tecnologia da infomação.pdf
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Tcnico em Administrao
Mrio Rodrigues dos Anjos Neto
2014
Tecnologia da Informao
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Presidenta da Repblica Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da Repblica Michel Temer Ministro da Educao Jos Henrique Paim Fernandes Secretrio de Educao Profissional e Tecnolgica Alssio Trindade de Barros Diretor de Integrao das Redes Marcelo Machado Feres Coordenao Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Aras Coordenador Rede e-Tec Brasil Cleanto Csar Gonalves
Governador do Estado de Pernambuco Joo Soares Lyra Neto
Secretrio de Educao e Esportes de
Pernambuco Jos Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretrio Executivo de Educao Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educao Profissional Josefa Rita de Cssia Lima Serafim
Coordenador de Educao a Distncia
George Bento Catunda
Coordenao do Curso Antonio Silva
Coordenao de Design Instrucional
Diogo Galvo
Reviso de Lngua Portuguesa Letcia Garcia
Diagramao
Izabela Cavalcanti
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INTRODUO ............................................................................................................................ 3
1.COMPETNCIA 01 | CONHECER A IMPORTNCIA E OS RECURSOS DA TECNOLOGIA DA
INFORMAO PARA UMA ORGANIZAO............................................................................... 4
1.1 Presses dos Negcios, Respostas Organizacionais e Suporte da TI ..................... 6
1.2 Dados, Informao e Conhecimento .................................................................... 18
2.COMPETNCIA 02 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAO GERENCIAL CORPORATIVO
(ERP) ....................................................................................................................................... 21
2.1 Introduo aos Sistemas de Informao Gerenciais ............................................ 21
2.2 Papis Fundamentais e Tipos de Sistemas de Informao .................................. 23
2.3 O que um ERP? .................................................................................................. 27
2.4 Principais Vantagens e Desvantagens de um ERP ................................................ 29
2.5 Mdulos de um ERP ............................................................................................. 32
2.6 Implantando um ERP ............................................................................................ 33
3.COMPETNCIA 03 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAES VOLTADOS PARA
ATIVIDADES ESPECFICAS (WMS, CRM, ETC) .......................................................................... 36
3.1 SCM (Supply Chain Management) e WMS Warehouse Management System) ... 36
3.2 Electronic Data Interchange (EDI) ........................................................................ 39
3.3 Customer Relationship Management (CRM) ....................................................... 39
CONCLUSO ........................................................................................................................... 41
REFERNCIAS .......................................................................................................................... 42
MINICURRCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 44
Sumrio
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Tecnologia da Informao
INTRODUO
Ol, alunos! Sejam muito bem-vindos disciplina de Tecnologia da
Informao.
Sou Mrio dos Anjos, facilitador dessa matria. Nela veremos e
aprenderemos conceitos e aplicaes de vrios aspectos importantes da
Tecnologia e de Sistemas de Informao, suas influencias sobre as empresas e
as principais contribuies e solues para os desafios enfrentados pelas
organizaes.
Empenhem-se, assistam s aulas, leiam o caderno da disciplina, faam
pesquisas complementares, participem dos fruns, interajam com nossa
equipe e realizem as atividades com ateno e esforo.
Aproveitem esse momento!
Sucesso a todos!!!!
Prof. Mrio dos Anjos
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1.COMPETNCIA 01 | CONHECER A IMPORTNCIA E OS RECURSOS
DA TECNOLOGIA DA INFORMAO PARA UMA ORGANIZAO
Por muito tempo, a Tecnologia da Informao foi considerada um item de
importncia secundria nas organizaes. Era responsvel apenas para ajudar
em tarefas rotineiras tais como rodar a folha de pagamento ou controlar os
pagamentos da empresa. Os gerentes no acreditavam nos benefcios da TI
para seus negcios.
Mas as aplicaes da TI foram crescendo dentro das organizaes - se antes a
tecnologia era usada apenas para automatizar tarefas, ajudar os
colaboradores na execuo de diversas atividades operacionais do dia-a-dia
da empresa, aos poucos ela comeou a proporcionar novas oportunidades de
gerar ganhos. Conhecer mais os clientes, suas preferncias e hbitos de
consumo, para melhor atend-los; encontrar novos parceiros de fornecimento
de matrias-primas e de distribuio de produtos acabados, gerando
vantagens competitivas sustentveis, so alguns exemplos dos importantes
benefcios que a TI pode gerar para as empresas.
Empresas do ramo de servios financeiros, como bancos e companhias de
seguro, sempre tiveram mais facilidade de reconhecer o papel crtico da TI
para seus negcios: nelas, a TI fundamental para a composio dos servios
e produtos ofertados (cartes magnticos, home banking, caixas eletrnicos,
etc.).
A TI tambm indispensvel para os supermercados. J imaginaram como
seria registrar todos os produtos que passam pelos caixas nas antigas
mquinas registradoras? Ou controlar os produtos que entram e que saem do
estoque utilizando uma velha caderneta e lpis?
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Figura 1.1 Antiga mquina registradora Fonte: Google (2014).
Um salo de beleza, por exemplo, tambm pode utilizar a TI para aumentar a
satisfao e fortalecer a relao com seus clientes, alm de melhorar os
lucros. O corte de cabelo uma experincia que o consumidor s pode avaliar
aps o seu trmino, ou seja, quando o cabelereiro finalizar o corte. Alm
disso, existe a possibilidade de uma grande variabilidade de desempenho nas
operaes de servio. Nesse contexto, um salo de beleza pode utilizar
computador, mquina digital e um software especfico capaz de capturar a
imagem do rosto do cliente e mostrar como ficar sua aparncia antes de
realizar o servio. Dessa forma, ficar muito mais fcil para o consumidor
avaliar a qualidade do servio. A figura 1.2 seguinte apresenta um exemplo de
software com essa finalidade.
Figura 1.2 Tela de Software de corte de cabelo Fonte: Google (2014).
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Assim, as empresas perceberam que a TI um poderoso aliado na gesto. Ela
pode ser decisiva na hora de obter resultados e cumprir com os objetivos.
Vamos ver como a TI influencia as atividades e os negcios das organizaes.
1.1 Presses dos Negcios, Respostas Organizacionais e Suporte da TI
As empresas influenciam e so influenciadas pelo ambiente. Sabe-se que
existem diversos fatores capazes de interferir sobre o desempenho das
organizaes. Vejamos como alguns desses fatores se comportam numa
pequena empresa.
Maria e Joo so proprietrios da Dois Irmos, pequena mercearia localizada
no bairro de Maurcio de Nassau, na cidade de Caruaru. O negcio, herdado
do pai no incio dos anos 90, prosperou principalmente devido estabilidade
econmica proporcionada pelo Plano Real. Eles decidiram expandir a
mercearia transformando-a num supermercado de bairro. A anlise de fatores
importantes, tais como a evoluo do nmero de habitantes e do poder
aquisitivo dos habitantes do bairro, a avaliao do comportamento dos
consumidores de seu estabelecimento, a seleo de fornecedores e a
definio de uma poltica de fornecimento mais agressiva o que possibilitar
preos mais competitivos, entre outros, so desafios que os irmos devem
enfrentar. Esses aspectos encontram-se nos ambientes interno e externo da
organizao.
Figura 1.3 Mercearia de bairro Fonte: Google (2014).
