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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” TELEMARKETING Janete Rocha Frazão Petrungaro Orientador: Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

TELEMARKETING

Janete Rocha Frazão Petrungaro

Orientador: Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro

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2002

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

TELEMARKETING

Janete Rocha Frazão Petrungaro

Trabalho monográfico apresentado

como requisito parcial para obtenção

do grau em Reengenharia e Gestão

de Recursos Humanos.

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Rio de Janeiro

2002

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

TELEMARKETING

Trabalho monográfico apresentado

como requisito parcial para obtenção

do grau em Reengenharia e Gestão

de Recursos Humanos.

Autor:

_____________________________

Aprovado por

:______________________

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Rio de Janeiro

2002

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

TELEMARKETING

OBJETIVO:

Apresentar um resumo técnico da prática

de atendimento telefônico que mais se

expande nas empresas nacionais e inter-

nacionais.

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V

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, pela sua infinita graça e misericórdia, que

me permitiu chegar até aqui, renovando as minhas forças nos momentos de

desânimo. Graças a ti, hoje eu sou uma pessoa muito feliz.

A meu esposo Ricardo pela força e principalmente, nos momentos de

cansaço. Obrigada, Ricardo por todos os sacrifícios que você fez para que

hoje, nós pudéssemos ter uma vida melhor.

A minhas amigas, Jô e Neide que durante este ano me ensinaram a

seguir. Valeu, amigas pelos abraços, pelas broncas e por, simplesmente, me

ouvirem.

As minhas filhas Débora e Daiane pelo carinho e compreensão, a mi-

nha sobrinha Alessandra pelo incentivo e por acreditar no meu potencial. E, a

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VI

Rita, que apesar de toda sua sabedoria sempre trata a todos com tanta sim-

plicidade. Obrigada, pela força.

RESUMO

Este trabalho é baseado em informações sobre a profissão Telemar-

keting, suas formas de comunicação, postura, características próprias, profis-

sionalismo, dinâmica e evolução, de maneira técnica e imparcial a partir das

informações prestadas pelos profissionais de telemarketing das empresas

que tive oportunidade de conhecer dentro do estágio e fundamentado por uma

literatura também específica sobre o assunto.

É importante dizer que nos baseamos numa profissão relativamente

nova e promissora no mercado, que vem se modificando ao longo dos anos

numa velocidade assustadoramente rápida, sendo cada vez mais aperfeiçoa-

da e utilizada por empresas de qualquer porte e trabalhadores autônomos.

Pode-se notar que o Telemarketing é uma forma inovadora de comu-

nicação, que obtém um retorno muito maior na produtividade, e evidenciando,

em alguns casos, a eficiência tornando versátil o mundo dos negócios.

Esta profissão teve seu início nos anos 70 nos Estados Unidos e che-

gou ao Brasil nos meados da década de 80, utilizando em sua maioria, mulhe-

res no atendimento.

O atender não é simplesmente prestar informações de uma forma iso-

lada. Envolve planejamento, monitoração, controle, execução, técnicas postu-

rais e vocais, além do entendimento correto de sua utilização por parte da em-

presa e pelos funcionários que desenvolvem suas atividades.

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VII

SUMÁRIO PÁG. 1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................... 09

2 - DEFINIÇÕES ........................................................................................ 11

3 - COMUNICAÇÃO ................................................................................. 17

3.1 - A arte de Escutar ........................................................................ 18

3.1.1 - A forma e não a expressão ............................................. 18 3.1.2 - Cuidado com as transferências ...................................... 18

3.1.3 - Concentrar-se nas idéias .................................................. 19

3.1.4 - O uso da inteligência emocional ...................................... 19 3.1.5 - Não interrompa o cliente .................................................. 19

3.1.6 – Resistir às distrações ...................................................... 20

3.1.7 - Ser empático .................................................................... 20

3.1.8 - Evite preconceitos e preferências .................................... 20

3.2 - Saber Falar ................................................................................. 21

3.2.1 - Clareza de expressão ...................................................... 21

3.2.2 - Intensidade da voz .......................................................... 21

3.2.3 - Modulação da voz ........................................................... 21

3.2.4 - Velocidade da fala ........................................................... 22

3.3 - Barreiras na Comunicação Telefônica ........................................ 23

3.4 - Importância da Fonoaudiologia .................................................... 23

3.5 - Como se Estabelece a Comunicação ........................................... 24

4 - POSTURA .......................................................................................... 25

4.1 - Bons Hábitos ................................................................................. 25

4.2 - Atendimento ................................................................................. 26

