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(22 TEIXEIRA '8c TEIXEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA OAB/SP 25.465 OAB/SP 163.413

RUA VISCONDE DE INHACINIA.N' 490 . -CJ. 204 - CENTRO • CEP. 14.010-100 - TEL/ FAX (16) 632-5549 RIBEIRÃO PRETO • SP

EX.MO. SENHOR JUTZ DE nTRETT'o, DA 3 VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SP:

MAGDA MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES MARIA IZILDA TAVARES PINI c 4133r 750 RITA DE CÁSSIA DE OLIVEIRA MATIAS,

todas devidamente qualificadas e identificadas nos instrumentos de mandado doc. 01 a 03), por seu advogado e procurador que esta subscreve, vêm, respeitosamente, à presença de V.Exa., propor a oresente ACÃO ORDINÁRIA — OBRIGACÃO DE FAZER, com fundamento no artigo 282 e seguintes do Código de Processo Civil, em face da FAZENDA. PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO — INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE RIBEIRÃO PRETO) na pessoa de seu Procurador Chefe, sito na rua Pamplona, n° 227, 5° andar, (11)3372-6445, São Paulo, Capital, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

1 — DOS FATOS E FUNDAMENTO JURÍDICOS DO PEDIDO:

1.1. Dos FATOS:

As Auroras, conforme demonstram os documentos 04 a 06, são servidoras públicas estadual contratadas pelo regime jurt -- da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT.), e exercem suas atividades, a mais de cinco anos de efetivo servido público,

ao Instituto Adolfo Lut: de Ribeirão Preto.

No transcorrer de suas atividades funcionais, =blefaram periodos aquisitivos Qüinqüenais para fins de licenca-prêmio, ou sea, sem a ocorrência de mais de 30 (trinta) inserrupces do seruico em cada Qüinqüênio e também sem ter sofrido

eenalidade admintstrativa. Tal assertiva é comprovada e0eumentos D7 "usaue" 09.

TEIXEIRA & TEIXEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA OAB/SP 25.465 OAB/SP 163.413

RUA VISCONDE DE INHAÚMA,N' 490 - -C.J. 204 - CENTRO- CEP. 14.010-100 TEL./ FAX (16) 632-5549 - RIBEIRÃO PRETO - SP

Ocorre, porém, que a Ré, por serem as Autoras contratadas pela CLT., nega-lhes o direito de usufruir tal vantagem fato que lhes causa considerável prejuízo de ordem emocional e, em razão disso tem o presente feito o objetivo do reconhecimento do direito ao benefício da licença-prêmio, correspondente a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos, sem ocorrência de mais de 30 (trinta) interrupcões ou terem os mesmos sofrido qualquer penalidade administrativa como soe acontecer com os servidores efetivos e extra-numerários.

1.2. DA LICENCA PRÉMIO:

A licença-prêmio está prevista no artigo 209 da Lei Estadual n° 10.261 de 28 de outubro de 1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo) que assim dispõe :

"Artigo 209 - O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Parágrafo único: - O período de licença será considerado de efetivo exercício para todos os efeitos legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração." (grifo meu)

A Lei Complementar Estadual n° 180/78, em seu artigo 205, preconiza:

"Art. 205 - Para fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:

I - os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 1°, da Lei n° 500, de 13 de novembro de 1974; ...omissis...

IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista" (grifei)

L3. Do DIREITO À LICENCA PRÊMIO:

O Diário Oficial do Estado de 14 de agosto de 1969, publicou Comunicado do Departamento de Administração do Pessoal do Estado estendendo os benefícios da licença-prêmio aos servidores estaduais extra-numerários :

"COMUNICADO N. 9/69 - DAPE PROCESSO 1.110/69 — DAPE O Diretor Geral. do Departamento de Administração de Pessoal do Estado, .tendo em vista consultas dirigidas a este DAPE, referentes à concessão de licença-prêmio ao extranumerário, em face do disposto no artigo 324, do Estatuto dos Funcionários Públicos - Lei 10.261, de 28 de. outubro de 1.968 - expede o presente. Comunicado para esclarecer que, de conformidade com o decidido no Processo o n. 1.110/69 - DAPE: a) ao extranumerário pode ser concedida a licença-prêmio, desde que tenha 5 anos de. exercício nas condições exigidas para obtenção da referida vantagem;"

conseof_entemente , ao extranumerári o também

ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA


ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA - ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA OAB/SP 25.465 OAB/SP16a413

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Ocorre que a condição do extranumerário nos idos de 1.968/1.969, era exatamente a do servidor atualmente regido pela Lei 500/74 e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A assertiva supracitada é identificável na Lei Complementar n° 180, de 12 de maio de 1.978, que instituiu o Sistema de Administracão de Pessoal do Estado, mais precisamente em seu artigo 205 supra transcrito.

O instituto da licença-prêmio objetiva, especialmente, conceder um direito ao servidor premiando a assiduidade a cada período de 5 (cinco) anos, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa, nem interrupções que exceda o limite máximo de 30 (trinta) dias.

Evidencia-se cristalinamente, que o direito premia a assiduidade e a idoneidade funcional, não se admitindo nem por hipótese absurda, quem seu bojo o legislador cometesse a injustiça de discriminar funcionários de servidores, estes figura inexistentes à época, concedendo vantagem somente aos ditos funcionários (regime estatutário) , penalizando os servidores TAMBÉM ASSÍDUOS E SEM PENALIDADE ADMINISTRATIVA.

Deve ora ficar consignado, que a expressão "servidor público" constante v.cf., no art. 129 da Carta Estadual não traz distincão entre funcionários públicos efetivos, nomeados ou contratados celetistas, e, patenteado está que não cabe ao Réu fazer qualquer distinção.

A doutrina é clara e objetiva ao tratar das pessoas que prestam serviços para a Administração Pública, MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, in "Direito Administrativo" (são Paulo: Atlas, 1998, pág. 354) , ensina que "são servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e as entidades da Administração Pública indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos".

