,
para que cada empregado saiba antecipadamente o que
esperado dele e como que o seu nvel de desempenho ir ser
quantificado e recompensado.
Existem dois tipos de recompensas possveis numa empresa:
3.1 Tipos de recompensas
recompensas
intrnsecas
recompensas
extrnsecas
Distinguem e premeiam aces que contribuem elevadamente para o cumprimento dos
objectivos da empresa. No tm que ser necessariamente prmios em dinheiro, mas
assumem frequentemente essa forma. O tipo de prmios depende muito da cultura da
empresa e dos sistemas de remunerao. Devem ser prestigiados e credveis, mostrando
que so um tipo de reconhecimento especial por que vale a pena lutar. Acima de tudo
a identidade do premiado e as razes que justificaro o reconhecimento devero ser
divulgadas publicamente. Este tipo de prmios dever igualmente ter uma forte carga
simblica. Por vezes mais apreciado ou o louvor pblico ou a entrega de prmios em
espcie (viagens extensveis famlia, etc.) do que o sempre impessoal prmio monetrio.
Salrio a recompensa mais comum do trabalho dos empregados. Pode ter uma
parcela fixa, que inclui o salrio base acrescido de subsdios (de alimentao, de doena,
entre outros), e uma varivel, que s ser atribudo se o empregado tiver cumprido um
determinado conjunto de objectivos.
Incentivos So complementos ao salrio, de natureza varivel, que tm como objectivo
recompensar o mrito dos melhores empregados. Entre os principais incentivos a curto
prazo contam-se as comisses, normalmente atribudas fora de vendas da empresa,
baseadas na facturao realizada em perodos de tempo curtos (um ms, um trimestre
ou um ano); os bnus, cuja atribuio depende do cumprimento dos objectivos globais,
funcionais ou individuais; e as viagens de incentivo, que so uma forma de incentivo
no monetrio que bastante usual nas empresas.
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12 INCENTIVOS A LONGO PRAZOPertencem ao grupo das recompensas intrnsecas mas visam
sobretudo a reteno e fidelizao empresa dos seus empre-
gados-chave, normalmente os gestores de topo.
. Planos de stock options so planos de opo de compra
de aces da empresa a um preo pr-determinado decorrido
um perodo de maturidade pr-acordado. A rentabilidade
obtida pelo titular depende da valorizao das aces na
bolsa. As mais valias geradas calculam-se pela diferena
entre a capitalizao de mercado das aces findo o prazo
de maturidade e o valor de aquisio acordado priori. Se
este valor for negativo, o titular pode optar por no exercer
o seu direito de compra.
. Planos de phantom shares so unidades de participao
que eliminam algumas das desvantagens dos planos de
stock options , por exemplo, no esto dependentes da
evoluo das cotaes bolsistas, mas a sua mecnica
muito semelhante dos planos de stock options. atribudo
um valor fixado priori s unidades de participao, de
acordo com um determinado critrio de valorizao esco-
lhido. Tm um perodo de carncia, aps o qual podero
ser mobilizadas.
. Planos de stock grants consiste na possibilidade de aquisi-
o de aces da empresa a preo reduzido, para a venda
posterior, beneficiando o titular de um prmio de capita-
lizao dependente da valorizao da cotao das aces
no mercado bolsista.
BENEFCIOS
Podem ser recompensas em dinheiro ou em espcie e visam
satisfazer as necessidades de carcter social dos empregados.
Dividem-se em trs grupos:
. Benefcios sociais so atribudos a todos os empregados
e visam suprir necessidades primrias e de segurana (sade,
alimentao, invalidez, entre outras). Os mais frequentes
so os subsdios de doena, seguros de sade, etc.
. Fringe benefits so benefcios especficos para determi-
nados cargos da empresa, quer devido natureza das
funes quer devido ao grau hierrquico. Incluem planos
de utilizao de automveis, despesas de representao,
viagens, entre outros.
. Smbolos de estatuto so benefcios que tm como objec-
tivo distinguir os cargos de topo da hierarquia. Ceder a
utilizao de um automvel da empresa a um empregado
no um smbolo de estatuto, mas j o ser se estivermos
a falar de um automvel de topo de gama para um
administrador, ou um carto de crdito gold.
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4. Como preparar um plano de formao
Na actual sociedade do conhecimento a formao acadmica
no chega. preciso investir na formao contnua dos recursos
humanos. necessrio que a empresa saiba como elaborar um
plano de formao adequado s necessidades da empresa e ao
perfil dos seus colaboradores.
Do ponto de vista das entidades patronais, um plano de
formao uma ferramenta da gesto dos recursos humanos,
que tem como objectivo a melhoria das qualificaes dos
empregados e, consequentemente, a melhoria da performance
geral das empresas. Do ponto de vista dos empregados, a
formao poder ser uma forma de consolidarem as suas
carreiras profissionais e de aumentarem o seu valor e atracti-
vidade no mercado de trabalho.
4.1 A importncia da formao
1. IDENTIFICAO DAS NECESSIDADES
O departamento interno da empresa encarregue de fazer o
plano de formao (normalmente o de recursos humanos)
contacta os directores das divises principais (financeira,
operacional, comercial, etc.) e rene com cada um deles para
identificar os elementos de mudana na empresa e nos depar-
tamentos, nomeadamente: novos investimentos, novas
qualificaes necessrias, objectivos de desempenho mais
ambiciosos, etc. Estes devem justificar os objectivos definidos
e os recursos que sero necessrios para os cumprir. Desta
etapa dever resultar um documento que resuma as necessidades
de formao e os objectivos e que sirva de base de referncia
para todas as fases seguintes.
2. DESCRIO DAS ACES DE FORMAO
Nesta fase, os responsveis pelo planeamento das aces de
formao podero complementar as informaes constantes no
documento realizado na fase anterior ou criar uma nova grelha.
Nesta, colocaro as necessidades de formao a satisfazer, os
objectivos, os respectivos temas para as aces de formao
necessrias, o nmero previsto de formandos e a durao.
3. PREVISO DA DURAO DA FORMAO
importante fazer uma previso da extenso do tempo de
formao. Poder ser mais vantajoso e menos penalizante para
as empresas e para os profissionais diminurem a durao de
cada aula e estenderem os cursos por um perodo de tempo
total mais alargado. Por isso, importante prever e planear
todas as alternativas possveis, que sero apresentadas, nor-
malmente, pelos responsveis de recursos humanos e posteri-
ormente discutidas com os potenciais formandos e tambm
com os formadores.