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Esses fatores exercem presses sobre o negcio. Turban, McLean e
Wetherbe (2004), importantes pesquisadores das implicaes da TI sobre as
estratgias do negcio, classificam essas presses em trs grupos:
a) Presses de Mercado: so fortemente influenciados pela economia
globalizada e a forte concorrncia, a natureza mutante da fora de trabalho e
o maior poder dos clientes nas relaes de consumo.
Antes as empresas, geralmente, atuavam apenas numa regio ou pas. A
globalizao, tendncia consolidada no Brasil a partir dos anos 90, possibilita a
entrada em novos pases, o que pode representar novas oportunidades de
vendas para as empresas. Por outro lado, a globalizao traz mais
concorrncia. O custo da mo-de-obra, por exemplo, um fator que varia
muito de um pas para outro. muito comum uma empresa fabricar seus
produtos em pases com salrios mais baixos para no agregar custos
elevados ao preo de venda do produto. A Nike fabrica seus produtos em
fbricas na China, ndia e Paquisto. A Mattel, uma das maiores fabricantes
mundiais de brinquedos, terceiriza a produo de seus produtos em fbricas
chinesas. A figura 1.4 seguinte apresenta algumas das principais marcas de
produtos comercializados pela Mattel.
Figura 1.4 Principais marcas fabricadas pela Mattel. Fonte: site da empresa (2014).
A concorrncia aumenta medida em que ocorrem incentivos fiscais e
tributrios, tais como isenes de impostos estaduais e federais e incentivos
s importaes, entre outros. Fatores como meios de comunicao e logstica
de transportes tambm influenciam os custos de operao das empresas.
Distribuir matrias-primas e produtos utilizando trens e navios mais barato
do que caminhes. Logo, esses aspectos tambm devem ser avaliados.
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O poder dos clientes tambm influencia as organizaes. As expectativas e
exigncias dos consumidores tendem a aumentar. Voc sabia que
antigamente os carros tinham carburador? Hoje, tambm por determinao
legal, todos utilizam injeo eletrnica. A telefonia celular que iniciou suas
operaes no Brasil no comeo dos anos 90, apresentava um sinal fraco e,
frequentemente, as ligaes no eram completadas. Motores desregulados e
ligaes telefnicas no completadas ou de qualidade inferior no so mais
aceitos pelos consumidores.
b) Presses Tecnolgicas: os principais fatores desse grupo so a inovao
tecnolgica e a obsolescncia, e o excesso de informao.
A tecnologia modifica os processos e atividades realizadas pelas empresas. As
organizaes devem concentrar seus esforos nas necessidades de seus
clientes e acompanhar (e por que no, criar?) tendncias. Grandes visionrios
como Bill Gates e Steve Jobs so criadores de tendncias. Eles direcionam o
mercado estabelecendo as regras de competio para as empresas e
apresentando produtos inovadores para seus clientes.
Voc sabia que at os anos 50 o cinema ocupava o espao que hoje
pertence a televiso? O que dizer sobre o telex e o fax, produtos to
valorizados e considerados indispensveis nos escritrios e residncias?
Figura 1.5 Mquina de Telex Fonte: Google (2014).
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Os produtos tornam-se obsoletos cada vez mais rpidos.
c) Presses Sociais: so os fatores relacionados com a sociedade. Incluem a
responsabilidade social, os regulamentos governamentais e a desregulao
governamental, alm de aspectos ticos.
No suficiente apenas atender as necessidades de seus consumidores.
preciso ir alm, ou seja, indispensvel que as empresas atuem de forma
mais ampla proporcionando benefcios para a sociedade. Dessa forma, aes
relacionadas s questes de educao, sade, meio-ambiente, cultura, entre
outros temas, so preocupaes emergentes das organizaes. O Boticrio,
tradicional fabricante de cosmticos e de artigos de higiene pessoal, apoia
diversas aes de proteo ambiental atravs da Fundao Grupo Boticrio de
Proteo Natureza. So quase 1.400 projetos bem sucedidos que abrangem
desde proteo de reservas naturais s espcies de animais e plantas em risco
de extino.
Figura 1.6 Fundao Grupo Boticrio Fonte: site da organizao (2014).
A nota fiscal eletrnica, exigida pela Secretaria da Fazenda no Estado de
Pernambuco, por exemplo, uma situao em que as empresas tiveram que
se adequar para atender a essa norma adquirindo novos equipamentos,
aperfeioando softwares e treinando pessoas.
Por outro lado, quando o governo promove a desregulamentao de um setor
ou de uma atividade, a concorrncia tende a se tornar mais intensa. O setor
de Telefonia Celular, por exemplo, iniciou suas atividades apenas com a
atuao estatal. No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso
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ocorreu uma desregulamentao do setor que proporcionou a entrada de
novas empresas e uma maior facilidade para utilizar o servio.
Deve-se ainda considerar o aspecto tico nas relaes entre empresas e seus
consumidores. Quando uma empresa tem acesso aos dados e informaes de
seus clientes, preciso que as aes realizadas pelas empresas no causem
danos morais. Malas-diretas, spans e outras comunicaes indesejadas so
alguns exemplos.
Como vocs acham que as empresas respondem a essas presses?
A figura 1.7 seguinte apresenta a estrutura de uma empresa e seus cinco
elementos principais. A resposta a esses desafios gerada a partir da forma
como esses elementos interagem. Vamos conhec-los melhor!
Figura 1.7 Elementos principais de uma empresa Fonte: adaptado de Turban, McLean e Wetherbe (2004).
A estratgia a forma como as empresas pretendem cumprir seus objetivos.
Assim, se uma empresa quer vender produtos com preo mais baixo, deve
adotar uma estratgia de Liderana em Custo Total, ou seja, deve se
preocupar com seus processos de forma que eles no representem muitos
custos, de forma que o preo de venda mais baixo seja viabilizado. Empresas
areas como a Gol adotam essa estratgia. Fazem promoes-relmpago,
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vendem passagens com preos mais baixos que a concorrncia, comercializam
refeies e lanches em alguns voos, aplicaes de TI podem ajudar as
empresas de diversas maneiras.
A figura 1.8 seguinte apresenta um avio da Gol Linhas Areas.
Figura 1.8 Avio da Gol Linhas Areas Fonte: site da empresa (2014).
A estrutura corresponde ao organograma da empresa, o nvel de centralizao
das decises, a autoridade e a responsabilidade. A cultura, por sua vez,
corresponde aos valores e normas da organizao. Quando existe
descentralizao e delegao a tendncia que as respostas das empresas
sejam mais rpidas, seus colaboradores possam resolver os problemas com
mais rapidez. Uma empresa que valoriza o compromisso com o meio-
ambiente, a pro-atividade de seus funcionrios, entre outros valores,
proporciona uma situao mais favorvel para solucionar os problemas de
seus clientes.
A gesto e os processos correspondem as atividades que as empresas
realizam. Fazer o check in dos passageiros, pilotar o avio, abastec-lo e servir
a refeio de bordo so alguns processos realizados pela Gol. Dessa forma, a
empresa busca maior eficincia e produtividade buscando eliminar processos
desnecessrios, reduzindo o tempo e os custos de execuo dessas atividades,
aumentando a qualidade e obtendo maior lucratividade.
