técnica para inserção de mini-implantes para ancoragem ortodôntica

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447 Orthodontic Science and Practice. 2011; 3(13). Técnica para inserção de mini-implantes para ancoragem ortodôntica: uma realidade na prática da ortodontia atual Insertion technique for minimplants: a reality in nowadays orthodontic anchorage Éber Luís de Lima Stevão 1 Célio Gilson Netzel 2 Resumo Mini-implantes são usados para obter-se uma ancoragem esquelética em vários casos clínicos que envolvem ortodontia e eles apresentam várias vantagens sobre os implan- tes osseointegráveis convencionais, tais como um tamanho pequeno, fácil inserção e remoção, a possiblidade de colocar carga ortodôntica imediatamente e a rápida cica- trização local. Existe o risco de injúria às raízes dentárias durante a sua instalação, principalmente quando iseridos entre os dentes. Esses mini-implantes inseridos perto das raízes dentárias oferecem pouco ou nenhum reparo ósseo ao seu redor podendo ser perdidos. A técnica sugerida neste artigo é simples, fácil de executar e foi dividida em duas categorias distintas, vertical e horizontal, no que diz respeito à orientação da inserção desses mini-implantes. Descritores: Mini-implantes, ancoragem ortodôntica, ortodontia. Abstract Minimplants are used for skeletal anchorage in many orthodontic clinical situations and have several advantages over conventional osseointegrated implants such as small size, ease of insertion and removal, the possibility to load forces immediately, and rapid healing. There is a risk of injury to dental roots during its placement mostly when they are inserted between teeth. Minimplants close to the root offer insufficient bone remo- deling around them which can lead to implant failure. The technique suggested in this article has a simple design, it is very easy to perform and skematically is divided in two different categories, vertical and horizontal, as far as implant placement orientation is concerned. Descriptors: Minimplants, orthodontic anchorage, orthodontics. 1 Pós-Doutorado em CTBMF pela Baylor University Medical Center, Dallas - TX, EUA 2 Engenheiro Mecânico pela UFPR Correspondência com o autor: [email protected] Recebido para publicação: 16/11/2010 Aceito para publicação: 09/02/2011 Relato de caso/ Case report

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ResumoMini-implantes são usados para obter-se uma ancoragem esquelética em vários casos clínicos que envolvem ortodontia e eles apresentam várias vantagens sobre os implan- tes osseointegráveis convencionais, tais como um tamanho pequeno, fácil inserção e remoção, a possiblidade de colocar carga ortodôntica imediatamente e a rápida cica- trização local. Existe o risco de injúria às raízes dentárias durante a sua instalação, principalmente quando iseridos entre os dentes. Esses mini-implantes inseridos perto das raízes dentárias oferecem pouco ou nenhum reparo ósseo ao seu redor podendo ser perdidos. A técnica sugerida neste artigo é simples, fácil de executar e foi dividida em duas categorias distintas, vertical e horizontal, no que diz respeito à orientação da inserção desses mini-implantes.Descritores: Mini-implantes, ancoragem ortodôntica, ortodontia.

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Page 1: Técnica para inserção de mini-implantes para ancoragem ortodôntica

447Orthodontic Science and Practice. 2011; 3(13).

Técnica para inserção de mini-implantes para ancoragem ortodôntica: uma realidade na prática da ortodontia atualInsertion technique for minimplants: a reality in nowadays orthodontic anchorage

Éber Luís de Lima Stevão1

Célio Gilson Netzel2

ResumoMini-implantes são usados para obter-se uma ancoragem esquelética em vários casos clínicos que envolvem ortodontia e eles apresentam várias vantagens sobre os implan-tes osseointegráveis convencionais, tais como um tamanho pequeno, fácil inserção e remoção, a possiblidade de colocar carga ortodôntica imediatamente e a rápida cica-trização local. Existe o risco de injúria às raízes dentárias durante a sua instalação, principalmente quando iseridos entre os dentes. Esses mini-implantes inseridos perto das raízes dentárias oferecem pouco ou nenhum reparo ósseo ao seu redor podendo ser perdidos. A técnica sugerida neste artigo é simples, fácil de executar e foi dividida em duas categorias distintas, vertical e horizontal, no que diz respeito à orientação da inserção desses mini-implantes.Descritores: Mini-implantes, ancoragem ortodôntica, ortodontia.