Nesse conceito, prossegue, estão compreendidos "os servidores estatutários, sujeito ao regime estatutário e ocupantes de cargos públicos; os empregados públicos, contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público e os servidores temporários, contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX, da Constituição)".

O ilustre mestre do Direito Administrativo, CELSO ANTÓNIO BANDEIRA DE MELLO preleciona: "A expressão servidor público, na Constituição, é designativo genérico abrangente de todos que, sob regime de cargo ou emprego, estão vinculados por relação de caráter profissional à Administração direta, indireta, ou funcional de quaisquer dos Poderes, ou órbita de Governo. Não é pois, denominação restrita de agentes titulares de cargos ou apenas dos que estejam ligados a entidades de direito público." (in "Regime Cons-:iincional dos Servidores da Administração Direta e Indireta, RT., 2a edição, páginas 50-51) .

Destarte, mister se faz a evolução legislativa para a aplicarão da vantagem da licença-prêmio e o tis t: relacionamento entre extránumerarios, Lei 500/74, celetistas

e tionarCos efetivos, a exemplo do pagamento de adicionais por temc de eer'tico - ride artigos 29 da Carta Bandeirante, artigo

omciementar 18Or'S.



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O servidor extranumerário já percebe a licença-rrêmo, que a exemplo do servidor admitido nos termos da Lei 500/74 e Legislação Trabalhista (celetistas), também é considerado funcão-atividade (artigo 205, da Lei Complementar n° 120/78), e, conseqüentemente são iguais perante a Lei, não se justificando a. desigualdade de tratamento. A própria Constituição Paulista deita claro essa situacão.

Para melhor elucidação, justificamos o direito ora pleiteado, com a própria Constituição do Estado, citando o exemplo do artigo 129, acima mencionado:

"Art. 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição".

Destaque-se que os adicionais por tempo de serviço e a sexta-parte dos vencimentos integrais, vantagens auferidas tendo em vista o efetivo exercício de função, como é o caso da licença-prêmio, já estão sendo reconhecidas e concedidas aos servidores (extranumerários, celetistas, Lei 500/74) e não somente aos ditos funcionários (regime estatutário), o que significa, a abrangência dos regidos pela Lei 500/74 e Legislação Trabalhista (celetistas), considerados função-atividade servidores.

Pelo exposto, está insofismavelmente comprovado que igualadas as situacões dos servidores aos mesmos são assegurados o gozo dos mesmos benefícios, tudo conforme determina o principio da isonomia preconizado na Constituição Federal e na Carpa Magna Paulista e que a Ré está ferindo direito liquido e certo dos Autores e tal estado de coisa não pode subsistir.

Assim, incluído o celetista na abrangência da denominação "servidor público", tem este direito, ao completar cada período acruisitivo de cinco anos de serviço sem ultrapassar o limite de faltas previsto em lei e sem ter sofrido qualquer punição, ao benefício da licença-prêmio.

É evidente que as Autoras também passaram a ter esse :iireito após novembro de 1989.

A concessão dos benefícios da licença-prêmio a t=)dos servidores públicos é obrigatória a partir da vigência da Con,=tituHoão Estadual.

Se antes, os beneficiários da licença-prêmio era. S funcionaios públicos, com a norma constitucional

Içada em 1989, passaram a ser todos os servidores públicos, poi aonde a Tel não distingue, não cabe ao operador faze-lo.

"Fórum privativo da Fazenda Pública" não dis=epara :'esse entendimento, sentenca datada de 17 de novembro de

na , idêntica a presene, promovida por SILVIA BRUNETTO E OUTROS - FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO (Processo n° 764/95), em

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ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA 0A13/SP 25.465 0A13/SP 163.413

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cursa perante a digna lia Vara da Fazenda Pública Central, prol atada pelo douto Juiz Dr. CÉSAR SANTOS PEIXOTO, publicada no DOE de 29/11/1995, sabiamente decidiu:

"...omissis... Incontroverso o fato relativo à inexistência de

penalidade ou interrupção, de reto, na espécie, o próprio artigo 205 da Lei Complementar 180/78 equiparou em termos funcionais os servidores admitidos em caráter temporário, extranumerários, interinos e celetistas. Donde, então, cuidando-se de atividades equiparadas e idênticas sob o ponto de vista objetivo, inexorável, também, a isonomia de tratamento em relação às benesses conferidas pela administração; especialmente considerando a inexistência de norma jurídica em sentido contrário impeditiva à concessão de tal beneficio não aproveitando, tão só, a lacuna com o qual acenou o réu.

E isso já se reconheceu na jurisprudência estadual: "O pessoal regido pela Lei 500/74 tem também direito à percepção da licença-prêmio, na forma da lei" (Apelação Cível 157.843-1-1, São Paulo, relator Desembargador Cezar Peluso).

Do exposto julgo procedente em parte a ação conferindo o direito dos autores à percepção da licença prêmio, mediante apostilamento..." ( doc. 10)

Tal sentença foi confirmada em 22/12/1997, pelo V.Acórdão da Quarta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justica de São Paulo, por maioria de votos, na Apelação Cível n° 010.925-5/8, de São Paulo, tendo como Relator o digno Desembargador Doutor JOSÉ GERALDO DE JACOBINA RABELLO:

"A título de relatório, traz-se para cá o de fls. 175/175v, redigido pelo ilustre Relator sorteado.

No mérito, como vem sendo, entendido aqui pela maioria dos juizes, servidor público é género, que inclui ACTs, celetistas e outros, até mesmo os funcionários públicos. Nesses termos, como diz CELSO RIBEIRO BASTOS, "Servidores públicos são todos aqueles que mantém com o Poder Público um vínculo de natureza profissional, sob uma relação de dependência. Compreendem os servidores investidos em cargos efetivos, servidores investidos em cargos em comissão, servidores contratados por tempo determinado" (cf. "Curso de Direito Administrativo" ed. Saraiva, 1994, pág. 277).

