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CRISTIANA MARY TOLEDO PEDROSA SILVA LUIZ ALVES BARBOSA
RUY SAN MARTIN RIVADULLA
TERCEIRIZAÇÃO: TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE LINHAS ENERGIZADAS NA CHESF – COMPANHIA HIDRO
ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, SSLS - SERVIÇO DE MANUTENÇÃO DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO SUL
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação da Escola de Administração, da Universidade Federal da Bahia, como requisito para obtenção do grau de especialista em Administração de Serviços.
Orientador: Prof. Dr. Robinson M. Tenório
Salvador – BA Novembro 2002
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AGRADECIMENTOS
À CHESF, uma das maiores empresas do Setor Elétrico, que preocupada com a capacitação do seu corpo técnico, nos oportunizou vivenciar esta experiência enriquecedora e gratificante da maior importância para o nosso crescimento como profissional e ser humano. Esperamos corresponder ao investimento que nos foi confiado, aplicando os conhecimentos adquiridos neste período, para o engrandecimento dos serviços prestados à Sociedade. Ao corpo técnico do SSLS – Serviço de Transmissão de Linhas do Sistema Sul que nos disponibilizou as informações para a conclusão de nosso trabalho, bem como demonstrou compromisso com o objeto da pesquisa e confiança em nós depositada. Ao corpo técnico da Empresa Terceirizada pela contribuição nas informações coletadas para a avaliação e conclusão de nossa pesquisa. Aos nossos colegas Chesfianos que direta ou indiretamente também nos ajudaram ao alcance do nosso objetivo, que servirá na aprendizagem e partilha de nossos conhecimentos. As nossas esposas (os) e filhas (os), que sentiram nossas ausências nos momentos em que estávamos engajados no projeto a que nos propomos: nosso curso de especialização. Não temos como retribuir a paciência, o carinho, a compreensão, o apoio e a força para conduzir ao êxito a que chegamos. A Robinson Tenório, nosso mestre, que nos motivou e elevou a auto-estima com suas palavras e orientações. Aos nossos professores, que se empenharam em fornecer informações para complementar nossa formação, e aos funcionários do CPA e da escola de Administração da UFBA pelo apoio prestado. Aos colegas de curso, que conhecemos e aprendemos a conviver durante tantos meses Tornamos companheiros. Foram tantas experiências: as falas, os depoimentos, as discussões e os conhecimentos que muito nos ajudaram a formar idéias e debates que enriqueceram nossa aprendizagem. A DEUS, nosso Pai Celestial, que nos ilumina e permitiu todas as maravilhas que até hoje merecemos.
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RESUMO
Esta monografia buscou obter informações sobre o nível de compromisso quanto a eficiência e eficácia no processo de terceirização das atividades de manutenção de linhas de transmissão energizadas na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), especificamente no Serviço de Manutenção de Linhas de Salvador (SSLS), enfocando a qualidade dos serviços prestados por empresas terceirizadas na execução dos trabalhos requeridos, considerados como essenciais à confiabilidade necessária ao funcionamento e continuidade do Sistema Elétrico. Descreve, ainda, como ocorre o processo de licitação dos serviços, que são balizadas ou sujeitas ao cumprimento de Normas e Leis governamentais, visando tornar o mercado competitivo e através da parceria entre a CHESF e as empresas destacam-se a meta a ser alcançada, obtendo-se com isso a excelência dos principais indicadores de desempenho do sistema ao longo desse período. A pesquisa desenvolvida através de questões operacionais direciona e delineia os resultados alcançados garantindo a terceirização como uma estratégia moderna na administração do gerente, alcançando sua missão de produzir, transmitir e comercializar energia elétrica, segundo princípios éticos e em sintonia com a preservação ambiental, para atuar com qualidade e rentabilidade no mercado. A monografia se torna oportuna em função das novas exigências do setor elétrico nacional, principalmente a disponibilidade dos equipamentos, bem como permite avaliar o sucesso ou não da estratégia adotada. Palavras-chave: Terceirização, Confiabilidade, Continuidade, Eficiência, Eficácia.
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ABSTRACT
This monograph looked for to obtain information on the commitment level as the efficiency and effectiveness in the process of outsourcing of the activities of maintenance of lines of transmission energizing in the Hydro Electric Company of San Francisco (CHESF), specifically in the Service of Maintenance of Lines of Salvador (SSLS), focusing the quality of the services rendered by companies outsourcing in the execution of the requested works, considered as essential to the necessary reliability to the operation and continuity of the Electric System. It describes, still, as the process of bidding the services, that are beacon happens or subject to the execution of Norms and government Laws, seeking to turn the competitive market and through the partnership between CHESF and the companies stand out the goal to be reached, being obtained with that the excellence of the main indicators of acting of the system to the long of that period. The research developed through operational subjects indicates and delineates the reached results guaranteeing the outsourcing as a modern strategy in the administration of the massager, reaching its mission of producing, to transmit and to market electric energy, according to ethical beginnings and in syntony with the environmental preservation, to act with quality and profitability in the market. The monograph, becomes opportune in function of the new demands of the national electric section, mainly the readiness of the equipments, as well as it allows to evaluate the success or not of the adopted strategy.
Keywords: Outsourcing, Reliability, Continuity, Efficiency, Effectiveness.
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SUMÁRIO
Lista de Figuras ...................................................................................................... 7
Lista de Tabelas...................................................................................................... 8
Lista de abreviaturas e siglas ................................................................................... 9 e 10
1. Introdução .................................................................................................... 11
1.1. Definição do Problema .................................................................................. 11
1.2. Justificativa.................................................................................................... 12
2. A Estrutura do Setor Elétrico Brasileiro e a CHESF....................................... 13
2.1. Modelo Institucional do Setor Elétrico ........................................................... 13
2.2. Histórico da CHESF..................................................................................... 14
3. Referencial Teórico ....................................................................................... 18
3.1. A Terceirização ............................................................................................ 18
3.2. A Terceirização na CHESF........................................................................... 23
3.3. O Processo Licitatório................................................................................... 30
3.3.1. Escopo padrão para contratação de serviços ................................................. 31
4. Questões Operacionais ..................................................................................... 37
4.1. Questão Operacional 1.................................................................................. 37
4.2. Questão Operacional 2.................................................................................. 37
4.3. Questão Operacional 3.................................................................................. 38
4.4. Questão Operacional 4.................................................................................. 38
4.5. Questão Operacional 5.................................................................................. 39
5. Metodologia.................................................................................................. 40
5.1. Abordagem................................................................................................... 40
5.2. Local ............................................................................................................ 40
5.3. População .................................................................................................... 40
5.4. Amostra........................................................................................................ 41
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5.5. Projeto Piloto................................................................................................ 41
5.6. Instrumentos de Coleta.................................................................................. 41
5.7. Procedimentos de Coleta............................................................................... 41
5.8. Tratamento dos Dados .................................................................................. 42
6. Apresentação e Analise de Resultados .............................................................. 43
7. Conclusão ........................................................................................................ 52
8. Referências Bibliográficas.................................................................................. 54
9. Anexos............................................................................................................. 55
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01................................................................................................................ 14
Figura 02................................................................................................................ 27
Figura 03................................................................................................................ 27
Figura 04................................................................................................................ 27
Figura 05................................................................................................................ 29
Figura 06................................................................................................................ 29
Figura 07................................................................................................................ 30
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Vantagens e Desvantagens da Terceirização .......................................... 19
.............................................................................................................................. 20
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica
ART - Atestado de Responsabilidade Técnica
BMM – Boletim de Medição Mensal
BR’s – Barramentos
CESP - Companhia Energética de São Paulo
CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
COELCE – Companhia de Eletricidade do Ceará
COGE – Comitê de Gestão Empresarial
COHEBE - Companhia Hidrelétrica da Boa Esperança
COS – Centro de Operação de Sistema
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
DML – Departamento de Manutenção de Linhas
DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
DREQ – Duração de interrupção do fornecimento de energia
ELETROBRAS - Centrais Elétricas Brasileiras S/A
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI – Equipamento de Proteção Individual
EPTE – Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S/A.
FREQ – Freqüência de interrupção do fornecimento de energia
INMETRO – Instituto Nacional de Pesos e Medidas
kV - Quilowatts
LT’s – Linhas de Transmissao
MAE - Mercado Atacadista de Energia Elétrica
MME - Ministério de Minas e Energia
MN – Manual de Normas
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M – Manutenção
NM – Normas de Manutenção
ONS – Operador Nacional de Sistema
PR – Pára-raio
TC – Transformador de Corrente
TP – Tomada de Preços
TP - Transformador de Potência
TPC – Transformador de Potencial Capacitivo
SE’s – Subestações
SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica
SSLS – Serviço de Manutenção de Linhas de Transmissão
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Definição do problema
No final da década de 1980, a CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco,
necessitava dar continuidade nas manutenções do seu sistema de linhas de transmissão nas
tensões de 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV, inclusive com um plano decimal de grandes
investimentos, ou seja, premente necessidade de expansão do seu sistema de linhas de
transmissão.
Diante dos fatos expostos acima, a CHESF realizou um minucioso estudo sobre a contratação
de serviços, observou que empresas correlatas já trabalhavam executando manutenções de
linhas de transmissão e barramentos terceirizados.
Existe de fato um mesmo nível de compromisso quanto à eficiência na consecução dos
serviços prestados? É uma questão levantada, inclusive por outras empresas de energia
elétrica, a exemplo da CESP - Companhia Energética de São Paulo, que mescla as atividades
externas com internas, em proporções variáveis de acordo com o tipo de serviço; dentro do
ambiente de tecnologia, a área-fim concentra 80% do trabalho interno, e a área-meio 20%. A
contratante e a contratada precisam estar juntas na avaliação dos resultados, uma vez que se
necessário for efetivar correções, para que as mesmas possam ser implementadas com mais
agilidade e eficácia.
Com essa pesquisa pretendemos abordar o assunto e identificar se “os serviços terceirizados
de manutenção de linhas de transmissão energizadas da CHESF/SSLS, nos dias atuais,
permite ou garante a confiabilidade necessária ao funcionamento e continuidade do
sistema elétrico”.
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1.2. Justificativa
Na CHESF, o processo de terceirização da Manutenção em Linhas de Transmissão foi gerado
a partir da necessidade de complementar a mão de obra interna, visando a manutenção nas
suas LT’s e atender indicadores de qualidade aos seus consumidores. A partir de então,
decidiu-se estrategicamente terceirizar estes serviços, buscando no mercado empresas que
executassem os serviços requeridos de forma a garantir a confiabilidade necessária ao
funcionamento e continuidade do seu sistema elétrico. A preparação e elaboração de um bom
contrato de fornecimento de serviços terceirizados é fundamental para o bom entendimento
das necessidades do contratante e as ações coerentes e correspondentes do fornecedor de
serviços terceirizados. O gestor desse Contrato precisa ser especializado no desempenho dos
serviços, bom negociador, orientador e avaliador de resultados. Por outro lado, o fornecedor
de serviços precisa conhecer em detalhas as particularidades dos projetos e atividades de
serviços de terceirização do contratante, para que possa planejar a execução de suas atividades
em termos de insumos operacionais, relativos aos recursos que necessita para atender as
solicitações do contratante.
A Terceirização é uma estratégia atuante na conjuntura atual. Com o processo de gestão
moderna, este modelo assumiu o seu papel no cenário da administração e vem contribuindo
para o fortalecimento do novo conceito que caracteriza hoje o mercado e a sociedade
globalizada. A utilização de conceitos como o da Terceirização, instrumentaliza esta posição e
abre ao Brasil oportunidades de avançar através de suas empresas, pelo mesmo caminho que
estão sendo viabilizados nos países do primeiro mundo. O importante é perceber que a
modernização dos métodos de gestão é um desafio para se atingir maior competitividade e
para retomar o desenvolvimento econômico e social do país. A Terceirização não deve ser
absorvida como modismo pelas empresas, mudando apenas porque se achou que era o
momento. É necessário verificar-se a viabilidade da mudança, à luz do plano estratégico, e
encarar estes processos de terceirização como um meio para administrar melhor as empresas e
não como um fim em si mesmo.
A Terceirização se enquadra neste cenário, e poderá ser para aqueles que a adotarem com
precisão, competência e excelência, o caminho certo para o êxito empresarial.
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2. A ESTRUTURA DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E A CHESF
2.1. Modelo Institucional do Setor Elétrico
Para entendermos melhor como está estruturado o Setor Elétrico Brasileiro é necessário
buscarmos na literatura pertinente, como o Setor de vital importância para o crescimento e
desenvolvimento do Brasil se formou e consolidou.
Fazendo uma retrospectiva no Sistema Elétrico Brasileiro, observa-se que o modelo institucional baseado nas empresas públicas federais e estaduais, com o Estado responsável pelos investimentos e gestão do setor, organizou-se no século XX a partir dos anos 60 com a constituição das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRÁS), quando um grande volume de investimento em obras de geração, transmissão e distribuição foram realizadas interligando os diversos sistemas isolados, atendendo com energia a maior parte do país. Esse modelo surgiu dentro da concepção do Estado como responsável pelo fornecimento de infra-estrutura para o desenvolvimento econômico, em especial da indústria. Os demais setores econômicos estariam a cargo da iniciativa privada. (READUSP- v34, n.2, p.81-90, abril/junho 1999).
A regulação e controle do setor eletroenergético nacional teve seu primeiro “input” quando da
criação do Código de Águas em 1934 no Governo de Getúlio Vargas em contraposição com
as regras estabelecidas pelas empresas privadas da época, Light e Ampforp. Após esta
mudança no sistema de regulação da época, o governo brasileiro concebeu a estrutura de
regulação e controle do setor elétrico baseada em três agentes de destaque: o Ministério de
Minas e Energia (MME), as Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobrás) e o Departamento
Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE).
A Lei N. º 1.699/96 criou a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o novo órgão
regulamentador do Setor Elétrico, cabendo a ela promover e regular a competição entre as
empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras. A ANEEL teve a incumbência de regular
os serviços de eletricidade e não o uso da água, como anteriormente era atribuído ao DNAEE.
No modelo atual, a energia elétrica é considerada como mercadoria, sendo vendida num mercado aberto. Para isso foi criado através da Lei 9.648/98 o Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE) e a figura do Operador Nacional do Sistema (ONS). Com isso assegurou-se uma nova funcionalidade ao setor, com redefinições importantes tanto na organização do mercado como nos mecanismos de comercialização de energia, em que foram estabelecidos limites que preservam a competição e garantem as condições necessárias à operação otimizada do nosso sistema elétrico, predominantemente de base hidráulica.
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2.2. Histórico da CHESF ( Página www.chesf.gov.br)
A CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, com mais de 50 anos de atuação, é
uma das maiores e mais importantes empresas do setor elétrico brasileiro.
Sua visão é ser uma “Empresa líder do setor; valorizada e competitiva, com excelente imagem
junto aos clientes e fornecedores, reconhecida pela sociedade e orgulho dos seus
empregados”.
Sua missão é “Produzir, transmitir e comercializar energia elétrica, segundo princípios éticos
e em sintonia com a preservação ambiental, para atuar com qualidade e rentabilidade no
mercado, bem como participar de novos negócios no setor eletroenergético e em outros
correlatos”.
É responsável pela produção, transporte e comercialização de energia elétrica para oito
estados nordestinos – Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte e Sergipe. Sua área de abrangência, conforme mapa do setor eletroenergético, abaixo
(fig.01), é de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente a 14,3% do território
brasileiro, beneficiando mais de 40 milhões de habitantes.