Os indivduos e funes correspondem aos colaboradores. Os funcionrios
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devem ocupar cargos na organizao e realizam os respectivos processos
(fazer o check in, pilotar o avio, entre outros). Eles devem receber
treinamento peridico.
Finalmente, a Tecnologia da Informao corresponde ao suporte tecnolgico
que permite a operao da empresa. As empresas areas, por exemplo, s
conseguiram aumentar a eficincia do processo de check in quando
intensificaram o uso de TI. Dessa forma foi desenvolvido o web check in: o
cliente realiza operaes que antes eram atribuio da empresa. Com isso, o
tempo de espera e as filas so reduzidas e a satisfao dos passageiros tende
a aumentar.
Voc lembra como eram os bilhetes das passagens areas? Hoje suficiente
apenas um cdigo impresso ou no smartphone para embarcar. E o que dizer
da compra de passagens pela Internet?
Figura 1.9 Antigo bilhete de passagem area Fonte: Google (2014)
Percebemos que a Internet (um tipo de tecnologia) mudou de forma radical a
maneira como as pessoas interagem com as empresas, a forma de trabalhar e
consequentemente, produtos e servios.
A forma de interao desses componentes determina as respostas que as
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empresas do aos desafios do ambiente.
As principais solues que as empresas oferecem so agrupadas em cinco
categorias, conforme o quadro 1.1 seguinte.
RESPOSTAS DAS EMPRESAS S PRESSES AMBIENTAIS
Sistemas estratgicos para obter vantagem competitiva;
Esforos contnuos de aperfeioamento;
Reengenharia dos processos de negcios ;
Parcerias empresariais;
Comrcio eletrnico. Quadro 1.1 Respostas das empresas Fonte: adaptado de Laudon e Laudon (2006).
Os sistemas estratgicos oferecem vantagens que permitem aumentar as
vendas, negociar melhores condies com os fornecedores ou ainda inibir a
presena de concorrentes. A FEDEX, gigante mundial na distribuio de
produtos, utiliza um sistema que permite o rastreamento e a identificao da
situao de todas as encomendas que so realizadas pela empresa. Com esse
sistema, os clientes ficaram mais satisfeitos, as entregas foram feitas de forma
mais eficiente e os custos foram mais controlados, o que permitiu renegociar
condies de compra com fornecedores de matrias-primas importantes, tais
como o combustvel e papel, alm de horas-extras dos funcionrios. Um
problema que a concorrncia pode copiar rapidamente esses sistemas e
com isso, a empresa continua procurando outras fontes de vantagem
competitiva.
Figura 1.10 Caminho da FEDEX. Fonte: Google (2014).
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Os esforos continuados de aperfeioamento so programas e aes que
buscam proporcionar melhorias nas atividades realizadas pelas organizaes.
Rebouas de Oliveira (2010), importante pesquisador e consultor na rea de
Administrao, afirma que esses aperfeioamentos podem proporcionar
melhorias em produtividade, qualidade, custos e tempo.
O Just in Time (JIT) e o aumento de produtividade so exemplos de esforos
continuados de aperfeioamento. O primeiro um sistema que busca
controlar melhor o uso de matrias-primas e insumos. Dessa forma, s
chegam fbrica no momento em que sero transformados em produto
acabado, evitando estoques excessivos e desperdcios. O aumento da
produtividade, por sua vez, corresponde diferena entre o que se produz e
os insumos necessrios para tanto. Toda mudana que proporcione reduo
de custos e aumente a produo proporciona melhoria de produtividade.
Figura 1.11 O JIT ajuda no melhor controle da produo. Fonte: Google (2014).
A Reengenharia dos Processos de Negcio (ou BPR em ingls) a introduo
de uma importante inovao na estrutura da empresa e na conduo de seu
negcio. Dois exemplos de BPR so a autonomia dos funcionrios e trabalho
colaborativo e uma abordagem centrada no cliente com CRM.
A autonomia dos funcionrios e trabalho colaborativo consiste na delegao
de autoridade s equipes que tendem a realizar o trabalho com mais
qualidade e rapidez do que colaboradores que no tm essa autonomia.
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A abordagem centrada no cliente com CRM significa pensar no cliente para
atender de forma superior e personalizada. A traduo de CRM gesto de
relacionamento com cliente e contempla a prtica de Marketing de
Relacionamento com o uso intensivo de Tecnologia de Informao (BRETZKE,
2000). O CRM apresenta como objetivo construir e fortalecer o
relacionamento com os clientes. A Cultura Inglesa, tradicional curso de lngua
inglesa, oferece aulas numa plataforma (software) de CRM. O sistema
identifica o progresso do aluno e oferece aulas exatamente de acordo com as
necessidades de cada estudante.
As parcerias empresariais tambm representam uma importante resposta das
organizaes. Em geral, esse formato ocorre quando duas ou mais empresas
se unem e conseguem benefcios mtuos. A parceria entre a Caixa Econmica
Federal e as Casas Lotricas subsidiada pelo emprego de TI. Para a Caixa
uma forma de aumentar a rede de agncias a um custo reduzido, alm da
possibilidade de diminuir as filas nas agncias tradicionais. Para as lotricas,
alm de receberem da Caixa pelo servio prestado (recebimento de contas e
de ttulos, pagamento de bolsas e de aposentadorias, entre outros), tem a
oportunidade de comercializar seus produtos.
Figura 1.12 Casa lotrica. Fonte: Google (2014).
Finalmente, as respostas das empresas podem ser baseadas no Comrcio
Eletrnico. A Netshoes, varejista de artigos esportivos, iniciou suas atividades
com lojas tradicionais e virtuais. Em seguida, apostou no formato do e-
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commerce e abandonou as lojas fsicas. Mais de 70% de produtos esportivos
comercializados no Brasil pela Internet so dessa empresa (NETSHOES, 2014).
Figura 1.13 Logomarca da Netshoes Fonte: site da empresa (2014).
Vimos que a Tecnologia de Informao est presente nas respostas e solues
que as empresas oferecem aos desafios impostos pelo ambiente. Dessa
forma, importante analisar a influncia dessa TI no presente e no futuro da
organizao.
McFarlan (1998), importante pesquisador e consultor na rea de TI, define
quatro possibilidades de impacto da Tecnologia da Informao considerando
o potencial de influncia e os tempos presente e futuro.
Figura 1.14 Quadrantes situacionais numa Empresa Fonte: Adaptado de McFarlan (1998).
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As quatro categorias so apresentadas a seguir.
Suporte
A TI tem pequena influncia nas estratgias atual e futura da empresa.
No h necessidade de posicionamento de destaque da rea de TI na
hierarquia da empresa. Usualmente o que acontece em uma pequena
fbrica de confeco, por exemplo. Nesse caso, a TI pode ajudar em situaes
como relatrios do Excel e de outras ferramentas.
Fabril
As aplicaes de TI existentes contribuem decisivamente para o sucesso da
empresa, mas no esto previstas novas aplicaes que tenham impacto
estratgico. A rea de TI deve estar posicionada em alto nvel hierrquico. o
caso da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco quando criou a
plataforma E-fisco, sistema responsvel pela gesto fiscal e tributria que tem
como objetivos aumentar a arrecadao e reduzir a sonegao.
Transio
A TI passa de uma situao mais discreta (quadrante "suporte") para uma de
maior destaque na estratgia da empresa. A rea de TI tende para uma
posio de maior importncia na hierarquia da empresa. o que ocorre com o
e-commerce que passa a ser agente transformador do negcio. Um
supermercado que decide operar tambm pela Internet, pode ser um
exemplo.