AbstractMinimplants are used for skeletal anchorage in many orthodontic clinical situations and have several advantages over conventional osseointegrated implants such as small size, ease of insertion and removal, the possibility to load forces immediately, and rapid healing. There is a risk of injury to dental roots during its placement mostly when they are inserted between teeth. Minimplants close to the root offer insufficient bone remo-deling around them which can lead to implant failure. The technique suggested in this article has a simple design, it is very easy to perform and skematically is divided in two different categories, vertical and horizontal, as far as implant placement orientation is concerned.Descriptors: Minimplants, orthodontic anchorage, orthodontics.

1 Pós-Doutorado em CTBMF pela Baylor University Medical Center, Dallas - TX, EUA 2 Engenheiro Mecânico pela UFPR

Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 16/11/2010Aceito para publicação: 09/02/2011

Relato de caso/ Case report

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IntroduçãoA ancoragem absoluta na Ortodontia é impos-

sível, a menos que se use um dente anquilosado como unidade de ancoragem, segundo Kokich1 (2000) ou que um implante osseointegrado seja empregado como apoio, conforme Liou et al.2 (2004). Os mini-implantes, por sua vez, represen-tam uma ancoragem estável para a movimentação ortodôntica, mas não se mantém absolutamente imóveis como nos implantes dentários, segundo Liou et al.2 (2004), portanto não podem ser cha-mados de dispositivos para ancoragem absoluta.

Os mini-implantes ao longo dos anos rece-beram variados nomes, tais como: parafusos de ancoragem, micro-implantes, ancoragem esque-lética, dispositivo temporário de ancoragem, entre tantos outros.

Quem pela primeira vez publicou o conceito de empregar parafusos inseridos no alvéolo ósseo, para reforçar a ancoragem tão necessária na Orto-dontia, foram Gainsforth e Higley em 1945. (Gains-forth; Higley3, 1945). Eles empregaram parafusos de vitalium na circunvizinha de dentes em cães.

Aproximadamente duas décadas depois, Linkow4 (1969) descreveu o implante endósseo para ancoragem ortodôntica e Brånemark et al.5

(1985) estabeleceram todos os princípios de os-seointegração.

Roberts et al.6 (1989) empregaram implantes de titânio convencionais na região retromolar para ajudar a reforçar a ancoragem, fechando com êxito os diastemas criados pela extração dos primeiros molares mandibulares.

Houve uma evolução tão grande dos disposi-tivos para ancoragem óssea na Ortodontia, a tal ponto de aparelhos ortodônticos tais como arco palatino (ATP), extra-bucal (AEB), botão de Nan-ce, arco lingual, etc., serem eliminados da parafer-nália do ortodontista.

Os mini-implantes podem ser empregados para mesializar, distalizar, intruir e verticalizar den-tes, bem como auxiliar na retração de segmentos dentários e são muito efetivos quando a técnica correta é empegada e a mecânica ortodôntica é criativa. (Figuras 1A, 1B e 1C)

Ao contrário do que indicam as técnicas con-vencionais para emprego dos mini-implantes orto-dônticos, que é inserir o dispositivo de ancoragem com inclinação de 45 graus em relação à tábua óssea alveolar, conforme relatado por Albuquer-que et al.7 (2009), a prática clínica dos autores de-monstrou que o posicionamento ideal para os mi-ni-implantes receberem carga ortodôntica crítica é

Figura 1C - Caso finalizado com o mini-implante aguardando sua remoção. Note a alteração da dimensão vertical, posibilitando a reconstrução protética do hemi-arco mandibular esquerdo.

Figura 1A - Caso inicial mostrando a extrusão fisiológica de todos os dentes supero-posteriores. Braquetes e segmentos de arcos instalados, para execu-ção de mecânica ortodôntica localizada.

Figura 1B. Instalação de mini-implante para intrusão do segmento maxilar posterior.

a orientação totalmente perpendicular (horizontal) ou totalmente paralela (vertical) à tábua óssea al-veolar, conforme bem demonstrou Stevão8 (2008) em pesquisa científica. Dessa pesquisa, vários in-sights surgiram, dando origem a uma nova técnica de inserção de mini-implantes.