A Constituição Federal, no artigo 39, determinou o regime jurídico único para os servidores. E regime jurídico único para todos os servidores, como escreve EDUARDO GABRIEL SAAD, "significa um mesmo complexo de normas legais regulando as relações entre eles e o Estado ou entre eles, a União, os Estados e os Municípios"(v. Constituição e Direito do Trabalho, Ed. LTR, S. Paulo,1989, pág.230). Esse mesmo doutrinador lembra, ainda, que o artigo 5°, § 1°, da Constituição Federal, estabelece que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais, têm aplicação imediata, pelo que o juiz "ficou autorizado a interpretar e aplicar a norma constitucional que ainda aguarda o disciplinamento por lei ordinária" (obra citada, pág. 34). Desse modo, não pertinente se falar em necessidade de espera de regulamentação do disposto no artigo 30 da Constituição Federal, como também não devido se acusar a ingerência do Judiciário em área que seria privativa do Legislativo (obra citada, pág. 34 e seguintes).

Por último, é de se concordar com a construção pela qual é própria de uma Lei Maior apresentar somente as diretrizes, não especificações, com o que, igualada as situações

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ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA OAB/SP 25.465 OAB/SP 1 63.4 13

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dos servidores em geral sob um único regime, e assegurado aos servidores o gozo dos mesmos benefícios, manda o respeito à isonomia (CF, artigo 39, § 1°, CE,124, § 1°) e à lógica que se tenha as vantagens do artigo 129 da CE, como exernplificativas, tão-somente, nada mais, devendo se concluir por igual direito dos agentes do Estado à licença-prêmio, também com fundamento da LC 644/89 e na Lei estadual 10261/68, a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação da Constituição do Estado (ADCT, artigo 20), atendidas as condições específicas e sempre respeito a prescrição qüinqüenal das prestações.

A propósito, embora sem querer ser redundante, parece-me oportuno repetir, em reforço, este trecho de voto por mim proferido no julgamento da apelação n. 258.156-1/2, de Presidente Prudente, da qual fui Relator e que tratava e que tratava de demanda sobre sexta-parte a servidor público: "Dir-se-ia que o autor não tem cargo, mas que apenas exerce função, pelo que não se aplicaria a norma sobre isonomia de vencimentos. Com a devida licença, esse entendimento não estaria a se mostrar em harmonia com o disposto no"caput" das normas pertinentes à igualdade. É que elas estabeleceram, ali, no "caput", para todos os servidores da administração pública, regime jurídico único e planos de carreira. Alcançaram, assim, os servidores em atividade na Administração e que nela se encontravam independentemente de cargos, como os extranumerários e os admitidos pela CLT, a serem tratados em igualdade de condições com os titulares de cargos. Afinal O parágrafo 3° do artigo 124 da Constituição do Estrado de S. Paulo mandou aplicar "aos servidores a que se refere O "caput" deste artigo o disposto no art. 7°, IV, VI, VII., VIII, 124 XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal". E acontece que o último inciso prescreve exatamente "proibição de diferença de salário, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, com ou estado civil".

Pelo exposto, foi mantida a sentença, na essência, mas com parcial provimento ao recurso dos autores, para se Ter como devida a vantagem somente a partir de 1°.11.89, segundo o que acima fundamentado, reexame e recurso voluntário da Fazenda, não providos.

a) JOSÉ GERALDO DE JACOBINA RABELLO Relator designado" (doc. 11)

Ainda, como colorário à justica de reivindicarão, a jurisprudência consagra aos servidores da Lei 500/74 o direito a licença-prêmio em brilhante decisão do MM. Juiz de Direito da 11' Vara da Fazenda Pública, Doutor MASSAMI UYEDA, na Ação de Rito Sumarissimo n° 2C6/96, promovida por Alcides Artero e Outros contra a Fazenda do Estado de São Paulo confirmada pelo venerando Acórdão, por votação unânime, cujos trechos a seguir destacamos :

"DECIDO A questão, na qual se centra o. controvérsia

instaurada nestes autos está em saber se aos servidores estaduais contratados . pelo regime da Lei 500/74 é devida a licença prêmio, por aplicação isonõmica aos extranumerários a quem a Administração Pública concede o benefício, computando o tempo de. serviço anterior à edição da Lei Complementar n° 180.

Conquanto os servidores admitidos sob o regime da Lei 500/74 possam ser considerados funcionários públicos "lato sensu" tanto que lhes foi estendido algumas vantagens destinadas aos titulares de cargas, na forma do art. 203, da LC

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n° 180/78, que deu nova redação ao art. 27 da Lei n° 500/74, verifica-se que a licença-prêmio ali não se acha contemplada.

Seria devida a licença-prêmio, então, por aplicação do princípio isonõmico, já que ao extra-numerário a vantagem é concedida?

Sustenta a ré que na interpretação do princípio isonõmico se há de considerar a igualdade entre os iguais e a desigualdade entre os desiguais, não se podendo tratar de modo igual situações ou pessoas que sejam desiguais, daí que, não tendo sido os contratados pela Lei n° 500/74 admitidos, como os funcionários públicos "stricto sensu" pela via do concurso, não poderem ser beneficiários de vantagens a estes concedidas com exclusividade.

Porém, o tratamento isonõmico que reclamam os autores se prende à concessão da vantagem aos extra-numerários, os quais estão contemplados com a benesse legal.

O extra-numerário é, como ensina José Cretella Júnior, "pessoa legalmente admitida , em caráter precário, para o desempenho de determinada função, em repartição pública", não se constituindo, propriamente, em funcionário público, mas, tratando-se de servidor público (cf. verbete in Enciclopédia Saraiva, vol. 35, pág. 512).

