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Temas Específicos da Câmara Municipal à Luz do TCE

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Temas Específicos da Câmara Municipal à Luz

do TCE

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação

e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras,

câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e

empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-

learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Certificados de Participação

- Tira-dúvidas após a realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Corpo docente especializado e atuante na área

- Atendimento personalizado

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Material de apoio de qualidade

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno) onde será disponibilizado o certificado

de participação para impressão, grade programática, apostila digitalizada, material

complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat com

outros alunos e contato direto com professores.

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Público Alvo

- Servidores públicos municipais (secretários, diretores, contadores, advogados,

controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos,

tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao

Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 41, com estrutura apropriada para realização de

vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos,

alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e

responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da

transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse

fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos e notas de avaliação dos alunos, todas as

certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos

serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com

rigoroso critério define seu corpo docente.

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Missão

Preparar os servidores municipais, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais

e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto

para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade

proporcionando satisfação aos seus alunos e equipe de colaboradores.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO!

BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 Sede Própria: Rua Desembargador Clotário Portugal, n° 39, Centro.

www.unipublicabrasil.com.br

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Programação

Temas Específicos da Câmara Municipal à Luz do TCE

1 Da Gestão de pessoal:

a) folga no dia do aniversário do servidor

b) banco de horas

c) bolsa de estudos

d) jornada e expediente

e) equiparação

f) creche para os filhos

g) pensão homoafetiva

h) planos de saúde e odontológicos

i) desvio de função

j) nepotismo

k) “ficha limpa” municipal

l) acúmulo de cargos

m) funções gratificadas

n) auxilio alimentação

2 Diversos:

a) diárias

b) despesas com transporte

c) comissão de licitações (composição)

d) negociar com parentes de vereadores

e) terceirizações

f) celulares

g) portal da transparência

h) órgão oficial

i) vereador servidor

j) impedidos em participar de concurso

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Professor:

Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração

Pública e Direito Constitucional

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1

TEMAS ESPECÍFICOS DA CÂMARA

MUNICIPAL À LUZ DO TCE

Jonias de O. e Silva

1 Da Gestão de pessoal:

1.1Folga no dia do aniversário do servidor

“ACORDAM os Desembargadores integrantes do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do

Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em julgar procedente o pedido formulado na

presente Ação Direta de Inconstitucionalidade, paradeclarar a inconstitucionalidade da Lei nº

674, de 14.06.2002, do Município de Paula Freitas nos termos do presente voto. EMENTA:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL QUE CONCEDE

FOLGA REMUNERADA A SERVIDOR NO DIA DE SEU ANIVERSÁRIO -

INICIATIVA DA CÂMARA DE VEREADORES - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO

CHEFE DO PODER EXECUTIVO - OFENSA AOS ART. 61, § 1º, II, A DA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E AO ART. 66, I DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO

DO PARANÁ - VÍCIO FORMAL INSANÁVEL - INCONSTITUCIONALIDADE

CONFIGURADA - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.”

In Processo: 132488-3 (Acórdão) - Relator(a): Mendonça de Anunciação - Órgão Especial -

Comarca: União da Vitória - Data do Julgamento: 03/10/2003

1.2 Banco de horas

“EMENTA: CONSULTA - SOBRE A INSTITUIÇÃO DE BANCO DE HORAS - REGIME

ESTATUTÁRIO NO MUNICÍPIO - POSSIBILIDADE, DESDE QUE HAJA PRÉVIO

ESTUDO ACERCA DA NECESSIDADE E VIABILIDADE, ALÉM DE

REGULAMENTAÇÃO POR LEI ESPECÍFICA. RELATÓRIO”

In Acórdão 895/2006 do Tribunal Pleno DO TCEPR - Decisão proferida em 29/06/2006,

publicado no AOTC nº 57/2006, publicada na Revista do TCE-PR nº 158, sobre o processo

313208/2005, a respeito de BANCO DE HORAS; Origem: Câmara Municipal de Mallet;

Interessado: Presidente da Câmara Municipal; Relator: Conselheiro Fernando Augusto

Mello Guimarães.

