teoria da contabilidade (2)

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Teoria Da Contabilidade

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  • Yumara VasconcelosDoutora em Administrao pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Contabilida-de pela Fundao Visconde de Cairu (FVC). Gra-duada em Cincias Contbeis pela Universidade Catlica de Salvador (UCSAL). Escritora. Possui grande experincia na coordenao acadmica de cursos a distncia, dirigindo projetos nessa modalidade.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 53

    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Conceito de PatrimnioO patrimnio das entidades constitui objeto da Contabilidade e compe-

    se dos seguintes elementos: bens, direitos e obrigaes. por meio da anli-se do status do patrimnio que os gestores contam com informaes impor-tantes para o suporte tomada de deciso.

    Especificamente, o produto contbil auxilia no gerenciamento adequado dos recursos disponveis, na realizao e consecuo do planejamento, na apurao do resultado (lucro ou prejuzo), no controle de gastos e na preven-o contra erros e fraudes. Como se v, a contribuio da Contabilidade para a gesto das entidades inquestionvel.

    A Contabilidade cumpre uma relevante funo nos diagnsticos empre-sariais, posto que sua finalidade (propsito para a qual mantida) consiste em prover os usurios de informaes teis acerca do patrimnio das enti-dades, ensejando adequada administrao.

    Contabilidade a cincia que estuda e controla o patrimnio das entidades, mediante o registro, a demonstrao expositiva e a interpretao dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informaes sobre sua composio e variao, bem como sobre o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza patrimonial. (VELTER; MISSAGIA, 2007, p. 2)

    Crepaldi (2008, p. 18) conceitua Contabilidade considerando suas fun-es na entidade:

    A Contabilidade um ramo do conhecimento humano que trata da identificao, avaliao, registro, acumulao e apresentao dos eventos econmicos de uma entidade, seja ela industrial, financeira, comercial, agrcola, pblica etc., com o objetivo final de permitir a tomada de deciso por seus usurios internos e externos por meio de seus sistemas de informao.

    Usurios da informao contbilComo se v, o campo de atuao da Contabilidade o das entidades,

    independente da natureza ou finalidade, servindo aos diferentes segmentos empresariais. O pblico das informaes contbeis variado. Esse pblico denominado de usurios da informao contbil. Existem usurios internos e externos s entidades (quadro 1).

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Quadro 1 Usurios da Contabilidade

    Usurios Internos Usurios Externos

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    .

    GestoresScios ou acionistas controladores

    Acionistas no controladoresInstituies financeirasFornecedoresClientesGovernoSindicatosSociedade em geral

    Cada usurio tem seus objetivos. Essa diversidade de objetivos requer o conhecimento do modelo decisrio de cada usurio (IUDCIBUS, 2000). A Contabilidade possui um amplo campo de aplicao. O usurio compreende qualquer pessoa, fsica ou jurdica, com necessidade de conhecer e/ou de manter registros das variaes patrimoniais. Para Crepaldi (2008, p. 15):

    O campo de aplicao da Contabilidade o das entidades econmico-administrativas, tambm chamadas de aziendas. So aquelas que, para atingirem seus objetivos, sejam eles econmicos ou sociais, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um rgo administrativo, que pratica os atos de natureza econmica necessrios a seus fins.

    O quadro 2 apresenta diferentes usurios, seus objetivos e tipo de infor-mao contbil de que necessita.

    Quadro 2 Usurios da informao contbil

    Usurios da informao contbil Meta que desejariam maximizar ou tipo de informao mais importanteAcionista minoritrio Fluxo regular de dividendos

    Acionista majoritrio ou com grande participao

    Fluxo de dividendos, valor de mercado da ao, lucro por ao

    Acionista preferencial Fluxo de dividendos mnimos ou fixos

    Emprestadores em geralGerao de fluxos de caixa futuros suficientes para receber de volta o capital mais os juros, com segurana

    Entidades governamentais Valor adicionado, produtividade, lucro tribu-tvel

    Empregados em geral, como assalariadosFluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons aumentos ou manuteno de salrios, com segurana e liquidez

    Mdia e alta administraoRetorno sobre o ativo, retorno sobre o patri-mnio lquido; situao de liquidez e endivi-damento confortveis

    (IUD

    CIB

    US,

    200

    0, p

    . 21)

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    Utilidade da informao contbilO governo, na verdade, um dos mais exigentes usurios da Contabilida-

    de, afinal ela constitui instrumento essencial prtica de arrecadao, uma vez que precisa acompanhar a gerao de resultado das empresas (tribut-vel). Ferreira (2004, p. 3) destaca:

    Uma das principais preocupaes da legislao que rege as sociedades annimas a proteo aos acionistas no controladores. Os controladores tm o poder de nomear os administradores, que iro agir de acordo com os interesses daqueles. Ocorre que muitas vezes os interesses dos controladores so conflitantes com os interesses dos no controladores. Para os acionistas no controladores, as informaes contbeis so um instrumento importante na fiscalizao da atuao dos controladores.

    A Contabilidade cumpre desta maneira, em sua funo de informar, uma funo social. As funes da Contabilidade podem ser estruturadas em trs categorias: funo administrativa, econmica e social, embora as duas pri-meiras sejam mais enfatizadas.

    O controle sobre o patrimnio possui duplo aspecto: qualitativo e quan-titativo. Qualitativo porque requer a identificao dos itens patrimoniais e quantitativo porque demanda a valorao desses itens (figura 1).

    Figura 1 Aspectos do patrimnio.

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    .

    Aspecto qualitativo

    Aspecto quantitativo

    Evidenciao

    Quantificao (expresso monetria)

    Funo da ContabilidadeA funo administrativa se verifica no controle que proporciona anlise

    das variaes e nas atividades de planejamento das operaes da entida-de. A funo econmica diz respeito ao conhecimento do desempenho das entidades. A Contabilidade entrega aos seus usurios uma leitura da perfor-mance empresarial. A funo social se manifesta na medida em que contri-bui decisivamente para a continuidade das entidades.

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

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    .

    Figura 2 Enfoque das funes administrativas e econmicas.

    Funo administrativa

    Funo econmica

    Controle patrimonial e planejamento

    Apurao e avaliao do desempenho

    A descontinuidade de uma organizao influencia o status da comunida-de, provocando desemprego, mudanas e, em alguns casos expressivos, uma queda no nvel de consumo local.

    Quanto maior o encadeamento produtivo, maiores sero os efeitos da descontinuidade. Por essa razo que, na medida em que contribui para a longevidade das organizaes, a Contabilidade cumpre uma funo social. Essa igualmente a justificativa pela qual alguns autores a denominam de clula social.

    Processo contbilO patrimnio das entidades pode ser gerenciado com propsitos di-

    versos, lucrativos ou no, mas sempre conservando sua inequvoca funo social. Para consecuo de seu papel, a Contabilidade identifica os elemen-tos patrimoniais e respectivo valor e trata esses dados, produzindo informa-o (figura 3).

