teÓfilo braga

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TEFILO BRAGA (1843-1924)

Joaquim Tefilo Braga conta com muito mais pginas em todas as enciclopdias de Literatura do que nos livros sobre Histria de Portugal. Foi escolhido para presidir ao primeiro Governo Provisrio sado do 5 de Outubro de 1910 at eleio do Dr. Manuel de Arriaga, tendo depois, por deliberao do Congresso, completado o mandato desde 29 de Maio de 1911 a 5 de Outubro de 1911. Tefilo Braga completou o mandato de Manuel de Arriaga como Presidente da Repblica entre 29 de Maio e 4 de Agosto de 1915 Tefilo Braga ainda jovem foi seduzido pelas ideias filosficas de Comte e defendia as ideias positivistas. "O positivismo consolidou sobretudo a ideia de que a Repblica no podia ser um simples golpe de Estado, e que talvez at devesse dispensar os intentos revolucionrios." (Jos Mattoso, Histria de Portugal, vol. 6, p. 403) Os republicanos acreditavam que "para criar a Repblica era preciso libertar os indivduos das antigas sujeies. A mais grave era, sem dvida, a sujeio espiritual. Em Portugal, em 1900, apenas 50 000 indivduos, em cerca de 6 milhes, tinham declarado nos boletins de recenseamento no ser catlicos. Para os republicanos, os espritos dos Portugueses estavam, assim, cativos de uma organizao, a igreja Catlica Romana, que em 1864, condenara solenemente o liberalismo e todas as ideias modernas" (Mattoso, idem, p. 4O9). Para o historiador Antnio Reis a actividade doutrinria de Tefilo Braga foi determinante para a consolidao do iderio republicano. Joaquim Tefilo Braga nasceu em Ponta Delgada, a 24 de Fevereiro de 1843, filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga, provavelmente bisneto de um dos "meninos de Palhav", (os clebres trs filhos bastardos do rei D. Joo V, cada um de sua me, que o monarca viria a perfilhar e educar) e de Maria Jos da Cmara e Albuquerque, da ilha de Santa Maria, tambm descendente das mais nobres linhagens portuguesas, que o genealogista Ferreira Serpa faz retroceder a D. Urraca do incio da nacionalidade. uma ironia do destino este republicano, laico e antimonrquico ter uma tal descendncia, que muitos aristocratas no enjeitariam poder ostentar. O pai de Tefilo, professor do liceu, enviuvou tinha o filho apenas trs anos. Casar dois anos depois, em segundas npcias, com uma senhora que tratava muito mal o pequeno Tefilo. Esta criana triste refugia-se na leitura e entra para uma oficina de tipgrafo para poder imprimir o seu primeiro livro de versas aos quinze anos. Com dificuldade consegue convencer o pai a deix-lo ir estudar para Coimbra, o que acontece em 1861. contemporneo de Antero de Quental e vai participar na famosa polmica contra o academismo do escritor e pedagogo Castilho, em 1865. Tefilo Braga casa em 1868, no mesmo ano do seu doutoramento. A sua produo literria ligada investigao histrica enorme. Abordou, na linha do filsofo e escritor francs Michelet as origens etnogrficas, lingusticas e histrico-literrias da nossa cultura. Escreveu "Histria da Poesia Popular Portuguesa", a "Histria do Teatro Portugus", e no campo doutrinrio, "Histria das Ideias Republicanas em Portugal" e inmeras obras panfletrias. Uma das mais polmicas, no ponto de vista de investigao cientfica foi "Histria do Romantismo em Portugal", em 1880. Ainda considerada obra de valor a sua "Histria da Universidade de Coimbra", em quatro volumes. Em 1872, Tefilo Braga professor catedrtico de Literaturas Modernas. a partir desta poca que se vai interessar pela doutrina positivista, dirigindo mesmo uma revista com esse nome "O Positivismo". Em 1880 escolhido para organizar sumptuosos festejos do 3 centenrio da morte de Cames, de onde sai com grande prestgio.