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1.3 Bolsa de estudos

In TCEPR - PROCESSO Nº: 329478/09

ASSUNTO: DENÚNCIA

ENTIDADE: CÂMARA MUNICIPAL DE FLORESTA

INTERESSADO: ROGERIO PEREIRA MENDES

ADVOGADO: ALCENIR ANTONIO BARETTA (OAB/PR 46241), JOSÉ

BUZATO(OAB/PR 6480)

RELATOR: CONSELHEIRO CORREGEDOR-GERAL NESTOR BAPTISTA

ACÓRDÃO Nº 4136/12 - Tribunal Pleno

“Denúncia – Poder Legislativo – Contratações – Irregularidades

- 1. Pós-graduação – Pagamento – Inexistência de Autorização

legislativa – 2. Serviços jurídicos – Existência de cargo de

advogado no quadro, não preenchido – Procedência, para o fim

de recomendar que seja criada lei prevendo a possibilidade de

pagamento de cursos de aperfeiçoamento para os servidores,

com a devida regulamentação, e para aplicar a multa prevista

no artigo 87, V, “a”, da Lei Orgânica, ao Sr. Moisés Dias, em

razão da contratação de assessoria jurídica após a edição do

Prejulgado nº 6.”

1.4 Jornada e expediente

A jornada dos servidores municipais deverá ser definida em lei local, não podendo

ultrapassar às 44 horas semanais e 8 diárias (ou 6, quando de turnos ininterruptos) limitadas

na Constituição Federal (art. 7º, XIII e XIV).

Segundo as decisões predominantes no Poder Judiciário, as jornadas reduzidas

indicadas por leis regulamentadoras de profissões específicas não são aplicáveis aos

servidores municipais, pois eles são submetidos à legislação local, com fundamento na

autonomia municipal (art. 30, I, da CF) e pelo princípio da legalidade (art. 37, caput, da CF).

Todavia, caso a caso, é possível verificar se a atividade clama por redução de

jornada, por segurança ou proteção à saúde do servidor.

De toda maneira, vale destacar que o gestor possui certa discricionariedade (liberdade

de decidir) para fixar o cumprimento da jornada.

E a escolha do expediente de cada servidor deverá obedecer aos princípios aplicáveis,

em especial impessoalidade, moralidade e razoabilidade.

Podendo ser tratado de forma normal (padrão de horários) ou especial (expediente

diferenciado), desde que razoável e justificadamente.

1.4.1 – Acúmulo – mais que 8 por dia

“DECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores integrantes da Quinta Câmara Cível

do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em dar parcial

provimento à apelação interposta por MARLI RICHARDZ PAULI, para conceder

parcialmente a segurança e reconhecer o seu direito a acumular os cargos de Auxiliar de

Saúde Bucal e Técnica de Saúde Bucal. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE

SEGURANÇA.ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS.PROFISSIONAL DA SAÚDE.

REQUISITOS DO ART.37, INCISO XVI, DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL.PREENCHIDOS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS VERIFICADA.

ILEGALIDADE DO ATO PROIBITIVO.PRETENSÃO DE RECEBIMENTO DE

VENCIMENTOS DESDE A IMPETRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.ENRIQUECIMENTO

SEM CAUSA.1. No caso da acumulação remunerada de cargos públicos, a Constituição

Federal não traz nenhuma restrição quanto ao número total de horas diárias ou semanais

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a serem suportados pelo profissional, nos termos da regra do art. 37, inciso XVI, da

Constituição da República de 1988.2. Quando ainda não houver sido nomeado e empossado o

funcionário público, este não tem direito a receber os vencimentos retroativos à prolação

definitiva da sentença.RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.”