Estratgico
A TI tem grande influncia na estratgia geral da empresa. Tanto as aplicaes
atuais como as futuras so estratgicas, afetando o negcio da empresa.
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Neste caso, importante que a TI esteja posicionada em alto nvel de sua
estrutura hierrquica. o caso da Netshoes, maior distribuidor brasileiro de
artigos esportivos no e-commerce.
Vimos que a TI precisa de dados e informaes para ajudar na gesto das
organizaes. Veremos agora esses conceitos.
1.2 Dados, Informao e Conhecimento
Turban, McLean e Wetherbe (2004), estudiosos da TI nas organizaes,
consideram que dados so colees de fatos, medidas e estatsticas. Portanto,
podem ser mensurados. Rebouas (2010, p. 24), por sua vez, afirma que
dado qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si s,
no conduz compreenso de determinado fato ou situao.
Rebouas (2010) considera que informao o dado que foi submetido a
algum tipo de tratamento e permite tomar algum tipo de deciso. Drucker
(2011) define informao como dados dotados de relevncia e propsito. O
conhecimento, por sua vez, contempla dados e informaes acumulados que
permitem interpretaes e aes que so relevantes em determinadas
situaes (ou seja, so informaes que chegam a pessoas que sabem o que
fazer).
Vocs lembram-se de Joo e Maria, proprietrios do Supermercado Dois
Irmos? Eles ainda ficaram com dvidas. Vamos dar um exemplo que poder
ajud-los.
O quadro 1.2 seguinte apresenta a produtividade de cada operadora de caixa
no Supermercado Dois Irmos.
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OPERADORA QUANTIDADE DE CLIENTES ATENDIDOS
SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 4
Joana 80 72 88 104
Ana 70 84 91 98
Quadro 1.2 Quantidade de clientes atendidos Fonte: elaborado pelo autor (2014).
Vamos identificar os dados, as informaes e o conhecimento no quadro
acima. Joana e Ana so duas operadoras de caixa no supermercado de Joo e
Maria. A quantidade de clientes atendidos e as respectivas semanas so
informadas em cada clula. Assim, Joana atendeu 80 clientes na semana 01,
72 pessoas na semana 02, .... Ana por sua vez, atendeu 70 clientes na semana
01, 84 na semana 02 e assim por diante. Isoladamente, a quantidade de
clientes atendidos em cada semana constitui dados. Quando os dados so
submetidos a um tratamento, uma comparao, por exemplo, temos uma
informao.
Desse modo, Joana atendeu 10% a mais de clientes se comparadas as
semanas 1 e 3. Ana, a seu turno, atendeu 30% mais pessoas no mesmo
perodo. Essas situaes ilustram informaes. E o conhecimento?
perguntou Joo.
O conhecimento ocorre a partir dos dados e informaes e subsidiam as
decises. Se as operadoras de caixa atenderem uma quantidade excessiva de
clientes e desenvolverem leses por esforo repetitivo (as LERs), tal como a
tendinite, caber Joo e Maria, com base nos dados e informaes que
possuem, decidir pelo aumento no quadro de funcionrios e/ou um maior
apoio da tecnologia para facilitar a operao no caixa. A est o
conhecimento.
Existe uma rea importante na Administrao chamada de Gesto do
Conhecimento. Bukowitz e Williams (2002, p. 17) a definem como o processo
pelo qual a organizao gera riqueza, a partir do seu conhecimento ou capital
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intelectual. Assim, uma empresa que se distingue na estratgia de
comercializao de seus produtos e servios, a partir da aplicao e
consolidao de suas competncias (individuais e de grupo), e a partir da,
gera riquezas e tanto os colaboradores e a organizao aprendem com esse
processo, consideramos que houve Gesto do Conhecimento.
Vimos a importncia da Tecnologia de Informao e como ela pode colaborar
nas respostas aos diversos desafios impostos s organizaes. Em seguida,
trabalhamos os conceitos de dados, informao e conhecimento. Estamos
prontos para entrar no fascinante mundo dos Sistemas de Informao
Gerenciais com nfase no ERP (Enterprise Resource Planning).
Voc capaz de
criar seus prprios
conceitos de dados,
informao e
conhecimento?
Acesse o link abaixo
e assista ao vdeo.
www.youtube.com/
watch?v=4MwxXtO
MEFY
Em seguida poste
os seus conceitos
no frum.
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2.COMPETNCIA 02 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAO
GERENCIAL CORPORATIVO (ERP)
Alunos, sejam bem-vindos a nossa segunda competncia: Conhecer Sistemas
de Informao Gerenciais Corporativos (ERP)!
Nesse momento, veremos os conceitos e principais aplicaes dos ERP (logo
mais explicaremos detalhadamente o que essa sigla significa, alm de todos
os benefcios que pode proporcionar. Cabe antes, fazermos uma breve
introduo Sistemas de Informao Gerenciais para entendermos melhor o
contexto de utilizao dessas poderosas ferramentas de gesto.
Leiam o caderno da disciplina, participem dos fruns, pesquisem materiais
complementares, faam as atividades com muita ateno. Eu e toda a nossa
equipe estamos disposio para ajud-los.
Bons estudos!!!
Prof. Mrio dos Anjos
2.1 Introduo aos Sistemas de Informao Gerenciais
Na unidade passada vimos conceitos e aplicaes de dados, informao e
conhecimento. Esses elementos fazem parte de um Sistema de Informao.
Vejamos alguns conceitos de Sistemas de Informao.
Laudon e Laudon (2004), dois dos mais importantes estudiosos na rea de TI,
definem Sistema de Informao como um conjunto de componentes inter-
relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui
informaes destinadas a apoiar decises, a coordenao e o controle de uma
organizao. O SI tambm colabora na anlise de problemas, visualizao de
assuntos complexos e na criao de novos produtos e servios.
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OBrien (2001) define Sistema de Informao como um conjunto organizado
de pessoas, hardware, redes de comunicao e recursos de dados que coleta,
transforma e dissemina informaes numa organizao.
Laudon e Laudon (2004) destacam que as principais atividades de um sistema
so a entrada, o processamento e a sada. A entrada captura e coleta dados
brutos numa organizao ou em seu ambiente externo. Quantidade de
produtos vendidos e nvel de satisfao dos colaboradores so exemplos de
entradas. O processamento transforma esses dados em informao, ou seja,
torna-os mais significativos (a comparao entre as vendas durante
determinado perodo, por exemplo). A sada corresponde transferncia
dessas informaes aos usurios. Finalmente, h o feedback que possibilita
ajustes e correes na entrada. A figura 2.1 seguinte ilustra esses conceitos.
Figura 2.1 Funes de um Sistema de Informao Fonte: o autor
OBrien (2001) afirma que os sistemas de informao caminham para a
distribuio de redes locais de micros que preservem a independncia de cada
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setor, filial ou unidade da organizao com uma ligao com a rede
corporativa. O WalMart, maior rede de supermercados do mundo, tem suas
redes locais de computadores conectadas a matriz da organizao nos Estados
Unidos.
Vejamos agora os tipos de Sistemas de Informao.