Figura 01
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A CHESF possui atualmente uma capacidade de geração de energia de 10.705 megawatts, sendo 10.271 megawatts de origem hidráulica, 432 megawatts de origem termoelétrica e 1,2 megawatts de origem eólica. É a companhia com o maior parque gerador do País. Seus funcionários, das mais variadas formações e origens, encontram-se distribuídos em toda área de atuação da empresa, desde as maiores capitais do Nordeste até a mais longínqua localidade do interior, diuturnamente a postos para garantir o mais alto grau de confiabilidade no atendimento aos clientes. Assim, cada grande complexo empresarial e cada residência onde se vê luz do desenvolvimento acesa, vê-se a CHESF cumprindo o seu papel de impulsionar o crescimento da Região. Desde sua origem, a CHESF tem um papel de extrema relevância no desenvolvimento da Região Nordeste. Ela foi criada pelo Decreto-Lei 8.031 de 03 de Outubro de 1945, como uma sociedade de economia mista ligada ao Ministério da Agricultura e teve suas atividades iniciadas, efetivamente, em 15 de março de 1948. Sua criação foi baseada na carência de energia elétrica da Região Nordeste, que passou a ser suprida com o aproveitamento do potencial hidrelétrico do Rio São Francisco. Seu idealizador foi o engenheiro agrônomo Apolônio Sales, Ministro da Agricultura no governo Getúlio Vargas.
O histórico da organização pode ser descrito conforme cronograma de fatos a seguir:
1913: O ousado empreendedor Delmiro Gouveia inaugura a primeira usina hidrelétrica do
Nordeste.
1950: O então Presidente da República Getúlio Vargas viabiliza a criação da CHESF e o
início da construção da Usina Paulo Afonso I. No dia 15 de março de 1948 foi
realizada a Assembléia de Acionistas dando início às atividades da CHESF.
1955: Inauguração de Paulo Afonso I, primeira usina hidrelétrica da região Nordeste, com
capacidade inicial de geração de 184 megawatts.
1959: As primeiras linhas de transmissão possuíam estruturas de madeira. Apesar das
barreiras tecnológicas, a energia produzida em Paulo Afonso começava a chegar às
capitais nordestinas.
1973: A partir deste ano, a área de responsabilidade da CHESF é ampliada a todo o Nordeste,
depois da incorporação da Companhia Hidrelétrica da Boa Esperança (COHEBE).
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1975: A sede da CHESF é transferida do Rio de Janeiro para o Recife.A sede definitiva é
instalada na atual Rua Delmiro Gouveia, 333, no Bongi - Recife - PE.
1979: A regularização do Rio São Francisco é finalmente obtida com o funcionamento da
barragem de Sobradinho. O fornecimento de água a todas as usinas rio abaixo passou a
ser controlado.
1980: Inaugurada a Usina Termelétrica de Camaçari, em Salvador(BA). Contando com a
Usina do Bongi, no Recife, a CHESF aumentava a confiabilidade energética nessas
duas capitais.
1981: É dado o passo inicial para a interligação energética Norte-Nordeste com a inauguração
da linha de transmissão Boa Esperança / Imperatriz, conectada a linha da Eletronorte,
em Belém (PA).
1988: A instalação do Centro de Operação do Sistema - COS marca o domínio completo da
CHESF sobre a operação de usinas e transporte de energia através das subestações e
linhas
1994: No dia sete de junho deste ano, é realizada a operação enchimento da Usina de Xingó, a
maior obra já realizada pela CHESF em mais de 50 anos de existência.
1996: A CHESF faz um resgate da história do Nordeste, promovendo um encontro entre o
Cabo Panta, membro da volante que matou Lampião e Maria Bonita, e o cangaceiro
Candeeiro.
O presidente Fernando Henrique Cardoso aciona via satélite o quarto megagerador da
Usina de Xingó. O evento foi transmitido ao vivo, para todo o Brasil, pela televisão e
pela Internet.
1999: A CHESF, em parceria com a COELCE e o Governo Alemão, inaugura a Usina de
Energia Eólica do Nordeste, localizada em Fortaleza.
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1999: A CHESF se situa entre as vinte maiores empresas do setor de serviços públicos do País
na edição Melhores e Maiores da revista Exame. Em Pernambuco é a empresa que
apresenta o maior valor adicionado (riqueza) gerado por empregado - em US Dólar.
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3. Referencial Teórico
3.1. A Terceirização
A Terceirização caracteriza-se como sendo uma técnica moderna de administração que se baseia num processo de gestão que vem sendo utilizada há várias décadas pelas empresas do primeiro mundo e no Brasil. Para melhor entendermos a evolução do processo, buscamos nas diversas literaturas disponíveis, vários conceitos sobre a Terceirização: ‘É uma contratação indireta de atividade habitual, necessária e permanente. É um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros – com as quais se estabelece uma relação de parceria – ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua”. “É a tendência de transferir para terceiros, atividades que não fazem parte do negócio principal da empresa”. “É uma tendência moderna que consiste na concentração de esforços nas atividades essenciais, delegando a terceiros as complementares”. “É um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua”.
“É a transferência a terceiros, com a mesma perfeição técnica, estabelecendo-se uma relação de parceria, para a execução de atividades produtivas ou de serviços, que, em princípio, podem ser realizadas pelo próprio contratante”. A Terceirização vem a ser um novo estágio entre a empresa fornecedora do serviço e a empresa que a contrata, sendo que esta união só irá se concretizar se as parcerias forem completamente autônomas umas das outras.
As pequenas e médias empresas foram as primeiras a entrar neste novo processo por serem as
mais ágeis e por terem percebido a necessidade de mudança, conquistando espaço neste
mercado. Logo, porém, as grandes organizações começaram a fazer uma reflexão para
continuar no mercado de forma competitiva.
Hoje, no entanto a terceirização se investe de uma ação mais caracterizada como sendo uma
técnica moderna de administração e que se baseia num processo de gestão, que leva a
mudanças estruturais da empresa, a mudança cultural, procedimentos, sistemas e controles,
capilarizando toda a malha organizacional, com um objetivo único quando adotada: atingir
melhores resultados, concentrando todos os esforços e energia da empresas para a sua
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atividade principal. Para tanto, o sucesso de sua aplicação está na visão estratégica que os
dirigentes deverão ter quando de sua aplicação nas empresas, de modo que ela se consolide
como metodologia e prática.
Como processo e técnica de gestão administrativa - operacional corrente nos países
industrialmente competitivos, a Terceirização originou-se nos EUA, logo após a eclosão da II
Guerra Mundial. As industrias bélicas tinham como desafio concentrar-se no desenvolvimento
da produção de armamento a serem usados contra as forças do Eixo, e passaram a delegar
algumas atividades de suporte a empresas prestadoras de serviços mediante contratações.
Este conceito básico de horizontalização foi sendo aplicado, em tempos de mutação
administrativa, que variou/migrou posteriormente para a verticalização, com a empresa
concentrando assim, sob coordenação, todas as suas atividades técnicas e administrativas
referentes à sua operação.
Na década de oitenta, o mercado sinalizou novas mudanças para as empresas. O que se retratava era uma questão máxima: cada vez mais o cliente se tornava o "centro das atenções" das empresas, que tentavam dirigir a ele todas as atenções.
Este "voltar-se ao cliente", conhecer realmente o seu perfil, pegou em cheio as organizações, acostumadas a dirigir o mercado, praticamente impondo o seu produto ou serviço.
Assim, as pequenas e médias empresas, mais ágeis e percebendo o momento de mutação, aproveitaram-se da situação e começaram a conquistar fatias significativas deste mesmo mercado.
Foi então, a oportunidade para que as grandes corporações praticassem um exercício de reflexão, "olhando para dentro" e descobrindo saídas que a colocassem novamente no mercado, de forma competitiva.
Este primeiro esforço de mudança foi feito com a introdução do "downsizing" que consiste na
redução dos níveis hierárquicos, providência necessária para se "enxugar" o organograma,
reduzindo o número de cargos e agilizando a tomada de decisões - o que não implica
necessariamente, em cortes de pessoal.
Este processo permitiu, numa primeira etapa, uma evolução parcial na tentativa das empresas se tornarem mais ágeis, eliminando níveis intermediários que acabavam restringindo a corrente decisória.
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A prática do "downsizing" determinou uma reorientação empresarial que correspondeu a enfrentar um outro paradigma: questionar as atividades secundárias executadas internamente e redefinir a verdadeira missão da empresa. O "outsourcing" expressão em inglês, que significa "terceirização" foi, então, desbravado e adotado de forma plena nas empresas, referenciado sempre pela concepção estratégica de implementação. No Brasil, a Terceirização se introduziu sob outro prisma. A recessão como pano de fundo levou também as empresas a refletirem sobre sua atuação. O mercado cada vez mais restrito acabou determinando a diminuição das oportunidades, possibilitando que novas abordagens fossem aplicadas para buscar a minimização das perdas. Importante destacar as palavras-chaves das definições de Terceirização e que assegurado o seu entendimento, abrem perspectivas de sucesso da aplicação da Terceirização, e que são:
− PROCESSO DE GESTÃO O conceito processo de gestão é entendido como uma ação sistêmica, processual, que tem critérios de aplicação (início, meio e fim) e uma ótica estratégica dimensionada para alcançar objetivos.
− PARCERIA
O conceito de parceria, onde o fornecedor se integra num comprometimento de verdadeiro sócio do negócio do cliente.
Vantagens e desvantagens da Terceirização: A Terceirização como qualquer modelo de gestão apresenta vantagens e desvantagens para a empresa, são elas:
VANTAGENS DESVANTAGENS − Redução dos custos;
− Focalização dos negócios da empresa na
sua área de atuação;
− Melhoria da qualidade;
− Aumento da competitividade;
− Redução do quadro de pessoal;
− Menores investimentos fixos;
− Simplificação da estrutura da
organização;
− Interesses comuns;
− Risco de desemprego e não absorção da
mão-de-obra na mesma proporção;
− Resistências e conservadorismo;
− Risco de coordenação dos contratos;
− Falta de parâmetros de custos internos;
− Demissões na fase inicial;
− Custo de demissões;
− Dificuldade de encontrar a parceria ideal;
− Falta de cuidado na escolha dos
fornecedores;
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− Maior agilidade nas decisões;
− Menor custo, maior lucratividade e
crescimento;
− Favorecimento da economia de
mercado, otimização dos serviços;
− Redução dos níveis hierárquicos,
aumento da produtividade e
competitividade
− Redução do quadro direto de
empregados,
− Diminuição da ociosidade das máquinas;
− Maior poder de negociação;
− Ampliação do mercado para as pequenas
e médias empresas;
− Possibilidade de crescimento sem
grandes investimentos;
− Economia de escala;
− Diminuição do risco de obsolência das
máquinas, durante a recessão.
− Aumento do risco a ser administrado;
− Conflito com os sindicatos;
− Mudanças na estrutura do poder;
− Aumento da dependência de terceiros;
− Perca do vínculo para com o empregado
− Dificuldade de aproveitamento dos
empregados já treinados;
− Perda da identidade cultural da empresa,
a longo prazo, por parte dos funcionários;
− Despreparo dos terceirizados;
− Perda da capacidade de inovação;
− Perda do referencial para a avaliação dos
custos, ao longo do contrato;
− Exige investimento em controle de
qualidade;
− Risco do descontrole o processo;
− Os terceirizados visam resultados
mediatos;
− Perda da habilidade técnica.
Note-se que as duas primeiras desvantagens refletem uma realidade (o desemprego como conseqüência da terceirização) da qual nem sempre se pode escapar, e também, refletem uma característica própria de nossa cultura (uma situação também, às vezes, difícil de contornar).
Com este quadro, pode-se refletir sobre os mais relevantes fatores positivos e restritivos da
terceirização.
Os conceitos básicos da Administração e as funções administrativas, aplicadas a todo tipo, nível e tamanho de empresa, devem ser lembrados, e estão em:
Planejamento Organização Controle Coordenação
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Todas estas funções juntas e equilibradamente desenvolvidas no conjunto das ações das
empresas, definem o sucesso das organizações no trato certo da Administração pelos seus
gerentes e dirigentes.
A ação da Administração ainda se revela efetivamente presente na aplicação da Terceirização, quando incorporamos à argumentação a seguinte equação:
administração = coragem de mudar x risco
Assim, a premissa que se coloca neste contexto é exatamente caracterizar uma realidade
conjuntural: para o administrador (dirigentes/gerentes) da empresa, a visão estratégica que
deverá ter passa pela ação prática de decidir por um programa de Terceirização. E isto o leva,
naturalmente, a praticar as mudanças necessárias para a empresa buscar novos rumos,
planejadamente.
Praticar mudanças, nos nossos tempos, é um verdadeiro ato de coragem.
Os fatores que obstaculizam o processo são claros e inevitáveis:
− O conservadorismo das pessoas
− A resistência natural às mudanças
− O medo do novo
− A cultura e os valores das organizações
− O custo da mudança
− A dificuldade de conscientização da Alta Administração
− A capacidade da empresa em enfrentar mudanças
− A falta de planejamento e da visão estratégica da direção, dentre outros.
Cabe ao administrador a missão inerente de enfrentar o processo, com coragem, avaliando, de forma plena, os riscos das mudanças da organização. Para tanto ele terá que conhecer todos os fatores que envolvem a decisão, avaliá-las com antecedência, e dispor de todos os dados para, enfim, decidir.
Isto é planejamento estratégico, que requer daqueles que irão propor a Terceirização nas empresas a vantagem competitiva, a vantagem do conhecimento, para se alcançar o sucesso.
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Na verdade cabe aqui uma questão, ao cabo destes últimos argumentos: a Terceirização é uma moda ou é uma ação ou processo de gestão?
Analisada sobre o prisma estratégico, a Terceirização terá mais condições de êxito nas empresas, pois se baseia numa concepção moderna de aplicação ampla e definitiva, buscando um novo posicionamento no espectro empresarial que a organização se insere.
Como "moda", a Terceirização é uma operação de rotina das empresas, sem embasamento,
sujeito a erros, a "idas e vindas" de mudanças, que só irão desgastar os dirigentes e o corpo
funcional, insensibilizados que estão pela falta de conhecimento macro que espera, e,
naturalmente, a somar custos e despesas sem retorno às organizações.
Algumas empresas estão mais preparadas que outras para a terceirização.
A cultura e o clima organizacional reinantes, a situação econômica e de mercado no qual
estão presentes, servirão de elementos balizadores e facilitadores ou não desta definição.
A alta administração caberá perceber se o processo será um avanço para a empresa e se os
elementos estratégicos envolvidos se firmarão com muito mais base para subsidiar a decisão.
3.2. A terceirização na CHESF
A primeira tentativa de mudança, conhecida como “Downsizing”, foi à redução dos níveis
hierárquicos, que na CHESF ocorreu por volta de 1990 a 1994, enxugando o organograma,
reduzindo o número de cargos e consequentemente agilizando a tomada de decisões. A partir
daí passou-se a transferir para terceiros a incumbência pela execução das atividades
secundárias. Surge o “Outsourcing” (terceirização).
A COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO – CHESF adotou novas
técnicas organizacionais para trabalhos de manutenção em linhas de transmissão classe 69 kV,
138 kV, 230 kV e 500 kV, através da terceirização dos serviços, na área do SSLS. A
preocupação maior da CHESF é que os serviços contratados e terceirizados sejam executados
com precisão e qualidade de forma que o sistema eletro–energético não sofra perturbação e
descontinuidade no fornecimento de energia elétrica aos seus consumidores (concessionárias,
consumidores industriais e população em geral).
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A Terceirização no Serviço de Manutenção de Linhas de Transmissão Sul - SSLS sob o
aspecto da filosofia da manutenção antes centrada na preventiva, tornou-se no estado atual
manutenção sob condição e com ênfase na manutenção preditiva. As atividades antes
executadas por terceiros eram manutenções e melhorias de limpeza de faixas, estradas de
acessos passando no atuais estágios a terceirizar atividades essenciais da rede básica.
Durante a realização desta pesquisa, buscamos referencial de algum trabalho precursor na
CHESF que abordasse e contextualizasse especificamente o tema “Terceirização na
manutenção de linhas de transmissão sob o enfoque do novo ambiente do Setor Elétrico”, o
qual estamos apresentando a seguir, elaborado por dois engenheiros de larga e comprovada
experiência no assunto.