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VIII

4.3 - Vícios a serem evitados ................................................................. 27

5 - O DIA-A-DIA DO OPERADOR ............................................................... 29

5.1 - Antes de iniciar as ligações ........................................................... 29

5.2 - Durante a chamada ........................................................................ 29

5.3 - Após efetuar as ligações ............................................................... 30

6 - CRITÉRIO COM O CLIENTE ................................................................. 31

7 - SCRIPT ............................................................................................... 33

8 - CONCLUSÃO ...................................................................................... 36

9 - BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 37

ANEXOS .................................................................................................... 38

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I - INTRODUÇÃO

A história nos conta que quando o telefone era apenas um fone na

ponta de um fio de 150 metros, em 1876, o seu inventor, Alexander Grahan

Bell (1847-1922), escocês, naturalizado americano, tentava sem sucesso di-

vulgar o seu invento na Feira do Centenário da Independência Americana.

Nessa ocasião, nosso Imperador D. Pedro II, ao ouvir Bell recitar Shakespeare

ao telefone, não se conteve e bradou: “Meu DEUS, isso fala!!!”. A partir da-

quele momento o telefone começou a se tornar conhecido e valorizado – um

cobiçado objeto de consumo.

Poucas pessoas sabem que Bell, também, inventou o 1º terminal para

computadores. A integração perfeita do telefone com o computador, desper-

tou os gênios da informática para sofisticadas técnicas de comunicação com-

putadorizada. A palavra telefone forma-se do elemento tele (longe, ao longe,

distante) e do radical fonia (que traduz a idéia de som – claro e forte). O tele-

fone permitiu a comunicação entre pessoas em pontos afastados.

Quando inaugurado, em 1879, todas as chamadas eram feitas com a

intermediação de uma operadora, que completava a ligação/conexão com a

linha apropriada ou diretamente com o número ou através de uma central

quando solicitado. Com a evolução científico-tecnológica, o telefone sofreu

transformações físicas e operacionais (manivela, disco, tecla, sem fio, celular,

fibra ótica, ...) e passou a possibilitar a praticidade da comunicação a longa

distância e com retorno imediato.

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A cada instante, o telefone torna-se mais importante e vital pela simul-

taneidade nas comunicações, o que proporciona, sem perda de tempo e opor-

tunidade, reações e respostas imediatas – fatores decisivos para o planeja-

mento controle e fechamento de negócios.

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2 - DEFINIÇÃO

Marketing é a arte de conquistar e manter clientes, satisfazendo suas

necessidades por meio do produto/serviço que você está oferecendo.

“Marketing é o conjunto de atividades que objetivam fazer as mercado-

rias ou serviços passarem do vendedor para o comprador. Marketing é pro-

paganda, é distribuição; é a roupa que as pessoas usam dentro da empresa –

uniformes, logotipos, ou qualquer coisa que as identifique, e à empresa – ou

ainda, qualquer tipo de padrão visual que a empresa tenha. É a personalidade

ativa que leva a empresa a obter resultados. 1

Marketing Direto é uma evolução do marketing que permite atingir os

clientes ou os “prospects” de forma dirigida e individualizada, com a grande

vantagem de medir os resultados e obter respostas diretas, podendo funcionar

como um canal extremamente eficiente. Transforma-se em Uma base de da-

dos para saber quem comprou, quem pagou, como pagou, onde mora, com

quem essa gente quer negociar, o que negociar, ou seja, o perfil do cliente pa-

ra oferecer o benefícios exato que o atenda.

Telemarketing é o diálogo em tempo real a distância, de forma padro-

nizada e sistemática (sistema porque envolve planejamento, execução e con-

trole constante), com intuito de estreitar relacionamentos e realizar negócios.

Esta prática divide-se em ativo e receptivo.

1 Borges, Pio. O Mapa da Mina. Áudio Book, p.14.

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Telemarketing Ativo, é quando a iniciativa parte da empresa para a

obtenção de novos clientes. De uma forma mais simples, é a empresa quem

procura pelo cliente. Essa prática exige um certo cuidado, porque as empre-

sas tem conhecimento que o cliente só está com 20% (vinte por cento) de sua

atenção voltada para o operador. É necessário um excelente banco de dados

para que as ofertas sejam compatíveis com o perfil dos prospects e inadmis-

sível pegar uma lista telefônica e sair ligando sem nenhum critério, desconhe-

cendo totalmente o perfil do interlocutor. No telemarketing ativo a ênfase é o

recurso humano.