Várias técnicas foram descritas na literatura para inserção desses dispositivos que são corri-queiramente empregados no tratamento ortodônti-co atual. Este artigo tem por finalidade demonstrar a técnica denominada Stevão-Netzel para o em-prego dos mini-implantes Osteofit.

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Indicação do mini-implantes ortodônticos Osteofit

Técnica para instalação de mini-implantes • em osso alveolar mandibular e/ou maxilar para ajudar na mecânica ortodôntica; Técnica para inserção manual ou técnica • horizontal (90º em relação à tábua óssea alveolar);Técnica para inserção com contra-ângulo • ou técnica vertical (perpendicular à tábua óssea alveolar).

Descrição dos instrumentais empregados

Figura 2 - Kit ortodôntico empregado para inserção dos mini-implantes orto-dônticos Osteofit.

Figura 3B - Aspecto do mini-implante ortodôntico Osteofit acoplado ao ba-dock de inserção.

Descrição das técnicas Existem duas formas básicas de se empregar

os mini-implantes na técnica descrita: uso manual e uso do contra-ângulo.

O passo inicial tanto para o uso manual como para o contra-ângulo é a medição da profundidade da mucosa empregando a própria mini-fresa lan-ça adaptada na chave de mão ou contra-ângulo, uma vez que ela possui marcas a laser de 1, 2, 3 e 4mm. Ao mesmo tempo, a área eleita a receber o mini-implante fica demarcada.

A) Uso manual - Sem retirar a mini-fresa após a medição gengival, com leve pressão manu-al, executar movimentos rotatórios parciais no sentido horário e anti-horário até que o “stop” da fresa entre em contato com a gen-giva inserida (Figura 4A e 5A);

B) Uso do contra-ângulo – sem retirar a mini-fresa após a medição gengival, iniciar a perfuração óssea até que o “stop” da fresa entre em contato com a gengiva inserida (Figuras 4B e 5B). Lembrar de executar o procedimento que emprega rotação com o motor de implantodontia, entre 100 e 200 rpm - rotações por minuto - (Figura 6) sob irrigação com água destilada para evitar o aquecimento ósseo;

- Estojo do kit ortodôntico ref. 150.0001- Mini-fresa lança para contra-ângulo 5mm (medidas a laser) ref. 150.2602- Chave de mão com mini-fresa lança (montada) ref. 150.2600- Chave ortodôntica de mão ref. 150.2500 - Chave ortodôntica para catraca ref. 150.2400- Chave ortodôntica para contra-ângulo ref. 150.2300- Chave bidigital ref. 28.1520

Especificações dos mini-implantes Ortodônticos Osteofit

Composição: Aço Cirúrgico• Tamanho: 7, 8, 9, 10, 11mm• Cinta (colar cervical): 1, 2, 3, 4mm• Espessura: 1.4, 1.6mm•

Obs.: Os mini-implantes ortodônticos Osteofit são auto-perfurantes, devido ao seu desenho es-pecial de roscas desenvolvidas pela DSP Biomedi-cal Ltda., além de terem um corpo mais amplo difi-cultando a fratura do material. (Figuras 3A e 3B)

Figura 3A - Aspecto dos mini-implantes ortodônticos Osteofit, mostrando a variação da altura do colar cervical.

Stevão, É.L.L., Netzel, C.G.

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Após a perfuração óssea, iniciar a inserção do mini-implante montado 90º em relação à tábua óssea alveolar até que o torque desejado seja obtido para possibilitar a retirada do badock (Fi-gura 7A e 7B). Sabe-se que forças aplicadas em mini-implantes que foram inseridos em posições inclinadas (com menos de 90º) levam à perda do dispositivo.

Caso não exista espaço inter-radicular para a inserção do mini-implante, uma técnica ortodôntica muito simples, derivada da modificacão da técnica de arco segmentado, poderá ser aplicada. Insta-lar bráquetes inclinados nos dentes em questão e com um segmento de arco redondo, promover a divergência dos ápices radiculares (afastamento apical) para que o espaço necessário seja aberto (Figura 8A e 8B).

