teoria e técnica de dinâmica de grupo
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TEORIAS E TÉCNICAS DE GRUPOS
Prof. Maria Sara de Lima Dias
Grupos, organizações e instituições
• A vida humana é grupal, está relacionada a estar sempre em convivência com o outro, sendo assim é necessária que existam regras para que a vida em grupo se torne possível.
• Às vezes um comportamento pode se manifestar inadequado em um determinado contexto, porque o seu emissor estava utilizando como referência um grupo distinto àquele com o qual está interagindo momentaneamente.
O ser humano tem necessidades fisiológicas, psicológicas, sociais e espirituais que devem ser satisfeitas para que sobreviva. Sua capacidade de adaptação ao meio ambiente, que está em constante mudança, depende de sua habilidade em identificar, examinar e enfrentar problemas. Essa capacidade varia de indivíduo para indivíduo e em um mesmo indivíduo, de época para época.
CHAVES; IDE (1995) definem identidade social como o conjunto de cognições que o indivíduo tem sobre si mesmo, decorrentes do relacionamento com as outras pessoas, ou a resposta que se dá às perguntas: "quem sou eu"?. "quem é você?" e "quem é êle?'. Consideram que dentre as necessidades psicosociais básicas, a estima é a que se relaciona mais diretamente com a identidade social, por implicar na avaliação da pessoa e no contato com seus semelhantes.
IDENTIDADE SOCIAL
Grupo de referência
Aquele no qual o indivíduo é motivado a manter relações. Quando um grupo de relações (p.ex. colegas de trabalho),
torna-se um grupo de referência, este passa a desempenhar um papel normativo no comportamento do indivíduo.
Vale salientar, ainda, que um grupo normativo tem a função de imprimir aos seus membros valores e normas amplamente compartilhadas pela sociedade.
( Zanelli, BorgesAndrade, Bastos e Cols. P.358)
Definição e características dos gruposEmbora todos conheçamos grupos e pertençamos a vários deles, é mais fácil
descrever um grupo que defini-lo.
Uma definição que tem se mostrado adequada é a de que um grupo é um conjunto formado por duas ou mais pessoas que para atingir determinado(s) objetivo(s) necessita algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo relativamente longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito desejado.
Ou dito de outro modo, um conjunto de pessoas se caracterizará mais fortemente como grupo segundo as seguintes condições:
a) quanto menor for o número de seus membros;
b) quanto maior for a interação entre os seus membros;
c) quanto maior for a sua história e
d) quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja percebido pelos seus membros.
Definições funcionais que pretendem apenas compreender o processo que se estabelece em uma relação na qual se pode dizer que existe um grupo.
GRUPO SOCIAL
Conjunto de indivíduos que interagem uns com os outros durante certo período de tempo. Se dividem em :
• Grupos primários - família, amigos, amigos de infância, de escola, ou seja, pessoas com quem o indivíduo interaja mais pessoalmente.
• Grupos Secundários - Colegas em geral, vizinhos, professores, patrões, motoristas, secretárias, ou seja, pessoas que o indivíduo trata de maneira impessoal por não ter pouco ou nenhum contato íntimo, restrito.
Características dos gruposNormas Pertencer ao grupo implica em se submeter às suas
regras e normas. Para isto são também estabelecidos prêmios e castigos.
As organizações não fogem à regra, ali também os grupos existem e constituem a matéria prima do seu desenvolvimento.
Em duas organizações que têm mesmo objetivo, como dois colégios, duas lojas comerciais ou duas fábricas de automóveis, muitas vezes o que vai diferenciar uma da outra é a maneira como as normas grupais foram estabelecidas.
Todos esses componentes influem na definição de normas de funcionamento e concomitante estabelecimento do clima do grupo.
Pessoas valoresFilosofia
e orientação de vida
Conhecimento mutuoBase para
Normas coletivas,tácitas e explicitas
na dinamica
Funcionamento do Grupo
Comportamento grupalDesempenho grupal
Produtos individuaisValoresNormasSentimentosCultura do grupoClima do grupo
ObjetivosMotivaçãoComunicaçãoProcesso decisórioRelacionamentoLiderançaInovação
IndividualizaçãoSinergia
Produtividade Satisfação
Interação grupo x comportamento• Em que medida o seu comportamento representa a sua
individualidade ou reflete as características do seu grupo.• São as duas coisas. Somos fruto de nossa personalidade,
porém somos ao mesmo tempo resultado da interação dessa personalidade com os grupos a que pertencemos, aos quais valoramos.
