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05/08/2013 1 Tema: O Contexto Histórico do Capitalismo Industrial Professora: Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes Tema 1: O Contexto Histórico do Capitalismo Industrial. Objetivos: •Entender o modo de produção capitalista. • Co mpreender a sociedade capitalista a partir de alguns conceitos. Ide nti ficar as cla sses soc iai s pro duzidas pel o capitalismo. O conteúdo procur a respon der a indaga ção se em alg um moment o o Ser viç o Social des env olv eu formas peculiares de práticas ou se, ao contrário, limito u-se a ser sempr e o modo de aparecer típico do capitalismo, por ele engendrado e desenvolvido.

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  • 05/08/2013

    1

    Tema: O Contexto Histrico do Capitalismo Industrial

    Professora: Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

    Tema 1: O Contexto Histrico do Capitalismo Industrial.

    Objetivos:

    Entender o modo de produo capitalista.

    Compreender a sociedade capitalista a partir de

    alguns conceitos.

    Identificar as classes sociais produzidas pelo

    capitalismo.

    O contedo procura responder a indagao se em

    algum momento o Servio Social desenvolveu

    formas peculiares de prticas ou se, ao contrrio,

    limitou-se a ser sempre o modo de aparecer tpico

    do capitalismo, por ele engendrado e desenvolvido.

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    Capitalismo industrial e polarizao social

    As trs vertentes importantes para

    compreendermos o Capitalismo como categoria

    histrica.

    Capitalismo industrial e polarizao social

    A primeira desenvolvida por Werner Sombart, que

    considera o termo definido como uma sntese de

    esprito empreendedor e racional (MARTINELLI,

    2011, p. 27) numa aluso ao surgimento do

    capitalismo como um processo de organizao

    idealista de uma nova configurao apenas

    econmica.

    Capitalismo industrial e polarizao social

    J a segunda defendida pela Escola Histrica Alem

    defende o carter de sistema comercial do

    capitalismo (MARTINELLI, 2011, p. 28) referindo-

    se exclusivamente ao movimento entre mercado e

    lucro prprios do capitalismo.

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    Capitalismo industrial e polarizao social

    A ltima vertente fundada no pensamento

    marxista configurado na defesa de que o capital

    uma relao social e o capitalismo um determinado

    modo de produo, marcado no apenas pela troca

    monetria, mas essencialmente pela dominao do

    processo de produo pelo capital (MARTINELLI,

    2011, p. 29).

    O capitalismo apresenta as trs vertentes:

    1 - uma sntese de esprito

    empreendedor e racional (formas e relaes

    econmicas);

    2 - situa-o como uma forma de

    organizao da produo que se move entre

    o mercado e o lucro (uso da moeda);

    3 - a essncia do capitalismo deixa de ser

    buscada na natureza das transaes monetrias

    (modo de produo).

    importante ressaltar que ser adotada esta

    terceira vertente para auxiliar no entendimento

    dos processos diante dos quais a sociedade se

    altera e o Servio Social se constitui no seu

    interior.

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    O modo de produo

    Uma forma especifica e peculiar de relaes

    sociais entre os homens, e entre estes so as

    foras produtivas, relaes mediatizadas pela

    posse privada dos meios de produo.

    Evoluo histrica

    Pens-la a partir da organizao do trabalho:

    Artesanal - sociedade feudal, o trabalhador

    conhecia todo o processo de construo da sua

    obra. Manufatureiro acelerao da produo

    para atender aos mercados.

    Industrial o operrio conhece somente a

    parte que executa e no todo o processo do

    trabalho.

    Capitalismo industrial e polarizao Social

    O capitalismo moderno comeou com a Revoluo

    Industrial e as chamadas revolues burguesas.

    O Capitalismo, segundo seus defensores, o meio

    mais eficiente e eficaz de prosperidade,

    desenvolvimento e eliminao de pobreza nas

    sociedades.

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    Importante!

    Nas sociedades medievais, com sua economia

    natural, as relaes de troca eram simples, e tal

    subordinao no ocorria de forma contratual, e

    muito menos compulsiva. (MARTINELLI, 2007,

    p.31)

    Dica Profissional

    Entender a trajetria

    histrica do capitalismo

    base fundamental para

    compreenso do objeto de

    estudo do Servio Social.

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    Importante!

    Para o proletariado, a ascenso do capitalismo

    significava a explorao de suas prprias vidas, o

    dilaceramento de sua histria. Martinelli ( 2011, p.

    37)

    As leis

    A Lei do Assentamento 1563 impedia os

    trabalhadores de mudarem de aldeia sem

    permisso do senhor local.

    As leis

    A Lei dos pobres de 1597, declarava

    indigente e retirava o direito de cidadania

    econmica daqueles que fossem atendidos pelo

    sistema de assistncia pblica.

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    Declarao dos Direitos do Homem e

    do Cidado 1789 estabelece os princpios

    sobre os quais deveria se assentar a nova

    sociedade, despertou muitos ideais de luta,

    porm os trabalhadores constituam um grupo

    bastante heterogneo e ainda sem conscincia

    de classe, fase. Martinelli (2011, 35)

    O modo de produo exigia a concentrao dos

    trabalhadores em um espao especfico: a fbrica,

    a indstria, locus da concentrao da produo,

    tendo em vista a expanso do capital. A mquina a

    vapor e o tear mecnico tornaram-se os

    verdadeiros deuses dos capitalistas, e a fbrica, o

    seu templo. Martinelli (2011, p. 36)

    Em nome da acumulao do capital ocorre a

    explorao dos operrios, os quais tinham suas

    vidas sacrificadas, com suas mulheres, jovens,

    adultos e crianas.