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    .

    Figura 3 Processo contbil.

    Dados

    Tratamento de dados

    Evidenciao de informaes

    Notas fiscais, laudos, contratos, comprovantes de depsito, extratos

    bancrios etc.

    O sistema de informaes contbeis organiza esses dados, produzindo informaes potencialmente teis.

    Relatrios comunicando informa-es de interesse, especialmente

    desempenho.

    A Contabilidade apresenta tcnicas que organizam essa base de dados, culminando em informaes relevantes tomada de deciso.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    A Contabilidade emprega tcnicas prprias ou procedimentos para regis-trar, controlar e acompanhar as variaes dos itens patrimoniais.

    Tcnicas contbeisSo quatro as tcnicas contbeis (figura 4):

    escriturao;

    demonstrao;

    auditoria;

    anlise das demonstraes.

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    .

    Figura 4 Tcnicas contbeis.

    Fatos contbeis

    Escriturao

    Elaborao de demonstraes

    AuditoriaAnlise de

    demonstraes

    A escriturao compreende os procedimentos de registro ou lanamen-tos dos fatos contbeis. A demonstrao corresponde evidenciao do desempenho da entidade. Existem diferentes formas de demonstrar esse de-sempenho, dando formato aos diferentes relatrios contbeis. A tcnica de anlise das demonstraes promove a interpretao do contedo reporta-do, evidenciado nas demonstraes. A tcnica de auditoria verifica a adern-cia aos princpios contbeis.

    As tcnicas obedecem estrutura patrimonial determinada pelas normas contbeis.

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    A importncia da Contabilidade e suas tcnicas, para a administrao do patrimnio da entidades, inequvoca. Mas, nem sempre essa foi a imagem da Contabilidade. Crepaldi (2008, p. 18-21) compara a imagem da Contabili-dade, ontem e nos dias atuais.

    A Contabilidade ontem era A Contabilidade hoje tende a ser

    (CRE

    PALD

    I, 20

    08, p

    . 18-

    21.)

    Histrica Futurstica

    Preocupava-se bastante com os dados do pas-sado.Seus produtos finais eram os inventrios cor-rentes dos diversos itens patrimoniais e a an-lise de como foram formados.

    Est sempre preocupada com o presente e principalmente com o futuro das operaes e de seus resultados sobre o patrimnio das organizaes.Os produtos finais, embora ainda contem-plando os dados do passado, incorporam em maior quantidade dados provisionais.

    Obrigatria Opcional

    Tinha que ser feita em todos os seus aspectos.A maior parte de suas funes opcional. Es-sas funes somente so realizadas quando houver necessidade por parte da gerncia.

    Sinttica Analtica

    Seu objeto era a organizao como um todo.Os desdobramentos somente aconteciam sob a forma de razonetes auxiliares.

    Preocupa-se mais com os componentes e seg-mentos da organizao.A Contabilidade divide-se em quantos com-ponentes e segmentos a gerncia determina.

    Perspectiva Prtica

    Preocupava-se exageradamente com a perfei-ta exatido dos dados de controle e medio.

    Preocupa-se com a velocidade da informao.Seus dados podem ter preciso relativa.A perfeio, se necessria, vai depender das fi-nalidades para as quais os dados esto sendo preparados.

    Independente Dependente

    Bastava-se a si mesma, na maioria dos casos.Colhia os dados, manipulava-os de forma in-dependente.

    Integra-se a todas as demais funes da orga-nizao.Seu funcionamento depende dos dados que deve receber de todas as outras funes da empresa.

    Jurdica Quantitativa

    Preocupava-se muito com os aspectos legais das transaes.Apesar de ser uma cincia que trabalha com nmeros, seus executores se preocupavam em mostrar a face jurdica das operaes de que resultavam as expresses monetrias.

    Os dados monetrios e no monetrios rece-bem tratamento matemtico e estatstico.Preocupa-se em mostrar a correspondncia en-tre os resultados expressos em dados quantita-tivos e as decises que foram tomadas.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    A Contabilidade ontem era A Contabilidade hoje tende a ser

    Legalista Gerencial

    Mantinha relaes muito estreitas com as dis-ciplinas jurdicas.Seus dados e informaes destinavam-se pri-meiramente s necessidades externas.

    Mantm relaes estreitas com as disciplinas da rea das cincias sociais aplicadas, com as disciplinas do comportamento, com as disci-plinas das reas quantitativas, especialmente Matemtica e Estatstica, e com as disciplinas das Cincias da Informtica.Seus dados so organizados para prestar in-formaes aos diversos nveis gerenciais in-ternos.

    Cincia Cincia, Arte e Tcnicas

    Preocupava-se muito em mostrar-se como Cincia, dispondo de fundamentos e princpios que constituem um corpo independente.

    Ainda que se preocupe com seu embasamen-to terico que lhe d o status de Cincia, usa os princpios cientficos com muita arte quan-do participa das atividades de planejamento e tomada de deciso.Parece muito com uma tcnica apurada quan-do prepara informaes que se destinam ao controle e determinao da rentabilidade do patrimnio.

    Monetria Monetria e no monetria

    Somente manipulava dados monetrios.A conveno do denominador comum mone-trio era um de seus fundamentos.Os relatrios de sada eram preparados com base em dados monetrios.

    Alm de manipular e apresentar dados mone-trios, tem usado, cada vez mais, dados no monetrios fsicos, quantitativos e operacio-nais.Seus relatrios gerenciais de informaes pre-ocupam-se em apresentar indicadores basea-dos em dados no monetrios.

    Controlista Informativa

    O controle dos itens patrimoniais era sua prin-cipal preocupao.Entre todas as funes da Administrao, a funo de Controle era seu campo de atua-o.

    Sua principal preocupao manter a gern-cia bem informada a respeito de todas as ope-raes internas e da influncia da conjuntura externa do ponto de vista econmico, finan-ceiro, legal e administrativo.

    Restritiva AbrangenteRestringia-se mais especificamente aos itens patrimoniais constantes no Balano Patrimo-nial.Restringia-se aos dados registrados nos livros contbeis.

    Envolve todas as reas da organizao.Seu campo de aplicao amplo, podendo atuar em todas as funes empresariais e ma-nipular os dados do ambiente externo.

    Rgida Flexvel

    Mantinha-se fiel aos seus procedimentos bsi-cos e aos seus princpios.No se adaptava s condies especficas, no rotineiras e diferenciadas de alguma proposta ou programa empresarial.

    Mantendo-se ainda fiel aos seus compromis-sos tericos, amolda-se s necessidades ge-renciais do momento e de qualquer rea ou funo da organizao, mesmos que essas ne-cessidades sejam especficas e eventuais.Mantm-se fiel aos princpios e tcnicas das funes operacionais.