Telemarketing Receptivo, também conhecido como “in-bound”. O re-

ceptivo geralmente está associado a outras mídias (TV, rádio, mala direta,

outdoor etc.) ou a qualquer tipo de publicidade que divulgue um número de te-

lefone, podendo ser 0800 (ligação gratuita), 0300, 0500, 0900, 4444 (ligações

pagas mediante tarifa própria) ou ainda, um número seqüencial de fácil memo-

rização, exemplo: 2534-4333 (O Globo). O cliente, neste caso, está com 80%

(oitenta por cento) motivado a comprar, a ouvir, perguntar, pedir informação ou

mesmo reclamar de alguma coisa. No telemarketing receptivo a ênfase é no

sistema telefônico.

Telemarketing Misto, é quando a empresa pratica tanto ativo quanto

receptivo, com equipes de operadores separadas, portanto diferentes. Nada

mais é do que a distribuição separada das equipes ativas e receptivas, porém

possuindo as duas equipes dentro da empresa.

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Já o Telemarketing Híbrido, é quando a mesma equipe executa as

funções do telemarketing ativo e receptivo, no mesmo ambiente e simultanea-

mente. O dimensionamento do sistema telefônico é fundamental para o suces-

so de uma operação receptiva. Muitas vezes perde-se todo o investimento de-

vido à falta de um simples cálculo para descobrir o número necessário de li-

nhas e de operadores. É preciso entender como funciona a mídia utilizada e o

índice de retorno esperado.

As tendências para o milênio são: marketing de relacionamento, ma-

nutenção de cliente, client share, database marketing, automação da força de

vendas, o poder deslocado para o varejo, comunicações integradas de marke-

ting.

É preciso estudar o mercado e as ofertas devem estar solidamente

embasadas na realidade deste mercado. Antes de lançar qualquer campanha,

é bom verificar se o produto tem chance de ser aceito, se tem algo a ver com o

público-alvo, se o posicionamento frente à concorrência faz sentido e se a a-

bordagem do operador é bem utilizada, se o cliente entende bem a informa-

ção e se ela comunica o que se realmente deseja.

Existem as 12 principais áreas do Telemarketing:

· Venda Ativa e Receptiva · Veiculação

· Promoções · Assistência pós-venda

· Atendimento a Reclamações · Compras

· Apoio a vendas externas · Suporte à rede varejista

· Orientação e informação ao consumidor · Autorização de Crédito

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· Cobrança · Pesquisa

Existe um mito de que telemarketing é vender por telefone, da mesma

forma com que há alguns anos se confundia vendas com marketing. Segundo

Peter Drucker, "na realidade, a venda e o marketing são antíteses e não si-

nônimos ou complementações". (Peter F. Drucker, Management: Talks,

Responsabilities, Practices, New York, Harper & Row, 1973, pp. 64 e 65).

Empresas brasileiras já operam nas 12 principais áreas do telemarketing com

absoluto sucesso. Vejamos a seguir quais são elas:

1 – Venda Ativa e Receptiva: também conhecida como Televendas. É uma

das aplicações do telemarketing mais utiliza-

da pelas empresas dos mais diversos ramos

de atividade.

2 – Promoções: são feitas por telefone para lançar ou promover produ-

tos/serviços, com ou sem a utilização de outras mídias.

3 – Atendimento a reclamações: é uma aplicação do telemarketing nor-

malmente absorvida pelo SAC (Serviço

de Atendimento ao Cliente).

4 – Apoio a vendas externas: essa área do telemarketing proporciona à

equipe de vendas de campo contatos “quen-

tes” através de agendamentos de visitas

com pessoas certas (decisores). Além dis-

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so, desempenha uma variedade de funções

de apoio, tais como qualificação de leads,

verificação de posição de crédito, controle

de entrega ou recebimento de pedidos etc.

5 – Orientação e informação ao consumidor: é também uma área absorvi-

da pelo SAC.

6 – Cobrança: é uma das etapas do telemarketing que necessita de prepa-

ração específica para este fim e linguagem adequada para

cada caso.

7 – Veiculação: normalmente é feita pelo telemarketing associado a outras

mídias, como forma de transmitir, propagar e difundir o pro-

duto/serviço.

8 – Assistência pós-venda: é muito importante que se faça um acompanha-

mento, após a venda de um produto ou a pres-

tação de um serviço, para verificar o grau de

satisfação do cliente e corrigir possíveis falhas,

estreitar relacionamentos, conquistando a fide-

lização.

9 – Compras: o operador que lida com compras necessita desenvolver habi-

lidades inerentes à função, tais como: conhecimento profundo

do mercado, das tendências e do produto; criatividade; domí-

nio das técnicas de negociação.