Os seus estudos sobre costumes e tradies portuguesas, bem como toda a sua obra foram rudemente criticados na poca. Diversas vezes foi considerado um plagiador. certo que Tefilo lia muito e era pouco cuidadoso nos textos, sendo vulgar omitir as citaes e apontar ideias e teorias de outros. O mdico e poltico Ricardo Jorge extremamente acutilante e no o poupa no livro com o ttulo "Contra um plgio do Prof. Thefilo Braga", em 1917: E diz mesmo:"Tefilo Braga, como imagem venerada de polgrafo, lembra os dolos indianos, coroados de muitas cabeas - um poliocfalo. Cada cabea, cada sabena. Como das carrancas dum chafariz, jorra de cada bocarra um caudal de cincia estampada..." O prprio Antero de Quental com quem de incio Tefilo se deu, disse que Tefilo era um "hierofante [indivduo que se julga sabedor] do charlatanismo literrio". E o historiador brasileiro Slvio Romero chamou-lhe "Papa dos charlates". Camilo Castelo Branco tambm se contava entre os seus "inimigos" declarados, mas condoeu-se dele, em 1887, quando Tefilo perdeu, num curto espao de tempo, dois filhos. J tinha perdido outro. Ento Camilo escreve o belssimo soneto "A maior dor humana" (Camilo perdera tambm uma neta que adorava). Tefilo Braga casou com Maria do Carmo Xavier, natural do Porto, e tiveram trs filhos: Joaquim, Maria da Graa e Tefilo. Mas a infelicidade perseguia-o. Perdeu como se disse os trs filhos pouco depois a mulher que ele amava e de quem fala no testamento que fez em 15 de Maio de 1887 (ainda ela era viva). Atravs desse documento ficamos a saber que ele apenas tinha o dinheiro que ganhara com a sua docncia e alguns bens que a mulher tinha trazido, quando casaram. Era pois apenas remediado. Jos Relvas, contemporneo de Tefilo, foi outra das personalidades que no o poupou. Disse que o prestgio por ele alcanado no era merecido e que s quem no o lera que o podia admirar. No entanto, Rocha Martins (revista "Arquivo Nacional", n 113, de Maro de 1934) fala numa entrevista que fizera a Tefilo, em 1916, e onde visvel uma grande admirao pelo escritor e presidente, que lhe falou da sua vida e das dificuldades que passara em Coimbra. Tefilo contou-lhe que uma vez, no Porto em casa do livreiro Mor se cruzara com Camilo que lhe estendeu a mo e que ele (Tefilo) lhe voltara as costas. E acrescentou para Rocha Martins "Estava ainda moo... Hoje no voltava as costas a ningum... Todos os homens devem saber perdoar". A entrevista termina com um comentrio filosfico sobre povo portugus " "O portugus est destinado a viver sempre. Se no, que visse eu o feitio deste povo. Nos cataclismos no se rende, nas aflies no perece. O filho do portugus fora de Portugal aumenta de resistncia." Ter Tefilo razo e a sua mensagem servir para os portuguesesdehoje? Tefilo era um homem extremamente simples, talvez demasiado. Desde que enviuvara passara a ser um misgino enfiado na sua biblioteca. Mesmo enquanto Presidente, qualquer lisboeta o podia ver proletariamente a andar de elctrico, com o guarda-chuva no brao ou de bengala j sem ponteira. O exerccio da presidncia no estaria muito na sua maneira de ser. Como homem de letras, Tefilo teve mais sorte, porque, com o passar dos anos foram-se esbatendo os aspectos negativos da sua vida e obra e hoje os autores de histria da literatura consideram-no, com algumas reservas, umerudito. A ltima casa em que viveu situava-se num segundo andar do nmero 70 da Rua de Santa Gertrudes Estrela, em Lisboa. Era uma vizinha que lhe levava, de manh, o pequeno almoo e lhe fazia um pouco de companhia. J tinha bastante idade. Vestia roupa muito usada e chegava ele mesmo a remendar peas de roupa branca, porque tinham sido da mulher e isso fazia-o recordar-se de bons momentos juntos. Tefilo era um homem solitrio e no ter sido muito feliz. No teve o amor de uma me, de um pai, perdeu os filhos e por fim at a sua companheira partiu antes dele. Embora anticlerical, Tefilo Braga dizia, com orgulho, que impedira Antnio Jos de Almeida de apagar o nome da Rainha D. Leonor do Hospital das Caldas, pois como dizia, " um perigo as intervenes reformadoras sem conhecimento das origens venerandas, cuja tradio nunca deve ser apagada". No seu testamento deixou expresso que queria um enterro civil, sem cerimnia. Morreu com 81 anos.