  • 05/08/2013

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    Ocorre nesse momento uma demanda contnua de

    mo-de-obra para atender ao ritmo da produo

    fabril e, assim, a concentrao da produo leva a

    uma concentrao da populao operria, que,

    passando a viver nos arredores da fbrica, vai

    incrementar o surgimento das cidades industriais,

    como condio necessria do capital. Martinelli

    (2011, p. 36)

    Destaca-se nesse contexto:

    A diviso Social do trabalho;

    Dono do capital;

    Relaes sociais.

    O elemento definidor do capitalismo, seu trao

    distintivo essencial: a posse privada dos meios

    de produo por uma classe e a explorao da

    fora de trabalho daqueles que no os detm

    Martinelli (2011, p. 31)

  • 05/08/2013

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    Trabalhando juntos na fbrica em um processo

    de intensa diviso do trabalho, sob rigoroso mando

    do dono do capital, vivendo nas mesmas

    localidades e sofrendo as mesmas agruras da vida

    operria... Martinelli (2011, p. 36)

    ...os trabalhadores comeam a superar a

    heterogeneidade e aos poucos vo definindo e

    assumindo estratgias que configuram a sua forma

    de protesto, a sua recusa a serem destrudos pela

    mquina, devorados pelo capitalismo Martinelli

    (2011, p. 36)

    Toda a sociedade vai se dividindo, cada vez mais,

    em dois grandes campos inimigos, em duas

    grandes classes, que se enfrentam diretamente: a

    burguesia e o proletariado. Martinelli ( 2011,

    p. 37)

  • 05/08/2013

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    A expresso material e concreta de tais

    antagonismos ser a luta de classes, instituindo-se

    como um verdadeiro signo das relaes entre

    burguesia e proletariado.

    Ponto para Reflexo

    Quais so as expresses da

    questes sociais e sua

    correlao com nosso

    estudo?

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    Questo 2 Caderno de Atividades:

    Analisando dois fragmentos (ambos retirados de

    Martinelli, 2011, p.31):

    Qual a relao entre os dois fragmentos,

    discutindo quais sistemas de produo ela se

    refere e o contexto social destes.

    ... a posse privada dos meios de produo por

    uma classe e a explorao da fora de trabalho

    daqueles que no os detm.

    O primeiro fragmento faz referncia ao capitalismo e a

    dominao social, poltica e econmica da burguesia

    sobre os proletrios, o que configurava um sistema de

    explorao.

    Nas sociedades medievais, com economia

    natural, as relaes de troca eram simples, e tal

    subordinao no ocorria de forma contratual e,

    muito menos compulsiva.

  • 05/08/2013

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    R: Questo 2: No segundo, a autora refora o fato de

    que as relaes de troca existiam, desde o feudalismo,

    mas os valores atribudos eram diferentes. As

    mercadorias tinha valorao amenizada pelas trocas

    sem a explorao social, onde era possvel a

    sobrevivncia sem a dominao pelo mercado.

    Questo 10 caderno de atividades: MARTINELLI (2011,

    p.42) afirma que a valorizao do mundo das coisas

    correspondeu desvalorizao do mundo do homem.

    A fora da vida, criadora de valores humanos, foi

    tragada pela mercadoria, smbolo do capital.

    Relacione esta passagem com o desenvolvimento das

    condies de trabalho a partir da Revoluo Industrial e

    da expanso do Capitalismo Industrial.

  • 05/08/2013

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    R: Questo 10: O desenvolvimento do Capitalismo

    Industrial reforou o que antes j acontecia nas

    relaes sociais. Desde a vertente mercantilista do

    capitalismo, a supremacia da mercadoria j se

    estabelece. Ela ocupa lugar de destaque e passa a ser

    mais importante que o prprio homem que a produziu.

    R: Questo 10: Com o advento das mquinas esta

    relao se refora, visto que o homem deixa de ser

    visto como comprometido e produtor/conhecedor

    desta mercadoria.

    R: Questo 10: A fora da mquina se sobrepe esta

    fora criadora que a autora fala. A capacidade

    produtiva (mesmo que no criativa) da mquina

    ressalta-se diante da pouca produo do trabalho

    artesanal, que passa a ser desvalorizado. Com isso o

    homem vai aos poucos perdendo seu espao de

    dominador, para a importncia crescente da

    mercadoria.

  • 05/08/2013

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    Concluso

    Com a ascenso do capitalismo e o crescimento

    das indstrias, as condies de vida e de trabalho

    dos assalariados vo se tornando cada vez mais

    precrias e essa situao desencadeia contradies

    que se estendem no interior do prprio

    desenvolvimento do capitalismo, j reconhecido

    aqui na sua vertente industrial.

    Uma caracterstica marcante deste perodo a

    polarizao social, marcada por lutas e movimentos

    de enfrentamento entre burguesia e os proletrios .

    Prximo Tema

    Tema 2: O Contexto Histrico do Capitalismo

    Industrial ser trabalhado

    A ascenso do capitalismo e manifestaes

    operrias;

    A marcha do proletariado e a contramarcha da

    burguesia: o surgimento do Servio Social