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10 – Suporte à rede varejista: é conseguido através de: implantação de te-

levendas para recepção dos pedidos de lo-

jas; serviço de assistência técnica para o

varejo atender com qualidade e tempo real

o consumidor.

11 – Autorização de crédito: são as ligações feitas para empresas especia-

lizadas nesse campo para liberação de crédito

(financeiras, bancos comerciais, telecheque

etc.).

12 – Pesquisa: é utilizada para atingir vários objetivos, dentes os quais: medir

a satisfação do cliente quanto ao atendimento eletrônico e

da Central; lançamentos de produtos/serviços visando verifi-

car a aceitação do público; pesquisa política etc.

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3 - COMUNICAÇÃO

A comunicação Telefônica eficaz é uma habilidade especial que, co-

mo qualquer outra, pode ser: aprendida, melhorada, exercitada e aperfeiçoa-

da.

Por telefone, o lado que tiver os argumentos mais fortes costuma con-

vencer. Uma conclusão evidente é que a venda por telefone, por exemplo, tor-

na-se bem mais simples quando se está preparado com vantagens que so-

brepujem as possíveis objeções.

Quando conseguimos nos concentrar no conteúdo do que a pessoa

diz, nossas interpretações são mais exatas. Isso mostra a extrema importân-

cia de prestarmos atenção no que o cliente fala. Os operadores de telemarke-

ting sinceros, prestativos e interessados obterão a atenção dos clientes com

maior facilidade.

A comunicação é um processo de troca que permite ao ser humano

compreender e ser compreendido. Numa conversa, é importante verificar se a

pessoa com quem estamos falando está decodificando a mensagem. É o que

chamamos de feedback (retorno, retroalimentação). É necessário saber se o

receptor está entendendo exatamente a idéia que queremos transmitir. A co-

municação decorre de uma percepção seletiva: as pessoas tendem a ouvir e

registrar apenas aquilo que lhes interessa, desprezando o que consideram

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irrelevante. Se as pessoas se mostrarem capazes de conversar com clareza,

de modo completo, sem perda de qualidade, a comunicação se tornará efici-

ente, mesmo que ocorra informação imprecisa.

O conhecimento do produto também inclui manter-se atualizado em re-

lação às tendências do Mercado. Existe uma grande diferença entre ouvir e

escutar; num processo de comunicação é imprescindível escutar o cliente,

porque ouvir nada mais é do que a capacidade física de captar sons, enquanto

escutar é o entendimento e a compreensão do que ouvimos.

3.1- A arte de Escutar

3.1.1 – A forma e não a expressão

Quando atendemos pessoas de regiões diferentes da nossa, com so-

taques estranhos, sentimo-nos impulsionados a prestar mais atenção em co-

mo eles se expressam do que no conteúdo que os trouxe até nós.

3.1.2 – Cuidado com as transferências

Vamos imaginar que o operador teve uma professora que não consi-

derava os alunos, irritava-se com facilidade; os alunos tinham pavor de escutá-

la e sua voz era estridente e irritante. Por coincidência, este operador atende

uma cliente com aquela mesma voz; inconscientemente pode acontecer um

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processo de transferência e o mesmo ficar predisposto a tratar esse cliente

com certa hostilidade, prejudicando o processo de comunicação.

3.1.3 – Concentrar-se nas idéias

Muitas vezes o cliente chega até nós com idéias obscuras sobre o que

ele quer. Neste caso é muito importante que nossa concentração esteja total-

mente voltada ao cliente para que possamos entendê-lo e ajudá-lo no que for

preciso.

3.1.4 – O uso da inteligência emocional

Às vezes perdemos o controle com alguns clientes irritados e levamos

suas agressões para o lado pessoal. Façamos constantemente uso do resig-

nificado, transformando situações negativas em positivas, entendendo que, na

maioria dos casos, a irritabilidade do cliente é com algo que o desagradou na

empresa e não com a pessoa que o atendeu.

3.1.5 – Não interrompa o cliente

Existem pessoas que pensam ter bola de cristal: ao ouvir alguém falar

algo que lhes é familiar ou que não queiram escutar, imediatamente se mani-

festam interrompendo o interlocutor, antecipando-se ao que ele ia dizer, afir-

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mando: “Já sei o que você vai falar”, cortando o diálogo de forma deselegante

e abrupta.

Há pessoas com alto grau de ansiedade, que interrompem os outros

com muita facilidade, tornando-se geralmente um “chato”.

3.1.6 – Resistir às distrações

Precisamos resistir e prestar atenção ao que fazemos no momento

em que a comunicação se inicia, a concentração é fundamental para que o

raciocínio não se perca.