“O Impacto da Tercerização nas atividades essências da Manutenção de Linhas de Transmissão da CHESF – Enfoque no novo ambiente do Setor Elétrico Nacional". - XVI SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica – GMI/010 – 21 a 26 de Outubro de 2001 – Campinas – São Paulo – Autores: Osveraldo Vilar Franca Lima (*) e Carlos Eduardo de Brito Maia – CHESF A filosofia de manutenção de linhas de transmissão utilizada na CHESF se baseia na política preditiva com atuação só em defeitos localizados, perfeitamente caracterizados e devidamente priorizados. Desta forma, a seqüência inspeção, programação, execução e nova inspeção fecham o ciclo geral da manutenção (planejamento, execução e controle). Para atender a praticamente 100% das demandas de eliminação de defeitos do seu sistema de linhas de transmissão, a CHESF utilizou historicamente seu quadro próprio de inspetores, supervisores e eletricistas. A partir de meados da década de 80, com a restrição imposta de renovação de pessoal, a CHESF teve seu quadro próprio gravemente diminuído e, em contrapartida, a contratação de serviços de terceiros, proporcionalmente aumentada. O quadro de pessoal próprio da manutenção de LT da CHESF em 2001, para atender 18.000 km de linhas de transmissão, representa apenas 40% do quadro de 1990 quando o sistema tinha 15.000 km de LT. A opção, então, para enfrentar esta situação foi introduzir a contratação de serviços de terceiros, uma vez que perante o poder concedente, é da CHESF a responsabilidade de manter adequadamente o sistema, independente da força de trabalho utilizada ser própria ou terceirizada. Saiu-se então de uma participação orçamentária de 20% destinada à contratação de serviços de terceiros em 1990, principalmente para trabalhos de reforma de LT, tratamento anticorrosivo e limpeza de faixa, para uma participação da ordem de 60% do orçamento global da manutenção de LT no ano de 2001, com a terceirização atingindo todas as áreas de atividades.
A Terceirização de atividades Algumas dúvidas aparecem invariavelmente quando se pensa em utilizar os serviços de terceiros para realização de atividades em complementação ou em substituição à mão-de-obra própria.
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O que leva uma empresa a delegar a terceiros a execução de certas atividades que, tradicionalmente, são planejadas, executadas e controladas pelos próprios empregados? Que dificuldades são enfrentadas?A partir da decisão de terceirizar, o que deve delegar a terceiros e o que estrategicamente, deve permanecer exclusivo da empresa? Quais são os riscos inerentes a uma estratégia de terceirizar atividades essenciais do “negocio”? Frank Stephen Davis nos dá uma das definições da terceirização: “É a passagem de atividades e tarefas a terceiros. A empresa concentra-se em sua atividade-fim, aquela para a qual foi criada e que justifica sua presença no mercado, e passa a terceiros (pessoas físicas ou jurídicas) atividades-meio”. Novamente aparecem questões quanto ao que é realmente atividade-fim. Não existe, naturalmente, para uma questão complexa desta, uma resposta simples, nem padronizada. Numa pesquisa realizada pelo COGE –Comitê de Gestão Empresarial, por exemplo, entre 119 empresas nacionais, constatou-se como os principais fatores que, na visão delas, podem trazer dúvidas sobre a decisão de terceirizar atividades: − 64% sentem-se inseguras quanto à manutenção do padrão de qualidade de seus produtos. − 40% acham que vão ter dificuldades para encontrar fornecedores tecnicamente habilitados. − 24% acham que passarão a ter dependência excessiva dos fornecedores de serviços. − 15% tem receio de perder o controle sobre os preços de seus produtos. Considerando todas estas questões porquê, então, se terceiriza? Observa-se que as empresas quando decidem terceirizar as atividades têm buscado, principalmente: ü Concentração nas atividades-fim (vocação “core competence”). ü Enxugamento organizacional. ü Redução de desperdícios e de áreas ocupadas. ü Maior nível de especialização na atividade fim. ü Redução de custos. Introdução da terceirização na Manutenção de Linhas de Transmissão da CHESF Com a decisão da CHESF de terceirizar atividades de manutenção de LT, em função da redução do quadro de pessoal próprio, optou-se por iniciar as contratações contemplando atividades rotineiras que tivessem as seguintes características: − Fossem realizadas com o sistema desenergizado ou que apresentassem baixo risco para o sistema. − Exigissem baixa especialização da mão de obra. − O mercado atendesse sem dificuldade por não ser atividade exclusiva da CHESF. Dessa forma, as atividades de limpeza de faixa, tratamento anticorrosivo de estruturas, manutenção das estradas de acesso e reparos em geral, foram licitadas e contratadas atendendo adequadamente as necessidades da CHESF. Pelas características das atividades acima e pelo resultado satisfatório da execução dos trabalhos, foi relativamente tranqüila a convivência com a perda do pessoal próprio que as executava. Com o agravamento da saída do pessoal próprio começou, no entanto, a haver deficiência, também, nas atividades consideradas essenciais, para a manutenção de linhas de transmissão, que são aquelas de maior complexidade e risco, como os trabalhos com linhas e barramentos energizados e a lavagem de isoladores em áreas de poluição com as instalações energizadas. Diferentemente das atividades que foram inicialmente contratadas, estas apresentam outras características: ü São de alto risco para o sistema (intervenções energizadas) ü Exigem alto compromisso com o resultado ü Exigem execução por empresa especializada ü Têm a demanda dos serviços restrita (exclusivamente da CHESF nas tensões de 230 kV e 500 kV)
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Optou-se, então, por iniciar a contratação dessas atividades essenciais para a manutenção, com a substituição energizada de cadeias de isoladores em linhas de transmissão em 230 kV, pois estas atividades são padronizadas e havia no mercado empresa com a capacitação requerida. As demais atividades essenciais ainda ficaram sendo realizadas totalmente pelas equipes próprias. Realizou-se, então, em 1994 o primeiro contrato de manutenção energizada para substituição de cadeias de isoladores na tensão de 230 kV com os seguintes critérios: − O serviço era de engenharia (exigiu-se ART-CREA); − Os métodos de trabalho e as Normas foram definidos pela CHESF; − Os serviços foram contratados por preços unitários e balizados pelos custos próprios da CHESF; − A qualidade dos serviços não poderia ser afetada; − A CHESF certificou os profissionais e o método a ser empregado pela empresa contratada, antes do inicio dos trabalhos; − A CHESF exigiu a elaboração de Planos de Segurança dos trabalhos e Programas Executivos com análise preliminar de risco para todas as intervenções nos mesmos moldes dos praticados com suas equipes próprias. Ao longo da execução do contrato, a CHESF manteve também, além da fiscalização, auditagens constantes e certificações para cada tipo de intervenção que iria ser realizada ou quando ocorriam mudanças na equipe executora. Algumas dificuldades que persistem até hoje, para a perfeita execução desse processo, no entanto, precisaram ser gerenciadas: − As exigências da Lei 8666 que limitam muito o desenvolvimento das licitações e ensejam vários recursos legais impetrados pelos licitantes. − Equacionamento da relação Menor Preço x Qualidade dos Serviços, tendo em vista que este tipo de contrato não permite a opção de técnica e preço. − Compatibilização das necessidades do sistema físico com os prazos legais de contratação dos serviços. − Capacitação do pessoal interno nesta nova função (especificar, administrar, fiscalizar e auditar contratos). − Monitoração do mercado para que novas exigências ou novas modalidades de contratação tenham resposta adequada. A partir de então, com o sucesso da primeira contratação, a CHESF vislumbrou uma alternativa viável para a complementação da sua forca de trabalho. As primeiras dificuldades surgiram quando a força de trabalho própria já não conseguia atender integralmente as atividades energizadas de substituição de cadeias de isoladores no sistema de 500 kV, as lavagens de isoladores e os trabalhos em barramentos. Para estas atividades, o mercado não respondeu a demanda de serviços solicitada pela CHESF, por carência na oferta destes serviços e falta de capacitação das empresas. A CHESF, num processo de parceria, dentro do que permite a Lei 8666, interagiu com as empresas da região e coordenou treinamentos de capacitação externa de eletricistas de linha energizada, de forma que as empresas adquirissem a condição de participação com profissionais qualificados nas licitações seguintes. A CHESF, numa interação permanente com o mercado, disponibilizou também nos primeiros contratos, dentro do que é permitido pela Lei 8666, equipamentos e ferramentas especiais para viabilizar o ingresso de pequenas empresas da região nas licitações. Foram então viabilizadas as contratações seguintes e a competição que então se estabeleceu, permitiu a gradativa diminuição e estabilização dos preços e valores compatíveis com os preços básicos propostos pela CHESF. Com este mercado estável, a participação dos terceiros nas atividades de manutenção com linhas energizadas para troca de cadeias de isoladores na CHESF já chegam a 38% da sua demanda, o que corresponde a cerca de 11.000 cadeias contratadas anualmente, distribuída nos dois últimos anos por cinco das oito empresas credenciadas do mercado, conforme mostram as figuras 02 e 03.
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Figura 02: Atendimento as demandas por serviço de troca de cadeia de isoladores
Figura 03: Participação das empresas no mercado de troca de cadeias de isoladores na CHESF
Situação atual da terceirização da Manutenção de LT na CHESF Experimentou-se uma relativa estabilidade das contratações de intervenções em cadeias de isoladores, com este processo apresentando as seguintes características:
ü O mercado encontra-se a partir da parceria com a CHESF, capacitado e competitivo; ü As contratações de atividades com instalações energizadas ainda se restringem a
trabalhos padronizados, principalmente os de troca de cadeias e de lavagem de isoladores;
ü Os preços estão balizados pela CHESF a partir do conhecimento dos custos próprios do serviço e da experiência com as diversas contratações;
ü Os padrões de qualidade exigidos e controlados pela CHESF são em níveis, no mínimo, iguais aos praticados pelas equipes próprias. A esse respeito, a figura 04 mostra o comportamento das equipes próprias e terceirizadas da CHESF, quanto a provocação de desligamentos no sistema durante a realização dos trabalhos no período de 1997 a 2000. Figura 4: Quantidade de desligamentos no sistema provocados por equipes da CHESF e de Terceiros (1997-2000).
38%
62%
Servico contratado Quadro proprio
23,5%
27,0%27,5%
19,0%3,0%
A B C D E
0
2
4
6
8
10
12
CHESF TERCEIROS
Qtd. Equipes
Falhas no Sistema
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O quadro de pessoal próprio, no entanto, continua decrescendo e a necessidade de contratação de serviços vem assumindo novos contornos, uma vez que são demandados diversos trabalhos energizados em subestações e atendimentos a contingências, não mais supridos integralmente pelas equipes próprias nem pelas contratações padronizadas de intervenção em cadeias de isoladores. Esta situação se torna crucial em função da atual exigência de disponibilidade máxima de nossas instalações e das correspondentes penalizações pelas suas indisponibilidades. A CHESF vem novamente se preparando, interagindo com o mercado e lançando com êxito, licitações de serviços que atenderão a todas as necessidades do sistema, inclusive nas situações de contingências. Estes contratos são abrangentes (intervenções em linhas e subestações, serviços de prontidão e atendimentos a contingências), exigem supervisão especializada da contratada (engenheiros nos trabalhos em Subestações e eletricistas especializados) e têm duração maior (de dois a quatro anos). Uma preocupação, entretanto, deve fazer parte das reflexões estratégicas da Empresa: até onde, então, terceirizar? Pelas experiências vivenciadas pela CHESF, entendemos que este limite é definido pelos seguintes parâmetros: ♦ Domínio que a Empresa necessita ter para reter a inteligência do processo (o que, como, onde e quando fazer); ♦ Garantia da segurança e qualidade das intervenções; ♦ Regulação dos preços mínimos praticados no mercado. Nesta visão, e na direção de manter estas prerrogativas internas, a CHESF definiu estrategicamente o quadro de pessoal mínimo da manutenção de linhas de transmissão, cujo dimensionamento e alocação seguiram as seguintes premissas: − Garantir a qualidade do fornecimento de energia, disponibilizando ao máximo as linhas de transmissão, dentro do que lhe é exigido no novo cenário do setor elétrico nacional; − Garantir a segurança dos processos vitais, principalmente em intervenções especiais de alta complexidade, riscos e reflexos associados, cuja terceirização não é aconselhável; − Manter o domínio tecnológico dos processos, visando: ü garantir os conhecimentos e técnicas de manutenção de linhas como memória da CHESF (acervo intelectual e técnico); ü gerar uma referencia regulamentadora de padrão de qualidade e custos; ü possibilitar maior flexibilidade no desenvolvimento de melhorias do processo de manutenção. ü Manter o domínio sobre o sistema físico; ü Evitar a tendência de aumento de custos por falta de referência interna de preços;
− Garantir os tempos mínimos de atendimento a contingências, visando maximizar a disponibilidade e reduzir o desconto da parcela variável; − Manter o compromisso com o mercado regional, de cuja formação a CHESF participou; − Manter a atual localização estratégica das equipes, que já são resultados de uma análise criteriosa do atendimento ao sistema. Enquanto este contingente mínimo estratégico de pessoal não for viabilizado, a convivência com a terceirização na manutenção de linhas de transmissão da CHESF, continuará a exigir da empresa um cuidado especial com a qualidade e segurança, além do acompanhamento dos custos de sua contratação e de sua execução.
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Indicadores de desempenho do sistema físico com a inserção da terceirização de atividades A garantia da disponibilidade máxima das instalações exigida pelo novo modelo do setor, demanda dos gestores da manutenção de linhas um esforço especial para, com o quadro de pessoal próprio ou com terceirização, manter os indicadores de desempenho do sistema dentro de faixas adequadas. As taxas de falhas das linhas de transmissão e os indicadores de duração (DREQ) e freqüência (FREQ) de desligamento de consumidores da CHESF (figuras 05, 06 e 07) vêm melhorando ao longo dos anos, fruto de um equilíbrio que a CHESF vem obtendo, apesar do decréscimo progressivo do pessoal e o proporcional aumento de serviços terceirizados, inclusive de atividades de alto risco de desligamento para o sistema.
Figura 05: Indicadores de Desempenho do Sistema
Figura 06: Indicadores de Desempenho do Sistema – DREQ
TAXA DE FALHAS PERMANENTE DE LT's
0,19 0,2
0,24 0,24
0,13
0,26
0,16
0,07
0,130,15 0,14
0,090,06
0
0,1
0,2
0,3
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
20001 200
2
Taxa
META
0,12
TAXA DE FALHAS TRANSITORIA DE LT's
0,72
0,87
0,54
0,68
0,84
1,02
0,89
1,23
0,97
0,66 0,66
0,50,4
0,58
0
0,58
1,16
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
20001 200
2
TAXA
META
D R E Q
1,8
1 , 2
1
0 , 7
0 , 50 ,369
0
0,5
1
1,5
2
1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0
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Figura 07: Indicadores de Desempenho do Sistema – FREQ
OBSERVAÇÃO: Estes gráficos das figuras 05, 06 e 07 foram atualizados com dados até
2002, apesar das referências do autor ser até 2000.
3.3. O Processo Licitatório
A CHESF por ser uma empresa estatal, pertencente ao grupo ELETROBRÁS, está sujeita ao
cumprimento das Normas e Leis Governamentais. Para que as empresas interessadas em
participar do processo de seleção deverão estar habilitadas de acordo com os artigos 27 a 32
da Lei 8.666 de 21/06/93, com as alterações da Lei 9.648 de 27/05/98. Estas, após adquirirem
o Edital de Licitação na CHESF, são convocadas para apresentar sua proposta de preços e
atender as demais exigências constantes do referido Edital. Será vencedora da licitação a
empresa que atender a todas as exigências constantes do Edital e apresentar o menor preço
comparado com o preço (orçamento básico) da CHESF.
No Edital de Licitação consta que será exigido das empresas licitantes, o cumprimento do
Artigo 30 da Lei 8.666 de 21/06/93, no que for compatível com o objeto da licitação, no nosso
caso, com a prestação de serviços de manutenção de linhas de transmissão nas tensões 69 kV,
138 kV, 230 kV e 500 kV, área de atuação do Serviço de Manutenção de Linhas de
Transmissão Sul.
