teoria geral dos recursos - faculdade legale e legale … · 2017-04-24 · uma vez interposto o...
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EFEITOS DOS
RECURSOS
Efeitos. Classificação
Efeito suspensivo;
Efeito devolutivo:
horizontal e vertical;
Efeito substitutivo;
Efeito translativo
AULA 2
TEORIA DA CAUSA
MADURA
RENÚNCIA E
DESISTÊNCIA
EFEITOS DOS RECURSOS
Reflexão acerca da condição jurídica de uma sentença recorrível: é plenamente eficaz??
COM O TRÂNSITO EM
JULGADO =
execução definitiva
SEM O TRÂNSITO EM JULGADO
=
execução provisória
Há uma condição suspensiva de sua plena EFICÁCIA!!!!
Efeito COMUM a todos os recursos: todos TÊM!!!
impedir o trânsito em julgado <> aplicarem consonância com o artigo 1013, caputdo CPC (antigo 515 CPC/73)– limite daimpugnação: em relação ao que não foi objetode recurso, transita em julgado.
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento
da matéria impugnada.
E COMEÇA A CORRER O PRAZO PARA RESCISÓRIA = Súmula 100 do TST
***
Súmula 100 do TST
Ação rescisória. Decadência. (RA 63/1980, DJ 11.06.1980. Redação alterada
- Res. 109/2001, DJ 18.04.2001. Nova redação em decorrência da
incorporação das Orientações Jurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104, 122 e
145 da SDI-II - Res. 137/2005, DJ 22.08.2005)
I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente
subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja
de mérito ou não. (ex-Súmula nº 100 - Res. 109/2001, DJ 18.04.2001).
II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se
em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para
a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso
tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão
recorrida, hipótese em que flui a decadência a partir do trânsito em julgado da
decisão que julgar o recurso parcial. (ex-Súmula nº 100 - Res. 109/2001, DJ
18.04.2001).
III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou
a interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo
decadencial. (ex-Súmula nº 100 - Res. 109/2001, DJ 18.04.2001).
RECURSOS : trânsito julgado e
Súmula 100 do TST
Efeitos dos recursos
Uma vez interposto o RECURSO, ele – na teoria geral dos recursos – produz EFEITOS em
relação à EFICÁCIA da sentença e à REANÁLISE do conteúdo do processo.
TRADICIONALMENTE :
EFEITO SUSPENSIVO
EFEITO DEVOLUTIVO
MODERNAMENTE:
EFEITO EXPANSIVO
EFEITO
TRANSLATIVO
Efeitos dos recursos: NORMAS aplicáveis
Há uma forte incidência no processo do trabalho das normas do CPC quanto aos efeitos dos recursos;
Isto por força do art. 769 da CLT ( aplicação subsidiária e supletiva do CPC);
Apenas quando a CLT dispõe expressamente sobre o tema é que não se aplicam as normas do CPC
EFEITO DEVOLUTIVO
EFEITO EXPANSIVO
EFEITO TRANSLATIVO
EFEITO SUBSTITUTIVO
C
P
C
EFEITO SUSPENSIVO
C
L
T
Efeitos dos recursos: SUBSTITUTIVO
Fala-se também em EFEITO SUBSTITUTIVO;
A decisão do RECURSO substitui a DECISÃO RECORRIDA
Recurso admitido: recurso não conhecido x prevalência da DECISÃO IMPUGNADA
Art. 1.008 do CPC/2015 (art. 512 CPC/73_
O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a
decisão impugnada no que tiver sido objeto de
recurso.
Efeito: DEVOLUTIVO
EFEITO DEVOLUTIVO: aptidão dorecurso de provocar o reexame dadecisão impugnada.
A devolução somente ocorre quando orecurso é julgado por outro órgãojurisdicional?
Origem termo “devolutivo” e
atual entendimento da devolução recursal
EFEITO DEVOLUTIVO
Ocorre o efeito devolutivo quando o recurso é
direcionado ao julgador que proferiu a decisão
impugnada?
Dividem-se as opiniões:
Nelson Nery Jr: não há necessidade de que o órgão destinatário seja
diverso, para que ocorra efeito devolutivo.