Ora, se assim é, se a Administração Pública confere ao extranumerário a vantagem da concessão da licença-prêmio, por força da Lei n° 8309/64, não há porque não estendê-la ao contratado pelo regime da Lei 500/74, porque, na essência, ambas as categorias de servidores públicos colocam-se "a larere" do funcionalismo público e desempenham funções e tarefas administrativas típicas.

Dessa maneira, conquanto vozes abalizadas sufraguem entendimento diverso, sustentando que o benefício há de ter expressa previsão legal para sua concessão, é de se considerar que esta permissão legal existe para o extranumerário e como este, em vínculo jurídico com a Administração, não se dissocia do contratado pela Lei n° 500/74, porque ambos são admitidos a título precário, não se pode deixar de reconhecer a aplicação extensiva do beneficio.

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a presente ação e, em conseqüência, declarando terem os autores nominados no intróito desta sentença o direito à percepção da licença-prêmio, computando-se o tempo de serviço anterior edição da Lei Complementar n° 180/78, condeno a ré a cumprir a obrigação de fazer consistente em contar o tempo de serviço dos autores para o fim de se lhes conceder a licença-prêmio.

**••

Confirmando a sentença supra transcrita, V. Acórdão da 2a Turma do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Apelação cível n° 157.843-1/1, cujo relator foi o Desembargador CEZAR PELUSO:

O VOTO Conhece-se da apelação (o réu está isento de

preparo). Os antigos extra-numerários exercem funções-

atividades. Como os autores, admitidos pela sistemática da

Lei 500/74. As tarefas não se distinguem substancialmente, num e noutro caso.

Têm portanto de receber igual tratamento perante a lei.

Acresce a regra jurídica do art. 205 da L.C. 180/78: extra-numerários são equiparados aos admitidos segundo a lei 500/74, juntamente com os interinos e os "celetistas". Todos são, portanto equiparados de fato (mesmo


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trabalho), a lei mesma os igualou na situação jurídica de "servidor".

É o suficiente para receberem os mesmos benefícios pecuniários, uma vez composto idêntico suporte fático. Tal a hipótese de períodos ininterruptos de trabalho, sem punição. Somente diante de regra jurídica em sentido contrário, expressa em termos inequívocos - no sentido de terem uns o beneficio e os demais não o terem -, é que se poderia fugir à interpretação de estarem eles igualados perante a sistemática jurídica.

Ora, além dos documentos juntados, o Estado-réu não contesta a perfeição da folha de serviço prestado pelos autores. Aceitam-se portanto necessariamente os fatos alegados, de que se irradia o direito incultado, por incidência da mesma regra jurídica.

Temos portanto sentença acertada: o pessoal regido pela Lei 500/74 tem também o direito à percepção da licença-prêmio, na forma da lei.

Ainda, brilhante V.Acórdão proferido na Apelação Civil n° 97.514-5/9, pela Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sendo Relator o Desembargador LOURENÇO ABRA FILHO, transitado em julgado em 30 de maio de 2001, da qual destaquei o trecho abaixo:

"... No mérito, a r. sentença guerreada merece reforma, na esteira de pacifico entendimento deste e. Tribunal no sentido de que são servidores públicos, de acordo com a Constituição Federal vigente, todos aqueles que, em qualquer dos poderes, mantêm com a Administração direta, indireta ou fundacional, relação de trabalho, ocupando cargo ou emprego, em caráter não eventual. Portanto, o termo "servidor público" abrange os funcionários públicos, os servidores autárquicos, os empregados contratados pela CLT, os contratados por prazo determinado (art. 37, IX, CF), e os servidores de empresa pública, sociedades de economia mista e entidades governamentais. Afasta-se, portanto a tese esposada pelo DER e acolhida pelo ilustre Juiz sentenciante de que servidores públicos são somente aqueles regidos pelo regime estatutário, eis que, se o legislador não fez distinção entre funcionários e servidores, descabe ao hermeneuta faze-la, sob pena de violação do artigo 5° da Constituicão Federal.

(doc. 12)

Por fim, incontestável o direito das Autoras -servidoras públicas - em verem reconhecido seu direito à vantagem da licença-prêmio correspondente a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos de serviço, sem mais de 30 (trinta) interrupções ou penalidade administrativa.

II - DIREITO:

Assistem as Autoras os seguintes dispositivos iesde, ficam prequestionados para fins ulteriores: art.

29° 'S 3° da CF; arts. 124 § 3°, 129 da CP; ART. 209 da 1,-T 1 1.26/i58; art. 205 da LCE 180/78 e toda e =aidue- ied a espeoi

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III — DO PEDIDO:

Isto posto, pleiteiam as Autoras:

a) o reconhecimento do direito à vantagem denominada licença prêmio, instituída pelo art. 209 da Lei Estadual n° 10.261/68, correspondente a 90 (noventa) dias de licença remunerada a cada 05 (cinco) anos de serviço, sem mais de 30 (trinta) interrupções ou penalidades administrativas, desde novembro de 1989;

b) seja a Ré condenada a pagar as custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios aos patronos das Autoras, nos termos do artigo 20, §40 do CPC., atendendo estritamente as alíneas "a", "b" e "c" do §3° do mesmo artigo.

IV — REQUERIMENTOS:

Por fim requerer as Autoras:

Que sejam considerados os eventuais créditos concedidos de natureza alimentar para os efeitos da execução, bem como sobre os mesmo não se sujeitam aos descontos do imposto de renda, por não se tratarem de renda e sim direito das Autoras.

Que seja a Ré instada a apostilar os títulos das Autoras para que prevaleça no futuro o que restar decidido neste processo.

Sejam auferidos as Autoras os benefícios da justiça gratuita (Lei n°1.060/50) por não haverem as mesmas possibilidade de arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família doc. 13/15).

O julgamento antecipado da lide, a teor do artigo 330, I do CPC., por se tratar de matéria exclusivamente de direito.