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    A Contabilidade ontem era A Contabilidade hoje tende a ser

    No integrada IntegradaA preocupao com a manipulao das uni-dades monetrias fazia com que envolvesse apenas as operaes que pudessem ser tradu-zidas em valores monetrios.Os dados financeiros constituam seu princi-pal objeto.

    H grande interdependncia entre a Contabi-lidade e as demais funes porque se utiliza de dados no monetrios.Ela est presente em qualquer funo empre-sarial desde a industrial at a comercial.

    Fechada Aberta

    Trabalhava os dados, organizava-os, produzia informaes quase que para seu uso prprio para atender preocupao pela funo de controle.Muitas vezes, tinha-se a impresso de que era um fim em si mesma.

    Seus dados so divulgados amplamente.Sua funo servir de centro de informaes para os nveis gerenciais que quiseram rece-ber seu auxlio.Constituiu-se num meio, num instrumento usado por todos os segmentos empresariais.

    Esttica Dinmica

    Seu forte apego s rotinas, s convenes e aos princpios constitua um grande obstculo a sua transformao para adaptar-se a novas situaes.Gastava-se demasiado tempo para se chegar a uma transformao.

    O mundo moderno com transformaes ace-leradas e frequentes precisa de uma Contabi-lidade sem obstculos, que possa adaptar-se rapidamente s novas necessidades.Muitos dos princpios, convenes e restries podem ser adaptados s novas exigncias, permitindo transformar a Contabilidade num instrumento valioso de administrao.

    Ramos da ContabilidadeA classificao da Contabilidade em ramos tem finalidade didtica. Estes

    ramos no so independentes, e sim, interligados. Esta diviso tambm enseja o aperfeioamento de tcnicas de aplicao especficas na Contabi-lidade. O objeto da Contabilidade nico, o patrimnio, mas pode ser estu-dado sob diferentes olhares e perspectivas dando vazo a reas especiais de estudo e interesse. A Contabilidade conta com reas como:

    Contabilidade geral;

    Contabilidade de custos;

    Contabilidade pblica;

    Contabilidade gerencial;

    Contabilidade fiscal;

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    Contabilidade atuarial;

    auditoria contbil etc.

    Composio patrimonialO patrimnio das entidades, ilustrado na figura 5, compe-se dos seguin-

    tes elementos:

    bens;

    direitos;

    obrigaes.

    Esses elementos devem ser avaliveis economicamente, independente de sua natureza. Patrimnio o conjunto de bens materiais e imateriais, di-reitos e obrigaes avaliveis em moeda e vinculados entidade pela pro-priedade, posse ou controle, dos quais a mesma possa dispor no desenvolvi-mento de seus negcios. (SANTOS et al, 2003, p. 63)

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    .

    Figura 5 O patrimnio.

    Patrimnio

    - Bens e Direitos

    - Obrigaes

    AtivoAo conjunto de bens e direitos de uma entidade atribui-se o nome de

    ativo. Assim, so exemplos de ativos:

    recursos em caixa;

    recursos em bancos;

    mercadorias para compor estoque;

    mquinas e equipamentos;

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    direitos autorais;

    mveis e utenslios etc.

    A caracterstica essencial de um ativo a potencialidade inerente de pro-duzir benefcios; dito de outra forma, sua utilidade. Qual o potencial de servio do ativo? A caracterstica fundamental sua capacidade de prestar servios futuros entidade que os controla individual ou conjuntamente com outros ativos e fatores de produo, capazes de se transformar, direta ou indireta-mente, em fluxos lquidos de entradas de caixa. (IUDCIBUS, 2000, p. 142)

    Os ativos contribuem direta ou indiretamente para a gerao de caixa. Representam meios disposio da administrao para operao da enti-dade e so essenciais ao seu funcionamento. Decorrem, geralmente, de transaes correntes e passadas com terceiros, mas podem ser gerados pela prpria entidade. Podem, por exemplo, ser constitudos por meio de esfor-os empreendidos de pesquisa e desenvolvimento e por fatores no neces-sariamente relacionados a transaes com o mundo exterior. Embora alguns ativos no produzam caixa de forma direta, proporcionam melhores condi-es para a entidade.

    Bens inseridos no patrimnio da entidade por doao tambm so ativos, do mesmo modo que aqueles desenvolvidos na entidade tambm o so.

    Os ativos possuem outras caractersticas: so de propriedade, posse ou controle da entidade e de direito exclusivo.

    A propriedade diz respeito ao domnio sobre o bem, por parte do proprie-trio. A posse se relaciona ao usufruto por parte do adquirente, o qual ter restries de uso.

    PassivoO passivo representa o capital de terceiros (volume de recursos compro-

    metidos com terceiros). Compreende as obrigaes a pagar da entidade e independe do seu desembolso para ser reconhecido. Os passivos represen-

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    tam valores reclamados contra a entidade, correspondendo, portanto, a uma expectativa de sacrifcio financeiro (sacrifcios futuros provveis). Sua anlise crucial para adequada avaliao patrimonial.

    Assim, so exemplos de passivo:

    tributos a recolher;

    salrios a pagar;

    encargos sociais;

    fornecedores etc.

    O passivo composto pelos compromissos de uma entidade. Representam exigibilidades (reclamos contra a entidade, ou seja, contra seus ativos). Uma exigi-bilidade apresenta as seguintes caractersticas:

    diz respeito a fatos ou eventos j ocorridos a serem pagos em data futura. Exemplo: o provisionamento de indenizaes. O evento que gerou a referida proviso j aconteceu, embora a exigibilidade legal acontea apenas no futuro. Outro exemplo o registro dos tributos a recolher e salrios a pagar. O fato gerador das obrigaes necessaria-mente relaciona-se a fatos ocorridos. O momento de contabilizao ou reconhecimento depende da ocorrncia desses eventos. De fato, a obrigao embora exista no momento atual, surgiu de um evento passado derivando, por exemplo, da aquisio de bens ou servios ou de perdas incorridas;

    toma por base valores exatos ou estimados desde que baseados em clculos provisionais ou atuariais.

    Provisionar um passivo significa reconhecer o que se deve.

    Iudcibus (2000, p. 147) alerta:

    preciso tomarmos cuidado, mais uma vez, com os itens a serem includos nas exigibilidades. Por exemplo, no correto incluir o salrio a pagar dos funcionrios por seu servio a ser ainda prestado no futuro, embora seja quase certo que faro. Da mesma forma, colocar como passivo obrigaes pelo pagamento de bens e servios a serem adquiridos no futuro tambm no adequado, ainda que derivantes de contratos j assinados, pois comprador e vendedor ainda no desempenharam os servios, havendo, portanto, um direito incondicional de compensao (...)