4. ORAMENTAO
Inclui os encargos directos de formao (remunerao dos
formadores, encargos de deslocao, etc.) e a previso dos
encargos de funcionamento (aluguer/utilizao das instalaes
para a formao, custos de operao das aces de formao,
etc.). Uma discusso frequente nas empresas est relacionada
com o clculo dos custos de oportunidade devidos ausncia
das pessoas em formao e os eventuais custos de substituio.
Porm, normalmente, este tipo de custos no contemplado
no plano de formao anual da empresa, mas nos oramentos
individuais de cada unidade da empresa. Cabe aos responsveis
de diviso realizar os oramentos individuais e fazer as estima-
tivas dos efeitos que a formao ter na sua actividade e nos
custos de mo-de-obra.
5. PESQUISA DE MERCADO
Esta fase no se aplica nas empresas que organizam as
aces de formao internamente, com formadores da prpria
4.2 Fases de um plano de formao
Identificao das necessidades
Descrio das aces de formao
Previso da durao da formao
Oramentao
Pesquisa de mercado
Implementao e controlo
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14 empresa. No caso de as aces de formao serem subcontra-tadas a empresas de formao ou a formadores individuais,
este o momento em que os responsveis pela elaborao do
plano de formao da empresa devem fazer uma prospeco
de mercado. Ao analisarem todas as condies, podero ter
que fazer ajustes ao oramento previsto. Devem ter em conta
os seguintes aspectos:
. Credibilidade das empresas de formao De preferncia,
devero ser empresas acreditadas para dar cursos de for-
mao, por entidades como o Ministrio da Educao ou
o INOFOR. conveniente tirar referncias junto de anteriores
clientes destas empresas.
. Qualificaes dos formadores Quando a formao
subcontratada a empresas fidedignas, a qualidade dos for-
madores , partida, assegurada por elas, at porque a
sua imagem de qualidade que est em causa. Quando se
tratam de formadores individuais, importante ter conhe-
cimentos do seu currculo como formador e das suas qua-
lificaes nas reas em que iro dar formao aos seus em-
pregados.
. Local da formao O local onde se iro realizar as aces
de formao depende, na maioria dos casos, do nmero de
formadores e das condies logsticas que a empresa que
encomenda a formao tem. Se existe um grande nmero
de empregados para assistir a uma determinada formao,
o mais frequente que os formadores subcontratados se
dirijam s instalaes da empresa, caso contrrio, sero os
empregados que tero que se deslocar. Porm, a empresa
pode no ter, por exemplo, salas disponveis, ou equipamento
de projeco e vdeo de que os formadores necessitam.
Nestes casos, devero ser negociadas previamente todas
as condies que iro ser necessrias.
. Custos Os preos cobrados pelas empresas de formao
so, normalmente, elevados. Deve ser feita uma anlise
comparativa dos preos praticados pelo maior nmero
possvel de entidades verificando se as diferenas de preo
so justificveis pela qualidade. No deve ser esquecida a
incluso no preo todas as condies necessrias. Os
principais custos que as empresas de formao cobram
so: concepo da aco, organizao e gesto da formao,
coordenao da aco e formadores, logstica (salas, equi-
pamentos, correios, telefones, etc.) e elaborao de docu-
mentos ou outros instrumentos pedaggicos.
6. IMPLEMENTAO E CONTROLO
Depois de ser feito o oramento previsional, de serem
realizados alguns ajustes que tenham sido considerados
necessrios e de os membros da direco o terem aprovado,
resta implementar o plano de formao. A direco de recursos
humanos dever contactar os responsveis de cada departa-
mento para acordarem as datas mais adequadas para a for-
mao (depois de contactarem os formadores, para saberem
qual a sua disponibilidade em termos de tempo). Os formandos
sero informados das datas e aces de formao a que tero
que assistir, de preferncia, pelo seu superior hierrquico
directo. Muitas empresas esto a optar por um sistema de
avaliao dos formandos no final das aces de formao,
para irem acompanhando o seu grau de aproveitamento e a
sua evoluo. Por outro lado, os formandos tambm tero a
oportunidade de fazerem a avaliao da qualidade do curso
e dos formadores.
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5. Como avaliar o desempenho
Avaliar o desempenho do pessoal uma tcnica de gesto
que visa melhorar a performance individual e colectiva, tornar
os sistemas de recompensa mais justos e gerar efeitos positivos
na motivao das pessoas.
5.1 O desempenho como factor de avaliao
objectivos dos
sistemas de
avaliao de
desempenho
medir e diferenciar o
desempenho
individual
dar a conhecer a
opinio dos superiores
hierrquicos sobre o
desempenho de cada
colaborador
ajudar a tomar decises
sobre a poltica de
remuneraes
e incentivos e identificar
as deficincias no
desempenho individual
e colectivo e tentar
corrigi-las
A fixao clara dos objectivos de desempenho de cada
departamento o requisito base para um sistema de avaliao
de desempenho eficaz. Esses objectivos devem ser quantifi-
cados, atravs de indicadores simples e fceis de medir, e
devidamente calendarizados. Quer os que so relativos
performance global da empresa (caso do volume de factu-
rao, resultados lquidos, ndice de satisfao do cliente,
quotas de mercado, etc), como o cumprimento de objectivos
de performance individual (contribuio para os objectivos
do departamento, nmero de pedidos satisfeitos, produtivi-
dade, absentismo, cumprimento de prazos, prmios, etc).
A avaliao de desempenho abrange, em regra, alguns ele-
mentos de carcter qualitativo e comportamental (opinio
das chefias e dos colegas, auto-desenvolvimento tcnico e
pessoal, qualidades de liderana, trabalho em equipa, etc).
do correcto balanceamento entre estes vrios elementos
que se constri uma boa grelha de indicadores para avaliar
o desempenho.
A avaliao de desempenho , em regra, semestral ou anual.