2.2 Papis Fundamentais e Tipos de Sistemas de Informao
OBrien (2001) relaciona os papis dos SI nas organizaes: apoio as
operaes, apoio tomada de deciso e apoio vantagem estratgica. No
supermercado Dois Irmos o controle de estoque, o registro das vendas e a
frequncia dos funcionrios so exemplos de apoio s operaes.
Por outro lado, decises mais complexas, tais como linhas de produtos a
serem descontinuadas ou adicionadas e os possveis locais para abertura de
novas filiais so exemplos de apoio s decises gerenciais.
O comrcio de produtos pela Internet combinado com o formato tradicional
de lojas, pode assegurar maior convenincia espacial para os clientes. Um
avanado sistema de anlise de comportamento de compras do consumidor.
Esses podem ser o apoio vantagem estratgica.
Os sistemas de informao podem ser classificados em dois grandes grupos:
Sistemas de Apoio s Operaes e Sistemas de Apoio Gerencial. O primeiro
colabora nas operaes e processos realizados pela organizao. O segundo,
no apoio ao processo de deciso dos gerentes.
O quadro 2.1 seguinte apresenta essa classificao.
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Tcnico em Administrao
Quadro 2.1 Classificao dos Sistemas de Informao Fonte: Adaptado de OBrien (2001).
Os Sistemas de Informao so necessrios para processar dados gerados e
utilizados por vrios setores na organizao. So os chamados Sistemas de
Apoio s Operaes. Eles produzem uma grade quantidade de produtos de
informao para uso interno e externo.
Entretanto, tais sistemas no atendem a algumas demandas especficas dos
executivos. Quando os sistemas se concentram em fornecer informao e
apoio para a tomada de deciso eficaz pelos gerentes, eles so chamados de
Sistemas de Apoio Gerencial.
O controle de estoques, a folha de pagamento dos funcionrios do
Supermercado Dois Irmos e o controle de vendas so exemplos de Sistemas
de Processamento de Transaes.
Uma refinaria de petrleo utiliza sensores eletrnicos que mapeiam o
processo de refino e, se necessrio, promovem ajustes. Uma fbrica de tintas
utiliza sensores para assegurar a qualidade dos seus produtos. So exemplos
de Sistemas de Controle de Processos.
Correios eletrnicos, chats, intranets e redes sociais so ferramentas de
comunicao capazes de aumentar a interao e a produtividade de equipes
SISTEMAS DE APOIO S
OPERAES
Sistemas de Processamento de Transaes.
Processamento de transaes.
Sistemas de Controle de Processos.
Controle de processos industriais.
Sistemas Colaborativos. Colaborao entre equipes e grupos de trabalho
SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL
Sistemas de Informao Gerencial.
Relatrios padronizados para os gerentes.
Sistemas de Apoio Deciso.
Apoio interativo deciso.
Sistemas de Informao Executiva.
Informao elaborada especificamente para os executivos.
Competncia 02
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Tecnologia da Informao
de trabalho. So os Sistemas Colaborativos.
Joo e Maria ao acompanharem as vendas e os resultados das anlises e
projees utilizam Sistemas de Informao Gerencial. Notem que o simples
registro de transaes (vendas) um sistema de processamento de
transaes.
Quando os irmos buscam informaes no sistema com o objetivo de
determinar a melhor combinao de ferramentas de comunicao (rdio,
televiso, jornais, outdoors, redes sociais, entre outros) para maximizar
vendas, utilizam um Sistema de Apoio Deciso.
A previso de vendas ou a previso anual do oramento so exemplos de
utilizao de Sistemas de Apoio Executivo.
O quadro 2.2 abaixo apresenta um resumo das categorias de sistemas de
informao.
Quadro 2.2 Principais categorias de SI Fonte: Adaptado de OBrien (2001).
Laudon e Laudon (2004) sugerem outra classificao dos tipos de SI com base
nos nveis organizacionais e pblicos atendidos por essas ferramentas. Dessa
forma h sistemas do nvel operacional, do nvel de conhecimento, do nvel
SISTEMA DESCRIO
Sistema de Processamento de Informaes
Processam dados resultantes das transaes empresariais, atualizam banco de dados operacionais e produzem documentos empresariais.
Sistemas de Controle de Processos Monitoram e controlam processos industriais.
Sistemas Colaborativos Favorecem a comunicao e a integrao entre indivduos, equipes e empresas de forma a aumentar a produtividade.
Sistemas de Informao Gerencial Fornecem informaes na forma de relatrios e demonstrativos pr-estipulados para os gerentes.
Sistemas de Apoio Deciso Apoiam a deciso dos gerentes.
Sistemas de Informao Executiva Fornecem informaes crticas elaboradas para as necessidades de informao dos executivos.
Competncia 02
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Tcnico em Administrao
gerencial e do nvel estratgico. A figura 2.2 seguinte apresenta essas
aplicaes.
Figura 2.2 Tipos de SI. Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2004).
De acordo com Laudon e Laudon (2004) os sistemas podem ser dos seguintes
nveis:
a) Operacional: do suporte aos gerentes operacionais e contemplam o
acompanhamento de atividades e transaes elementares da organizao,
como vendas, contas a pagar, folha de pagamento, entre outras. O principal
objetivo desses sistemas o de responder perguntas de rotina sobre as
transaes rotineiras na organizao. Exemplo: Quantos funcionrios h no
setor de Produo?. A informao deve ser rpida, precisa, de fcil acesso e
atualizada;
b) Conhecimento: do suporte aos trabalhadores do conhecimento e de
dados da organizao. Corresponde ao trabalho executado por analistas de
Competncia 02
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Tecnologia da Informao
mercado que lidam com tendncias e indicam linhas de ao para os
decisores;
c) Gerencial: atendem s necessidades de monitorao, controle e tomada
de deciso da mdia gerncia. A principal consulta endereada a esses
sistemas : Como vo as atividades na empresa?. Os sistemas gerenciais
tm a caracterstica de produzir relatrios peridicos sobre as operaes, em
vez de informaes instantneas. Alguns sistemas gerencias apoiam e
respondem pergunta do tipo and if (e se). So decises menos estruturadas
(como j visto nas competncias anteriores) e no rotineiras. Exemplo: Qual o
impacto sobre o quadro de pessoal se reduzssemos 30% no preo de venda
dos sanduches em nossa rede de fast food?
d) Estratgico: ajudam a gerncia snior a enfrentar questes estratgicas e
tendncias de longo prazo na empresa e no ambiente externo. Uma das
principais atribuies desses sistemas ajudar na compatibilizao entre o
ambiente externo e a capacidade da organizao. As tendncias de longo
prazo dos custos do setor ou os produtos a serem produzidos nos prximos
cinco anos so exemplos dessas aplicaes.
Veremos agora os conceitos, aplicaes e principais caractersticas de um ERP.
2.3 O que um ERP?
Turban, McLean e Wetherbe (2004) definem ERP (enterprise resource
planning) como uma soluo integrada que envolve planejamento e gesto
geral dos recursos de uma empresa. Assim o principal objetivo dos ERP
integrar todos os departamentos e funes da empresa em um sistema
unificado de informtica, capaz de atender a todas as necessidades da
organizao.