José Carlos Barbosa Moreira: o efeito devolutivo sempre transfere ao
órgão ad quem o conhecimento da matéria julgada em grau inferior de
jurisdição.
Quando o recurso é dirigido ao mesmo julgador por previsão legal o efeito
devolutivo ou não existe (ex.: embargos de declaração) ou fica diferido,
produzindo-se após o juízo de retratação (ex.: agravo de instrumento e
agravo regimental)
ED tem efeito devolutivo? É recurso?
Deve-se entender que a devolução não estavinculada há deslocamento do julgamento paraoutro órgão jurisdicional (em relação ao qualproferiu a decisão).
Deve ser entendido como “a possibilidade desubmeter a decisão impugnada ao conhecimentodo Poder Judiciário, devolvendo-lhe a matéria;em regra, essa reapreciação será feita por órgãodiferente daquele que proferiu a decisãorecorrida, excepcionalmente, contudo, pelomesmo órgão
Efeito devolutivo imediato e diferido
Imediato: o recurso uma vez interposto e admitido devolve ao Tribunal a matéria impugnada
Diferido: depende do conhecimento (e até mesmo do provimento!!) de outro recurso.
Exs. Agravo de instrumento/ RO
RO voluntário/RO adesivo.
Resposta: (1) recurso de destrancamento; (2) recurso cujo
conhecimento fica condicionado à admissão do recurso principal
A aptidão do recurso devolver o conhecimento de matérias ao
tribunal depende da prévia admissão do recurso!
Conhecimento!
O “conhecimento” do recurso integra oefeito devolutivo?
O conhecimento do recurso não integra oefeito devolutivo: o objeto da devolutividadeé o mérito do recurso (seu julgamento).
A matéria relativa à admissibilidade dorecurso é de ordem pública e não integra oefeito devolutivo;O TRIBUNAL analisa toda a matériarelativa ao CONHECIMENTO ex officio;
Efeito DEVOLUTIVO e RECURSO
não CONHECIDO
Quais os princípios que orientam oslimites do efeito devolutivo?
Princípio do dispositivo: tantum devolutum quantum
appelatum (art. 1013, caput, do CPC). A impugnação
depende da iniciativa da parte, não podendo o Tribunal
agir de ofício.
Proibição da reformatio in pejus : ao conhecer de
recurso o Tribunal não pode agravar a situação do
recorrente.
Efeito DEVOLUTIVO e PRINCÍPIOS DA
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
PROBLEMA: Até que ponto o Tribunal pode conhecer das questões. Pode conhecer de
questões não decididas?
Pode conhecer de questões não suscitadas no recurso?
Efeito: DEVOLUTIVO =HORIZONTAL E VERTICAL
Classificação dos limites do efeito devolutivo
Horizontal ou extensão: qto temas/matérias abordadas na
decisão (Art. 1013, caput). Ex.: formulou 2 (dois) pedidos,
rejeitados: recorre apenas de 1 (um)
Vertical ou profundidade: (1013, §§ 1º e 2º)
D
E
V
O
L
U
Ç
Ã
O
Efeito devolutivo em profundidade
O efeito devolutivo em seu aspecto vertical ou emprofundidade trata de questões que não foramtratadas pela sentença e que são remetidas aoconhecimento do Tribunal porque houve recurso sobreo “tema”;Hoje, o CPC faz essa distinção de modoexplícito : “(...) desde que relativas ao capítuloimpugnado”
Aqui o recorrente fixa a extensão doefeito devolutivo recorrente sobre o tema(CAPÍTULO DA SENTENÇA), mas nãoaborda determinada questão oufundamento do pedido ou da defesa.
Efeito devolutivo em profundidade
Quanto às questões não atacadas no recurso: a
profundidade do efeito devolutivo decorre de Lei (Didier)
– Art. 1013, §§ 1º e 2º (Art. 515, §§1º e 2º - CPC/73)
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal
todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais.
Art. 1013, §1º
Exemplos: Art. 1013, §1º - “questão” =
ponto controvertido
Horas extras: recurso da reclamadaafirmando que a condenação nos termos daSúmula 338, I do TST afronta o ônus deprova que era do reclamante.