Deve ser feita por escrito atravs de um questionrio padronizado
que visa classificar o desempenho do avaliado com base em
critrios quantificveis. No final dever incluir uma avaliao
global do candidato segundo uma escala de avaliao previa-
5.2 Os mtodos de avaliao
mente acordada e incluir comentrios qualitativos sobre o
desempenho do avaliado que inclua as reas prioritrias a
melhorar. Esta informao ser essencial como ponto de partida
para a avaliao dos perodos seguintes:
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16 MTODOS DE AVALIAO DE DESEMPENHO MAIS UTILIZADOS
auto-avaliao
avaliao a 360
So os avaliados que medem a sua prpria performance. No final, cada superior hierrquico
analisa as respostas, faz a sua prpria avaliao e rene com cada um dos avaliados
para discutir os resultados. Este mtodo estimula o empenho e desenvolvimento dos
subordinados mas os resultados podem ser condicionados pelos pontos de vista e
interesses individuais de cada avaliado.
o mtodo de avaliao mais sofisticado. Todos os trabalhadores, independentemente
da sua posio hierrquica, so simultaneamente avaliadores (conservando o anonimato)
e avaliados. Este mtodo tem a vantagem dos subordinados terem a oportunidade de
avaliar livremente o desempenho dos seus chefes, mas pode ter efeitos nefastos ao nvel
da motivao e dos sentimentos de auto-estima dos visados, sobretudo das pessoas
em graus mais elevados da hierarquia.
avaliao pelo
superior
hierrquico
o mtodo mais comum. Tem a vantagem de haver um nico avaliador o que garante
alguma homogeneidade e rigor na interpretao dos critrios de avaliao e na anlise
comparativa de desempenho. A desvantagem principal que o avaliador pode ser
influenciado pela imagem global e histrica que possui sobre o avaliado e pelo tipo de
relacionamento tcnico e pessoal.
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Seguidamente so apresentadas as causas possveis para um mau desempenho e como se deve lidar com elas:
5.4 Como lidar com um desempenho fraco
desmotivao Assim que for detectado este problema, deve ser atacado de imediato, descobrindo as
suas causas possveis. Estabelecer um plano de melhoria com prazos definidos.
CAUSAS POSSVEIS COMO FAZER
falta de
capacidadeQuando o empregado perde o ritmo e no acompanha as exigncias do cargo, deve
primeiro identificar quais as capacidades que lhe faltam (ritmo de trabalho, lacunas na
formao, conhecimentos tcnicos). Oferecer sesses de formao, ou substituir o
funcionrio por outra pessoa com capacidades adequadas.
absentismo e
pontualidadeEste um comportamento intolervel que, no limite, implicar o despedimento do
trabalhador. Verificar se o empregado est bem integrado na equipa ou se a mudana
para um horrio mais flexvel resolveria o problema.
problemas
pessoais importante concentrar-se apenas no desempenho profissional. Em casos graves, pode-
-se propor ao empregado que tire uns dias de frias para resolver a sua situao. Em
ltimo caso, deve-se solicitar ao funcionrio que recorra a apoio mdico.
15 CRITRIOS PARA DETECTAR QUADROS DE ELEVADO POTENCIAL
A avaliao de desempenho tem, sobretudo, objectivos pedagg-
icos. No um processo que visa castigar ou recompensar os
avaliados. Deve ser um instrumento precioso para auscultar os seus
pontos fortes e fracos, as reas passveis de melhoria e as necessidades
de formao prioritria. Do ponto de vista da empresa, a avaliao
dever igualmente servir de base para melhorar o sistema de
compensaes (nomeadamente em caso de prmios de desempen-
ho), para o desenvolvimento de planos de carreira (incluindo sistemas
internos de promoes) e a calendarizao de aces de formao.
A avaliao tambm uma oportunidade para o avaliador
estabelecer e rever objectivos globais e individuais de desem-
penho que podero estar desajustados realidade da empresa.
5.3 Para que serve a avaliao
Se as avaliaes forem, em regra, negativas, talvez a fasquia de
objectivos de desempenho estivesse demasiadamente elevada.
Pelo contrrio, se a esmagadora maioria das avaliaes for
muito positiva isso poder ser um sinal que as chefias esto a
ser pouco exigentes com os seus colaboradores. Nesse caso
talvez faa sentido entregar a tarefa a especialistas externos.
As avaliaes de desempenho so inevitavelmente momentos
de alguma tenso na empresa. Deve ser tirado partido dessa
ameaa transformando-a numa excelente oportunidade para
ouvir e reflectir sobre as queixas e as sugestes dos colaboradores
bem como para reconhecer e louvar publicamente o mrito dos
colaboradores mais eficientes ou mais dedicados.
1. procura permanentemente de oportunidades de desenvolvimento?
2. tecnicamente mais brilhante do que a mdia?
3. aproveita as ocasies de aprendizagem tcnica e pessoal?
4. sente-se vontade noutras culturas e cargos?
5. d particular ateno aos detalhes do seu trabalho ou funo?
6. consegue criar um ambiente de trabalho agradvel?
7. particularmente dotado para relaes humanas?
8. procura e sabe tirar proveito das opinies dos outros?
9. enfrenta as responsabilidades e assume-as perante as chefias?
10. ambicioso. quer melhorar continuamente os resultados?
11. retira lies dos erros e ultrapassa os fracassos sem culpar os outros?
12. possui um temperamento orientado para a aco?
13. tem a coragem de assumir uma posio, ainda que critica, e mant-la?
14. procura, em todas as circunstncias, marcar a sua diferena?
15. reage bem s crticas dos outros e s adversidades?
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6. Como delegar decises
O primeiro segredo para delegar com eficcia seguir o
princpio: faa apenas o que s voc pode fazer. Infelizmente
nem todos os gestores seguem este princpio. Deve-se deixar
de centralizar as tarefas que outros podem fazer melhor.
A maioria dos gestores diz que est sobrecarregado de
trabalho e no tem tempo para fazer todas as tarefas que
gostaria. O mais provvel que esses gestores estejam a delegar
pouco e mal. Ou dito por outras palavras, que estejam a cen-
tralizar em demasia as decises, um pecado dos gestores
6.1 Delegar fundamental
portugueses. Ou porque no confiam o suficiente nos seus
subordinados ou pura e simplesmente porque gostam de
assumir sozinhos todas as responsabilidades at ao mais nfimo
dos detalhes. Ou ainda porque quando finalmente se decidem
pela delegao no o sabem fazer da forma correcta (no dizendo
claramente o que pretendem, por exemplo) nem s pessoas
certas (por exemplo, no fazendo corresponder as exigncias
da tarefa s qualificaes tcnicas e humanas do subordinado
em quem decidem delegar, no prestando a formao ou o
apoio adequado, etc).
faa apenas o ques voc pode fazer
No perca tempo com tarefas que pode delegar a outras pessoas que estejam
hierarquicamente abaixo de si.