3.1.7 – Ser empático

Procure entender o ponto de vista do cliente; é fundamental inverter os

papéis, colocar-se no lugar dele, para que a compreensão torne-se mais fácil.

3.1.8 – Evite preconceitos e preferências

Se você tem preconceito contra o sotaque carioca, nordestino, sulista

etc., não os hostilize por isso. As preferências também são tão prejudiciais

quanto os preconceitos. Quando descobrimos que um cliente é nascido na

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mesma cidade que a nossa, a tendência é tratá-lo com maior prazer e privilé-

gio, quando, na realidade, devemos agir dessa forma com todos os clientes.

3.2 - Saber Falar

3.2.1 – Clareza de expressão

A pessoa que transmite informações deve comunicar sua idéia de

forma clara, pronunciando bem as palavras e fazendo pausa a cada sentença.

3.2.2 – Intensidade da voz

Para falar bem, empregue a intensidade adequada da voz, o suficiente

para que a outra pessoa entenda o que está sendo dito. Não deve ser nem

tão alta que assuste, nem tão baixa que crie dificuldades a quem nos ouça. A

voz deve ser suave e natural, boa para ouvir.

3.2.3 – Modulação da voz

Procure variar a entonação de sua voz. Pessoas gostam de falar com

pessoas e não com máquinas. Através de entonações mais graves ou agu-

das, uma mesma palavra pode transmitir emoções diferentes. Os sons graves

são mais vigorosos e sérios, enquanto os agudos são alegres e vivos. Use a

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combinação dos dois para enfatizar idéias e argumentos. Uma voz com mo-

dulação certa é estimulante.

3.2.4 – Velocidade da fala

Use a velocidade correta; falar muito rápido pode causar mal-

entendimentos.

Não confunda ser breve e objetivo com ser veloz. Fale em uma veloci-

dade regular de conversação, pois a velocidade muito lenta é um problema:

sua voz soará monótona e fará com que pareça enfadonho e sem entusiasmo.

Além de saber escutar e falar, é necessário que o operador desenvol-

va as seguintes habilidades:

- Domínio completo do vocabulário – saiba usar e pronunciar bem

as palavras, adequando-as corretamente às frases. Para tanto é in-

dispensável que o operador cultive o hábito de leitura (jornais, revistas

e publicações da área em que atua).

- Elaboração de perguntas-chaves – existem várias maneiras de se

fazer perguntas, dependendo da situação e das respostas que preci-

samos obter. Sugiro a utilização correta das perguntas:

Abertas – Iniciam-se com palavras como, quando, onde, qual, quem,

o que etc. Não permitindo Sim ou Não como resposta.

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Fechadas – Permitem Sim ou Não como resposta. São ideais para

forçar a decisão.

Alternativas – Deixam o cliente na situação de ter que optar por algu-

ma das alternativas dadas.

3.3 - Barreiras na Comunicação Telefônica

A – Uma das partes (ou ambas) não consegue ouvir a outra por pro-

blema na ligação;

B – Inabilidade do interlocutor para emitir ou transmitir mensagens;

C – Termos com significados distintos pela cultura ou região;

D – Ruído na comunicação significando que algum termo, nome ou

parte da frase não é inteligível. É necessário re-expressar, soletrar ou falar

pausadamente;

E – Palavras e termos que abrangem significados variados não pos-

sibilitam na comunicação.

3.4 - A importância da Fonoaudiologia

Para que operador tenha uma comunicação eficaz, é necessário tam-

bém fazer uso da fonoaudiologia, que não só previne e trata dos distúrbios da

comunicação oral e escrita, como também trabalha em direção a um “opti-

mum” em linguagem, fala e voz.

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Detectamos que sem o necessário preparo específico, algumas pes-

soas sobrecarregam o aparelho fonador, adquirindo problemas de voz e, mui-

tas vezes, alterações na respiração e outros. Isto pode ser evitado através de

medidas extremamente simples.

Nota-se grande carência de informação e de serviços preventivos

nesta área de trabalho que cresce dia a dia em importância e eficiência.

3.5 - Como se estabelece a comunicação

A mensagem guardada no cérebro do emissor chega ao receptor a-

través de um código fonético que será transmitido através da voz.

O receptor ouve a mensagem e tenta decodificá-la. Ao fazê-lo, envia

uma resposta. Desta forma se estabelece a comunicação.

A mensagem que queremos enviar encontra-se em nosso cérebro em

forma de palavras, imagens, cheiros, sabores e faz parte do nosso pensamen-

to, de nossa linguagem interior.