Por outro lado a CHESF também se preocupa com os aspectos de segurança física e
patrimonial, exigindo que as empresas licitantes cumpram as determinações contidas na
Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho na legislação específica
FREQ
1,9 1 , 9 6
1 , 5 3
0,9
0 ,60 ,753
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2000
Pág. 31
sobre Segurança e Medicina do Trabalho e nas normas emanadas pela CHESF no mesmo
sentido, cabendo-a fiscalizar, orientar e supervisionar o sistema de Segurança e Medicina do
Trabalho da Contratada.
Consta ainda, do Edital de Licitação que será exigido da empresa vencedora, os seguintes
documentos:
ü Engenheiro supervisor, supervisor de equipe – Comprovar experiência mínima de dois
anos em trabalhos com LT energizadas e barramentos energizados, nas tensões até 500
kV.
ü Engenheiro supervisor – prova de registro no CREA;
ü Supervisor de equipe – apresentar certificado de conclusão do segundo grau;
ü Equipe – Comprovar experiência mínima de um ano em trabalhos com LT´s e
Barramentos energizados nas tensões até 500 kV;
ü Composição Analítica dos preços ofertados;
ü Plano de Segurança;
ü Relação de equipamentos e ferramentas a serem utilizadas na prestação dos serviços.
Todo o material teórico obtido para realização deste projeto de pesquisa foi conseguido junto
ao Órgão de Suprimento da CHESF – Regional Sul, mediante consulta ao processo licitatório
na modalidade Tomada de Preços de número TP-4.03.2000.4240.00, cujo objeto é a
contratação de serviços de manutenção em instalações energizadas para substituição de
isoladores e ferragens em linhas de transmissão, intervenções em pulos para liberação
de equipamentos de subestações, intervenções em conectores de barramentos visando à
eliminação de “Pontos Quentes” nas tensões de 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV, bem
como para contingências em linhas de transmissão e barramentos de subestações, nas
referidas tensões.
3.3.1. Escopo padrão para contratação dos serviços na Chesf
O objeto é a contratação de serviços de manutenção em instalações energizadas para
substituição de isoladores e ferragens em linhas de transmissão, intervenções em pulos para
liberação de equipamentos de subestações, intervenções em conectores de barramentos
visando à eliminação de “Pontos Quentes” nas tensões de 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV,
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bem como para contingências em linhas de Transmissão e barramentos de subestações, nas
referidas tensões.
Os serviços serão realizados em linhas de transmissão e barramentos de subestações
energizados nas tensões de 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV, ou desenergizados, constando
dos itens descritos a seguir:
a) Intervenções para substituição de isoladores e ferragens em cadeias de suspensão tipo
“I”.
b) Intervenções para substituição de isoladores e ferragens em cadeias de ancoragem com
cordão simples.
c) Intervenções para substituição de isoladores e ferragens em cadeias de ancoragem com
cordão duplo.
d) Intervenções para desconexão e reconexão de pulos de Transformadores de Corrente -
TC´s, pulos de Transformadores de Potencial – TP/TPC, pulos de Para - Raios PR´s
em subestações energizadas na tensão 69 kV, para permitir sua manutenção.
e) Intervenções para desconexão e reconexão de pulos de Transformadores de Corrente –
TC´s, pulos de Transformadores de Potencial – TP/TPC, pulos de Para – Raios - PR´s
em subestações energizadas em 138 kV, para permitir sua manutenção.
f) Intervenções para desconexão e reconexão de pulos de Transformadores de Corrente –
TC´s, pulos de Transformadores de Potencial – TP/TPC, pulos de Para – Raios - PR´s
em subestações energizadas em 230 kV, para permitir sua manutenção.
g) Intervenção em Conectores de barramentos de subestações (predominantemente em
conectores do tipo “T”) energizados nas tensões de 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV,
visando à eliminação de pontos quentes nos mesmos.
h) Atendimento a contingências em Linhas de Transmissão e Barramentos de
Subestações, consistindo basicamente de ações para normalização do sistema após
ocorrências dos tipos:
i) Queda de cabo condutor ou de pára-raios, de LT´s ou de barramentos, ao solo, por
rompimento de cadeia de isoladores ou de ferragens.
j) Queda de Estruturas.
k) Intervenções listadas nos itens 1 a 7 acima, quando realizadas em caráter de
emergência.
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l) Fornecimento de veículo apropriado (com tração 4 x 4) para o transporte da equipe,
equipamentos, materiais e ferramentas do acampamento ao local da realização dos
trabalhos/acampamento, que será medido e remunerado por Km rodado.
Observações:
− Todas as intervenções serão realizadas em linhas de transmissão ou em barramentos
de subestações energizadas em 69 kV, 138 kV, 230 kV e 500 kV, exceto a
intervenção em cadeia de ancoragem de 500 kV que será efetuada com a linha ou
barramento desenergizado.
− Em todas intervenções dos itens 1 a 7, é obrigatória a presença do Engenheiro
Supervisor dos serviços.
− Inclui-se no processo licitatório uma série de Especificações Técnicas (Termos de
Referência), que foram elaborados pelos técnicos da CHESF, onde estão contidos
todos os procedimentos que deverão ser utilizados na execução dos serviços.
− Os trabalhos deverão ser realizados obedecendo, obrigatoriamente, os
procedimentos técnicos contidos nas Especificações Técnicas a seguir
discriminadas:
ü Norma de Manutenção NM-MN-LT-L-002 – “Manutenção de Linhas de
Transmissão e Barramentos Energizados”, 3ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-001 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Suspensão em I”, 230 kV, Estruturas de Concreto – Método à
Distância “, 2ª Edição”;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-002 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Suspensão em” I “, 500 kV, Estruturas Metálicas, configuração
Horizontal – Método à Distância”, 2ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-003 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Suspensão em” I “, 230 kV, Estruturas Metálicas, configuração
Horizontal – Método à Distância”, 2ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-004 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Suspensão em” I “, 69 kV, Estruturas Metálicas, configuração
vertical – Método à Distância”, 1ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-005 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Ancoragem em LTE 230 kV – Método a Distância”, 2ª Edição;
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ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-007 – “Intervenção em Cadeias de
Ancoragem em LT 500 kV – Método Misto com acesso pela escada isolante”, 1ª
Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-010 – “Intervenção para Substituição
de Isoladores em Cadeias de Suspensão em” I “Dupla LT 500 kV – Método à
Distância”, 1ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-013 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias de Ancoragem em LT 69 kV, Estrutura de Concreto, Tipo G – Método à
Distância”, 1ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-016 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias tipo” V “Dupla - 500 kV, – Método à Distância”, 2ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-018 – “Elaboração de Programa
Executivo e Análise Preliminar de Risco”, 3ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-030 – “Substituição de Isoladores em
Cadeias Tipo” V “500 kV – com LT – Método à Distância – estrutura metálica,
2ª Edição”;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-034 – “Intervenção em Instalações
Energizadas para Liberação de Equipamentos”, 4ª Edição;
ü Instrução de Manutenção IM-MN-LT-M-052 – “Intervenção em Pontos Quentes
Energizados, 1ª Edição.
− Os trabalhos serão executados diariamente, inclusive sábados, domingos e feriados,
no horário das 06:30 às 16:30 horas, desde que obedecidas as limitações de
trabalhos com instalações energizadas definidas nas instruções normativas acima
citadas.
− A Contratada deverá equipar sua equipe com sistema de comunicação (telefone
celular, etc,), para possibilitar a localização da equipe e garantir a comunicação
continua entre o campo e os despachos regionais de carga da CHESF - Regional
Sul.
− Os serviços executados serão medidos e faturados mensalmente, de acordo com os
quantitativos constantes do BMM - Boletim Mensal de Medição, elaborado pelos
Pág. 35
representantes da Contratada e CHESF, com base na programação dos serviços e
dados constantes da Planilha de Preços.
− A Contratada responsabilizar-se-á:
ü Pela manutenção à frente dos serviços de um encarregado para atuar em seu
nome e representá-la junto a fiscalização, o qual não poderá afastar-se do local
da realização dos serviços sem o prévio conhecimento da Fiscalização da
CHESF e nomeação de substituto.
ü Por danos causados a terceiros ou a CHESF, provocados por imperícia,
imprudência, negligência ou omissão, durante a execução dos serviços, devendo
assumir também os custos decorrentes de erros técnicos no manuseio de
materiais.
ü Pelo pagamento de multa pecuniária equivalente a 0,1% do valor do contrato,
por motivo de desligamento da instalação decorrente de imperícia, imprudência,
negligência ou omissão na execução dos serviços, devidamente comprovados
pela Fiscalização da CHESF.
ü Pela manutenção da qualidade técnica dos serviços prestados.
ü Pela boa apresentação de seu pessoal, devendo seus empregados estarem
fardados, devidamente identificados, e usando os equipamentos de proteção
individual (EPI) ou coletivo (EPC), necessários ao desenvolvimento de suas
atividades.
ü Pelo registro do instrumento contratual no CREA, de acordo com a Lei 6496, de
07/12/1977, devendo fornecer a CHESF uma cópia antes do pagamento da
primeira fatura do contrato.
− A CHESF responsabilizar-se-á:
ü Pelo cumprimento das obrigações pecuniárias no prazo acordado no instrumento
contratual (30 dias após apresentação da fatura no Órgão financeiro da CHESF).
ü Pelo fornecimento de isoladores, ferragens, conectores ou outros materiais, que
durante as intervenções, forem constatadas a necessidade de substituição.
ü Pelo fornecimento de equipamentos e ferramentas especiais, tais como:
andaimes isolantes e vestimentas condutivas.
ü Pela liberação das instalações para execução dos trabalhos, de acordo com a
programação elaborada em comum acordo com a CHESF.
Pág. 36
ü Pela fiscalização dos serviços e observação do cumprimento dos aspectos
técnicos e de segurança do trabalho. A fiscalização terá autoridade para, a
qualquer momento, paralisar as atividades da contratada, caso a mesma esteja
praticando “não conformidade” que venha comprometer a segurança de
equipamentos, instalações ou pessoas envolvidas nas intervenções, sendo o ônus
da paralisação de inteira responsabilidade desta.
Pág. 37
4. QUESTÕES OPERACIONAIS
As questões operacionais direcionaram e delinearam os elementos para a pesquisa em todo o
seu detalhamento, englobando e esclarecendo a problemática do tema escolhido. Elas tiveram
um sentido amplo na sua forma geral, porém focalizadas com o objeto da pesquisa, de tal
maneira que se constituíram como um alicerce para que os objetivos do projeto científico
fossem alcançados.
4.1. QUESTÃO OPERACIONAL 1: Qual a importância das manutenções de linhas de
transmissão para o sistema eletro-energético da CHESF?
P1 – Na sua visão, a manutenção de linhas de transmissão da CHESF é importante para a
qualidade do sistema eletro-energético?
P2 – Qual o grau de importância que você atribui à manutenção de linha de transmissão na
CHESF? Justifique.
P3 – A manutenção em linhas de transmissão energizadas na CHESF garante a confiabilidade
e continuidade do funcionamento e transporte da energia elétrica ao consumidor/cliente final?
Justifique.
P4 – Por que não realizar manutenção em linhas de transmissão desenergizadas na CHESF?
Este fato prejudica a confiabilidade e continuidade do fornecimento da energia elétrica para o
sistema?
4.2. QUESTÃO OPERACIONAL 2: Quais são os instrumentos que garantem a
confiabilidade e continuidade necessária à transmissão elétrica?
P1 – Você conhece os instrumentos de controle e acompanhamento (indicadores) gerenciais
que determinam a qualidade da energia elétrica fornecida/entregue pela CHESF?
P2 – Quais são os indicadores/instrumentos que garantam a confiabilidade e a continuidade da
energia elétrica no seu trabalho e/ou atividade?
Pág. 38
P3 – Encontrados desvios ou não conformidades, qual ou quais os métodos/processos que
você implementará para correção das não conformidades na CHESF?
P4 – Qual o papel do administrador de contrato em serviços terceirizados de manutenção de
LT´s da Chesf?
4.3. QUESTÃO OPERACIONAL 3: Qual (ais) a (s) vantagem (ens) da CHESF em
terceirizar os serviços de manutenções de LT´s?
P1 – A CHESF realizou algum trabalho de análise de viabilidade técnico-econômico quando
da implantação de serviços terceirizados na empresa? Cite-os.
P2 – Por que terceirizar um serviço técnico de alta especialização, ao invés de utilizar mão-
de-obra da própria Chesf? Quais os aspectos relevantes para a tomada de decisão?
P3 – Quando e por que aconteceu a terceirização da manutenção em linha de transmissão na
CHESF?
P4 – Qual a importância da terceirização de serviços de manutenção em linhas de transmissão
da CHESF para o País, quanto à competitividade sistêmica?
4.4. QUESTÃO OPERACIONAL 4: Como se dá o processo de contratação de
serviços de manutenção de linhas de transmissão no serviço de manutenção de linhas?
P1 – As empresas contratadas atendem de forma ampla e irrestrita às normas técnicas e
administrativas quanto às exigências contratuais e/ou normativas da empresa?
P2 – As empresas contratadas possuem algum processo de padronização/certificação técnica
reconhecida pela ABNT/INMETRO para garantir competitividade empresarial e estrutural de
forma a coibir “não conformidades” em seus processos técnicos/administrativos?
P3 – Com relação ao contrato, em seu escopo está contido todas as exigências necessárias
para atender os requisitos da execução dos serviços?
Pág. 39
P4 – Como a contratada seleciona sua mão-de-obra? A CHESF participa dessa etapa na
contratação?
4.5. QUESTÃO OPERACIONAL 5: Os serviços terceirizados garantem a confiabilidade
do sistema elétrico da CHESF?
P1 – Qual o grau de compromisso social ao sistema elétrico quando constatada perturbação no
fornecimento e distribuição de energia elétrica?
P2 – Existe acompanhamento habitual e/ou permanente de engenheiro ou supervisor de
segurança do trabalho da contratada?
P3 – Qual a sua opinião em relação à qualidade/confiabilidade dos serviços terceirizados? Os
serviços garantem a confiabilidade?
Pág. 40
5. METODOLOGIA
Partindo das questões operacionais, chegamos a metodologia implementada no projeto de
pesquisa:
5.1. Abordagem
Nesta pesquisa utilizamos o método descritivo através de um estudo de caso onde buscamos
referenciais sobre a Terceirização nos aspectos logístico/técnico, partindo de um problema
buscando identificar se a terceirização, nos dias atuais, em serviços de manutenção de linhas
de transmissão energizadas da CHESF/Regional Sul, permite ou garante a confiabilidade
necessária ao funcionamento e continuidade do sistema elétrico.
Utilizamos os procedimentos metodológicos balizados nas seguintes técnicas para coleta de
dados:
5.1.1. Questionários de perguntas abertas
5.1.2. Entrevistas
5.1.3. Análise documental
5.2. Local
A pesquisa foi desenvolvida na CHESF – Regional Sul, SSLS - Serviço de Manutenção de
Linhas de Transmissão Sul – SSLS, localizado na BA 093, KM 20, Município de Dias
D’Ávila/BA.
5.3. População
A população desta pesquisa constituiu-se de profissionais da CHESF e da empresa
terceirizada. A população da CHESF/SSLS compreende 01 Gerente Regional, 01 Gerente em
nível de Divisão, 01 Gerente em nível de Serviço, 03 Engenheiros, 05 supervisores de equipe,
17 técnicos.
A população da empresa terceirizada compreende: 01 Engenheiro, 01 Supervisor e 15
Técnicos.
Pág. 41
5.4. Amostra
A amostra do pessoal CHESF/SSLS foi de 01 gerente em nível de Divisão, 01 gerente em
nível de Serviço que também atua como administrador de contrato, 02 Engenheiros, 04
supervisores de equipe (técnicos).
A amostra do pessoal terceirizado foi constituída de 01 Engenheiro e 01 Supervisor.
5.5. Projeto Piloto
O teste piloto foi utilizado com um membro da equipe do SSLS onde constatamos que as
perguntas elaboradas atendiam nossas expectativas e não houve modificação, sendo a mesma
utilizada no processo da pesquisa.