Figura 4A - Demarcação da espessura gengival para orientar na escolha do tamanho da cinta (colar cervical) do mini-implante.

Figura 4B - Uso da mini-fresa montada em contra-ângulo para técnica verti-cal, demarcando a espessura gengival.

Figura 5A - Inserção da mini-fresa manual (Técnica Horizontal) até o seu “stop”.

Figura 5B - Inserção da mini-fresa para contra-ângulo (Técnica Vertical) até o seu “stop”.

Figura 6 - Motor de implantodontia para emprego da Técnica Vertical.

Figura 7A - Técnica Horizontal - iniciar a inserção do mini-implante montado até que um torque adequado seja obtido para a retirada do badock.

Figura 7B - Técnica Vertical - iniciar a inserção do mini-implante montado até que um torque adequado seja obtido para a retirada do badock.

Relato de caso/ Case report

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Na sequência, retirar o badock do mini-implan-te (Figura 9A e 9B) e continuar sua inserção to-tal empregando a chave ortodôntica de mão ou a chave ortodôntica para catraca e catraca (Figura 10) para a Técnica de Inserção Horizontal. A chave bidigital ou a catraca podem ser empregadas para a Técnica de Inserção Vertical (Figura 11).

A chave conexão para contra-ângulo poderá ser empregada quando o profissional preferir a inserção do mini-implante ortodôntico Osteofit com motor de implantodontia. Executar essa colo-cação com 14 rpm e contra-ângulo redutor de 1/16 (Figura 12).

Figura 8B. Técnica modificada de arco segmentado para obter o afastamento dos ápices radiculares entre os ICI e o apropriado espaço inter-radicular para instalação de mini-implante.

Figura 8A. Ápices radiculares dos ICI muito próximos, determinando ausên-cia de espaço interradicular para instalação de mini-implante.

Figura 9A - Retirada do badock na Técnica de Inserção Horizontal.

Figura 9B - Badock retirado na Técnica de Inserção Vertical, com boa esta-bilidade inicial do mini-implante.

Figura 10 - Continuação da inserção do mini-implante com a chave ortodôn-tica de mão.

Figura 11 - Continuação da inserção do mini-implante com chave catraca

Figura 12 - Continuação da inserção do mini-implante com adaptador para contra-ângulo e baixíssima rotação (14 rpm).

Stevão, É.L.L., Netzel, C.G.

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Empregar na última volta da inserção do mi-ni-implante ortodôntico Osteofit o torquímetro manual para obter o registro do torque final de in-serção. Na Técnica Stevão-Netzel, um torque va-riando entre 20 a 30 Ncm deve ser tranquilamente obtido para a inserção de qualquer mini-implante ortodôntico Osteofit, dando uma excelente esta-bilidade primária (Figura 13A e 13B).

Detalhes técnicos importantesO tamanho da cinta (colar cervical) deve ser

escolhido de acordo com o tamanho da gengiva inserida que receberá o mini-implante.

O uso da catraca ou torquímetro é o último estágio da inserção manual do mini-implante orto-dôntico Osteofit. É possível empregar ¼ de volta de cada vez.

A Técnica Stevão-Netzel é simples, menos traumática para o paciente, minimamente agres-siva aos tecidos ósseo e gengival e o índice de sucesso esperado é de aproximadamente 100%.

O momento da ativação do mini-implante orto-dôntico Osteofit pode ser imediato, mas fica ao

Figura 13A - Aspecto final do mini-implante inserido na posição desejada, através da técnica horizontal.

Figura 13B - Aspecto final do mini-implante inserido na posição desejada, através da técnica vertical.

critério do especialista em Ortodontia.Normalmente, os mini-implantes ortodônticos

Osteofit com cintas de 1 e 2 mm, são empre-gados na Técnica de Inserção Horizontal. As me-didas de 3 e 4 mm, para a Técnica de Inserção Vertical.

Dispositivos como fio de amarilho, elástico em cadeia e mola ortodôntica podem ser empregados quando a Técnica de Inserção Horizontal é empre-gada. Para a Técnica de Inserção Vertical, os mini-implantes podem ainda receber bráquetes quando uma adaptação em resina fotopolimerizável é exe-cutada, além dos dispositivos já citados.