In TJPR - Processo: 1021945-5 - Relator(a): Nilson Mizuta - 5ª Câmara Cível -

Julgamento: 11/06/2013

“DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores integrantes da Quarta Câmara Cível do

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer e negar

provimento ao presente recurso de agravo de instrumento, nos termos do voto da

Desembargadora Relatora. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO

ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO C/C DANO MORAL C/C PEDIDO DE

LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INSURGÊNCIA CONTRA A DECISÃO

QUE INDEFERIU O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA PARA

SUSPENDER PROCESSO ADMINISTRATIVO RESULTOU NA EXONERAÇÃO DO

CARGO DE AUXILIAR DE ENFERMAGEM, EM RAZÃO DA ACUMULAÇÃO DE

CARGOS PÚBLICOS. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. INCOMPATIBILIDADE

DE HORÁRIOS.CARGA HORÁRIA QUE ULTRAPASSARIA 70 (SETENTA) HORAS

SEMANAIS. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 273 DO CPC. NÃO

DEMONSTRAÇÃO DA VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES E DO FUNDADO

RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL. PRECEDENTES. DECISÃO MANTIDA.

RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”

In TJPR - Processo: 1103254-3 - Relator(a): Lélia SamardãGiacomet - Órgão Julgador: 4ª

Câmara Cível - Julgamento: 03/12/2013

1.4.2 – ampliação da jornada

In TCEPR - PROCESSO Nº: 465320/10

ASSUNTO: CONSULTA

ENTIDADE: MUNICÍPIO DE BARBOSA FERRAZ

INTERESSADO: ARQUIMEDES GASPAROTTO

RELATOR: CONSELHEIRO ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO

ACÓRDÃO Nº 439/11 - Tribunal Pleno

“Ementa: Consulta. Observados os requisitos do art. 169

da Constituição Federal, lei ordinária de iniciativa do

Chefe do Poder Executivo pode aumentar a carga

horária semanal e proporcionalmente a remuneração dos

servidores afetados pela medida. A nova retribuição será

considerada para o cálculo de aposentadoria, nos termos

do art. 1º, da Lei Federal nº 10.887/2002 c/c o art. 40, §§

1º, 3º e 17 da Constiuição Federal.”

1.4.3 – Jornadas especiais (telefonista)

“Assim, os funcionários deverão se submeter ao Estatuto dos Servidores Públicos do Paraná

(Lei 6174/70), sendo possível a Administração estabelecer a carga horária de trabalho,

respeitando o limite máximo legal, não havendo que se falar em sujeição à CLT.

Quanto ao Decreto 4345/2005 que aumentou a carga horária a ser laborada pela

recorrente, esta Corte tem se manifestado reiteradamente pela sua aplicabilidade, não

havendo que se falar em ilegalidade no tocante à exigência do cumprimento da jornada de

trabalho de 40 horas semanais.”

In TJPR – APEL. CÍVEL Nº 973816-9 - RELATOR: Doutor Fábio André Santos Muniz - 04

de dezembro de 2012

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1.4.4 – Jornadas especiais (técnicos de laboratório)

“Os Técnicos de Laboratório não possuem legislação federal específica que determine

jornada de trabalho diferenciada, como ocorre com outros profissionais da área da saúde.2.

Sendo servidores estatutários estão submetidos às regras do estatuto respectivo - de acordo

com as Leis Estaduais nº 6.174/70 e nº 13.666/02 - sujeitando-se, portanto, a jornada de 8

horas diárias, totalizando 40 horas semanais.”

In TJPR - Processo: 1027410-1 - Relator(a): Nilson Mizuta – Julgador: 5ª Câmara Cível -

Julgamento: 08/10/2013

1.4.5 – Jornadas especiais (assistentes sociais)

“DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores integrantes da Quinta Câmara Cível do

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento ao

recurso, nos termos do voto do Relator. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - OBRIGAÇÃO

DE FAZER - ASSISTENTES SOCIAIS - PRETENSÃO DE REDUÇÃO DE JORNADA

DE TRABALHO PARA 30 HORAS SEMANAIS - INTELIGÊNCIA DA LEI FEDERAL

Nº 12.317/2010 - INVIABILIDADE - LEGISLAÇÃO FEDERAL APLICÁVEL ÀS

RELAÇÕES DE TRABALHO DE ÂMBITO PRIVADO - SERVIDORAS PÚBLICAS

COM VÍNCULO ESTATUTÁRIO - MUNICÍPIO QUE POSSUI AUTONOMIA PARA

LEGISLAR SOBRE A MATÉRIA - ESTATUTO MUNICIPAL DOS SERVIDORES

PÚBLICOS QUE PREVÊ JORNADA SEMANAL DE 40 HORAS - SENTENÇA DE

IMPROCEDÊNCIA CORRETA - APELO DESPROVIDO”.