Alegação recurso: aduz que não provou
Questão: de quem era ônus de prova?
Pode envolver (Art. 74, §2º CLT) :+ 10
funcionários/VE reconhecido em juízo.
(1) Equiparação salarial: recurso do autor contraextinção do processo, por não admitir litisconsórcioativo; manutenção da extinção porque não indicouparadigma e considerou que era pressuposto dopedido de equiparação salarial (AIRR 1615/2001-002-17-00.2, Rel. Min. Lélio Bentes Corrêa)
(2) Justa causa reconhecida por improbidade: mantidapor negligência: gerente Banco.
Mantém-se a sentença, ainda que por outro fundamento;
Mas o FUNDAMENTO se refere ao mesmo CAPÍTULO DA SENTENÇA = deve ter sido alegado
em DEFESA
Art. 1013, §
2º CPC / 2015
Dúvida: reconhecido o VE no recurso, pode
então apreciar os demais pedidos?
Antes do novo CPC, o comum era remeter o processo
para julgamento dos demais pedidos para a Vara de
origem, para que não ofendesse ao princípio do duplo
grau de jurisdição;
Há uma Sumula (S. 393 do TST) que dizia que não havia
devolução ao Tribunal de PEDIDO NÃO JULGADO; daí
tinha que devolver para julgar: rescisórias/horas extras/ES/etc;
Havia um limite no §3º do art. 515 – quanto à aplicação da
TEORIA DA CAUSA MADURA. Isto mudou. Agora a Súmula
393 tem nova redação.
Efeito devolutivo em profundidade/vertical
Súmula 393 do TST – antiga redação
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM
PROFUNDIDADE. ART. 515, §1º do CPC. (Conversão da Orientação
Jurisprudencial n. 340 da SDI-1 – Res. 129/05 – DJ 20.4.05)
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai
do §1º do art. 515 do CPC, transfere automaticamente ao Tribunal a
apreciação de fundamento de defesa não examinado pela sentença,
ainda que não renovado em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao
caso de pedido não apreciado na sentença.”
Efeito devolutivo em profundidade/vertical
Súmula 393 do TST – nova redação
Recurso ordinário. Efeito devolutivo em profundidade. Art. 1.013, §
1º, do CPC de 2015. Art. 515, § 1º, do CPC de 1973. (Conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 340 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ
20.04.2005) (Alterada pela Resolução nº 169/2010 - DeJT 19/11/2010)
(Alterada pela Res. nº 208/2016 - DeJT 22/04/2016)
I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai
do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973),
transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da
defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em
contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o
recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos
termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando
constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
Efeito devolutivo em profundidade/vertical
EFEITO SUSPENSIVO
A ausência de efeito suspensivo é regra em todos os
recursos trabalhistas, nos termos do Art. 899 da CLT
Súmula 414, II do TST
MANDADO DE SEGURANÇA – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
(OU LIMINAR) CONCEDIDA ANTES DA SENTENÇA
(Conversão das OJs 50, 51, 58, 86 e 139 da SDI-II – DJ
22.8.05)
• I – A antecipação da tutela concedida na sentença não
comporta impugnação pela via de mandado de segurança,
por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação
cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo
a recurso
• (...)
EFEITO SUSPENSIVO
Art. 899 - Os recursos serão interpostos
por simples petição e terão efeito
meramente devolutivo, salvo as
exceções previstas neste Título,
permitida a execução provisória até a
penhora
No caso do efeito suspensivo não se aplica o
CPC porque há norma expressa na CLT.
EFEITO TRANSLATIVO
Efeito translativo é a possibilidade do Tribunalconhecer de matérias não invocadas no recurso,desde que configure antecedente lógico do temadeduzido no recurso e, quando, além disso, nãoesteja afetada pela coisa julgada.
Sistema autoriza conhecimento matéria ex
officio (ordem pública);
O tema não é trazido no recurso pela parte!!
EFEITO TRANSLATIVO
É aplicação do §§1º e 2º do Art. 1013 do
CPC: neste ou a questão não foi discutida ou o tema consta do recurso?