EX-PCSITIS, requer se digne V.Exa., determinar a citação da Ré, no endereço declinado, na forma da lei, para que, em querendo, conteste a presente no prazo legal, sob as penas da lei, para que ao final seja decretada a PROCEDÊNCIA INTEGRAL DE SEUS PEDIDOS, condenanda a Ré a cumprir e/ou pagar o principal acrescido de juros de mora e correção monetária, despesas processuais e honorários advocatidios (§4° doart.2QCPC.) e demais dominações legais.

Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidas, tais como o depoimento pessoal do representante do Réu, oitiva de testemunhas, juntada de novos documentos, perícias, uistorias e tudo mais que esclarecer possa, sem eYeeeão

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Dá-se a presente o valor de R$16.000,00 (desesseis mil reais 7

Termos

Ribei P. Def

01111 AN DR ALV

411 FONT ' IRA

OAB - 163. 1 3/SP

lho de 2004

, j. esta de dOcumentos, D.R.A to.

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6 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACC5RDÃO/DEC/SÃO MONOCRATICA

REGISTRADO(A) SOB N°

11111111111111logglonow ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO N°

538.358.5/0-00, da Comarca da CAPITAL, sendo apelantes MAGDA MAURICÉIA

CERN/1~RO RODRIGUES E OUTROS e apelada FAZENDA DO ESTADO DE

SÃO PAULO.

ACORDAM, em Décima Terceira Câmara de Direito Público do

E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por votação unânime, dar provimento ao

recurso, nos termos do voto do Relator.

Presidiu o julgamento, com voto, o Desembargador FERRAZ

DE ARRUDA e dele participou o Desembargador IVAN SARTORI.

São Paulo, 21 de janeiro de 2009.

BORE I THOMAZ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

2

1 )

VOTO N°: 7.202

APELAÇÃO N°: 538.358.5/0-00

COMARCA: CAPITAL

APELANTES: MAGDA MAURJCÉIA CERMINARO RODRIGUES E OUTROS

APELADA: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Prescrição do fundo do direito. Pedido ainda não apreciado na esfera administrativa. Inocorrência. Reconhecimento da prescrição qüinqüenal. Preliminar afastada.

Servidor Público Estadual. Admissão pela Consolidação das Leis do Trabalho. Licença-prêmio. Direito assegurado pelo artigo 129 da Constituição Estadual. Recurso provido.

Ao relatório da r. sentença, aqui adotado, acrescento ter sido

julgada improcedente ação proposta pelas autoras para que lhes fosse reconhecido

direito a licença-prêmio.

Recorrem porque, contratadas pelo regime da Consolidação das

Leis do Trabalho como servidoras do Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto e

tendo cumprido as exigências legais, haveriam de ter direito a licença-prêmio, negada

pela ré, embora seja beneficio previsto no artigo 129 da Constituição Estadual.

Recurso bem processado e respondid(f1s) /91)

1/ /

APELAÇÃO N° 538.3583/0-00 - CAPITAL - VOTO 7.202

É o relatório.


3

Antes do mais, afasto a argüição, trazida pela Fazenda, de que a

ação estaria prescrita ao indicar ter a lesão de direito ocorrido há mais de cinco anos.

Entendo ocorrer prescrição do fundo de direito apenas quando há

busca na esfera administrativa e, indeferida, deixa o interessado de prosseguir nela

judicialmente ou o faz após o lapso qüinqüenal, o que não veio mostrado neste caso.

A pretensão veio apenas nesta ação, o que, segundo remansoso

entendimento pretoriano, afasta o reconhecimento prescricional. Em se tratando de

relação continuada e inexistindo recusa formal da administração ao reconhecimento do

direito pleiteado, a prescrição não atinge o fundo de direito, alcançando, tão-só, as

parcelas vencidas, anteriores ao qüinqüênio da propositura da ação, ou, ainda, não há

falar em prescrição do fundo de direito, se não foi indeferida expressamente, pela

Administração, a pretensão ou o direito reclamado. Neste caso, prescrevem as

prestações anteriores ao qüinqüênio que precede à citação para a ação.

Passo ao mérito.

É pacífico o entendimento jurisprudencial de que o direito à

licença-prêmio atinge não só os chamados servidores estatutários como também todos

os demais funcionários, incluindo os contratados sob regime celetista, por expressa

ordem legal que os equiparou àqueles, sejam, ou não, da Administração direta, sejam

servidores de autarquias estaduais.

E essa incidência, na melhor exegese do disposto no artigo 129 da

Constituição Estadual, atinge não só os chamados servidores estatutário bém

todos os demais funcionários, incluindo os contratados pelo regime • Consol ação das

Leis do Trabalho, por não haver distinção legal. É a dicção do igo 20 , IV, da- Lei

APELAÇÃO N° 538.358.5/0-00 - CAPITAL - VOTO 7.202

Nem se argumente ser programática a norma d

Constituição Federal, daí ser aplicável apenas com o advento de le

inexistente. O certo é que as autoras não podem ficar alijadas do

39 da

a, ainda

pedido na

APELAÇÃO IN` 538.358.5/0-00 - CAPITAL - VOTO 7.202


4

Complementar Estadual 180/78 ao dispor que, para os seus fins, passam a ser

considerados servidores também os admitidos nos termos da legislação trabalhista.

Conclusão óbvia é a de que se passou a considerar servidor todo

aquele admitido mesmo fora do regime estatutário, inclusive em caráter temporário, nos

termos do artigo 1°, da Lei n° 500/74, e também outros admitidos em outros termos de

legislação, inclusive a trabalhista, como se dá no caso em análise.

Deu-se idêntico regime, pois, aos temporários, extranumerários,

interinos e celetistas, para que todos fossem e sejam considerados servidores, inclusive

os autárquicos.