PRINCPIOS BSICOS PARA DELEGAR COM EFICCIA
no faaas tarefasassociadas a umsalrio mnimo
Uma empresa no ganha dinheiro se os seus profissionais mais bem pagos passam
grande parte do tempo a caminhar para a mquina de fotocpias ou a fechar
envelopes. O executivo est a perder tempo e, consequentemente, a empresa est
a perder dinheiro.
no assumaas tarefas quepertencem aosoutros
Seja mais humilde. No presuma que faz tudo melhor do que os outros. Principalmente
se se tratar de tarefas que acrescentam pouco valor para a empresa. Aprenda a delegar.
Vai ver que no custa!
h coisas queoutros fazemmuito melhor
Provavelmente no voc que arranja os canos em casa, mesmo que partida tenha
algum talento para a bricolage. Nestes casos o mais provvel que prefira contratar um
canalizador, ou seja, um especialista. Tambm no emprego, precisa de arranjar pessoal
especializado para desempenhar determinadas funes dentro dessa especialidade.
to simples quanto isso.
sabido que no se pode delegar todas as tarefas. Porm,
se for efectuada uma listagem de como utilizado o tempo de
trabalho certamente se chegar concluso que nem tudo o
que se faz tem, de facto, valor acrescentado para a empresa. E
se forem listadas as competncias das pessoas que nos rodeiam
decerto se verificar que no somos a nica pessoa a poder fazer
6.2 Como decidir o que delegar
as actuais tarefas. necessrio saber exactamente quais as
tarefas que se podem delegar e, mais importante, quem que
tem qualificaes para as desempenhar to bem quanto ns
prprios. Deve ser feita uma avaliao e seleco das tarefas
de acordo com o esquema seguinte:
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19quais as tarefas
que estou a fazermas que so
irrelevantes?
quais as tarefasque s eu que posso
desempenhar?
no as completenem as delegue
delegue estastarefas aos seussubordinados
no delegueestas tarefas
e d-lhesprioridade
sistemas decontrolo dodesempenho
O controlo da execuo das tarefas de cada colaborador e a verificao do cumprimento
das regras de trabalho no so tarefas operacionais dos gestores de topo mas sim dos
chefes de diviso. Porm, a verificao da eficcia global dos sistemas de controlo no
pode ser delegada.
gesto dosrecursoshumanos
Mesmo que exista um departamento especifico de recursos humanos deve haver um
gestor de topo com a responsabilidade de gerir pessoalmente este tipo de assuntos. O
lder deve mostrar empenho pessoal nas tarefas de acompanhamento e motivao dos
subordinados e tomar decises delicadas e confidenciais sobre promoes, contrataes
e despedimentos.
manter osrelacionamentoscom os clientes-chave
No deve ser delegado completamente o relacionamento com os principais clientes
da empresa. Esta a melhor forma de garantir a sua fidelidade e de aprofundar as
relaes comerciais e pessoais.
assegurar uma boacomunicao interna
Um gestor deve certificar-se pessoalmente da eficcia dos canais de comunicao.
A manuteno de um fluxo constante de informaes relevantes dentro da empresa
tambm da sua responsabilidade.
avaliar osresultados
O gestor de topo estabelece os objectivos e deve avaliar a evoluo dos resultados. Quando
h desvios significativos, deve entrar imediatamente em aco para corrigir os erros.
delinear as opes
estratgicas
O planeamento estratgico da empresa, a definio de objectivos a curto e mdio prazo
e os meios tcnicos e humanos para os atingir uma tarefa exclusiva dos gestores de
topo e como tal no delegvel.
liderana deprojectos-chave
Liderar significa conduzir um grupo ou um projecto ao sucesso. Nos projectos que
forem considerados como prioridade estratgica no ser aconselhvel delegar as
funes de liderana e coordenao geral das equipas.
criao desistemas derecompensas
Estabelecer os nveis e tipos de recompensas para cada categoria profissional cabe
nica e exclusivamente aos gestores. Mesmo que essa deciso seja participada a
palavra final do responsvel mximo da empresa.
TAREFAS A MANTER
Os estudos sobre este tema demonstram que as tarefas
que um gestor de topo deve manter enquadram-se nas seguintes
oito categorias:
quais as tarefas queestou a fazer que
podem ser cumpridaspor outra pessoa?
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TAREFAS A DELEGAR
As tarefas mais bvias de delegar, e as que geralmente
consomem mais tempo, so as de rotina. Mas podem surgir
outras reas em que os colaboradores saibam fazer melhor.
Desde tarefas menos simpticas como lidar com reclamaes
ou comunicar ms notcias que, por vezes, podem ser feitas
por pessoas que tm um dom natural para resolver problemas
complicados, at tarefas mais interessantes que se podem
delegar como forma de motivao dos subordinados ou de
ensaio para futuras funes de liderana. A regra de ouro de
identificar, com rigor e honestidade, aquilo que melhor se sabe
fazer e que mais importante para a empresa e delegar os
assuntos menos estratgicos ou que outros faro mais rapida-
mente ou com menores custos e maior eficcia.
COMO DELEGAR POR ETAPAS
Depois de ter classificado as tarefas chegou a hora de delegar.
As etapas identificadas na pgina seguinte devero ser seguidas
para delegar com sucesso:
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21ETAPA DESCRIO
escolher as
pessoas certasDelegar nos subordinados que se sabe que podem aceitar responsabilidades. Escolher
cuidadosamente e assegurar que so competentes, empreendedoras, pr-activas e de
preferncia melhor organizadas do que o chefe.
No adaptar as tarefas s pessoas. Fazer o inverso. Perceber qual o perfil de profissional
adequado tarefa que se vai delegar.
No esquecer que a primeira tarefa delegada pode no correr da melhor forma. No cair
na tentao de pegar no assunto por si antes de avaliar o tempo que se pode poupar a
longo prazo se a pessoa aprender sozinha.
avaliar as
competncias dos
subordinados
aproveitar
a curva de
aprendizagem
comear por delegar
tarefas menos
importantes
Reduzir os riscos delegando tarefas menores de incio: limitar os estragos em caso de
fracasso e ajudar a construir a auto-estima da pessoa que assumiu aquela responsabilidade.