In TJPR - Processo: 1042906-8 - Relator(a): Paulo Roberto Hapner - Julgador: 5ª Câmara

Cível - Julgamento: 27/08/2013

1.5 Creche para os filhos

In TCEPR - Publicado no AOTC Nº 200 de 22/05/2009

ACÓRDÃO Nº 474/09 - Tribunal Pleno

PROCESSO N º : 144354/09

ORIGEM : GOVERNO DO ESTADO DO PARANA

INTERESSADO : ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA

ASSUNTO : CONSULTA

RELATOR : CONSELHEIRO NESTOR BAPTISTA

“Consulta. Educação Infantil. Repasses de recursosfinanceiros a entidades privadas. Creche

exclusivamentepara Servidores: direito a assistência, contemplado naCF, CE e Lei 6174/90.

Prestação de contas ao TCE porparte da entidade. Pela possibilidade de

repasses,condicionada regulamentação. Prazo de até um ano paraadoção de providências,

sem prejuízo à assistência emandamento.”

1.6 Pensãohomoafetiva

In TCEPR - Publicado no AOTC Nº 221 de 16/10/2009

ACÓRDÃO Nº 1707/09 - Primeira Câmara

PROCESSO N º : 281293/08

ORIGEM : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

MUNICÍPIO DE CURITIBA

INTERESSADO : ADIR RODRIGUES FERREIRA

ASSUNTO : PENSÃO

RELATOR : AUDITOR IVENS ZSCHOERPER LINHARES

“Pensão municipal por morte. União homoafetiva. Decisão favorável desta Corte em consulta

sobre o assunto. Pela legalidade e registro do ato.”

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1.7 Planos de Saúde e Odontológicos

In TCEPR -PROCESSO Nº: 483691/11

ASSUNTO: CONSULTA

ENTIDADE: CÂMARA MUNICIPAL DE FOZ

DO IGUAÇU

INTERESSADO: EDILIO JOÃO DALL´AGNOL

RELATOR: CONSELHEIRO HERMAS

EURIDES BRANDÃO

“Possibilidade de contratação de operadoras privadas de plano de saúde, sempre com a

previsão de contribuição do empregador e do servidor e/ou a concessão de auxílio saúde na

modalidade de ressarcimento parcial, para beneficiar os agentes públicos vinculados à

municipalidade – excluídos os agentes políticos –, desde que observadas as seguintes

condições:

- previsão em lei de iniciativa do Poder Executivo Municipal, por meio da inclusão de

previsão específica no Regime Jurídico Único Municipal, acessível a todos os servidores

públicos municipais;

- prévia dotação orçamentária;

- autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias;

- licitação prévia para contratar com empresas privadas;

- adesão e contribuição voluntárias por parte dos servidores; e

-observância dos limites de despesas com pessoal dos poderes integrantes do Município,

definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pela Constituição da República.”

1.8 Assédio moral

In TJRS - Nº 70028218865

2009/Cível

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL NO.

2.887/2008, DE LAVRAS DO SUL. PROIBIÇÃO DE PRÁTICA DE ASSÉDIO

MORAL NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL. LEI DE

INICIATIVA DO LEGISLATIVO – VÍCIO. INGERÊNCIA DE UM PODER EM

ATIVIDADES PRIVATIVAS DE OUTRO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES E AOS ARTIGOS 8º, 10,

60, II, "B" E "D", DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.AÇÃO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA PROCEDENTE. UNÂNIME.”

1.9 Nepotismo

Súmula vinculante 13, de 21.08.08, do STF:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por

afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma

pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício

de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração

pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a

Constituição Federal.”

In STF - Data de Aprovação: Sessão Plenária de 21/08/2008Fonte de Publicação DJe nº

162/2008, p. 1, em 29/8/2008.DO de 29/8/2008, p. 1.

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1.10 “Ficha limpa” municipal

“DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores integrantes do Órgão Especial do Tribunal de

Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em julgar improcedente a ação.