Ao ser dada essa identidade de tratamento, nada se restringiu

quanto a vencimentos e demais benefícios, aí incluída a licença-prêmio, dês que

completados os requisitos próprios a ela, presentes na situação funcional das autoras. É

o revelho anexim de não poder o intérprete distinguir se a lei nada distinguiu.

Acrescenta-se ter boa cabida a assertiva de que a Lei Complementar 180/78, ao trazer os

contratados pela CLT para idêntico tratamento de todo e qualquer servidor público

estadual, foi recepcionada pelas Constituições Federal e Estadual e encontra-se em

pleno vigor por não ter sido alterada em qualquer dos tópicos interessantes às autoras.

Insta assinalar que o reconhecimento do direito de servidores não

é infringente de preceitos da Constituição Federal, mas é apenas reconhecer esse direito,

posto na legislação estadual e na Constituição do Estado de São Paulo, sempre

recepcionadas por aquela, mesmo porque em nada a contrariam.

Com essas considerações, e respeitado o

pelo meu voto julgo procedente o pedido para reconhecer o direito

'Voto n° 7 204/06, Apelação n° 425 631 5/0

APELAÇÃO N° 538.3585/0-00 - CAPITAL - VOTO 7.202

ento a quo,

toras à-licença-


5

if

inicial, pois não mais se pode falar em tratamento jurídico diverso para tantos quantos,

servidores ou funcionários, trabalhem para o Estado -Administração direta-, ou para o

Estado -Administração indireta-, sob pena aí sim de infringência constitucional.

Também não é caso de se exigir mandado de injunção para pôr

aquele dispositivo constitucional em vigência; é caso apenas de se dar plena eficácia ao

chamado regime único dos servidores públicos do Estado.

Esse preceito, repete-se, não faz qualquer distinção; logo, não

cabe ao intérprete -rectius a ré- distinguir. Como a Constituição Estadual iguala a todos,

dando-lhes igualdade jurídica, ou seja, tratamento igual a todos, todos ficam iguais e as

autoras fazem jus ao pleiteado.

Vale realçar, de v. acórdão relatado pelo Eminente

Desembargador RUI STOCO I : os adicionais que decorrem do tempo de serviço do

servidor e chamados ex facto temporis são concedidos não em razão da qualificação

jurídica ou ingresso do servidor no Serviço Público, mas em razão do tempo em que a

este serviu e a licença prêmio traduz a premiação do servidor que durante cinco anos

lenha mantido exercício ininterrupto e se pautado pela lisura comportamental, indene,

nesse período, a penas de caráter disciplinar.

Esse beneficio, em suma, nada tem a ver com o regime jurídico

do servidor ou mesmo com sua qualificação jurídica a se concluir pelo beneficio da

licença-prêmio em prol das autoras.


6

prêmio, desde que preenchidos os demais requisitos e considerando-se sempre o lapso

prescricional nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação.

Invertidos os ônus da sucumbência, fixo a honorária em 10%

sobre o valor da condenação, a termo do artigo 20, §§3° e 4° do Código de Processo

Civil, agora a cargo da ré.

Dou provimento ao recurso.

APELAÇÃO 538358.5/0-00 - CAPITAL - VOTO 7.202


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACORDAO/DECISÃO MONOCRATICA

REGISTRADO(A) SOB N°

1111111111111111(li,j1,11[1!1111.1111 1111111111111

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO N° 538.358.5/1-01, da Comarca da CAPITAL, sendo embargantes

e reciprocamente embargados FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e

MAGDA MAURICÉ1A CERMINARO RODRIGUES E OUTROS.

ACORDAM, em Décima Terceira Câmara de Direito Público do

E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por votação unânime, rejeitar os

embargos da Fazenda e acolher o dos autores, nos termos do voto do Relator.

Presidiu o julgamento, com voto, o Desembargador FERRAZ

DE ARRUDA e dele participou o Desembargador IVAN SARTORI.

São Paulo, 29 de abril de 2009.


2

VOTO N°: 7,945

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N°: 538.358.5/1-01

COMARCA: CAPITAL

EM B A RGA NTES E RECIPROCAMENTE EMBARGADOS: FAZENDA DO

ESTADO DE SÃO PAULO e MAGDA MAURICÉIA CERMINARO RODRIGUES E:

OUTROS

Recurso — Embargos de declaração — Mexistência de omissão, contradição ou obscuridade na conclusão do acórdão — Descabimento — Critério para fixação de verba honorária -Embargos da Fazenda rejeitados, acolhidos os dos autores.

Embargos de declaração interpostos em face do v. acórdão visto a

fls. 100/105.

Vêm os embargos da Fazenda com denúncia de incompetência

absoluta da Justiça Estadual para o julgamento da matéria, ante o contido no artigo 114,

1 da Constituição Federal.

O recurso dos autores vem com denúncia de contradição quanto à

fixação da verba honorária, vez que o pedido é declaratório, não condenatório.

Recurso bem processado.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NI° 538.358.5/1-01 - CAPITAL - .945

A dúvida que enseja a declaração não é a dúvida subjetiva. residente ta

do embargante. mas aquela objetiva, resultante da ambigüidade,


3

É o Relatório.

Não há razão nos argumentos da Fazenda.

Não há vício de competência, por não se inserir a matéria em

qualquer daquelas de competência da Justiça do Trabalho, porque compete à Justiça

Comum Estadual o processo e julgamento das ações em que servidor publico discute

beneficio de natureza estatutária, previsto em lei estadual.

No mais, a hipótese dos autos não está prevista em qualquer dos

incisos do artigo 114 da Constituição Federal, com as alterações trazidas pela Emenda

Constitucional 45/04, pois não se origina da relação de trabalho, por buscar-se

pagamento de beneficio (licença-prêmio) previsto em lei, não em normas da

Consolidação das Leis do Trabalho.

Com efeito, o beneficio não está contemplado na Consolidação

das Leis do Trabalho, mas sim no Estatuto dos Funcionários Públicos, dai haver

competência desta justiça comum para a análise da ação.