No se limitar a explicar apenas o que que elas devem fazer. Quando as pessoas
percebem como se enquadra o seu trabalho no processo, podem reagir melhor quando
as coisas correm mal ou quando quem delegou no est presente. Preparar-se para
receber novas ideias sobre a melhor forma de desempenhar a tarefa. Ouvir as sugestes
mesmo que no se tenha inteno de as seguir.
Comunicar de forma a ter a certeza que se passou correctamente a informao relativa
ao que preciso fazer. Pode-se mesmo pedir que repitam as instrues.
Fazer uma lista de tudo o que se delegou e a quem, anotando os progressos. Pedir sugestes
de prazos para o cumprimento das tarefas e dizendo se tem urgncia. Algumas pessoas
pegam no telefone ou na caneta minutos depois de lhes entregarem a tarefa, outras s
pegam no assunto no dia seguinte. importante descobrir com quem se est a lidar.
Dizer sempre pessoa que a melhor possvel para desempenhar uma determinada
tarefa. Mesmo que se trate de agrafar relatrios, dizer que o trabalho deve ficar com um
aspecto de primeira qualidade.
Fornecer a formao necessria s pessoas para desempenharem as tarefas que lhes
foram confiadas ou conceder o tempo e recursos necessrios para que a pessoa aprenda.
sempre importante que as pessoas tenham uma viso de conjunto. prefervel entregar
a execuo de uma tarefa do princpio ao fim, em vez de a fraccionar em parcelas
atribudas a vrias pessoas. Assim, no final, sabe-se quem se deve premiar pelo sucesso
ou responsabilizar pelo eventual fracasso.
informar as pessoas
do objectivo da
tarefa
comunicar com
clareza
registar as tarefas
delegadas e a quem
dar importncia a
qualquer tarefa
garantir as condies
necessrias ao desem-
penho das tarefas
procurar delegar
uma tarefa completa
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7. Como gerir o trabalho em equipa
Criar um grupo de trabalho para resolver um determinado
assunto relativamente fcil. Liderar uma equipa cujo nvel de
desempenho global superior soma do desempenho individual
j uma tarefa difcil.
Os estudos comprovam que o desempenho das equipas ser
sempre superior ao dos indivduos que os constituem desde que
se combinem pessoas com habilidades, competncias e expe-
rincias diferentes e quando existe um lder capaz de maximizar
o potencial individual tendo em vista a satisfao de um determi-
7.1 O trabalho em equipa
nado projecto e objectivo comum. O termo equipa no corres-
ponde ao simples agrupamento de pessoas com competncias
diversas. necessrio que essas pessoas se comprometam em
torno de um determinado objectivo, que adoptem regras e
procedimentos comuns, e se considerem solidariamente respon-
sveis pelo resultado final desse projecto. Este tipo de equipa
tem, em regra, um lder que aceite pelos restantes elementos
devido sua autoridade formal, competncia tcnica ou capacidade
de liderana (idealmente dever reunir os trs requisitos).
CARACTERSTICAS DE UMA BOA EQUIPA
Estamos em presena de uma equipa de elevado potencial
quando os seus membros discutem os objectivos, avaliam as
ideias, tomam decises e trabalham em conjunto para atingir
os fins propostos. Tm, em regra, uma liderana forte e eficaz.
So compostas por pessoas de qualificaes distintas mas
complementares. Formulam objectivos precisos e quantificveis.
Revelam capacidade de agir rapidamente e de se adaptar a
novas situaes. Existe boa comunicao entre os seus membros
e, em regra, um bom relacionamento pessoal.
O TAMANHO E FORMATO DAS EQUIPAS
O tamanho das equipas pode variar consoante o tipo de
trabalho a desenvolver. do mais elementar bom senso que
quanto maior o nmero de elementos maior a possibilidade da
coeso da equipa ruir ou se dar origem a conflitos de personali-
dade. A deciso sobre o formato da equipa depende do tipo de
projecto. Para tarefas rotineiras importante que cada elemento
saiba precisamente qual o seu papel especfico e como que
a sua contribuio encaixa no esforo global da equipa. Para
tarefas mais criativas ser decerto saudvel menos rigidez na
equipa
pessoas com habilidades,competncias e experincias
diferentes
lder
mesmo objectivomesmas regras
responsveis pelo projecto
maximiza opotencial de
cada indivduo
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23atribuio de tarefas precisas e maior conciliao entre asactividades de grupo e individuais.
Outra deciso importante a de preferir um tipo de equipa
que se relaciona entre si atravs de sistemas formais de reunio,
debate e execuo ou se, pelo contrrio, ser prefervel apostar
em reunies de trabalho de base informal (especialmente
vocacionado para equipas criativas).
DEFINIO DE OBJECTIVOS E PRAZOS
Esta a tarefa mais importante para o sucesso da equipa
de trabalho. Os objectivos no so obviamente imutveis. A
dada altura da evoluo do projecto o lder da equipa pode
concluir que possvel estabelecer objectivos mais ou menos
ambiciosos. importante que todos os elementos da equipa
tenham um fim comum a atingir com o qual se identificam e
se comprometem a trabalhar em conjunto. A regra de ouro
a de dividir os objectivos a longo prazo em projectos de curto
prazo de modo equipa ir cumprindo etapas sucessivas. Igual-
mente importante a tarefa de definir prazos limite de execuo
ambiciosos mas realistas.
E, por fim, estabelecer se se trata de uma equipa temporria
(cujo ciclo de vida termina quando o objectivo alcanado) ou
permanente (por exemplo, a equipa responsvel pelo lanamento
de projectos especiais, ou que agrupa os gestores nacionais de
uma multinacional, etc).
CRIAR UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO
O sucesso de uma equipa depende, sobretudo, da seleco
criteriosa dos seus elementos mas tambm da criao de um
ambiente de trabalho agradvel e tranquilo. Muitas equipas
optam por reunir-se fora dos seus locais de trabalho conven-
cionais precisamente para fortalecer o chamado esprito de
equipa. Este depender do tipo de relaes interpessoais que
j existem, ou forem entretanto criadas, entre os seus membros.
Do respeito pelas diferenas de personalidade entre os seus
membros, do tom afvel e aberto das conversas, do grau de
abertura a novas ideias ou sugestes de trabalho e at do nvel
de amizade e bom relacionamento pessoal que possa existir
entre os membros da equipa.