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4 – POSTURA

A voz transmite personalidade ao telefone. O cliente pode sentir se

você está sorrindo, feliz, interessado em atendê-lo e, o mais importante, per-

cebe quando você não quer falar com ele.

Se conseguirmos estabelecer um bom relacionamento com os clien-

tes, poderemos evitar uma série de desentendimentos. Trabalhe suas atitudes

e técnicas ao telefone a cada dia.

4.1 - Bons Hábitos

Organização:

Prepare-se para cada ligação planejando as chamadas com antece-

dência e tendo todas as informações necessárias. Ficar perdido no momento

da argumentação demonstra desorganização;

Faça de cada ligação um ato de aprendizado; qualquer contato agre-

ga maiores conhecimentos a respeito do cliente e de você mesmo;

Conheça bem o trabalho, a empresa, os produtos e concorrentes. À

medida que você dominar esses conhecimentos, será capaz de utilizar o script

;

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Tenha seu material à mão; saiba consultar o arquivo e todas as infor-

mações que necessitar;

Verifique os detalhes importantes. Ao final de cada chamada, confira

o nome, o endereço, código, telefone e, principalmente, o pedido. Não deixe

nada ao acaso.

4.2 - Atendimento

Atenda prontamente de forma clara, natural, agradável e sorridente.

Demonstre senso de urgência. Tenha sempre à mão lápis e papel, para pos-

síveis anotações, ou digite os dados, caso o sistema permita;

Identifique-se com seu nome, sem necessidade de dizer “alô”. Isso e-

vita perguntas desnecessárias;

Esteja apto pra o atendimento a todo o instante;

Mantenha a mente aberta: a ligação pode tomar rumos que conduzam

a oportunidades inesperadas;

Capte os detalhes principais que permitirão atingir o objetivo da liga-

ção;

Responda as questões diretamente, e, quando não tiver as respostas,

diga a verdade e comprometa-se a retornar o mais rápido possível;

Mostre os benefícios do produto, não só as características;

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Procure pelo específico. Certifique-se de que você obteve respostas

específicas às perguntas que fez. Uma resposta geral pode não lhe ser o mais

recomendável;

Mantenha as mãos livres; utiliza-se o “Head Set”. Tenha uma postura

adequada;

Desenvolva técnicas para escutar;

Pratique a empatia colocando-se no lugar do cliente, procurando en-

tender seu raciocínio, usando a mesma lógica;

Tenha sempre uma atitude proativa, positiva. Seja alegre e vibrante.

Recomece cada chamada com a mesma atitude;

Seja sempre você, com postura profissional adequada e atitude posi-

tiva. Evite artificialismo, agindo com naturalidade, sem empostar a voz;

Antecipe-se ao problema. Use frases proativas de apoio: “Posso a-

judá-lo?” ou “O que posso fazer pelo senhor?”;

Se você não entender algo, pergunte. As pessoas gostam muito de

demonstrar conhecimento. Aproveite essa característica humana, benefician-

do-se das vantagens que ela trará para o seu negócio;

Agradeça. O bom operador demonstra profissionalismo através de

uma postura cordial e respeitosa;

Persista e você vencerá.

4.3 - Vícios a serem evitados

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Comer, mascar chiclete ou fumar quando estiver falando ao telefone;

Monopolizar a conversa, tomando atitudes autoritárias;

Recomendar produtos ou serviços que não satisfaçam as necessida-

des do cliente;

Discutir, mesmo que mentalmente;

Gírias: Pô! Peraí! Falo! Ta legal! Tudo em cima! Ta limpo! Sem chan-

ce! Oi, cara! Tudo jóia?! Tchau, Tchau! Etc.;

Tratar com intimidade: Querido! Minha flor! Meu amor! Chuchu! Benzi-

nho! Gata! Paixão! Etc.;

Expressões repetitivas: Então tá, então! Sabe! Né! Ta! Hum! Ham!

Etc.;

Condicionais: Poderia; faria; gostaria; queria; se o senhor quisesse;

Palavras Negativas: Problemas; atraso; nunca; impossível; prejuízo;

custo; dificuldade etc.;

Diminutivos: Ligadinha; precinho; minutinho; passadinha etc.;

Expressões que transmitam insegurança: Eu acho que... Pode ser

que... Talvez... Não sei; bem... etc.;

Perder tempo com papo furado;

Prometer o impossível. Quando se promete mais do que se está auto-

rizado, faz-se necessário uma nova chamada para informar da impossibilidade

de cumprir o prometido. Isso é muito embaraçoso.