PublicaesPoesia Viso dos Tempos (1864)

Tempestades Sonoras (1864)

Torrentes (1869)

Miragens Seculares (1884)

Fico Contos Fantsticos (1865)

Viriato (1904)

Ensaio As Teorias Literrias - Relance sobre o Estado Actual da Literatura Portuguesa (1865)

Histria da Poesia Moderna em Portugal (1869)

Histria da Literatura Portuguesa (Introduo) (1870)

Histria do Teatro Portugus (1870 - 1871) - em 4 volumes

Teoria da Histria da Literatura Portuguesa (1872)

Manual da Histria da Literatura Portuguesa (1875)

Bocage, sua Vida e poca (1877)

Parnaso Portugus Moderno (1877)

Traos gerais da Filosofia Positiva (1877)

Histria do Romantismo em Portugal (1880)

Sistema de Sociologia (1884)

Cames e o Sentimento Nacional (1891)

Histria da Universidade de Coimbra (1891 - 1902) - em 4 volumes

Histria da Literatura Portuguesa (1909 - 1918) - em 4 volumes

Antologias e recolhas Antologias: Cancioneiro Popular (1867)

Contos Tradicionais do Povo Portugus (1883)

Poemas e Contos

A um crucifixo

Pregado em uma cruz de bano expira

O alvor do corpo de marfim deslumbra

A vista que divaga na penumbra

Dentro de uma cela aonde a alma suspira.

Cada pisada chaga de safira;

Reluz na sombra que o altar obumbra!

So alforges as lgrimas... Ressumbra

Em tudo a dor que em xtase delira.

Doce Jesus ! sem conhecer a vida,

E sem saber porqu, na flor da idade,

Chora a teus ps a infncia amortecida:

Ver perder-se a alegria, a mocidade,

Ou ver-te exengue nessa cruz erguida,

Biblioteca Jardim Tefilo Braga, em Campo de Ourique, em 1959 (Arquivo Fotogrfico de Lisboa, N26661)

Qual far, bom Jesus, mais piedade?

O SAL E A AGUAUm rei tinha trs filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu: Quero mais a meu pai, do que luz do Sol Respondeu a do meio: Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.A mais moa respondeu: Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.O rei entendeu por isto que a filha mais nova o no amava tanto como as outras, e p-la fora do palcio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palcio de um rei, e a se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preo. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, at que foi chamada a cozinheira, e s a ela que o anel servia. O prncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de famlia de nobreza.Comeou ento a espreit-la, porque ela s cozinhava s escondidas, e viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licena ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condio que queria cozinhar pela sua mo o jantar do dia da boda. Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha trs filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesacozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai no botou sal de propsito. Todos comiam com vontade, mas s o rei convidado que no comia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, porque que o rei no comia? Respondeu ele, no sabendo que assistia ao casamento da filha: porque a comida no tem sal.O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque que no tinha botado sal na comida. Veio ento a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou ali a sua culpa, por no ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustia de seu pai.OS DEZ ANEZINHOS DA TIA VERDE-GUA

Era uma mulher casada, mas que se dava muito mal com o marido, porque no trabalhava nem tinha ordem no governo da casa; comeava uma coisa e logo passava para outra, tudo ficava em meio, de sorte que quando o marido vinha para casa nem tinha o jantar feito, e noite nem gua para os ps nem a cama arranjada. As coisas foram assim, at que o homem lhe ps as mos e ia-a tosando, e ela a passar muito m vida. A mulher andava triste por o homem lhe bater, e tinha uma vizinha a quem se foi queixar, a qual era velha e se dizia que as fados a ajudavam. Chamavam-lhe a Tia Verde-gua:

- Ai, Tia! vocemec que me podia valer nesta aflio.

- Pois sim, filha; eu tenho dez anezinhos muito arranjadores, e mando-tos para tua casa para te ajudarem.

E a velha comeou a explicar-lhe o que devia fazer para que os dez anezinhos a ajudassem; que quando pela manha se levantasse fizesse logo a cama, em seguida acendesse o lume, depois enchesse o cntaro de gua, varresse a casa, aponteasse a roupa, e no intervalo em que cozinhasse o jantar fosse dobando as suas meadas, at o marido chegar. Foi-lhe assim indicando o que havia de fazer, que em tudo isto seria ajudada sem ela o sentir pelos dez anezinhos. A mulher assim o fez, e se bem o fez melhor lhe saiu. logo boca da noite foi a casa da Tia Verde-gua agradecer-lhe o ter-lhe mandado os dez anezinhos, que ela no viu nem sentiu, mas porque o trabalho correu-lhe como por encanto. Foram-se assim passando as coisas, e o marido estava pasmado por ver a mulher tornar-se to arranjadeira e limposa; ao fim de oito dias ele no se teve que no lhe dissesse como ela estava outra mulher, e que assim viveriam como Deus com os anjos. A mulher contente por se ver agora feliz, e mesmo porque a fria chegava para mais, vai a casa da Tia Verde-gua agradecer-lhe o favor que lhe fez:

- Ai, minha Tia, os seus dez anezinhos fizeram-me um servio; trago agora tudo arranjado, e o meu homem anda muito meu amigo. O que lhe eu pedia agora que mos deixasse l ficar.

A velha respondeu-lhe:

- Deixo, deixo. Pois tu ainda no viste os dez anezinhos?