5.6. Instrumentos de Coleta
02 tipos de Formulários de questões: 01 para empresa terceirizada, outro para CHESF/SSLS,
constituído de perguntas abertas, abordando contexto técnico e administrativo.
5.7. Procedimentos de Coleta
O recurso utilizado para coleta de pesquisa foi basicamente o correio eletrônico, porém houve
contatos telefônicos e pessoais.
Registramos abaixo alguns aspectos relevantes que ocorreram no desenvolvimento da
pesquisa, quais foram:
− Verificação em conversa com um dos membros da equipe do SSLS, sobre uma das
respostas própria do SSLS de que o contrato não exigia certificação pela
ABNT/INMETRO da empresa contratada, pois este item não era exigido, fato que foi
confirmado nessa conversa, inclusive completando a informação que o órgão certificador
para o segmento de energia elétrica é a ABRAMAN, e que esta exigência será implantada
a partir dos próximos editais.
Pág. 42
− A contratada afirmou em uma de suas respostas que além de atender as normas exigidas
pela CHESF, fazem medição de satisfação, fato que esta informação não está coerente
com nossa averiguação, pois constatamos que esta aferição é realizada de forma informal
e eventual.
− Interpelamos um dos membros do SSLS sobre, se a falta do supervisor constantemente no
acompanhamento dos serviços não traz implicações negativas para a realização das
atividades, onde o mesmo informou que para os serviços rotineiros este acompanhemento
pode ser dispensado, porém quando os serviços são realizados em barramentos, esta
exigência deve e está sendo com acompanhamento do supervisor.
− Um membro do SSLS citou que os resultados dos serviços realizado por terceiros, em
comparação com os serviços realizados com as equipes próprias, apresentam um maior
desempenho, conforme gráfico Nº 04.
− Necessitávamos de devolução de duas respostas da empresa terceirizada, porém, apenas
uma resposta foi enviada no tempo que estipulamos para sua devolução, fazendo com que
as respostas apresentadas foram incoerentes, porém foi entregue com atraso o outro
questionário que continha melhores respostas, por se tratar do Diretor da Empresa,
enquanto a primeira era de um supervisor recém contratado.
5.8. Tratamento dos dados
Com as respostas coletadas, analisamos as informações obtidas através dos questionários de
pesquisa, avaliando a unanimidade e a convergência das respostas colhidas em cada questão,
posto isto, poderemos assim diagnosticar um parecer conclusivo.
Pág. 43
6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS
Ao se iniciar a tarefa de análise e avaliação dos resultados obtidos através de pesquisa dirigida
de caráter qualitativo, buscamos referencial teórico que tratasse da temática quanto à ação dos
órgãos reguladores e fiscalizadores para que no final, os serviços prestados obtenham alto
grau de eficiência e eficácia, bem como atendam as expectativas de excelência na satisfação
do cliente. Apresentamos abaixo o artigo que servirá de balizador para a análise e conclusão
dos resultados obtidos em campo.
No novo modelo do setor elétrico brasileiro, nota-se, pela ação dos órgãos reguladores e fiscalizadores, uma grande preocupação na elaboração de instrumentos e/ou procedimentos que busquem garantir qualidade aos serviços prestados pelos vários segmentos do setor, tendo como resultado a plena satisfação dos clientes finais e ainda, que esta visão se realimente dentro de um processo de contínua otimização. É evidente que se trata de uma visão e um direcionamento, dos quais as empresas inseridas e participantes do processo compartilham, estão comprometidas e são partes atuantes nesse processo. Entretanto, nota-se que cresce dentro dessas mesmas empresas, ainda que incipiente, mas com características fortes e ligadas pelas semelhanças, uma incerteza quanto à correta valoração dos parâmetros que determinarão os contornos da relação entre empresas/órgãos reguladores/órgãos fiscalizadores. Este parâmetro vem trazendo apreensão, ainda que não plenamente definidos, considerando-se que à medida que evoluem os estudos e são feitas simulações, tomando-se por base à realidade das empresas, mostra-se um caminho correto nos objetivos, mas evidenciam também a necessidade de um maior detalhamento quanto à forma de atuação e de procedimentos entre diferentes instalações, em especial, os cabos e as linhas de transmissão. (PASTORELLO JUNIOR, Walter. O impacto das indisponibilidades causadas por interferências de terceiros em linhas e cabos de transmissão da EPTE com relação a segurança operativa do sistema e suas conseqüências: Indisponibilidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, XVI, 2001, Campinas. Acervo Técnico do SNPTEE-2001. Disponível em: http:/www.xviisnptee.com.Br/acervo_técnico/memória/xvi/12_Grupo_xii_gmi/gmi_010.pdf Acesso em: 11 set. 2002. O planejamento eficaz da manutenção deve representar a globalidade de ações que permitam manter ou restabelecer um bem ao estado original ou ainda intermediário, de forma a garantir a continuidade do processo produtivo. Devemos sempre ter em mente que a manutenção tem como função principal evitar ou minimizar as restrições operativas dos equipamentos, aumentando assim a disponibilidade e a confiabilidade. Define-se como confiabilidade, a capacidade de um item ou uma máquina desempenhar uma função requerida sob condições especificas, durante um determinado período de tempo ou de ainda estar em condições de trabalho após um determinado período de funcionamento. (SERMARINI, A. L. Aspectos técnicos e gerenciais de manutenção em instalações elétricas: estudo de caso da manutenção preventiva centrada em confiabilidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, XVI, 2001, Campinas. Acervo Técnico do SNPTEE-2001. Disponível em: http:/www.xviisnptee.com.Br/acervo_técnico/memória/xvi/12_Grupo_xii_gmi/gmi_010.pdf Acesso em: 11 set. 2002. A legislação atual do Setor Elétrico tem exigido das empresas do setor um maior compromisso nos índices de disponibilidade dos sistemas de potência, de modo a
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garantir a seus consumidores uma energia com índices de qualidade aceitáveis. Dentro deste contexto, a engenharia de manutenção destas empresas tem buscado adequar os seus processos a esta nova conjuntura através de um maior rigor na contratação de empresas terceirizadas de manutenção. A tarefa de contratar serviços de manutenção está associada à atividade de seleção de contratos de manutenção em que o gerente busca atingir, entre as opções existentes, a melhor relação entre custo e garantia da disponibilidade dos sistemas. A questão básica a ser tratada em um problema de escolha de contratos de manutenção, reside na impossibilidade do gerente de manutenção em realizar uma analise direta das variáveis do contrato. Em determinadas situações o processo de escolha de alternativas de contrato no setor elétrico exige uma metodologia que trate adequadamente os múltiplos objetivos e incertezas existentes. (Um modelo de terceirização de serviços de manutenção no setor elétrico: Redução de custos compatível com a garantia da disponibilidade do sistema – Adiel Teixeira de Almeida _ UFPE; Rogério Augusto C. Fernandes - CHESF).
6.1. QUESTÃO OPERACIONAL 1- Qual a importância das manutenções de linhas de
transmissão para o sistema eletro-energético da CHESF?
CONSTATAÇÃO E ANÁLISE
As respostas dadas pelo pessoal da CHESF no item com relação a importância das
manutenções de Linhas de Transmissão para o sistema eletro-energético da CHESF evidência
que é de fundamental importância, pois são as manutenções preventivas que garante o perfeito
funcionamento das Linhas de Transmissão, evitando possíveis defeitos e perturbações no
sistema. As respostas da contratada atestam que são importantes, pois a CHESF desempenha
um papel fundamental no sistema elétrico brasileiro desde o ponto de vista do fornecimento,
até o ponto de vista da manutenção da confiabilidade. As respostas apresentadas pela equipe
CHESF indicam para o item relativo ao grau de importância que se atribui à manutenção de
linha de transmissão, que essa importância se deve ao transporte de grandes blocos ou
carregamento de energia, onde perturbações porventura ocorridas poderão causar perdas de
cargas no sistema, ocasionando prejuízos incalculáveis devido ao sistema ser de configuração
radial, possuindo conseqüentemente pouca flexibilização para que as manutenções possam ser
realizadas em linhas de transmissão desenergizadas. Por outro lado, observa-se ainda que as
exigências do mercado consumidor de energia elétrica são tais que não permitem
descontinuidade de seu fornecimento. Verifica-se nas respostas dadas pela empresa contratada
que a manutenção de linhas de transmissão energizadas é de fundamental importância uma
vez que o sistema não sobrevive sem manutenção, recomendando sempre a manutenção
Pág. 45
preventiva para que não haja conseqüências desastrosas, inclusive de ordem financeira para o
sistema, além de colocar a imagem da CHESF em situação difícil perante a sociedade.
As respostas obtidas pela equipe CHESF quanto a garantia de confiabilidade e continuidade
no fornecimento da energia elétrica ao consumidor final foram todas favoráveis à manutenção
de linha energizada, devido as exigências do mercado de energia, no aprimoramento de seus
trabalhos na técnica de manutenções com as LT’s energizadas, conhecimentos/programas
desenvolvidos através de melhoramentos contínuos, os quais são controlados/avaliados
através de indicadores e metas que atestam a CHESF como uma das melhores empresas do
Brasil quanto aos indicadores de qualidade e continuidade do fornecimento de energia.
Além disso, os trabalhos com as LT’s energizadas são absolutamente seguros. Por não ter na
maioria das vezes circuitos alternativos, LT´s reservas, para o suprimento de energia, o
desligamento das mesmas para a realização de serviços de manutenção representa corte de
cargas para os consumidores. Também, deve-se levar em conta que a construção de uma linha
de transmissão representa um grande investimento para a empresa e que a construção de mais
de uma unidade apenas pela questão de melhorar a confiabilidade, poderá representar um
maior custo da energia para o consumidor final, que deverá pagar por este investimento. Com
a manutenção em LT’s energizadas os possíveis defeitos destas são corrigidos, diminuindo os
riscos de saída permanentes das LT’s com alta confiabilidade operacional das manutenções
realizadas não havendo prejuízos para os consumidores. As respostas obtidas da equipe da
contratada para este item, atestam que garantem a confiabilidade e continuidade no
fornecimento de energia elétrica, entretanto, observa-se uma resposta voltada para a logística
da manutenção possuindo histórico atualizado das condições de uso do equipamento, e em
outro momento cita-se que a manutenção evita a interrupção das LT´s, onde o consumidor
direto (concessionária) ou indireto (consumidores industriais e residências) não ficarão sem o
fornecimento de energia.
As respostas quanto a realização de manutenção em LT’s desenergizadas, se podem ou não
prejudicar a confiabilidade e continuidade no fornecimento da energia elétrica para o sistema,
indicam que as manutenções com as LT’s desenergizadas não são recomendáveis/utilizadas,
só em casos extremos quando existe risco eminente para o sistema e/ou segurança pessoal,
além da perda de faturamento e credibilidade no fornecimento de energia ao cliente final,
porque a CHESF não tem circuitos alternativos e os desligamentos poderão representar
redução da confiabilidade do sistema, redução da qualidade de energia (variação de tensão) e
até corte de carga para os consumidores. As respostas obtidas pela equipe da contratada para
este item atestam que a manutenção em LT’s desenergizadas torna-se totalmente inviável, por
Pág. 46
comprometer o fornecimento de energia. Quanto a confiabilidade, dependerá muito da
qualidade do serviço prestado durante a manutenção.
As respostas obtidas da CHESF e CONTRATADA evidenciam que existe um conhecimento e
conscientização sobre a importância das manutenções em LT’s para o sistema CHESF, pois
citam que a interrupção do fornecimento de energia causa impacto relevante para a sociedade,
comprometendo a confiabilidade do sistema, a imagem da CHESF, bem como acarreta
aplicação de multas pelo órgão fiscalizador (ANEL). Evidencia-se ainda que é de
conhecimento de ambos, a grande exigência do mercado consumidor de energia não
permitindo a descontinuidade desse fornecimento, recomendando sempre que possível as
manutenções com as LT’s energizadas, verificado nas respostas, que são as que causam
menos impacto social. As manutenções devem ser realizadas preventivamente para assim
evitar as emergenciais que põem em risco a continuidade do sistema.
Assim, nota-se que a Contratada possui uma visão sistêmica do negócio onde se observa que
o aumento da eficácia trazido pela terceirização está evidenciado, pois se encontra preparada
para rever e melhorar seus processos dentro do ambiente estratégico que é a existência da
empresa onde se deve verificar a sua verdadeira missão, objetivos, diretrizes e políticas.
6.2. QUESTÃO OPERACIONAL 2 - Quais são os instrumentos que garantem a
confiabilidade e continuidade necessária à transmissão elétrica?
CONSTATAÇÃO E ANÁLISE:
Verifica-se nas respostas coletadas junto ao pessoal da CHESF, que é de conhecimento geral a
existência de indicadores gerenciais que medem a qualidade da energia elétrica fornecida.
Indicadores estes que são utilizados por todo o setor elétrico nacional e ainda fazem parte do
plano de metas anual das empresas do setor elétrico. Os principais indicadores identificados
nas respostas são: FREQ (freqüência de interrupção) e DREQ (duração da interrupção);
Falhas Permanentes e Transitórias em LT´s e Parcelas Variáveis por Desligamentos de LT´s.
Observa-se, porém, que as não conformidades encontradas no sistema são corrigidas através
de inspeções técnicas específicas para detecção das mesmas. Nesta oportunidade, são
analisadas através de métodos qualitativos via diagrama de causa e efeito para posterior
Pág. 47
correção através de manutenções corretivas, redefinição do projeto e implementação de
melhorias.
Das respostas coletadas junto ao representante da Contratada, constata-se que a mesma diz-se
conhecedora dos indicadores.
Após coleta das respostas aos questionários à CHESF e CONTRATADA, verifica-se uma
excelente conscientização e conhecimento técnico dos instrumentos que garantem a
confiabilidade e continuidade necessários à transmissão da energia elétrica. É consenso
comum entre os funcionários consultados na CHESF, que a confiabilidade e continuidade
estão garantidas desde que seus trabalhos de inspeção e manutenção em LT´s estejam sendo
realizados conforme o planejado, contribuindo assim para a inexistência de nenhuma
desconformidade crítica ao longo das linhas de transmissão. Entretanto, quando encontrado
algum desvio de padronização ou não conformidade, os novos métodos e processos serão
analisados, discutidos e implementados para correção, inicializando ações através de
inspeções especificas e elaborando plano de ação com redefinição do projeto, implantação de
melhorias e execução de manutenção corretiva quando cabível.
Enfim é a gerência da manutenção que poderá garantir os bons resultados empresariais
desejados.
6.3. QUESTÃO OPERACIONAL 3: Qual (ais) a (s) vantagem (ens) da CHESF em
terceirizar os serviços de manutenções de LT´s?
CONSTATAÇÃO E ANÁLISE:
No aspecto do item de viabilidade técnico-economico quando da implantação dos serviços
terceirizados na empresa, as respostas apresentadas pela equipe da CHESF indicam que foi
realizado pelo Departamento de Manutenção de Linhas - DML, a qual foi debatida em nível
nacional com outras empresas do setor elétrico, porém a citada análise não chegou ao
conhecimento do corpo técnico do SSLS. No item que verifica porque a CHESF decidiu
terceirizar os serviços técnicos de alta especialização ao invés de utilizar a mão de obra
própria e os aspectos relevantes para essa tomada de decisão, as respostas apresentadas
indicam que foi devido a redução do quadro de pessoal de manutenção, face o envelhecimento
das equipes, afastamentos por aposentadoria, por incentivo e impedimento legal da renovação
do seu quadro de pessoal, bem como da capacidade das prestadoras de serviços em contratar
Pág. 48
pessoal qualificado, adquirir equipamentos e instrumentos necessários à execução dos
serviços. O que levou a tomada de decisão foram os seguintes fatores: disponibilidade no
mercado de pessoal especializado, custos dos serviços, alta produtividade do pessoal da
contratada em relação ao pessoal CHESF, grande numero de serviços para serem executados e
o pessoal do SSLS não ter condições para isso. No item sobre quando e porque aconteceu a
terceirização da manutenção em linhas de transmissão na CHESF, as respostas indicam que
aconteceu entre o final da década de 80 e início da década de 90 e que a competitividade
sistêmica é importante para a CHESF quando da terceirização dos serviços de manutenção em
linhas de transmissão, devido a Empresa dispor de rotina padrões e procedimentos executivos
descritos e bem elaborados, facilitando a capacidade da prestação de serviço e sua
fiscalização. As respostas apresentadas para o item da importância da terceirização de
serviços de manutenção em linhas de transmissão da CHESF para o País quanto à
competitividade sistêmica, indicam que a maioria dos serviços são repetitivos, possuindo a
CHESF rotinas que possibilitam a terceirização e conseqüentemente sua fiscalização. Além
disso a mão de obra terceirizada deve apresentar melhores condições físicas do que o pessoal
existente no quadro atual da CHESF, e que o fator custo da mão de obra terceirizada é menor
que o da CHESF. Nos dias atuais, a maior preocupação da CHESF está voltada para a
produção e comercialização de energia, terceirizando a manutenção pelo fato de existir
empresas especializadas disponíveis no mercado.