Em primeiro lugar, como o efeito devolutivo dosrecursos está vinculado ao princípio da disponibilidadedas partes (art.1013, caput, do CPC), fazer umareflexão de que matéria que o Tribunal possa conhecerde ofício não integra a devolução do recurso, porque aparte não necessita ter suscitado na peça recursal:Quando há apreciação de ofício o Tribunal pode (edeve!) ultrapassar os limites da impugnação da parte,mas desde que não se refira a capítulo da sentença comtrânsito em julgado (a\zxssssdreettom
EFEITO TRANSLATIVOe CONHECIMENTO DO RECURSO
Não há efeito devolutivo NO CONHECIMENTODO RECURSO porque neste caso as matériassobre as quais o Tribunal deva se pronunciarsão de ordem pública (art. 337, §5º do CPC,antigo art. 301, §4º do CPC/73). Portanto,
esses temas (Ex.: incompetência material,carência da ação; coisa julgada, etc) não sesujeitam ao limite do efeito devolutivo dosrecursos
Os pressupostos de admissibilidade não precisamser trazidos pela parte nas contrarrazões
EFEITO TRANSLATIVO
IMPORTANTE: EXCLUINDO A HIPÓTESE DE CONHECIMENTO, O EFEITO TRANSLATIVO
TEM UM LIMITE
Humberto Theodoro Júnior
Matéria de ordem pública se devolve por efeito de profundidade
do recurso, quando não esteja afetada pela COISA JULGADA;
Disto decorre que se deve ser um ANTECEDENTE LÓGICO DO
TEMA DEDUZIDO EM RECURSO e não PODE ESTAR AFETADA
PELA COISA JULGADA.
Exemplo: falta de interesse na cobrança da contribuição sindical x
efeito translativox recurso sobre improcedência de contribuição
assistencial
O art. 337 do CPC (art. 301 CPC/73) da forma de formular a
defesa. Diz que antes de impugnar especificamente as
alegações de fato, o réu deve alegar matérias de cunho
processual (PRELIMINARES).
São elas: (1) inexistência ou nulidade da citação; (2)
incompetência absoluta ou relativa; (3) inépcia da petição
inicial; (4) perempção; (5)litispendência; (6) coisa julgada; (7)
conexão; (8) incapacidade da parte, defeito de representação
ou falta de autorização; (9) convenção de arbitragem; (10)
ausencia de legitimidade ou interesse processual;
E, no parágrafo único deste artigo diz;
CPC: capítulo CONTESTAÇÃO:
matéria de ordem pública
Art. 337, §5º. Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência
relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo
O art. 337 do CPC (art. 301 CPC/73) da forma de formular a
defesa. Diz que antes de impugnar especificamente as
alegações de fato, o réu deve alegar matérias de cunho
processual (PRELIMINARES).
São elas: (1) inexistência ou nulidade da citação; (2)
incompetência absoluta ou relativa; (3) inépcia da petição
inicial; (4) perempção; (5)litispendência; (6) coisa julgada; (7)
conexão; (8) incapacidade da parte, defeito de representação
ou falta de autorização; (9) convenção de arbitragem; (10)
ausencia de legitimidade ou interesse processual;
E, no parágrafo único deste artigo diz;
CPC: capítulo CONTESTAÇÃO
Art. 337, §5º. Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência
relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo
EFEITO EXPANSIVO SUBJETIVO
É aplicação do art. 1005 do CPC, antigo 509 do CPC
Art. 1005. O recurso interposto por um doslitisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ouopostos os seus interesses.
Exemplo: (1) responsável subsidiária x ex-empregadorarevel; (2) grupo econômico; (3) outras hipóteses desolidariedade
TEORIA DA CAUSA MADURA
1013, §3º do CPC : aqui sim, o pedido não foi julgado <> teoria da causa madura
• “§3º. Nos casos de extinção do processo, sem julgamento do
mérito (artigo 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a
causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em
condições de imediato julgamento.”
Foi prevista apenas para a hipótese deextinção do processo sem julgamento domérito e quando a questão forexclusivamente de direito.
TEORIA DA CAUSA MADURA
1013, §3º do CPC : houve bastante mudança no
novo CPC quanto a teoria da causa madura. Estava assim prevista no art. 515, §3º do CPC de 1973
• “§3º. Nos casos de extinção do processo, sem julgamento do mérito
(artigo 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa
versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de
imediato julgamento.”