Busca-se a infringéncia do julgado, que somente poderá ocorrer

por recurso outro, não por embargos de declaração, que se prestam a sanar eventual

omissão, obscuridade ou contradição no v. acórdão, de todo inexistentes.

Nesse passo, vale lembrar lição do C. Supremo Tribunal Federal:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N° 538358.5/1-01 - CAPITAL - VOTí 7.945


4

indeterminação das proposições. inibidoras da apreensão do sentido', não ocorrentes

no caso em voga.

Por outro lado, há razão nos argumentos dos autores, pois houve

reconhecimento do direito à licença prêmio, sem implicar condenação pecuniária, dai

porque fixo a verba honorária em 10% sobre o valor atualizado da causa no dia do

efetivo pagamento, a termo do artigo 20, §4" do Código de Processo Civil, que não nega

vigência ao seu parágrafo terceiro.

quanto já julgado.

Observo que a declaração acima não traz cunho modificativo ao

Rejeito os embargos da Fazenda e acolho o dos autores.

BORELLI O AZ

elator

1 Agravo de 1[1.4i-umente n" 90 344, Rd Min Rafael Mayer, tu RTJ 105/1047 Repetido, no mesmo sentido, Recurso Exiniordinario n" 94 988, Rei Mm Moreira Alves, ia RTJ 104/360

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N° 538.358,5/1-01 - CAPITAL - VOTO 7.445

Data de disponibilização: 11/06/2015 - Órgão Judicial: DJSP - CADERNO 3 JUDICIAL Ia INSTÂNCIA CAPITAL. Fórum Hely Lopes / 12' Vara da Fazenda Pública

EDITAL DE INTIMACAO DE ADVOGADOS RELACAO N 0329/2015 (fisica)Processo 0033931-93.2004.8.26.0053 (053.04.033931-1) - Procedimento Ordinario - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros - Fazenda Publica do Estado de Sao Paulo - Vistos. Fls. 174: intime-se a Fazenda Publica do Estado de Sao Paulo pela imprensa, para cumprimento da obrigacao de fazer no prazo de 60 (sessenta) dias. Apos, apresente a executada os informes necessarios a liquidacao dos calculos no prazo de 30 (trinta) dias. Int. - ADV: CYNTHIA POLLYANNA DE FARIA FRANCO (OAB 171103/SP), ANITA MARIA VAZ DE LIMA MARCHIORI KELLER (OAB 87821/SP), ANDRE ALVES FONTES TEIXEIRA (OAB 163413/SP)

fls. 1

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Z

INTERESSADO(A) : MAGDA MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES E OUTROS

EXECUÇÃO DE SENTENÇA : OBRIGAÇÃO DE FAZER

AUTOS DE PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N° 0033931-93.2004.8.26.0053 — 12a VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 60 DIAS

Secretaria/Órgão/Entidade onde se dará o cumprimento: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Ilustríssimo Senhor Procurador-Chefe da ia Sub-PJ,

A Fazenda Estadual foi intimada para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE

FAZER, no prazo de 60 dias, decorrente de condenação para apostilar o direito dos

autores, servidores públicos da Secretaria da Saúde, ao benefício da licença prêmio,

conquanto satisfeitos os requisitos dos artigos 209 e seguintes da Lei n° 10.61/68, a ser

verificado administrativamente, e o gozo a depender da Administração, com o

correspondente apostilamento a cada período aquisitivo que se complementar, respeitado

o lapso temporal de cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação, conforme consta nos v.

acórdãos retro acostados, cuja decisão judicial transitou em julgado.

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2004.01.023096

São Paulo, 15 de jun de 2015.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Dessa forma, proponho formação do PJF e consequente

encaminhamento do presente expediente à SES Secretaria de Estado da Saúde,

competente para o cumprimento da obrigação de fazer nele contida.

À superior apreciação.

STELA RIS A FURTADO

Procurada-, do Estado

OAB/SP N° 139.166 (em substituição ao Dr. Paulo André Lopes

Pontes Caldas, OAB/SP no 300.921 — BANCA 11D)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

2,5

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria Jurídica da Pasta,

apensamos ao processo 001/0941/023.096/2004 o processo de n° 001/0001/002.763/2015.

Devidamente providenciado, encaminhe-se à unidade supra.

e-,

Maria da Glorii Garcia Saraiva Diretor I

CPEA/Protocolo

MGGS/Inhi

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls 26 J(

N° DO PROCESSO 001/0941/023.096/2004

DATA DE ENTRADA: 02/ 07 /2015

DISTRIBUIDO AO DR(a): Nuhad

EM 02/ 07 / 2015 _ _

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n°: 001/0941/023.096/2004 (Apenso n° 001/0001/002.763/2015).

Interessado: MAGDA MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES E OUTROS.

(Ação Judicial n° 0033931-93.2004.8.26.0053 da 12' Vara da Fazenda Pública da Capital — Banca: 11-H).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 03 de julho de 2015.

NUHAD SAID OLIVER

Procuradora do tado Chefe da

Consultoria Jurídica

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Stela Cristina Furtado @ PGE 17/09/2015 16:20

Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE, cc:

Assunto: Enc: Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros

Texto da Mensagem

Caro Orlando, boa tarde,

Segue abaixo no anexo a qualificação dos autores, conforme solicitado.

Att.,

STELA C. FURTADO (em substituição ao DR. PAULO ANDRÉ LOPES PONTES CALDAS (BANCA 11D)

ny, 20150917161719.pdf Repassado por Stela Cristina Furtado/PGE/BR em 17/09/2015 16:18

De: Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE, Cc: Stela Cristina Furtado/PGE/BR@PGE Data: 14/09/2015 18:52 Assunto: Enc: Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros

Prezado Sr. Orlando, boa noite.

A diligência solicitada está sendo providenciada pela Dra. Stela, que nos lê por cópia.