- Ainda no; o que eu queria era v-los.

- No sejas tola; se tu queres v-los olha para as tuas mos, e os teus dedos que soo os dez anezinhos.

AS TRS CIDRAS DO AMOR

Era uma vez um prncipe, que andava caa: tinha muita sede, e encontrou trs cidras; abriu uma, e logo ali lhe apareceu uma formosa menina, que disse:

D-me gua, seno morro.

O prncipe no tinha gua, e a menina expirou. O prncipe foi andando mais para diante, e como a sede o apertava partiu outra cidra. Desta vez apareceu-lhe outra menina ainda mais linda do que a primeira, e tambm disse:

D-me gua, seno morro.

No tinha ali gua, e a menina morreu; o prncipe foi andando muito triste, e prometeu no abrir a outra cidra seno ao p de uma fonte. Assim fez; partiu a ltima cidra, e desta vez tinha gua e a menina viveu. Tinha-se-lhe que brado o encanto, e como era muito finda, o prncipe prometeu casar com ela, e partiu dali para o palcio para ir buscar roupas e lev-la para a corte, como sua desposada. Enquanto o prncipe se demorou, a menina olhou dentre os ramos onde estava escondida, e viu vir uma preta para encher uma cantarinha na gua; mas a preta, vendo figurada na gua uma cara muito linda, julgou que era a sua prpria pessoa, e quebrou a cantarinha dizendo:

Cara to linda a acarretar gua! No deve ser.

A menina no pde conter o riso; a preta olhou, deu com ela, e enraivecida fingiu palavras meigas e chamou a menina para ao p de si, e comeou a catar-lhe na cabea. Quando a apanhou descuidada, meteu-lhe um alfinete num ouvido, e a menina tornou-se logo em pomba. Quando o prncipe chegou, em vez da menina achou uma preta feia e suja, e perguntou muito admirado:

Que da menina que eu aqui deixei?

Sou eu, disse a preta. O sol crestou-me enquanto o prncipe me deixou aqui.

O prncipe deu-lhe os vestidos e levou-a para o palcio, onde todos ficaram pasmados da sua escolha. Ele no queria faltar sua palavra, mas roa calado a sua vergonha. O hortelo, quando andava a regar as flores, viu passar pelo jardim uma pomba branca, que lhe perguntou:

Hortelo da hortelaria,

Como passou o rei

E a sua preta Maria?

Ele, admirado, respondeu:

Comem e bebem,

E levam boa vida.

E a pobre pombinha

Por aqui perdida!

O hortelo foi dar parte ao prncipe, que ficou muito maravilhado, e disse-lhe:

Arma-lhe um lao de fita.

Ao outro dia passou a pomba pelo jardim e fez a mesma pergunta: o hortelo respondeu-lhe, e a pombinha voou sempre, dizendo:

Pombinha real no cai em lao de fita.

O hortelo foi dar conta de tudo ao prncipe; disse-lhe ele:

Pois arma-lhe um lao de prata.

Assim fez, mas a pombinha foi-se embora repetindo:

Pombinha real no cai em lao de prata.

Quando o hortelo lhe foi contar o sucedido, disse o prncipe:

Arma-lhe agora um lao de ouro.

A pombinha deixou-se cair no lao; e quando o prncipe veio passear muito triste para o jardim, encontrou-a e comeou a afag-la; ao passar-lhe a mo pela cabea, achou-lhe cravado num ouvido um alfinete. Comeou a pux-lo, e assim que lho tirou, no mesmo instante reapareceu a menina, que ele tinha deixado ao p da fonte. Perguntou-lhe porque lhe tinha acontecido aquela desgraa e a menina contou-lhe como a preta Maria se vira na fonte, como quebrou a cantarinha, e lhe catou na cabea, at que lhe enterrou o alfinete no ouvido. O prncipe levou-a para o palcio, como sua mulher e diante de toda a corte perguntou-lhe o que queria que se fizesse preta Maria.

Quero que se faa da sua pele um tambor, para tocar quando eu for rua, e dos seus ossos uma escada para quando eu descer ao jardim.

Se ela assim o disse, o rei melhor o fez, e foram muito felizes toda a sua vida.

Biblioteca Jardim Tefilo Braga, em Campo de Ourique, em 1961 (Arquivo Fotogrfico de Lisboa, N33370)

Fontes de Pesquisa:Pgina Oficial da Presidncia de Republica (www.presidencia.pt)

Wikipdia, a enciclopdia livre (http://pt.wikipedia.org)Aores Msica & Poesia (www.geocities.com/acoresmusicaepoesia)Biblioteca Virtual do estudante da Lngua Portuguesa (www.bibvirt.futuro.usp.br)PAGE 7