• Todos queremos aparecer bem ante os demais. A questão é que não a todos os demais e sim àqueles que elegemos como mais importantes para nós.
O grupo é maior do que os indivíduos
• Para administrar pessoas, possuir uma visão global ou sistêmica é o caminho mais adequado para conseguir estabelecer padrões de comportamento desejáveis em uma organização.
• Compreendendo que os grupos existem, que estabelecem normas de convivência e que estas normas podem ir a favor ou em contra dos objetivos organizacionais.
Dinâmica dos Grupos
• A expressão “Dinâmica de Grupo” foi criada por Kurt Lewin, ele utilizou pela primeira vez este termo em meados dos anos 40.
• Para Lewin toda dinâmica de grupo é a resultante do conjunto das interações no interior de um espaço psico-social
• A explicação dos fenômenos grupais não está nos aspectos singulares dos elementos, mas nas múltiplas interações que se produzem entre os elementos da situação social, assim como no próprio momento em que são observados e interpretados
• O ambiente social contribui para a formação e transformação das atitudes coletivas favorecendo, ou inibindo, as tendências sociais já adquiridas
Influência social
Os anos iniciais do século passado foram tomados por enormes discussões entre os sociólogos e psicólogos de então sobre se de fato existiam os grupos, se estes eram determinantes para o comportamento; se existia alguma entidade supra-individual formada pela interação entre os indivíduos, ou se os indivíduos eram quem determinavam em última instância os comportamentos.
Influência socialVariavam as opiniões de um extremo a outro.
Alguns defendiam que a sociedade era basicamente constituída por grupos, e que seria a partir desses grupos que se poderia modificá-la de maneira a ser mais ética, justa e equilibrada; ou que os grupos constituíram uma espécie de força própria, de consciência coletiva que suplantaria, em determinadas circunstâncias a consciência individual, como Dukheim, Tarde, Le Bon e McDougall ou, como se posicionava Floyd Allport.
No outro extremo, se existia unicamente o indivíduo e como tal todo o comportamento e toda a sociedade somente poderia ser explicada através dele, considerando o seu processo de aprendizagem, individual e intransferível (Álvaro, & Garrido,2003).
• McDougall (1987) chama atenção para o contraditório que existe na participação na vida grupal, já que, se por um lado degrada a pessoa, como afirmava Le Bon, por outro a eleva a sua máxima potencialidade como ser humano.
• McDougall pensa encontrar na organização do grupo a solução. Quando o grupo está organizado, e não é simplesmente uma multidão, as tendências degradantes são minimizadas.
• Segundo Morales (1994) um grupo de teóricos pré-experimentais cujos expoentes principais foram LeBon, McDougall e Freud, defendia que os grupos se caracterizam realmente por uma psicologia diferente, impossível de reduzir à psicologia do membro individual mas igualmente real. Postulavam alguma versão da idéia segundo a qual nos contextos grupais ou coletivos os indivíduos eram possuídos por uma mente de grupo que transformava de forma qualitativa sua psicologia e sua conduta.
Poder e influencia dos grupos
• Pressões de uniformidade se exercem mediante a interação social na qual os membros tentam modificar suas crenças, atitudes e ações de forma mútua.
• Existe um jogo de papeis• Haverá sempre uma dinâmica própria de poder que é a
contradição entre a mudança e a resistência a mudança.
Processos implicados no rendimento grupal.
• O sentimento de pertença , de ser importante, de ter um grupo de amigos com objetivos comuns é provavelmente um conjunto de variáveis que pode influenciar definitivamente o exito ou o fracasso de um empreendimento.
No Brasil este termo foi utilizado pelo Prof. Pierre Weil em 1960 o qual introduziu o Laboratório de Sensibilidade Social, com objetivo desenvolver a qualidade de atuação do indivíduo como membro de um grupo e como lider.
“Grupo” ?
Durante as técnicas de dinâmica de grupo estes fatores emergem
o tempo todo e é importante entender que sob este aspecto não há certo ou errado. O
indivíduo vem para o grupo com todas os seus “aspectos” individuais.
Podemos dizer que é um instrumento que põe em movimento um grupo de pessoas
através de situações de ensaios da realidade, que permitirão expressões
espontâneas de sentimentos e atitudes, muitas vezes levando a pessoa a uma melhor compreensão de sí mesma.
O que é uma técnica de dinâmica de Grupo?
Técnica de Dinâmica de Grupo
O aspecto ludico nos remete a espontaneidade, ao improviso e ao ensaio da realidade.
Favorece a expressão espontânea das pessoas, o que nos permite a observação de atitudes com menor probabilidade de simulação.