PAULO ANDRÉ LOPES PONTES CALDAS PROCURADOR DO ESTADO - PJ1 Tel.: (11) 3130-9051

Repassado por Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR em 14/09/2015 18:48

De: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE Para: Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR@PGE, Data: 08/09/2015 14:46 Assunto: Enc: Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros

Prezado Dr. Paulo

Gostaria de saber se já existe uma posição sobre o caso.

Grato pela atenção.

Orlando Delgado Fernandes Diretor Técnico II - CLP Secretaria da Saúde Encaminhado por Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR em 08/09/2015 14:45

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Stela Cristina Furtado @ PGE 03/08/2015 14:32

Repassado por Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR em 14/09/2015 18:48

De: Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR Para: Stela Cristina Furtado/PGE/BR@PGE, Data: 03/08/2015 21:12 Assunto: Re: Enc: Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e

outros

Oi Stela, boa noite!

Salvo engano, eu acho que esta diligência ainda é decorrência da substituição, pois no PJF não constam os números dos RG's dos autores, conforme informado no notes da Saúde. Qualquer dúvida eu estou à disposição. Abraços,

PAULO ANDRÉ LOPES PONTES CALDAS PROCURADOR DO ESTADO - PJ1 Tel.: (11) 3130-9051

Stela Cristina Furtado Caro Paulo, boa tarde, Recebi o notes abaix... 03/08/2015 14:31:25

De: Stela Cristina Furtado/PGE/BR Para: Paulo André Lopes Pontes Caldas/PGE/BR@PGE, Data: 03/08/2015 14:31 Assunto: Enc: Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros

Caro Paulo, boa tarde,

Recebi o notes abaixo nas minhas férias e como não sei se você já recebeu a mensagem, a encaminho, pois se trata de processa da sua Banca.

Att.,

STELA C. FURTADO Repassado por Stela Cristina Furtado/PGE/BR em 03/08/2015 14:30

De:

Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE Para:

Stela Cristina Furtado/PGE/BR@PGE, Data:

16/07/2015 16:08 Assunto:

Proc. Ord. 0033931-93.2004.8.26.0053 - Magda Mauriceia Cerminaro Rodrigues e outros

Prezada Dra. Stela

Venho pelo presente, solicitar a gentileza de que nos seja fornecida procuração dos coautores da ação, tendo em vista que na petição inicial consta apenas o nome dos envolvidos sem o número do R.G., o que dificulta a identificação dos mesmos, tendo em vista os homônimos.

Desde já grato pela atenção.

Orlando Delgado Fernandes Diretor Técnico II - CLP Secretaria da Saúde

30

TEIXEIRA &TEIXEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

INDRE ALVES FONTE TEIXEIRA ALOYSIO JOSÉ VELLOSO TEIXEIRA

OS/SI' 163.113

OAR/SP 25.165

Rua Visconde de - ej. 701 — Cenuo - CEP. 11 010-100 — Tel/Far: (16) 632-5510 - Ribeirão Preto -

EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 12a VARA DA _FAZENDA PÚBLICA DE SÃO

PAULO, CAPITAL:

PI-0CE3SO /10 2014/053.04.033931-1

tIN!: • Mg■Irlá` .1....1,11,14112C1~

.;*

MAGDA. MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES,

bY-asjeÀra,

stadual,

691. .377/SOL / 034.91 ,

e ntpêoi:tadera do RG- na ::idade de

Ribeirão L'reto, neste Estado, na Av: Guilhermina Cunha Coelho, h'

MO, casa G-12, City Ribeirão, CEP- 14.021-520, admitida em

01/11/1988; MARIA IZILDA TAVARES PINI, brasileira, casada, servidora

publica estaduai, portadora do

RG-6.437.750/SSP/S e CPF

011.776.328/45, residente na ciciado de

Ribeirão Preto, neste estadc),

na Rua: Minas, n' 877, Campos Elíseos, CEP-14.085-410, admitida em

/99:7 RITA DE CÁSSIA DE OLIVEIRA MATIAS, bra.zileira, casada,

i38.852.39B/ii.,

residente no Li1:_o H.:: ,,, f---

estado, na Rua: Major Francisco Gândra, n' 5l4, Ceni_.ro, CE-1,1.11-

000, admitida em 03/03/1993, por seu

advogado infra-assinado, nos

autos da A.2-f1+,5)01RIA, que move em face da FAZENDA PÚBLICA DO

ESTADO DE SÃO PAULO, vêm, respeitosamente, à presença de V.Ey.a., informar a qualificação das Autoras, bem como reiterar o

requerimento de justiça gratuita,

observando as formalidades de

estilo.

feito. Pede deferimeito.

Ribeirão Preio, 5 de abril de 2005.

ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA

OAB/ P 163.413

Termos estes, requer o prosseguimento do

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. 32

GGP/CLP

INTERESSADO:

ASSUNTO:

PROCESSO N°. 001/0941/023.096/2004 (AP N°. 001/0001/002.763/2015)

MAGDA MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES E OUTROS

AÇÃO ORDINÁRIA 1 6 CUT ?015

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de Recursos

Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista de

decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n° 0033931-93.2004.8.26.0053

(12a Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F n.° 2004.01.023096 e AP. n.°

001/0001/002.763/2015, em nome de MAGDA MAURICEIA CERMINARO RODRIGUES

E OUTROS, que os interessados (contracapa) fazem jus ao "reconhecimento do direito ao

benefício da Licença Prêmio, correspondente a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos de

efetivo exercício e sem mais de 30 (trinta) interrupções ou penalidades administrativas,

que deverá ser apostilado, ficando o gozo no deferimento discricionário da

Administração, respeitada a prescrição quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu

16/12/2004)."

CLP, em 6 de outubro de 2015.

ORLANDO DO FERNANDES DIRE • R TÉCNICO II

JM

teixeira teixeira advogados associados (22 · cons-:iincional dos servidores da administração...

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