Pelas respostas apresentadas, verifica-se que a CHESF teve a vantagem em encontrar
empresas especializadas no mercado, pois não podia contratar esse pessoal para o quadro
próprio devido restrições legais; redução de custos; facilidade das empresas contratadas em
adquirir equipamentos e instrumentos, alto nível de acervo técnico de Normas Técnicas,
rotinas, padrões, procedimentos executivos bem elaborados; empresa terceirizada com
capacidade de seleção de mão de obra adequada para os serviços. Nos dias atuais sua maior
preocupação é com a produção e comercialização de energia, motivos pelos quais propiciaram
a terceirização dos serviços de manutenção em LT´s energizadas.
6.4. QUESTÃO OPERACIONAL 4: Como se dá o processo de contratação de
serviços de manutenção de linhas de transmissão no serviço de manutenção de linhas?
Pág. 49
CONSTATAÇÃO E ANÁLISE:
As respostas obtidas pelo corpo técnico da CHESF na sua maioria indicam que não existe
processo de padronização e/ou certificação técnica reconhecidas pela ABNT ou INMETRO
da empresa contratada, e ainda há resposta que evidenciam que este item não é exigido no
processo licitatório. Em uma das respostas obtidas pela empresa contratada afirma possuir
certificados de padronizações reconhecidos pela ABNT/INMETRO, outra indica que está se
buscando esta certificação/padronização para garantir uma maior competitividade empresarial
e estrutural. Com relação ao questionamento se a empresa contratada atende de forma ampla e
irrestrita às normas técnicas e administrativas quanto às exigências contratuais e normativas,
nas respostas coletadas do pessoal da CHESF indica satisfação com o comportamento técnico
administrativo da empresa contratada, com exceção da citação, de que o cumprimento dos
prazos de execução estabelecidos para a realização dos serviços traz transtornos
administrativos, tendo com isso, a fiscalização da CHESF se intensificar, com periodicidade
constante e presente junto às frentes de trabalho, exigindo sem concessões seu completo
atendimento. As respostas da Contratada indicam que atendem as normas exigidas, além de
procurar medir a satisfação da CHESF quanto aos serviços prestados. Nas respostas obtidas
da CHESF e CONTRATADA, verifica-se a confirmação de que no escopo do contrato está
contida todas as exigências necessárias para atender os requisitos da execução dos serviços,
citando que a CHESF aplicou os métodos e técnicas para o desenvolvimento das atividades de
alta especialização que são utilizadas por ela e a empresa contratada. Em uma das respostas da
contratada é citado que ainda é necessário fazer ajustes nos requisitos do contrato. Quanto ao
aspecto de seleção de mão-de-obra, as respostas de ambas indicam que a mão de obra é
selecionada levando em consideração sua capacitação técnica, experiência comprovada, testes
de aptidão e atestado de saúde ocupacional, além disso, a equipe é submetida à
aprovação/certificação da CHESF.
Observa-se nas respostas obtidas que a CHESF possui uma organização estrutural de Normas
Técnicas de execução de serviços que são repassadas à CONTRATADA através do processo
licitatório e fiscalizadas durante a execução dos trabalhos, para que estes sejam realizados em
conformidade com o esperado, inclusive se fazendo presente na etapa final de seleção da mão
de obra que venha a executar esses serviços. Nas respostas obtidas, tanto CHESF quanto
CONTRATADA, no aspecto da certificação/padronização pela ABNT/INMETRO, observa-
se que a contratada não possui esta certificação e que a CHESF não faz esta exigência no
Pág. 50
processo licitatório. Entretanto este fato não contribui para a desqualificação da empresa
contratada devidos aos procedimentos e normas técnicas da CHESF largamente discutidas e
internalizadas.
6.5. QUESTÃO OPERACIONAL 5: Os serviços terceirizados garantem a confiabilidade
do sistema elétrico da CHESF?
CONSTATAÇÃO E ANÁLISE:
Verificou-se pelas respostas da CHESF e da Contratada que os serviços são acompanhados
pelo supervisor de segurança da contratada de forma eventual, ou seja, não sendo de forma
habitual e permanente, inclusive uma das respostas CHESF cita que quando o serviço é de
grande complexidade, este supervisor obrigatoriamente se faz presente.
Outras respostas obtidas pelos pesquisados da CHESF mostram coerência entre todas que o
compromisso social da Empresa no seu fornecimento e distribuição é de suma importância,
inclusive conhecendo os Regulamentos e Leis que estão submetidos, com penalidades
altíssimas no caso de interrupção desse fornecimento, pois a sociedade esta cada vez mais
exigente, e para isso a CHESF busca sempre se especializar e melhorar seus índices inerentes
ao fornecimento, independente dos trabalhos estarem realizados por pessoal próprio ou
terceirizado, inclusive citando que as empresas terceirizadas ainda não estão conscientes desse
grau de importância, vindo a atender à confiabilidade técnica exigida “apenas” em função das
penalidades a que estão sujeitas. Sobre a relação qualidade, confiabilidade e garantia dos
serviços, indicam que a fiscalização da CHESF é intensificada no acompanhamento quando se
verifica que a empresa contratada não possui uma capacitação técnica adequada, para evitar
ocorrências que venham a prejudicar o sistema e as pessoas envolvidas. As respostas CHESF
citam que as empresas terceirizadas estão se adequando a cada período de contratação,
evoluindo na sua capacitação técnica, inclusive em função dos novos modelos dos objetos
contratuais (especificações), e a CHESF por sua vez, esta aumentando estes períodos para
acima de dois anos, cita ainda que a qualidade dos serviços prestados pela contratada em
relação aos prestados pelo pessoal CHESF não apresenta mesmo nível técnico, apesar de
atender, talvez pelas condições de qualidade de vida que seus salários proporcionam. Porém,
com todos estes registros, afirmam que não houve queda significativa da qualidade dos
serviços contratados.
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As respostas obtidas pelas pesquisas da contratada mostram conhecimento do grau de
compromisso social para o sistema elétrico quando ocorre perturbação no fornecimento e
distribuição de energia elétrica, com grande prejuízo financeiro e transtorno no que se refere à
falta de compromisso para com o cliente, justificando que a mesma está apta e de prontidão
para atendimento e solução de problemas a qualquer dia e hora.
Observamos que diante das respostas CHESF/CONTRATADA, apesar de haver deficiência
no acompanhamento dos serviços de um supervisor da contratada de forma habitual e
permanente, estes não são comprometidos, pois a CHESF verifica esta deficiência e reforça
sua fiscalização/acompanhamento para que não ocorra perturbação no fornecimento de
energia, pois seu compromisso com a sociedade e clientes é de elevado grau de importância e
elevado valor, inclusive passível de altas multas. Constamos que conforme a resposta da
contratada, a mesma atua de forma intensa, estando de prontidão para qualquer solicitação de
atendimento.
Portanto, conclui-se que os serviços terceirizados garantem a confiabilidade do sistema
elétrico da CHESF.
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7. CONCLUSÃO
O processo de terceirização da manutenção de linhas de transmissão na CHESF nasceu de
uma necessidade premente de complementação da mão de obra interna para dar manutenção
no sistema e atender aos compromissos com os seus consumidores. As estratégias que foram
utilizadas, a partir de então, visaram melhorar o processo de contratação, de forma que o
mercado atendesse adequadamente suas demandas de serviço e os trabalhos fossem
executados com qualidade e segurança.
A Terceirização na CHESF está muito bem fundamentada em critérios, normas de
manutenção/operação onde se busca mais e maiores condições de êxito e competência
empresarial, baseada em uma concepção moderna de aplicação ampla e definitiva para um
novo posicionamento no espectro empresarial onde a Organização se insere. Quando se
observa indicadores de desempenho operacionais ao longo dos anos após o início dos
processos licitatórios para implantação de serviços terceirizados na manutenção em linhas de
transmissão energizadas, nota-se grande tendência de melhoria, implicando com isso em
acertos e alavancagem na visão de a CHESF ser uma empresa líder no setor elétrico
brasileiro, buscando valorização e competitividade através de continuidade e confiabilidade
do sistema elétrico na Gerencia Regional Sul.
O problema de pesquisa levantado foi sendo equacionado a partir de uma seqüência lógica e
concatenada para se verificar e analisar, através das respostas dissertativas dadas pelo público
alvo, se os serviços prestados pela terceirização em manutenção de LT’s na CHESF/SSLS
permitem ou garantem a confiabilidade necessária ao funcionamento do sistema elétrico.
Concluímos objetivamente que garantem, pois atestamos que ambas, a CHESF e a empresa
contratada, conhecem e têm consciência da importância destas manutenções para o sistema
eletroenergetico, sendo observado que existe conhecimento gerencial/de supervisão explicito
a respeito dos instrumentos de medição e controle de qualidade que garantem a confiabilidade
do mesmo, apesar que no campo junto ao corpo de eletricistas, estes conceitos não se
encontraram bem internalizados, necessitando com isso uma maior divulgação e
conscientização destes indicadores nessa equipe técnica.
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Outro fator relevante demonstrado nas respostas às questões operacionais evidencia que o
pessoal CHESF conhece todo processo de contratação dos serviços terceirizados, obedecendo
Normas Técnicas e Regulamentos legais, apesar não ser exigido através de contrato uma
certificação de processos padronizados pela ABNT/INMETRO, pois a CHESF possui seus
padrões e normas técnicas próprias e que são através destas que as equipes das empresas
contratadas são capacitadas e treinadas antes da iniciação dos serviços.
Das experiências já vivenciadas pela CHESF em todo este processo, tiramos as seguintes
conclusões:
ü A terceirização não afetou a qualidade dos serviços executados pela manutenção;
ü Os indicadores de desempenho do sistema vêm melhorando, mesmo com a terceirização de
diversas atividades de risco nas linhas de transmissão e subestações da CHESF;
ü O planejamento das atividades, capacitação das equipes, supervisão nos trabalhos e a
padronização dos procedimentos para realização de serviços de manutenção terceirizados
em LT´s energizadas da CHESF, instrumentalizam a confiabilidade e continuidade do
fornecimento de energia elétrica;
Para se continuar obtendo bons resultados nas atividades de manutenção de linhas realizadas
através de empresas terceirizadas, é fundamental um esforço permanente de gestão da CHESF
para garantir a qualidade, segurança, confiabilidade e a competitividade do negócio da
manutenção.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
− Processo Licitatório da CHESF - Tomada de preço de No TP-4.03.2000.4340
− Lei 8.666/93
− RUDIO, Franz Vitor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis, Vozes, 1986.
− ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1986.
− BRENNER, Eliana de Moraes. Elaboração de trabalhos acadêmicos: projeto de pesquisa,
monografia e artigo / Eliana de Moraes Brenner, Célia Guimarães Netto Dias, Dalena
Maria Nascimento de Jesus. - Salvador: UNIFACS, Programa de iniciação científica, 1999.
− http://www.trt12.gov.br
− http://www.uol.com/cumputerworld
− http://www.ipea.gov.br/.......... – Alexis P. Gonçalves – Membro honorário do SLQ e Vice-
presidente par América latina Gestão da Qauloiade do Citibank (via internet)
− Terceirização na Manutenção da Transmissão, Palestra apresentada pela CHESF, I
Seminário de Manutenção em Sistemas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
– ABRAMAN, Belo Horizonte, 2000.
− Relatório de Dimensionamento do Quadro Mínimo de Pessoal para a Manutenção de
Linhas de Transmissão, documento interno CHESF, Recife, 1999.
− O Papel da Manutenção no Novo Cenário do Setor, XV Congresso Brasileiro de
Manutenção – ABRAMAN, Vitória, 2000.
− Terceirização – Uma Abordagem para o Setor Elétrico; Comitê de Gestão Empresarial –
COGE, São Paulo, 1994.
− Lei Federal N 8666 e suas alterações, Lei de Licitações e Contratos, Brasília, 1993.
− O IMPACTO DA TERCEIRIZAÇÃO NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DA
MANUTENÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSAO DA CHESF – ENFOQUE NO
NOVO AMBIENTE DO SETOR ELETRICO NACIONAL - XVI SNPTEE – Seminário
Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica – GMI/010 – 21 a 26 de Outubro
de 2001 – Campinas – São Paulo – Autores: Osveraldo Vilar Franca Lima (*) e Carlos
Eduardo de Brito Maia – CHESF
− GIOSA, LÍVIO A Terceirização: Uma Abordagem Estratégica - Livraria Pioneira, Editora,
1994
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9. ANEXOS
− Questões Operacionais - Respostas da CHESF e CONTRATADA.
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CRISTIANA MARY TOLEDO PEDROSA SILVA
LUIZ ALVES BARBOSA RUY SAN MARTIN RIVADULLA
TERCEIRIZAÇÃO: TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE LINHAS ENERGIZADAS NA CHESF – COMPANHIA HIDRO
ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, SSLS - SERVIÇO DE MANUTENÇÃO DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO SUL
ANEXO QUESTÕES OPERACIONAIS: PERGUNTAS E RESPOSTAS
CHESF E EMPRESA TERCEIRIZADA
Salvador – BA Novembro 2002
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QUESTÕES DE PESQUISA (OPERACIONAIS) As questões operacionais direcionaram e delinearam os elementos para a pesquisa em todo o seu detalhamento, englobando e esclarecendo a problemática do tema escolhido. Elas tiveram um sentido amplo na sua forma geral, porém focalizadas com o objeto da pesquisa, de tal maneira que se constituíram como um alicerce para que os objetivos do projeto científico fossem alcançados. QUESTÃO OPERACIONAL 1- Qual a importância das manutenções de linhas de transmissão para o sistema eletro-energético da CHESF? P1 – Na sua visão, a manutenção de linhas de transmissão da CHESF é importante para a qualidade do sistema eletro-energético? Respostas CHESF A: Considero fundamental. B: Sim. C: Sim. É somente com a realização de uma manutenção “preventiva” que se torna o sistema confiável. D: As manutenções de linhas de transmissão têm uma importância fundamental para o sistema eletro-energetico da CHESF, pois são elas que garantem o perfeito funcionamento das LT’s, evitando possíveis defeitos e perturbações no sistema elétrico. E: Sim. F: Sim, importância fundamental. G: Sim H: Sim. Respostas Contratada A: Sim. B: Sim, considerando-se que a Chesf desempenha um papel fundamental no sistema energético brasileiro, desde o ponto de vista do fornecimento, quanto no ponto de vista de manter a confiabilidade do sistema elétrico.