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Quando o passivo estiver relacionado a processos judiciais contra a enti-dade, se o valor for material, deve-se destacar o fato em notas explicativas, para conhecimento do usurio da informao, mesmo se tratando de um valor provvel.

    importante fazer a diferena entre exigibilidade normal e exigibilida-de contingente. Se o valor da proviso for estimvel (valor provvel) e exis-tir elevada probabilidade de perda da causa, verifica-se uma exigibilidade normal. Se o valor da proviso for de difcil estimativa e se no houver pers-pectiva quanto ao resultado do processo, o contador dever evidenciar a informao descritivamente apenas em notas explicativas, classificando-a como exigibilidade contingencial.

    A obrigao normal tem seu valor conhecido ou pelo menos, estimvel e sua exigibilidade certa. A exigibilidade contingencial apresenta dificuldades de avaliao e sua exigibilidade incerta, dependendo de outros fatores.

    Patrimnio LquidoO patrimnio lquido representa a diferena entre ativo e passivo. O

    ativo, passivo e patrimnio lquido compem a equao patrimonial.

    Equao patrimonial: ativo passivo = patrimnio lquido

    O patrimnio lquido tambm denominado de situao lquida. A si-tuao lquida tambm denominada de capital prprio. Considerando os ativos como aplicaes de recursos e o passivo e patrimnio lquido como fonte destes, tomando por base a premissa de que toda aplicao tem uma ou mais origens (fontes), podemos ilustrar graficamente a equao patri-monial como segue na figura 6.

    Yum

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    .

    Figura 6 Equao patrimonial.

    Patrimnio lquido

    Capital prprio

    Capital de terceiros

    Ativo Aplicaes

    Passivo

    Fontes

    Observando-se a expresso grfica da equao patrimonial, podemos visu-alizar didaticamente o mtodo de partidas dobradas, que de forma objetiva comunica que uma aplicao no existir sem que exista uma ou mais fontes.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    Situao lquidaO patrimnio pode apresentar diferentes estados.

    Situao lquida positiva, favorvel ou superavitria

    Yum

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    elos

    ..

    Patrimnio lquido

    Ativo

    Passivo

    a situao mais frequente, ou seja, mais comum. Existindo cobertura dos ativos, a situao lquida considerada positiva. Quanto maior o patri-mnio lquido, tanto melhor ser para a entidade.

    Situao lquida plena ou de propriedade total dos ativos

    Patrimnio lquido

    Ativo

    uma situao comum somente nos momentos iniciais do negcio, diria at imediatamente aps a constituio da entidade. Esse momento inicial coincide com a integralizao do capital inicial pelos scios. Inexistem dvi-das porque as operaes esto gradativamente ganhando corpo.

    Situao lquida negativa, desfavorvel ou deficitria

    Esta situao tambm conhecida como passivo a descoberto. Neste caso, o patrimnio lquido negativo. Inexiste cobertura dos ativos. Os ativos simplesmente no so suficientes para honra das dvidas incorridas pela en-tidade. Esta situao comunica dificuldades.

    Patrimnio lquido

    Ativo

    Passivo

    ativo + patrimnio lquido = passivo

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Situao lquida nula, compensada ou de equilbrio aparente

    Ocorre quando ativos e passivos correspondem entre si. O patrimnio l-quido igual a zero.

    Ativo Passivo

    Como se v, os ativos esto integralmente comprometidos com as dvi-das da entidade. Representa tambm uma situao de dificuldade. O quadro 3 resume os estados do patrimnio apresentados.

    Quadro 3 Situao lquida

    Descrio Situao lquida

    Yum

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    Se ativo > passivo, patrimnio lquido (+) Superavitria

    Se ativo < passivo, patrimnio lquido (-) Deficitria

    Se ativo = patrimnio lquido Plena

    Se ativo = passivo, patrimnio lquido nulo Nula

    Conceito e classificao das contasA conta contbil representa o elemento que recebe os registros dos

    eventos contbeis. Classificam-se em: contas patrimoniais e de resultado. As contas patrimoniais, como o prprio nome sugere, recebem os registros da movimentao dos bens, direitos e obrigaes, ou seja, dos elementos que compem o patrimnio. J as contas de resultado evidenciam o desempe-nho da entidade e ajudam a responder a seguinte questo: Tivemos lucro ou prejuzo? As contas de resultado so formadas por contas de receita, des-pesa e custo.

    lucro = receita despesa custo

    As contas de resultado tambm so denominadas de diferenciais. Pos-suem natureza transitria. So encerradas a cada perodo para reportar seu desempenho.

    As contas de resultado tm vida curta, sendo encerradas periodicamente para evidenciar o resultado obtido pela entidade.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    ReceitasAs receitas representam ingressos de ativos na forma de dinheiro ou pro-

    messa deste. Exemplos: receita decorrente de vendas, receita decorrente da prestao de servios, receita de aluguel ou juros ativos.

    As receitas tm origem na venda de bens, na prestao de servios e ganhos auferidos.

    As receitas podem ser operacionais e no operacionais. As receitas opera-cionais decorrem do desenvolvimento das atividades normais da entidade e as no operacionais no decorrem das atividades-fim.

    DespesasAs despesas tm origem no consumo de bens ou na utilizao de ser-

    vios. As despesas esto relacionadas utilizao de bens (consumo pro-priamente dito) e servios de terceiros, de forma direta ou indireta, razo pela qual se associam ao aumento das contas do passivo ou na reduo das contas do ativo. Exemplos: aluguis passivos, salrios, servios telefnicos, servios de gua e esgoto, material de expediente etc.

    A nomenclatura de algumas contas vem acompanhada do adjetivo passi-vo ou ativo. O adjetivo passivo designa uma despesa em situaes como: juros passivos, aluguis passivos. J o adjetivo ativo designa uma receita. Exemplos: juros ativos, aluguis ativos.

    As despesas so classificadas em operacionais e no operacionais. As despesas operacionais so relacionadas atividade-fim do negcio e as no operacionais no esto vinculadas s atividades normais da entidade.

    CustosOs custos esto associados ao processo de gerao do produto, bem

    ou servio. Representa o gasto relativo a um bem ou servio utilizado no processo de produo de outros ativos ou servios. Assim, so exemplos de

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    custos: custo das mercadorias vendidas, custo do servio prestado, custo de mo de obra (fbrica), custo de matria-prima etc.

    Despesa e custo no so sinnimos de desembolso. O desembolso repre-senta o pagamento efetuado como contrapartida de um gasto. Nem sempre a contrapartida de um gasto vista.

    No final do perodo, todas essas contas so encerradas, ou seja, ficam com saldo igual a zero. Esse procedimento efetuado para que seja apurado o resultado do perodo. A empresa teve lucro ou prejuzo? O perodo deve ser iniciado com saldo zero.

    Classificao e composio dos elementos patrimoniais

    O ativo classificado em circulante e no circulante (quadro 4).

    As alteraes ocorridas na Lei das S/A, proporcionadas pela Lei 11.638/2007 e pela Medida Provisria 449/2008 (convertida em lei em 27/05/2009 Lei 11.941/2009), produziram modificaes de grupos e subgrupos do Balano Patrimonial. A estrutura apresentada tem por base essas novas disposies.