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 1219/2012, DO

MUNICÍPIO DE VITTORINO.ESTABELECIMENTO DE VEDAÇÃO DE NOMEAÇÃO

DE "FICHA SUJA" PARA CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, NOS CASOS QUE ESPECIFICA. ALEGAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDE FORMAL POR USURPAÇÃO DE INICIATIVA DO

PREFEITO MUNICIPAL, AFRONTANDO O DISPOSTO NO ART. 66, II DA

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.PREPONDERÂNCIA DO PRINCÍPIO 2 MORALIDADE

ADMINISTRATIVA. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE.- Não obstante a existência de

expressa previsão constitucional sobre a iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo

para editar leis que disponham sobre servidores públicos do Poder Executivo, seu regime

jurídico e provimento de cargos (art. 66, II, da Constituição EstaduasCE), a matéria tratada na

lei impugnada está em harmonia com o princípio da moralidade, expressamente consagrado

no art.27, caput, CE.- Por estar a lei hostilizada em perfeita sintonia com o princípio da

moralidade, expressamente previsto na Constituição Estadual, não pode prevalecer o "escudo

da reserva de iniciativa" como óbice a que a Administração Pública observe o princípio da

moralidade, que deve prevalecer sobre o da iniciativa privativa.”

In TJPR - Processo: 988883-3 - Relator(a): Jesus Sarrão - Julgador: Órgão Especial -

Julgamento: 01/04/2013

2 Diversos:

2.1 Diárias para viagens

Resumindo:

1 – COBREM HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

2 – APLICAÇÃO DO PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE,

PROPORCIONALIDADE E MORALIDADE

3 – DEVEM SER LIBERADAS MOTIVADAMENTE (INTERESSE PÚBLICO)

4 – DEPENDEM DE LEI AUTORIZATÓRIA

5 – PODEM SER LIBERADAS PARA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

6 – NÃO PODEM CONFIGURAR “SALÁRIO”

7 – EXIGEM COMPROVAÇÃO DE REALIZAÇÃO DO OBJETIVO

8 – A PARTIR DE 50% DO VALOR DA REMUNERAÇÃO INCIDE IR E INSS

9 – A FIXAÇÃO DO VALOR PODE SER VARIÁVEL DE MUNICÍPIO PARA

MUNICÍPIO

10 – FRAUDE OU SIMULAÇÃO NO PAGAMENTO DE DIÁRIA: ACP ...

2.2 - Conceito de Funções de Confiança

1º As FGs são gratificações pagas pelo desempenho de atividades de chefia, coordenação e

supervisão.

2º Poderão ser pagas apenas aos servidores EFETIVOS (concursados).

3º Deverá ser autorizada por Lei.

4º A lei deverá quantificar e valorar cada FG.

5º Aconselha-se a que a quantidade de FGs tenha correlação com os CCs.

6º Ao corresponder determinado valor de FG, deverá ser analisada a natureza, o grau de

responsabilidade e a complexidade da função a ser exercida.

7º Orienta-se a que os valores fixados para as FGs não ultrapassem 4/5 da verba a título de

vencimentos básicos.

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8º A FG é temporária; transitória.

9º Não perderá a gratificação de função o funcionário que se ausentar em virtude de férias,

luto, casamento, doença comprovada, serviços obrigatórios por lei ou de atribuições

decorrentes de sua função.

10º O desempenho de Função Gratificada exigirá dedicação integral, com carga horária

mínima de 40 (quarenta) horas semanais, e não dará direito a horas extras.

11º Às FGs serão aplicadas as normas referentes ao NEPOTISMO e (se existir previsão em

lei local) à Lei Ficha Limpa...

2.3 Terceirização de Pessoal

2.3.1 Conceito básico

É a transferência de atividades complementares à finalidade do órgão...(de meios e,

não, de fins). A Terceirização proporciona:

a) Economia

b) Eficiência

A terceirização só é autorizada no Poder Público, como contrato de prestação de

serviços e não de pessoal.