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5 – O DIA-A-DIA DO OPERADOR

5.1- Antes de iniciar as ligações

Faça o planejamento, reunindo todos os dados disponíveis sobre o

“prospects”: ramo de atividade, principais necessidades, horário de atendi-

mento etc.

Tenha objetivos bem definidos;

Conheça o produto, o mercado e as tendências;

Esteja apto a responder prontamente as indagações feitas;

Mantenha-se constantemente informado, pois isso lhe ajudará nos fe-

chamentos dos negócios;

Verifique se está de posse de todos os materiais necessários: lista de

preços, folhetos promocionais, bloco de anotações etc.;

Identifique o potencial de compra do “prospect”, para evitar os riscos

de oferecer algo que ultrapasse seu limite de crédito;

Esteja sempre bem humorado e confiante.

5.2 - Durante a chamada

Diga seu nome e a que empresa pertence;

Chame a atenção do cliente, fazendo comentários que despertem inte-

resse;

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Procure a concordância do cliente às suas afirmações, usando o pró-

prio produto ou serviço;

Peça permissão para continuar;

Faça perguntas bem estruturadas e escute as respostas;

Exponha corretamente o produto/serviço, destacando as vantagens e

benefícios relacionados às necessidades do cliente;

Aceite objeções, não as encare como interrupções: elas significam

que o cliente está interessado, mas precisa de sua ajuda para resolver a difi-

culdade apresentada;

Separe objeções de pretextos; converta-as em perguntas;

Valorize o produto/serviço frente às objeções;

Siga diretamente da objeção superada para o fechamento.

5.3 - Após efetuar as ligações

Faça resumo do telefonema para seu arquivo;

Guarde as lições tiradas dos casos bem sucedidos;

Identifique as causas do fracasso, caso exista;

Faça o acompanhamento de tudo o que foi decidido.

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6 - CRITÉRIO COM O CLIENTE

Colocamos todos os tipos de clientes existentes para uma melhor i-

dentificação dele, suas necessidades e a abordagem ideal:

Cliente Adiador - Transforme o projeto de compra desse cliente num

assunto urgente. Procure mostrar vantagens para a compra ser imediata. A-

presente o maior número de argumentos possíveis e repita os essenciais até

que ele decida. Dê-lhe coragem para a decisão.

Cliente Antagonista – Seja paciente. Mostre que você gosta dele e o

respeita. Demonstre como o produto/serviço vai trazer os resultados que ele

necessita.

Cliente Apático – Tente tirá-lo dessa apatia, despertando-o para a

compra. Dê-lhe informações precisas e reais sobre o produto/serviços, condi-

ções, prazo, preço etc. Com segurança e conhecimento você poderá entusi-

asmá-lo para a compra.

Cliente Calado – Seja persistente e procure conquistar sua simpatia.

Faça-o falar perguntando-lhe o que acha de determinado assunto e use per-

guntas abertas. Utilize entusiasmo e vibração para equilibrar o diálogo.

Cliente Curioso – Mate sua curiosidade, satisfaça seu desejo, mas

guarde um ótimo argumento final para efetuar o fechamento.

Cliente Desatencioso – Resuma as vantagens e reforce os benefícios,

faça-o sentir-se dono do produto.

Cliente Despreocupado – Tenha calma, fale com cautela prendendo

sua atenção. Sonde com perguntas abertas.

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Cliente Exagerado – Acredite nele e alimente seu ego com fortes elo-

gios.

Cliente Executivo – Seja objetivo sem desperdiçar o tempo dele. A-

presente somente os fatos e não suas opiniões. Seja firme e rápido.

Cliente Exigente – Entusiasme-o com o perfil do produto/serviço. A-

tente para os mínimos detalhes, além de um cliente constante terá também um

amigo.

Cliente Falador – Inicialmente deixe-o falar, faça-lhe perguntas ligadas

ao produto. Capte suas necessidades e use-as como motivo de fechamento.

Cliente Humilde – Dê muita atenção ao que ele diz. Faça elogios sin-

ceros e não fale muito alto.

Cliente Indeciso – Ajude-o na decisão, faça-o falar e conduza-o sua-

vemente ao fechamento. Pergunte-lhe quais os pontos que não estão claros,

quais as partes em que se sente inseguro e esclareça quaisquer dúvidas exis-

tentes.