Em outras palavras, ERP um sistema de gesto empresarial. Imagine que
voc tenha uma empresa que conta com vrios sistemas, um para lidar com
as contas a pagar, um para gerar folhas de pagamento, um para controlar
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Tcnico em Administrao
vendas, um para gerenciar impostos, um para analisar metas e desempenho,
entre outros. Em vez de existir um ou mais softwares isolados para cada
departamento da companhia, no seria melhor contar com uma integrao
entre eles, de forma que todos fizessem parte de um sistema unificado?
justamente isso que uma soluo de ERP oferece.
Com um nico sistema integrando todos os departamentos - ou pelo menos
os setores mais importantes - a comunicao interna torna-se mais fcil e
menos custosa. O departamento financeiro, por exemplo, pode saber
rapidamente quanto dinheiro destinar quitao de impostos e quanto
direcionar ao pagamento de funcionrios, de acordo com as informaes que
o setor de gesto de recursos humanos disponibilizar no sistema. O chefe de
um determinado departamento pode avaliar o desempenho de um
funcionrio e discutir junto ao gerente de RH quanto a empresa pode lhe
oferecer de aumento. O departamento de marketing pode consultar o
controle de vendas, perceber que um determinado produto no est tendo a
sada desejada e desenvolver uma nova estratgia para inverter o quadro, ao
mesmo tempo em que verifica se a verba disponibilizada suficiente para o
trabalho ou se necessrio marcar uma reunio para solicitar mais recursos.
O quadro 2.3 seguinte apresenta os principais processos de negcios apoiados
por sistemas integrados.
PROCESSOS
Fabricao Gerenciamento de estoques, compra, expedio, planejamento de produo, de materiais e de equipamentos.
Financeiros e contbeis Contas a pagar e a receber, gerenciamento e previso de caixa, contabilidade de custo de produto, relatrios financeiros.
Vendas e marketing Processamento de pedidos, determinao de preos, expedio, faturamento, gerenciamento e planejamento de vendas.
Recursos humanos Administrao de pessoal, folha de pagamento, acompanhamento de seleo de candidatos, planejamento e desenvolvimento de pessoal.
Quadro 2.3 Processos de negcios apoiados por sistemas integrados. Fonte: adaptado de Laudon e Laudon (2006).
Acesse o link
www.youtube.com/
watch?v=-
6d8GLJXp0Q e
assista ao vdeo.
Voc j capaz de
definir ERP?
Competncia 02
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Tecnologia da Informao
Perceba, com estes exemplos, que h vrias situaes onde a integrao de
sistemas se mostra vantajosa. Note que, com sistemas distintos, cada setor
teria mais dificuldade para se comunicar com o outro, resultando em maior
consumo de tempo, mais gastos e at em excessivos procedimentos
burocrticos. Alm disso, com um sistema de ERP, a empresa passa a ter
menos fornecedores de software, o que diminui custos com licenas, suporte
tcnico, servidores, treinamento, entre outros.
A figura 2.3 seguinte apresenta um sistema ERP.
Figura 2.3 Um sistema ERP Fonte: Info Wester (2010 )
Voc j deve ter percebido quo importante os sistemas de gesto podem ser
para as empresas: diminuem custos, tornam a comunicao mais eficiente,
ajudam na tomada de decises, permitem uma apurao mais precisa do que
est acontecendo na companhia, enfim. No por menos que muitas
empresas consideram este tipo de software imprescindvel s suas atividades.
Veremos as principais vantagens e desvantagens na utilizao de ERP.
2.4 Principais Vantagens e Desvantagens de um ERP
Voc j sabe que sistemas de ERP podem representar um diferencial
Competncia 02
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Tcnico em Administrao
significativo no cotidiano das empresas. No entanto, importante ter em
mente que esse tipo de software no resolver todos os problemas da
companhia e, muitas vezes, pode no oferecer os resultados esperados para
determinadas atividades. Alm disso, podem trazer benefcios por um lado,
mas situaes indesejveis por outro. Por isso, importante conhecer as
vantagens e desvantagens dos sistemas de ERP, no s para escolher a
soluo mais adequada, mas tambm para conhecer os riscos atrelados sua
implantao.
Note que essa uma anlise que depende dos objetivos da companhia,
portanto, muda de empresa para empresa, mas geralmente ns podemos
apontar como vantagens dos sistemas de ERP:
Ajudar na comunicao interna;
Agilizar a execuo de processos internos;
Diminuir a quantidade de processos internos;
Evitar erros humanos - em clculos de tributos e pagamentos, por
exemplo;
Ajudar na tomada de decises;
Auxiliar na elaborao de estratgias operacionais;
Acelerar a obteno de dados referentes a determinados cenrios;
Diminuir o tempo de entrega do produto ou servio ao cliente;
Ajudar a lidar com grandes volumes de informao;
Evitar trabalho duplicado;
Fazer com que a empresa se adapte melhor a mudanas no mercado e na
legislao.
Como possveis desvantagens, podemos citar:
Alto custo com customizao e implantao;
Implantao demorada - uma soluo de ERP no fica pronta da noite
para o dia, como voc j sabe;
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Tecnologia da Informao
Risco de prejuzo financeiro ou de desempenho com erros inesperados do
sistema;
Possveis problemas com suporte e manuteno, caso o fornecedor do
software seja vendido ou encerre suas atividades;
Dependncia, que pode dificultar as atividades da empresa quando o
sistema fica, por algum motivo, indisponvel;
Adaptao e treinamento por parte de funcionrios podem demorar mais
tempo que o esperado;
Resistncia ao novo, em caso de implantaes ou atualizaes;
O sistema pode exigir mudanas em determinados aspectos da cultura
interna da empresa;
Pode-se perceber tardiamente que aquela soluo no oferece a relao
custo-benefcio esperada;
Ao longo do tempo, atualizaes e acrscimos de mdulos podem tornar o
sistema excessivamente complexo.
claro que possvel aplicar esforos para garantir que as vantagens tomem
forma e que as desvantagens sejam amenizadas. Para isso, necessrio
dedicao da equipe de TI, comprometimento por parte de toda a estrutura
gerencial, acompanhamento constante das etapas de desenvolvimento e
implantao, as j citadas escolhas de uma soluo e de um fornecedor
adequados s necessidades da companhia, anlise de possveis fatores
internos e externos que podem influenciar no projeto, elaborao de uma boa
poltica de segurana e assim por diante. Em relao anlise para identificar
possveis problemas, podemos tomar como exemplo o aspecto do
treinamento: muitas vezes, necessrio treinar funcionrios no apenas para
que eles saibam manusear o programa, mas tambm para que consigam
identificar o propsito daquilo, procedimento que ajuda a evitar erros e
omisses.
Veremos os mdulos de um ERP.
Competncia 02
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Tcnico em Administrao
2.5 Mdulos de um ERP
Conforme informado no incio do texto, sistemas de ERP lidam com os vrios
departamentos de uma empresa. No entanto, no precisam,
necessariamente, cobrir cada uma delas, pelo menos no ao mesmo tempo.
Dependendo das expectativas da companhia em relao ao ERP, possvel
atender determinadas reas em um primeiro momento e as demais de
maneira progressiva. Para isso, os provedores fazem o fornecimento do
sistema em mdulos, que so divididos de acordo com suas funcionalidades.