2.3.2 Cuidados a serem tomados nas terceirizações:

a) OBJETO: Se se trata de contratação de serviços não-essenciais (meios) e, não, de mão-de-

obra

b) ECONOMICIDADE

c) SUBORDINAÇÃO (não ao ente contratante)

d) LICITAÇÃO

e) GARANTIAS DE EXECUÇÃO

f) ACOMPANHAMENTO DO CONTRATO

g) NO PAGAMENTO:

- comprovação da realização dos serviços

- retenções obrigatórias

- docs. comprobatórios (fiscais – trabalhistas...)

2.3.3 Tipos de serviços que podem ser terceirizados:

a) Limpeza pública (pode)

b) Saúde (depende: apenas se admite a terceirização de determinadas atividades materiais

ligadas ao serviço de saúde)

c) Educação (mesmas regras da saúde)

d) Conservação

e) Limpeza

f) Segurança

g) Vigilância

h) Transportes

i) Informática

j) Copeiragem

k) Recepção

l) Reprografia

m) Telecomunicações

n) Manutenção de prédios, equipamentos e instalações.

o) Serviços de "office-boy“ (através de empresa e licitação)

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2.3.4 Terceirização de advogados e contadores

São permitidas apenas nas exceções indicadas no acórdão 1.111/2008 do TCE/PR e

Prejulgado nº 873 do TCE/SC.

2.4 Acumulação de cargos públicos

A Constituição Federal, no art. 37, XVI, estabelece os casos em que é permitida a

acumulação de cargos, empregos e funções nas administrações direta e indireta, nas empresas

públicas e nas sociedades de economia mista.

Em face da complexidade da matéria e da dificuldade de interpretação do dispositivo

constitucional, o tema tem suscitado muitas dúvidas na administração municipal.

A seguir, apresenta-se, em síntese, a orientação firmada pelos Tribunais de Contas

sobre a matéria.

2.4.1) Cargo de professor com outro cargo técnico ou científico

É permitido ao professor efetivo estadual, atendidos aos preceitos do art. 37, II, da

Constituição Federal, ser nomeado para cargo técnico ou científico no município, havendo

compatibilidade de horário, respeitado o limite da jornada de trabalho fixada no art. 7º, XIII,

combinado com o art. 39, § 3º, ambos da Constituição Federal.

Não é possível ao servidor público que já acumula cargo efetivo de professor com

cargo técnico ou científico receber cumulativamente a remuneraçãode secretário municipal,

ante a vedação do art. 37, XVI e XVII, da Constituição Federal.

2.4.2 Cargo efetivo com cargo de secretário municipal

O servidor público efetivo municipal ocupante de cargo de secretário do mesmo

município, desde que autorizado pela legislação local, pode optar entre a remuneração do

cargo efetivo e o subsídio do cargo de secretário, vedada a percepção cumulativa.

Caso o servidor efetivo municipal opte pelo subsídio legalmente instituído para o

cargo de secretário do mesmo município, somente poderá perceber o valor correspondente ao

subsídio, sem adicional, gratificação ou qualquer outro estipêndio, nos termos do § 4º do art.

39 da Constituição Federal.

2.4.3 Cargo em comissão com cargo efetivo

A Constituição Federal (art. 37, XVI e XVII) não permite a acumulação remunerada

de cargo de provimento efetivo com a de cargo de provimento em comissão.

2.4.4 Dois cargos em comissão

A acumulação remunerada de dois cargos comissionados é vedada pelo art. 37, XVI,

da Constituição Federal.

É incompatível a acumulação de dois cargos em comissão no âmbito da

Administração Pública, quaisquer que sejam os poderes ou esferas por não se enquadrar nas

exceções passíveis de acumulação estabelecidas pelo art. 37, XVI, da Constituição Federal.

2.4.5 Proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo efetivo

É permitido ao servidor inativo retornar ao exercício da função pública, acumulando

proventos e vencimentos nos casos permitidos pelo § 10, do art. 37 da Constituição Federal.

O servidor público aposentado pelo estado ou pelo município, com fundamento no

arts. 40 ou 42 da Constituição Federal, que presta concurso público e é nomeado para ocupar

cargo público municipal, deve optar entre os proventos da aposentadoria e a remuneração do

cargo, em conformidade com o disposto no art. 37, § 10, da Constituição Federal, salvo os

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casos de acumulação previstos nos arts. 37, XVI, 95, parágrafo único, I, e 128, § 5º, II, alínea

d, da Constituição Federal.