    Os ativos circulantes so aqueles de rpida movimentao (curto prazo, at 365 dias). O movimento das contas do ativo circulante cclico, ou seja, so repetitivos e regulares. As contas do ativo so organizadas com base em sua velocidade de converso em dinheiro, no giro das contas. Essa veloci-dade de converso chamada de liquidez. Contas de elevada liquidez so aquelas que se movimentam rapidamente. O ativo circulante o grupo de mais alta liquidez. As contas do ativo circulante so arrumadas em ordem decrescente de liquidez (figura 7).

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    .

    Figura 7 Organizao das contas do ativo segundo a liquidez.

    Contas mais lquidas

    Contas menos lquidas

    Dinheiro

    Outros bens e direitos

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

    69

    As contas do ativo circulante so dinmicas conforme o ciclo operacional (perodo compreendido entre a compra de matria-prima ou da mercadoria para revenda e o recebimento das vendas).

    Os ativos no circulantes so aqueles que possuem giro mais demora-do. Compem-se tambm daqueles bens que so utilizados no suporte s atividades organizacionais (adquiridos sem inteno de venda) e por inves-timentos realizados para fortalecer o capital da empresa e diversificar aplica-es. As contas do ativo no circulante so transformadas em dinheiro mais lentamente.

    Os ativos no circulantes possuem menor grau de liquidez. Parte das contas so compostas por bens empregados na consecuo dos objetivos da entidade.

    Quadro 4 Ativos circulante e no circulante

    Ativo circulante

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    .

    Contas de rpido giro Caixa

    Bancos

    Contas a receber

    Estoques

    Ativo no circulante

    Contas de giro lento Ativo realizvel a longo prazo

    Investimentos

    Imobilizado

    Intangvel

    Integram o ativo circulante as disponibilidades, os recursos mais lquidos (contas caixa, bancos e aplicaes financeiras de liquidez imediata), os di-reitos realizveis (valores a receber de clientes e/ou terceiros), os estoques (mercadorias para revenda, matria-prima, produtos acabados) dentre outras contas.

    Integram o ativo no circulante contas como emprstimos concedidos a scios, valores a receber (recebimento em longo prazo), depsitos judiciais

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    (ativos realizveis a longo prazo), participaes em outras empresas (investi-mentos), mveis e utenslios, mquinas e equipamentos (imobilizado), direi-tos autorais (intangveis).

    As contas de passivo so agrupadas em circulante e no circulante. Essas contas so arrumadas segundo o vencimento das obrigaes ou exi-gibilidades. As contas que sero liquidadas mais rapidamente aparecem no topo da relao. Desta forma, primeiro se deve agrupar as contas do passivo circulante, e somente depois, as contas do passivo no circulante.

    O patrimnio lquido representado por aquelas contas que no sero pagas. Espelham compromissos com os proprietrios da entidade, no sendo, portanto, exigveis. O quadro 5 mostra a composio do passivo e patrimnio lquido.

    Quadro 5 Composio do passivo e patrimnio lquido

    Passivo circulante

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    .

    Contas com exigibilidade mais rpida. Rpido vencimento.

    Passivo no-circulanteContas com exigibilidade mais demorada.

    Patrimnio lquidoCapital social

    Reservas de capital

    Ajustes de avaliao patrimonial

    Reservas de lucros

    Aes em tesouraria

    Prejuzos acumulados

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    Figura 8 - Organizao das contas do passivo segundo o critrio de exibilidade.

    Contas de vencimento mais imediato

    Contas de vencimento mais demorado

    Fornecedores, salrios a pagar, tributos etc.

    Outras obrigaes, a exemplo de emprstimos a longo prazo, alguns financiamentos etc.

    O Balano Patrimonial a demonstrao que relaciona ativos, passivos e patrimnio lquido (figura 9).

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    .

    Total de ativos corresponde ao total do somatrio do passivo e patrimnio

    lquido

    Mtodo de partidas dobradas

    Ativo

    Aplicao de recursos

    Fontes ou origens de recursos

    Passivo

    patrimnio lquido

    Circulante No circulante

    Circulante No circulante

    Figura 9 Estrutura do Balano Patrimonial.

    Os ativos e respectivos valores so relacionados no lado esquerdo e os passivos e patrimnio lquido, no lado direito. O total de ativos (aplicaes) coincide com o total do passivo mais o do patrimnio lquido (origem de recursos). Essa identidade entre aplicaes e origens consequncia da apli-cao do mtodo de partidas dobradas. O plano de contas da entidade con-sidera a estrutura do Balano Patrimonial.

    Plano de contasAs contas representam instrumentos essenciais aos registros contbeis.

    Seu conjunto ordenado e codificado, classificado conforme sua natureza (patrimonial e de resultado), denominado de plano de contas.

    O plano de contas representa uma referncia para o processo de registro. Apesar de ser considerado por alguns como um elenco de contas, o plano pode conter orientaes sobre o funcionamento das contas, importante para a padronizao dos registros ou lanamentos. O plano de contas cor-responde a um componente fundamental da tcnica de escriturao cont-bil, auxiliando o contador no processo de lanamento dos dados ao preparo das demonstraes e relatrios contbeis. Orientar-se pelo plano de contas constitui condio essencial para as tarefas de classificao e registro.

    Para S (1998, p. 22) (...) uma pea contbil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escriturao, atravs da exposio das contas em seus ttulos, funes, funcionamento, grupamentos, anlises, derivaes, dilataes e redues. Para o autor, a relao das contas representa apenas

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  • 72

    Estrutura patrimonial e plano de contas

    a estrutura, que para ter um significado mais efetivo deve vir acompanhado da funo e funcionamento das contas.

    Para Ferreira (2004) o plano formado pela relao ou elenco das contas e pelo manual para utilizao das mesmas. O plano de contas especfico a cada empresa. Desta maneira, cada uma deve possuir seu plano prprio. A exign-cia que seja preparado com base nas disposies da legislao vigente.

    Um qualificado plano elaborado a partir das necessidades da admi-nistrao e caractersticas da prpria empresa (ramo e porte). No constitui boa prtica contbil copiar integralmente planos de contas preexistentes. Seria incoerente, pois, cada empresa possui caractersticas peculiares e uma regularidade especfica de transaes. Desta maneira, o plano deve ser de-senvolvido para a entidade. Por exemplo, as aes administrativas realizadas por um hospital no so as mesmas realizadas por uma indstria. Cada ati-vidade empresarial possui necessidades especficas de acompanhamento e controle. Os rgos pblicos, instituies financeiras e seguradoras possuem planos padronizados pelos rgos fiscalizadores. O plano tem a finalidade de orientar e nortear a prtica do registro contbil com as finalidades de:

    padronizar os lanamentos;

    evitar o uso de nomenclaturas diferentes para registros de um mesmo fato (uniformidade).