Como voc j sabe, no h um sistema de ERP que, por si s, possa atender
tudo o que empresa. necessrio customizar a soluo de acordo com as
atividades da companhia. Por outro lado, h determinados processos que so
bastante comuns em todas ou na maior parte das empresas, at mesmo por
uma questo de legislao. Eis algumas categorias de mdulos que se
encaixam nesse contexto:
Financeiro;
Contabilidade;
Recursos Humanos;
Ativo fixo;
Processos;
Projetos;
Jurdico.
A partir da, pode-se encontrar mdulos mais especficos, adotados em menor
escala e apenas se estiverem em conformidade com as atividades da empresa,
por exemplo:
Estoque;
Distribuio de produtos;
Frota;
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Tecnologia da Informao
Comrcio exterior;
Gesto de conhecimento;
Controle de materiais;
Automao comercial;
Anlise de riscos.
A figura 2.4 seguinte apresenta os principais mdulos de um ERP.
Figura 2.4 Mdulos ERP Fonte: Integra (2014).
Perceba que nem toda empresa precisa gerenciar frota ou lidar com
automao comercial, por exemplo. A vantagem do esquema de mdulos est
justamente a. A companhia implanta somente aqueles que lhe so teis e
pode adicionar mais itens com o tempo, motivada pela expanso dos
negcios, pela atuao em um novo segmento do mercado, entre outros.
A prxima seo aborda os aspectos centrais da implantao de um ERP.
2.6 Implantando um ERP
ERP no o tipo de software que comprado na prateleira de uma loja para
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Tcnico em Administrao
depois ser instalado em um computador e, em seguida, estar pronto para o
uso. Acontece que cada empresa, em face de suas atividades e de suas
estratgias operacionais, possui necessidades distintas das outras, portanto,
sistemas de ERP s sero funcionais se ao menos as caractersticas mais
importantes da companhia forem levadas em conta.
Basta compreender que uma empresa que fabrica medicamentos, por
exemplo, tem necessidades bem diferentes de outra que trabalha no ramo de
transportes. A primeira precisa se preocupar com obteno de matria-prima,
pagamento de licenas de patentes, pesquisas em laboratrios, entre outros.
A segunda, por sua vez, precisa se preocupar com a idade da frota, com gastos
de combustvel, com pedgios e assim por diante. Uma empresa tambm
pode atuar em mais de um ramo de atividade ou exercer suas operaes em
vrios estados do pas, de forma a ser obrigada a pagar impostos diferentes
em cada local, por exemplo. Enfim, como possvel perceber, cada
companhia precisa contar com um sistema de gesto que se adapte a ela.
No intuito de controlar gastos, a empresa tambm precisa definir qual tipo de
licenciamento mais adequado s suas operaes: instalao do sistema em
servidores prprios ou virtualizados, utilizao do sistema em servidores
terceirizados (geralmente, oferecidos pelo provedor da soluo), soluo
baseada em computao nas nuvens (cloud computing), pagamento por
usurio (ou por computador de acesso), uma mistura de uma ou mais dessas
modalidades, enfim.
As solues baseadas em cloud computing costumam ter custo menor, pois a
empresa no precisa se preocupar com servidores, manuteno, atualizao,
entre outros. Alm disso, oferece acesso mais fcil para usurios que esto
fora das dependncias da empresa - um vendedor que est em outra cidade
visitando um cliente, por exemplo. Por outro lado, podem gerar gastos
maiores de longo prazo, pois em geral seu tipo de licenciamento exige
pagamento peridico, como ocorre em uma assinatura de jornal, comparando
grossamente.
Acesse o link www.youtube.com/watch?v=ct9avObyLW8 para saber mais
sobre cloud computing.
Em seguida, envie sua opinio para o
frum.
Competncia 02
-
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Tecnologia da Informao
Repare que importante empresa analisar as solues de ERP existentes no
mercado e as modalidades de licenciamento oferecidas para saber qual lhe
atende melhor. Se a empresa no tiver uma equipe de Tecnologia da
Informao capaz de fazer esta anlise, pode valer a pena procurar um servio
de consultoria.
O tempo de implantao tambm um parmetro importante. Sistemas de
ERP no comeam a funcionar da noite para o dia. Os provedores das
solues precisam de tempo para adaptar o software s atividades da
empresa, sem contar que necessitam considerar a infraestrutura, os recursos
de segurana, testes, treinamento de pessoal, integrao entre
departamentos, migrao a partir de sistemas legados, entre outros. Alm
disso, a implantao geralmente ocorre por etapas, de forma que
determinados mdulos do sistema sejam instalados somente depois de este
processo j ter ocorrido com outros. Portanto, a implementao de um ERP
pode consumir vrios meses.
Fizemos uma breve reviso sobre Sistemas de Informao Gerenciais, seus
tipos e funes. Vimos que eles so indispensveis para a gesto das
organizaes. Os Sistemas Integrados (ERP), especificamente, so solues
que permitem gerenciar a empresa de forma sistmica, integrando as diversas
reas, funes e processos.
Espero que tenha aproveitado ao mximo o assunto.
Na terceira e ltima competncia da disciplina veremos os sistemas de gesto
voltados para atividades especficas, tais como a logstica e o relacionamento
com o cliente.
At l!!!
Prof. Mrio dos Anjos
Competncia 02
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Tcnico em Administrao
3.COMPETNCIA 03 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAES
VOLTADOS PARA ATIVIDADES ESPECFICAS (WMS, CRM, ETC)
Alunos, sejam bem-vindos terceira e ltima competncia da disciplina:
Conhecer Sistemas de Informao voltados para atividades especficas.
Vimos que a Tecnologia de Informao est presente em todas as reas da
organizao colaborando de diversas maneiras para que a organizao
cumpra seus objetivos.
Os Sistemas de Informao atuam em todos os nveis e atividades das
empresas. Descobrimos que um ERP uma soluo que permite integrar
todas as reas e processos de forma sistmica, otimizando a produtividade e
aumentando a qualidade.
Nessa competncia, veremos como os Sistemas de Informao podem
contribuir para o bom desempenho de dois processos centrais da empresa:
Logstica e Relacionamento com os clientes.
Leia e releia o caderno da disciplina com toda ateno. Tire suas dvidas.
Pesquise material complementar. Faa as atividades com ateno e capricho.
Sucesso!!!
Prof. Mrio dos Anjos
3.1 SCM (Supply Chain Management) e WMS Warehouse Management
System)
A Logstica uma das reas que apresenta maior possibilidade de gerar
vantagens competitivas de longo prazo para as organizaes. Ela composta
por processos centrais importantes, tais como gerenciamento de estoques,
transportes de matrias-primas, peas, componentes e de produtos acabados,
Competncia 03
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Tecnologia da Informao
compra e aquisio de insumos, entre outros (BALLOU, 2010).
O Gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM Supply Chain
Management) a ligao e coordenao das atividades envolvidas na compra,
fabricao e movimentao de um produto, integrando os processos do
fornecedor, do fabricante, dos distribuidores e dos clientes (CHOPRA E
MEINDL, 2003).
A figura 3.1 seguinte apresenta um Modelo de Gesto da Cadeia de
Suprimento (SCM). Dessa forma, a compra, movimentao e estoques de
matrias-primas, peas, insumos, componentes e produtos acabados de
fornecedores, fabricantes, atacadistas e distribuidores apoiada pelos
Sistemas de Informao.
Figura 3.1 Modelo de Cadeia de Suprimento Fonte: adaptado de Fleury (2000).