2.4.6 Proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo em comissão

É permitido ao servidor público inativo, sem vício de acumulação indevida, exercer

cargo de provimento em comissão acumulando proventos e vencimentos.

2.4.7 Permanência do servidor no cargo ou emprego público após a

aposentadoria

Ao servidor público não é possível, quando se aposenta, continuar exercendo

normalmente suas funções, já que é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,

ressalvando-se a aposentadoria voluntária do empregado de empresa pública ou sociedade de

economia mista.

Na verdade os Tribunais são divididos nesse aspecto.

A Justiça Comum (em especial no Paraná) tem reiterado que tanto faz servidor

celetista como comissionado, devem afastar após a aposentadoria.

A Justiça do Trabalho (federal especializada), reitera que os servidores celetistas não

precisam afastar-se após a aposentação.

2.4.8 Acumulação de cargos com o exercício de mandato eletivo

2.4.8.1 Cargo efetivo com mandato de vereador

O vereador que for investido em cargo público efetivo ou emprego público do estado

ou do município, após aprovação em concurso público, poderá tomar posse no cargo efetivo,

sem prejuízo do mandato de vereador.

O exercício concomitante do cargo público efetivo e do mandato de vereador somente

é possível quando houver compatibilidade de horários.

Neste caso, o vereador poderá acumular as respectivas funções bem como a

remuneração e as demais vantagens do cargo efetivo com o subsídio do mandato.

Não havendo compatibilidade de horários, o agente será afastado do exercício do

cargo ou emprego, sendo-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo ou do

emprego.

2.4.8.2 Cargo comissionado com mandato de vereador

É ilegítimo o exercício concomitante de cargo em comissão pertencente à estrutura do

Poder executivo municipal com o mandato de vereador, em decorrência do princípio da

separação das funções estatais, uma vez que na relação decorrente do cargo comissionado

haverá submissão do vereador aos comandos do chefe do Poder executivo municipal,

incompatível com o exercício da vereança.

2.4.9 Acumulação de cargos e o respeito ao teto remuneratório

O provento de aposentadoria, subsídio de agente político e vencimento pelo exercício

de cargo público, recebidos aglutinadamente, devem observar o teto remuneratório instituído

pelo inciso XI do art. 37 da Constituição Federal.

2.5 Despesas gerais

2.5.1Adiantamentos: é proibido...

2.5.2Seguro de vida: é possível...

2.5.3 Vale Transporte: é possível...

2.5.4Plano de saúde (ou auxílio-saúde): só para servidores (até comissionados)...vereadores

não...

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2.5.5 Auxilio alimentação: pode, por autorização de lei (Plano de Contas TCEPR –

3.1.71.70.46.00)

2.5.6 Bolsa de estudos – pode, com autorização por lei e critérios (isonomia, etc.)

2.5.7 Celulares – pode, com contratação por licitação e critérios de distribuição e uso.

2.5.8Veículo próprio:

Segundo o TCR/PR, é proibido à Câmara pagar combustível para veículos dos

vereadores...

O TCE-PR alega que a Administração Pública não pode arcar com gastos inerentes a

despesas com veículos particulares dos Edis, mesmo que a serviço do Legislativo, haja vista a

inexistência de contrato precedido de Licitação, e diante das normas de direito

administrativo, onde qualquer aquisição efetuada pelo Poder Público depende de contrato,

este em regra, precedido de licitação.

Alega, inclusive, que essa despesa é estranha ao orçamento, sem amparo legal.

Até em relação aos servidores, o TCE desaconselha o ressarcimento de despesas com

combustível particular, por aplicação do art. 29 da CE/89, ou da Lei Orgânica Municipal, que

geralmente preveem incompatibilidade negocial.

Vale ressaltar que outros Tribunais de Contas divergem ou convergem com o

TCE/PR.

Vejamos:

a) o Tribunal de Contas de Santa Catarina permite

b) o TCE de MG proíbe

c) o TCE/MT permite

2.5.9 Passagens:

Por se tratar de despesa com características muito próprias, já que os valores se

alteram permanentemente, mas é possível a redução dos preços, sobretudo, com descontos

sobre a taxa de administração das agências ou operadoras, é recomendável a realização de

processo licitatório, afim de promover a economicidade, evitar sobrepreços, e oportunizar a

competitividade entre os diversos particulares interessados em negociar com a

Administração.