    So informaes relevantes para serem consideradas no preparo do plano de contas:

    natureza e porte do negcio;

    operaes ou transaes mais frequentes;

    estrutura organizativa e caractersticas da atividade.

    O produto da anlise desses fatores que define o alcance das operaes e sua complexidade.

    Quadro 6 Fatores importantes na elaborao do plano de contas

    Fatores Importncia

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..

    .

    Natureza e porte do negcio Define a peculiaridade das contas

    Transaes mais frequentes Influencia na seleo e abertura das contas

    Estrutura organizativa e caractersticas da atividade

    Facilita a acomodao das contas segundo critrios gerenciais

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

    73

    Existem diferentes tipos de negcio e, consequentemente, de empresas. O contador dever observar as caractersticas de cada uma antes de prepar--lo. O plano de contas d suporte ao preparo das demonstraes contbeis, servindo de instrumento de consulta ao profissional de Contabilidade. So caractersticas desejveis para um plano de contas:

    Aderncia aos Princpios Fundamentais de Contabilidade e lei so- cietria, a qual disciplina a elaborao das demonstraes contbeis.

    Compatibilidade com as funes de controle . Um bom plano de contas deve atender s expectativas e necessidades de controle da empresa. O nvel de detalhamento depende dessa condio.

    Flexibilidade . O plano de contas no um produto acabado. Deve permitir a incluso e/ou excluso de contas.

    O plano de contas poder ser ampliado ou restrito sem que, com isso, perca unidade. As organizaes evoluem com o tempo e o plano de contas apenas acompanha o nvel de complexidade ou simplificao do negcio. Um plano de contas contm tanto contas patrimoniais como de resultado.

    Estrutura do plano de contasO preparo de um plano de contas requer obedincia a algumas orienta-

    es. Os planos de contas devem ser objetivos e organizados por:

    Objetividade . Os ttulos das contas devem indicar de forma clara e objetiva o seu elemento de representao. Devem comunicar o que ser evidenciado na conta.

    Nomenclatura uniforme . A nomenclatura deve ser clara, inteligvel.

    Organizao . A estrutura do plano deve partir das contas gerais (tota-lizadoras) para as particulares (especficas), ou seja, das contas sintti-cas para as analticas.

    Conheamos alguns conceitos preliminares: contas analticas e contas sintticas. As contas analticas so aquelas efetivamente movimentadas, a exemplo das contas especficas de filiais, departamentos ou unidades de re-sultado. o nvel mximo de detalhamento da conta. A conta caixa, quando a entidade possui diferentes unidades de negcios ou filiais, totalizadora dos saldos destas. As contas movimentadas so as das filiais. As contas sin-

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    tticas, tambm conhecidas como contas ttulo, so contas agregadoras dos saldos das contas analticas (especficas). Retomando o exemplo ante-rior, vimos que a conta caixa representa o somatrio das contas caixa de todas as filiais, que so contas analticas. A conta caixa, no exemplo em tela, sinttica.

    Caixa Sinttica

    Filial X

    analtica Filial Y

    Filial Z

    Um plano de contas apresenta os seguintes elementos:

    a) ttulo das contas e respectivas classificaes. Os ttulos das contas de-vem permitir a identificao imediata dos elementos patrimoniais mo-vimentados nas contas.

    b) cdigo reduzido (atribudo pelo sistema de informaes contbeis) e em alguns casos, funo e funcionamento da conta.

    A arquitetura do plano toma por base o relacionamento entre as contas sintticas e analticas (considere a conta sinttica como sendo a conta-me e as analticas, contas-filha).

    O critrio de graduao apresentado como segue:

    X. X. X. XX. XXX.

    1. grau: indica a natureza da conta. Conta sinttica (ativo, passivo, patri-mnio lquido, contas de resultado).

    X. X. X. XX. XXX.

    2. grau: indica o grupo a que pertence a conta. Conta sin-ttica (circulante, no circulante).

    X. X. X. XX. XXX.

    3. grau: indica o subgrupo a que pertence a conta. Conta sinttica.

    X. X. X. XX. XXX.

    4. grau: indica a conta propriamen-te dita.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

    75

    X. X. X. XX. XXX.

    5. grau: indica a conta objeto de lanamento. Conta analtica.

    As contas 1.1.1.01.001 e 1.1.1.01.002 so denominadas de analticas. As demais, neste exemplo, de sintticas ou ttulo, onde seu saldo compreende a soma dos saldos das contas analticas. As contas sintticas no recebem lanamentos, porque sintetizam contas menores. As contas ttulo tm esse nome porque agregam contas menores de mesma natureza. So contas totalizadoras.

    Voc deve estar se perguntando: devo memorizar toda a codificao da conta? Resposta: No. Na prtica contbil podemos utilizar um cdigo redu-zido para identificar as contas. O cdigo reduzido corresponde a uma nume-rao automtica, atribuda pelo sistema de informao contbil, que facilita o trabalho do contador durante o registro. Ao invs de digitar 1.1.1.01.001, digitar o respectivo cdigo reduzido, que um nmero definido pelo sis-tema contbil. O cdigo reduzido parte da estrutura do plano de contas. Trata-se de um recurso do sistema digital de informaes.

    Vejamos o exemplo de um trecho do plano de contas1:

    Codificao Descrio Classificao

    1. ATIVO Conta sinttica

    1.1. CIRCULANTE Conta sinttica

    1.1.1. DISPONIBILIDADES Conta sinttica

    1.1.1.01. Caixa geral Conta sinttica

    1.1.1.01.001 Caixa filial A Conta analtica

    1.1.1.01.002 Caixa filial B Conta analtica

    1.1.2. DIREITOS REALIZVEIS A CURTO PRAZO Conta sinttica

    1.1.2.01 Contas a receber Conta sinttica

    1.1.2.01.001 Clientes Conta analtica

    1.1.3. ESTOQUES Conta sinttica

    1.1.3.01 Mercadorias Conta sinttica

    1.1.3.01.001 Mercadorias para revenda Conta analtica

    (...)

    1 Os nomes utilizados neste plano de contas so fictcios. Qualquer semelhana mera coincidncia.

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    1.2 NO CIRCULANTE Conta sinttica

    1.2.1 REALIZVEL A LONGO PRAZO Conta sinttica

    1.2.1.1. Emprstimos a scios Conta sinttica

    1.2.1.1.001 Ana Maria da Silva Rocha Conta analtica

    1.2.1.1.002 Jos Silva Mendes Castro Conta analtica

    1.2.1.2. Depsitos judiciais Conta sinttica

    1.2.1.1.001 Processos fiscais Conta analtica

    1.2.1.1.002 Processos trabalhistas Conta analtica

    1.2.1.1.003 Outros Conta analtica

    As contas analticas consistem nas contas em seu nvel maior de detalha-mento, razo pela qual so as contas efetivamente movimentadas. Elas repre-sentam a informao em seu maior grau de especificao.