Depois da equipa entrar em funcionamento o lder deve
assumir uma posio mais discreta e humilde e preocupar-se,
sobretudo, em extrair de cada elemento o seu mximo potencial.
Deve inspirar os outros, distribuir funes, partilhar respon-
sabilidades, motivar as pessoas, facilitar o processo de trabalho,
remover os potenciais obstculos, dotar a equipa dos meios
tcnicos e humanos necessrios, manter o equilbrio e o bom
ambiente de trabalho e, sobretudo, assegurar o cumprimento
7.2 O papel do lder da equipa
dos objectivos nos prazos fixados. O lder de uma equipa no
tem necessariamente um papel simptico. Cabe-lhe a respon-
sabilidade de ir monitorizado a dinmica da equipa e os seus
resultados, se necessrio, retirar da equipa eventuais elementos
perturbadores ou, no limite, extinguir a prpria equipa. Em
consequncia o lder de uma equipa deve aliar aos conheci-
mentos tcnicos do projecto fortes competncias em gesto
interpessoal.
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o lder inova
o lder faz
coisas diferentes
o lder cria
ou desenvolve
o lder investiga-a
e tenta mud-la
o lder tem a obsesso
pelas pessoas
o lder tem uma viso
de longo prazo
o lder pergunta
o qu e porqu
o lder concentra-se
no resultado futuro
o lder desafia
o status quo
o lder faz
as coisas certas
o gestor administra
o gestor faz o
mesmo, melhor
o gestor mantm
ou aperfeioa
o gestor actua
com base na realidade
o gestor respeita o
sistema e a estrutura
o gestor tem uma
viso de curto prazo
o gestor pergunta
como e quando
o gestor concentra-se
no resultado imediato
o gestor respeita
as hierarquias
o gestor faz
as coisas bem
AS DIFERENAS ENTRE UM GESTOR E UM LDER
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8. Gesto pessoal
Dentro do grande tema Recursos Humanos, a gesto pes-
soal adquire particular importncia. Um director de recursos
humanos dever ser conhecedor de algumas tcnicas e formas
de actuar dirias que melhoram o desempenho pessoal e pro-
fissional.
A forma como um candidato apresenta o seu currculo deve
ser analisada pelo responsvel tanto pelos dados apresentados
como pela prpria estrutura e apresentao formal do mesmo.
Outros elementos importantes que tm influncia na gesto
pessoal so as apresentaes em pblico, a prpria gesto do
tempo e a preparao das reunies.
Dominando determinadas formas de actuao no ambiente
empresarial torna-se mais fcil a relao com o prprio trabalho
e com os que nos rodeiam.
Mais do que uma questo de talento natural, a arte de apre-
sentar uma comunicao em pblico obedece a tcnicas que
podem ser aprendidas, treinadas e apoiadas por meios audio-
visuais.
Falar em pblico difcil. Claro que h pessoas que tm
mais facilidade de comunicao do que outras. Mas, em regra,
8.1 Como fazer apresentaes em pblico
esse aparente vontade fruto de uma boa preparao e,
acima de tudo, da experincia. H, no entanto, tcnicas bsicas
de apresentao que ajudam a melhorar as qualidades de bom
comunicador. A regra de ouro ter sempre presente que a forma
de comunicar to ou mais importante do que o contedo da
mensagem.
GESTOPESSOAL
prepararreunies
gestodo tempo
redaco decurriculos
apresentaesem pblico
no dia daapresentao
o momento dasperguntas
a preparaoprvia
conselhos que ajudama dominar a difcil artede falar em pblico
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O objectivo da comunicao deve ser claramente definido,
para que, de acordo com o contexto local e audincia , possa
decidir qual a melhor abordagem e quais os meios a utilizar.
Geralmente a apresentao ser mais eficaz se tiver um nico
tema consistente, objectivos claros e seces bem definidas e
fceis de compreender. Seguidamente so apresentados os
passos a seguir.
. Definir a estrutura do texto
Clarificar todas as informaes relevantes antes de se
comear a escrever. Em primeiro lugar, resumir todas as ideias
sobre o tema da exposio. Este dever ser to abrangente
quanto possvel. Sugere-se a seguinte metodologia:
. Escrever o tema principal da apresentao no centro de
uma folha em branco;
. Desenhar ramos a partir dessa caixa principal com os sub-
-temas da sua exposio;
. Fazer corresponder a cada sub-tema um resumo do
contedo que se pretende comunicar;
. Definir a sequncia lgica da exposio e qual o meio
audiovisual de suporte;
. Definir o tipo de elementos grficos que vo enriquecer o
contedo da comunicao.
No esquecer que h software especfico para apresentaes
que ajudam a definir esta estrutura-base. Existem inclusivamente
modelos predefinidos para a estruturao dos tipos de apresen-
tao mais comuns.
. Tipo de audincia
Existem dois tipos de pblico: o que quer assistir e o que
tem de assistir. Pode-se julgar com antecedncia qual o tipo
bsico do pblico que se vai enfrentar. Por exemplo, procurar
conhecer previamente alguns membros da audincia ou falar
com outras pessoas que j animaram sesses similares. Mas
mesmo que se obtenha essas informaes sempre difcil
avaliar previamente o nvel de motivao da audincia no dia
da apresentao. H outros factores que podem afectar a
ateno da audincia e que devem ser considerados a di-
menso da sala, a temperatura, a luz, etc. Analisado o perfil
da audincia, deve-se agora classificar e seleccionar o material
reunido. Eliminar a informao desnecessria e o pormenor
excessivo. Ter sempre presente qual o objectivo final da
comunicao.
8.1.1 A preparao prvia
. Estilo de comunicao
Embora o estilo deva ser adaptado ao tipo de pblico, h
algumas regras gerais a respeitar:
. Ser sincero e natural Usar a prpria linguagem. No
tentar fazer-se passar por aquilo que no se . Acima de
tudo deve-se sentrir confortvel com as palavras que se usa;
. Demonstrar entusiasmo No esquecer que o brilho nos
olhos e o envolvimento pessoal demonstrado perante a
audincia so contagiantes;
. Mostrar-se agradvel e amistoso Procurar sorrir durante
a apresentao, quando tal for oportuno. Isso poder fazer
com que se conquiste a simpatia do pblico facilmente;
. Utilizar o humor, mas com cuidado H pessoas natural-
mente bem dispostas e com sentido de humor, mas a
maior parte no . O humor uma arma poderosa para
conquistar a ateno da audincia. Mas algumas tiradas
humorsticas podem ser mal recebidas. Em alternativa
deve-se intercalar a apresentao com mudanas do tom
de voz, enfatizar as palavras com gestos ou adicionar
histrias ou testemunhos pessoais.