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P2 – Qual o grau de importância que você atribui à manutenção de linha de transmissão na CHESF? Justifique. Respostas CHESF A: Considero muito importante. O sistema de transmissão da Chesf tem a configuração básica radial, ou seja, não existem anéis para flexibilizar a alimentação das cargas por mais de um caminho. O desligamento de uma linha de transmissão por defeito poderá representar corte de carga dos consumidores e pelo fato de nossas LT´s transportar grandes blocos de energia, os desligamentos das mesmas representam grandes prejuízos para a Chesf, para os consumidores e para a região. B: Eu atribuo um alto grau de importância, pois como as LT´s são os equipamentos que fazem o transporte da eletricidade da sua geração até o consumidor, uma falta ou má qualidade da manutenção poderá ocasionar falhas que venham a interromper esse fluxo de energia e o conseqüente “Black out” o qual com certeza trará transtornos e prejuízos para toda a sociedade. C: Muito importante. Porque hoje a LT fatura pela sua disponibilidade no sistema e quem a mantém o maior tempo possível disponível é a sua manutenção. D: A contingência em uma determinada LT poderá causar prejuízos incalculáveis e quanto maior a sua tensão será proporcional às conseqüências. Paralelo a isso, o tipo do defeito também e fator relevante e o seu restabelecimento poderá durar horas, dias e semanas, o que significa que uma determinada região poderá permanecer sem energia elétrica durante o período que durar a manutenção “corretiva”, trazendo além de prejuízos incalculáveis, a falta de comunicação com a interrupção dos telefones, segurança e até hospitais. Então se conclui que a manutenção preventiva de LT’s tem uma importância vital para o sistema, devendo ser programada sistematicamente, evitando o máximo possível da manutenção corretiva que também é importante, mas após esgotar a preventiva, ou em casos de interferência de fora. Por exemplo, as descargas atmosféricas as quais não podemos prever. E: Sim, pois é vital a manutenção das LT’s fim evitar perturbações no sistema com saídas permanentes causando grande transtornos às empresas, fábricas, etc. F: O seu grau de importância é fundamental, pois sempre atuamos em manutenções preventivas evitando saídas de linhas e corretivamente nos casos de defeitos, evitando ininterrupções demoradas no nosso sistema. G: Como sendo um dos pilares da manutenção do sistema eletroenergético. H: Em uma escala de 0 a 10, “10”. Poderíamos dizer que, sem manutenção de LT’s como poderíamos eliminar os defeitos provocados por agentes agressores como os que provocam a corrosão, os vandalismos, as erosões provocadas por chuvas, as vegetações que é um problema sério para nossas LT’s e sem a eliminação destes defeitos, o desempenho de nossas LT’s não estaria no nível que se encontra hoje.
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Respostas Contratada A: É muito importante, uma vez que o sistema não sobrevive sem manutenção. Se não houver manutenção preventiva, terá que haver manutenção corretiva, sendo que esta última acarreta em conseqüências mais desastrosas para o sistema e o dispêndio financeiro é maior. B: Posso afirmar que a manutenção das LT´s da Chesf é de extrema importância, pois qualquer interrupção em qualquer LT pode comprometer totalmente o fornecimento de energia, deixando diversos consumidores sem consumo. Além do mais, a imagem da empresa é colocada em uma situação difícil perante a Sociedade. Podemos contar ainda que os prejuízos causados pela interrupção dos diversos consumidores são incalculáveis. P3 – A manutenção em linhas de transmissão energizadas na CHESF garante a confiabilidade e continuidade do funcionamento e transporte da energia elétrica ao consumidor/cliente final? Justifique. Respostas CHESF A: Sim. Devido a CHESF não ter na maioria das vezes circuitos alternativos e LT´s reservas para suprimento de energia, o desligamento das mesmas para a realização de serviços de manutenção representa corte de cargas para os consumidores. Também se deve levar em conta que a construção de uma linha de transmissão representa um grande investimento para a empresa e que a construção de mais de uma unidade apenas pela questão de melhorar a confiabilidade, poderá representar um maior custo de energia para o consumidor final, que deverá pagar por este investimento. B: Sim. Pois sua manutenção é pautada em conhecimentos/programas, desenvolvidos através de melhoramentos contínuos, os quais são controlados/avaliados através de indicadores e metas que atestam à CHESF como uma das melhores empresas do Brasil quanto aos indicadores de qualidade e continuidade do fornecimento de energia. C: Sim. Porque sem as manutenções necessárias, as LT’s não tem condições de transmitir blocos de energia para garantir o fornecimento de energia aos consumidores finais. D: Sim, porque com a manutenção em LT’s energizadas os possíveis defeitos destas são corrigidos, diminuindo os riscos de saída permanentes das LT’s com alta confiabilidade operacional das manutenções realizadas e como a LT permanece energizada, não há prejuízos para os consumidores. E: Sim. Hoje graças a essa nova técnica, damos manutenção com segurança nas linhas com maior confiabilidade, pois não corremos o risco de termos corte de carga, em caso de estarmos com uma linha fora para manutenção e perdermos outra por defeito. F: Ela contribui junto com os demais órgãos do sistema de manutenção. O trabalho energizado evita a indisponibilidade do equipamento e perda de confiabilidade. G: Os trabalhos com linha energizada é essencial para manter o desempenho de nossas LT’s e BR’s, garantindo assim a continuidade do fornecimento de energia.
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H: Sim. Não é preciso interromper o fornecimento e o transporte da energia para realizar as manutenções necessárias. Respostas Contratada A: Sim, pois na manutenção programada se avaliam todos os acessórios da LT, tendo-se um histórico atualizado das condições de uso do equipamento. B: Sim, a manutenção em LT´s energizadas na Chesf sem sombra de dúvidas é um grande ganho tanto em confiabilidade, continuidade do funcionamento e transporte da energia elétrica ao consumidor/cliente final. Pois esta forma de manutenção evita a interrupção em qualquer parte da linha de transmissão em que estiver sendo dada a manutenção, e o mais importante é que o consumidor direto (concessionária) ou indireto (consumidores industriais e residenciais) não ficaram sem consumir energia. P4 – Por que não realizar manutenção em linhas de transmissão desenergizadas na CHESF? Este fato prejudica a confiabilidade e continuidade do fornecimento da energia elétrica para o sistema? Respostas CHESF: A: Porque a CHESF não tem circuitos alternativos e os desligamentos poderão representar redução da confiabilidade do sistema, redução da qualidade de energia (variação de tensão) e até corte de carga para os consumidores. B: A não utilização de desligamentos para os trabalhos de manutenção de LT´s, deve-se ao fato de termos condições técnicas de fazermos esses trabalhos com o equipamento energizado, garantindo assim mais confiabilidade ao sistema. Esse tipo de procedimento garante uma maior confiabilidade/continuidade ao sistema, pois com todos os equipamentos disponíveis, havendo alguma ocorrência no sistema, por qualquer causa que seja, a probabilidade de podermos contornar o problema será sempre maior do que termos uma ocorrência e já estarmos com alguma limitação operacional em razão da retirada de um equipamento para manutenção preventiva. C: A manutenção com linha energizada não só mantém a confiabilidade e continuidade do fornecimento de energia, como também aumenta a disponibilidade da linha de transmissão no sistema mantendo o consumidor satisfeito. Para ser feito a manutenção com linha desenergizada é preciso o desligamento, e com este será perdido tudo isto. D: Você perguntou e você mesma respondeu. A manutenção preventiva com a LT energizada garante a CHESF e aos seus consumidores em geral não só a continuidade da energia, como também mantém o sistema em anel fechado, permitindo maior flexibilização no sistema. Além disso, os trabalhos com as LT’s energizadas são absolutamente seguros. Por sinal, as estatísticas mostram que os trabalhos realizados com equipamentos desenergizados acidentaram 80% a 90% a mais do que os serviços realizados com equipamento (LT) energizado. E: Só em casos extremos quando existe risco eminente para o sistema e/ou segurança pessoal, além da perda de faturamento e credibilidade no fornecimento de energia ao cliente final.
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F: A resposta anterior responde esta pergunta. Só que complemento dizendo que também realizamos manutenção em linhas desenergizadas caso exista risco para o homem, como é o caso de termos muitos isoladores quebrados, possibilitando risco de arco elétrico para o eletricista, manutenção em período chuvoso e em casos de termos várias cadeias de isoladores poluídas. G: A indisponibilidade de qualquer equipamento torna o sistema mais vulnerável. H: Sim. Este tipo de intervenção fragiliza nosso sistema onde podemos contar com outras LT’s e corta a continuidade do fornecimento de energia onde contamos somente com uma LT para o fornecimento. Respostas Contratada: A: A confiabilidade do ponto de vista do sistema não afetaria, todavia do ponto de vista do cliente, seria sensivelmente afetado, uma vez que a descontinuidade do fornecimento de energia gera transtornos sócio-economicos. B: Bem, a manutenção em LT´s desenergizadas torna-se totalmente inviável, pois além de comprometer o fornecimento, também provoca um grande prejuízo financeiro, já que, os consumidores não estão consumindo energia. Quanto a confiabilidade dependerá muito da qualidade do serviço prestado durante a manutenção. QUESTÃO OPERACIONAL 2- Quais são os instrumentos que garantem a confiabilidade e continuidade necessária à transmissão elétrica? P1 – Você conhece os instrumentos de controle e acompanhamento (indicadores) gerenciais que determinam a qualidade da energia elétrica fornecida/entregue pela CHESF? Respostas CHESF: A: Sim. B: Sim, pois são indicadores utilizados por todo setor elétrico e fazem parte das nossas metas gerenciais a serem atingidas anualmente. C: Sim, são os indicadores de Freq (freqüência da ocorrência) e Dreq (duração da ocorrência). D: Sim. Freq e Dreq. E: Controle de tensão e freqüência. F: Sim.
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G: Controle de tensão, controle de freqüência, trabalhos com TLE que nos permite eliminar pontos de defeitos que poderiam ocasionar uma saída transitória ou permanente das nossas LT’s e BR’s. H: Sim. Respostas Contratada: A: Sim B: Sim, atualmente tomamos como base o intervalo de tempo e a freqüência com que o consumidor fica sem energia em virtude das interrupções no sistema elétrico. P2 – Quais são os indicadores/instrumentos que garantam a confiabilidade e a continuidade da energia elétrica no seu trabalho e/ou atividade? Respostas CHESF: A: DREQ, FREQ, Índices de realização da manutenção, Falhas permanentes das LT´s, Falhas transitórias das LT´s, Valores da parcela variável por desligamentos das LT´s, etc. B: A confiabilidade e continuidade estarão garantidas desde que seus trabalhos de inspeção e manutenção estejam sendo realizados conforme planejados, não tendo no sistema elétrico nenhuma desconformidade crítica. Os indicadores são: o percentual de inspeção realizada, o número de defeitos críticos existentes/realizados. Enfim, é a gerência da manutenção que poderá garantir os bons resultados. C: indicadores de acompanhamento de desempenho das LT’s (SILT), indicadores de redução de defeitos que comprometem a operação das LT’s (fornecimento de energia). D: FREQ, DREQ, DIC, FIC E: Freq, Dreq, Fic, Dic F: Freq, Dreq, Fic, Dic G: Os índices de desempenho das LT’s, de defeito e falhas, Freq e Dreq. H: Não respondeu Respostas Contratada: A: O acompanhamento contínuo para manter o controle de qualidade do ferramental e o treinamento de pessoal. B: Atualmente temos dois indicadores o DREQ e o FREQ.
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P3 – Encontrados desvios ou não conformidades, qual ou quais os métodos/processos que você implementará para correção das não conformidades na CHESF? Respostas CHESF: A: Inspeções específicas para detecção das não conformidades, Realização de Manutenções Corretivas, Redefinição do Projeto e Implementação de Melhorias. B: As demandas de manutenção em LT´s se originam sempre por inspeção realizadas nas mesmas, as quais são digitalizadas em boletins e programas específicos. A depender do seu grau de criticidade, recebem tratamento diferenciado, ou seja, as críticas são programadas para um menor espaço de tempo possível, e as demais são planejadas/programadas para períodos futuros a depender da sua natureza e grau de gravidade. C: Planeja a realização da manutenção para correção. D: Método de causa e efeito (espinha de peixe). E: Este assunto é tratado pela operação e pelo pessoal de estudos. F: Sempre começamos a manutenção com pesquisa, logo a inspeção analítica dos problemas é o início do processo de investigação da não conformidade, daí são criados métodos de salvaguardar o sistema. G: Geralmente aplicamos o diagrama de causas e efeito, a depender da não conformidade. Respostas Contratada: A: Se diz respeito a ferramental, a medida é substitui-lo, se diz respeito a pessoal, a medida é treiná-lo para reciclá-lo. B: Reavaliar todo procedimento operacional, corrigir as possíveis falhas, estruturar um novo check list que garanta segurança máxima nos procedimentos operacionais. P4 – Qual o papel do administrador de contrato em serviços terceirizados de manutenção de LT´s da Chesf? Respostas CHESF: A: O papel do Administrador do Contrato da CHESF é ser responsável desde a especificação dos serviços, elaboração do orçamento básico, algumas vezes com o apoio dos órgãos normativos; acompanhamento de todo o processo de contratação, empenho dos recursos financeiros; emissão da ordem de início dos serviços; fiscalização, acompanhamento e medição dos serviços; fiscalização quanto ao atendimento aos normativos e legislação; recolhimento, conferência e arquivamento de cópias dos comprovantes de pagamentos dos salários e obrigações sociais dos empregados mobilizados para a realização dos serviços; conferência e liberação das faturas, autorizando o pagamento; emissão de solicitação para penalização da empresa contratada, conforme estabelecido no contrato; emissão do termo de encerramento do contrato.
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B: O administrador do contrato é o responsável pelo acompanhamento do contrato como um todo, tanto na área técnica (supervisão, fiscalização de campo) quanto nas demais áreas: fiscais, financeiras, trabalhistas, etc, verificando o cumprimento das legislações pertinentes para cada caso, constantes no contrato firmado entre as partes. C: É fiscalizar a execução dos serviços, verificando se estão em conformidade com as especificações técnicas solicitadas. D: Administra, fiscaliza os procedimentos inerentes aos contratos. E: Tem um papel fundamental em todo o processo, fazendo a contratada cumprir fielmente o objeto contratado. F: Fazer com que seja cumprido o que foi contratado com a empreiteira, vigiar, orientar, manter a ordem e a segurança física dos trabalhadores, com o objetivo de fazer o melhor para a empresa, sempre com imparciabilidade. G; Fazer cumprir as claúsulas do contrato; velar por vigiar e examinar cada ponto do contrato; ficar atento pelos atos de outrem; examinar, verificar contabilidade; exercer o ofício de fiscal. H: Administrar o contrato fiscalizando a realização dos serviços e aprovando as medições. QUESTÃO OPERACIONAL 3- Qual (ais) a (s) vantagem (ens) da CHESF em terceirizar os serviços de manutenções de LT´s? P1 – A CHESF realizou algum trabalho de análise de viabilidade técnico-econômico quando da implantação de serviços terceirizados na empresa? Cite-os. Respostas CHESF: A: Sim. O Departamento de Manutenção de LT´s - DML fez alguns estudos, inclusive debatendo em nível nacional com outras empresas do setor elétrico, mas não tenho estes dados no momento. B: Sim. Através da comparação de custos/produtividade entre as equipes próprias e as equipes contratadas nas diversas regiões de atuação da empresa. C: Desconheço este estudo, mas acho que foi efetuado, principalmente para verificar o custo de produção da empresa contratada com o CHESF. D: Acho que sim, embora eu não conheça. E: Não respondeu F: Acho que em alguns casos sim, em outros ela foi por modismo. G: Sei que foram feitas várias pesquisas, mas não tive acesso a nenhuma delas.
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H: Sim, mas não conheço. P2 – Por que terceirizar um serviço técnico de alta especialização, ao invés de utilizar mão-de-obra da própria Chesf? Quais os aspectos relevantes para a tomada de decisão? Respostas CHESF: A: Atualmente, devido à restrição legal para crescimento do quadro de pessoal da CHESF, tem sido mais vantajoso usar o quadro técnico próprio para executar serviços de rotina e contratar os serviços de alta especialização, que são mais eventuais. O custo de treinar e manter atualizado um técnico em serviços de alta especialização nem sempre compensa economicamente, principalmente se não existir uma demanda grande de serviços daquela especialidade e se estes serviços for considerado eventual. Também, consideramos que a manutenção das habilidades técnicas depende da constância da aplicação destes conhecimentos. Outro fator que sempre levamos em conta, é a necessidade de adquirir equipamentos e instrumentos de testes, considerando os custos de aquisição e a demanda para sua utilização.