Por isso, orienta-se à promoção do certame licitatório, na modalidade Pregão, cujo

objeto seja a contratação de serviços de agenciamento de viagens, para cotação, reserva e

fornecimento de passagens (aéreas e terrestres), no âmbito nacional e internacional, se houver

interesse.

Caso opte pela passagem internacional, é interessante licitar a emissão de seguro de

assistência em viagem internacional.

Especificar que a compra se fará por meio de atendimento remoto (e-mail e/ou

telefone).

O tipo aconselhável é o de menor preço, escolhendo-se a proposta que ofertar o maior

percentual de desconto, sobre o valor “do dia”, disponibilizado e cobrado de todos os

públicos, inclusive sobre as tarifas promocionais e reduzidas disponíveis no momento da

compra, excluída a taxa de embarque.

2.5.11 Comissão de licitações

A despeito de haver muito a tratar sobre a Comissão de Licitações, cabe aqui neste

trabalho apenas ponderar sobre a formação dela no âmbito das Câmaras Municipais.

É que, não raramente, somos consultados sobre a composição dessa Comissão de

trabalho nas Casas Legislativas, em razão da dificuldade de escolher seus membros, devido

ao número reduzido de servidores.

Nos municípios menores, que normalmente a Câmara de Vereadores tem poucos

servidores, o gestor fica em dúvida de como formar a Comissão de Licitações.

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Até porque, informamos desde logo, não poderão fazer parte da Comissão de

Licitações:

a) Vereador (é incompatível com as funções de fiscalização que ele exerce);

b) Advogado que emite o parecer (está impedido, pelo princípio da segregação de funções -

incompatíveis entre sí);

c) Contador (está impedido, pelo princípio da segregação de funções - incompatíveis entre

sí);

d) Comissionados (só poderão ser minoria, pela indicação do art. 51 da Lei 8.666/93);

e) Controlador Interno (está impedido, pelo princípio da segregação de funções –

incompatíveis entre sí);

f) Parentes entre sí (aplicação da Súmula 13 do STF).

Assim, orientamos a que, em caso de inexistência de outros servidores disponíveis

para compô-la, seja utilizada a mesma Comissão do Poder Executivo.

Na prática, basta que a presidência da Casa oficie o chefe do Executivo, solicitando

que os atos de julgamento do certame sejam realizados pela Comissão de Licitações da

Prefeitura.

Mas atenção:

Os membros daquela Comissão irão apenas julgaras propostas e eventuais recursos,

nos limites de sua competência.

Não se envolverão em nenhum outro ato do processo licitatório; todo o procedimento

será realizado pela Câmara Municipal e ses agentes com competência para cada ato.

2.5.12 Negociar com parentes de vereadores

Segundo as mais recentes interpretações envolvendo parentesco, com origem na

Súmula 13 do STF, caracteriza nepotismo a Câmara Municipal negociar com parentes até

terceiro grau, tanto de vereadores quanto de servidores envolvidos no processo.

Esse envolvimento abrange além da pessoa física, o parente que for sócio ou membro

da diretoria de pessoa jurídica.

Mas urge enfatizar que esse impedimento aos parentes de vereador, não afeta a

negociação com outro órgão público, que não a Câmara onde ele estiver vinculado.

2.5.13 Portal da transparência: deverá ter o seu independentemente da prefeitura, mas

poderá indicar links de lá, como por exemplo o da “legislação”.

2.5.14Orgão oficial: poderá optar apenas por eletrônico ou impresso, ou por ambos, mas

lembrando que no Município o órgão oficial deverá ser o mesmo para Legislativo e

Executivo.

Observação final:

Tantos dos assuntos aqui abordados, quanto de outros temas apresentados em sala de

aula, com recomendações específicas aos Advogados de Câmaras Municipais, estão

embasados em jurisprudência disponibilizada no AVA – Ambiente Virtual do Aluno, deste

curso, na página da Unipública.

Bom Estudo!

Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!