. Controlo do tempo
Deve-se conhecer antecipadamente a durao da apresen-
tao para que melhor seja possvel o seu planeamento. Alternar
as mensagens verbais com as visuais, bem como o discurso
formal com o informal. Em mdia, as pessoas s conseguem
concentrar-se totalmente na sua mensagem durante dez minutos,
pelo que a variedade uma necessidade para prender a ateno
da audincia. Mais uma vez, os softwares de apresentaes tm
ferramentas de controlo do tempo que podem ajudar. Deve-se
simular previamente a exposio aferindo se respeitado o
tempo previsto.
. Fluncia do discurso
Ser conciso e claro. Construir as frases cuidadosamente
evitando os advrbios de modo. Ser pragmtico na mensagem
que se quer passar um sinal de respeito para com os ouvintes.
Ser prudente em relao aos termos tcnicos. Procurar ser
comedido na sua utilizao. Resistir tentao de demonstrar
repetidamente que se um especialista no assunto.
. Utilizao de meios audiovisuais
Dar especial ateno pgina de abertura do diapositivo.
A apresentao propriamente dita dever comear com um
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27sumrio do que se vai seguir. Os slides devero estar esquema-tizados por tpicos. Tentar ser o mais sinttico possvel. No
transformar a apresentao num discurso. Ler em voz alta o
que est escrito um dos erros tpicos das palestras montonas.
Assegurar que o tamanho de letra e que as cores do texto e dos
fundos no esto a prejudicar a leitura. Esse cuidado deve ser
redobrado se usar grficos ou tabelas. As imagens servem para
auxiliar a compreenso da apresentao e no para as substituir.
Nunca o orador se dever colocar entre a audincia e o ecr.
. Os apontamentos
Se na apresentao no estiver prevista a utilizao de meios
audiovisuais deve-se preparar notas ou outros auxiliares de
memria com os quais o orador se sinta confortvel. Se as
palavras flurem, ptimo, mas se isso no acontecer deve-se
procurar ter um apoio. Estruturar as notas e numer-las. Por
exemplo, cartes do tamanho de postais so teis porque cabem
nos bolsos. No se deve confiar na memria para estatsticas
e citaes. Escrev-las por extenso para evitar embaraos. Mas
se for necessrio recorrer s notas deve evitar-se segui-las palavra
por palavra. Isso tornar a apresentao montona e desinte-
ressante.
. Ensaio geral
Deve-se prever o maior nmero de circunstncias ex-
traordinrias que possam ocorrer durante a apresentao. Tentar
recriar condies como a escassez de tempo ou o eventual mau
funcionamento de um suporte audiovisual que escolher.
Antes de sair de casa deve-se fazer uma lista do que se tem
de levar. O vesturio importante. Deve-se mostrar profissional,
elegante e cuidado, mas no extravagante. Sobretudo, deve-se
vestir de forma confortvel.
. Preparativos
Quando chegar ao local da apresentao verificar o ambiente
da sala (temperatura, ventilao, disposio dos lugares, ilumi-
nao). Em seguida, experimentar os meios audiovisuais e
certificar-se de que todos vem o ecr. Colocar os meios de
apoio (computador porttil, retroprojector, mquina de slides,
ou vdeo) numa posio conveniente para o orador e para o
pblico. Separar o material que se vai entregar no final da
apresentao e pr um copo de gua em cima da mesa. As
ltimas atenes devero ser para a apresentao pessoal.
. Dominar os nervos
Se no se estiver ligeiramente apreensivo antes de fazer
uma apresentao isso poder ser um sinal de excesso de
confiana. Se controlado, o nervosismo pode melhorar a qual-
idade do discurso. Eis alguns conselhos para conseguir ultra-
passar os sinais da ansiedade:
. Manter as mos numa posio confortvel;
. Se a voz atraioar, fazer uma pausa, aclarar a garganta e
beber gua;
. No dar aos nervos a matria-prima de que precisam para
se manifestar como, por exemplo, moedas soltas, chaves
ou canetas para tamborilar;
8.1.2 No dia da apresentao
. Preparar a abertura da apresentao. As primeiras frases
so cruciais. S se tem uma oportunidade para causar uma
boa impresso. No esquecer que a maioria das pessoas
faz uma avaliao intuitiva da qualidade do orador nos
primeiros 10 minutos da palestra.
. Forma de discursar
O sucesso de uma palestra depende da combinao eficaz
de estmulos verbais e no verbais. Eis algumas recomendaes:
. Se possvel preferir enfrentar o pblico de p. Tal demons-
trar automaticamente que o orador possui uma grande
auto-confiana e profissionalismo;
. Manter-se direito, mas no rgido. Evitar gestos exagerados;
. Evitar os maneirismos que possam desviar a ateno do
pblico;
. Olhar para toda a audincia. Caso contrrio, alguns dos
ouvintes acabaro por se sentir esquecidos, perdendo
assim o interesse na apresentao;
. No distrair o pblico. Se for usada muitas vezes a expresso
percebem? haver certamente algum na audincia, a
contar o nmero de vezes em que se usou o termo.
. Postura e gestos
Os gestos devem pr em destaque o que se est a dizer. Eis
alguns exemplos:
. Braos cruzados sugerem desinteresse e distncia;
. Polegar e indicador a tocar-se indicam preciso.
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28 . O movimento de corte com as mos destaca algo de imperativo;
. Tocar na cara, coar a cabea ou esfregar o queixo demons-
tram insegurana.
. Utilizao da voz
Eis cinco aspectos importantes a respeitar:
. O objectivo que a voz chegue ao fundo da sala sem que
seja preciso gritar. Uma postura correcta e uma respirao
eficaz podem ajudar. No incio da apresentao certificar-
-se de que todos conseguem ouvir. Usar o volume para
dar nfase e para assinalar uma quebra de ligao;
. Falar claramente. No arrastar nem comer as palavras.