As empresas que gerenciam suas cadeias de suprimento com habilidade
conseguem levar a quantidade correta de seus produtos da fonte (origem) at
o canal (empresa ou cliente) que ir utiliz-lo no menor tempo possvel e com
o menor custo.
Conhea a gesto da cadeia de
suprimentos da Natura. Acesse o
link www.youtube.com/watch?v=2H9PML_HHHQ e assista ao vdeo. Em seguida. Poste a sua opinio
no frum.
Competncia 03
-
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Tcnico em Administrao
Voc deve estar se perguntando: e onde entra a TI?
Os Sistemas de Informao ajudam as empresas na coordenao ,
programao e controle das atividades de seleo de matrias-primas,
produo, gesto de estoque e entrega de produtos e servios.
Esses sistemas podem ser montados com o uso de intranets, extranets e
aplicativos especficos para a gesto dos suprimentos. O WMS (Warehouse
Management System) ou Sistema de Gerenciamento de Armazns (ou de
estoques) permite que as empresas gerenciem seus estoques evitando uma
disfuno entre oferta e demanda, permitindo que os pedidos de matrias-
primas e produtos sejam atendidos com exatido, eficincia, menores tempo
e custo.
O quadro 3.1 seguinte apresenta as contribuies dos Sistemas de Informao
(SI) para os participantes da cadeia de suprimento.
BENEFCIOS QUE OS SI PROPORCIONAM AOS PARTICIPANTES DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Deciso sobre o mix (produtos) e o momento de fabricar, armazenar e movimentar;
Transmisso de pedidos com maior rapidez;
Verificao de disponibilidade e acompanhamento dos nveis de estoque dos produtos;
Reduo dos custos de estoque, transporte e armazenagem;
Acompanhamento dos embarques de produtos;
Maior alinhamento entre oferta e demanda de produtos;
Melhor comunicao das alteraes no projeto do produto. Quadro 3.1 Vantagens proporcionadas pelos SI aos participantes da Cadeia de Suprimentos Fonte: adaptado de Laudon e Laudon (2006).
A prxima seo apresenta o EDI (Electronic Data Interchange) ou
Transferncia Eletrnica de Dados.
Acesse o link www.youtube.com/watch?v=GuhKPyWiT-M e assista a este interessante vdeo que demonstra o
funcionamento de um WMS. Envie sua
opinio sobre o assunto para o
frum.
Competncia 03
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Tecnologia da Informao
3.2 Electronic Data Interchange (EDI)
Electronic Data Interchange - EDI significa troca estruturada de dados atravs
de uma rede de dados qualquer. A EDI pode ser definida como o movimento
eletrnico de documentos entre, ou dentro, de empresas.
Um exemplo de EDI o que ocorre entre o Walmart (Bompreo) e a Coca-
Cola. As vendas de refrigerantes so transmitidas diariamente do varejista
para o fabricante. Dessa forma, com base num relacionamento de confiana
mtua, fornecedor e distribuidor compartilham informaes que trar como
benefcios: reduo nos custos de compra, de transportes e de armazenagem,
maior alinhamento entre oferta e demanda, menor ruptura (falta) do
produto, entre outros benefcios.
O EDI um importante facilitador para um processo chamado Ressuprimento
Automtico. Trata-se de um SI que monitora periodicamente as vendas de
produto. Todo produto que comercializado, digamos um refrigerante, tem
seu nvel de estoque atualizado. Quando o estoque atinge determinado
patamar, automaticamente o sistema gera o pedido para o fornecedor,
dispensando ou reduzindo a participao humana nesse processo.
indispensvel o monitoramento para ajustar o sistema, de forma que as
variaes da demanda sejam corretamente analisadas, evitando falta ou
excesso de produtos.
A prxima seo apresenta o CRM (Customer Relationship Management) ou
Gerenciamento do Relacionamento com os clientes.
3.3 Customer Relationship Management (CRM)
Existe uma tendncia nas empresas de adotarem relacionamentos de longo
prazo com seus clientes. O foco criar fortalecer relaes duradouras e
lucrativas com os consumidores. Nessa perspectiva mais permanente, o
Customer Relationship Management (CRM) uma abordagem que coloca o
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Tcnico em Administrao
cliente no centro dos processos do negcio, sendo desenhado para perceber e
antecipar as necessidades dos clientes atuais e potenciais, de forma a supri-las
da melhor forma.
, portanto, um sistema integrado de gesto com foco no cliente, constitudo
por um conjunto de procedimentos/processos organizados e integrados num
modelo de gesto de negcios. Os softwares que auxiliam e apoiam esta
gesto so normalmente denominados sistemas de CRM.
Os processos de gesto baseados em CRMs esto, sem dvida, na linha de
frente em termos estratgicos, no apenas no que diz respeito ao marketing,
mas tambm, em mdio prazo, no nvel econmico-financeiro. Empresas que
conhecem profundamente os clientes, suas necessidades e perfis de
consumo, conseguem criar respostas personalizadas, antecipando as vontades
e respondendo de forma precisa aos desejos atuais.
A Dell computadores um bom exemplo de estratgia baseada em CRM. Os
clientes liam o catlogo de produtos, o personalizavam e o recebiam em casa.
Agora, toda essa operao realizada na Internet abrangendo no s os
clientes como tambm seus fornecedores.
Figura 3.2 Dell computadores e a estratgia baseada em CRM. Fonte: adaptado do site do Google (2014).
Competncia 03
-
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Tecnologia da Informao
CONCLUSO
Caro aluno,
Chegamos ao final de nossa disciplina. importante que voc tenha
construdo e desenvolvido as seguintes competncias e objetivos:
Conhecer e aplicar os conceitos de Tecnologia de Informao e as
influencias sobre as organizaes;
Identificar e aplicar os principais tipos de Sistemas de Informao;
Desenvolver as principais aplicaes de TI e SI voltadas para os negcios.
Releia o caderno. Qualquer dvida estamos disposio.
Forte abrao,
Mrio dos Anjos
-
42
Tcnico em Administrao
REFERNCIAS
BALLOU, RONALD. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Porto Alegre:
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MCFARLAN, F. WARREN. A tecnologia da informao muda a sua maneira da
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TURBAN, EFRAIM; MCLEAN, EPHRAIM; WETHERBE, JAMES. Tecnologia da
Informao para Gesto. Porto Alegre: Bookman, 2004.
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44
Tcnico em Administrao
MINICURRCULO DO PROFESSOR
Mrio Rodrigues dos Anjos Neto
Professor Universitrio atuando nas reas de Marketing, Administrao Geral,
Gesto de Pessoas e Logstica, com nfase em Marketing de Relacionamento,
Satisfao do Consumidor e Estratgia Empresarial.
Como administrador, atuou em grandes empresas na rea de Marketing,
sendo responsvel pelo planejamento e implantao das estratgias
mercadolgicas dessas organizaes.
Atuou como Gestor Acadmico de Instituies de Ensino Superior
coordenando atividades como planejamento, implementao e gesto de
cursos de graduao e de ps-graduao, elaborao e alteraes de PDI
(Plano de Desenvolvimento Institucional), PPC (Projeto Pedaggico de Cursos),
entre outros documentos. Alm de ter experincia em receber comisses
avaliadoras do MEC e de responsabilizar-se pelo atendimento s demandas do
referido ministrio e de seus rgos (INEP, CAPES, entre outros).