    As contas sintticas, tambm denominadas de contas ttulo, totalizam os saldos das contas analticas.

    O plano de contas mostra a quais grupos as contas so subordinadas, fa-cilitando a elaborao dos relatrios contbeis. Estes variam de uma empre-sa para outra, mas guardam uma lgica entre si por conta da necessidade de alinhamento tcnico. O modelo mais utilizado e referenciado nos livros :

    1 Ativo

    2 Passivo e Patrimnio Lquido

    3 Contas de resultado: custo, receitas e despesas

    Codificao Descrio Classificao

    1. ATIVO Conta sinttica

    1.1. CIRCULANTE Conta sinttica

    1.1.1. DISPONIBILIDADES Conta sinttica

    1.1.1.01. Caixa geral Conta sinttica

    1.1.1.01.001 Caixa filial A Conta analtica

    1.1.1.01.002 Caixa filial B Conta analtica

    1.1.2. DIREITOS REALIZVEIS A CURTO PRAZO Conta sinttica

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    Codificao Descrio Classificao

    1.1.2.01 Contas a receber Conta sinttica

    1.1.2.01.001 Clientes Conta analtica

    1.1.3. ESTOQUES Conta sinttica

    1.1.3.01 Mercadorias Conta sinttica

    1.1.3.01.001 Mercadorias para revenda Conta analtica

    (...)

    1.2 NO CIRCULANTE Conta sinttica

    1.2.1 REALIZVEL A LONGO PRAZO Conta sinttica

    1.2.1.1. Emprstimos a scios Conta sinttica

    1.2.1.1.001 Ana Maria da Silva Rocha Conta analtica

    1.2.1.1.002 Jos Silva Mendes Castro Conta analtica

    1.2.1.2. Depsitos judiciais Conta sinttica

    1.2.1.1.001 Processos fiscais Conta analtica

    1.2.1.1.002 Processos trabalhistas Conta analtica

    1.2.1.1.003 Outros Conta analtica

    1.2.2 INVESTIMENTOS Conta sinttica

    1.2.2.01 Participaes em outras empresas Conta sinttica

    1.2.2.01.001 Empresa X Conta analtica

    1.2.2.01.002 Empresa Y Conta analtica

    1.2.3 IMOBILIZADO Conta sinttica

    1.2.3.01 Mveis e utenslios Conta sinttica

    1.2.3.01.001 (...) Conta analtica

    1.2.3.02 Mquinas e equipamentos Conta sinttica

    1.2.3.02.001 (...) Conta analtica

    1.2.4 INTANGVEIS Conta sinttica

    1.2.4.01 Direitos autorais Conta sinttica

    1.2.4.01.001 (...) Conta analtica

    2 PASSIVO Conta sinttica

    2.1. CIRCULANTE Conta sinttica

    2.1.1. FORNECEDORES Conta sinttica

    2.1.1.01. Fornecedores nacionais Conta sinttica

    2.1.1.01.001 (...) Conta analtica

    2.1.1.01.002 (...) Conta analtica

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Codificao Descrio Classificao

    2.1.1.02. Fornecedores internacionais Conta sinttica

    2.1.1.02.001 (...) Conta analtica

    2.1.1.02.002 (...) Conta analtica

    2.1.2 SALRIOS A PAGAR Conta sinttica

    2.1.2.02.001 Departamento ____ Conta analtica

    2.1.3 ENCARGOS SOCIAIS Conta sinttica

    2.1.3.02.001 Departamento ____ Conta analtica

    2.1.4 TRIBUTOS A RECOLHER Conta sinttica

    2.1.4.01. Municipais Conta sinttica

    2.1.4.01.001 (...) Conta analtica

    2.1.4.01.002 (...) Conta analtica

    2.1.4.02. Estaduais Conta sinttica

    2.1.4.02.001 (...) Conta analtica

    2.1.4.02.002 (...) Conta analtica

    2.1.4.03. Federais Conta sinttica

    2.1.2.03.001 (...) Conta analtica

    2.1.2.03.002 (...) Conta analtica

    3 PATRIMNIO LQUIDO Conta sinttica

    3.1. CAPITAL Conta sinttica

    3.1.1. CAPITAL SOCIETRIO Conta sinttica

    3.1.1.01. Capital social Conta sinttica

    3.1.1.01.001 Capital social Conta analtica

    (...)

    4 CONTAS DE RESULTADO Conta sinttica

    4.1. RECEITAS Conta sinttica

    4.1.1. RECEITAS OPERACIONAIS Conta sinttica

    4.1.1.01. Receita de vendas Conta sinttica

    4.1.1.01.001 Comrcio Conta analtica

    4.1.1.01.001 Servios Conta analtica

    4.1.2. RECEITA NO OPERACIONAL Conta sinttica

    4.1.2.01. Aluguis ativos Conta sinttica

    4.1.2.01.001 (...) Conta analtica

    4.2 DESPESAS Conta sinttica

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    Codificao Descrio Classificao

    4.2.1. DESPESAS OPERACIONAIS Conta sinttica

    4.2.1.01 Despesa com vendas Conta sinttica

    4.2.1.01.001 Salrios Conta analtica

    4.2.1.01.002 Encargos sociais Conta analtica

    4.2.1.01.003 Comisses Conta analtica

    4.2.1.02 Despesas financeiras Conta sinttica

    4.2.1.02.001 Despesas bancrias Conta analtica

    4.2.1.02.002 Juros passivos Conta analtica

    4.2.1.03 Despesas administrativas Conta sinttica

    4.2.1.03.001 gua e esgoto Conta analtica

    4.2.1.03.002 Combustveis Conta analtica

    4.3 DESPESAS Conta sinttica

    4.3.1. Despesas no operacionais Conta sinttica

    4.3.1.01 Aluguis passivos Conta sinttica

    4.3.1.01.001 (...) Conta analtica

    (...)

    * A relao de contas no exaustiva.

    O plano de contas deve conter somente o nmero necessrio de contas. O modelo apresentado corresponde a uma verso simplificada. O que deter-mina o nmero de contas so as operaes realizadas pela empresa (diver-sidade). Por esta razo ao elabor-lo se deve pesquisar sobre as operaes mais frequentes a fim de selecionar e incluir as contas necessrias. A estrutu-ra pode variar, mas a lgica de elaborao a mesma.

    Ampliando seus conhecimentos

    Ativo como conjunto de bens e direitos: conceito ou composio?