Cliente Insatisfeito – O operador precisa de discernimento para com-

preender que o problema não é com ele e sim com a empresa. Jamais leve

para o lado pessoal, saiba escutar. O mais importante nessa fase é deixar o

cliente falar; evite interrompê-lo. Faça anotações enquanto o cliente for deta-

lhando o problema ou reclamação. Quando falar, fale firme e de forma objeti-

va; descreva o que você compreendeu e confirme todos os dados. Adote uma

atitude semi-neutra: não rejeite o cliente, mostre solidariedade ao escutá-lo,

respeite-o e peça desculpas em nome da empresa.

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7 – SCRIPT

O objetivo do script é orientar o operador no processo de abordagem,

argumentação, contorno de objeções e fechamento. Permite padronizar a lin-

guagem, agilizar negócios e manter a qualidade dos contatos. Existem dois

tipos de script:

- Guideline;

- Passo a passo.

O script guideline é apenas um roteiro utilizado pelos operadores mais

experientes, contendo:

- Conceito dos produtos/serviços;

- Aspectos mais importantes;

- Palavras-chaves.

O script passo a passo é utilizado pelos operadores novatos, conten-

do a produção fiel do diálogo telefônico, permitido:

- Maior segurança ao operador;

- Maior número de contatos;

- Melhor performance individual;

- Que fatores emocionais não interfiram no diálogo.

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Questões que precedem a elaboração do script:

- Quem toma a decisão?

- Como chegar até o decisor?

- Como criar interesse pelo produto/serviço?

- como levantar os dados que determinam as necessidades do clien-

te?

- Quais as possíveis objeções e como superá-las?

- Como fazer o fechamento?

Características do Script

Curto o suficiente para que o cliente não perca o interesse e o opera-

dor consiga fazer a abordagem argumentando de modo preciso e completo.

Planejamento

- Conhecimento do produto/serviço;

- Conhecimento do concorrente;

- Sincronia de todos os departamentos envolvidos

- Horários de ligação.

Ética na elaboração do Script

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- Apresentação da empresa e do operador;

- Exposição de objetivos;

- Ofertas honestas e claras;

- Fornecer prazos, preços, condições de pagamento e taxas extras pa-

ra frete;

- Permissividade.

Obs.: Consta da página 7 do Código de Princípios de Conduta Ética,

desenvolvido pela Associação Brasileira de Telemarketing – ABT, o seguinte:

“Saber respeitar a privacidade das pessoas é importante e fundamental”.

- Contato só deve ser feito após as 8h e não deve ultrapassar as

21h30m, exceto mediante pedido ou autorização.

- Cuidado especial deve ser tomado aos sábado (das 9h às 18h).

- Aos domingos e feriados não deve ser realizada nenhuma forma de

telemarketing ativo.

8 - CONCLUSÃO

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Evoluindo como máquina de comunicação, o telefone alcançou um sta-

tus de indispensável no mundo dos negócios. Aliado ao marketing, transfor-

mou-se em ferramenta de venda e acompanhamento a clientes, transforman-

do-se no telemarketing. Desenvolver uma atividade ativa - venda -, ou recepti-

va - atendimento a clientes -, depende basicamente do que a empresa espera

com o uso desta ferramenta, porém, vale salientar que em qualquer uma das

áreas a que se destine, o operador de telemarketing (profissional que estará

desenvolvendo as atividades de atendente) deve estar comprometido com a

empresa no escutar, compreender, saciar e suprir as necessidades e desejos

do cliente, com atenção e profissionalismo.

Para que isso aconteça de maneira clara, a empresa deve preocupar-

se na qualidade do que oferece junto a seus operadores. Saber falar, só, não

basta. É imperioso o conhecimento de seus produtos/serviços, concorrência e

demais funções por parte da empresa, para que ruídos não interfiram em um

desenvolvimento improdutivo no telefone.

Atividade desgastante para o operador, ela deve ser acompanhada de

perto, não só no que se oferece em termos de telemarketing, mas principal-

mente o como se oferece isso, analisando a postura e interesse no funcionário

em transmitir as informações/venda, com uso de um roteiro sucinto, não exce-

dendo o que deva ser dito.

O objetivo deste trabalho foi computar estas informações como um ma-

nual na busca de qualidade em atendimento telefônico.

9 - BIBLIOGRAFIA

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2000.

AMORIM, LUIZ, Por Que Os Vendedores Não Vendem Mais. 2a. ed. São Pau-

lo: Editora Lis Gráfica Editora Ltda.,1985.

MONTEIRO, Ana Maria Moreira, TELEMARKETING Sucesso nos Negócios.

3ª ed. São Paulo: Editora AM3.

SANCHES, Liane, (tradução de Luiz Euclides Trindade Frazão Filho) – MÁ-

QUINA DE VENDER. 4ª ed. Campos-RJ: Editora Campus.