Devido à tecnologia da firma DSP Biomedical usada para a confeção dos mini-implantes orto-dônticos Osteofit, é possível empregar, ao mes-mo tempo, fio de amarilho passando pela perfura-ção do mini-implante com o elástico em cadeia ou mola ortodôntica na haste côncava da cabeça do mini-implante.

Vantagens da técnica Stevão-Netzel

A maior vantagem para o Ortodontista nesta técnica é que não há necessidade de empregar o contra-ângulo redutor acoplado ao micro-motor na quase totalidade dos casos. Somente em tábu-as ósseas muito corticalizados, como a região do trígono retromolar, há a necessidade de trabalhar com a mini-fresa acoplada ao contra-ângulo redu-tor, devido a impossibilidade de alcançar, com a chave manual, a área de forma adequada.

Evita-se a necessidade de irrigação com solu-ção salina 0,9% ou água destilada durante o pro-cedimento de inserção como sempre indicado nas técnicas convencionais porque o movimento de perfuração óssea é sob pressão manual, diminuin-do o custo final do procedimento.

A estabilidade primária do mini-implante é mui-to alta devido a ausência da fresagem óssea mes-mo com a baixa rotação, fator primordial para a permanência do mini-implante a longo prazo.

Emprego de carga imediata em todos os ca-sos, indistintamente dos aparatos ortodônticos ou a técnica a ser empregada pelo Ortodontista. Para as outras técnicas com fresagem óssea através de brocas, nem sempre a carga imediata é aplicável.

No caso do emprego da técnica vertical, há a possibilidade de confeccionar uma coroa provisó-ria sobre o mini-implante, facilitando a condução da técnica ortodôntica através da colagem de um braquete nessa coroa provisória.

Os mini-implantes Osteofit são compostos

Relato de caso/ Case report

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de aço cirúrgico não promovendo a osseointegra-ção dos mesmos. Mini-implantes de titânio, princi-palmente de diâmetros pequenos como 1.3 mm, mantidos longo tempo em tecido ósseo podem os-seointegrar e fraturar na sua retirada.

ConclusõesA técnica descrita neste artigo é viável, de bai-

xo custo, de fácil execução e resulta em um alto índice de sucesso para o tratamento ortodôntico que envolve casos envolvendo de ancoragem fora da dentição.

Referências bibliográficasKokich VG. Comprehensive management of implant an-1. chorage in the multidisiplinary patient. IN: Orthodontic Applications of Osseointegrated Implants, Ed. K Higuchi, Quintessence 2000; 21-32.Liou EJ, Pai BC, Lin JC. Do miniscrews remain station-2. ary under orthodontic forces? Am J Orthod Dentofacial Orthop 2004;126,1: 42-47.Gainsforth BL, Higley LB. A Study of Orthodontic Anchor-3. age Possibilities in Basal Bone. American Journal Orth-odontic 1945; 31:406-417.Linkow LI. The endosseous blade implant and its use in 4. orthodontics. Int J Orthod. 1969;8:148–154.Branemark PI, Zarb GA, Albrektsson T. Tissue - Integrat-5. ed Prostheses: Osseointegration in Clinical Dentistry. Chicago: Quintessence, 1985.Roberts WE, Helm FR, Marshall KJ, Gongloff RK. Rigid 6. Endosseous Implants for Orthodontic and Orthopedic Anchorage. Angle Orthodontics 1989; 59,247-256. Albuquerque GF, Tolde GL, Marzola C, Toledo Filho JL. 7. Instalação de mini-implantes ortodônticos. Considera-ções anatômicas da maxila. Realto de Caso clínico cirúr-gico. Disponível em: URL: http://www.actiradentes.com.br/revista/2009/textos/30RevistaATO-Instalacao_de_mi-niimplantes-2009.pdf Stevão ELL. Modelo biomecânico para teste de arran-8. camento axial de mini-implantes inseridos em tecido ós-seo – descrição de dispositivos e técnica. ImplantNews 2008; 5, 2: 127-130.

Stevão, É.L.L., Netzel, C.G.