    (VASCONCELOS, 2009)

    Grande parte dos trabalhos define ativo como conjunto de bens e direitos disponveis gesto das entidades, entretanto, estes so apenas seus compo-

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  • 80

    Estrutura patrimonial e plano de contas

    nentes. Ocorre que pensar os ativos como conjunto de bens e direitos uma opo didtica. Esse conceito superficial e genrico no contempla as princi-pais caractersticas relativas ao termo, ou seja, a definio de recursos e a sua relao com as expectativas de benefcios econmicos futuros. (SANTOS et al, p. 110, 2007)

    Os ativos representam aplicaes ou investimentos da entidade que pro-porcionam um fluxo de servios (SANTOS et al, 2007). A essncia da definio de ativo a substncia econmica. Hendriksen e Van Breda (1999) definem ativos como reserva de benefcios futuros (provveis). Os ativos so caracte-rizados por:

    terem a potencialidade de benefcio (fluxo de servios);

    representarem direitos exclusivos da entidade;

    tomarem por base evidncias de que os benefcios futuros se concreti- zaro;

    proporcionarem benefcio econmico, resultante de transao ou fatos ocorridos no passado.

    Para ser reconhecido como ativo o item deve corresponder definio de ativo e caractersticas, sendo mensurvel. A utilidade constitui fator essencial na definio dos ativos porque a noo de benefcio vincula-se utilidade. Uma definio deve alcanar a substncia daquilo que definido.

    Atividades de aplicao1. Conceitue ativo e cite as suas caractersticas.

    2. Diferencie exigibilidade ou obrigao normal de exigibilidade ou obrigao contingencial.

    3. Quais as caractersticas de um passivo?

    4. Considerando ativo = $300.000,00 e passivo = duas vezes o patrim-nio lquido, calcule o passivo e patrimnio lquido:

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

    81

    5. Constitui funo administrativa da Contabilidade (em ampla extenso):

    a) apurar tributos.

    b) apurar desempenho.

    c) informar carga tributria.

    d) controlar o patrimnio, analisar suas variaes e planejar as opera-es da entidade com base nesta anlise.

    6. O propsito do governo na utilizao da informao contbil :

    a) analisar a qualidade das decises gerenciais.

    b) avaliar o resultado tributvel para fins de arrecadao.

    c) acompanhar o processo de distribuio de dividendo.

    d) verificar a liquidez ou capacidade de pagamento das entidades.

    7. Assinale a alternativa correta.

    a) A Contabilidade tem como funo exclusiva organizar o sistema oramentrio da entidade.

    b) O objeto de estudos da Contabilidade a entidade.

    c) O campo de atuao da Contabilidade o das entidades, indepen-dente da natureza ou finalidade.

    d) O campo de atuao da Contabilidade so as empresas com fins lucrativos.

    8. Sobre passivo a descoberto correto afirmar que ocorre quando:

    a) o ativo maior que o passivo.

    b) os ativos correspondem aos passivos.

    c) o ativo igual ao patrimnio lquido.

    d) o patrimnio lquido negativo.

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    9. Assinale a alternativa verdadeira.

    a) Se ativo maior que o passivo e este diferente de zero, pode-se dizer que a situao patrimonial positiva sem obrigaes.

    b) Se ativo menor que o passivo, pode-se dizer que a situao patri-monial positiva sem obrigaes.

    c) Se ativo menor que o passivo, pode-se dizer que o passivo est descoberto.

    d) Se ativo menor que o passivo, pode-se dizer que a situao patri-monial nula.

    10. Identifique a tcnica utilizada para registro dos fatos contbeis.

    a) Auditoria.

    b) Anlise das demonstraes.

    c) Escriturao.

    d) Demonstrao.

    11. Identifique a tcnica utilizada para interpretao da situao patrimo-nial.

    a) Auditoria.

    b) Anlise das demonstraes.

    c) Escriturao.

    d) Demonstrao.

    12. Identifique a tcnica utilizada para exposio do status do patrimnio em determinado momento.

    a) Auditoria.

    b) Anlise das demonstraes.

    c) Escriturao.

    d) Demonstrao.

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    13. Palavras-cruzadas:

    (a) Conjunto de bens e direitos com potencialidade de benefcios futuros.

    (b) Compreende bens, direitos e obrigaes.

    (c) Diferena entre ativo e passivo.

    (d) Representa exigibilidades ou reclamos contra a entidade.

    Yum

    ara

    Vasc

    once

    los..(a)

    (b)(c)

    (d)

    T

    14. Assinale com V as alternativas verdadeiras e F as alternativas falsas.

    A Contabilidade organiza os dados relativos ao patrimnio )((movimentao econmico-financeira), gerando informaes teis ao processo decisrio.

    O plano de contas serve de base para o preparo das demonstra- )(es contbeis, norteando o processo de contabilizao.

    A Contabilidade presta informaes teis para controle, gesto )(e planejamento.

    Se ativo = passivo, a situao patrimonial de endividamento )(mximo.

    Se ativo = 0 e passivo = situao lquida menor que zero, temos )(uma situao lquida positiva ou favorvel.

    Se ativo < passivo, e ativo + situao lquida = passivo, temos a )(situao de ativo a descoberto.

    15. O que so contas sintticas?

    16. O que so contas analticas?

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    Estrutura patrimonial e plano de contas

    Gabarito1. Ativo um conjunto de bens e direitos, de propriedade e posse da

    entidade, disponveis para a administrao. Representam direitos ex-clusivos. A caracterstica essencial de um ativo a sua potencialidade inerente de produzir benefcios, contribuindo para a realizao das operaes e dinmica dos negcios.

    2. A obrigao normal tem seu valor conhecido ou pelo menos, estimvel e sua exigibilidade certa. A exigibilidade contingencial apresenta dificul-dades de avaliao e sua exigibilidade incerta.

    3. Um passivo diz respeito a fatos ou eventos j ocorridos a serem pagos em data futura. Pode ser obtido ou calculado com exatido, ou apenas estimvel (valor provvel).

    4. A-P=PL

    300.000-2PL=PL

    PL=300.000/3=100.0000

    Patrimnio Lquido = 100.000

    Passivo (2PL) = 200.000

    5. D

    6. B

    7. C

    8. D

    9. C

    10. C

    11. B

    12. D

    13.

    a) Ativo

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  • Estrutura patrimonial e plano de contas

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    b) Patrimnio

    c) Situao lquida

    d) Passivo

    14. V, V, V, F, F, F

    15. So aquelas que sintetizam saldos de contas menores. Exemplo: o saldo da conta sinttica caixa totaliza os saldos dos caixas de cada unidade da empresa. As contas sintticas designam elementos patri-moniais genricos. Exemplos: fornecedores, bancos, contas a receber etc. Em face de serem totalizadoras no recebem lanamentos. O sal-do das contas sintticas correspondem ao somatrio dos saldos das contas analticas.

    16. So as contas que efetivamente so contabilmente movimentadas. Seus saldos integram o saldo final das contas sintticas. As contas analticas dizem respeito a elementos patrimoniais especficos que integram as contas sintticas. Exemplo: a conta Souza & Souza Ltda. integra a conta sinttica fornecedores.

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