Devem ser considerados os seguintes aspectos para a tomada de decisão:
• Disponibilidade no mercado de pessoal especializado; • Custos dos serviços; • A importância estratégica do que deve ser mantido; • Disponibilidade ou facilidades de aquisição dos sobressalentes pelas empresas
prestadoras de serviço; • Disponibilidade de equipamentos e instrumentais necessários para a realização dos
serviços, pelas empresas prestadoras de serviço; • Disponibilidade de equipamentos reserva, facilitando a liberação dos que necessitam
de manutenção. B: Devido à diminuição do quadro próprio da empresa, motivada por desligamento/aposentadoria dos seus profissionais e restrições do Governo Federal quanto à contratação de pessoal para as empresas estatais a fim de repor a mão de obra perdida, aliada à tendência mundial das grandes corporações de terceirizar as suas atividades. C: Porque a CHESF vinha perdendo seu quadro técnico de pessoal, ficando sem condições técnicas de executar as manutenções. Os aspectos relevantes são que com a terceirização, ficou viável executar um maior volume de manutenções, portanto, garantindo maior confiabilidade ao sistema eletro-energértico da CHESF. D: Porque o mercado já possui mão de obra altamente qualificada para exercer tais funções.
• Alta produtividade do pessoal contratado com relação ao pessoal CHESF; • Idade avançada do pessoal CHESF; • Doenças profissionais. Exemplo: desvios de coluna; • Aposentadoria do pessoal de manutenção de LT’s • Grande passivo de defeitos por fazer; • Facilidade de a empresa terceirizada ter em contratar pessoal qualificado.
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E: A CHESF tomou esta decisão porque não podia contratar, por Lei. F: Desconheço. Não compreendo. Só analiso: para quem isto foi bom? G: Política Governamental. H: Primeiro porque existe este serviço no mercado e o aspecto mais relevante foi à empresa não poder aumentar seu quadro de pessoal para atender o aumento da demanda e de sua infra-estrutura. P3 – Quando e por que aconteceu a terceirização da manutenção em linha de transmissão na CHESF? Respostas CHESF: A: Começou em torno de 1980, inicialmente contratando mão de obra de outras empresas para suplementar o quadro de eletricistas da CHESF. Posteriormente, devido problema com a Legislação Trabalhista e a Lei de contratação de serviços para o setor público (Lei 8.666), a empresa passou a contratar serviços de manutenção. B: A terceirização dos trabalhos com linha energizada começou por volta de 1994 em razão, principalmente, da perda da capacidade de execução dos trabalhos fruto da aposentadoria de funcionários, sem que houvesse a sua reposição, em razão de empecilhos institucionais para contratação de funcionários em empresa estatais. C: Foi na década de 90. O motivo foi à falta de mão de obra própria devido às aposentadorias, sem renovação do quadro de pessoal. D: A partir do momento em que a empresa cresceu e não pode mais contratar, além do mais, quando o quadro começou a diminuir em função de aposentadoria dos empregados existentes. E: Com o advento do grande número de aposentadoria do pessoal de manutenção de LT’s somado as doenças profissionais adquiridas ao longo de sua vida profissional e agregado ao grande número de passivos de defeitos no sistema CHESF de transmissão, a solução imperiosa foi à terceirização. F: Aconteceu há uns cinco anos atrás. G: Aconteceu quando o quadro de funcionários precisava ser renovado e a política governamental não autorizou a contratação, optando pela terceirização. H: Devido a necessidade de mão de obra para executar o grande quantitativo de defeitos nas LT’s e BR’s e o quadro ser insuficiente. P4 – Qual a importância da terceirização de serviços de manutenção em linhas de transmissão da CHESF para o País, quanto à competitividade sistêmica?
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Respostas CHESF: A: A maioria dos trabalhos de manutenção em linhas de transmissão são bastante repetitivos e a CHESF dispõe de padrões executivos bem elaborados, que facilita a terceirização e consequentemente a sua fiscalização. Por outro lado, para a realização destes serviços, é necessário um contigente de pessoal bastante grande e com excelente vigor físico, devido as suas características e por serem considerados muito pesado. Outro fator importante, é que estes serviços na maioria das vezes não são contínuos, sendo interrompidos pela sua própria demanda ou pelas condições atmosféricas necessária para realizá-los. Estes fatores que relacionamos e mais a questão do custo da mão de obra própria da empresa ser mais alto que o mercado e com produtividade menor, faz com que seja mais econômico a terceirização destes serviços. Por outro lado, as empresas contratadas se preocupam muito mais com a produtividade de suas equipes, investindo muito pouco em treinamentos e desenvolvimento de novas metodologias. Também, a CHESF considera muito importante a manutenção de uma quantidade mínima de equipes própria para a realização dos serviços emergências ou que necessite de maior tecnologia. B: A CHESF é uma das pioneiras na terceirização de suas atividades de manutenção em linhas de transmissão; como todo pioneirismo, teve seus acertos e erros, servindo de base e experiência para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos processos de contratação e administração desse tipo de contrato. C: Garantir o fornecimento de energia aos consumidores. D: A valorização do mercado interno composto por empresas nacionais de alta qualidade. E: A importância é que a CHESF era a única especialista no setor, com a terceirização se criou uma reserva boa de mão de obra qualificada na região. Só que é preciso ter cuidado com a exploração, pois as vezes os empreiteiros não pagam bem aos seus empregados. F: O fator preço ainda está sendo majoritário nos países de terceiro mundo, mesmo que venha com baixa qualidade, ainda não estamos preparados em pleno exercício de cidadania. Isto faz da terceirização fator de sobrevivência das empresas. G: Não respondeu H: Hoje o carro chefe da CHESF é a produção e comercialização de energia e não a especialização em manutenção, logo existem empresas especializadas em manutenção que atendem o mercado. A manutenção da CHESF é a mais estratégica.
QUESTÃO OPERACIONAL 4- Como se dá o processo de contratação de serviços de manutenção de linhas de transmissão no serviço de manutenção de linhas? P1 – As empresas contratadas atendem de forma ampla e irrestrita às normas técnicas e administrativas quanto às exigências contratuais e/ou normativas da empresa? Respostas CHESF:
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A: Consideramos que um dos maiores problemas que temos em relação aos comprometimentos contratuais é o cumprimento dos prazos estabelecidos para a realização dos serviços. Quanto ao atendimento às normas técnicas e normativos da empresa, não temos tido grandes problemas, pois sempre mantemos uma fiscalização constante e presente junto às frentes de trabalho, exigindo sem concessão o completo atendimento. B: Sim, pois é obrigação do administrador do contrato zelar para que isso ocorra. C: Elas atendem em conformidade com as especificações técnicas de execução dos serviços e aos itens contratuais existentes. Porém quando não forem atendidas as exigências, existe aplicabilidade de multas prevista no contrato. D: Não. É necessário à presença permanente de fiscal para o cumprimento das normas estabelecidas pela CHESF. E: Com certeza. E digo mais: ainda são treinadas e certificadas pela CHESF antes de iniciar os serviços. F: Sim, mas sobre pressão da fiscalização. G: Quando o fiscal aplica a resposta da questão anteriormente respondida, sim. H: Em tese é para atender, se não estiver atendendo é por falha no processo de contratação, administração e fiscalização do contrato. No mercado existem empresas para atender estas exigências. Respostas Contratada: A: Sim. B: Sim, a empresa procura sempre atender de forma ampla e irrestrita as normas técnicas e administrativas quanto as exigências contratuais e/ou normativas da Chesf, além de procurar medir a satisfação da mesma mediante os serviços prestados. P2 – As empresas contratadas possuem algum processo de padronização/certificação técnica reconhecida pela ABNT/INMETRO para garantir competitividade empresarial e estrutural de forma a coibir “não conformidades” em seus processos técnicos/administrativos? Respostas CHESF: A: Desconhecemos que as empresas contratadas para realizar atividades de manutenção na CHESF tenham processo de padronização/certificação técnica reconhecido pela ABNT/ INMETRO. Apenas, para alguns serviços considerados de alto risco ou complexidade, realizamos uma avaliação e certificação antes de ser dada a ordem de início dos serviços, por empregados da CHESF especialistas nestas atividades. B: Na sua grande maioria não.
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C: Algumas sim. Porém a CHESF ainda não exige este item contratual. D: Sim. E: Elas são certificadas por nós, sob pena de não iniciar os trabalhos. Isto consta no contrato. F: Sim, isto é exigido na especificação. G: Não respondeu H: No mercado existe. Respostas Contratada; A: Sim. B: Atualmente estamos a caminho de possuirmos padronização/certificação técnica reconhecida pela ABNT/INMETRO para garantir uma maior competitividade empresarial e estrutural. P3 – Com relação ao contrato, em seu escopo está contido todas as exigências necessárias para atender os requisitos da execução dos serviços? Respostas CHESF: A: Sim. B: Sim, pois nos contratos estão previstos que as contratadas terão que obedecer aos normativos da CHESF em todas as intervenções a serem realizadas no sistema, ou seja, os métodos utilizados pelas contratadas foram desenvolvidos pela CHESF e são os mesmos utilizados pelas nossas equipes próprias. C: Sim. No contrato estão contidas todas especificações, Normas Técnicas, desenhos para a execução do serviço a ser contratado. D: É para ter. E: No inicio da terceirização não, mas com o passar do tempo fomos adquirindo experiência na elaboração dos contratos e hoje nos encontramos com uma satisfação de nível bom. F: Com certeza. G: As especificações são sempre mutáveis e são melhoradas a cada nova experiência, o objetivo é cercar todos os pontos. H: Sim Respostas Contratada:
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A: Sim. B: Atualmente a Chesf têm buscado um nível de excelência no que se diz respeito as exigências necessárias para atender os requisitos da execução dos serviços. Porém, ainda é necessário fazermos alguns ajustes. P4 – Como a contratada seleciona sua mão-de-obra? A CHESF participa dessa etapa na contratação? Respostas CHESF: A: Fazendo levantamento de experiências anteriores em relação aos serviços contratados e algumas empresas realizando treinamentos específicos. A CHESF participa, conferindo as experiências dos empregados, fazendo avaliação de certificação, e algumas vezes realizando treinamentos específicos, quando não existe disponibilidade no mercado. B: Não temos informações precisas quanto à maneira ou método utilizado pelas empresas contratadas para seleção do seu pessoal. O que fazemos nas especificações técnicas, que são parte integrante do processo licitatório, é indicar quais as qualificações exigidas para os profissionais que comporão as equipes e no início dos trabalhos essas equipes são avaliadas em seu desempenho por especialistas da CHESF, que darão ou não, a depender do desempenho das mesmas, o credenciamento para a consecução das atividades. Em caso negativo, a contratada terá um prazo mínimo para apresentar outra equipe ou treinar a mesma, e assim em seguida passar novamente pelo processo de certificação. C: A contratada seleciona a mão de obra através de Curriculum Vitae, faz os exames de saúde ocupacional ASO, envia para a CHESF a qual toma conhecimento através dos documentos (ASO) enviados/emitidos pelas clinicas credenciadas pelo Ministério do Trabalho, submete ao médico do trabalho credenciado CHESF, o qual emite parecer se o indivíduo está apto ou não a desempenhar suas atividades. Com este parecer a CHESF aceita ou rejeita o profissional conforme o caso. D: As empresas são livres para exercer suas contratações. Em alguns casos a contratada solicita ao preposto CHESF se conhece algum profissional disponível no mercado. E: A contratada seleciona o seu pessoal livremente. A CHESF exige que as pessoas contratadas sejam certificadas por ela para realizar àquela atividade. F: A CHESF exige certificação e faz testes orientando e melhorando a formação da mão de obra. G: Não respondeu H: Existem empresas que possuem seus centros de treinamento e a própria CHESF tem apoiado no treinamento. O início dos trabalhos só será autorizado após a CHESF certificar a equipe. Respostas Contratada:
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A: Não respondeu. B: Os candidatos são submetidos a testes de aptidão para a função a ser desempenhada, sendo pré-selecionado. Passará por uma fase de treinamento e então será indicado para os serviços. A CHESF não participa dessa etapa de seleção, porém os profissionais indicados para os serviços dependerão da aprovação da CHESF. QUESTÃO OPERACIONAL 5- Os serviços terceirizados garantem a confiabilidade do sistema elétrico da CHESF? P1 – Qual o grau de compromisso social ao sistema elétrico quando constatada perturbação no fornecimento e distribuição de energia elétrica? Respostas CHESF: A: As empresas contratadas ainda não estão conscientes do grau de responsabilidade social da CHESF em relação ao fornecimento de energia para a sociedade, vindo atender apenas em função das penalidades que estão sujeitas. B: O compromisso social da CHESF é grande, sempre procurando e conseguindo a cada ano melhorar seus índices de continuidade e fornecimento de energia, independentemente dos trabalhos estar sendo executados por quadro próprio ou por terceiros. C: Até pelas Leis/Regulamentações existentes, hoje é muito forte o comprometimento das empresas fornecedoras de energia com a sociedade, sendo penalizada com pagamentos de possíveis prejuízos causados. D: A CHESF se insere na sociedade como gestora deste negócio, cada vez mais se especializando, para atender a uma sociedade cada vez mais exigente. E: Hoje a sociedade é totalmente dependente da energia elétrica, sua falta causa grande desconforto aos usuários, isto torna a CHESF grande responsável pela melhoria da vida social. F: Não respondeu G: Muito alto. H: Não respondeu Respostas Contratada: A: Existe por parte desta empresa um alto grau de comprometimento social, uma vez que diante de perturbação no fornecimento de energia, estamos prontos para atendimento em qualquer hora e em qualquer dia.
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B: A Chesf possui um grau de compromisso social altíssimo no que se diz respeito ao sistema elétrico, pois a falta de energia, além de provocar um grande prejuízo financeiro, também traz grande transtorno no que se refere á falta de compromisso para com o cliente. P2 – Existe acompanhamento habitual e/ou permanente de engenheiro ou supervisor de segurança do trabalho da contratada? Respostas CHESF: A: Não respondeu B: Não. C: Sim. Habitual e permanente. D: Não. E: Sim. F: Quando requer, é permanente a depender do serviço e grau de complexidade. G: Não respondeu H: Não respondeu Respostas Contratada: A: O supervisor de segurança acompanha as equipes com visitas eventuais. B: Nosso supervisor de segurança acompanha as equipes com visitas eventuais. P3 – Qual a sua opinião em relação à qualidade/confiabilidade dos serviços terceirizados? Os serviços garantem a confiabilidade? Respostas CHESF: A: Quando se observa que empresas contratadas não possuem capacitação técnica ainda adequada à realização dos serviços, a CHESF intensifica a fiscalização e o acompanhamento dos serviços para evitar ocorrências que venham a prejudicar o sistema e as pessoas envolvidas, portanto com esta medida garantimos à confiabilidade necessária às atividades. B: Os serviços terceirizados estão se adequando a cada período de contratação. As empresas, de certa forma estão evoluindo na sua capacitação técnica em conseqüência também de um novo modelo nos objetos contratuais onde se tem adotado contratos com período de duração e maior diversidade de atividades. Não houve queda significativa da qualidade dos serviços contratados.
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C: Os serviços terceirizados atendem, porém com qualidade inferior aos serviços executados com mão de obra própria. Acho que devido a empresa terceirizada não proporcionar a seus funcionários qualidade de vida adequada. D: Não. É necessário a presença permanente de fiscal para o cumprimento das normas estabelecidas pela CHESF. E: Com certeza F: A qualidade ainda não é boa e como a empreiteira visa principalmente lucro, a parte técnica fica comprometida e a qualidade depende de pressão da fiscalização. G: Sim. H: Está diretamente relacionado com a capacidade da empresa, ou seja, se a empresa é especializada para realizar o serviço contratado, os serviços terão qualidade e confiabilidade.