. Evitar olhar para o cho, para as notas ou para o peito, no
decorrer da palestra. A menos que haja uma boa razo,
no se deve fazer pausas entre uma palavra e a seguinte;
. Destacar algumas palavras-chave, slabas e frases. Alongar
as vogais para dar mais autoridade e animao mensagem
que se deseja transmitir;
. No ter receio de se repetir. Pode ser uma tcnica til que
beneficia a exposio, especialmente no caso de se estar
a utilizar um tom e timbre diferentes do discurso normal;
. natural que se fale mais depressa nas apresentaes,
quer porque se comea a adoptar o ritmo de uma conversa
informal, quer por se querer chegar ao fim da exposio
o mais depressa possvel. prefervel omitir partes da
apresentao do que falar pressa.
Antes de terminar, deve-se resumir claramente as ideias
principais. Sorrir e convidar o pblico a fazer perguntas. Este
momento extraordinariamente positivo porque permite avaliar
a opinio do pblico em relao exposio, esclarecer por-
menores e desenvolver os eventuais aspectos menos claros.
Deve-se portanto acolh-lo de bom grado em vez de o temer.
Ao responder deve-se ser sincero, directo e prestvel. Ser
8.1.3 O momento das perguntas
honesto em todas as respostas. Se no se souber como respon-
der, deve-se admiti-lo. No final certificar-se de que nada ficou
esquecido na sala. Retirar as lies mais importantes do que
correu bem e, especialmente, do que correu menos bem. Fazer
apresentaes eficazes uma questo de prtica e, sobretudo,
de aprendizagem.
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O currculo como um carto de visita que um candidato
apresenta a um potencial empregador. Apesar de incluir as
fases, qualidades, qualificaes e feitos mais importantes da
vida de cada profissional, no deve ser uma autobiografia, mas
um resumo objectivo e simples.
O mais importante que consiga chamar a ateno do
potencial empregador e despertar a sua vontade para conhecer
pessoalmente o candidato.
Porm, redigir um bom currculo no fcil. Exige planea-
mento, mtodo, capacidade de sntese e, acima de tudo, muita
objectividade. Enviar um currculo medocre pensando que
depois poder colmatar as falhas durante a entrevista um
8.2 Como redigir um currculo
erro. O recrutador poder nem sequer estar interessado em
conhecer o candidato.
Antes de se iniciar a redigir o currculo vale a pena sentar um
pouco e pensar no que se fez at ao momento e nos objectivos
que se tem relativamente carreira e a um novo emprego. Pensar
no que se gostaria de estar a fazer hoje e onde, e como que se
v daqui a um e a cinco anos. A partir daqui, podem ser definidos
objectivos mais claros e atingveis para no se comear a disparar
currculos em todas as direces. Esta uma estratgia pouco
eficaz e faz com que se seja contactado por potenciais emprega-
dores para os quais no se gostaria de trabalhar.
A primeira etapa aps a deciso de redigir um currculo,
a definio do formato que se pretende apresentar e que mais
8.2.1 Tipos de currculos
se adequa ao respectivo perfil profissional. Os formatos mais
comuns so:
cronolgico o estilo mais comum que se adequa a qualquer tipo de profissional, com ou sem
experincia, e que relata a evoluo da carreira por datas. Neste caso, as informaes
so registadas por ordem cronolgica inversa, ou seja, do acontecimento mais recente
para o mais antigo.
Centra-se nas experincias e nas realizaes pessoais e profissionais, independentemente
da data em que ocorreram. Destina-se sobretudo a profissionais experientes que, mais
do que relatarem o seu percurso, devem dar enfoque ao que j alcanaram ao longo da
sua carreira.
Rene as caractersticas dos dois tipos de currculos anteriores, tentando optimiz-las:
combina o rigor do currculo cronolgico com a flexibilidade e dinmica do currculo
funcional.
funcional
misto
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DEFINIR A ESTRUTURA
Escolhido o tipo de currculo, chegou a hora de registar por
escrito as principais informaes relativas vida acadmica e
profissional, e organiz-las coerentemente. No h um formato
de currculo rgido, mas h seces e informaes que so
obrigatrias e em relao s quais nenhum recrutador passa
ao lado.
A estrutura do documento deve estar organizada por cap-
tulos:
Dados Pessoais
. O nome dever estar completo. Se o candidato tiver muitos
apelidos, poder utilizar apenas as iniciais de alguns deles;
. Incluir todos os contactos. essencial que o empregador
tenha vrias alternativas para entrar em contacto;
. Os restantes dados so facultativos, mas convm incluir:
a data de nascimento (nunca a idade porque quando envia
o currculo no sabe quando que ele ir ser lido), o estado
civil, e, se a candidatura for a uma empresa estrangeira,
a nacionalidade.
Objectivo da candidatura
Se a candidatura for espontnea, pode-se eliminar esta
rubrica e explicar as razes do envio do currculo numa carta
de apresentao. Caso contrrio, deve-se referir o cargo a que
se candidata e como se teve conhecimento de que a empresa
estava em processo de recrutamento.
Resumo Profissional
uma sntese das qualificaes profissionais e tcnicas.
Colocar em primeiro lugar a que mais valoriza.
Habilitaes Acadmicas
Devero ser enumeradas por ordem cronolgica inversa,
ou seja, da mais recente para a mais antiga. Pode-se indicar o
intervalo de anos de frequncia de cada curso ou referir apenas
o ano em que foram concludos. A instituio frequentada
tambm um dado importante para o recrutador. Para os
recm--licenciados, conveniente incluir as principais disciplinas
8.2.2 Passos essenciais
estudadas, as respectivas classificaes (se forem altas), a mdia
do final de curso e os trabalhos acadmicos consideradas mais
importantes.
Experincia Profissional
. Neste exemplo trata-se de um currculo cronolgico, por
isso, os cargos ocupados ao longo da vida profissional
esto descritos, sem entrar em grandes pormenores, por
ordem cronolgica inversa;
. Se se tratasse de um currculo funcional seriam enumerados
os cargos e descritas as funes e principais resultados
atingidos, sem ser necessrio respeitar uma ordem cro-
nolgica. Podem ainda dar-se o nome de pessoas que o
recrutador poder contactar para obter mais referncias
sobre o candidato;
. Os estgios profissionais so uma rubrica opcional para
profissionais com experincia, mas imprescindvel para
os candidatos ao primeiro emprego ou com pouca expe-
rincia profissional. Para este