Inicialmente foi prevista para casos de processos que subiam ao
TRIBUNAL com julgamento de EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO, e DESDE QUE A MATÉRIA DECIDIDA FOSSE DE DIREITO
TEORIA DA CAUSA MADURA
CPC / 73
PROCESSO SEM
JULGAMENTO DE
MÉRITO
+
MATÉRIA DE DIREITO
EVOLUIU para
COM EXTINÇÃO DO
MÉRITO + MATÉRIA DE
DIREITO
ULTIMAMENTE: doutrina
Com EXTINÇÃO DO MÉRITO, e
desde que a matéria fática já tivesse
sido submetida ao contraditório
Art. 1013 § 3º. Se o processo estiver em condições de imediato
julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com
os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em
que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a
prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as
demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de
primeiro grau.
TEORIA DA CAUSA MADURA
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por
negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o
autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de
coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada
intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
TEORIA DA CAUSA MADURA
- ART. 485 -
TST aplica para julgamento comresolução do mérito e também paraanálise da matéria fática.
• Exemplos
RR-1527/2001-120-15-85.4/ 14.10.2009 – Rel. Min.
Alberto Luiz Bresciani de Fontan PereiraEmenta: I – RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. 1. NULIDADE.
Art. 515, §3º , do CPC . SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
INOCORRÊNCIA. TEORIA DA CAUSA MADURA. MATÉRIA FÁTICA.
Prevê o art. 515, §3º, do CPC que, nos casos de extinção do processo
sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo
a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver
em condições de imediato julgamento-. Ainda que o dispositivo legal
em questão aluda a –questão exclusivamente de direito -, é cabível a
aplicação da assim chamada teoria da causa madura também quando
remanesce matéria fática, desde que desnecessária dilação probatória.
(...)
Art. 1013, §3º
• Exemplo 2 – RR 1277/2003-006-18-00.0,
Rel. Min. Vantuil Abdala.
Ementa: TRANSAÇÃO. PROGRAMA DE DESLIGAMENTO
VOLUNTÁRIO. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE
TRABALHO. EFEITOS DA QUITAÇÃO. MULTA DE 40%
DO FGTS DECORRENTE DAS DIFERENÇAS DOS
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
(...) Ressalta-se ser desnecessária a determinação
de retorno dos autos ao Tribunal Regional de
origem, por tratar a ação de matéria
exclusivamente de direito, por estar em
condições de imediato julgamento e por referir-
se à matéria pacítica nesta Corte.
Art. 1013, §3º/ Art. 515, §3º
• Exemplo 3 – E-RR-493/2003-191-17-00, Rel. Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi/ 1/07/2005
“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. ART. 515, §3º DO CPC. DEVIDO
PROCESSO LEGAL. Apesar de o §3º do art. 515 do
Código de Processo Civil referir-se apenas ao efeito
translativo dos recursos nas hipóteses de extinção
do processo sem julgamento do mérito, o
entendimento também se aplica aos casos de
julgamento de mérito, com proclamação da
prescrição. 2. Com efeito, a apreciação do mérito da
lide pelo Tribunal exige apenas a maturidade da
causa, prescindindo de duplo exame sobre a mesma
questão.
Art. 1013§3º/ Art. 515, §3º
RENÚNCIA E DESISTÊNCIA DE
RECURSO
CPC 2015 : artigos 998 e 999
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a
anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do
recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a
análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido
reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos.
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da
aceitação da outra parte.
DISPOSIÇÃO
• A parte recorrente pode dispor do direito de recorrer através
da renúncia e da desistência:
Renúncia: Utiliza-se para recurso ainda não interposto, dentro
do prazo recursal;
Desistência: Utiliza-se para recurso já interposto. A qualquer
momento, inclusive na Tribuna.
• Nenhuma delas requer a concordância da parte contrária.
Ex.: desistência e retratação. Pode?
• Com o novo CPC a DESISTÊNCIA não impede a análise de
queestão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e
daquela objeto de julgamento em recursos extraordinários e
especiais repetitivos (parágrafo único do art. 998 do CPC)